terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Globo na Lama

Gog esnoba convite da Globo e da Fifa: “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro”

Emissora carioca convidou Gog para se apresentar em evento da entidade máxima do futebol, durante a Copa do Mundo 2014
09/12/2013
da Revista Fórum
O rapper Genival Oliveira Gonçalves, o Gog, anunciou, na última sexta-feira (06), através de seu perfil no Facebook, que recusou um convite da Rede Globo para se apresentar em evento da Fifa durante a Copa do Mundo 2014. “Não aceito o convite, não negocio com vocês, não me procurem mais, esqueçam meu nome”, afirmou o músico.
O evento seria realizado, segundo Gog, na Esplanada dos Ministérios no dia 15 de junho de 2014. Exatamente nesta data, ocorrerá, em Brasília, o jogo entre as seleções de Suíça e Equador.
Em seguida, Gog explica sua decisão. “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro. Bando de racistas!”. O rapper ainda pediu que a Globo retire “o nome de Nelson Mandela dos noticiários sujos” da emissora.
Fonte: BRASIL DE FATO E REVISTA FÓRUM

Muito bem !
Ainda temos esperança na classe artística brasileira.
A maioria dos artistas, alguns ainda tiram onda de moderninhos, não passa de um bando de vendidos, se curvando aos interesses de uma emissora racista e nazista.

A Cultura da Violência

Frente dos Torcedores: “Não aceitamos soluções midiáticas”

publicado em 10 de dezembro de 2013 às 0:03

Nota da Frente Nacional Dos Torcedores sobre os últimos acontecimentos do futebol brasileiro

A Frente Nacional dos Torcedores, movimento que busca um futebol justo-democrático-e-popular, lamenta profundamente as cenas protagonizadas por torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense no jogo de hoje, então válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.
Nosso movimento percebe a complexidade para resolver o problema da violência no futebol. E, infelizmente, há muito vem denunciando a omissão dos Governantes, da CBF e dos dirigentes dos clubes para solucionar o conflito; por outro lado, também faz tempo que denunciamos a incompetência e burrice do Ministério Público e da Polícia Militar de todos os estados brasileiros.
Contudo, é inadmissível, inaceitável e imperdoável que duas torcidas tão fortes e tão grandiosas como as dos clubes envolvidos protagonizem episódios de tamanho horror social. Sabe-se bem a capacidade de articulação política das duas maiores torcidas organizadas, tanto do Vasco quanto do Atlético PR, e justamente, por isso, tem-se ainda mais vexatório o acontecimento de hoje. E, sim nós apoiamos a punição de todos os torcedores envolvidos em qualquer briga! Afinal, torcer é festa, não é violência!
De qualquer modo, a Frente Nacional dos Torcedores segue esperando uma definição séria do Ministério dos Esportes e da CBF para começar a resolver o problema. O Ministério, lamentavelmente, continua rebaixando a importância do tema, e colocando nas mãos de um promotor com notória ineficiência e inaptidão para o cargo.
Inclusive, o que se tem visto é o avanço da violência e o fim da festa popular nos estádios. Tudo isso diante da flagrante incompetência dos funcionários públicos destacados para o tema.
Urge trocar o senhor Paulo Castilho da pasta de segurança dos torcedores! Urge dialogar com as torcidas verdadeiramente, urge debater exaustivamente para mudar a política da segurança dos estádios! Urge reformar o Estatuto do Torcedor!
Por outro lado, a omissão da CBF, diante do perplexo cenário de um jogo decisivo sem devida segurança, somente reforça a tese de que essa instituição é meramente lucrativa a serviço da máfia da bola, possuindo enorme desleixo com as condições dos estádios brasileiros.
Marin consegue realizar o sorteio da Copa do Mundo na Costa do Sauípe, mas não consegue garantir um jogo do campeonato brasileiro com segurança no estádio. Mesmo tratando de um jogo de alto risco com histórico não feliz de incidentes violentos entre as torcidas, nada foi feito.
Ao contrário, o estádio recebeu uma ridícula segurança privada, devido a uma decisão pouco inteligente do Ministério Público local. Talvez os mais de 6 milhões de reais oriundos dos cofres públicos para a realização do sorteio da Copa 2014 fossem suficientes para garantir um eficaz plano nacional de segurança dos estádios. Mas, quem deseja resolver de verdade o problema da violência nos estádios?
Por fim, conclamamos a todos os torcedores brasileiros para um 2014 de paz e luta social nos estádios. Pois, a nossa luta é contra a corrupção da máfia da bola; a nossa luta é por ingressos baratos e festa popular nos estádios; a nossa luta é contra a atual direção da CBF; a nossa luta é contra a imbecilidade generalizada do atual Ministério dos Esportes; a nossa luta é por um outro futebol, que é possível. A nossa luta não é contra o torcedor do time rival! Ele deve ser nosso companheiro na luta por um futebol melhor. Caso você ainda não entenda isso, a Justiça acabará fazendo com que você entenda.
Não aceitamos soluções imediatistas e meramente midiáticas para espetacularizar ainda mais a questão da violência no futebol, todavia, repudiamos a contínua ignorância de violentos torcedores. Futebol não é violência! Torcer é festa! Vamos lutar pela volta da festa popular nos estádios, vamos dar um basta nas brigas! Pois, violência nos estádios é o que a máfia da bola mais deseja para intensificar o nefasto processo de elitização do futebol.
Fonte: VI O MUNDO

