quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ladrões bicudos

CPI da Petrobrás e a ofensiva das petroleiras sobre o pré-sal

publicada quinta-feira, 24/04/2014 às 12:25 e atualizada quinta-feira, 24/04/2014 às 12:28

Presidente Lula na cerimônia de sanção da lei que cria o Regime de Partilha e Fundo Social do pré-sal realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, em dezembro de 2012

Editorial do Brasil de Fato
Até oito anos atrás, o petróleo descoberto no Brasil mal atendia as necessidades nacionais. Mesmo assim, como o preço do petróleo é internacionalizado, suas margens de lucro eram fantásticas e despertavam interesses de todos os capitalistas. Segundo cálculo dos especialistas, o custo de produção de um barril de petróleo, do pré-sal, nas piores condições, está em torno de 15 dólares.
Com a obrigatoriedade de transferência de royalties para a União e Estados, há um custo de mais 15 dólares, totalizando 30 dólares. Como o preço internacional é de 100 dólares, o lucro extraordinário de cada barril de petróleo é de 70 dólares, ou seja 133% sobre o seu custo. A taxa média mundial do lucro na indústria é de 15%.
É essa renda extraordinária que o petróleo – e outros recursos minerais permitem – que deixam os capitalistas do mundo inteiro ensandecidos por sua apropriação privada!
As descobertas de mais petróleo no Brasil e as pesquisas do pré-sal coincidiram com o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (FHC), totalmente subordinado aos interesses dos grandes capitalistas e das empresas transnacionais.
O governo FHC promoveu uma verdadeira dilapidação da Petrobras. Caiu o monopólio da exploração do petróleo. Mudou-se a Constituição e agora o petróleo pertence à empresa que extrair e que pode, inclusive, exportá-lo, cru. Como já estão fazendo!
Basta apenas pagarem a taxa de royalties ao Estado brasileiro. Até o ICMS sobre a exportação foi isentado pela lei Kandir.
Venderam as ações da Petrobras na bolsa de valores de Nova Iorque, e hoje se estima que o capital estrangeiro controle 40% do capital da empresa.
O Sr. Paulo Roberto Costa, agora preso pela Polícia Federal, sob acusação de corrupção e de tráfico de influência dentro da Petrobras, foi colocado lá como diretor pelo governo FHC. E até o genro do presidente FHC foi nomeado presidente da Agencia Nacional de Petróleo (ANP), para terem segurança e controle absoluto da política desejada.
O descalabro foi tanto, que chegaram a propor mudar o nome para PETROBRAX, para ser internacionalizada e mais palatável aos gringos que não conseguem pronunciar, pasmem, Petrobras. Felizmente, a reação nas ruas, barrou.
Com a eleição de Lula, em 2003 houveram mudanças significativas na política da Petrobras e o intento de recuperar o patrimônio para a nação brasileira, ainda que lentamente.
Mudou-se a lei, de novo, e recuperou-se a propriedade do petróleo para a União, e a sua exploração seria prioritariamente da Petrobras. E, em caso de parceria com outras empresas, haveria uma partilha da distribuição do petróleo em partes iguais.
Mas a descoberta de que as reservas do pré-sal chegam a 70 bilhões de barris de petróleo, o que permite uma exploração de no mínimo de 50 anos, deixou de novo os capitalistas ouriçados. Imaginem o lucro extraordinário de 133%, ou se quiserem 70 dólares multiplicados por 70 bilhões de barris?
É isso que está sendo disputado pelo capital. Por isso acionaram seus cães de guarda no Congresso para criar uma CPI, que agitasse o mercado, que fizesse as ações da empresa cair. Assim, eles cairiam em cima como hienas, para se apropriar do que sobrou da empresa.
E de sobremesa, se conseguissem tudo isso, ainda poderiam afetar as pesquisas eleitorais, e quem sabe, derrotar a presidenta Dilma. Mas isso é sobremesa, o que eles querem mesmo é o lucro extraordinário. Basta perguntar ao candidato Aécio Neves qual o seu programa para a Petrobras.
O objetivo é privatizá-la e entregar as reservas do pré-sal ao capital estrangeiro. Como os quintas- -colunas da ANP já foram antecipando, com a entrega de 60% das reservas do campo de Libra, para a Shell, Total e as empresas as chinesas CNPC e CNOOC, no último leilão, embora a lei determinasse a prioridade de exploração para a Petrobras.
Os erros existentes nos negócios da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), são apenas manipulações para esconder da opinião pública seus verdadeiros interesses. Aliás, quando Silvio Sinedino da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), eleito pelos petroleiros para o conselho de administração da empresa, exigiu ainda em 2012, em sua primeira reunião, uma auditoria do negócio, a imprensa burguesa não deu uma linha sequer. Por que retoma o assunto apenas agora?
O Brasil de Fato, junto com os movimentos sociais e os trabalhadores da Petrobras, seguirá alerta em defesa da Petrobras como empresa pública. E em defesa da riqueza do petróleo para ser usado para as necessidades de todo o povo brasileiro.
Devemos honrar a mobilização de todo o povo brasileiro na década de 1950, que criou a Petrobras contraos interesses do capital estrangeiro e de seus porta-vozes locais – os mesmos de hoje – e honrar tantos batalhadores históricos, como o brigadeiro Moreira Lima e Maria Augusta Tibiriçá Miranda, que lideraram aquela campanha. A Petrobras deve ser do povo!
Fonte: BRASIL DE FATO
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Turma de FHC” encobre sucessos da Petrobras

