quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Tem treinador que precisa acordar



Luxemburgo exalta times mineiros e faz alerta: 

"Rio de Janeiro precisa acordar"

Por Gazeta 

Treinador do Flamengo disse que as equipes cariocas estão atrasadas em relação aos outros centros do futebol nacional



Getty Images
Vanderlei Luxemburgo, treinador do Flamengo

O técnico Vanderlei Luxemburgo reconheceu os méritos das equipes mineiras na Copa do Brasil. Eliminado pelo Atlético-MG na semifinal, o treinador do Flamengo elogiou também a atual fase do futebol gaúcho e avisou que o Rio de Janeiro precisa evoluir.
"Nós vemos Rio Grande do Sul e Minas fortes. O Rio de Janeiro precisa acordar. Uma vez tomei uma pancada porque falei que estava um pouquinho atrasado, mas, se você observar os centros de treinamentos do Atlético e do Cruzeiro, com os investimentos, fica muito mais fácil, assim como de Grêmio e Inter. São méritos pelo trabalho", avaliou.
O treinador rubro-negro ainda enalteceu o atual mandatário do Atlético-MG. "O Kalil é um grande presidente, arriscou bastante. E o Cruzeiro vem fazendo seu trabalho há muito tempo", acrescentou.
Fora da briga pelo título da Copa do Brasil, Luxemburgo preferiu não opinar sobre quem tem mais chance. "É um jogo igual e não tem favorito. O Cruzeiro chegou com méritos também. As duas grandes equipes chegaram à final merecendo a classificação."
Apesar da eliminação com a derrota por 4 a 1 para o Atlético, na noite desta quarta-feira, o treinador flamenguista lembrou a importância de seu time estar mais distante do risco de rebaixamento no Brasileirão. "Temos de entender que conseguimos nosso objetivo maior, de sair da confusão, e temos mais seis jogos (no campeonato) para conseguir uma vitória."
O Flamengo ocupa atualmente a décima posição da competição nacional, com 43 pontos, nove acima do primeiro time da zona de rebaixamento. Os mineiros Cruzeiro e Atlético, por sua vez, são líder e quinto colocado, respectivamente. Internacional (terceiro lugar) e Grêmio (sexto) brigam igualmente por vaga na próxima edição da Copa Libertadores.
Fonte: IG
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Luxemburgo perdeu  mais uma vez e a culpa é do futebol carioca.

Ahhhhh! Então tá.

Isso não significa dizer que o futebol carioca não necessite evoluir, mas depois de uma derrota vexatória, fruto da covardia de um treinador , dizer que a culpa é do futebol carioca  é querer se eximir da responsabilidade pelo fracasso.

Talvez quem necessite acordar é o próprio Luxemburgo, que como treinador está ultrapassado já há um bom tempo.

O Flamengo no jogo de ontem não foi o Flamengo que todos nós cariocas conhecemos e admiramos.

Jogou um futebol pequeno e covarde.

E aos covardes quase sempre resta o fracasso, a derrota.

A ousadia e a coragem fazem a diferença, e estas faltaram ao Flamengo de Luxemburgo.

Que os clubes do Rio necessitam de melhores estruturas isso é fato, mas nem por isso deixam se ser vencedores e as vitórias frequentes não são fruto do acaso nem pontos fora da curva:

2006 - Flamengo campeão da Copa do Brasil;
2007 - Fluminense campeão da Copa do Brasil;
2009 - Flamengo campeão brasileiro;
2010 - Fluminense campeão brasileiro;
2011 - Vasco campeão da Copa do Brasil;
2012 - Fluminense campeão brasileiro;
2013 - Flamengo campeão da Copa do Brasil.

São vitórias expressivas do futebol do Rio e não são pontos fora da curva.

Vitórias no cenário nacional, em competições com alto grau de competitividade.

Ainda no período acima o futebol do Rio chegou , por duas vezes , em finais da Libertadores  e da Copa Sul Americana.

Não é pouco.

Luxemburgo em 2010 dirigindo o Atlético -MG, clube que agora elogia o presidente, foi demitido durante o campeonato brasileiro pois estava levando o Galo ao rebaixamento.

E o clube de Minas tinha um ótimo elenco.

No ano passado  assumiu o Fluminense e também foi demitido faltando cinco jogos para o término do campeonato brasileiro, pois também levava o tima ao rebaixamento.

Este ano assumiu o Flamengo e passou todo o campeonato , até agora, lutando para sair da zona de rebaixamento.