A questão é complexa e sendo assim as soluções midiáticas sempre tentam aparecer.
Ontem, no dia seguinte dos conflitos em Joinville, a imprensa deitou falação sobre o assunto.
Algumas idéias interessantes, bem poucas , é verdade, porém a maioria repetiu quase que um mesmo discurso  repleto de sentimentos de indignação, raiva e , principalmente, violência.
Era comum ouvir nas emissoras de rádio e ler nos jornais, declarações do tipo;
- " selvageria, tem que enfiar esses bandidos na cadeia até que apodreçam"
- " se existissse força policial dentro do estádio, duvido que eles criassem essa confusão. Iriam apanhar e muito "
- " eles ( os bandidos) devem ser punidos com todo o rigor da lei "
- " não são torcedores. são marginais que vão aos estádios para produzir atos de barbárie. Lugar dessa gente é na cadeia, sem blá, blá blá" 
Na alegre e indignada imprensa esportiva, o que predominou no day after foi um discurso carregado de violência. Para punir a violência, deve-se agir com violência, foi o que ficou pelo conteúdo apresentado pela maioria da mídia.
O caro e atento leitor já percebeu que a cultura da violência está ganhando, seja no futebol, nas relações  interpessoais, na política, nas relações internacionais, no aumento de crimes bárbaros como estupro, no comportamento no trânsito das grandes cidades, nos conflitos no campo, e até mesmo nas filas de casas lotéricas. 
O antigo mala das filas de casas lotéricas, aquele que ficava batendo no seu ombro para mostrar que quase ganhou na loteria esportiva da semana anterior, hoje não mais conversa com você e ainda o empurra para andar mais rápido, exigindo, com tom agressivo, para que você fique ligado na fila.
A violência se espalha na mesma proporção em que a ignorância e o conceito de sucesso pessoal a qualquer custo  avança.
E o sucesso pessoal , no bojo de valores da cultura contemporânea não contempla , necessariamente, uma boa educação com formação acadêmica e lastro cultural. O que vale é o  empreendedorismo com sucesso pessoal.
Sem sombra de dúvidas, há um nazismo emergente no mundo.
O surgimento de uma sociedade livre, democrática e moderna, tão cantada e enaltecida no início dos anos da década de 1990, claramente fracassou.
O que se verifica, e acredito que assim o leitor atento também se expresse,  é uma regressão em todos os valores  daquilo que se entende por civilização.
O que predomina, em todos os campos, é a cultura da violência.
Dito isto, resolver os conflitos que acontecem  dentro dos estádios de futebol não me parece uma tarefa tão complicada, desde que os organismos de segurança atuem de forma preventiva e inteligente para cadastrar, acompanhar - durante os jogos - e quando necessário deter indivíduos que pratiquem atos criminosos. 
Pelo menos dentro dos estádios/arenas, os novos coliseus do século XXI,  a tranqulidade pode ser obtida sem grandes investimentos . Entretanto, fora das arenas, os "torcedores" continuarão matando uns aos outros, em encontros de guerra previamente agendados entre as partes, onde as batalhas sangrentas serão travadas, assim como nos tempos de Roma antiga, com facas, paus e pedras.
Ruas e avenidas ficarão manchadas de sangue, o mesmo sangue que escorre de rostos e corpos de lutadores  de lutas tipo MMA, de grande apelo para um público sedento de cenas de horrror e morte e ainda trasmitidas por emissoras de tv com amplo patrocínio de grandes empresas e com apresentadores em estado de excitação máxima diante dos golpes mortais desferidos pelo gladiadores da idade moderna, civilizada , democrática e próspera. 
Enfiar todo mundo na cadeia, como gritam alguns excitados representantes de nossa alegra imprensa esportiva não resolve nada.
Elitizar o público de futebol nas arenas, como desejam setores da imprensa, também não me parece a solução ideal.
Os EUA tem a  maior população carcerária no mundo.
Lá ,naquelas terras conhecidas como o paraíso da liberdade, pessoas são detidas e presas sem qualquer justificativa racional e ainda sem direito a advogados. Por qualquer coisa  pessoas vão para a cadeia, entretanto a violência só aumenta, dia após  dia.
Como escrevi logo no início do texto a questão é complexa.
A cultura da violência, em curva de crescimento no Brasil e no mundo, não vai mudar de uma hora para outra.
Já a máfia que está envolvida com o futebol no Brasil ( emissoras de tv, CBF, federações, dirigentes de clubes, setores da imprensa, etc...)  pode ser extirpada do esporte, já que é bem conhecida de todos. 
Para que isso aconteça, é necessário uma ação política do governo com amplo apoio da sociedade organizada.
Entretanto, mais uma vez, a solução não será fácil, já que a plutocracia e o crime organizado comandam o mundo, com ramificações em todos os cantos do planeta.
Para terminar, sem a menor pretensão em esgotar um assunto tão complexo, hoje, o jornal extra, das organizações globo, estampou em primeira página manchete em que acusa o presidente do Vasco de ter pago as passagens para que uma facção da torcida vascaína, a força jovem, envolvida nos conflitos de Joinville, fosse assistir a partida na cidade catarinense. 
Aproveitando o mau momento do clube e de seu presidente, o jornal extra tenta desvirtuar o foco e apresentar uma linha de culpa, em uma ação "jornalística"covarde. 
Aliás a covardia é companheira inseparável da violência e do crime.
Isto posto reforço a posição da Frente Nacional de Torcedores:
' Não Aceitamos Soluções Midiáticas'




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Achincalhado Novamente

A maior vergonha da história do futebol carioca!!!

por Benjamin Back em 08.dez.2013 às 18:51h
Fluminense-Sobis-Cleber-Mendes-LANCEPress_LANIMA20131208_0216_46 Nada é por acaso, ou seja, nenhum time é rebaixado na última rodada, pelo contrário, é igual a um balão que vai caindo, caindo, caindo, e cai! O Fluminense, por exemplo, se arrastou durante todo campeonato. Mesmo com o título do Brasileirão conquistado ao passado, o tricolor não consegue se acertar e é absolutamente dependente do seu patrocinador, inclusive, se amanhã ele resolver ir embora, o Flu então não voltará tão cedo para a Série A! Mas toda essa desorganização e falta de estrutura não é um problema apenas do Fluminense, é o retrato do futebol carioca dessas duas últimas décadas.

Pode até pintar um título aqui ouro acolá, mas não se sustenta. E na partida que rebaixou o Vasco, cenas deploráveis de violência daqueles mesmos que só vão aos estádios para brigar! O pior foi ver o Roberto Dinamite “euricar” ao querer não prosseguir o jogo, a propósito, o Vasco infelizmente parece conter o DNA do seu ex-presidente no sangue! Enfim, não há o que questionar! O Flu tem uma dívida antiga para pagar e o Vasco conseguiu seu segundo rebaixamento em cinco anos, uma prova de que nem sempre chegar ao fundo do poço é a solução para que as coisas melhorem no futuro.

Numa época em que se prega tanto profissionalismo no futebol, Fluminense e Vasco esbanjam um amadorismo de dar inveja aos clubes da várzea! E que belas escolhas fizeram Adílson Batista e Dorival Júnior! Pois é, há alguns anos fui achincalhado por ter indicado os quatro grandes do Rio como possíveis rebaixados, na época não entenderam a crítica e o recado, agora Inês é morta
Fonte: LANCE
_________________________________________________________________

O colunista acima não foi achincalhado apenas há alguns anos. 
Tem sido com frequência neste ano.
De fato, um campeonato por pontos corridos sempre vencerá o melhor , e cairão os times de pior desempenho.
Assim sendo, neste ano, o Cruzeiro foi soberando.  
Da primeira rodada até a consolidação do título , em nenhum momento foi ameaçado.
Já na parte de baixo da tabela a situação foi diferente. 
Pelo desempenho no campeonato poderiam ter caído Náutico, Ponte Preta, Vasco, Fluminense, Flamengo, Portuguesa, Internacional, São Paulo, Criciúma, Bahia. 
Dez times.
Cairam, Náutico, Vasco, Ponte Preta e Fluminense, isso porque o regulamento determina que somente quatro clubes vão para a série B. 
Os times citados se nivelaram tecnicamente na competição, claro, com pequenas diferenças entre eles, para mais ou para menos.
Seria leviano afirmar que a possibilidade real de queda dos 10 times se deve a organização e estrutura do futebol nos respectivos estados da federação. Em alguns casos essa desorganização existe, em outros existe com maior intensidade, já em outros ela existe com menos intensidade.
Isto posto, conclui-se que a questão de organização e estrutura dos clubes de futebol do Brasil, não se restringe a esse ou aquele estado e sim a  uma questão nacional.
O colunista, paulista mirou no futebol carioca.
Talvez pelo desempenho pífio que os times de São Paulo tiveram na competição. 

