quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Black Blocs de Gravata

Nabil Bonduki: Mídia faz até isentos ficarem “enfurecidos” com IPTU de Haddad

publicado em 6 de novembro de 2013 às 0:14


por Luiz Carlos Azenha

Sete e meia da manhã. Saguão de um hotel em Vitória, no Espírito Santo. TV sintonizada na Band News. O apresentador destaca uma das manchetes: um promotor entrou com ação na Justiça para suspender o aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo.
O promotor fala. Só ele. O texto destaca o aumento “de até 80%” no IPTU de prédios comerciais paulistanos. Aumento “do prefeito Haddad”.  O fato de que isso é até 2016 fica perdido no meio do caminho. Assim como todas as outras nuances: os isentos, o desconto para aposentados, a situação fiscal da cidade, etc. etc.
Dias antes, conversando com o vereador petista Nabil Bonduki por telefone, ele havia afirmado: a mídia, notadamente emissoras de rádio e TV — nesta, especialmente programas popularescos como um vespertino da TV Bandeirantes — “inflou” o sentimento popular, de tal forma que mesmo os que não pagam IPTU — ou os que pagam muito pouco — ficaram, na palavra do vereador, “enfurecidos”...............
Fonte: VIOMUNDO

Os neobandeirantes continuam sua caminhada.
Avançam pelas casas e residências do país em sua campanha para não pagar nenhum tipo de imposto. 
Armados de uma verborragia indignada, associada a uma teatralidade desafiadora ,clamam por apoio incondicional em suas colunas ,justo para  aqueles que serão os maiores beneficiários do aumento do IPTU , o povo, que diariamente assiste essa barbaridade conhecida  como programas de televisão.
Os neobandeirantes, que vivem na cidade de São Paulo acreditando que vivem em Milão mas que desejam ruas como as da cidade  de Paris, tentam cooptar o povo benficiário do aumento, justo o povo que eles, os neobandeirantes, odeiam e desejam vê-los espalhados, tal qual animais  em decomposição ,em valas e campos baldios da pereferia paulistana.
Os zumbis, pobres e  encurralados, subprodutos do mundo capitalista civilizado, próspero e democrático, na conjuntura atual de um estado onde decisões do governo estadual são tomadas dentro de celas de penitenciárias, esses zumbis que tem a ousadia de insistir em viver, são agora, justo agora, o alvo da verborragia de programas vespertinos de tv e também dos higiênicos, estéreis e histéricos telejornais das emissoras paulistanas.
Os neobandeirantes, defensores do capitalismo anárquico, desregulado, livre , sem tutelas, uma anomia niilista também conhecida como mercado, esses neobandeirantes são os black blocs do espectro eletromagnético, sempre prontos e disponíveis, diariamente em suas passeatas verborragicas na defesa de seus interesses, que se manifestam sutilmente em forma de telejornais, programas humorísticos e de entretenimento para o povo.
 

LEITURAS DE ‘ÉPOCA’

A imprensa Black Bloc

Por Luciano Martins Costa em 11/11/2013 na edição 771
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa de, 11/11/2013
A revista Época que circula nesta semana traz na capa a fotografia de uma mulher, de olhos verdes amendoados, vestindo casaco preto de couro e usando um capuz também preto na cabeça. É a versão fashion dos Black Blocs, numa patética aventura jornalística que cobria de ridículo a publicação semanal da editora Globo apenas algumas horas depois de chegar às bancas.
“Exclusivo: Os Black Blocs sem máscara - Época testemunhou o treinamento de ativistas que promovem protestos violentos - e revela quem são, como se organizam e quem os financia” - diz a manchete da revista.
A jovem, identificada como Daniela Ferraz, de 31 anos, faz pose de vilã, com maquilagem cuidadosamente delineada para destacar o olhar direto para a câmera. Na legenda, afirma-se que ela é “conhecida como a Pantera dos Black Blocs”. Uma sucessão de clichês como havia muito não se via numa peça da imprensa completa o arremedo de reportagem.
Já no sábado (9/11), quando a revista começou a circular, as páginas do grupo de ativistas no Facebook desmascaravam a farsa. Leonardo Morelli, controverso dirigente de uma ONG e apresentado como fonte principal da reportagem, é chamado por ativistas de “fanfarrão, irresponsável e gozador”. “Chega a ser cômico”, afirma outro comentário.
As circunstâncias do suposto treinamento que foi testemunhado pelo repórter provocam reações hilárias. A pretensa “musa” do movimento foi anunciada por militantes como futura “pin-up” de revista masculina e candidata a uma vaga no reality show Big Brother Brasil.
Leonardo Morelli, apresentado pela revista como líder dos Black Blocs e principal fonte da reportagem, é personagem conhecido no mundo anarquista desde o fim dos anos 1980, quando foi acusado de haver traído o coletivo de ativistas e infiltrado grupos punks no movimento em Campinas. Citado na reportagem como coordenador da ONG Defensoria Social, apresentava-se há dez anos como militante do ambientalismo, no papel de dirigente da ONG Grito das Águas e secretário-geral de uma entidade chamada Defensoria das Águas. A suposta liderança dos Black Blocs é a mais recente de suas múltiplas caracterizações.

