Aqui na cidade maravilha olímpica - de águas claras apenas nos locais onde serão
realizadas as provas de vela, segundo o comitê organizador - a semana que marca mais um aniversário do 11 de setembro começou com uma segunda -feira nebulosa, nublada e indefinida, no céu, pois no campo político a armação parece bem clara.
Na minha caminhada para o "escritório" cruzei com pessoas de todos os dias, fazendo mais um dia, na vida do dia a dia que segue.
Na parada natural na banca de jornal do Estácio, em frente a lanchonete do chinês que vende pastel e caldo de cana e onde um grande número de pombos se alimentam de restos de comida deixados pelos clientes do estabelecimento comercial, leio as notícias dos jornais que revelam como será a semana no campo político.
O jornal o globo apresenta manchete sobre o "novo escândalo de corrupção" na Petrobras e , ainda, publica uma foto do candidato Aécio Neves em pleno fervor religioso em um templo evangélico.
Na charge , ainda de primeira página, uma referência a disputa no estado do Rio de Janeiro, com os candidatos Pezão e Garotinho trocando acusações.
Processei as informações e continuei minha caminhada.
A medida que me aproximava do "escritório" no simpático bairro do Catumbi, elaborava, mentalmente, este texto, com as conclusões percebidas no noticiário da velha mídia.
Para a velha mídia, com globo ditando a agenda, a semana deve ser para esquentar e valorizar a campanha de Aécio Neves.
No cenário local, globo "define" a disputa entre Garotinho e Pezão e coloca de lado todas as outras candidaturas, pois entende que para prevalecer seu candidato - Pezão - a melhor disputa em segundo turno seria com o agitado Garotinho, que tem um alto índice de rejeição.
Com as "denúncias" sobre o "escândalo" da Petrobras, os alvos são as candidaturas de Marina e Dilma
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Marina, já bombardeada na semana anterior, e Dilma que apresenta uma reação nos índices, devem ser contidas para que Aécio tenha sua última chance de poder disputar o segundo turno.
Assim sendo , vale tudo, de denúncias que não poderão ser comprovadas até o dia da eleição até o lado religioso , e evangélico, do candidato Aécio, que como todos sabem é de uma família de origem católica.
Aliás, quando ao lado religioso da família Neves lembro de um encontro de Tancredo Neves, o avô, com o Papa João Paulo II, meses antes da confirmação de Tancredo como presidente em 1985.
Na ocasião, o candidato Tancredo visitou o Papa e o encontro revelou uma cena inusitada.
Ao se encontrar com João Paulo II, Tancredo, que já tinha o status de pré -presidente de um país, ajoelhou-se diante de joão Paulo, beijando-lhe as mãos.
A cena, de tão inusitada , mereceu um discreto sorriso de espanto, de João Paulo II.
Voltando para semana , aqui e agora, cabe lembrar que o dia 15 deste mês é data limite para mudança de nomes nas chapas que concorrem a presidência e, a agenda da semana que a velha mídia escolheu terá seu impacto sobre a população certamente medido, ao final desta, com alguma pesquisa de intenção de votos para presidência.
No sábado ou no domingo a população saberá se Aécio continua na disputa com chances de chegar no segundo turno.
Data folha, Ibope, ou quem sabe alguém alternativo fará as pesquisas de campo.
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Teremos na semana uma enxurrada de denúncias de corrupção apresentadas como definitivas - sem que provas legais e concretas sejam apresentadas , pois sabe-se que levarão meses ou anos para isso ( lembra-se do Gushiken que foi denunciado e anos depois provou que era inocente ? ) - pela velha mídia e, ao mesmo tempo, Dilma e Marina na defensiva e Aécio livre na cabeceira da pista para tentar voar se aproveitando da armação montada.
Teremos ainda outra enxurrada de declarações de políticos e "personalidades" condenando mais um "escândalo de corrupção".
Tais declarações serão amplamente noticiadas, com desdobramentos sem fim, pela velha mídia.
E aí meu caro leitor deve estar se perguntando que raios de jornalismo é esse que cria e define notícias que interessam a certos grupos de poder, visando exclusivamente favorecer a candidatura de Aécio Neves.
Se assim é o questionamento, o caro leitor está correto, pois tudo é montado e apresentado como notícias de interesse para a população que irão contribuir para as escolhas das pessoas quanto aos seus candidatos.
Toda a velha mídia privada -jornais, emissoras de rádio e emissoras de TV - seguirá a pauta da semana, sem qualquer análise crítica, reproduzindo as "denúncias" veiculadas pelas mídias principais.
Isso seria uma vergonha, se não fosse crime.
