quinta-feira, 17 de abril de 2014

Por um novo marco regulatório para a mídia

Tucano lidera greve da PM na Bahia

A Bahia vive desde ontem (15) uma nova onda de violência patrocinada por policiais. A categoria protesta contra o que foi proposto no Plano de Modernização da Polícia Militar, apresentado pelo governador Jaques Wagner na semana passada.
À frente do movimento, mais uma vez o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, vereador pelo PSDB eleito por 14,8 mil votos.
Prisco chegou a ir para a cadeia em 2012 depois que uma reportagem do Fantástico revelou que ele negociava atos de vandalismo durante aquela paralisação. É um personagem conhecido. Provavelmente se fosse filiado a um partido de esquerda ou de centro-esquerda seria um personagem midiático associado à palavra “vandalismo” ou adjetivos do gênero.
Foi justamente em uma greve, de 2002, que o soldado Prisco despontou para a carreira política. Em 2005, fundou a Associação Nacional dos Praças Policiais e Bombeiros (Anaspra) e começou a participar de greves em outros estados, como no Rio Grande do Norte, em 2007, e Santa Catarina, em 2008. O piso salarial dos PMs na Bahia é de R$ 2.637,20, o décimo melhor do país em comparação aos outros estados.
Prisco corre o Brasil liderando greves de policiais. Mas, em São Paulo e em Minas Gerais, nada de encontros com policiais. Só bate-papos com dirigentes partidários. Curioso, não?


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tem que e deve

Não perdoamos a ditadura, Srs. Marinho

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Segundo o dicionário Houaiss, editorial é um “artigo em que se discute uma questão, apresentando o ponto de vista (…) da empresa jornalística (…)”. Nesse contexto, o editorial “Desserviço ao país”, publicado no jornal O Globo em 14 de abril de 2014, contém, tão-somente, a palavra dos donos daquele veículo.

Os atuais donos de O Globo pertencem a uma dinastia de barões da mídia fundada em 1925 e sobre a qual vale fazer alguns comentários antes de prosseguir no tema central do texto.

Naquele ano da graça de 1925, um mês após a morte de Irineu Marinho, que acabara de fundar o jornal O Globo, seu filho Roberto Pisani Marinho herdou a empresa. Em 1957, o Presidente da República, Juscelino Kubitschek, deu uma concessão de TV à Rádio Globo, o segundo braço do império Marinho, fundada em 1944.

Contudo, era uma época conturbada política e economicamente. Roberto Marinho não tinha recursos suficientes para pôr a TV Globo para funcionar e, portanto, ela só seria inaugurada em 1965, graças ao apoio financeiro que a ditadura militar deu ao segundo membro da dinastia Marinho.

Como se vê, apoiar o golpe de 1964, para alguns, acabou sendo um grande negócio.

Eis que Roberto Marinho procriou e deu curso à dinastia midiática. Teve 4 filhos com Stella Goulart, sua primeira esposa. Dessa união nasceram Roberto Irineu Marinho (1947), Paulo Roberto Marinho (1950), João Roberto Marinho (1953) e José Roberto Marinho (955). Paulo Roberto, porém, faleceu em 1970 em um desastre de automóvel.

Dirijo-me, pois, a Roberto Irineu Marinho, a João Roberto Marinho e a José Roberto Marinho meramente porque esses três barões da mídia escreveram, em seu jornal, o editorial supracitado.

O editorial dos Marinho em questão qualifica a luta para anular a Lei da Anistia como “Expressão de um revisionismo em si (…) destituído de representatividade” e movido por “Sentimentos menos nobres, como interesses políticos, vendetas etc”.

Segue, abaixo, trecho do editorial que motiva este texto.

“(…) É nesse terreno que vicejam as tentativas de rever, e até mesmo anular, a Lei de Anistia. Instrumento jurídico que resultou de delicada costura política entre os generais e uma oposição fortalecida nas ruas e nas urnas, já nos estertores de um regime que, não obstante, ainda dispunha de considerável poder dissuasório, a anistia de 1979 tem um pressuposto inegociável — o perdão recíproco, tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar. E válido somente para crimes cometidos até a data de promulgação da lei (…)”
Não tenho outra forma de dizer: é mentira.

Em 1979, quando foi promulgada a Lei da Anistia, de fato a oposição já começava a se fortalecer “nas ruas e nas urnas”, como diz o editorial, apesar de os generais-presidentes terem criado a figura do parlamentar biônico… O que seja, por exemplo um senador que o governo podia indicar para atuar no Congresso Nacional sem ter sido eleito.

Esse absurdo também valia para governadores e prefeitos.

Dessa forma, o regime assegurava a sua maioria ilegal, ditatorial e abusiva. Porém, o regime estava fortalecido pela força das armas e do amplo arcabouço “jurídico” que lhe permitia decidir e impor o que decidia.

Esse poder que a ditadura usou para impor a Lei da Anistia é chamado pelo editorial, eufemisticamente, de “poder dissuasório”, quando, em verdade, era um poder impositivo.

Contudo, a mentira que cito acima reside na tese de “Perdão recíproco tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar”.

Perdão? Quem foi que perdoou?

Em primeiro lugar, note-se que a Lei da Anistia não perdoou os que cometeram crimes de lesa-humanidade, ou seja, os ditadores. Foi um “perdão” aos exilados que, havia 15 anos, viviam longe de suas famílias e amigos.

Os “beneficiados” pela Lei da Anistia, conforme a redação do texto legal, foram os que a ditadura prendeu, torturou e/ou exilou, mas não os que praticaram as atrocidades contra os “anistiados”.

Para comprovar, basta ver a redação da Lei da Anistia.

“Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (…)”
Preste atenção, leitor. Os “anistiados” foram os que “cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, os que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da administração direta e indireta, de fundações vinculadas ao poder, aos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário, aos militares e aos dirigentes e representantes sindicais” que foram “punidos com fundamentos em Atos Institucionais e complementares”.

Ora, os agentes da ditadura que torturaram e/ou mataram pessoas detidas pelo regime já sem condições de reação, esses não foram “punidos com fundamentos em Atos Institucionais e complementares”, como diz o editorial. Por isso é que incontáveis juristas, bem como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, dizem que não foram contemplados pela Lei da Anistia.

A absolvição de torturadores é uma leitura da Lei da Anistia absolutamente incompatível com os acordos e com a jurisprudência internacional. Dizer que os torturadores foram anistiados é a interpretação que tem sido feita no Brasil, mas é só uma interpretação.

Seja como for, a afirmação de O Globo de que teria havido “Perdão recíproco tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar”, não é verdadeira.

