segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cuidado com Ela

A embaixadora dos EUA e o golpe no Brasil

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Os Estados Unidos anunciaram na última semana a troca da embaixadora no Brasil. Sai Liliana Ayalde, que esteve por trás dos golpes em Honduras e no Paraguai (e agora no Brasil) e entra Peter McKinley, que é filho de venezuelanos.

Segundo o jornal Folha de S.P.: “McKinley é considerado no Departamento de Estado um diplomata experiente e talentoso – e, segundo várias fontes, uma escolha de peso. O fato de ter sido embaixador no Afeganistão, um país em guerra, é citado como prova de competência… Seu primeiro posto no exterior foi na Bolívia, onde trabalhou no setor consular. De volta a Washington, continuou trabalhando com temas latino-americanos, como pesquisador e analista de inteligência com foco em El Salvador e Cuba. Em seguida foi chefe do departamento que cuida de Angola e Namíbia e depois assistente especial para a África”.

O intrigante é que Liliana Ayalde foi escolhida para o posto logo após as convulsões que o país atravessou em Junho de 2013 e agora se afasta após o golpe em curso ter avançando até um ponto “aparentemente” irreversível. Aparentemente porque as ruas tem dado respostas firmes contra o governo golpista o que torna incerto o destino da manobra ilegítima da direita brasileira.

A chegada da diplomata, em Junho de 2013, era motivada por um clima absolutamente negativo para Dilma Rousseff e o projeto em curso no país naquele momento. A presidenta, que até a metade daquele ano detinha grandes margens de aprovação popular, viu sua aceitação despencar após a bem aproveitada mídia, que transformou manifestações legítimas contra o aumento nos transportes de São Paulo em grandes atos antipartidos, agregando o que temos de mais conservador na classe média local. Não sem contribuição de uma grande número de indivíduos ingênuos dentro do próprio campo progressista. A grande mídia conseguiu pautar as manifestações e logo depois o início da operação Lava Jato transformam completamente o cenário político no país.

Teria Liliana cumprido sua missão e agora baterá continência em outro país (sul-americano?) em vias de uma “troca” de poder? (Venezuela?)

A influência dos Estados Unidos no golpe em curso no país tem sido alertada por especialistas no assunto. Liliana trabalhou na Usaid durante 24 anos, agência que é apontada como um dos principais braços da CIA. O presidente boliviano Evo Morales inclusive expulsou agentes da Usaid da Bolívia no ano passado.

Os interesses imperialistas seriam, dentro desse cenário proposto, mudar a regra do Pré-Sal para colocar as mãos na riqueza brasileira e desviar o caminho da atual política externa do país, que trabalhou pela integração do continente sul-americano e na construção dos Brics.

Se não podemos apontar com clareza qual o papel jogado pelos EUA no golpe de 2016, além das evidências apresentadas pelo Wikileaks, não seria também teoria da conspiração supor as garras do governo norte-americano e mais esse golpe em nosso continente.

As próximas jogadas diplomáticas dos norte americanos deixarão mais transparentes essas suposições e a história certamente, como em 64, nos desvendará com o tempo quem realmente está por trás do golpe em curso no Brasil.


Fonte: Blog do Miro
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domingo, 15 de setembro de 2013

A Cultura dos Marinhos

Os números não mentem: maioria quer democracia na mídia

Pesquisa revela que não é a qualidade que define a audiência das TVs, mas a falta de opção. E que, apesar da propaganda contrária da imprensa, a maioria quer a democratização da mídia. A pesquisa revela como é enganosa a afirmação de que a TV mostra o que as pessoas querem ver.


(*) Publicado originalmente na edição de setembro da Revista do Brasil

O debate em torno da democratização da comunicação acaba de ganhar um reforço importante. Uma pesquisa sobre o tema promovida pela Fundação Perseu Abramo permite agora discutir o papel da mídia em cima de dados concretos. Sabia-se, por exemplo, que a TV aberta – apesar do avanço da internet – continuava sendo o meio mais utilizado pelos brasileiros para informação e entretenimento. Agora temos números: 94% fazem isso, 82% deles todos os dias.

À frente da internet e dos jornais, empatados em 43%, está o rádio, com 79% (69,2% ouvem diariamente). Presente nas regiões mais remotas do país e nas grandes cidades, sua voz é ouvida por ribeirinhos na Amazônia e pelos motoristas presos nos congestionamentos urbanos, com uma força político-eleitoral que ainda está para ser medida.

A pesquisa teve caráter nacional e ouviu 2.400 pessoas, com margem de erro que varia de dois a cinco pontos percentuais. Soube-se por ela que 57% dos brasileiros leem jornais, mas quase a metade (46,2%) só lê o do bairro ou da cidade em que mora. Muito atrás aparece o segundo jornal mais lido: o Extra, com 5,9%. Os jornalões – Folha de S.Paulo (4,5%), O Globo (3,1%) e O Estado de S. Paulo (3%), com leitores concentrados no Sudeste – revelam não ter a projeção nacional por eles apregoada. Entre as revistas o dado é preocupante: 76% leem esse tipo de publicação, dos quais 50,2%, a Veja.

Conhecendo a linha editorial da revista fica clara a necessidade de uma alternativa capaz de contrabalançar os efeitos negativos que ela causa à sociedade.

Na internet, o Facebook (38,4%) e o Twitter (25,5%) são os preferidos dos brasileiros. Os portais de notícias – Globo (16,7%), UOL (12,6%), Terra (7,3%) – vêm depois: seis em cada dez entrevistados dizem buscar informações e notícias nesses sites, reforçando a convicção de que a internet é responsável pelo declínio dos jornais impressos.