Destaque apenas para o Santos, da cidade de Santos, e a rebaixada Ponte Preta, da cidade de Campinas,  que tenta salvar o estado de SP com presença na Taça Libertadores de América no ano de 2014.
Isso não significa que o futebol carioca não tenha problemas.
Sim, ele tem problemas, porém , mais do que isso ele tem soluções para seus problemas e, estas soluções vem sendo implantadas pelos quatro grandes clubes da cidade do Rio de Janeiro, em propoções e escalas diferentes.
Dizer que um título aqui e outro acolá acontece com o clubes do Rio de Janeiro, não me parece condizente com os fatos  e dados, o que é algo grave para alguém que posa de jornalista e ainda escreve no maior diário esportivo da América do Sul.
Vamos aos fatos e dados: 
O colunista afirma que nas últimas duas décadas,o futebol carioca apenas pinga em títulos.
De 1993 até o hoje o futebol do Rio conquistou 6 títulos de campeonato brasileiro,  4 copas do Brasil, 2 copas mercosul, 1 copa libertadores da América.
Isso não me parece pingo, ou seja ponto fora da curva, e sim dados sitêmicos que revelam que o futebol do Rio se faz presente na disputa de títulos importantes.
Não satisfeito com pingos delirantes que atentam à realidade, o colunista dispara contra o Fluminense afirmando que o time só está na séria A porque tem um patrocinador forte. 
E o colunista, que fala em organização e estrutura, acha pouco ter um patrocinador forte ?
Ter um patrocinador forte não é sinal de competência ?
Não foi assim com o Palmeiras em 1993 e 1994, quando foi bicampeão brasileiro com a parceria com a Parmalat ?
O que os clubes buscam não são parceiros fortes , na nova realidade de duas décadas do futebol brasileiro, apenas para citar o mesmo período apresentado pelo colunista ?
Claro que além dos patrocinadores masters, os clubes devem buscar outras fontes de receita, como cotas de tv, sócio torcedor, patrocinadores de material esportivo, iniciativas de marqueking, renda dos jogos nos estádios, etc..
Os clubes do Rio, de uma forma ou de outra, uns mais a frente que outros, estão nesse caminho, além de projetos de reforma e construção de centros de treinamento  tanto para  as categorias de base como para os profissionais. 
Nesse aspecto o Fluminense é um celeiro na formação de jogadores com o centro de formação das categorias de base Vale das Laranjeiras, no distrito de Xerém, município de Duque de Caxias na baixada fluminense, inaugurado no ano de 1999, justo quando o clube iniciou sua parceria com a patrocinadora atual e também um projeto de reestruturação do futebol, que nesses anos já vem demonstrando alguns resultados com a conquista de 3 titulos estaduais,  2 campeonatos brasileiros e 1 copa do Brasil, além de participações importantes em competições continentais quando foi vice campeão da libertadores em 2008 e também vice da copa sulamericana em 2009. 
Não me parece que seja algo pontual, de pingos.
Isso não significa que tudo esteja as mil maravilhas com o tricolor, mas entendo que está no caminho certo, em seu planejamento inicado em 1999 e,  a patrocinadora citada pelo colunista desinformado, a cada ano , vem diminuindo seu aporte financeiro no clube, a medida que o equilíbrio no processo de reestruturação avança.
Acredito que o Fluminense , no seu planejamento de médio prazo, está no caminho certo e a queda para a série B, este ano, foi apenas um ponto fora da curva, um pingo aqui e acolá.
Já o Vasco, tem problemas a mais. 
Nos últimos dez anos apenas um campeonato carioca em 2003 e uma copa do Brasil em 2011, além de dois rebaixamentos. 
Porém, creio, que tudo isso faz parte do processo de reestruturação e em breve o gigante da colina voltará a ocupar o lugar que é dele no futebol nacional e mundial.
O colunista, não satisfeiro em seu delirio que só enxerga a entrada e a saída da garagem do edifício onde mora, disparou contra os treinadores que optaram em dirigir  Fluminense e Vasco no final desse  campeonato, Adílson Baptista e Dorival Júnior.
Tal ira, talvez tenha se acentuado quando, na semana passada o mesmo colunista entrevistou o técnico vitoriosíssimo Tite, e ouviu do treinador seu interesse em dirigir um clube do Rio, até mesmo na série B, já que para Tite o Rio é a vitrine do futebol brasileiro. 
De fato, o também vitoriosíssimo Muricy Ramalho, no São Paulo, só foi convidado para dirigir a seleção brasileira quando treinava o  Fluminense, aqui no Rio. 
No mesmo tricolor o zagueiro Thiago Silva, da seleção brasileira, ganhou destaque e foi jogar no exterior. 
Fred chegou a seleção brasileira não pelo seu futebol em terras francesas , mas sim jogando no Rio de Janeiro. 
O mesmo com os paulistas Diego Cavalieri e Jean. 
Até um desconhecido jogador do futebol paulista, que jogou o campeonato paulista deste ano, ganhou destaque nacional jogando aqui no Rio, pelo Flamengo, Não é Hernane ?
O Rio de Janeiro não tem culpa em ser o Rio de Janeiro.
Imagino que o colunista, agora, ao ler o texto, deve estar comparando as conquistas de times de São Paulo com times do Rio, no período de duas décadas. 
Para nós, cariocas, cosmopolitas, comparações não são necessárias.  
Se algo vai bem além de nossas montanhas e de nossos mares, demonstramos interesse e procuramos incorporar em nossa cultura, independente da região, naturalmente, sem frustrações ou complexos. 
Aliás , as excelentes arte e cultura da periferia paulistana, fazem mais sucesso aqui no Rio do que na cidade de São Paulo. 
E, em 1989, o operário do ABCD paulista, teve, no Rio de Janeiro seu maior colégio eleitoral, 75% dos votos, na eleição para presidente da república.
Ainda sobre o amadorismo citado pelo colunista, cabe lembrar que os clubes do Rio estão empenhados  no pagamento de suas dívidas, buscando parceiros na iniciativa privada  na reorganização dos clubes. 
Diferentemente do "profissionalismo" do Corinthians, por exemplo, que foi buscar dinheiro do povo, no BNDES, para constriur seu estádio de futebol, privado, em acordos estranhos com CBF e governos. 
Tal fato foi motivo de crítica do Presidente do Atlético Mineiro, semana passada, em Brasília, quando tentava desbloquear 57 milhões de reais  da venda do jogador Bernard. 
Disse ele:
" O Atético Mineiro não tem  como patrocinadores empresas do governo federal e nem usa verda do BNDES para resolver seus problemas".
Assim como  Atlético Mineiro, o Fluminense, que tem patrocinadores privados, teve sérios problemas financeiros ao longo deste ano com verbas retidas pelo governo, enquanto outros clubes tem um tratamento diferenciado. 
Ainda sobre o "problema" do Fluminense em ter um patrocinador forte, cabe lembar que o estádio do Palmeiras, que está em fase de construção , será administrado, por mais de três décadas, por uma empresa privada que financia o empreendimento.
Assim sendo, o Rio  não tem culpa de ser o Rio.
E nós cariocas, ficamos muito felizes com o interesse da maioria dos grandes jogadores e dos grandes treinadores em fazer parte do elenco de  um de nossos grandes clubes.
Talvez porque enxerguemos além do portão da garagem do nosso prédio.
Talvez porque o Rio foi, é, e ainda será por muito tempo o tambor e o farol do Brasil. 
A propósito, caso a Ponte Preta, da cidade de Campinas, não consiga evitar a vergonha do estado de São Paulo em não ter um participante na Copa Libertadores de América, convido os paulistanos para passearem aqui pelo Rio, assisitir os jogos da Liberta no Maraca, curtir umas praias ( está em votação na câmara municipal do cidade um projeto que autoriza o toplees nas praias, o Rio sempre na frente), passear pela floresta da tijuca, tomar um banho de cachoeira e , principalmente, curtir um samba de primeiríssima qualidade.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Dodeskadem