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A Petrobras tem a cada prestação de contas à nação, atestado sua hegemonia de produção e arrecadação, mas a oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff, tenta, desesperadamente, mascarar o registro de lucro da empresa. A estatal bateu recorde de produção na camada do pré-sal, com 407 mil barris de petróleo, por dia, e a oposição quer fazer um discurso para dissimular essa boa notícia.
Neste contexto é importante ressaltar que, os investimentos da Petrobras, antes do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), não chegavam a U$ 5 bilhões [dólares], por ano, entre 1992 e 2002.
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva alavancou isto para U$ 10 bilhões, por ano, em 2005.De acordo com o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, que a Petrobras divulgou recentemente, há um total de U$ 220 bilhões para o período, o que equivale a U$ 45 bilhões por ano, em média. Ou seja, praticamente multiplicou por 10 os investimentos em relação ao período anterior a 2003, ano em que Lula assumiu. Isto sim é um fato e não os factóides que os opositores teimam em construir.
Este significativo aumento de investimentos se refletiu no aumento dos esforços em Exploração e Produção, que nos levaram à descoberta do Pré-sal, no qual a Petrobras, com o Novo Marco Legal para o Petróleo (Criação do Regime de Partilha), é a operadora com, no mínimo 30% de participação nos consórcios. Com as novas descobertas, tanto no pré-sal como fora, chegaremos a uma produção total de 4 milhões de barris em 2020, basicamente duplicando nossa produção atual. Com todos estes investimentos, ainda conseguimos aumentar o lucro, atingindo R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11% em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012.Em 2014, a Petrobras realizou duas grandes operações de emissões de títulos no mercado internacional. Em janeiro, captou mais de € 3,6 bilhões [euros] no mercado europeu. Em março, realizou emissões da ordem US$ 20,0 bilhões de dólares no mercado americano.
Nas duas operações, avaliação de riscos feita pelas principais agências de rating aponta a Petrobras como “grau de investimento”. Isto significa: Empresa que dispõe de boas perspectivas em relação à capacidade e o compromisso de honrar suas obrigações financeiras. O êxito destas operações confirma a boa aceitação da estatal no mercado internacional de capitais
Logo, a Petrobras é uma empresa estratégica para o país, com repercussões em toda a economia, não só pela produção de combustíveis, mas também pelas suas compras no mercado interno, que, inclusive, alavancaram vários setores como, por exemplo, a indústria naval. A Petrobras nasceu com a luta “o Petróleo é nosso” e chegamos aos seus 60 anos podendo dizer que o Pré-sal é nosso também. E é exatamente isto que inflama a oposição, pois no governo deles, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o FHC, quiseram mudar o nome da empresa para Petrobrax, buscaram privatizá-la, mas não conseguiram.Outros dados técnicos revelam que as reservas provadas totais atingiram 16,57 bilhões de barris equivalentes, devendo ser duplicadas com a exploração do Pré-sal. Índice de Reposição de Reservas (IRR) no Brasil ficou em 131% e a relação reserva/produção em 20 anos. Pelo 21º ano consecutivo, a Companhia mantém um IRR no Brasil acima de 100%.
O índice de Sucesso Exploratório da Petrobras é de 64 %, enquanto a média mundial é de aproximadamente 30% — já no Pré-sal é de 82%.O Conteúdo Local, que é a política de se produzir no País os insumos para Petrobras, é importante para o Brasil por uma série de razões, entre outras, o aumento do parque fabril.
Entre sondas de perfuração, plataformas de produção e navios, encomendou-se à indústria naval no Brasil 137 unidades para a atividade prioritária de produção de petróleo. Entre as empresas com as quais mantiveram-se relacionamentos industriais, estão dezenas de estaleiros e canteiros de obras navais, em toda a costa brasileira. Dentre as obras a serem construídas em estaleiros do País até 2020, estão 38 plataformas de produção, 28 sondas de perfuração marítima, 49 navios-tanque e 568 embarcações de apoio. Também investiu-se no desenvolvimento de profissionais para a indústria naval e offshore.
Qualificação ProfissionalO Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP) foi estruturado, em 2006, para atender à demanda de pessoal qualificado para o setor de óleo e gás. Por meio de cursos gratuitos no âmbito do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), promoveu-se a capacitação de milhares de profissionais no Brasil, com o envolvimento de 44 instituições de ensino. Até 2013, foram qualificados 97.252 profissionais.
Em 2012, investiu-se aproximadamente R$ 51 milhões, capacitando cerca de 18 mil pessoas. No consolidado do PNQP, desde 2006, foram investidos R$ 269,2 milhões, resultando no treinamento de cerca de 92 mil profissionais, em 17 estados brasileiros. O plano também oferece aos alunos que estão desempregados bolsas-auxílio mensais, conforme o curso, que pode ser de nível básico, médio, técnico e superior, em 185 categorias profissionais.
Investimentos em Cultura
Além
 do histórico de investimentos em ações culturais, na Bahia e em todo o Brasil, a Petrobras este ano bateu recorde ao anunciar para a nona edição de seu edital para projetos culturais, a destinação de R$ 67 milhões. Este montante representa a maior verba de todas as edições. Serão contempladas com os recursos da estatal 11 áreas na seleção pública, reforçando o compromisso da companhia com o fomento da cultura do país.Cuidados com o Meio Ambiente
A Petrobras garantiu, nos últimos seis anos, com investimentos na preservação do meio ambiente, a proteção de centenas de espécies de animais nativos e da biodiversidade. A empresa, neste período, investiu R$ 1,9 bilhão em projetos ambientais e sociais em todo o país.