Luxemburgo, que já conquistou vários títulos, hoje é um treinador de rebaixamento.

Seus conceitos estão ultrapassados assim como sua tática de fugir das perguntas e tergiversar.

Acorda, Luxemburgo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Mídia esgoto

O brasileiro criado pela mídia versus o brasileiro real

BrasileirinhosBrasileirinhos
Como é o brasileiro?
Se você se baseia na mídia, é um ser torturado, infeliz, revoltado, pessimista desde o momento em que acorda até a hora em que põe o pijama e vai dormir.
Foi este o brasileiro que, em sua campanha, Aécio apresentou aos eleitores.
Não apenas ele.
Marina, em sua louca cavalgada quando foi ficando para trás nas pesquisas, esgrimiu também este brasileiro.
Vamos chamá-lo de BI, Brasileiro Imaginário.
Lembremos também as vociferações de candidatos como Pastor Everaldo e Levi Fidelix em nome do BI.
Agora, feita esta introdução, entremos na vida como ele é.
Acaba de sair uma pesquisa internacional feita por um dos institutos mais consagrados do mundo, o Pew Research Center.
O Pew entrevistou 44 000 pessoas em 48 países para aferir o grau de otimismo delas.
Em apenas cinco países, sete entre dez entrevistados se declararam otimistas com o futuro.
O Brasil está nesta lista dourada.
Os outros quatro: Vietnã, China, Chile e Bangladesh.
Compare com os resultados obtidos em grandes países às voltas com uma crise econômica que vai se prolongando muito além do que se imaginava.
Essa crise, aliás, vem sendo negada ou amplamente subestimada por comentaristas econômicos, e Aécio também fingiu que ela não existia.
Na França, apenas 13% dos ouvidos estão otimistas. Nos Estados Unidos, 30%.
No Vietnã, o campeão em otimismo, essa taxa é de 94%.
O Pew perguntou também aos entrevistados quais são os motivos de preocupação.
A desigualdade social, o que não surpreende, foi citada com frequência.
Voltemos ao Brasil: alguém ouviu Aécio falar em desigualdade? Ou a mídia?
Aécio e a mídia falaram para o BI, o Brasileiro Imaginário.
Mas quem foi às urnas foi o brasileiro real.
Deu no que deu.
Fonte: DCM
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“Bolivarianos”, EUA fazem 146 consultas públicas

publicado em 5 de novembro de 2014 às 13:12
Dilma e Obama 3
“Contaminado” por Dilma Rousseff, Obama incorporou Simon Bolívar

Estados Unidos também são bolivarianos?

EUA realizam 146 consultas públicas nesse dia 4

O debate sobre a participação popular está em pauta no Brasil, especialmente após a derrubada, na Câmara dos Deputados, do decreto presidencial que instaura a Política Nacional de Participação Social. A direita e os parlamentares conservadores atacam  a democracia participativa, falando que o decreto instauraria o bolivarianismo no Brasil (?), na tentativa de desqualificar os movimentos sociais e a participação social que vêm sendo implementada no Brasil . Como já mostramos aqui, a direita parece não entender que, na democracia, quanto mais participação do povo, melhor.
É assim também nos Estados Unidos, que realizam nesta terça-feira, 4, eleições para o Parlamento ediversas consultas públicas, plebiscitos e referendos. Em pauta, a reforma da política sobre o uso de drogas, além de procedimentos legais de aborto. O país atingirá o número recorde de 146 consultas públicas em 42 estados norteamericanos.
Longe de se tornar uma ditadura bolivariana, os Estados Unidos  fazem uso dos conselhos populares para decisões em 24 estados da nação. É assim também nas outras grandes democracias consolidadas ao redor do mundo, como é o caso dos plebiscitos na Suécia, ou dos referendos canadenses.
Enquanto isso, no Brasil, que também já passou por importantes momentos de participação social, sendo exemplo mundial, setores da mídia e da oposição ainda se utilizam do antigo discurso da polarização política para evitar a participação do povo nas decisões políticas do país. Sob a eterna ameaça do “golpe comunista” que nunca chegou, a direita se aproxima das vertentes mais reacionárias dos discursos políticos, inflamadas em xenofobia, preconceito e má-informação.
A regulamentação da participação social nas esferas do poder público é constitucional e busca reforçar o que já está determinado no artigo 1, parágrafo único da Constituição Federal de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. Afinal, quem tem medo de participação popular ?