Milani: Trens zerados de Nova York custaram menos que os reformados de São Paulo

publicado em 6 de dezembro de 2013 às 7:34

Suspeitas

Investigação aponta superfaturamento de R$ 1 bi em reforma do Metrô
Há indícios de ilegalidade, segundo o Ministério Público, em contratos para a reforma de trens assinados duranta a gestão de José Serra no governo de São Paulo
por Redação — publicado 03/12/2013 19:20, última modificação 03/12/2013 19:26 da Carta Capital
Após um ano e meio de investigações, o Ministério Público de São Paulo divulgou nesta terça-feira 3 o relatório sobre o superfaturamento de quase 1 bilhão de reais em contratos para reforma de trens do Metrô da capital.
De acordo com o promotor de Defesa do Patrimônio Público Marcelo Milani, foram constatadas ilegalidades em quatro contratos iniciais firmados entre 2008 e 2010, durante a gestão do tucano José Serra para a reforma de 98 trens das linhas 1-azul e 3-vermelha do metrô paulistano.
Milani afirmou que 1,622 bilhão de reais do valor inicial dos quatro contratos saltaram para cerca de 2,5 bilhões de reais graças ao acréscimo de 875 milhões gerados com o fracionamento em dez contratos. O fracionamento, de acordo com Milani, era ilegal.
“Isso é um escândalo total, um prejuízo total aos cofres públicos. Não existe fora de São Paulo outra cidade em que esses trens sejam reformados.”
Segundo o promotor, dos 98 trens a serem reformados, 36 estarão parados até o ano que vem.
O promotor afirmou ainda que, durante as investigações, foi comprovada a participação das empresas Alstom e Siemens, investigadas por suposta prática de cartel em outras investigações relacionadas a contrato de reforma de trens. Sempre de acordo com Milani, um ex-diretor da Siemens forneceu à Promotoria a cópia de um e-mail enviado por um funcionário do Metrô convocando representantes das duas empresas a uma reunião na qual teriam sido convidadas a fazer um consórcio. Para o encontro, foram chamados os diretores de transporte das duas empresas.
“Ao menos nesse contrato, orçado em 708 milhões de reais, o cartel operou. Porque não houve competitividade”, disse. “Uma das empresas envolvidas na licitação, e que também trabalha na reforma dos trens, recentemente fechou um contrato com o metrô de Nova York. E os trens novos lá de Nova York vão ter um preço menor do que os trens reformados aqui.”
De acordo com o MP, três trens reformados já entregues ao Metrô, e já em funcionamento, foram pivôs em acidentes nos últimos anos: em 1º de dezembro de 2012 (quando um trem andou sozinho na Estação do Jabaquara e colidiu com outro); em 5 de agosto de 2013 (uma composição descarrilou na linha vermelha devido a um problema em uma peça); e em 16 de maio de 2013, (quando ocorreu, na linha vermelha, a colisão entre dois trens).
O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, foi convocado para responder, em um prazo de 30 dias, uma recomendação administrativa com a solicitação para que os contratos sejam suspensos. A Promotoria estuda ajuizar na Justiça uma ação de improbidade administrativa contra os suspeitos.
 *Com informações do portal Terra e da Agência Brasil
FONTE:  VI O MUNDO
__________________________________________________________________



IstoÉ: Máfia dos trens superfaturou contratos em quase R$ 1 bi durante gestão Serra

publicado em 7 de dezembro de 2013 às 0:53
chamada.jpg
O trem da corrupção. E agora, Serra?
Pedro Marcondes de Moura, Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues, em ISTOÉ
A primeira reação da maioria dos políticos que se tornam alvo de denúncias de corrupção é negar enfaticamente sua ligação com os malfeitos. A partir do surgimento de novas evidências, em geral as justificativas vão sendo readaptadas. Quase todos agem assim. O ex-governador de São Paulo, José Serra, cumpriu o primeiro passo da má liturgia política, mas não o segundo.
Mesmo com o escândalo do Metrô de São Paulo chegando cada vez mais próximo dele, Serra mantém as alegações iniciais. O ex-governador tucano diz que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço.
Mas Serra não poderá mais entoar por muito tempo esse discurso, sob o risco de ser desmoralizado pelas investigações do Ministério Público. Novos documentos obtidos por ISTOÉ mostram que a máfia que superfaturou contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não só agiu durante o governo Serra como foi incentivada por agentes públicos a montar um cartel.