Conheço dezenas de pessoas que foram vitimadas pela ditadura e que jamais deram seu aval à “anistia” proposta. E os que padeceram sob a mão de ferro dos militares, naquele período da história, chegam aos milhares.

Em 1978, no Rio de Janeiro, criaram um Comitê Brasileiro pela Anistia que reuniu algumas entidades da sociedade civil. Esse comitê tinha como sede a Associação Brasileira de Imprensa. Porém, a representatividade desses que aceitaram a imposição do regime militar era – e continua sendo – absolutamente insuficiente.

Não por outra razão, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por não punir os culpados pelos crimes de desaparecimento forçado, mortes, tortura e prisões ilegais dos guerrilheiros do PC do B na Guerrilha do Araguaia.

Afinal, grande parte das ditaduras que já vicejaram pelo mundo terminou com “leis de anistia” como a que foi arrancada deste país sob a chantagem de que só com a aceitação dessa vergonha haveria permissão para volta dos exilados. Mas todas as cortes internacionais condenam e não reconhecem leis de anistia autoconcedidas por ditadores.

O que preocupa O Globo é que, na semana passada, houve aprovação, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, de um projeto que propõe tornar nulo o perdão a militares, policiais e civis envolvidos em atos como tortura, morte e desaparecimento de guerrilheiros, os quais o jornal, no editorial em tela, chama de “terroristas”.

Essa preocupação de O Globo se deve ao fato de que, com a condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos à qual o país se submeteu em acordo firmado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o projeto de anulação do “perdão” a torturadores – um “perdão” que não consta em lugar nenhum da Lei da Anistia – acabe sendo aprovado, apesar de o jornal afirmar ser “pouco provável”.

Afinal, se houver, no Brasil, uma investigação de “militares, policiais e civis envolvidos em atos como tortura”, não se pode descartar a hipótese de que seja descoberta a participação ativa de vários órgãos de imprensa nos crimes cometidos. Órgãos entre os quais figuram as Organizações Globo, por óbvio.
Fonte: BOLG DO MIRO
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Os grandes jornais participaram da trama do golpe’, diz presidente da Comissão da Verdade no Rio


Wadih Damous. Foto: Tânia Rêgo/ABr
Wadih Damous. Foto: Tânia Rêgo/ABr
No dia 1º de abril completou 50 anos do dia em que o Brasil sofreu o golpe de Estado que manteve durante 21 anos um regime militar ditatorial no poder. Até hoje familiares de vítimas de violações por parte do Estado brasileiro lutam pela reparação histórica ao que sofreram: prisões, torturas, sequestros, mortes e desaparecimentos.
Uma Comissão Nacional da Verdade foi instituída em 16 de maio de 2012 para apurar essas questões, e tem previsão de encerrar e apresentar um balanço dos seus trabalhos em dezembro de 2014.
Para falar sobre o assunto o Fazendo Media conversou com o presidente da Comissão da Verdade no Rio de Janeiro e presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous.
Na entrevista a seguir ele relata o andamento e expectativa da Comissão da Verdade, fala sobre a herança que a ditadura militar deixou nas polícias brasileiras, reforça a participação de civis no regime militar e a contribuição da mídia para execução e sustentação do golpe militar.

Fazendo Media – Completa 50 anos desde o golpe militar. Como está o andamento da Comissão da Verdade, levando em consideração a campanha que a Anistia Internacional acabou de lançar pela punição dos torturadores?
Wadih Damous – Estamos apoiando a campanha da Anistia Internacional que preconiza a revisão da Lei de Anistia no Congresso Nacional, porque achamos que tem de ficar claro no próprio texto da lei que os torturadores não foram anistiados. Quem cometeu crime de lesa humanidade não está anistiado.

Muitos livros, inclusive escolares, escamotearam a participação dos civis na ditadura militar. Isso em algum momento foi debatido na Comissão da Verdade?
Wadih Damous – A principal atribuição da Comissão da Verdade é investigar as graves violações dos direitos humanos ocorridas na época do período ditatorial, então se houver civis que tenham participado de tortura ou desaparecimento nós vamos apurar. Mas a nossa linha de atuação principal não é essa, é tarefa para historiador falar da participação civil no golpe.
A Comissão da Verdade não é uma comissão de historiadores, ela visa a apurar responsabilidades: se alguém que exercesse funções de natureza civil tiver contribuído direta ou indiretamente para morte, desaparecimento ou tortura, será investigado.

Tem alguma constatação nesse sentido, de alguém na cadeia de comando superior ter participado indiretamente dessas violações?
Wadih Damous – Pode ser, talvez até algum governador de Estado, mas quem meteu a mão e torturou foram os militares. A tortura não se dava nos palácios de governo, se dava na dependência do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Quem estava torturando, matando e promovendo os desaparecimentos eram os militares e não os civis.

O que tem se destacado nos levantamentos que vocês estão fazendo na Comissão? Teve um militar que recentemente foi para mídia e levantou mais questões sobre o tema.
Wadih Damous – Ele contou toda a história de como se desaparecia os corpos aqui, e se o seu relato for verdadeiro não encontraremos mais ninguém, nenhum resto mortal e nenhuma sepultura. Então já está na hora de o Estado brasileiro dizer o que aconteceu. Os militares virem a público dizer se ele está falando a verdade ou mentindo.

Qual a expectativa da Comissão, qual o produto concreto desse trabalho realizado?
Wadih Damous – Por conta dos 50 anos da ditadura, todas essas atividades, das comissões da verdade, as entidades envolvidas, as matérias nos jornais, vai acabar fazendo com que finalmente os militares se sensibilizem e entendam que eles não vão poder guardar mentiras para o resto da vida. Não vão poder coonestar a versão da ditadura para o resto da vida.
Tenho esperanças de que mais cedo ou mais tarde os chefes militares venham a público e esclareçam definitivamente o que aconteceu, e abram os arquivos militares para a sociedade brasileira.

É possível dizer que ainda existem vestígios da ditadura militar? Uma herança, por exemplo, na corporação da polícia?
Wadih Damous – Vestígio não, existe uma herança patente. O desrespeito aos direitos humanos, a violência policial desmedida, a truculência militar em manifestações, isso tudo é um legado que a ditadura deixou. Acho até que é um legado mais violento e enraizado que as próprias ditaduras chilena e argentina deixaram.