Geração de EmpregosOs investimentos sociais que, tradicionalmente a Petrobras realiza, apoiam a cidadania. Em 2012, foram investidos cerca de R$ 552 milhões em mais de 1,5 mil projetos sociais, ambientais, culturais e esportivos, no Brasil e nos diversos países onde atua. O ano foi marcado pela realização conjunta das seleções públicas do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e do Programa Petrobras Ambiental, que destinarão, em dois anos, R$ 102 milhões a projetos ambientais e R$ 145 milhões a projetos sociais.
A Petrobras Controladora teve seu efetivo reduzido no período de 1994 a 2002, passando de 46.226 para 34.520; já no período de 2003 a 2013 só cresceu, chegando a 62.692. É essa a importância da Petrobras para o Brasil. Não podemos permitir retrocessos diante deste cenário positivo para nosso país e para o povo brasileiro.

Batata de 'O Globo' assa com manchete falsa. Jurídico da Petrobras precisa ir pra cima.

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O jornalão "O Globo" impresso de madrugada e que foi para as bancas estampou a manchete falsa: "Escândalo de Pasadena: Auditoria descobre saque de US$ 10 milhões sem registro".

É falsa porque registro é posterior ao próprio saque, e a reportagem descreve outra coisa.

Saque sem registro é sinônimo de desfalque ou de caixa dois ou algo parecido. Uma acusação gravíssima, que o próprio texto da reportagem desmente.

Horas depois, o jornalão deve ter sentido que pesou a mão ao fazer campanha política demotucana e já suavizou o título no site na internet para evitar processos. A Manchete passou a ser "Auditoria mostra que US$ 10 milhões saíram de conta de Pasadena com autorização verbal".
Autorização verbal de um saque nada tem a ver com "sem registro". Com certeza há registros contábeis e financeiros nos próprios extratos.

Até você pode autorizar verbalmente um resgate no seu banco da poupança para a conta corrente por telefone, e ele estará registrado em seu extrato.
 

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Cenpes: tecnologia para superar desafios em 60 anos de Petrobras

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Mais um tiro no pé do Aécio: expôs suas 61 faltas ao trabalho no Senado.

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Ontem a Ministra Rosa Weber acatou o pedido da oposição,  definindo que CPI será somente sobre a Petrobras, não envolvendo outros casos como o do metrô de São Paulo.

A parte irônica desse caso é que o PSDB nunca deixou que uma CPI fosse aprovada enquanto esteve no Governo Federal. O mesmo aconteceu nas administrações tucanas de Minas Gerais e São Paulo. Quanta diferença na postura quando a CPI é para investigar adversários…


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Quem te viu, quem te vê PSDB…

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Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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O Jornalismo Vaca

quarta-feira, 23 de abril de 2014


Petrobras e a capa da revista Época

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


O neojornalismo atual surgiu na revista Veja e foi seguido pela Folha a partir de meados dos anos 80. No meu livro “O jornalismo dos anos 90” analiso em detalhes esse estilo.

Trata-se de um produto típico dos grupos de mídia, onde se misturam alguns recursos jornalísticos, recursos de dramaturgia e de marketing. É o chamado show da notícia, com muito mais show do que notícia.

Consiste em levantar uma ou duas informações verdadeiras – mesmo que irrelevantes – e montar uma roteirização copiada da dramaturgia, misturando fatos inexistentes, meras deduções ou ficção pura, tudo devidamente embrulhando em um estilo subliterário típico dos tabloides. Depois, confere-se o tratamento publicitário adequado nas manchetes chamativas e no lead – em geral prometendo muito mais do que a reportagem entrega.

Esse estilo torto atingiu o auge nos escândalos produzidos entre 2006 e a campanha de 2010, como a invasão das Farcs no Brasil, os dólares transportados em garrafas de rum, o consultor respeitado que acabara de sair da cadeia, os 200 mil dólares levados em envelopes até uma sala do Planalto, o consultor que almoçou com Erenice e foi impedido até de levar caneta, para não gravar a conversa e aí por diante.


O caso Época
A capa da revista Época desta semana, no entanto, merece uma análise de caso à parte.

Em publicações respeitadas, separa-se a pauta do conteúdo publicado. A redação recebe dicas, denúncias, indícios. Aí prepara a pauta, que é o roteiro de investigações. O repórter sai a campo e procura fatos e testemunhas que comprovem ou desmintam as informações recebidas. E só publica o que é comprovável.

O jornalismo brasileiro contemporâneo desenvolveu um estilo preguiçoso. O repórter recebe as denúncias. Em vez de sair a campo e apurar, limita-se a publicar a pauta com o desmentido do acusado, sem apresentar nenhuma conclusão sobre se o fato relatado é verídico ou não.

A reportagem da Época tem 31.354 caracteres e segue esse procedimento. É bombástica. Na capa, vale-se da linguagem publicitária para vender um peixe graúdo. O leitor abre a revista e, de cara, depara-se com páginas e páginas recheada de fotos.

Quando vai a fundo na reportagem, encontra uma única informação relevante: o parecer do terceiro escalão do jurídico da Petrobras, recomendando não questionar na Justiça o resultado da câmara de arbitragem – que fixou o valor a ser pago pela Petrobras pelos 50% da Astra. Apenas isso.