Conforme a documentação em poder do MP, as irregularidades ocorreram entre 2008 e 2011. No período em que a maior parte dos contratos irregulares foi assinada, Serra era governador (entre 2007 e 2010).
Os superfaturamentos estão relacionados a um controverso projeto de modernização de 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. A reforma dos veículos, com cerca de quatro décadas de operação e considerados “sucata” pelas autoridades que investigam o caso, custam ao erário paulista R$ 2,87 bilhões em valores não corrigidos, um prejuízo de quase R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia, os valores se assemelham aos desembolsados pelo Metrô de Nova York na aquisição de trens novos. E quem vendeu os trens ao Metrô nova-iorquino foi justamente uma das companhias responsáveis pela modernização em São Paulo.
Além do flagrante superfaturamento, o promotor Marcelo Milani, do Patrimônio Público, já confirma a prática de cartel. O conluio, segundo ele, foi incentivado por agentes públicos em pelo menos um dos dez contratos relacionados à modernização. Trata-se do contrato do sistema de sinalização, o CBTC. Em depoimento ao MP, o engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da divisão de transportes da Siemens, relatou que representantes da multinacional alemã e da concorrente Alstom foram chamados para uma reunião por dirigentes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos.
Na época, o órgão era comandado por José Luiz Portella, conhecido como Portelinha, braço direito de Serra. Durante o encontro, as companhias foram incentivadas a montar cartel para vencer a disputa pelo contrato do sistema de sinalização dos trens das linhas 1, 2 e 3 do Metrô. Os executivos das empresas ainda sugeriram que o governo licitasse a sinalização linha por linha, o que triplicaria a concorrência. Mas o governo foi enfático ao dizer que gostaria que um consórcio formado por duas empresas vencesse os três certames. A Alstom acabou vencendo sozinha o contrato para o fornecimento do CBTC para as três linhas do Metrô.
Em outro depoimento prestado à Polícia Federal, Marchetti já havia relatado que as pressões do governo paulista eram constantes. “No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF (empresa espanhola) não possuía. Mesmo assim, o então governador do Estado (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, declarou ele sobre o contrato para fornecimento de vagões pela CPTM em que o ex-governador e Portella teriam sugerido que Siemens e CAF se aliassem para vencer a licitação. A prática narrada acima acrescenta novos elementos ao escândalo na área de transporte, que Serra, apesar das constantes negativas, não tem mais como refutar.
01.jpg
Novos documentos e depoimentos em poder do Ministério Público também reforçam que o esquema criminoso teria o apoio de políticos e funcionários públicos beneficiados pelo recebimento de propina.
Na última semana, outro executivo da Siemens, além de Everton Rheinheinmer, confirmou a existência de pagamento da comissão para agentes públicos de São Paulo. Em depoimento à Polícia Federal, o vice-chefe do setor de compliance da multinacional alemã, Mark Willian Gough, relacionou uma conta em Luxemburgo de Adilson Primo, ex-presidente da companhia no Brasil, no valor de US$ 7 milhões, aos subornos.
À ISTOÉ, um ex-dirigente da MGE, outra empresa envolvida no cartel, também confirmou que representantes da Siemens cobraram de sua companhia o pagamento de propina a autoridades, em troca da obtenção de contratos com o governo paulista. A cobrança teria partido do próprio Rheinheinmer. O dinheiro, segundo o ex-executivo da Siemens, teria como destinatários parlamentares da base aliada ao governo tucano na Assembleia Legislativa.
Ainda de acordo com o ex-dirigente da MGE, Rheinheinmer também teria o procurado para abrir uma conta no banco suiço Credit Suisse, em Zurique. O ex-dirigente da MGE afirma que era para lá que a Siemens mandaria parte do dinheiro desviado. “Fui procurado por Everton da Siemens tanto para pagar propina para a base aliada quanto para abrir a conta na Suíça”, confirmou à ISTOÉ o executivo da MGE.
O Ministério Público paulista investiga o superfaturamento na modernização dos 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô paulista há pelo menos um ano e meio. Um dos fatos que chamaram a atenção do promotor Milani foi a falta de competitividade na licitação dos quatro lotes de veículos reformados. Cada um deles foi disputado por um único consórcio, que reunia uma ou mais empresas. Ao final, sagravam-se vencedores com propostas acima dos valores estabelecidos pelo Metrô em consulta de tomada de preço feita com as próprias empresas.
Tamanho disparate nos preços fez com que até dirigentes das companhias oferecessem descontos para a estatal. Um deles foi assinado pelo ex-presidente da Siemens Adilson Primo. As apurações, no entanto, esbarravam em um obstáculo. A iniciativa de reformar veículos com cerca de quatro décadas em operação só existe no Estado de São Paulo. Em outros lugares do mundo, esses veículos seriam aposentados e trocados por novos por questão de segurança dos usuários e desempenho do sistema. Sem parâmetro de comparação de preços, ficava inviável concluir se a decisão tomada pela gestão de José Serra lesava ou não os contribuintes paulistas.
02.jpg
Após realizar 30 oitivas, porém, o promotor pôde confirmar as irregularidades.
Ao contrário do que se pensava inicialmente, quando o Metrô de São Paulo justificou que a opção pela reforma aconteceu porque ela sairia 60% mais barato do que o valor a ser desembolsado para compra de trens novos, os altos custos da modernização dos trens não apareciam apenas nos quatro contratos de reforma. Em um claro movimento de despiste, o governo paulista fracionou o serviço e acrescentou outros seis contratos à reforma. O serviço foi, oficialmente, orçado em R$ 1,6 bilhão. Só que, na verdade, a modernização dos 98 trens, com 588 vagões, teve um custo de R$ 2,87 bilhões. Sem contar as correções monetárias.
Segundo o Ministério Público, o Metrô de Nova York realizou a compra de 300 vagões, neste ano, por US$ 600 milhões, o equivalente a RS 1,4 bilhão. Pagou proporcionalmente menos pelos veículos novos do que São Paulo está desembolsando na revitalização daquilo que o MP classifica como sucata. Procurado, o Metrô nega problemas com os trens e irregularidades nos contratos.
Em depoimento ao MP em 9 de setembro ao qual ISTOÉ teve acesso, o ex-diretor do Metrô e signatário de contratos da reforma dos trens Sérgio Correa Brasil confirmou que a estatal não previa no orçamento “o chamado truque, bem como a caixa que importariam em 40% do custo final”. No entanto, esses e outros itens, de acordo com seis contratos extras analisados pelo MP, foram licitados e estão sendo trocados. Diante das irregularidades, o promotor Marcelo Milani deu, na terça-feira 3, um prazo de 30 dias para que o presidente do Metrô de São Paulo suspenda os dez contratos de modernização
Fonte: VI O MUNDO
_________________________________________________________________
Dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem....piuííííííííííííííííí´Oi, olha o trem, vem chegando das nuvens, é o trem...
Da Bahia à Minas estrada natural, caminho de ferro mandaram arrancar.
Estava parado, pensando e fui preso. Metrô, linha 743.
Se eu perder esse trem, que sai agora às 11 horas...
Expresso do Oriente, trem da morte, etc...
Ou simplesmente, para os mineiros, trem, que significa qualquer coisa.
O caro e atento leitor já percebeu que esse trem não passa na velha mídia.
Filmes , canções, peças de teatro estão repletas de citações ao trem.
Já os trens de São Paulo são um mistério.
Não o mistério que assusta, infantil, do trem fantasma.
E sim o mistério impenetrável,  a margem dos trilhos sociais  e democráticos.
O trem é democrático, rápido, ecológico.
Atende, diariamente, as necessidades de milhares de pessoas nas grandes cidades brasileiras.
Em São Paulo, durante mais de uma década, nas plataformas de governos de aves coloridas, o trem não veio, não chegou, ou, quem sabe, passou por outros lugares  para outros interesses.
O som inconfundível de sua aproximação - dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem... - não é ouvido.
Em seu lugar, políticos e corporações enriqueceram, ainda mais, seus robustos e abarrotados cofres.
Na velha mídia, o trem é censurado, talvez pela indecência em que está envolto.
Talvez pelo fortísssimo lobiie das montadores de veículos automotivos, que chegou a mandar arrancar os trilhos.
No mundo atual do deus mercado, andar nos trilhos é um crime, e quem assim se atrever pode ser duramente punido, como foi o condutor do bondinho do bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, que descarrrilou matando várias pessoas.
Automóveis não descarrilam, gritam "racionalmente" os adoradores de fetiches .
Utilizam trens e transportes coletivos aquelas pessoas de baixo QI,  grita o prefeito de Londres em defesa do automóvel.
Já pessoas corretas, com um patrimônio compatível com as funções públicas que exerceram, estão encarceradas pela opção de luta por um trem nos trilhos.
No mundo desrregulado, anárquico e fundamentalista a justiça é seletiva, a democracia é uma arma quente, e o trem uma inesgotável fonte de renda.
Dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem......
 

Panamá Lustrosão

Cafezinho e Tijolaço acham a Globo no Panamá

Dois filhos estão lá. O Velho sabia ? O outro irmão sabia 
O Conversa Afiada reproduz do Tijolaço trabalho impecável do Miguel do Rosário, no Cafezinho.

(Rosário, sozinho, vale mais do que todos os “investigativos” do jornal nacional – aquele que, na praça de São Paulo, dá mais dez do que vinte).

Dois filhos de Marinho e um do general no Panamá? E o outro irmão? O velho sabia?



O Miguel do Rosário, parceiro deste Tijolaço, não descansa.

Aceitou a provocação da polêmica sobre o emprego oferecido ao ex-ministro Jose Dirceu por um empresário com negócios no Panamá – um paraíso fiscal – e foi buscar os documentos que provam que também os irmãos Marinho também andaram fazendo seus negócios por lá – e na época em que o velho Roberto ainda estava vivo e mandando muito.

Você vai ler a história, mas, como sou mais velho e conheço esta turma, dou logo uma informação: neste ano da Graça de 1984 em que a empresa foi registrada no Panamá, o executivo de confiança de Marinho na área financeira – com poder até sobre o Boni – era Miguel Pires Gonçalves, cujo pai, Leônidas, era o poderoso Ministro do Exército do Governo Sarney.

Miguel era o homem que cuidava da grana e achei estranhíssimo que José Roberto – o mais low-profile dos três Marinhos – estar fora do negócio. O velho não era de fazer isso: o dinheiro era igual, embora o poder não fosse repartido por igual entre os três.

Leia a reportagem de Rosário.

A empresa da Globo no Panamá!



Já que a Globo, por causa do hotel onde Dirceu irá trabalhar, está tão interessada nas empresas do Panamá, seria bom aproveitar a viagem e explicar ao distinto público porque os irmãos Marinho figuraram como diretores de uma firma naquele país. Trata-se da Chibcha Investment Corporation, presidida por José Manuel Aleixo.



Os irmãos Marinho, todo mundo conhece. Vamos ver quem são os outros.