Qual a sua percepção em relação à mídia nesse processo, levando em consideração a mea culpa que alguns jornais estão fazendo em seus recentes editoriais? Muitos estudiosos e outros setores da sociedade falam que a mídia acobertou muita coisa nessa história.
Wadih Damous – Os grandes jornais de imprensa participaram da trama do golpe. Ajudaram a criar, sobretudo na classe média, uma comoção favorável ao golpe de Estado. Dado o golpe de Estado, ajudaram a sustentar a ditadura, então a mídia tem o seu papel no que aconteceu nesse país durante os 21 anos de ditadura.
Acho até que agora tem cumprido um papel interessante de divulgação desses fatos que levaram ao golpe, a denúncia das torturas e desaparecimentos. Mas o papel dela nisso, ela própria ainda não contou. A grande contribuição que esses órgãos dariam seria contar a sua participação no golpe e na sustentação da ditadura, isso sim seria a grande auto crítica.

O que é preciso para virar essa página no país? Quais caminhos para a ditadura ser de fato superada e a democracia se consolidar verdadeiramente?
Wadih Damous – Dizer onde estão os desaparecidos, quem botou a bomba na OAB, quem desapareceu com os cadáveres no Araguaia, mostrar como era o financiamento de empresários para a tortura e abrir os arquivos militares, por exemplo, aí nós poderemos dizer que viramos a página.
Fonte: FAZENDO MEDIA
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Jovens se reúnem contra torturadores e a Globo

O propinoduto tucano e os encoxadores de metrô também estão na mira


Do amigo amigo navegante Igor:​ 
Levante Popular da Juventude reúne 3 mil jovens em São Paulo
Três mil jovens fazem acampamento no Parque CEMUCAM (Centro Municipal de Campismo), localizado na divisa de São Paulo e Cotia.

O 2º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude acontece entre os dias 17 e 21 de abril, no km 25 da Rodovia Raposo Tavares.

O evento auto-construído e colaborativo contará com mesas de formação política para os jovens militantes e dezenas de oficinas, com técnicas de agitação e propaganda utilizadas nas ações do movimento.

Delegações de 20 estados estarão presentes, além de representantes de outros países da América Latina, como Venezuela, Cuba, Uruguai e Argentina.


Levante Popular da Juventude


O Levante Popular da Juventude é um movimento social composto por jovens de todo o Brasil, que vivem na periferia dos centros urbanos, atuam em escolas e universidades e participam de movimentos sociais do campo.

Surgido no Rio Grande do Sul em 2006, o movimento se nacionalizou em 2012, após o 1º Acampamento Nacional, ocorrido em Santa Cruz do Sul (RS), e

Atualmente, o Levante está organizado em 20 estados. São exemplos de suas ações os escrachos realizados contra torturadores da ditadura militar, a luta por cotas nas universidades públicas, os atos “Fora Globo” pela democratização da comunicação, o ato contra o “propinoduto tucano” e, mais recentemente, os “rolezinhos” contra as encoxadas no metrô de São Paulo.

A bandeira política do movimento se traduz no chamado Projeto Popular, que representa uma profunda transformação da sociedade.

O movimento pretende enfrentar a relação de exploração e exclusão em que estão calcadas as estruturas políticas, econômicas e sociais do Brasil.

Por isso, o movimento faz lutas para enfrentar a concentração de terras na área rural, o oligopólio dos meios de comunicação, a precarização ou privatização crescente dos serviços públicos de saúde, educação e transporte, a especulação financeira e imobiliária dos centros urbanos, bem como no machismo, no racismo e no preconceito nitidamente existentes nas relações sociais pretéritas e atuais.

Em suas articulações com outros movimentos, o Levante cultiva relações com movimentos da Via Campesina, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), além da Marcha Mundial das Mulheres (MMM).


Resumo


O que: 2º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude, que reunirá 3 mil jovens do Brasil, com o fim de reforçar a organização do movimento, a formação política de seus militantes e a socialização das técnicas de agitação e propaganda utilizadas em suas intervenções políticas.

Data: 17/4 (a partir das 20h) a 21/4

Data para visita da imprensa: 17 e 18 de abril.

Local: Parque CEMUCAM (Centro Municipal de Campismo), Rua Mesopotâmia s/nº, km 25 da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia-SP.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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A lei de anistia tem que ser revista.
Se tem que, deve ser imediatamente revista.
Colocar no mesmo saco os torturadores da ditadura com os guerrilheiros que lutaram pela democratização do país não faz o menor sentido.
Quem lutou pela democracia seguiu a carta da ONU, que aprova a luta - mesmo armada -  popular contra regimes que violem os princípios democráticos. 
A ditadura expulsou um presidente legítimo e democraticamente eleito, para em seguida se perpetuar no poder por 21 anos, cometendo todo tipo de violência contra os opositores do regime.
Quem torturou de maneira selvagem àqueles que lutavam pelo estado de direito, não pode ser anistiado .
Tem que ser julgado.
Se tem que, deve ser julgado imediatamente. 
Querer comparar os "crimes" dos guerrilheiros  com os crimes dos torturadores, e daí defender a lei de anistia, é mesmo que afirmar que uma garoa e uma tromba d'água são a mesma coisa, já que tudo é água.
A revisão da lei da anistia é uma oportunidade exraordinária de passar o Brasil a limpo para conhecer, julgar e condenar todos os agentes da ditadura  envolvidos , direta e indiretamente, em crimes, de tortura, mortes, ocultação de cadáveres e outros.

Caneca no corpo e balde na privada

O "apagão" da água em São Paulo



Por Carlos Neder, no blog Viomundo:

Por mais que o governador Alckmin tente esconder, a situação real é que estamos muito próximos de um verdadeiro apagão da água no Estado de São Paulo. E o quadro só vai piorar durante a Copa do Mundo, quando inevitavelmente haverá aumento do consumo. Isso significa que, se nenhuma medida for adotada, não teremos água nas torneiras de nossas casas.

Há 10 anos o governo do PSDB, que está há cerca de 20 anos à frente da administração estadual, deveria ter construído uma nova rede de abastecimento. Ao renovar a concessão do Sistema Cantareira, em 2004, a Agência Nacional das Águas determinou que a Sabesp reduzisse essa dependência e aumentasse a oferta de água para abastecimento em volume equivalente à vazão atual.

Mas seguindo o cada vez mais questionável bom modelo de gestão tucana, que se esparrama também nos problemas nos trens e no metrô, nada foi feito. Com isso, as quase 9 milhões de pessoas que dependem da Cantareira se veem reféns do descaso do governo do PSDB e da falta de planejamento da Sabesp.