Quanto ao conteúdo, não há uma percepção de que os meios de comunicação, quando tratam de política e economia, defendam os interesses da população. Só 7,8% acreditam nisso. Os demais dizem que eles defendem os interesses dos próprios donos (34,9%), dos que têm mais dinheiro (31,5%) e dos políticos (20,6%).

Em relação à TV, a pesquisa concretiza o que os estudiosos já inferiam. A maioria dos brasileiros (71,2%) não sabe que as emissoras de rádio e TV são concessões públicas. E quando passam a ser perguntados sobre o que veem na tela mostram uma clareza maior: 43% dizem não se ver representados na TV e 25% se consideram retratados negativamente. Grande parte avalia às vezes ou quase sempre como desrespeitoso o tratamento dado à mulher (64%), aos nordestinos (63%) e aos negros (66%) nos programas das emissoras.

O remédio está na regulação dos meios. Os entrevistados concordaram com essa necessidade, mostrando que a campanha sistemática da mídia, comparando regulação à censura, surte pouco efeito. Deveria haver mais regras para o funcionamento das TVs para 71%. E na opinião de 77,2% deveriam ser estabelecidas e aplicadas por um órgão ou conselho representativo da sociedade, como ocorre em vários países democráticos.

A maioria (entre 50,9% e 65,8%) se manifestou contra a veiculação de palavrões, a exposição gratuita do corpo da mulher, de imagens de cadáveres, de crueldade com animais, de nudez e sexo, violência e morte e de uso de drogas. Também se mostrou contrária a cenas de violência e de humilhação de gays e lésbicas, assim como ao humor que ridiculariza as pessoas. E mais: 88,1% não querem propaganda de bebida alcoólica na TV.

São dados que não aparecem no Ibope e não têm nada a ver com audiência. A pesquisa revela como é enganosa a afirmação de que a TV mostra o que as pessoas querem ver. Veem, na verdade, por falta de opção ou para não deixar a casa silenciosa.
Fonte: CARTA MAIOR
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A alma pequena dos leitores da ‘grande’ mídia


Que tipo de leitores a mídia está atraindo? Um bom exercício para responder a esta questão, como repararam amigos do Diário, é a mera leitura dos comentários deixados nos seus sites.

Tinha feito isso algumas semanas atrás com os blogs da Veja. Notei, ali, que Reinaldo Azevedo atraía leitores tão repulsivos quanto aquilo que ele escreve. O mesmo quadro vale para os outros dois colegas de Azevedo, Augusto Nunes e Ricardo Setti.

Em outros grandes títulos da mídia, não é diferente. As manifestações sobre a morte de Gushiken em sites como o da Folha e o G1 têm sido simplesmente pavorosas.

Você lê aquilo e pensa: o brasileiro tem uma alma tão grotesca? Ou é a mídia que atrai hoje um tipo de gente sem qualquer grandeza moral?

Se você avalia os brasileiros pelos leitores da mídia, é obrigado a classificá-los como mesquinhos, desapiedados, raivosos, preconceituosos e fanatizados. Para usar uma personagem de nossos dias, são o oposto de, por exemplo, o Papa Francisco.

Somos isso mesmo?

Um comentário posto no G1 simboliza a alma de seus leitores: “Bandido bom é bandido morto”. Havia centenas de outros na mesma linha.

No site da Folha, uma amostra: “Em enterro de verme só vermes participam.” Curiosamente, um comentário na Folha foi removido sob a alegação de que feria as “regras da casa”.

É difícil imaginar o que esteja fora das regras quando você lê uma coisa assim: “Desculpem a impaciência, mas … quando vão chamar o Lula? O que esse hospital deve estar gastando com produto de limpeza …”

Tenho para mim que esta é uma fração dos brasileiros, e cada vez menor. Se não fosse assim, Serra – a grande esperança branca desse tipo de gente — seria presidente da República ou, ao menos, prefeito de São Paulo. E Joaquim Barbosa seria seu sucessor, numa chapa com Gilmar Mendes. (O STF na versão inicial sob JB, aliás, representava juridicamente aquele lamentável tipo de brasileiro.)

A mídia tradicional tem sérios problemas, como o Diário vem apontando com frequência.