*

Miguel Coelho Netto Pires Gonçalves é hoje diretor-executivo da Fides Ações. Iniciou sua carreira no mercado financeiro em 1979 como Diretor do Banco do Estado do Rio de Janeiro – Banerj. Possui vasta experiência na área de finanças corporativas, na qual atuou como Superintendente Executivo da área administrativo-financeira da TV Globo de 1980 a 1991, e, posteriormente, como Superintendente Executivo da Globopar, de 1991 a 1994. Foi sócio responsável pela idealização e criação do Banco ABC-Roma e participou do conselho de diversas empresas como: Editora Globo, NEC do Brasil, Seguradora Roma e Globo Agropecuária.

Esta parece ser a figura chave para se entender a razão de ser desta empresa panamanenha. Em julho deste ano, o blog do Mello, publicou um post no qual ele é citado.
Nenhuma outra quadrilha lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo’ – O Pasquim

A edição de 29 de setembro de 1983 do jornal carioca O Pasquim não fez por menos. Chamou o então presidente das Organizações Globo Roberto Marinho de “o maior assaltante de bancos do Brasil”.

“Nos dias 28 de fevereiro e 29 de maio de 1980, sem nenhum registro na crônica policial, foram praticados os dois maiores assaltos a banco da história do Brasil. Em duas operações distintas, o grupo do Sr. Roberto Marinho levantou no Banerj, a juros de dois por cento ao mês, a importância de 449 milhões e 500 mil cruzeiros [aproximadamente US$ 613 mil, BdoM]“.

Na reportagem, O Pasquim demonstrou que, caso Roberto Marinho sacasse o dinheiro na boca do caixa e fizesse uma aplicação financeira no próprio Banerj receberia US$ 3 milhões, em valores da época.

“Nenhuma outra quadrilha, inclusive movimentos terroristas, lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo. Só no Banerj expropriou um bilhão e oitocentos milhões de cruzeiros. Em retribuição, Roberto Marinho levou toda a diretoria do Banerj para trabalhar na Globo: Miguel Coelho Neto Pires Gonçalves, Diretor Superintendente do Banerj virou Superintendente da Rede Globo; Antônio Carlos Yazeji, Paulo Cesar da Silva Cechetti e Pedro Saiter (ex-vice-presidente, ex-diretor, ex-gerente geral, todos do Banerj) foram agraciados com pomposas diretorias na Rede Globo.”
*

Harry Strunz, aparentemente, é o herdeiro de uma empresa importadora situada no Panamá, especializada em importar produtos norte-americanos.

*

Quem é o presidente da firma, Jose Manuel Aleixo? Não descobri nada sobre ele? Será um laranja?

*

A ICAZA, GONZALEZ-RUIZ & ALEMAN é uma firma de advocacia que prestou consultoria para a firma.

*

Pelo que entendi dos documentos, a empresa foi criada em 1985, logo após o fim da ditadura e dissolvida em 1995, quando o governo FHC assume o poder.

*

Domingo Diaz Arosemena é, certamente, o herdeiro de um famoso político panamenho, de mesmo nome, conhecido por ter assumido a presidência da república em 1948 após uma eleição notoriamente fraudada.

*

Rodolfo Ramon Chiari Correa é/era presidente da Hercules Entreprise, Inc, empresa sediada no Panamá, aparentemente também já dissolvida.  Número da ficha da empresa no site de Registro Público do Panamá: 336763.

*

Talvez não haja nada de ilegal na presença dos irmãos Marinho no quadro diretivo de uma empresa do Panamá. No entanto, como eles são proprietários da mais importante concessão pública de TV do país, creio que é de interesse jornalístico saber em que eles estão investindo no exterior. Ainda mais considerando que, alguns anos depois, os mesmos personagens protagonizaram uma tremenda fraude nas Ilhas Virges Britânicas, ao usarem um artifício ilegal para não pagar imposto de renda.

Além do mais, se a imprensa está tão interessada nos donos de um hotel desconhecido de Brasília, só porque Dirceu vai trabalhar lá, a ponto de viajar ao Panamá para descobrir quem é o presidente da empresa proprietária do hotel, bem poderia usar o mesmo esforço para levantar mais informações sobre os negócios no Panamá da família mais rica do país.

__________________________________________________________________
Talvez o outro filho do velho estivesse resolvendo questões paralelas nos EUA, vestido, claro, com um bom terno panamá, conforme a foto abaixo:
Vamos combinar? Algo lustroso assim faz a cotação de qualquer terno cair, né não?
Lustrosão e marrom?
Esses caras de globo são, com certeza, a maior quadrilha do país.
Não se pode deixar de dizer que são competentes, pelo menos na área do banditismo, já que conseguem roubar por décadas e permacerem impunes.
Na apuração do CAFEZINHO, isso sim é jornalismo investigativo, aparece na sociedade dos marinhos o filho de um milico, que na época era nada menos que ministro do exército.
Na extensa folha de "assaltos"a bancos efetuadas por globo, ainda consta o BNDES.
Como de costume, o alvo dessa gente é o dinheiro público.
Aliás, por quantas anda a dívida biolionária de globo com o BNDES ?
________________________________________________________________

Demóstenes Torres, Marconi Perillo, Roberto Marinho. Deu zebra: Terno de grupo do grupo de terno

No jogo de bicho, terno de grupo é a modalidade em que você escolhe três animais e vence, caso eles sejam sorteados entre os cinco primeiros.

Demóstenes Torres, Marconi Perillo e Roberto Marinho não são animais, nem grupos de animais do jogo de bicho. Ao contrário, são seres éticos, têm em comum a defesa da moral e dos bons costumes. São contra a contravenção, a corrupção, verdadeiros vestais num mundo em degradação.

Mas não é que agora a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo e descobriu que Demóstenes Torres (senador do DEM) e Marconi Perillo (tucano governador de Goiás) têm ligações estreitas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira?

Demóstenes Torres (aquele do grampo sem áudio com Gilmar Mendes) ganhou de presente de casamento do bicheiro uma cozinha completa (segundo a investigação), ou apenas fogão e geladeira, segundo o senador. Curiosa é a explicação do senador para justificar por que aceitou os mimos:

“Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais” [Fonte].

A ingenuidade do senador nos espanta porque ele já foi Secretário de Segurança de Goiás. E diz que é amigo do bicheiro há anos. Desde a época da Secretaria? Como Procurador e Secretário, não poderia estar tão mal informado assim sobre as atuais atividades de Carlinhos Cachoeira.

Mas a operação da PF não flagrou apenas o senador. Descobriu também que o atual governador de Goías, o tucano Marconi Perillo, vendeu uma casa de sua propriedade para o mesmo bicheiro.

Aqui, fecha-se o terno de grupo com o falecido fundador da Rede Globo, que também vendeu sua cobertura na Av. Atlântica para um bicheiro.
Como separar o dinheiro sujo da contravenção e de sangue dos homicídios (geralmente envolvidos nesse tipo de negócio) do usado para comprar casa, cobertura e a cozinha completa (ou apenas o fogão e a geladeira) do senador?
Fonte: BLOGUE DO SARAIVA

.
 
 


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

E o Domínio do Fato ?