É muito menos do que outras publicações vêm levantando no decorrer da semana. Uma informação que cabe em um parágrafo foi transformada em reportagem de várias páginas através dos seguintes recursos:

1. 8% do material descreve o uniforme da Petrobrás usado por Dilma Rousseff no lançamento do navio Dragão do Mar. Sobram 92%.

2. 21% é sobre a tentativa da Brasilinvest de se associar a Paulo Roberto Costa. No final do enorme calhau, fica-se sabendo que não houve associação nenhuma. Então para quê falar de algo que não aconteceu? Fica a informação falsa de que o Brasilinvest - que não tem nenhuma expressão no mercado -, é um dos maiores bancos de investimento brasileiro e que tentou fazer negócios em Cuba. Sobram 71%.

3. 5% é sobre um advogado que teria feito lobby para a Petrosul junto à Transpetro. No final do calhau tem a palavra dele, negando qualquer trabalho, e da Transpetro, negando qualquer medida. E nenhuma conclusão do repórter. Sobram 66%.

4. 11% do texto é sobre a compra da refinaria na Argentina. Joga-se no papel um amontoado de informações passadas pela Polícia Federal e recolhidas no São Google, sem uma análise, sem uma apuração adicional, sem uma conclusão sequer. Sobram 56%.

5. 6% do texto explica em linhas gerais o suposto escândalo Pasadena. É importante para contextualizar a questão, mas inteiramente feito em cima de informações públicas. Sobram 49%.

6. 15% para descrever uma lista encontrada com o doleiro Alberto Yousseff sem pescar uma informação relevante sequer. Sobram 35%.

7. 4% descreve a pendência judicial da Petrobras com a Astra, já divulgada pela mídia, sem nenhuma informação adicional. Sobram 31%.

8. 7% é dedicado para o parecer de técnicos do jurídico recomendando não questionar a decisão da câmara de arbitragem na Justiça. É a única informação nova da matéria. O “furo” poderia ser dada usando 1% do espaço. Sobram 23%.

9. 23% para informar (com base em fontes em off) que a Astra queria a todo custo um acordo com a Petrobras. E atribui a decisão de ir para o pau ao então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Mas qual o motivo? Como advogados ganharam honorários com a ação, logo o motivo foi montar uma jogada com os advogados. Simples, não? Todas essas afirmações baseadas em suposições, ilações sem um reforço sequer em fatos ou em fontes em on. Em entrevista a veículos da Globo, o ex-Diretor de Gás Ildo Sauer – presente nas reuniões – afirmou que a diretoria executiva queria o acordo mas o Conselho recusou devido ao que se considerou arrogância dos executivos da Astra. As informações são desconsideradas, membros do CA não são ouvidos. Limitam-se a mencionar fontes em off para falar da simpatia e boa vontade dos executivos da Astra.

O leitor mais atilado fica com a sensação de ter comprado gato por lebre.
Fonte: BLOG DO MIRO
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Sobre o falso jornalista dinamarquês: “O jornalismo e a capacidade de raciocínio da Humanidade já estiveram em um estágio mais elevado”

abril 17th, 2014 by mariafro


Barriga em série da grande mídia, tudo para desestabilizar o governo Dilma, mesmo lucrando com gordas verbas publicitárias e com anúncios da Copa:


A farsa do “jornalista dinamarquês” expõe a atual incapacidade de raciocínio do brasileiro e da imprensa em geral
Regis Tadeu, Na Mira do Régis
16/04/2014