Militantes de aluguel

Dani, a “Pantera dos Black Blocs”, surgiu do nada. Apresentada pela revista como uma ex-presidiária de 31 anos, condenada por dois assaltos e ainda em liberdade condicional, corre o risco de voltar para a cadeia ainda nesta semana, porque a reportagem de Época afirma que ela “armou-se de paus e pedras para atacar agências bancárias”.
A cuidadosa produção fotográfica da moça, sob o vão livre do Museu de Arte de São Paulo, arrancando a máscara negra com a mão direita, completa a receita kitsch do trabalho jornalístico.
Qual seria o propósito da revista ao correr o risco de ser ridicularizada por tentar “desvendar” um mistério que não existe?
O coletivo chamado Black Bloc é a manifestação anárquica de variados descontentamentos, muitos dos quais não têm relação com economia, política ou cultura. Pesquisadores que acompanham as ações e discursos de seus integrantes, tanto nas ruas como nas redes sociais, entendem que se trata de uma típica manifestação da velha doença infantil do libertarismo voluntarista, que pode se apresentar como radicalmente esquerdista ou com tinturas do mais ranheta reacionarismo.
Ao especular sobre supostas fontes do movimento, a revista apenas repete informações sobre financiadores da carreira de Leonardo Morelli, que esteve ligado a entidades católicas, foi militante do Partido dos Trabalhadores e aparece entre punks e anarco-sindicalistas. Aos 53 anos, é apresentado como integrante do grupo que originou a Comissão Pastoral Operária, que foi fundada entre 1970 e 1975, quando o personagem em questão tinha entre 10 e 15 anos de idade.
O grupo observado pelo repórter de Época, num sítio abandonado perto de São Paulo, enfileira reivindicações dignas daquele samba famoso: ergue bandeiras ambientais, denuncia os lixões e a contaminação de áreas da periferia, defende a desmilitarização das polícias, a liberação de biografias não autorizadas, o controle social das pesquisas científicas, combate o Marco Civil da Internet e exige as renúncias dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Rio, Sérgio Cabral.
A libertação dos anões de jardim ainda não entrou na pauta.
Enquanto isso, o Globo denunciava, no domingo (10/11) e na segunda-feira (11), a infiltração de militantes pagos pelo PR, partido do deputado Anthony Garotinho, em manifestações do Rio.
Os Black Blocs são uma parte dessa complexidade que sai às ruas. Apenas a mais ruidosa. A reportagem de Época é uma ação típica dos Black Bocs: equivale a depredar o jornalismo.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Democracia de Fato para Todos

Editorial

A urgência à procura de um debate FHC propõe um capitalismo sem crédito; a Folha reivindica a beleza e o glamour das ruas de Paris, sem IPTU; centuriões preconizam um choque de juros - para por ordem na casa,dizem, sem quantificar o saldo dos despejos. O campo progressista na América Latina está às voltas com o desafio de reordenar o câmbio, o que implica definir o poder de compra real dos salários no novo ciclo econômico. 
Fonte: CARTA MAIOR 
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DEBATES & DEBATEDORES