A atração que exerce – não à toa – sobre brasileiros de caráter ruim é um deles.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Taí um perfil bem interessante daquilo que chamamos de velha imprensa ou PIG - partido da imprensa golpista. 
É a mesma coisa, pois é velha, decadente e golpista.
Agora já se tem dados objetivos, fruto de uma pesquisa de opinião, sobre o que a população pensa sobre a velha imprensa, isso no tocante a criação de um novo marco regulatório para os meios de comunicação.
Apesar do bloqueio , e até mesmo censura, que a velha imprensa impõe a discussão sobre a democratização da mídia, a população deseja uma revisão completa nos meios de comunicação.
Mais uma vez fica claro e transparente que a opinião publicada pela velha imprensa não reflete a opinião da população.
Isso é muito bom.
Sinal de amadurecimento da população quanto ao papel da imprensa e de seu aparato midático na vida das pessoas.
Por outro lado, mas ao lado da democratização da mídia que a população deseja,  ficou mais fácil, com o advento das redes sociais, identificar rapidamente o tipo de leitor e telespectador da velha imprensa e de seu aparato midático.
A velha imprensa talhou, em seus leitores e telespectadores, um tipo de caráter bem definido, que se revela no pensamento e ações dessas pessoas.
As críticas agressivas e violentas a morte de Luiz Gushiken, que proliferam em portais do PIG e mesmo nas redes sociais, não são uma novidade do comportamento desses leitores talhados pelo conservadorismo reacionário, nem  também exclusividade de setores da direita, porém se manifestam em maior intensidade no campo conservador e retrógrado.
O perfil, o caráter e mesmo os valores dos leitores e telespectadores da velha imprensa e de seu aparato midático podem ser exemplificados, através de amostras objetivas, por pessoas desses veículos de comunicação.
Quem não ouviu Boris Casoy se referir à um gari da limpeza urbana como sendo o resto da escala social, justo no momento que o gari desejava a todos um feliz natal ?
Ou ainda, quando Willian Waack mandou a Presidenta Dilma calar a boca, quando viu sua imagem em um discurso?
Ou então Pedro Bial dizer, em alto e bom som, que o ballet é coisa de viado ?
Ou Catanhede  se referir ao povo como massa cheirosa e a chegada dos médicos cubanos como um navio negreiro ?
Ou ainda mais, a atriz global Luana Piovani mandar o Lula se tratar no SUS, quando o ex -presidente identificou sua doença ?
Esses exemplos, ainda existem muitos outros, revelam o tipo de caráter do universo da velha imprensa e de seu aparato midiático, suas crenças, mitos e valores, tanto de seus propritários com de seus funcionários.
E é exatamente esse tipo de caráter que é assimilado por uma parcela da população.
É fácil identificar as pessoas talhadas pelo PIG.
Via de regra são extremamente agressivas, seja nas relações interpessoais,  seja no trânsito e em outras situações.
Com a chegada das redes sociais, eles são bem fáceis de serem identificados, quase sempre por conta de seus comentários.
São racistas, xenófabos, preconceituosos, e com limites bem estreitos no tocante a compreensão da realidade e também na aceitação da diversidade e da complexidade social.
Acreditam, pois assim foram talhados pela velha imprensa, que somente a sua visão da realidade é a correta e qualquer tema que contrarie suas crenças deve ser rejeitado com violência, seja na política, na religião ou mesmo entre eles no momento de comprar, em seus templos do consumo, seu bichinho de pelúcia favorito.
Na sociedade são os maiores corruptos, pois entendem que por serem  melhores que os demais  não devem se sujeitar as regras  democráticas, e para isso utilizam sempre artifícios para corromper as pessoas em benefício próprio , seja pagando para conseguir um lugar em uma prosaica fila de atendimento, seja pagando para conseguir um concessão de rádio ou de tv.
São em essência anti-democráticos e sempre que surgir uma oportunidade , procuram mudar a regra do jogo e se necessário for, pelo grito ou pela força.
Acreditam que a força e a violência são os motores da história, e ignoram qualquer  debate  que seja conduzido pela razão.
Ao mesmo tempo que são violentos  e agressivos, são medrosos e hipocondríacos,  se sujeitando , caso tenham recursos financeiros para tal ,a todo tipo de tratamentos com medicamentos pesados para a cura de seus imaginários, irreais e até mesmo infantis problemas de saúde.
Costumam ter medos de insetos, chegando mesmo a desmaios com a presença dos segmentados.
No campo das artes, preferem os filmes de ação e violência, de preferência com poucos debates e muitas cenas de coisas explodindo e indo pelos ares.
Seu gosto musical se situa em músicas de fácil assimilação , onde possam aprendê-las na primeira audição.
Não leem livros e suas fontes de informação são , principalmente, os telejornais onde apreciam muito a 'seriedade' e a 'elegância' dos apresentadores, principalmente as mulheres  com seus cabelos impecávelmente alinhados.
 
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os vira-latas

Superfaturamento? Atraso nas obras? Falta de infraestrutura? Nem em sonho…

por Benjamin Back em 13.set.2013 às 8:20h
TOKYO 2020 O aviso foi feito com praticamente sete anos de antecedência, ou seja, tivemos muito tempo para nos preparar, apesar de que não foi necessário fazer muita coisa, já que em termos de infraestrutura nosso país nunca deixou a desejar! Aeroportos modernos e confortáveis, transporte público extremamente eficiente, um povo exageradamente educado e prestativo, enfim, podemos nos dar ao luxo de sediar uma Olimpíada e até mesmo uma Copa do Mundo, a propósito, quando a realizamos da primeira vez foi um grande sucesso.


Nossos turistas serão recebidos de braços abertos e sem qualquer receio de andar pelas ruas a pé de madrugada, afinal, aqui não há assaltos, assassinatos, balas pedidas entre tantas outras coisas já suficientes para que uma cidade com esses “atributos” sequer pudesse participar de uma concorrência para sediar um evento desse porte.


Outro fator que nos deixa absolutamente tranquilos é que vivemos num país com índices muito baixos ou praticamente nulos no que diz respeito à corrupção. Sim, nossas obras não terão superfaturamentos e muito menos deixarão de ser entregues na data estabelecida. E esse velho hábito de deixar tudo para última hora para que assim mais verbas sejam liberadas com a desculpa de que apenas dessa forma tudo será entregue dentro do cronograma definido há pelo menos três anos atrás, aqui não existe! O povo também não nos questiona por querer sediar um evento dessa grandeza, pelo contrário, por sermos uma cidade com toda a estrutura necessária e com total capacidade de receber uma grande quantidade de turistas, estamos mais do que preparados para receber uma Olimpíada. Sim, podemos nos dar ao luxo de construir belos ginásios poliesportivos, um parque aquático moderno, uma vila olímpica de primeiro mundo, inclusive, no caso de qualquer emergência ou fatalidade, temos totais condições de receber hoje mesmo uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada.