Fonte: VIOMUNDO
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Mídia suaviza derrota humilhante 

do PSDB junto ao TSE

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Não há nada melhor neste mundo do que ser amigo da mídia!
O PSDB sofreu uma derrota absolutamente humilhante junto ao TSE, que rejeitou, com unanimidade, uma auditoria nas eleições.


E o que diz a mídia? 
Que TSE rejeita proposta “mas libera documentos”.
“Mas libera documentos”?
Não tem nada de “mas”!
Não tem nada de “liberar documentos”!
Os documentos “liberados” pelo TSE já eram públicos. Podem ser baixados na internet por qualquer um.
A “novilingua” da mídia permite que os áulicos do PSDB continuem a jogar milho às galinhas cacarejantes da “fraude”, do “impeachment”, da “intervenção militar”.
Bem, ao menos constatamos uma coisa. O PSDB está tentando se desvencilhar da pecha de apoiador de uma intervenção militar, pelo que o parabenizo.
A mídia, nem isso.
Em virtude do apoio que as empresas de mídia emprestaram à “intervenção militar” de 1964 seria tranquilizante que elas rechaçassem, através de editoriais duros e claros, que são absolutamente contra esse tipo de discurso hoje.
William Bonner deveria ler um editorial no Jornal Nacional, deixando claro que a Globo, que inclusive já tentou uma “meia culpa” sobre seu apoio ao golpe de 64, não apoia nenhuma ideia de intervenção militar.
Nada. A mídia brasileira calou-se. E quem cala consente.
Depois reclamam quando são chamados de golpistas.

Fonte: O CAFEZINHO
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Em que mundo você vive ?

No mundo reportado pela velha mídia ou no mundo real ?

Até parece o filme Matrix.

A velha mídia produz hologramas como representações da realidade para que muitos acreditem que é a própria realidade.

A realidade é bem diferente  da realidade apresentada pela velha mídia e ainda é bem mais  rica, em cores, opções e vida.

A realidade da velha mídia estimula todo tipo de pessimismo, medo, incapacidade, intolerância, de maneira que as desigualdades se acentuem e que todo tipo de individualismo prospere, com exceção  daquele individualismo em que nos reconhecemos únicos , porém integrados  e interagindo proativamente com o todo.

Para a velha mídia,o Brasil de hoje é o fracasso no próximo passo, é o caos de uma noite inexistente, é o desespero dos perdedores.

Ter informação e entretenimento pela velha mídia  e como  desistir da vida.

Democratizar o futebol brasileiro




Ontem ao final de mais uma tarde que desaparecia rapidamente assim como a queda de um viaduto, como diz o poeta, liguei meu jurássico e atual  radinho de pilha e tive uma grata surpresa.

No horário de inúmeros, cansativos e  repetitivos programas esportivos fui surpreendido com uma entrevista do treinador de futebol, Cristóvão Borges, na rádio CBN, do grupo globo
.
Ao ouvir a chamada para entrevista do treinador, mantive sintonizado na emissora mais pelo fato de ser o treinador do meu tricolor, do que propriamente por ouvir alguma novidade nesse universo enfadonho e rasteiro de nossa imprensa esportiva.

Imaginei que Cristóvão falaria sobre o próximo jogo do Fluminense e sobre o bom momento do time no campeonato brasileiro.

Nada disso.

Cristóvão falou sobre o futebol brasileiro,o calendário de competições, e o grande desgaste dos jogadores em função da maratona de jogos.

Sempre bem articulado, o treinador apontou o campeonato brasileiro de futebol com um dos mais difíceis do mundo, tendo em vista que sempre sete ou oito equipes iniciam a competição com condições de conquistar o título da competição, algo que não acontece nos principais e milionários campeonatos nacionais de outros países, onde a disputa pelo título fica restrita sempre a duas ou três equipes e sempre as mesmas.

O mesmo acontece na Liga dos Campeões da Europa, onde os finalistas são quase sempre os mesmos.

Disse, ainda, que o nosso calendário de competições deve ser revisto, já que é praticamente impossível jogar duas ou três competições ao mesmo tempo sem sofrer baixas no elenco, e que para manter o bom nível de um equipe seriam necessários grandes investimentos para ser ter um elenco onde as modificações por contusões e mesmo por desgaste dos atletas fossem pouco sentidas no rendimento da equipe.

O treinador acerta quando diz que o nosso campeonato seja talvez o mais difícil e competitivo do mundo, porém erra, quando diz que o problema são as várias competições jogadas ao mesmo tempo e a necessidade de mudança de calendário.