O fato de somente agora Alckmin começar, ainda de maneira tímida, a assumir a possibilidade de racionamento, com a súbita troca de comando da Secretaria de Recursos Hídricos, dá uma dimensão da gravidade da situação.

A realidade é que no Estado mais rico do país a população já convive com um rodízio forçado de água, inclusive em vários bairros da capital. A desculpa do órgão, que é ligado à administração estadual, é que se trata de interrupção momentânea no fornecimento por motivos técnicos. Uma grande mentira quando se sabe que o Sistema Cantareira já chegou a 12% de sua capacidade, a pior marca nos últimos 84 anos.

Especialistas dizem que se nada for feito com urgência a água certamente vai acabar em outubro. A situação é lamentável e muito revoltante, diante do alto lucro gerado pela Sabesp, com o pagamento de dividendos aos acionistas, enquanto faltam investimentos da empresa estadual para evitar crises como a que estamos vivendo.

O governo do PSDB é quem mais sai lucrando nessa história por ser o maior acionista da Sabesp. Para se ter ideia, entre 2011 e 2013, a gestão Alckmin recebeu R$ 725 milhões de dividendos. Enquanto isso, cidades como Guarulhos, com mais de 1,3 milhão de habitantes, enfrentam um duro racionamento desde o começo do ano.

A população de São Paulo precisa ter bem claro que a culpa da desastrosa falta de água é toda do governo estadual e da Sabesp. E do jeito que a coisa anda, não demora muito para que a população paulista tenha de incluir um novo componente em seu kit de higiene pessoal: caneca para tomar banho. Será essa a tão propalada gestão tucana de qualidade?
Fonte: BLOG DO MIRO
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TUCANOS ENCONTRAM SOLUÇÃO PARA A FALTA D'ÁGUA EM SÃO PAULO

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Tucanos apostam no programa Mais Vara para São Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), determinou que a estatal SABESP distribua forquilhas de goiabeira à população da capital paulista. A medida integra o pacote antiestiagem do governo tucano, que prevê, também, cursos intensivos de radiestesia, que serão ministrados por rabdomantes trazidos da Suíça.




Fonte: CLOACA NEWS
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O mais vara a população de São Paulo já vem tomando desde a chegada dos tucanos ao poder.
Quanto a água, é inaceitável que um governo não tenha pensado, de forma estratégica, em soluções para um problema que se vem anunciando há mais de três décadas, não especificamente em São Paulo, mas em todo o mundo.
A escassez de água é uma realidade em muitos países, e agora, dá as caras no Brasil , no maior centro urbano da América do Sul.
Os governos do PSDB foram  incompetentes, irresponsáveis e limitados em assuntos estratégicos.
O sistema Cantareira, mesmo que as chuvas retornem com força, não pode mais ter a exclusividade de fornecimento em grande escala para cidade de São Paulo, já que o volume de água  que se retira diariamente é bem maior do que a capacidade de reposição do sistema.
São Paulo entrou em rota de colisão, a seco.
Em uma visão nacional, espera-se que os governos populares e democráticos do PT passem a ter um outro olhar sobre a questão dos recursos hídricos, principalmente no tocante a gestão.
Com a escassez de água se tornando uma realidade , seria criminoso que a iniciativa privada estivesse a frente dessa gestão, uma vez que a água é um bem comum indispensável a vida e não pode e não deve ser tratada como mercadoria.
Além de uma visão estratégica de fundo, os governos devem e podem incentivar programas de reaproveitamento, reciclagem e tratamento de águas.
A título de exemplo é inaceitável que postos de combustíveis e lava-jatos de automóveis  se utilizem de água tratada, até mesmo potável, para seus serviços e que não reaproveitam os efluentes decorrentes das atividades.
O efluente dessas atividades , além da água tratada, recebe particulado sólido e detergentes, o que exige um tratamento fácil para tornar a água reutilizável para os serviços.
Algo bem diferente de tratamentos industriais, onde diversas substâncias químicas e até mesmo matéria orgânica fazem parte dos efluentes e que, mesmo assim, essas águas são tratadas e reutilizadas em diferentes fases dos processos industriais.
E bem menos complexo que o tratamento de águas de rios, para que se chegue a água que se recebe diariamente nas residências.
Outros exemplos poderiam ser citados, mas o que tem que ser feito, e se tem que logo deve, é um amplo programa de gestão de águas que inclua, informação, conscientização e  capacitação de pessoas e empresas para reaproveitamento de águas.
Quanto a população de São Paulo e região metropolitana, restou o banho de caneca.
São Paulo na frente com os tucanos.

 


9, 792356

Conceição Lemes, 33 anos de estrada: Resposta em público a O Globo

publicado em 16 de abril de 2014 às 0:38

por Conceição Lemes
Nessa segunda-feira 13, uma repórter de O Globo enviou-nos um e-mail:
“Estou fazendo uma matéria sobre a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu a blogueiros na semana passada. Gostaria de conversar contigo por telefone”.
Pedi que enviasse as perguntas por e-mail. Hoje, às 12h27 elas foram encaminhadas:

Nada contra a repórter. Embora não a conheça, respeito-a profissionalmente como colega.
Já a empresa para a qual trabalha, não merece a nossa consideração.
Com essas perguntas aos blogueiros, O Globo parece estar com saudades da ditadura, quando apresentava como verdadeira a versão dos órgãos de repressão.  Exemplo disso foi a da prisão, tortura e assassinato de Raul Amaro Nin Ferreira, em 1971, no Rio de Janeiro.
Com essas perguntas, O Globo parece querer promover uma caça aos blogueiros progressistas. Um macartismo à brasileira.
O marcartismo, como todos sabem, consistiu num movimento que vigorou nos EUA do final da década de 1940 até meados da década de 1950.  Caracterizou-se por intensa patrulha anticomunista, perseguição política e dersrespeito aos direitos civis.
O interrogatório emblemático daqueles tempos nos EUA:
Mr. Willis: Well, are you now, or have you ever been, a member of the Communist Party? (Bem, você é agora ou já foi membro do Partido Comunista?)
A sensação com as perguntas de O Globo é que voltamos à ditadura. Agora, a ditadura midiática das Organizações Globo. É como estivéssemos sendo colocados numa sala de interrogatório.
Afinal, qual o objetivo de saber se pertencemos a algum partido político?
Será que O Globo faria essa pergunta aos jornalistas de direita, travestidos de neutros, que rezam pela sua cartilha?
E se fossemos nós, blogueiros progressistas, que fizessemos essas perguntas aos jornalistas de O Globo?
Imediatamente, seríamos tachados de antidemocratas, cerceadores da liberdade de expressão, chavistas e outros mantras do gênero.
Como um grupo empresarial que cresceu graças aos bons serviços prestados à ditadura civil-militar tem moral de questionar ideologicamente os blogueiros que participaram da entrevista coletiva?
Liberdade de imprensa e de expressão vale só para direita e para a esquerda, não?
Como uma empresa que tem no seu histórico o colaboracionismo com a ditadura, o caso pró-Consult, o debate editado do Collor vs Lula, ter sido contra a campanha Pelas Diretas,  pode se arvorar em ditar normas de bom Jornalismo e ética?
Como uma empresa que deve R$ 900 milhões ao fisco tem moral para questionar outros brasileiros?
Como um grupo empresarial que recebe, disparadamente, a maior fatia da publicidade do governo federal pode criticar os poucos blogs que recebem alguma propaganda governamental?
O Viomundo, repetimos, não aceita propaganda dos governos federal, estaduais e municipais. É uma opção nossa. Mas respeitamos quem recebe. É um direito.
No Viomundo, não temos nada a esconder.  Só não admitimos que as Organizações Globo, incluindo O Globo, com todo o seu histórico, se arvorem no direito de fiscalizar a blogosfera.
Por isso, eu Conceição Lemes, que representei o Viomundo na coletiva, não respondi a O Globo. Preferi responder aos nossos milhares de leitores.  Diretamente. E em público.
Seguem as perguntas de O Globo e as minhas respostas.
Qual a sua formação acadêmica?
Formada em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Qual a sua atuação profissional antes do blog? Já cobriu política por outros veículos?
Sou editora do Viomundo, onde faço política, direitos humanos, movimentos sociais. Toco ainda o nosso Blog da Saúde.
No início da carreira, fiz um pouco de tudo: economia, política, revistas femininas, rádio…
Há 33 anos atuo principalmente como jornalista especializada em saúde, tendo ganho mais de 20 prêmios por reportagens nessa área. Entre eles, o Esso de Informação Científica, o José Reis de Jornalismo Científico, concedido pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), e o Sheila Cortopassi de Direitos Humanos na área de Comunicação, outorgado pela Associação para Prevenção e Tratamento da Aids e Saúde Preventiva (APTA) com apoio do Unicef.
Conquistei também vários prêmios Abril de Jornalismo, a maioria por matérias publicadas na revista Saúde!, da qual foi repórter, editora-assistente, editora e redatora-chefe.
Em 1995, fui  premiada pela reportagem “Aids — A Distância entre Intenção e Gesto”, publicada pela revista Playboy. O projeto que desenvolvi para essa matéria foi selecionado para apresentação oral na 10ª Conferência Internacional de Aids, realizada em 1994 no Japão.
Pela primeira vez um jornalista brasileiro teve o seu trabalho aprovado para esse congresso. Concorri com cerca de 5 mil trabalhos enviados por pesquisadores de todo o mundo. Aproximadamente 300 foram escolhidos para apresentação oral, sendo apenas dez de investigadores brasileiros. Entre eles, o meu. Em consequência, fui ao Japão como consultora da Organização Mundial da Saúde.
Tenho oito livros publicados na área.
O mais recente, lançado em 2010, é Saúde – A hora é agora, em parceria com o professor Mílton de Arruda Martins, titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, e o médico Mario Ferreira Júnior, coordenador de Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Em 2003/2004, foi a vez da  coleção Urologia Sem Segredos, da Sociedade Brasileira de Urologia, destinada ao público em geral.
Os primeiros livros foram em 1995. Um deles, o Olha a pressão!, em parceira com o médico Artur Beltrame Ribeiro.
O outro foi a adaptação e texto da edição brasileira do livro Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV, do professor John G. Bartlett, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. A tradução e supervisão científica são do médico Drauzio Varella.
Você é filiada a algum partido político?
Não sou nem nunca fui filiada a qualquer partido político.
Mas me estranha muito uma empresa que apoiou a ditadura, cresceu devido a benesses do regime e hoje se alinhe com todos os espectros da direita brasileira, questione a a filiação partidária de um jornalista.
Quer dizer de direita, tudo bem, e de esquerda, não?
Como você definiria os “blogueiros progressistas”? Existe uma linha política?
Somos de esquerda.
Defendemos:
Melhor distribuição da renda no país.
Reforma agrária.
Os movimentos sociais por melhores condições de moradia, trabalho, defesa do meio ambiente, saúde e educação.
Regulamentação dos meios de comunicação.
Valorização do salário mínimo.
Política de cotas raciais nas universidades.
Direitos reprodutivos e sexuais das mulheres brasileiras.
Combate à discriminação e promoção dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
Imposto sobre grandes fortunas.
Financiamento público de campanha.
Reforma política.
Fortalecimento da Petrobras.
Sistema Único de Saúde.
Como você foi chamada para a entrevista? Recebeu alguma ajuda de custo do instituto?
Por e-mail. Nenhuma ajuda.
O que você achou da seleção de blogueiros para a entrevista? Incluiria, por exemplo, representantes da mídia ninja ou blogueiros “de oposição”, como Reinaldo Azevedo?
O Instituto Lula tem o direito de chamar para entrevistar o ex-presidente quem ele quiser.
Engraçado O Globo perguntar isso. De manhã à madrugada, de domingo a domingo, todos os veículos das Organizações Globo privilegiam, ostensivamente, sem o menor pundonor, vozes do conservadorismo brasileiro e internacional. Pior é que travestido de uma falsa neutralidade.
Por que O Globo pode chamar quem quiser e o ex-presidente Lula, não?
Por que as Organizações Globo não dão espaços iguais à esquerda e à direita, garantindo a pluralidade de opiniões?
No dia em que as Organizações Globo garantirem efetivamente a pluralidade de opiniões, respeitando a verdade factual, aí, sim, seus profissionais poderão questionar os nomes escolhidos por Lula.
Qual foi o ponto mais relevante da entrevista para você?
Ter falado três horas e meia com os blogueiros. Uma conversa em que nenhum assunto foi proibido. Tivemos liberdade plena de perguntar o que queríamos. Uma lição de democracia.
O instituto arcou com os seus custos de deslocamento?
Não. Fui de táxi. Paguei do meu próprio bolso.
Por que você acredita ter sido escolhida para a entrevista?
Quantos jornalistas brasileiros têm o meu currículo profissional? Quantos repórteres da mídia tradicional e da blogosfera produziram tantos furos jornalísticos quanto nós no Viomundo nos últimos cinco anos?
Por isso, deixo essa pergunta para você e os leitores do Viomundo responder.
O que você acha do movimento “Volta Lula”?
Quem tem de achar é a população e os militantes dos partidos da base de apoio do governo.
Sou apenas repórter. Cabe a mim, portanto, retratar o que presencio.
Qual nota você daria ao governo Dilma? Por quê?
O Globo tem fetiche por nota. Quem tem de dar a nota é o eleitorado. Sou repórter e minha opinião neste caso é irrelevante. A não ser que O Globo pretenda usá-la para fazer o que costuma fazer: manipular informação com objetivos políticos, em defesa de interesses da direita brasileira.
PS do Viomundo: Todas as nossas batalhas são financiadas exclusivamente pela contribuição de assinantes, a quem agradecemos por compartilhar conteúdo exclusivo generosamente com outros internautas. Torne-se um deles!
Fonte; VIOMUNDO
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Coincidência ou não, Globo, Folha e Estado circulam nesta terça com a mesma manchete: o reconhecimento, por Graça Foster, presidente da Petrobras, de que a compra da refinaria de Pasadena "não foi um bom negócio"; jornais, naturalmente, simplificam a declaração e retiram ressalvas importantes como "aos olhos de hoje" ou complementos como o de que, naquele momento em que foi fechada, a transação parecia atrativa; o que importa é reforçar a pressão sobre a ministra Rosa Weber, do STF, para que ela garanta, liminarmente, a CPI exclusiva da Petrobras em ano eleitoral
16 DE ABRIL DE 2014 
247 - Manchete da Folha de S. Paulo: "Refinaria não foi bom negócio, diz Graça Foster".
Manchete do Estado de S. Paulo: "Refinaria nos EUA 'não foi negócio', afirma Graça Foster".
Manchete do Globo: "Petrobras, enfim, admite que não fez bom negócio".
O fato é que os senadores conseguiram a arrancar da presidente Graça Foster, na tarde de ontem, uma frase que se encaixaria como uma luva para a cruzada política empreendida pelos jornalões.
Pouco importa se ela fez ressalvas, dizendo que esse mau negócio só pode ser analisado aos olhos de hoje – e não à época em que a operação foi fechada, quando parecia promissora.
Uma manchete, afinal, apenas resume a ideia central.
E, com o peixe que vendem hoje aos leitores, os três jornalões reforçam a pressão para que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, garanta à minoria do Congresso o direito de realizar uma CPI exclusiva sobre a Petrobras, em pleno ano eleitoral.
Uma CPI que não só terá repercussões sobre a imagem da companhia, como também pode abrir caminho para um modelo de maior abertura no setor. 
Dois dias atrás, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que lidera a oposição na iniciativa pró-CPI, voltou a defender o modelo de concessões no lugar do regime de partilha, como o que foi usado na venda do campo de Libra, do pré-sal.
Como se vê, a oposição vê na Petrobras sua "bala de prata" da disputa eleitoral e o próprio futuro da companhia estará em jogo em 2014.
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Trombone alvorada weril