Bem, estamos absolutamente tranquilos em relação à escolha da nossa cidade para realização desses Jogos Olímpicos, afinal, para quem viu um país ser reconstruído de forma brilhante em pouco mais de um ano, após ser alvo de uma das maiores tragédias da história ocasionado pelo quinto maior terremoto já registrado e, que deu origem a um mega tsunami e 30 outros tremores que levaram a morte cerca de 16 mil pessoas, realizar uma Olimpíada é lição de casa do pré-primário! Em compensação, tem país por aí que não teve nada disso, mas que nem assim consegue se reconstruir de forma alguma… Pois é, Tóquio 2020 é realmente logo ali!
Fonte: LANCE

De fato Tokyo não terá muitas dificuldades para organizar os jogos olímpicos de 2020. Pela segunda vez a cidade será sede da competição.
Uma cultura milenar e um povo muito educado, apesar da mulher ainda exercer um papel secundário na cultura japonesa, além de uma excelente infraestrutura hoteleira e de transportes contribuirão em muito para o sucesso do evento.
Em um país alvo de constantes terremotos e tsunamis, o Japão ensina a todos nós como se reorganizar após sucessivas tragédias. A capacidade de organização do povo japonês é algo inspirador e o tempo não é um inimigo , mas um aliado. Abro aqui um parênteses para exemplificar a relação  com o tempo do oriental e do ocidental. Como é do conhecimento do caro leitor a filosofia zen budista proporciona uma infinidade de vantagens, saudáveis , para o ser humano. Com um rígida disciplina, monástica por vezes, pode-se alcançar estágios elevados de evolução, em condições modificadas de consciência que proporcionam feitos fantásticos para seus praticantes. Para isso são fundamentais a disciplina, o  comprometimento e o respeito ao tempo, que com o passar será como um revelador do sucesso alcançado. Algo um tanto quanto incompatível para cultura ocidental, cutura essa que hoje também é muito presente na cultura  tradicional japonesa. O ocidente quando tomou conhecimento, em uma passado próximo, das possibilidades proporcionadas pelo zen budismo, não perdeu tempo, bem ao seu estilo, e tratou de criar equipamentos  e maquinetas , que quando usadas proporcionam o mesmo estágio elevado de consciência  às pessoas.  Atropelou o tempo, e focou no resultado final, desconhecendo que para o oriental o importante é o caminho. Por aqui o tempo é sempre um inimigo, motivo pelo qual sempre se briga com prazos, de forma mais ou menos escandalosa , dependendo dos países envolvidos. Fechando o parênteses e voltando aos jogos.
Fruto de uma cultura que cultua a disciplina, Tokyo certamente realizará um dos mais belos jogos da história, apesar de ter as águas do oceano pacífico , nas proximidades do país, com altos índices de radioatividade devido ao acidente na central nuclear de Fukushina, que a transparência japonesa, como cita o autor do artigo, não informou corretamente a população japonesa nem ao mundo sobre os reais desdobramentos do acidente nuclear. Hoje já sabemos que nas proximidades da central crescem vegetais com mutações, devido aos índices de radiação. Mas nem isso certamente não irá manchar, ou contaminar, o sucesso dos jogos, pois até 2020, o Japão estará pronto, como disse o autor, ou mesmo antes caso seja necessário. Até lá irão aprender um pouco mais sobre a nossa bossa nova, o chorinho e o samba, que tanto sucesso fazem por aquelas terras.
Enquanto isso, por aqui abaixo da linha do Equador, no calor ensolarado e de paissagens deslumbrantes onde as pessoas andam com pouca roupa , vamos , por vezes aos trancos e barrancos, que não são de terremotos ou  de tsunamis, mas que nem por isso não deixam de causar tremores e estragos, organizando nossos jogos de 2014, que coerente com a nossa cultura, sofrerão alguns, ou muitos , atrasos, denúncias de superfaturamento, disputas na justiça, protestos da população, discussões e debates com autoridades e outras batalhas não menos importantes. Mas é assim , pois ainda é assim que nos expressamos, debatemos e no momento de ligar as luzes para o evento, entregamos a última obra concluída, que certamente necessitará de ainda alguns pequenos ajustes, mas que funcionará a contento e agradará a todos os presentes no evento, pois a beleza da cidade acaba por ofuscar certos detalhes organizacionais. Ao nosso estilo, pelo menos aqui na cidade maravilha, organizamos , todos os anos, uma festa de passagem de ano nas areias da praia de Copacabana, onde mais de 1 milhão de pessoas se reunem para saudar a chegada de mais um dia, que no caso é o primeiro dia de um novo ano. Sempre é um sucesso, de crítica e de público, mas claro, também sempre tem uns probleminhas com transporte, metrô, ônibus, uns asslatos aqui e alí, como em todo grande centro urbano de qualquer país desse planeta azul onde mais de um milhão de pessoas estão reunidas. Também organizamos, aqui na cidade maravilha, todos os anos, a maior festa popular a céu aberto do planeta azul, que é o carnaval , mais precisamente o desfile das escolas de samba. Uma aula de organização, logística, arte e cultura popular que as agremiações de samba, junto com o poder público, proporcionam ao carioca, ao brasileiro e a todo cidadão do mundo. O autor do artigo, certamente , não tem a mínima idéia do que representa colocar uma escola de samba pronta para um desfile da magnitude dos desfiles  que acontecem na passarela do samba Darcy Ribeiro. Para tal são necessários competência, discipina e organização, em todos os níveis, das escolas de samba, e do poder público. Na nossa cidade maravilha sangue bom e quente, já organizamos , também, os jogos panamericanos de 2007, que pelo menos durante o evento foi sucesso de crítica e público, apesar dos famosos probleminhas que surgiram depois dos jogos, como o Engenhão  com problemas e outras coisas mais. Mas isso aconteceu  bem depois dos jogos, que não deixaram ninguém dormindo na rua ou sem acomodação para os turistas, pois temos aqui a opção de credenciar residências que podem funcionar como hospedagens durante grandes eventos, ou até mesmo ancorar navios no pier da praça mauá, que servirão como hotéis. Tokyo não tem esses "problemas de hospedagem', mas muitos hotéis por lá, inseridos na lista de  quartos disponíveis,  dispõem de pequenos quartos, com pé direito de 1, 70 metro, e um espaço interno semelhante a uma caixa, com sanitário e cama. Cada um na sua cultura, não é caro leitor ? Ainda organizamos aqui na cidade, este ano, a Jornada Mundial da Juventude, que reuniu uma garotada de alto astral na cidade, deixando a cidade lotada , mas nem por isso mais ou menos saudavelmente caótica , como ela é.
Assim sendo , caro autor do LANCE, jamais seremos japoneses e os japoneses jamais serão brasileiros, mas como povos amigos temos muito a prender um com o outro.
Comparações como a do artigo, tangenciam, quando não revelam, o famoso complexo de vira-latas.