Uma campanha eleitoral, e não apenas a campanha eleitoral e sim toda informação para a população deve privilegiar o interesse comum.
Em se tratando de campanha eleitoral espera-se que os candidatos apresentem propostas reais para o país em seus governos e que o debate se processe privilegiando o campo das propostas.
O que estamos assistindo e iremos assistir nesta semana será um festival de ataques entre os candidatos, com Aécio atacando o que encontrar pela frente, pois assim foi programado e planejado para acontecer.
Serão ataques de Aécio e também ataques da velha mídia sobre Dilma e Marina.
E isso acontece no país, em todas as eleições, porque não se tem uma lei que regularmente os meios de comunicação, evitando que um monopólio midiático, controle e conduza a opinião pública em função de seus interesses.
Diante dessa realidade , objetiva e concreta, os principais candidatos a presidência deveriam apresentar propostas para a criação de um novo marco regulatório para as comunicações.
Entretanto, candidaturas como a de Aécio , em primeiro plano, e Marina, quando interessa, são apoiadas pela velha mídia e, assim sendo, nada falam sobre o assunto.
Uma vergonha.
Já a candidatura Dilma, que é perseguida diariamente pela velha mídia, é a única que tem propostas para criação de um novo marco para a mídia e, assim sendo, deveria aproveitar as evidências objetivas que marcam esta semana no noticiário da mídia e abordar o assunto, de forma didática apresentando as armações e manipulações em curso e mostrando para a população a urgência de se criar uma nova legislação para o setor das comunicações.
Se assim se comportar, Dilma e o PT não apenas mudam o jogo, como demonstram, na prática e através de evidências , a relevância de sua proposta para as comunicações no Brasil
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Chego no "escritório, ligo o computador e começo minha leitura dos sites e blogues que acompanho diariamente.
Um dos primeiros blogues que sempre visito - seguindo e ordem dos blogues de leitura do meu blogue - é o TIJOLAÇO.
E eis que logo na primeira postagem do TIJOLAÇO, vejam o que encontro:
Merval confirma a si mesmo:
Morra Marina; (re)Viva, Aécio!
7 de setembro de 2014 | 12:24 Autor: Fernando Brito
Chegou o “fato novo” que ele antevia, capaz de fazer Marina Silva ter sua “candidatura abalada nesses últimos 30 dias de campanha”.
Ele próprio sapateia de prazer,
em sua coluna de hoje, diante da ideia de que, entre os eleitores, “muitos que foram para ela em busca de um refúgio poderão se convencer de que Aécio Neves é a melhor oposição, e muitos outros podem desistir mais uma vez de votar, convencidos pelos fatos de que são todos farinha do mesmo saco.”
E não tem dúvida em tascar a informação de que, o pacote das traquinagens campistas que atingem Marina, inclui “o jato que veio junto, ao que tudo indica, nesse mesmo pacote.”
Mesmo que ela não tenha qualquer envolvimento pessoal, senão o fingir que não sabia, está “apanhada em uma armadilha montada pela “velha política” de que Eduardo Campos se utilizava antes de romper com o governo petista”, diz Merval, apontando o rompimento do pernambucano como uma espécie de “conversão” à honradez pessoal.
Recorde-se que Merval é muitíssimo bem informado, senão sobre os fatos, certamente sobre as versões que sobre eles se vai dar.
E é com essa autoridade que ele afirma:
Quem poderá se beneficiar da situação é o candidato do PSDB Aécio Neves, que precisava de um fato novo para turbinar sua campanha, e ele chegou pela delação premiada do ex-diretor da Petrobras. Não é possível dizer agora se mais essa denúncia de roubalheira institucional será suficiente para recolocá-lo na disputa, mas ele tem a vantagem no momento de poder atacar tanto Marina como Dilma, reforçando a ideia central de sua campanha de que ele é a mudança segura.
Porque, afinal, a imprensa brasileira é como o jatinho do PSB, mesmo, não depende de papéis, documentos, nada.
Depois de passadas as eleições, estimam-se as ”horas voadas” do noticiário e manda-se a conta.
Mas o partido da mídia ainda não está fechado, porque alguns estão convencidos de que nem Jesus ressuscita o Lázaro Aécio.
Nem matando, como diz Marina, Eduardo Campos uma segunda vez.
O que, claro, politicamente, a leva junto.
Só uma coisa, no Brasil, consegue ser mais bandida que a política.
A mídia.
Fonte: TIJOLAÇO
Pois é, agora é hora do almoço.
Depois do almoço, leio todos meus blogue e sites .
Tirem suas próprias conclusões.