Apertem os cintos, entramos na zona de turbulência

Por Alberto Dines em 05/11/2013 na edição 771
Fonte: OBSERVATORIO DA IMPRENSA
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Altamiro Borges: Miriam Leitão e o jornalismo “independente”

publicado em 5 de novembro de 2013 às 0:17

domingo, 3 de novembro de 2013
Miriam Leitão e o “fogo amigo” no PIG
Por Altamiro Borges, em seu blog
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Parece que esta semana se descobriu que o equilíbrio é possível, ou que pelo menos é desejável.
Em CARTA MAIOR, no OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA e no GLOBO, ou seja, esquerda, centro e direita, respectivamente, o assunto passa pela  necessidade  de debates, em primeiro lugar, e que sejam maduros e equilibrados.
Seria possível ?
Sugiro ao caro leitor a leitura do editorial de CARTA MAIOR, o texto do nobre observador da  imprensa, Alberto Dines , no OBSERVATORIO  DA IMPRENSA e o texto de Miro, em seu blogue, sobre o desabafo de Mirian Leitão.
A violência em textos, análises e comentários, independente se na internete, em jornais  impressos, na tv ou nas emissoras de rádio ao que parece atingiu níveis  elevados de ignorância, o que certamente incomoda as pessoas civilizadas.
A violência em textos e discuros na velha mídia não é novidade. A UDN fez história.
Omissão, manipulação e mentiras são também formas de violência muito comuns no noticiário da velha imprensa.
Seria interessante observar alguns dados e fatos:
- o número de casos de estupro cresce assustadoramente no Brasil e no mundo;
- os crimes de racismo crescem em todo o país e também no mundo;
- os crimes residuais de toda a sociedade ganham , cada vez mais, requintes de extrema crueldade  e estupidez;
- nos últimos 25 anos tenta-se impor uma única forma de pensar e compreender  a realidade, política, econômica e social;
- o ideal de vida é apresentado, como em Veja, através da figura grotesca do 'rei dos camarotes';
- a velha imprensa brasileira, jornais, revistas  emissoras de rádio e tv, assumiram publicamente que se comportam como um partido político de direita e de oposição, talvez a palavra melhor seja negação, ao governo federal;
- em todo o mundo a grande mídia comercial se comporta como um organismo certificador das ações  e posições de governos conservadores;
- toda iniciativa de governantes e povos em criar uma alternativa ao pensamento chamado úncio, é boicotada em fatos e informações e violentamente atacada pelos veículos da velha imprensa, como no caso dos países da América Latina nesta e na última década;
- o surgimento da internete, com suas redes socias, blogues e portais de informação alternativos, minimizou, em parte, porém significativamente e substancialmente, o poder da velha mídia como mediadora única dos fatos e acontecimentos, tornando o "debate" cada vez mais acirrado e violento na disputa por corações e mentes, porém com pouca profundidade, fazendo de cada lado, com algumas exceções, trincheiras de combate pela predominância de determinados temas no campo político, econômico e social;
- as formas de violência explodem , com várias faces, em todos os cantos do mundo, fazendo com que grupos vítimas históricas dessa violência não apenas a percebam em suas novas manifestações, como também passem a desafiar seus algozes mais próximos que se apresentam como autoridade no  inferno diário desses grupos ao longo de suas histórias;
- a insitência , não apenas por aqui mas em todo o mundo, em não aceitar e até mesmo criminalizar a diversidade intelectual, é uma das formas mais brutais de violência. O maior intelectual vivo do paneta, segundo o jornal  The New York Times, é boicotado por praticamente toda a imprensa dos EUA e do planeta, principalmente por suas críticas contundentes ao mundo atual. Ele não aparece no jornal nacional;
- formas de trabalho escravo , de precarização do trabalho e das leis e  dos direitos trabalhistas proliferam em todo o mundo, em nome do negócio produtivo e lucrativo;
- na promessa de um mundo próspero e civilizado , ocorrida com o tão falado 'fim da história", passados 24 anos, observa-se um crescimento de todas as formas de autoritarismo, unilateralismo, desprezo pelos organismos internacionais, terrorismo de estado e criminalização de movimentos sociais e pessoas pelo simples fato de se oporem ao modelo;
- o tão falado e festejado mundo democrático é apenas retórica para justificar crimes e, saques e pilhagens de nações inteiras,
- o pavio está cada vez mais curto.
E então, caro leitor, seria possível um debate equilibrado entre partes , quando uma parte sequer reconhece o protagonismo da outra, seja nos campos político, econômico, social e outros ? 
Imagine, Veja, Globo, Folha, Band e outras coisas submissas  e dependentes de parceiros de negócios e limitadas crenças, envolvidas em debates de fundo sobre a realidade atual.  O mesmo se aplica aos partidos de oposição. 
O que se vê, com clareza e em cores nítidas, é apenas a surrada estratégia de denuncismo como plataforma de oposição aos grupos 'rebeldes', teimosos' que ousam desafiar a história e criar novas e civilizadas formas de vida.
Para que o equilíbrio, a serenidade, e o bom bebate seja possível, se faz necessário um ambiente semelhante.
O momento é de lutas, de novas formas de enfrentamento com o novo ciclo de lutas que se inicia.
Todo e qualquer debate com idéias préconcebidas e retrógradas deve ser rejeitado.
A democracia não é um regime de migalhas, discursos e aparências e, também , não é um pacto de silêncio.
O barulho continua.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ver e Ouvir para Aprender