A conta da família de Eduardo Paes no Panamá

Empresas do pai e da irmã do prefeito tem lá fora R$ 20 milhões


Brasil 24/7  - Na noite de terça-feira, o Jornal Nacional, editado e apresentado pelo jornalista William Bonner, divulgou, em tom de escândalo, que o hotel brasiliense St. Peter, o mesmo que ofereceu um emprego ao ex-ministro José Dirceu, já foi controlado por uma empresa offshore no Panamá, cujo dono, Jose Eugenio Silva Ritter, seria um laranja. Embora não tenha conseguido estabelecer uma conexão direta entre Dirceu e a empresa no Panamá, uma vez que o contrato do St. Peter envolvia o empresário Paulo Abreu e o suposto laranja, o JN deixou no ar a insinuação de que o St. Peter talvez pertencesse ao próprio ex-ministro. Ou seja: Dirceu estaria sendo contratado por ele próprio, o que seria um argumento a mais para que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal negasse a ele o direito ao regime de prisão semiaberto - ao qual, diga-se de passagem, foi condenado.
Um dia depois, no entanto, o Brasil 247  revelou com exclusividade que Jose Eugenio Silva Ritter atuou em outras transações importantes no Brasil. Uma delas, a compra de três operações da TVA vendidas pelo grupo Abril, que edita a revista Veja - a mesma cujo colunista mais notório, Reinaldo Azevedo, vinha usando o caso panamenho para pressionar juízes a negar a oferta de emprego a Dirceu.


Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá
 Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá

Um caso muito mais explosivo, no entanto, acaba de chegar à redação do Brasil 247. O mesmo personagem, Jose Eugenio Silva Ritter, já foi dono de duas empresas offshore que hoje pertencem à família do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. As empresas se chamam Conval Corporation e Vittenau Corporation. A primeira foi constituída em 12 de junho de 2008 e a segunda uma semana depois, em 19 de junho daquele ano - o mesmo em que Eduardo Paes se elegeu pela primeira vez para governar a cidade. Hoje elas pertencem a Valmar Souza Paes, pai do prefeito, Consuelo da Costa Paes, a mãe, e Letícia da Costa Paes, a irmã caçula.
Cada uma delas tem um capital social de US$ 4 millhões, ou seja, US$ 8 milhões, que, hoje, equivaleriam a cerca de R$ 20 milhões. Ambas foram constituídas pelo escritório Morgan y Morgan, um dos mais atuantes no Panamá, que, ao que tudo indica, tem farta clientela no Brasil. Informações trazidas ao Brasil 247 revelam que Jose Eugenio Silva Ritter é ou foi "dono" de mais de 1,5 mil empresas - a maioria delas no País.
A dúvida que fica no ar é: será que a Globo, que mantém boas relações com o prefeito do Rio de Janeiro, irá se aprofundar na investigação dos negócios do Morgan y Morgan e do laranja panamenho? A resposta será dada na noite de hoje por William Bonner.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
____________________________________________________________________

A lógica torta da Globo no caso de José Dirceu

publicado em 4 de dezembro de 2013 às 21:28

por Luiz Carlos Azenha
Dezenas de milhares de presos brasileiros, que cumprem pena em regime semiaberto, trabalham.
Não é nenhum privilégio: está previsto na legislação. Assim como está prevista a remissão de pena, ou seja, a redução da pena em função dos dias trabalhados.
Não há nada de excepcional nisso.
Pergunta básica sobre um preso hipotético: José da Silva é responsável pelas ações daquele que o emprega?
Se a empresa que acolheu José da Silva for condenada por tráfico de drogas, se sonegar Imposto de Renda ou se for de propriedade de um laranja, José da Silva deve pagar também por isso?
Resposta óbvia: não.
Qualquer tentativa em sentido contrário significa punir por associação.
Diz, com razão, o advogado de José Dirceu:
“A constituição societária do hotel St. Peter não diz respeito a meu cliente. Por que 400 pessoas podem trabalhar no hotel e o ex-ministro não? Esse hotel é antigo em Brasília, tradicional, mas para alguns parece que foi inaugurado ontem. Juntamos toda a documentação necessária para que meu cliente possa trabalhar e espero a decisão da Justiça”.
O que o Jornal Nacional está tentando fazer é “punir” um hotel que ofereceu um emprego a José Dirceu. É punir o preso por práticas supostamente ilícitas do hotel, o que é um absurdo jurídico.
Ou isso, ou a Globo está tentando lançar no ar uma ilação: José Dirceu seria o dono oculto do hotel que pretende empregá-lo, através de um laranja num refúgio fiscal, o Panamá.
Mas, aí, eu também posso fazer uma ilação: José Dirceu comprou parte da Abril, com o objetivo de calar Victor Civita.
Sim, porque como revelou um sítio, a mesma empresa do “laranja” envolvido com o hotel Saint Peter — que ofereceu emprego a José Dirceu — comprou parte da TVA, da Abril.
Já pensaram nisso? José Dirceu compra a Veja para torná-la uma publicação esquerdista!
Por falar em ironia, o blogueiro Mello desafiou a Globo  a ir fundo não apenas no Panamá, mas também nas ilhas Virgens Britânicas, onde uma certa Globo Overseas comprou os direitos de transmissão das copas de 2002 e 2006 usando uma empresa de fachada. A palavra não é minha, é da Receita Federal.

O que a Globo está tentando fazer no caso de Dirceu equivale ao Mello pedir que William Bonner seja punido por eventual sonegação fiscal dos empregadores dele, os irmãos Marinho!
Hoje, a Globo mobilizou três pessoas para fazer valer sua tese de que o escândalo diz respeito ao preso José Dirceu: Álvaro Dias e “ministros” do Supremo Tribunal Federal. Nem Gilmar Mendes, nem Marco Aurélio Mello, ouvidos, foram assim tão enfáticos. Mello, aliás, lembrou que não falava como juiz do caso. Por motivos óbvios: a decisão de permitir ou não que José Dirceu trabalhe não tem relação alguma com o fato de o hotel pertencer a um laranja ou a marcianos.
O que a Globo quer é vingança. É evitar que José Dirceu tenha os mesmos direitos de dezenas de milhares de outros presos que cumprem pena em regime semi aberto. Direito ao trabalho. À ressocialização.
A Globo não quer que a lei seja cumprida. Ou quer que ela seja cumprida seletivamente. É isso o que se esconde por trás do “jornalismo” do Ali Kamel.