O 12º Ministro do STF

BARBOSA DÁ VOZ AO 12º MINISTRO: A MÍDIA

 Quando o 5º voto contra, declarado pelo ministro Marco Aurélio, empatou o jogo na apreciação dos embargos infringentes da AP 470, Joaquim Barbosa preferiu não arriscar. Excepcionalmente frio e discreto, soprou o apito final da sessão e adiou o desfecho para a próxima semana, concedendo assim tempo e voz  ao 12º ministro para agir: a mídia conservadora. Caberá a ela sacudir o cansaço da classe média com o assunto e mobilizar 'o clamor da sociedade' para emparedar o decisivo voto de desempate, que coube ao ministro Celso de Mello. Em tese, não seria preciso o ardil. O decano do STF  formou com Barbosa e Gilmar o trio de detratores da política em geral e do PT, em particular, nesse desfrutável processo através do qual o conservadorismo pretendeu realizar a sua capacitação ao poder, depois de seguidamente reprovado nas urnas. Há um constrangimento, porém, que explica a cautela do presidente do STF e magnetiza as atenções de todo o mundo do Direito. Para  que jogue a pá de cal contra os réus, Celso terá que renegar  a própria biografia jurídica, pautada pelo reconhecimento da pertinência dos embargos . Se o fizer, despindo-se da toga para subir ao palanque --do que tentará convence-lo a mídia isenta-- consumará a natureza política de um julgamento polêmico, todo ele cercado de excepcionalidades. Rasgará não apenas a sua reputação, mas a do próprio STF, abrindo uma trinca dificilmente cicatrizável no já fragilizado abrigo da  equidistância do Direito no país. A ver
Fonte: CARTA MAIOR 

Não apenas deu voz como a gritaria já começou. Pelo que se tem hoje nas manchetes  dos  jornais  teremos uma enxurrada de notícias e opiniões  em todos os jornais, emissoras de rádio e emissoras de tv, até a próxima quarta-feira quando acontecerá o voto de desempate. O globo de hoje saiu com tudo, com a faca entre os dentes e porrete nas mãos. Merval e mervais do diário dos Marinhos  já destilam teses e opiniões  sempre favoráveis a um voto contrário aos embargos.  Na manchete, o jornal que mais se assemelha a um panfleto político, usa termos  e expressões em letras garrafais, de  3 litros,  se referindo aos réus como 'mensaleiros' e  exigindo a prisão imediata. Certamente nas sujas empresas globo, conforme foto abaixo,  até a próxima quarta-feira todos os programas das grades das emissoras de tv e de rádio, assim como todos os jornais do grupo arrependido por ter  apoiado a ditadura e a tortura, irão abordar o assunto.
De Xuxa a Regina Casé, passando por Faustão e Luciano Huck, ao encontro de Fátima Bernardes e Ana Maria Braga, todos em seus programas tecerão opiniões, previamente definidas e exigidas pela alta direção do grupo, em favor de um voto que não aceite os embargos . Até mesmo o jornalismo esportivo das emissoras e jornais globo encontrará espaço para relacionar assuntos de justiça com o esporte, onde pessoas envolvidas em crimes foram exemplarmente punidas para o bem da sociedade. Certamente, também, não faltarão opiniões de atores e atrizes de novela, de preferência com personagens da moda,  que mostrarão toda indignação por um suposto voto que não leve os réus a prisão de Guantánamo. A campanha já saiu das redações e está nos impressos, nas tv's e nas rádios das empresas globo. O popular Extra, em primeira página de hoje, coloca fotos dos réus da ação penal 470 e induz o leitor ao entendimento de que não há outra alternativa que não seja o encarceramento de perigosos bandidos que assolam o país. De o globo para o extra, tentanto abraçar todas as camadas sociais, as empresas globo irão exercer uma violenta pressão na opinião pública  em uma tentativa , clara, como já se vê hoje, de não aceitar em hipótese alguma qualquer decisão  do STF que não seja aquela desejada por globo e  pelos partidos de oposição ao governo . Isso me parece bem claro pela postura adotada por globo, tão logo se definiu no STF que o voto desempate seria na próxima quarta-feira. Claro que também está em jogo uma tentativa de intimidar o ministro do STF que irá apresentar o voto, uma vez que o mesmo , em outra ocasiões , já declarou que é a favor dos embargos. Em outros jornais, como o diário O Dia,  a campanha não é tão violenta, porém a idiotice é a mesma. O Dia afirma , em primeira página, que o destino dos réus está nas mãos do ministro que dará o 11º voto, o que não é verdade, pois o STF é composto por 11 ministros e o que define  é o placar final  , não o primeiro ou o último voto.  Em um exercício de reducionismo e pauperização intelectual, a velha imprensa e seu aparato midiático já deram o tom para a pressão que irão exercer na sociedade, onde qualquer análise de fundo e equilibrada não terá vez, prevalecendo a disputa  banhada em conteúdo emocional, tal qual em  uma partida de futebol, com comentários carregados de  falsos moralismo e  ética, incompatíveis com a história desses veículos de  mídia e da velha imprensa.  A opinião pública será violentamente pressionada pelo noticiário desses proximos  cinco dias. A informação equilibrada , mais uma vez, dará lugar a interesses políticos. A velha imprensa e seu aparato  midiático terão, mais uma vez, a oportunidade de aprender que a opinião publicada não reflete a opinião pública. O PT continuará no poder e favorito para as eleições de 2014. E a vida seguirá normalmente, diariamente pelas manhãs com o aroma do café.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Grande Ditador