Altamiro Borges: Chile e Honduras, derrota da direita?


As forças de direita podem sofrer duas fragorosas derrotadas no novo ciclo eleitoral que se inicia na "rebelde" América Latina. No Chile, a líder da oposição Michelle Bachelet desponta para vencer já no primeiro turno, marcado para 17 de novembro. Já em Honduras, os golpistas que depuseram o ex-presidente Manuel Zelaya podem ser desalojados legalmente do poder com a vitória de sua esposa, Xiomara Castro, nas eleições de 24 de novembro.

Por Altamiro Borges*, em seu blog

Para a velha e decadente mídia, as escolhas dos povos da América Latina em sua esmagadora maioria por governos progressistas e de esquerda, são apresentados como escolhas rebeldes. 

Cada vez mais irrelevante por conta da diversidade de informações e conteúdos na internete, a velha mídia patina nas nuvens, sem saber ao certo para que lado atirar.

Aguarda com ansiedade a proximidade das eleições no Brasil para tentar colocar em pŕática o caos destrutivo nas ruas da grandes cidades brasileiras e , quem sabe, com isso tentar alterar a opção consciente  e civilizada do povo pelos governos de esquerda.

Vivendo em um ambiente de derrota já por mais ou menos quinze anos em nuestra América, sem propostas concretas em seu campo de oposição, a velha mídia é a imagem às avessas das espionagens:

Ver e ouvir para aprender.  

 

 


Adolf Marinho

Tudo a Ver


Mein kampf é acabar com a internete;
Mein kampf é acabar com o Lula a Dilma e todos os petistas;
Mein kampf é trazer de volta os generais e coronéis dos tempos gloriosos da ditadura democrática;
Mein kampf é ressucitar os ideais nazistas, como ocorre hoje na Hungria com a inauguração do busto de um grande fascista;
Mein kampf é não pagar impostos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Saci na Copa

Viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014!

autor: Mouzar Benedito, mineiro de Nova Resende, é geógrafo, jornalista e também sócio fundador da Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci).


 
Parece óbvia a pergunta, a Fifa, todos sabemos, já escolheu o tatu-bola que, coitado, recebeu um nome pra lá de infeliz, Fuleco. Ele está escolhido e pronto, não é?
Não, não é. O Fuleco é mascote da Fifa. Não vi até hoje o coitado ser tratado como mascote pelo povo. E o povo tem razão: não fomos nós que o escolhemos. Seus aparecimentos nos gramados são burocráticos e sem graça, sem aplausos, sem ganhar a simpatia de ninguém.
O Fuleco é mascote dos bastidores, da manipulação de grana, dos burocratas.