É óbvio que você sabe da história do “jornalista dinamarquês” que resolveu ir embora do Brasil e deixar de cobrir a Copa do Mundo por se sentir chocado com a infinidade de problemas e injustiças sociais deste Brasil cada vez mais podre. A história deste sujeito e seu depoimento em texto foram reproduzidos por quase todos os portais de notícias e se disseminou pelas redes sociais com uma velocidade espantosa – aliás, como quase tudo que não presta nestes tempos. Sua foto rodou por todos os cantos da internet, todos os comentários foram todos solidários a ele…
Só que o tio Regis vai lhe contar uma coisinha: esta história é um farsa!
Sim. É isto mesmo o que você leu. Uma farsa. Cascata. Mentira. Outra lorota em tempos de internet.
Como cheguei a esta conclusão? Fácil. Fiz o que todo jornalista sério deveria fazer: fui atrás da história!
Fiz isto porque, logo de cara, senti um cheiro de trapaça no ar. Não sei explicar – chame isto de “sexto sentido”, se quiser -, mas meu instinto jornalístico sempre disse que um profissional do ramo nunca “abandona” uma boa história. E foi justamente isto que este pateta fez. Deixou para trás tudo o que ele disse que presenciou em Fortaleza – a remoção de pessoas paupérrimas para ‘maquiar’ a cidade, o assassinato de crianças de rua quando flagradas dormindo em locais tradicionalmente frequentados por turistas, o encerramento de atividades de uma série de projetos sociais em favelas e muito mais – e voltou para a sua civilizada Dinamarca. E sem fazer uma única matéria a respeito disto? Sem publicar nada, sem dar qualquer satisfação para seus patrões? O cara ouve relatos de uma espécie de “limpeza social” e não vai apurar isto? Que raio de jornalista é este?
Foi então que descobri que não existe o “jornalista Mikkel Jensen”. Basta uma simples pesquisa na internet para verificar que o único dinamarquês com este nome é um ex-jogador de futebol que jogou por um time profissional daquele país, o Brøndby IF, e que terminou a sua carreira em 2011 jogando pelo IF Brommapojkarna. Não vejo problema em um jornalista usar algum pseudônimo a não ser a covardia de não dar a cara para bater em seu trabalho, mas porque alguém usaria este tipo de artifício para… não escrever nada? Em lugar algum. Não há qualquer artigo do ‘jornalista Mikkel Jensen’ em qualquer publicação física ou digital.
Descobri então que o nome verdadeiro deste cidadão é Mikkel Keldorf. O relato de seu desencanto com o Brasil foi publicado apenas em um único local: o site do diário dinamarquês Politken (se souber ler em dinamarquês, veja aqui). Procuro outras matérias com o seu verdadeiro nome e só encontro uma outra matéria, desta vez a respeito de uma ação policial na favela da Maré, no Rio de Janeiro (tente ler aqui). Mais nada. Nem no You Tube. Tudo o que você leu a respeito deste cidadão foi retirado do próprio perfil deste sujeito – veja aqui).
Entendeu onde quero chegar?
Armou-se um estardalhaço absurdo nos meios jornalísticos digitais e nas redes sociais baseado unicamente em um troço sem qualquer tipo de comprovação! Ninguém teve sequer a decência de conversar com este sujeito antes de sair publicando por aí um monte de coisas que até acredito que sejam verdadeiras – governos de qualquer partido têm uma reputação tão manchada de lama que não duvido destas atrocidades -, mas que precisam ser provadas! E provadas por um jornalista de verdade e não por um aparente zé-mané que plantou uma história mentirosa na qual todo mundo caiu como pato otário.
O jornalismo e a capacidade de raciocínio da Humanidade já estiveram em um estágio mais elevado. Hoje, é esta desgraça que vemos a todo instante. Putz…
         Fonte: MARIA FRÔ
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A vaca, a opulência e a miséria

Ignacio Ramonet denunciou que uma vaca europeia recebe 4 euros diários de subvenção enquanto uma pessoa na África vive com menos de 1 euro por di


José Carlos Peliano
Arquivo

Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique, denunciou que uma vaca europeia recebe 4 euros diários de subvenção enquanto uma pessoa na África  vive com menos de 1 euro por dia! Um escândalo que o levou a concluir que vale mais ser uma vaca europeia que um ser humano africano.

Nesse mundo marcadamente desigual, de fato, vale mais ser muitos outros caprichos da sociedade opulenta do que passar fome e viver à míngua. A dignidade humana perdeu o valor em contraste com as veleidades, prazeres e interesses do lucro pelo lucro, pela acumulação e pela riqueza.

Não que uma vaca não possa ver subsidiada para garantir uma adequada produção de leite para os europeus diante exatamente das vicissitudes dos diferentes mercados, condições climáticas e do panorama dos preços relativos estabelecidos.

Também a priori nada a opor que um africano não possa viver com menos de 1 euro por mês se esta quantia lhe garanta uma sobrevivência igualmente adequada na situação econômica do país em que viva.

Se e somente se essas disparidades entre indivíduos, países e regiões sejam acompanhadas e julgadas com humanidade e justiça nas mais diversas situações de vida. O que infelizmente não é o que acontece mundo afora. Entre a vaca e o africano passa um oceano de injustiças, desigualdades, opulência e miséria. O que falta de um lado necessariamente é o que sobra no outro.

Simples assim. A opulência de um país é o retrato da miséria do outro no mundo antes mercantilizado e hoje globalizado desde a produção até o consumo passando pelos direitos de posse e propriedade. A penúria que assola um país é a opulência que é acumulada noutro. O que distingue o ser humano da barbárie, seja esta primitiva ou contemporânea, é que a vida é inegociável, mas a riqueza não é.

Cada unidade produzida de bem ou serviço em qualquer parte do mundo já traz embutida a marca da desigualdade. O que sobra no produto de lucro é o que faz falta ao desempregado para conseguir ocupação, ao faminto para não ter de roubar uma galinha (e uma ação parar no Supremo), ao doente que não tem recursos para comprar medicamento. O capitalismo não existe sem lucro, mas ele é que separa os que têm e os que não têm. Ele é quem dá a forma e o tamanho da desigualdade. Quanto maior o lucro num quadro de desigualdade mais a desigualdade impera, se alastra, convulsiona.

Em texto anterior foi sugerido por nós um indicador para refletir ao mesmo tempo a riqueza e a desigualdade de um país. Uma simples relação entre magnitudes do Produto Interno Bruto (PIB) e de uma medida de desigualdade (coeficiente de Gini). A ideia é a de indicar o quanto de desigualdade equivale a um quanto de riqueza. Em outras palavras, numa determinada sociedade com relações sociais e de produção estabelecidas e vigentes quanto de desigualdade é gerada por unidade de produto ou riqueza. Abaixo informações que ilustram o indicador face aos comentários realizados até aqui.

As informações se referem ao produto e à desigualdade no Brasil e nos Estados Unidos por anos selecionados e em números índices. As fontes foram o IBGE e o Bureau of Labour Statistics. Os anos são 2001, 2005, 2009 e 2012. Os dados do produto são do PIB e os da desigualdade do coeficiente de GINI. Para o Brasil os números índices obtidos para o PIB foram 100; 113,2; 131,0 e 157,6 e para os coeficientes de GINI foram 100; 95,3; 92,8 e 91,0. Para os Estados Unidos 100; 112,2; 114,8 e 123,1 e 100; 100; 105,5 e 102,8 respectivamente.