Não que o calendário brasileiro seja perfeito e não necessite de ajustes, porém o problema principal não passa pelo calendário.

Em toda a Europa, onde se situam  os torneios mais balados, jogam-se três competições ao mesmo tempo, os campeonatos nacionais, as copas nacionais e a Liga dos Campeões ou Copa da UEFA.

Impossível imaginar um calendário ,anual, onde se jogasse apenas um campeonato por vez, como os campeonatos estaduais, depois a copa do Brasil,  em seguida o campeonato brasileiro,  e ainda a copa libertadores e a copa Sul americana. 
Isso sem contar ainda os dois jogos da Recopa  Sul americana e da Super Copa do Brasil  que deve voltar, em um único jogo, em 2015.

Os campeonatos devem ser jogados ao mesmo tempo, isso é fato.

A questão, então , se volta para as equipes que tem melhores condições financeiras para formar um bom elenco , e assim podem planejar e disputar todas as competições do ano em condições de disputar os títulos dessas competições.

E  é aí que se encontra o ponto chave para que se mantenha o  campeonato brasileiro como o mais competitivo, criando-se condições para que não tenhamos aqui, em um futuro próximo, apenas duas ou três equipes disputando o título dos torneios. 
E isso não passa por mudança do calendário.

Em outros esportes, como no voleibol e no automobilismo, as entidades que organizam as competições impedem que equipes sejam bem mais fortes que as demais, de maneira a garantir competitividade e de se ter um bom produto paras ser comercializado.

Isso acontece no voleibol do Brasil e na Fórmula Indy americana.

No caso, o voleibol e o automobilismo são esportes em que o grau de previsibilidade em um jogo ou em uma corrida são infinitamente superiores ao grau de previsibilidade de uma partida de futebol.

Uma excelente equipe de voleibol que lidere um campeonato se jogar dez vezes seguidas contra a equipe que estiver na última  posição, tem grande probabilidade de ganhar os dez jogos. 
O mesmo no automobilismo, onde um carro bem superior aos demais dificilmente deixa de repetir as vitórias em todas as corridas do campeonato .

No futebol é bem diferente. 
Se colocarmos o líder atual do campeonato brasileiro, o Cruzeiro, para fazer dez jogos contra o último colocado do campeonato, o Criciúma, é bem  provável que o Cruzeiro vença no máximo sete partidas.

As condições e combinações que podem acontecer em uma partida de futebol são infinitamente maiores que nos outros esportes citados.

No entanto, pelo paixão que o futebol produz, é praticamente impossível se fazer qualquer tipo de nivelamento nas equipes de maneira que os campeonatos tenham equipes equilibradas e o produto seja de qualidade.

O que se vê em todo o futebol europeu é que as equipes com melhores condições financeiras se distanciam cada vez mais e tornam-se praticamente imbatíveis, aumentando a previsibilidade quanto as conquistas das competições.

Isso é péssimo, pois o produto a ser comercializado - o campeonato - tem um algo grau de previsibilidade quanto a competitividade e  ao resultado final e os jogos perdem em muito o interesse do publico.

O mesmo acontece com as corridas de Fórmula 1, sempre enfadonhas , sem competitividade e com resultados repetitivos e previsíveis.

O caro leitor que chegou até aqui deve estar pensando que vou apresentar como solução a socialização do futebol. 
Nada disso.

A estrutura do futebol brasileiro tem vários problemas, porém se a CBF e Rede Globo - emissora que sequestrou e aprisionou os clubes pelo poder econômico -  fossem atacadas, o futebol brasileiro poderia estancar o processo que em breve levará o campeonato brasileiro a ter no máximo três equipes sempre disputando título.

Empoderar o clubes é o caminho, que hoje, em função de dívidas gigantescas, se curvam as migalhas oferecidas pela Rede Globo, que junto com a CBF , são as organizações que mais lucram, e muito, com o futebol brasileiro.

A receita dos clubes tem como rubrica principal as verbas de TV, essas verbas tem uma divisão que em breve levará os campeonatos a serem disputados apenas  pelos clubes de maiores torcidas, como Flamengo e Corinthians.

Isso foi estabelecido pela Rede Globo, que mistura propositalmente e em seu benefício, tamanho de torcida com índice de audiência.

Ora , um clube com uma grande torcida deve se beneficiar disso nas rendas dos jogos em que participa, fazendo da arrecadação das partidas uma fonte de receita e um diferencial no orçamento anual em relação aos demais clubes.