A Air Force da Al-Qaeda permanece em prontidão

Não há sinal algum de que o governo Obama esteja preparado, sequer, para reconsiderar a “doutrina Obama” ioiô para o Oriente Médio
11/9/2013

Pepe Escobar,

Foi há exatos doze anos. Os historiadores registrarão que, segundo a narrativa oficial, 19 árabes armados com abridores de latas, facas de cozinha e com mínima capacidade para pilotar aviões, a serviço de uma corporação Terror Inc., converteram grandes aviões em mísseis e atacaram a pátria estadunidense, derrotando assim o mais elaborado sistema de defesa sobre a Terra.
Rodem a fita adiante, até 2013. Eis versão em 15 segundos do discurso do presidente dos EUA (PEUA) sobre a Síria, exatamente um dia antes do 12º aniversário do 11 de setembro:
Nossos ideais e princípios, além de nossa segurança nacional estão em jogo. Os EUA são “a âncora da segurança global”. Os militares dos EUA “não dão cutucadinhas”, mas carregamos o peso do dever de punir regimes que desrespeitem convenções vigentes há muito tempo e que banem o uso de armas biológicas, químicas e nucleares”.
Eis a razão pela qual decidir providenciar ataque militar limitado, de alvo definido, contra Washington DC.
Para incontáveis cidadãos globais, essa versão alternativa já soa como perfeita narrativa da versão oficial do que aconteceu há 12 anos. A neblina da guerra obscurece tudo, pelos meios mais misteriosos. Mas permanece o fato de que o atual Imperador (farsante), “relutante”, insiste em apostar a própria “credibilidade” – e a de seu país – numa operação “limitada”, “cinética” para reforçar uma linha vermelha que ele mesmo inventou contra armas químicas.

Obama quebrou a cara. Viajemos.
Na teoria, o plano russo para que Damasco entregue seu arsenal de armas químicas funciona bem por causa da sabedoria chinesa que carrega embutida: ninguém quebra a cara – nem Obama e o Congresso dos EUA, nem a União Europeia, nem a ONU nem a ainda mais farsesca Liga Árabe que não passa, essencialmente, de colônia da Arábia Saudita.
Apesar de Obama estar em plena guerra midiática total para roubar para ele o crédito pela iniciativa, Asia Times Online já confirmou que o plano foi construído por Damasco, Teerã e Moscou, semana passada – durante visita do presidente da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento do Irã, Alaeddin Boroujerdi, a Damasco. A já famosa gafe do Secretário de Estado John Kerry criou a abertura.
Em resumo, eis o “eixo” – Damasco, Teerã, Moscou – que está ajudando Obama a safar-se do fundo do poço no qual mergulhou por iniciativa sua. Desnecessário dizer, é assunto absolutamente inadmissível e intolerável para os plutocratas encarregados de despejar sobre a Síria a sua nova produção (letal). Campanha novinha em folha de propaganda-mídia para gerar uma nova histeria deve ser ativada para justificar a guerra. Nisso, precisamente, o eixo anglo-francês-estadunidense trabalha nesse momento.
Não surpreende a proposta francesa para uma nova deliberação no Conselho de Segurança da ONU, já tenha citado o Capítulo 7 – que explicitamente permite ataque militar a Damasco no caso de não cumprir o acordo. No pé em que está, essa resolução será inevitavelmente vetada por Rússia e China. E aí estará o novo pretexto para guerra. O imperador (farsante) pode facilmente invocar dúvida razoável, destacar que envidou “todos os esforços” para evitar o conflito militar e, afinal, convencer os céticos no Congresso dos EUA de que só resta o caminho da guerra.
E pensar que há desenvolvimento perfeitamente sólido e lógico para que prossiga o plano Damasco-Teerã-Moscou. As armas químicas da Síria podem ser postas sob supervisão russa – ou europeia. A Síria integra-se à Organização para a Proibição de Armas Químicas e ratifica a Convenção das Armas Químicas. Inspetores da OPAQ começam a trabalhar em coordenação com a ONU. Todos os especialistas sabem que esse processo exigirá anos.
Damasco já declarou que está pronta para integrar-se à OPAQ e para assinar a Convenção. Não há nenhuma necessidade de resolução do Conselho de Segurança da ONU para forçar Damasco a fazer o que já disse que quer fazer. E qualquer resolução da ONU sobre armas químicas no Oriente Médio terá necessariamente de incluir Israel. Observe-se que ninguém, absolutamente ninguém, fala sobre os vastos arsenais químicos de Israel, para nem falar das armas nucleares.
Mas não se seguirá o bom caminho – porque Washington e seus poodles ladrantes, afogados em sonhos molhados com Sykes-Picot, Londres e Paris, já o estão bloqueando.