Tenho ouvido muita gente declarando apoio ao Saci para ser mascote. Mas mascote do povo, não da Fifa.
Deixemos que o Fuleco compareça aos estádios junto com estrangeiros e com brasileiros que têm grana pra ir lá. Nos bares, em casa, nas reuniões de amigos para assistir aos jogos, o Saci há de ser o escolhido e comemorado.
Nós o havíamos indicado, com um monte de justificativas. Relembro algumas:
- Ele é de origem indígena, tornou-se negro e “ganhou” o gorrinho mágico presente em muitos mitos europeus, então é uma espécie de síntese da formação do povo brasileiro, que é uma mistura desses três grandes povos, além dos orientais que vieram pra cá quando a figura do Saci já estava pronta.
- Ele é negro, como a maioria dos nossos jogadores de futebol, e essa negritude, num país que não superou o racismo, é importante como símbolo de uma luta por igualdade. É também perneta, o que representa outra bandeira de luta nestes tempos que se fala tanto de inclusão. Além disso é e pobre, não tem nem roupa, e mora no mato. Com três motivos para ser “infeliz”, ele é gozador, brincalhão, aprontador, divertido. Enfim, um brasileiro autêntico, dos bons.
- Ele é um ser libertário. Uma das lendas sobre a perda de uma das pernas do Saci é que quando se tornou negro ele foi escravizado por um fazendeiro e era mantido à noite, na senzala, preso a um tronco por uma perna, com grilhões. Uma noite, ele cortou a perna presa e fugiu: preferia ser um perneta livre do que um escravo de duas pernas.
- Hoje em dia fala-se tanto em ecologia, proteção e recuperação do meio ambiente… E aí está o Saci de novo, como protetor da floresta.
- Ele é popular, conhecido de todos os brasileiros, e existem desenhos dele feitos por um montão de gente, e até as crianças o desenham e se divertem com ele. Aí está um motivo para ele não ser o escolhido da Fifa: não dá lucro aos mercenários do esporte. Inventaram uma mascote (nada contra o tatu-bola) e registraram três nomes como marcas pertencentes à Fifa para depois anunciar a escolha e pôs os três nomes em votação pela internet, os três horrorosos. Nem ao menos tiveram a dignidade de deixá-lo com seu próprio nome, tatu-bola. Virou Fuleco.
- O Saci faz parte da nossa cultura popular e, se fosse “eleito”, seria assumido pela população, ao contrário do tal Fuleco, pra quem todo mundo torce o nariz.
Então, repito, vamos torcer para que se realize no Brasil uma bela Copa do Mundo, apesar da submissão do país à Fifa, e que a seleção brasileira jogue bonito e vença. Mas protestando contra a corrupção, contra os desmandos da Fifa, contra a mercantilização do esporte e contra tudo de ruim, todas as tramoias que tentam nos enfiar goela abaixo. E festejando o que tem de bom: a alegria do futebol bem jogado e bonito, a nossa riquíssima cultura, o nosso jeito de ser e viver.
O Fuleco estará nos estádios superfaturados da Copa? Pois bem, nas ruas, nas praças que queremos que continuem sendo do povo, festejaremos com o Saci. Que cada um o desenhe, pinte, faça escultura dele com sua arte e sua criatividade, não tem que ser “um” Saci oficial, imposto. Muitos cartunistas devem oferecer criações bem-humoradas do Saci Mascote, para serem usadas por quem quiser. Mas quem não quiser nenhuma delas pode desenhar, pintar ou esculpir seu próprio Saci, o Saci do seu grupo, da sua turma.
Os Sacis são democráticos. Ninguém vai pagar royalties em nome dele.
Enfim, viva o Saci, mascote do povo na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Não nos submeteremos a nenhum império. Que a Fifa vá reinar em outras plagas!
Fonte: REVISTA FORUM