Que a imprensa tradicional sofre com o surgimento da internete,  lá pela década de 1990, isso é fato.
Que a imprensa, a velha, ainda acredita que é a formadora de opinião da maioria da população, isso é fato e é delirante.
Que globo queira saber como trabalham os blogues da mídia progressista, a maioria de jornalistas, isso é cômico.
Que globo tenha se sentido incomodado com uma entrevista concedida por Lula aos blogueiros progressistas, isso pode revelar que a velha mídia não suporta a convivência com a pluralidade de opiniões e a emergência de outras mídias.
Que globo, que defende a extinção do diploma de jornalismo para o exercício da profissão e ainda através do editor do jornal nacional disse que pode formar um jornalista em cinco meses, esteja interessada em saber a formação acadêmica dos blogueiros é um tanto esquizofrênico.
Que globo, através de duas perguntas,  queira saber se os blogueiros receberam ajuda de custo para comparecer na entrevista com Lula, revela que globo ou não conhece nada da blogosfera ou se baseou em suas práticas de corrupto e corruptor para tirar conclusões e formular suas questões.
Que globo, no ano de 2014, com os sites e blogues de informação cada vez mais relevantes no Brasil e no mundo como contraponto a um modelo mundial de jornalismo uníssono de total apoio ao modelo neoliberal vigente, queira saber se os blogues tem uma orientação política,ou é cinismo, ou estupidez gigantesca, ou ambos o que é extremamente preocupante para conjunto da sociedade..
Quanto a última pergunta, quando globo deseja saber a nota que daríamos ao governo Dilma, comportando-se como um instituto de pesquisa, devo informar que o  PAPIRO trabalha com precisão e exatidão em suas análises. Assim sendo, depois de nossos cálculos informamos que, em uma escala de 1 a 10,  a nota é de 9,792356.

Perfuração profunda e o petróleo

CPI contra a corrupção? É o pré-sal, estúpido!

publicada quarta-feira, 16/04/2014 às 00:14 e atualizada quarta-feira, 16/04/2014 às 00:14
Da Federação Única dos Trabalhadores-FUP
A cerrada campanha com que a mídia partidarizada vem sangrando a Petrobrás nas últimas semanas segue incólume, sem as devidas reações por parte dos gestores da empresa. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade. “É o pré-sal, estúpido!”, como diria o marqueteiro de Bill Clinton, que nas eleições norte-americanas de 1992, resumiu a vitória dos democratas com uma frase ácida que tornou-se célebre em todo o mundo: “É a economia, estúpido!”.
A última edição da revista Veja não deixa dúvidas sobre as reais intenções da campanha que tenta desmoralizar a gestão estatal da Petrobrás, visando sua privatização. “Como o PT está afundando a Petrobras” é a matéria de capa da  revista,  cuja linha editorial é claramente tucana. Detalhe: o presidente da editora Abril, Fábio Barbosa, foi conselheiro da Petrobrás entre 2003 e 2011 e um dos que mais defendeu na época a compra da refinaria de Pasadena.
O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o  principal articulador da campanha contra a Petrobrás, também reafirmou aos empresários paulistanos suas intenções em relação à empresa: “Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos”, declarou no dia 31 de março durante um almoço no Grupo de Líderes Empresariais.
Provável candidato tucano à Presidência da República, Aécio já havia defendido o regime de concessão para o pré-sal em outubro do ano passado, após o leilão de Libra. “A Petrobras não terá condições, sei lá, sequer de participar com os 40% devidos desse leilão de agora, como poderá pensar em participar daqui a dois anos, se fosse necessário, estratégico para o Brasil fazer outros leilões?”, discursou na época no Plenário do Senado.
FHC é outro tucano que voltou a defender publicamente as privatizações do seu governo. Em artigo recente, ele conclama a oposição a “tomar à unha o pião dos escândalos da Petrobras”, “reafirmando a urgência de mudar os critérios de governança das estatais”.
É por essas e outras que precisamos alertar a sociedade e o povo brasileiro para as reais intenções dos setores conservadores que atacam a Petrobrás, inclusive por dentro da empresa, tentando retomar a agenda neoliberal que nos anos 90 sucateou e privatizou parte considerável da estatal.  A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!
Fonte : ESCREVINHADOR
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O pré-sal do PT é uma revolução. Daí, a CPI