Já a Rede Globo estabelece - dentre outros menos relevantes aspectos - o tamanho das torcidas para definir o percentual  de verba que o clube receberá, estabelecendo assim uma relação de tamanho de torcida com o índice de audiência desejado .

Ocorre, no entanto, que uma boa audiência deve ser resultado de um produto de qualidade, ou seja, bons jogos, um campeonato competitivo com vários clubes com chances de conquistar o título do torneio.

Para que isso possa ser viabilizado, se faz necessário rever o percentual de verbas de transmissão de TV hoje em dia praticados por Globo, além, claro de democratizar as transmissões por TV aberta dos campeonatos de futebol.

Com isso os clubes teriam uma receita anual maior do que a atual já que a verba de TV é a principal fonte de receita dos clubes, que por sua vez  poderiam se planejar melhor para as competições, que por outro lado manteriam ainda mais o equilíbrio, e a TV ganhara em audiência pela qualidade do produto.

E assim, caro Cristóvão, as competições continuariam sendo disputadas simultaneamente, em maior equilíbrio e com muitos mais atrativos.

Onde tem Globo tem atraso e retrocesso.

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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Matando os diabos

''Nós, marxistas, lutamos junto com o papa 

  para parar o diabo"

4 de novembro de 2014

Por Salvatore Cannavò*
Do jornal Il Fatto Quotidiano

João Pedro Stedile olha a primeira página do jornal Il Fatto Quotidiano em que se vê Maurizio Landini enfrentando a polícia. "Um líder sindical sem gravata? Sério?" A piada sintetiza muito o perfil e a história desse dirigente, já de nível internacional, do movimento "campesino".  

O Movimento dos Sem-Terra, é uma organização fundamental do Brasil, imortalizada pelas históricas imagens de Sebastião Salgado e com uma história de 30 anos feita de vitórias e de derrotas, mas sempre no primeiro plano da organização dos agricultores.

Stedile é o seu dirigente mais importante. Ele nunca usou gravata e sempre concebeu o seu papel como porta-voz de uma realidade pobre, muito em busca da sua própria emancipação.

Marxista ligado à história da teologia da libertação, ele foi um dos organizadores do Encontro Mundial de Movimentos Populares que ocorreu no Vaticano na semana passada. Em uma das sessões desse debate, que ocorreu entre as curvas sugestivas da sala do Velho Sínodo, ele sugeriu aos purpurados presentes que canonizem até "Santo Antônio... Gramsci".

Os Sem-Terra, a imponente organização que ele dirige, com cerca de 1,5 milhão de membros, têm uma história antiga de ocupações de terra, de lutas e conflitos também duros. Mas também cultivam uma relação "leiga" com o poder, ou, como ele explica, de "autonomia absoluta". Por isso, na última eleição brasileira, apesar de não se envolver muito no primeiro turno eleitoral, depois apoiaram Dilma Rousseff no segundo.

Chegando na Itália para o encontro no Vaticano, ele fez uma turnê de encontros na península apresentando o livro La lunga marcia dei senza terra [A longa marcha dos sem-terra] (EMI Edizioni), de Claudia Fanti, Serena Romagnoli e Marinella Correggia.

No sábado à tarde, foi visitar a Rimaflow, em Trezzano sul Naviglio, a fábrica recuperada que Stedile, diante de 300 pessoas, batizou como "embaixadora dos Sem-Terra em Milão".

Como nasceu o encontro no Vaticano?

Tivemos a sorte de manter relações com os movimentos sociais da Argentina, amigos de Francisco, com os quais começamos a trabalhar no encontro mundial. Assim, reunimos 100 dirigentes populares de todo o mundo, sem confissões religiosas. A maioria não era católica. Um encontro muito proveitoso.

O senhor é de formação marxista. Qual a sua opinião sobre o papa e a iniciativa vaticana?

O papa deu uma grande contribuição, com um documento irrepreensível, mais à esquerda do que muitos de nós. Porque afirmou questões de princípio importantes como a reforma agrária, que não é só um problema econômico e político, mas também moral. De fato, ele condenou a grande propriedade. O importante é a simbologia: em 2.000 anos, nenhum papa jamais organizou uma reunião desse tipo com movimentos sociais.

O senhor foi um dos promotores dos Fóruns Sociais nascidos em Porto Alegre. Há uma substituição simbólica por parte do Vaticano em relação à esquerda?