Taí uma excelente idéia.
Fico imaginando o país inteiro, durante a copa do mundo, com mácaras do Saci, gorro e tudo que diz respeito ao nosso símbolo.
A FIFA não poderá impedir que os torcedores de todos os cantos  usem os símbolos do Saci, nas ruas e nos estádios.
Pode até impedir que jogadores coloquem o gorro no momento de comemoração de gols. Se isso acontecer os jogadores podem comemorar pulando em uma perna.
Isso vale para jogadores de todas as seleções que estarão aqui na Copa do mundo do futebol da FIFA.
Cebe lembrar que o símbolo escolhido pela FIFA para mascote da copa, o tal do Fuleco, um tatu bola, recebeu esse nome para que não tivesse um nome igual a uma outra coisa qualquer e com isso  não associar concorrência.
Gulosa essa FIFA.
O tal Fuleco, em suas primeiras aparições em espaços públicos de algumas cidades brasileiras com o patrocínio da coca-cola, sofreu rejeição da população e os bonecos gigantescos do tatu da FIFA foram atacados por descendentes legítimos do Saci.
A campamha pelo Saci como mascote alternativo e ao mesmo tempo o mascote de fato, deve ser organizada desde já.
É interessante que seja criado um comitê para arrecadar fundos para produzir e divulgar todo o material promocional.
Já posso ver em praças e ruas de grandes cidades brasileiras gigantescos bonecos do Saci bebendo uma cachaça bem brasileira ou até mesmo uma água de coco.
Camiseteas, gorros , adesivos, mácaras espalhadas pelo país.
Não tenho dúvida que se a campanha for bem organizada e conduzida o Saci não só ganhará a simpatia de todos os brasileiros como de todo o mundo.
Sua história é ótima e simpática.
Seria , e acretido que será de fato, uma boa forma de protestar contra as idiotices da FIFA.
Um protesto pacífico, inteligente e que ganhando o mundo por conta da visibilidade da copa, levará o Saci para todos os cantos do planeta e, com ele a exportação de um produto de nossa industria cultural que pode se tranformar em revistas, filmes de animação e tudo mais relativo a nossa cultura, já que Saci tem outros amigos, também bem interessantes,  no mato onde vive.
Cabe ainda lembar, em reforço  ao Saci como mascote, que nosso cientista Miguel Nicolellis pretende dar o pontapé inicial da competição com uma pessoa portadora de necessidade espéciais utilizando  um produto de seu brilhante  trabalho no campo das neurociências, um exoesqueleto que fará com que a pessoa possa se movimentar.
Certamente a FIFA irá pular de raiva com essa idéia, porém o Saci já pula, e de alegria.
Aliás, a idéia de Saci como mascote de fato é algo bem do caráter do Saci.
Vamos levar a alegria e a boa molecagem do Saci para as ruas.
O PAPIRO não só apoia a idéia como se coloca  a disposição para divulgar todos os passos e eventos relativos a  apoteose do Saci.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Seleção ou Morte

"Diego Costa só pensou nele", critica Felipe Andreoli

Jornalista e humorista do CQC lamentou a postura do atacante brasileiro que preferiu defender a Espanha.