Os valores do PIB e os números do GINI foram tomados a partir de 2001, ano em que se fixou como base de comparação, daí numerando-o com 100, um número índice a partir do qual os demais anos se referenciam. A relação final obtida, o indicador GINI/PIB, reflete o quanto de desigualdade medida pelo coeficiente de GINI equivale a uma unidade de produto medida pelo produto interno bruto. Se se quiser o indicador pode ser interpretado para uma compreensão mais fácil como o quanto de desigualdade é desencadeada ou gerada por unidade de produto de um país em determinado período de tempo.

Os indicadores GINI/PIB obtidos foram: Brasil – 100; 84,2; 70.8 e 57,7, e para os Estados Unidos – 100; 89,1; 91,9 e 83,5.

Em boa parte da década passada, a relação GINI/PIB decresce mais no Brasil do que nos Estados Unidos. Ou seja, para cada unidade de produto menos desigualdade foi gerada aqui no país do que no solo americano. Esse decréscimo, no entanto, se deveu mais ao aumento do PIB em todo o período do que à redução correspondente da desigualdade. O produto veio crescendo mais que a queda anual na desigualdade.

De todas as formas, a queda da desigualdade no Brasil equivaleu a três vezes mais a queda ocorrida nos Estados Unidos. Um bom resultado para nós muito embora essa queda tenha se dado a partir de magnitudes mais altas do GINI aqui do que lá – enquanto aqui em 2012 o GINI chega a 0,50 lá não passa de 0,38.

Enquanto isso, o crescimento do PIB no Brasil supera o dos Estados Unidos em duas vezes e meia no período praticamente decenal. É claro que não foi a redução do lucro aqui que permitiu a queda na desigualdade como a teoria identifica. No capitalismo essa iniciativa fica muitas vezes na mão do estado através das transferências de renda aos mais pobres e necessitados via tributos. No caso do Brasil foram os recursos pagos por impostos que puderam ser transferidos para programas sociais que ajudaram a melhorar as rendas dos mais pobres além de permitirem a entrada deles no mercado, fosse em ocupações novas fosse no acesso ao consumo.

O Brasil conseguiu a proeza de passar pelo período de 2001 a 2012 com a evolução de indicadores de riqueza e desigualdade em melhor situação que a dos americanos. É um marco na história dos dois países e em especial do nosso que viveu por muitos anos tendo os Estados Unidos como modelo de cultura, consumo e produção. O caminho ainda é longo para se atingir aqui os níveis de produção e desigualdade dos americanos, mas as bases estão lançadas e já começam a dar bons resultados.
Fonte: CARTA MAIOR
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O que tem em comum o conteúdo da  revista época de globo, o falso jornalista dinamarquês e uma vaca  europeia ?



 ArquivoMuita coisa, meu caro leitor, muita coisa. 
Podemos afirmar que os três são produtos da globalização neoliberal.
Os jornalistas de época, situados no campo das elites anacrônicas, são as vacas opulentas que fabricam e divulgam realidades que são consumidas de forma instantânea pelo mundo globalizado como sendo      verdades absolutas.

As vacas , não apenas as européias, já adquirem um status de OGM's ( organismos geneticamente modificados), assim como o falso jornalista dinamarquês  e a matéria da  revista época.
 
A Barriga da Velha Mídia - charge O PAPIRO


O falso jornalista dinamarquês foi notícia em quase toda a grande mídia, assim como Luiza, lembra-se, caro leitor ? 
Ele, o jornalista biônico,  foi notícia por algo que teria dito , mas sabe-se que não disse e, mais ainda, talvez nem exista. 
Sua "matéria", que virou notícia, correu o Brasil e o mundo, assim como correm as cotações de comoditties, como o petróleo, foco da matéria de época, uma obsessão das "vacas" .


Vacas que sonegam impostos. como o caso de globo, empresa do mesmo grupo de época.
recordes-presalContribuicao-economia 




Já a Petrobras,obsessão das vacas, matéria de época, alvo de CPI, bate recordes sucessivos de produção na camada pré-sal e contribuiu com 74, 7 bilhões de reais em impostos para o país, conforme consta no Darf apresentado pela estatal.










quinta-feira, 17 de abril de 2014

A Decadência é dolorosa

Macartismo comercial: Globo intimida anunciantes da Fórum


Por Renato Rovai abril 17, 2014 11:59 Atualizado
Merval
Acima, Merval e seus “camaradas”