Fly me to the (guerra) moon
Não há sinal algum de que o governo Obama esteja preparado, sequer, para reconsiderar a “doutrina Obama” ioiô para o Oriente Médio. Implicaria fritar o eixo sauditas-Israel e empenhar-se em esforço concentrado pelo sucesso da Conferência Genebra 2, a única saída diplomática possível para a tragédia síria.
Já argumentei noutro artigo que o imperador (farsante) não passa de um amanuense – empregado subalterno e obediente. Os que estão pagando a próxima produção letal, como a Casa de Saud, ou festejando nas coxias, como o lobby israelense, simplesmente não desistirão.
A Casa de Saud quer mudança de regime já. O lobby de Israel/AIPAC e seus patrões em Tel Aviv querem que a guerra síria respingue massivamente e inunde o Líbano, para envolver o Hezbollah. E os Patrões Financeiros do Mundo, setores significativos do complexo industrial-militar de segurança orwelliano/Panóptico, além do ocidente governado pelas petromonarquias, querem a república árabe secular integrada subalternamente ao monopólio deles, gerando lucros.
O problema é que a tal de coisa “cinética” pode ser “limitada” demais e não satisfazer o eixo saudita-Israel nem, e sobretudo, os Patrões do Universo. Ao mesmo tempo que pode ser suficientemente ilegal para caracterizar crime de guerra.
Mas, afinal, já há um contrapoder. Asia Times Online já confirmou que acontecerá reunião sumamente importante, ainda nessa semana, no Quirguistão, durante a reunião anual da Organização de Cooperação de Xangai. Imaginem: o presidente Xi Jinping, da China, o presidente Vladimir Putin, da Rússia, e o recém eleito novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, juntos, na mesma sala, construindo a posição comum dos três sobre a Síria. O Irã ainda é observador na Organização de Cooperação de Xangai – e em breve pode ser admitido como membro pleno. É o que o eixo anglo-franco-estadunidense dedica-se a tentar impedir que aconteça.
E isso nos leva de volta a 12 anos atrás – e ao mito de que jatos de alumínio conseguiriam penetrar as paredes das Torres Gêmeas, e de que bastaria querosene para derreter instantaneamente paredes de aço e revestimento de aço e converter tudo em poeira fofa. Assistam a esse vídeo e extraiam as necessárias conclusões.
Quanto àquele “mal”, a transnacional Terror Inc., nem tinha nome ainda, quando a empresa Jihad International tentava começar a recrutar, no início dos anos 1980, através de várias instituições islamistas de caridade; em seguida os recrutados foram treinados e pagos pela CIA e pela Arábia Saudita. Até que, um dia, a coisa foi batizada – pelos EUA. – Passou a chamar “al-Qaeda”. Ou, mais corretamente, “al-CIAeda”. E foram elevados à categoria de Mal Absoluto. Essa gente fez o 11 de setembro. E reproduziram-se como coelhos, do Mali à Indonésia. Hoje a CIA trabalha com eles, lado a lado – como fizeram na Líbia. E ansiosamente esperam que a Força Aérea dos EUA abra o caminho para eles até Damasco. Ora, é só business (da guerra). Allahu Akbar [Deus é maior].

Publicado originalmente no Asia Times Online.
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu.
Fonte: BRASIL DE FATO




Mais uma vez Pepe Escobar apresenta uma análise realista da situação na Síria. 
Na charge abaixo do  texto, Latuff reproduz uma cena do filme ' O Grande Ditador ', uma obra prima de Charles Chaplin.
No filme, o personagem Carlitos interpretava Hitler dançando e brincando com um globo terrestre, em sua obsessão em dominar o mundo.
O xerife do planeta, ou aquele que se acha como tal, ficou perfeito na charge.
Interessante ver a Al-Qaeda como aliada dos EUA na guerra civil da Síria, a mesma Al-Qaeda que surgiu com financiamento e treinamento dos EUA para combater a União Soviética  no Afeganistão e que no 11 de setembro foi rotulada como o demônio do mundo. 
Para isso toda a imprensa engajada no discurso americano repetiu ad nauseun a necessidade de uma guerra sem fim contra o eixo do mal que ousou atacar o país mantenedor da ordem mundial.
E imaginar que pessoas vivendo em cavernas seriam os mentores e autores de um ataque que , para ser bem sucedido como foi necessitaria de um alta complexidade tecnológica e de logística, algo impensável para um pequeno grupo.
Passados doze anos, a imprensa engajada na guerra sem fim, continua reproduzindo a narrativa da história oficial, narrativa essa que com o distanciamento no tempo, fica cada vez mais inverrosímel e até mesmo fantasiosa.
Ver e ouvir Obama repetindo o mesmo discurso e comportamento de Bush II por ocasião da invasão do Afeganistão e Iraque, não é novidade no país das mentiras sinceras.
Já a imprensa engajada na guerra sem fim faz um papelão reproduzindo mentiras surradas sem nenhuma análise crítica.
O poder mundial criando  e reproduzindo factóides e narrativas para justificar seus negócios, a imprensa engajada acompanhando as narrativas e um númro cada vez maior de pessoas pelo mundo sabendo que tudo não passa de uma farsa.
Um outro mundo é necessário.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Erros do Passado e do Presente

Acerto de contas com a História

Por Alberto Dines em 11/09/2013 na edição 763
Editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 700, exibido em 10/9/2013