Até o Cromangnoli entende que vai precisar de outra barriga de aluguel​.
O ansioso blogueiro comoveu-se às lágrimas ao assistir a participação de ínclitos membros da Oposição na audiência da presidente Graça Foster, no Senado – clique aqui para ler “À luz do tempo”, a Tele Montecarlo também foi um bom negócio”.

Um, do Nordeste, é suspeito de receber propina na garagem de casa.

Outro, do Sudeste, de tomar empréstimo de um operador de empreitagens.

Do Norte inscreveu-se um que é do ramo do Carlinhos Cachoeira – e faz deste, em Goiás, um Congregado Mariano.

A fina flor da Ética – por falar nisso, clique aqui para ler “Dilma vai vetar ‘contrabando’ de Cunha para os Planos de Saúde.

Estavam todos ali movidos por interesses de curto prazo: aparecer no jornal nacional, cuja audiência desaba; arranjar uns votos para o Aécio, que rasgou a fantasia e vai entregar o pré-sal à Chevron; e instalar uma CPI para derrubar a Dilma.

Claro que, naquele melancólico desfile, destacaram-se os destemidos senadores do PT – com exceção de Alcides Diniz, do Acre -, que defenderam o Governo Dilma com menos entusiasmo com que defenderiam o Daniel Dantas.

(O ansioso blogueiro não assistiu à participação da Senadora Gleisi Hoffmann, mais corajosa que todos os do sexo masculino, naquela turma flácida.)

Mas, no subterrâneo, está um objetivo muito mais amplo, de geopolítica eleitoral, diria aquele colonista (*) do PiG (**), que um amigo do Mino Carta chama de “Cromangnoli”.

É não deixar o PT governar o Brasil quando o dinheiro do pré-sal começar a entrar na Educação e na Saúde.

Não se trata apenas de entregar o pré-sal à Chevron, como querem o Cerra, o genro e, pelo jeito, o Aécio.

É mais amplo e tem alcance maior.

A hegemonia trabalhista pode solidificar-se por um largo período, ainda, quando os investimentos maciços em Educação e Saúde amadurecerem.

Lula tomou a Petrobrax do Príncipe da Privataria, ao estabelecer o regime de partilha – “o que eles querem é acabar com a partilha”, disse ele aos blogueiros; refundou a Indústria Naval com a Dilma; e vai dar o salto, o salto do Deng na China: o da Educação e da Tecnologia, com o dinheiro do pré-sal.

É por isso que eles querem desmanchar a Petrobras.

Desacreditar a Dilma.

Voltar ao regime de concessão.

É mais do que entreguismo.

É impedir que um governo trabalhista mexa na estrutura geológica do Brasil, lá no fundo mais fundo que o pré-sal.

A estrutura da Educação.

Ainda mais que será por causa desse maldito metalúrgico, um Nunca Dantes qualquer !, que não tem título universitário, não fala inglês, e fez 14 universidades – e o Sociólogo, nenhuma.

(O Deng não falava inglês. O Mao também não.)

O dinheiro do pré-sal vai dar nova dimensão às reformas trabalhistas.

Com a vitória da Dilma em outubro, esse projeto se fortalece.

E o que será da Oposição ?

Ela não vai acabar, claro.

Mas, terá que arranjar outra barriga de aluguel.

A serventia do PSDB de São Paulo se terá concluído – ainda mais se perder em São Paulo e em Minas …

Os conservadores e a Globo vão ter que bater em outra porta.

Provavelmente a do Dudu.

Se o Dudu vencer em Pernambuco.

E se Mamãe deixar.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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 O politicídio contra o PT
 
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A ideia de que só existe uma coisa a fazer em termos de política econômica - ‘a coisa certa’ - é um daqueles mantras com os quais o conservadorismo elide as escolhas e conflitos inerentes à luta pelo desenvolvimento.

O ardil para desautorizar a discussão do que importa - desenvolvimento para quem, desenvolvimento para o quê e desenvolvimento como? - passa pela desqualificação moral do adversário.

A criminalização do agente contamina sua agenda.

O escritor e jornalista Bernardo Kucinski –autor do premiado ‘K’, romance apontado como uma das grandes vozes do ciclo ditatorial brasileiro-- resgata o termo ‘politicídio’ para expressar o espanto com o que se passa no país.

Politicídio, grosso modo, é o extermínio de uma comunidade política.

Kucinski enxerga uma mobilização em marcha para exterminar o PT da sociedade brasileira, a começar pela sua presença no imaginário da população.

A aspiração não é nova nas fileiras conservadoras. Em 2005, já se preconizava livrar o país ‘ dessa raça pelos próximos trinta anos’.

Jorge Bornhausen, autor da frase, reúne credenciais e determinação para levar adiante seu intento. Hoje ele os exercita na articulação da campanha de Eduardo Campos e Marina Silva.

A verdadeira novidade é a forma passiva como um pedaço da própria intelectualidade progressista passou a reagir diante dessa renovada determinação de exterminar o PT da vida política nacional.

Doze anos de presença do partido no aparelho de Estado, sem maioria no Congresso, por conta do estilhaçamento intrínseco ao sistema político , explicam um pedaço do desencanto.

O ex-ministro Franklin Martins, em entrevista nesta página, resumiu em uma frase a raiz da desilusão: ‘o PT elege o presidente da República há três eleições e não elege 20% dos deputados federais (...) Se não se resolver isso, teremos uma crise permanente e o discurso de que o Brasil não tem mesmo jeito só se fortalecerá’.

Coube a Maria Inês Nassif, em coluna também nesta página (‘Como um parlamentar adquire poder de chantagem?) debulhar o mecanismo através do qual o sistema de financiamento de campanha alimenta a chantagem do Congresso contra o Executivo e delega a “pessoas com tão pouco senso público credenciais para nomear ministros ou diretores de estatais”.

O politicídio contra o PT faz o resto ao descarregar nos erros do partido –que não são poucos-- a tragédia da democracia brasileira.