Repórteres do jornal O Globo procuraram ontem quase todos os anunciantes da Fórum neste momento. Mas teve um que eles não procuraram, porque como são “repórteres” de O Globo não dava pra fazer o serviço completo e corretamente. E as perguntas eram em tom de interrogatório policial. Na linha do “por que vocês anunciam num veículo como este?” e o “o que vocês ganham anunciando num veículo como este?”
O Globo inaugurou dessa forma o macartismo comercial. Como não consegue controlar a internet a ponto de nos tirar do ar, como não consegue impedir que nossos veículos parem de crescer e se tornem cada mais importantes, como só perdem espaço no espectro comunicacional, vão tentar nos sufocar pelo bolso. Eles realmente não nos conhecem…
Tudo isso começou por conta da entrevista com o ex-presidente Lula. Vários blogueiros já trataram do assunto. Se o amigo não conhece a história pode dar uma geral lendo no Escrevinhador, no Viomundo, no BlogdaCidadania, no Tijolaço, no Cafezinho e no Marco Aurélio.
Após uma insinuação de Merval e Sardenberg na Rádio CBN de que os blogueiros (ou “alguns” como prefere a jornalista Barbara Marcolini) que foram a entrevista com Lula são corruptos, O Globo decidiu colocar duas de suas mais “importantes” jornalistas investigativas em campo para apurar mais sobre os “camaradas” que entrevistaram o ex-presidente na semana passada. A matéria foi publicada hoje. E o Edu Guimarães a colocou no seu blogue. Eu prefiro poupar meus leitores…
Na apuração, a imaginativa repórter Thais Lobo descobriu que este blogueiro, por exemplo, é doutorando em Comunicação pela UFABC, mestre pela USP, tem 28 anos de profissão e alguns livros publicados. Que já trabalhou em diversos veículos de comunicação, incluindo as organizações Globo, e que também é professor de Jornalismo na considerada por muitos rankings como a melhor faculdade do Brasil, a Cásper Líbero. Mas eis que na matéria apareço como um sujeito que trabalhou com política no “Diário de São Bernardo”. A imaginativa repórter precisava colocar a palavra São Bernardo em algum momento do texto talvez para me tornar mais “camarada” de Lula. E aí inventou um jornal que eu nunca ouvi falar para dizer que trabalhei nele. Eu trabalhei no Diário do Grande ABC, que existe e não é fruto da imaginação de globetes. Alvissaras. O Globo é mesmo Fantástico….
Mas ela precisava também mostrar que sou um castrista fanático. No meu texto sobre o evento publicado no blogue, referindo-me à quantidade de tempo que o presidente falou, 3h30, disse que ele teria se comportado como um Fidel Castro. Mas a Thais deu um jeito e cortou a frase no meio para parecer outra coisa, ou seja, algo mais revolucionário. Querida Thais, cortar frases ao meio é um recurso tão impressionantemente infantil de manipulação de discurso que nem entre a malandragem jornalística ele é mais aceito.
Mas a Thais me gravou por 22m50s. E eu também a gravei. E a avisei disso antes e também na hora que começamos a conversa. Fiz assim porque prezo minha profissão e não gravo nem malandro e nem jornalista de O Globo clandestinamente. Sempre fiz todas as minhas apurações às claras. Entre outras coisas entreguei a ela os números de audiência do site da Fórum. Ou seja, os 5 milhões de page views ao mês. E fui generoso. Dei a fonte pra ela checar a informação, o ComScore, que é utilizado pelas agências de publicidade para direcionar investimentos no digital.
Essa audiência nos coloca hoje entre os sites mais lidos do Brasil de informação e análise política. E anunciar na Fórum é ótimo, barato e muito melhor do que jogar dinheiro fora em veículos sem credibilidade e reputação. Tanto que a Fórum em pesquisa realizada pela Revista Imprensa ficou em segundo lugar entre as revistas com maior engajamento em redes no Brasil. Anunciar na Fórum é algo defensável sob todos os aspectos técnicos. Nosso CPM (Thais, você sabe o que é isso?) é honestíssimo.
Mas o mais interessante de tudo isso é que O Globo botou a Thais atrás de mim porque o Sardenberg e o Merval podem ser processados pelo Eduardo Guimarães por terem insinuado que os blogueiros que foram entrevistar o Lula são corruptos. O Edu já está processando o Gilmar Mendes, pra ele não custa nada levar o Merval e o Sardenberg às barras de um tribunal. Eu sou menos de judicializar as coisas. Tô querendo que eles parem de colocar repórteres jovens que estão buscando se tornar “confiáveis” na estrutura interna para nos perseguirem e topem um papo de frente. Eu quero debater comunicação pública e jornalismo. Mas se eles preferirem posso discutir financiamento e sonegação na área de comunicação (que tal falar de Darfs?). E topo fazê-lo em qualquer lugar e qualquer hora. Minha formação é democrática. E ao mesmo tempo é de alguém que não se esconde atrás dos ombros dos outros. Se tiver que cutucar o Merval e o Sardenberg, vou eu. Não mando recados e nem recadistas. São os bambambans da balacacheta, então bora lá. Marquem hora e local. E levem a platéia. Eu não tenho medo nem da Globo e nem dos seus assalariados. E a Fórum não vai deixar de fazer seu jornalismo sério e respeitado porque a empresa do Jardim Botânico tá botando gente que paga para ficar ligando para nossos anunciantes e fazendo interrogatório.
PS: Ao dar a entrevista para O Globo sabia que ela seria manipulada, por isso gravei. Mas ao mesmo tempo fiz questão de falar porque não tenho nada a esconder. E sempre gosto de resolver as coisas assim, às claras e na lata. Será que o Merval e o Sardenberg tem coragem de atender um repórter da Fórum? Hein, hein…
PS 2: as entrevistas que realizei com Lula foram todas públicas e transmitidas ao vivo por que as que o jornalista Merval Pereira realiza com o cônsul dos EUA só são reveladas pelo Wikileaks?
Fonte: Blog do ROVAI
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Vale a pena ver de novo: o jornalismo macartista e o Manual da Globo da Entrevista Picareta