Não, acho que Francisco teve a capacidade de se colocar corretamente diante dos grandes problemas do capitalismo atual como a guerra, a ecologia, o trabalho, a alimentação. E ele tem o mérito de ter iniciado um diálogo com os movimentos sociais. Eu não acho que há sobreposição, mas complementaridade. Em todo caso, assumo a autocrítica, como promotor do Fórum Social, do seu esgotamento e da sua incapacidade de criar uma assembleia mundial dos movimentos sociais. Do encontro com Francisco, nascem duas iniciativas: formar um espaço de diálogo permanente com o Vaticano e, independentemente da Igreja, mas aproveitando a reunião de Roma, construir no futuro um espaço internacional dos movimentos do mundo.

Para fazer o quê?

Para combater o capital financeiro, os bancos, as grandes multinacionais. Os "inimigos do povo" são esses. Como diria o papa, esse é o diabo. Mesmo que todos nós vivamos o inferno. Os pontos traçados do encontro de Roma são muito claros: a terra, para que os alimentos não sejam uma mercadoria, mas um direito; o direito de todos os povos de terem um território, seu próprio país, pense-se nos curdos de Kobane os nos palestinos; um teto digno para todos; o trabalho como direito inalienável.

Os Sem-Terra organizam cursos de formação sobre Gramsci e Rosa Luxemburgo. Nenhum problema para trabalhar com o Vaticano?

Nós vivemos uma crise epocal. As ideologias do segundo pós-guerra se aprofundaram. As pessoas não se sentem mais representadas. No entanto, essa crise também oferece oportunidades de mudança, desde que ninguém se apresente com a solução pronta no bolso. Será preciso um processo, um movimento de participação popular. E qualquer pessoa disposta a participar dele deve ser incluída.

No Brasil, vocês apoiaram a eleição de Dilma Rousseff. Qual é a sua opinião sobre o governo do PT e o seu futuro?

A autonomia, para nós, é um valor importante. O PT geriu o poder com uma linha de "neodesenvolvimentismo", mais progressista do que o neoliberalismo, mas baseada em um pacto de conciliação entre grandes bancos, capital financeiro e setores sociais mais pobres. A operação de redistribuição da renda favoreceu a todos, mas principalmente os bancos. Agora, porém, esse pacto não funciona mais, as expectativas populares cresceram. O ensino universitário, por exemplo, integrou 15% da população estudantil, mas os 85% que ficaram de fora pressionam para entrar. Só que, para responder a essa demanda, seria preciso ao menos 10% do PIB, e, para levantar recursos desse tamanho, se romperia o pacto com as grandes empresas e os bancos.

Então?

O governo tem três caminhos: unir-se novamente à grande burguesia brasileira, como lhe pede o PMDB, construir um novo pacto social com os movimentos populares ou não escolher e abrir uma longa fase de crise. Nós queremos desempenhar um papel e, por isso, propomos um referendo popular para uma Assembleia Constituinte para a reforma da política. A força do povo não está no Parlamento.

Qual é a situação do Movimento dos Sem-Terra hoje?

A nossa ideia, no início, era a de realizar o sonho de todo agricultor do século XX: a terra para todos, bater o latifúndio. Mas o capitalismo mudou, a concentração da terra também significa concentração das tecnologias, da produção, das sementes. É inútil ocupar as terras se, depois, produzirem transgênicos. Não é mais suficiente repartir a terra, mas é preciso uma alimentação para todos, e uma alimentação sadia e de qualidade. Hoje visamos a uma reforma agrária integral, e a nossa luta diz respeito a todos. Por isso, é preciso uma ampla aliança com os operários, os consumidores e também com a Igreja. Somos aliados de qualquer pessoa que deseje a mudança.

*A tradução é de Moisés Sbardelotto
Fonte: MST
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Nós também,no PAPIRO, lutamos para acabar com o diabo.

Lutamos para devolver o diabo ao inferno.

Peço ao caro leitor que ajude a completar a lista abaixo sobre os diabos presentes na vida de todos nós:

- os bancos;
- as instituições financeiras;
- as grandes corporações multinacionais;

- a velha mídia brasileira;
- o PMDB;
- o PSDB:
- os alucinados que querem a volta da ditadura militar;
- o Galvão Bueno;
- o Malafaia;
- o Feliciano;
- o Lobão;
- o ACM ( não interessa, mesmo morto é diabo );
- o Roberto Marinho ( ídem ao ACM );
- o capital