Uma inestimável contribuição à chacina foi providenciada pelas togas do STF ao sancionarem uma leitura rasa, indigente, das distorções implícitas à construção de maiorias parlamentares na esfera federal.

Espetar no coração do ex-ministro José Dirceu a indevida paternidade --‘chefe de quadrilha’-- pela teia que restringe a soberania do voto é o ponto alto da asfixia do esclarecimento pelo politicídio contra o PT.

O passo seguinte do roteiro conservador é estender a desqualificação do partido aos resultados do governo Dilma na economia.

A transfusão é indispensável para emprestar aromas de pertinência –‘fazer a coisa certa’-- ao lacto purga que o PSDB tem para oferecer às urnas de outubro: retomar aquilo que iniciou nos anos 90, o desmonte completo do Estado brasileiro.
A prostração de uma parte da intelectualidade progressista diante dessa manobra subtrai da sociedade uma de suas importantes sirenes de alerta quando a tempestade congestiona o horizonte.

Por trás das ideias, melhor dizendo, à frente delas, caminham os interesses.
Cortar a ‘gastança’, por exemplo, é a marca-fantasia que reveste a intenção de destroçar o pouco da capacidade de fazer política pública restaurada na última década.

Subjacente à panacéia do contracionismo-expansionista (destruir o Estado para a abrir espaço ao crescimento privado) existe um peculato histórico.

É justamente ele que está na origem de boa parte dos impasses enfrentados pelo desenvolvimento brasileiro nos dias que correm.

O principal déficit do país não é propriamente de natureza fiscal, como querem os contracionistas, mas um déficit de capacidade de coordenação do Estado sobre os mercados.

As empresas estatais, cujos projetos e orçamentos, permitiram durante décadas manter a taxa de investimento nacional acima dos 22%, em media, contra algo em torno de 18% atualmente, perderam o papel que desempenharam até a crise da dívida externa nos anos 80, como ferramenta indutora da economia.

Nos anos 90, o governo do PSDB promoveu sua liquidação.

Sem elas não há política keynesiana capaz de tanger o mercado a sair da morbidez rentista para o campo aberto do investimento produtivo.

Sobretudo, não há estabilidade de horizonte econômico que garanta a continuidade dos investimentos de longo prazo, aqueles que atravessam e modulam os picos de bonança e os ciclos de baixa.

O que sobra são espasmos e apelos bem intencionados, fornidos de concessões de crédito e renúncias fiscais, frequentemente respondidos de forma decepcionante por uma classe dominante que se comporta, toda ela, como capital estrangeiro dissociado do país.

Não há contradição em se ter equilíbrio em gastos correntes e uma carteira pesada de investimentos públicos, como faz a Petrobrás, que deve investir quase US$ 237 bilhões até 2017.

A cota de contribuição da estatal para mitigar as pressões inflacionárias decorrentes de choques externos --vender gasolina e diesel 20% abaixo do preço importado—não a impediu de fechar 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano, o dobro da média mundial do setor, o que a tornou campeã mundial no decisivo quesito da prospecção de novas reservas.

O conjunto explica o interesse conservador em destruir esse incomodo paradigma de eficiência estatal, antes que ele faça do pré-sal uma alavanca industrializante demolidora das teses dos livres mercados.

À falta de novas Petrobras –elas não nascem em gabinetes, mas nas ruas-- a coerência macroeconômica do desenvolvimento terá que ser buscada em um aprofundamento da democracia participativa no país.

A chegada do PT ao governo em plena era da supremacia das finanças desreguladas, deixou ao partido a tarefa de fazer da justiça social a nova fronteira da soberania no século XXI.

Essa compreensão renovada da âncora do desenvolvimento orientou prioridades, destinou crédito, criou demandas, gerou aspirações e alimenta as expectativas de uma fatia da população que compõe 53% do mercado de consumo do país.

Ficou muito difícil governar o Brasil em confronto com esse novo protagonista.

Daí o empenho em desqualificar seu criador.

E em desacreditar suas políticas e lideranças diante da criatura.

É o politicídio em marcha.

Se a construção de uma democracia social for entendida pelo PT –e pelos intelectuais progressistas que ora se dissociam de sua sorte-- como a derradeira chance de renovar o desenvolvimento e a sociedade, ficará muito difícil para o conservadorismo levar a cabo o politicídio.

A menos que queira transformá-lo em um democídio: um governo contra toda a nação.
Fonte: BLOG DO MIRO
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Algumas capas da revista veja














Assim como aconteceu em 2005, e principalmente nas eleições de 2006, o foco principal é atacar o partido ,no caso o PT .
Seus quadros vem a reboque dos ataques.
É o que vem acontecendo agora, demonstrar a incompetência do PT.
Em bloco, oposição e velha mídia repetem um mantra repleto de profundas superficialidades .
Na mída de globo, veja, folha, band e Sherazade, o que predomina  é um falatório alucinante, que pouco informa, mas que repete em palavras evocativas  o PT,, seus principais quadros e a Petrobras, o principal objeto de desejo da oposição visível e principálmente da oposição invisível.
Em paralelo, a propaganda eleitoral do PSDB derrama nas telas de TV um  pré candidato a presidência da república , Aécio Neves,com expressão ansiosa e apressada, quase saindo pela tela de TV, mas que certamente está desfrutando de uma oportunidade tão esperada para conversar com o eleitor e apresentar suas propostas  de governo.
E que propostas apresentou Aécio neste entrudo oposicionista de abril, certamente deve estar se perguntando o caro leitor.
Objetivamente, Aécio, descabelado, nada apresentou de relevante.
Procurou apenas atacar o PT, seguindo o enredo elaborado pela velha mídia.  
Partindo de um conceito equivocado e fictício, Aécio, o descabelado, diz que com ele o Brasil e a Petrobras tem jeito, sem dizer absolutamente nada sobre o que significa o jeito dos tucanos de governar
Ora, o caro e atento leitor sabe que os governos do PSDB, quando na presidência da república, foram um fracasso para o pais e para o povo brasileiro, marcando um período, os anos da década de 1990, como uma grande e escura noite de predomínio da agenda neoliberal. 
Qualquer comparação dos indicadores econômicos e socias com os governos do PT,  faz com que o livro do PSDB não passe da página dois.
O que se vê é apenas retórica, que também tem como foco a privatização da Petrobras, defendida pelo PSDB , em benefício de interesses estrangeiros nocivos ao projeto de desenvolvimento do país.

charge do PAPIRO  -  O Politicídio