Postado em 17 abr 2014
globo denuncia

As repórteres do Globo que interrogaram os blogueiros que participaram da entrevista com Lula usaram uma técnica meio macartista, meio pegadinha do Mallandro. Nunca escreveram uma matéria sobre política, mas isso não vem ao caso porque o que importa é que elas cumpram ordens. Conceição Lemes escreveu suas respostas ao longo questionário no site do Viomundo. Eu recebi três perguntas.
A tentativa patética de querer desqualificar, primeiro, Lula e, depois, as pessoas que com ele estiveram resultou num traque maldoso. Lula não ocupa cargo público e convida quem quiser para seu instituto. Vai quem quer, também.
O episódio é emblemático sob vários aspectos — principalmente na maneira como a Globo continua tratando sua audiência: como idiota. Como se ninguém soubesse do vasto manancial de farsa jornalística produzida no lugar onde trabalham. Riquíssimo, didático, eloquente. Um monumento.
Para ficar apenas num exemplo, deveriam trocar ideias com Carlos Monforte, que declarou que “Lula pegou uns amigos blogueiros para dar esses recados, onde ele não foi questionado”. Monforte é, em si mesmo, um Manual da Globo de Como Fazer Entrevistas Picaretas.
Em 1994, foi co-protagonista do chamado “escândalo da parabólica”. Pouco antes de um bate papo com o então ministro da Fazenda Rubens Ricúpero, câmeras e microfones captaram a conversa entre os dois e o sinal foi enviado, sem intenção, por essas antenas.
A intimidade não era à toa: Monforte era primo da mulher de Ricúpero. As famílias se frequentavam. Avisou o telespectador disso? Evidentemente que não.
Sentindo-se em casa, Ricúpero fala que o IBGE é “um covil do PT”, xinga empresários de “bandidos” e imortaliza sua divisa: “Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”. Se oferece para participar do Fantástico. “Eu estou disponível. Vou ficar aqui o fim de semana inteiro”.
E afirma que pode ser útil à Globo. “Há inúmeras pessoas que me escrevem e me procuram para dizer que votam nele [FHC] por minha causa. Para a Rede Globo, foi um achado. Em vez de terem que dar apoio ostensivo a ele, botam a mim no ar e ninguém pode dizer nada. Essa é uma solução, digamos, indireta, né?”
Ricúpero pediu demissão a Itamar Franco assim que a história foi divulgada. O Jornal Nacional deu a matéria, omitindo todos os fatos importantes e com o velho Cid Moreira discursando sobre isenção. Monforte ficou onde estava. Em 2011, ele entrevistaria, aí sim, Fernando Henrique Cardoso. O homem que cobrou “questionamentos” foi um doce de coco.
Cito-o literalmente: “Como foi acordar depois de oito anos de poder? Foi mais alívio ou saudade do ambiente palaciano?”; “Por que o senhor resolveu não seguir a vida política parlamentar?”; “É difícil tocar um instituto desse?”; “Depois de oito anos de governo, qual é sua melhor lembrança e a pior recordação?”
São clássicos do jornalismo partidário, sabujo, manipulador. Uma aula à disposição dos jornalistas macartistas desse Brasil varonil. E não é preciso escarafunchar nos arquivos e correr qualquer risco. Está no YouTube. Vale a pena ver de novo.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Trombone alvorada weril
Com credibilidade e audiência em quedas, globo acha que atacando os sites e blogues pode recuperar seu espaço.Grande engano.
Vai cair mais ainda.
A decadência de globo só não é maior porque o dia tem 24 horas.
Se tivesse mais minutos  ou horas no dia, globo cairia mais.
A velha imprensa está ultrapassada, na forma e no conteúdo, no traço e na tinta, na voz e no silêncio.
Debate-se para não se afogar em seu mar de águas sujas.
Perdeu a mão no tempero e desafina no canto.
Suas formas de encarar a concorrência levam sempre em consideração e eliminação do outro.
Se não pode comprar a mídia concorrente, tenta sufocá-la, financeiramente, por exemplo.
Esses são  valores de livre concorrência que fazem parte da cultura das organizações globo.
Quase sempre copiam as inovações de seus concorrentes.
A título de exemplo, poucos anos atrás, mais já neste século, o grupo que controlava o jornal O dia lançou um jornal popular, em forma de tablóide, o Meia Hora.
Alguns anos antes, mais exatamente na década de 1990,  as organizações globo já tinham apostado em um jornal popular, mas em formato tradicional e um pouco menos escandaloso que os tablóides, foi o jornal Extra.
Pois bem, assim que o Meia Hora foi lançado, com preço bem abaixo do Extra, as organizações globo imediatamente lançaram , para concorrer com o Meia Hora, o jornal Expresso, uma cópia na  forma e no conteúdo do tablóide do grupo O Dia.
O grupo O Dia entendeu  que globo, ao lançar o jornal Expresso,  teria abusado do poder econômico para sufocar a concorrência e o assunto foi parar em um órgão mediador.
Copiar, plagiar, roubar conteúdo intelectual parecem práticas corriqueiras no conceito de concorrência das organizações globo.
Agora estão mirando suas baterias nos sites e blogues da internete que fazem um contraponto ao jornalismo uníssono da velha mídia, onde globo se situa.
Além de tentar intimidar anunciantes, vários blogueiros tem sido processados pelas organizações globo, que em suas ações na justiça visa sufocar financeiramente quem faz sucesso.
A decadência é dolorosa.