Fonte: VI O MUNDO
 ____________________________________________________________________
Ao que parece a globo deu mais um tiro no próprio pé.
Em sua perseguição alucinada aos políticos do PT foi procurar a origem do hotel onde José Dirceu irá trabalhar, legalmente, já que a lei assim permite.
Esqueceu-se, ou ainda não sabe, que aquilo que  "publica e informa"  imediatamente é checado por sites e portais, de jornalismo ou não, que existem já por mais de uma década na internete.
A propósito, seria interessante que se  criasse um movimento nas redes sociais com o objetivo de avisar às organizações globo  que  estamos no ano de 2013, mais precisamente no mês de dezembro.
O resultado da "reportagem" do jornal nacional de ontem, tendo em vista os conteúdos dos artigos acima, começa a emitir claros sinais de mais uma desastrada armação, dentre muitas outras de notório saber, onde toda a munição disparada se volta contra a própria globo e também contra seus aliados. 
No caso os atingidos foram a editora Abril, que edita a revista veja, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além de um laranja panamenho graúdo, que tem nome de geléia,  com mais de um mil e quinhentas empresas.
A globo, que pelas abundantes informações disponíveis em sites e portais da internete tem grande afinidade com empresas offshore, foi mexer onde se sente a vontade, porém não teve os devidos cuidados  para que a armação fosse bem sucedida.
As águas do canal do Panamá subiram, sujas, e podem transbordar a qualquer momento, justo sobre globo e seus aliados.
O que emerge de forma clara e transparente, além das sujas águas panamenhas, é uma campanha criminosa inquestionávelmente direcionada para atingir os condenados na ação penal 470.
Isso não é, nunca foi e jamais será considerado como jornalismo.
O que globo deseja é impedir que  José Dirceu possa trabalhar, como permite a lei, já que foi condenado em regime semi aberto. Para isso vale ameaçar e intimidar todos aqueles que, de alguma forma, auxiliam  Dirceu, como no caso o hotel St. Peter.
É perseguição explícita.
Já passou da hora da sociedade organizada  dar uma grande lição para globo, colocando-a no seu devido , insignificante e irrelevante lugar que  hoje ocupa no campo do jornalismo e da informação.
Enquanto isso, os escândalos de roubalheira nos transportes sobre trilhos no estado de São Paulo  ficam em stand by, nas plataformas das redações, descarrilados, a espera de ajustes para um take off tranquilo e sereno, onde as aves coloridas possam voar e passear impunes.
Nos higiênicos noticiários da velha e decadente mídia, seja em emissoras de rádio , jornalões, revistonas e em emissoras de  tv's , o "noticiário" sobre os trens paulistanos fora dos trilhos se utiliza de expressões suaves, ensaboadas, cuidadosas  para se referir  ao assalto aos cofres públicos.
Sempre que citado, o escândalo dos trens é apresentado como um "suposto cartel envolvendo a empresa Siemens" , sem nenhuma rcitação aos políticos envolvidos assim como seus respectivos  partidos.
É perfeitamente natural que uma empresa jornalística tenha uma orientação política. Também é natural que a alta direção de uma empresa jornalística não simapatize com determinados políticos. O que é inaceitável é uma , ou mais, empresas de jornalismo criarem fatos  e "notícias", que são ainda apresentadas de cunho investigativo, para apenas atacar obsessivamente seus adversários, de maneira que os asuntos relevantes para o conjunto da soiedade fiquem em segundo plano.
A propósito, já que a munição se voltou para globo e aliados cabe uma inocente e romântica pergunta:
Valeria a teoria de domínio do fato para o prefeito Eduardo Paes e para a Editora Abril ? 

__________________________________________________________________

Manda-chuva da Siemens é o
homem-bomba do trensalão

Como se sabe, para a Justiça (?) brasileira, crime de tucano é “uma quimera”, não é, Bessinha ?
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
 


Figura marginal no noticiário sobre a investigação do pagamento de propinas a dirigentes dos governos tucanos nos negócios dos trens do Metrô, o ex-presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, acaba de aparecer onde de fato está: no centro desta teia de interesses e negócios obscuros.

Mark Gough, um australiano que é subchefe da auditoria interna da matriz alemã disse, há um mês, em depoimento à Polícia Federal brasileira que  a conta secreta mantida pelo ex-presidente da empresa no Brasil, Adílson Primo, indicava a possibilidade de “pagamento de propinas a funcionários públicos” aqui.

Primo, por sua vez, disse, numa ação trabalhista que moveu contra a empresa, que não tinha conhecimento da conta.

Como a gente previu no sábado, vem muita coisa aí.

Enquanto Aécio Neves grita dizendo que a investigação está acontecendo por razões políticas, o Banco Mundial  – será uma instituição “esquerdista”? – pediu oficialmente às autoridades brasileiras acesso à  ”cópias de depoimentos e outros documentos”  da investigação do cartel dos trens para abrir apuração  interna da instituição sobre financiamentos que concedeu a projetos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Será que o PSDB também vai dizer que o Banco Mundial é petista?

E, assim como critica a mídia quando encobre os fatos, também tem de elogiar o excelente trabalho dos repórteres do Estadão, que estão obtendo e divulgando os documentos deste escândalo.



Clique aqui para ler “Metrô de Cerra superfaturou R$ 1 bilhão”.

E aqui para ler “Ódio de FHC a Lula atinge o paroxismo”.
 
Fonte: CONVERSA AFIADA

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Eu já sabia

Depois de censores togados, jornais-censores

Por Alberto Dines em 03/12/2013 na edição 775
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) estuda a possibilidade de acionar o grupo espanhol Prisa, editor do diário El País – um dos melhores do mundo –, por infringir os preceitos constitucionais do artigo 222 da Carta Magna de 1988, que impõe um limite de 30% à participação estrangeira no capital das empresas de comunicação sediadas no país.
A notícia saiu praticamente igual – quase um release – na Folha de S. Paulo (27/11) e no Estadão (29/11), motivada pelo lançamento, no dia 26/11, do esplêndido e oportuno site do jornal em português.
Na pátria do corporativismo até mesmo a grande imprensa é contra a livre concorrência e a favor da reserva de mercado. A ANJ é uma intransigente defensora da liberdade de expressão – exceto quando esta liberdade confronta os interesses comerciais dos associados.
Manobra
O artigo 222 da Constituição foi alterado às pressas em 28/05/2002 porque o empresariado de comunicação temia que o assunto fosse decidido no eventual mandato de Lula da Silva, àquela altura cotado para sair vitorioso no pleito presidencial de outubro seguinte (ver "Reforma do Artigo 222 abriu setor ao capital estrangeiro").
O texto da emenda foi supervisionado pelas entidades corporativas (ANJ, ANER, ABERT) e, graças a esta vigilância, previa que os limites para a participação estrangeira estendiam-se aos veículos de comunicação social “independente da tecnologia utilizada”. Para contentar a FENAJ foi incluída uma cláusula oriunda do artigo 221 que exigia a presença de brasileiros natos no comando e nos quadros intermediários dos veículos com capital estrangeiro.
Àquela altura, grandes grupos jornalísticos brasileiros já haviam negociado com grupos internacionais a venda de seus ativos em áreas não-essenciais, especialmente gráficas. Capitalizaram-se confortavelmente sem ferir a lei que patrocinavam com tanto empenho.
Ao denunciar a manobra neste OI este observador foi acusado de “mentiroso” por um jornalão. Ganhou a questão na justiça, mas abriu mão de qualquer indenização por danos morais. Como castigo o OI foi obrigado a mudar de provedor.
Práticas inquisitoriais
É possível que a bela iniciativa do El País tenha amparo legal. À primeira vista não tem. O mais importante é que tem um poderoso amparo moral, social e político.
Além de xenófoba e mesquinha, a ameaça da ANJ fere os legítimos anseios da sociedade brasileira por uma imprensa pluralista e diversificada. Fere os princípios da solidariedade institucional que ao longo de quatro séculos garantiu a sobrevivência do chamado “Quarto Poder” nos quatro cantos do mundo. Fere, sobretudo, os jornalistas brasileiros contratados para produzir e adaptar o material em português, hoje na rua da amargura depois das demissões em massa ocorridas a partir de abril.
Neste país tão afeito às práticas inquisitoriais não será de estranhar que 
depois de juízes favoráveis a mordaças agora apareçam jornais-censores.
Fonte : OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Abaixo excerto de uma postagem do PAPIRO de 22.11.13:
 
...o estado democrático de direito está sofendo um ataque, com nuances bem parecidas com o que ocorreu há quase 50 anos.
Justo por setores que ainda não passaram pelo processo de democratização, como a mídia e o judiciário...

E quem está dizendo que a mídia e o judiciário não são democráticos não é nenhum radical de esquerda, e sim um jornalista  bem afinado com o próprio sistema.
A velha mída brasileira continua em sua queda lenta, gradual e irreversível.
Atingiu um estágio de irrelevância e insignificância comparável com o barulho inócuo que produz diariamente.
O barulho é tanto que essas empresas de mídia  deveriam ser multadas pelo IBAMA por crime ambiental.