Fonte: TERRA

Quando a gente pensa que a velha mídia esgotou seu repertório de asneiras, eis que sempre aparece alguém para dizer, em alto e bom som de voz com imagem, mais uma besteira.
A asneira da vez vem do fascista programa CQC da Band, aliás programa sempre presente na lista de barbaridades. 
O jogador de futebol, Diego Costa, nascido no interior do estado de Sergipe deixou o país com 17 anos de idade para tentar a sorte no futebol europeu.
Certamente quando saiu do Brasil, ninguém conhecia o rapaz, ninguém perguntou o motivo de sua saída, ninguem ofereceu alguma ajuda para que ele permanecesse no Brasil.
Quantos jovens existem por aí tentando a sorte como jogador de futebol?
Dessa multidão de jovens, apenas poucos, bem poucos, conseguem o sucesso de Diego Costa.
Pelo mundo inteiro há uma legião de jogadores de futebol brasileiros, todos desconhecidos aqui no Brasil.
Alguns bem sucedidos e naturalizados nos países onde atuam que acabam ficando por lá e jamais retornam ao país.
Diego Costa saiu do Brasil em um pau de arara aéreo, para tentar a sorte.
Venceu , e é grato àqueles que o acolheram, desejando assim naturalizar-se espanhol e jogar pela seleção da Espanha.
Seu sucesso em gramados europeus chamou a atenção do treinador da seleção brasileira que resolveu convocá-lo para um amistoso.
O atleta rejeitou o convite, naturalmente, e o assunto invadiu a idiotice da velha imprensa, ou a velha imprensa idiota, dá no mesmo, que viu na decisão do atleta um ato de anti patriotismo, uma traição a pátria, uma rejeição ante um chamado à luta de vida ou morte que será travada no próximo ano nos lindos verdes campos gramados da terra do cruzeiro. 
Brasiiiiiiiiiiiiiiiiilllll ! 
Gritam, ao som de elevados decibéis no espectro eletro acústico, os fanáticos adeptos da confraria de Galvão Bueno e outras coisas deploráveis que abundam e inundam o espaço informativo do esporte.
No mundo globalizado, como previu João Saldanha de forma brilhante lá pela final dos anos da década de 1980, as competições mais importantes do futebol serão aquelas entre clubes, e não entre seleções nacionais.
O conceito de seleção nacional vai se diluindo com  o tempo na medida em  que os jogadores sequer atuam em seus países de origem, isso principalmente em países que não tem ainda os recuros e organização das principais praças de futebol do planeta.
É claro  que em países com um povo de auto estima baixa, o sucesso de um atleta esportivo ou mesmo de uma equipe nacional, pode se transformar em ato de heroísmo com direito a momentos de intenso júbilo entre os nativos, com condecorações, festividades para toda a população e dias de imenso êxtase.
Não que tenhamos superado essa fase de vira-latas, mas o país, já por bom tempo,  ocupa um lugar de destaque no cenário mundial, e a população não precisa de heróis para se sentir valorizada. 
Deve, sim,  aprender a valorizar e cultuar seus compatriotas luminares, sem que se sinta ofendida pelo sucesso de outros. 
Isto posto, o jornalista do CQC engana-se quando afirma contaminado por inveja, que Diego Costa teria pensado apenas nele ao rejeitar o pedido de Felipão. 
Não, meu caro. 
Diego Costa pensou nele, pensou em seus familiares da distante  cidade de Lagarto  e certamente deve também ter pensado na idiotice da imprensa esportiva brasileira.  
Sua decisão é normal e não é a primeira. 
Muitos outros jogadores se recusaram a jogar pela seleção brasileira sem a questão da nacionalidade mutante. 
Engraçado que esta mesma imprensa, recentemente, mais precisamente há três anos atrás, pedia , insistentemente que o jogador argentino do Fluminense  , na época, Dario Conca, se naturalizasse brasileiro para jogar pela seleção.
Assim sendo, meu caro jornalista esportivo humorista, o que já é um pleonasmo, Diego Costa não pensou apenas nele . 
Você, sim, pensou apenas em você e com um agravante de ter pensado como vira-lata pouco evoluído.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uma Escuridão Luminosa

Espelhos são inaugurados e cidade na Noruega vibra com luz solar no inverno

A estação ainda não começou no hemisfério norte, mas a população de Rjukan, cidade encravada nas montanhas, comemora a novidade.

Fonte: TERRA

Lá pela década de 1980 ou 1990, não me recordo exatamente, a Rússia fez um teste enviando  um gigantesco espelho ao espaço com o objetivo de  direcionar a luz solar para determinadas regiões do país no período de inverno.

A experiência foi bem sucedida mas recebeu uma enxurrada de críticas da comunidade científica.

Alterar os ciclos da natureza, com mais ou menos incidência de luz solar, significa alterar todo o equilíbrio das formas de vida nas regiões. A título de exemplo, um fenômeno natural como o eclipse do sol faz com que as aves de vida diurna se recolham no momento do eclipse acreditando que a noite chega.

A fauna e a flora sofreriam grandes mudanças, com  interferência na vida de animais e vegetais, alterando o período de reprodução e mesmo de migração de animais.  

Estranho que a Noruega, um país pioneiro nas questões ambientais comemore tal feito.

Cabe ainda lembrar que se grandes áreas próximas dos pólos tivessem seu equilíbrio modificado com mais ou menos luz solar, também o ciclo de águas poderia sofrer com as repentinas alterações.

O aprovietamento da luz solar no espaço, poderia ser útil para produzir energia elétrica e enviá-la, através de sinais, para determinadas regiões onde as fontes de produção de energia são mínimas.   

Enquanto a ciência avança para uma compreensão da realidade que compreenda a totalidade, iniciativas de cunho fragmentado ainda são comemoradas.