Credibilidade não se compra pronta, é uma obra em construção, tecida com erros, acertos e, principalmente, com transparência.
A verdade também não existe, o que existe é a busca da verdade e esta busca constitui um exercício constante de humildade e paciência, restrito apenas àqueles que levam a sério suas responsabilidades e agem de acordo com suas consciências.
Penoso admitir enganos e aceitar culpas, a arrogância é sempre mais cômoda, muito menos arriscada. Por isso, quando um jornal como O Globo – carro-chefe de uma das mais poderosas organizações jornalísticas do país e do mundo – admite com todas as letras, sem dubiedades, que equivocou-se ao apoiar o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu, abdica da aura de infalibilidade. Ao mesmo tempo ganha o respeito, não apenas do seu público, ganha também a confiança dos pósteros.
Volta ao pluralismo
O Globo não apoiou sozinho o golpe militar, toda a grande imprensa, com a exceção da Última Hora, de Samuel Wainer, aderiu com entusiasmo ao movimento que derrubou o presidente Jango Goulart. O Correio da Manhã, já desaparecido, foi escolhido para dar o sinal do início do levante militar com os três editoriais na primeira página, porém um mês depois se arrependeu e passou a opor-se ao governo e ao regime de exceção. Foi um gesto de grandeza. Na ocasião insuficientemente valorizado porque toda a imprensa persistiu no erro.
A surpreendente atitude do Globo tem condições de iniciar um degelo em nossa vida jornalística; pode transformar-se numa primavera, desde que seja acompanhada pelos demais veículos.
Não se trata de exigir que os jornais sobreviventes repitam o mea-culpa do Globo com relação ao passado. Trata-se, sim, de cobrar uma revisão dos atuais procedimentos. Em 1964 a nossa imprensa abriu mão do pluralismo, entregou-se ao pensamento único. Agora, quase cinquenta anos depois, espera-se um retorno ao pluralismo e uma busca determinada e incansável da verdade.
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Pesquisa CNT: para além dos dados eleitorais, a opinião sobre as instituições

11/09/2013 | Publicado por dennisoliveira em Sem categoria

A última pesquisa da CNT traz alguns dados interessantes, além dos que foram amplamente divulgados pela mídia sobre as eleições presidenciais. Ative-me na leitura da íntegra do relatório sobre a opinião dos entrevistados sobre algumas instituições.
Em 2007, a Universidade Harvard fez um estudo parecido com a população dos EUA sobre as instituições daquele país. Havia um descontentamento grande com os rumos do governo Bush, os desdobramentos da invasão do Iraque e do Afeganistão e a crise econômica. Isto motivou uma crítica dura dos norte-americanos a praticamente todas as instituições-chave do sistema democrático, principalmente aquelas mais marcadamente de espírito liberal: o poder executivo, o legislativo, a imprensa. Em compensação, instituições de inspiração não liberal ou conservadora eram melhor avaliadas, como as Forças Armadas.
A imprensa foi uma das piores avaliadas, perdendo apenas para o Congresso. A maioria esmagadora dizia que ela manipulava a informação, que defendia determinados candidatos e não informava corretamente o público, além de estar articulada com grupos de poder.
A pesquisa feita pela CNT em setembro tem resultados semelhantes a alguns da norte-americana. Com um detalhe: enquanto a pesquisa de Harvard captou um sentimento de descontentamento crescente da opinião pública norte-americana com o governo, a da CNT ocorre em um momento diverso, a de uma recuperação da confiança da população brasileira nos rumos do atual governo. A pesquisa de Harvard indicava já a preferência dos norte-americanos por um candidato da oposição e uma avaliação bastante negativa do então presidente dos EUA. Por aqui, a pesquisa da CNT demonstra uma recuperação das intenções de voto na atual presidenta da República, uma estagnação dos candidatos de oposição e uma leve recuperação na confiança nos rumos da economia do país. A avaliação da imagem da atual presidenta também melhora e o seu partido continua tendo a preferência dos eleitores segundo esta mesma pesquisa.
Agora, há uma coincidência nas críticas a instituições. Exceto no caso do Judiciário, no qual os norte-americanos depositavam grande confiança (enquanto por aqui, apenas 28% dos brasileiros confiam sempre ou muito na Justiça); a pesquisa CNT captou que apenas 34,8% confia na mídia; 14,3% no Congresso Nacional; 27% no serviço público, 30,2% na polícia. Em compensação, 62,6% confia na igreja; 53,5% nas Forças Armadas. Apesar disto, a percepção de religião e política não se devem misturar é majoritária: 57,8% é contra a candidatura de líderes políticos e 66,2% afirmaram que não votariam em um candidato indicado pela igreja.
Algumas inferências: a crítica a instituições pode ser produto da desconfiança em pactos normatizados existente na cultura brasileira, conforme afirma Sérgio Buarque de Holanda. Assim, percebe-se que as críticas se dirigem mais a instituições que são fiscalizadas e monitoradas publicamente e/ou utilizadas pela população (governo, congresso, polícia, serviço público). As Forças Armadas são uma instituição pouco fiscalizada e as igrejas também (além delas serem produtos de opções religiosas voluntárias).
Sobra a mídia. Por que ela é mal avaliada, se ela própria pouco se avalia e, mais que isto, rejeita qualquer tipo de avaliação tachando-a de “limitação da liberdade de expressão”? Além disto, ela se apresenta como o “representante” do cidadão no monitoramento dos demais poderes públicos, em alguns momentos chegando até a patética posição de que as manifestações das ruas foram pautadas por reportagens de um certo jornal (clique aqui para ler).
O interessante é que estes dados sobre a avaliação da imprensa não foram divulgados pela mídia hegemônica, quase todos ficaram apenas e tão somente nos dados sobre as eleições e a avaliação do programa Mais Médicos do governo federal. O amadurecimento democrático da sociedade brasileira vai cada vez mais na direção contrária ao papel que a mídia hegemônica vem desempenhando na sociedade e isto vem sendo percebido pela sociedade – apenas os barões das empresas de comunicação querem tampar os olhos para isto.
Fonte: REVISTA FORUM

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Globo levou 49 anos para admitir que apoiou o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu. 
Esqueceu-se de dizer que com seu apoio ao regime militar, indiretamente ou diretamente, caso sejam comprovadas as acusações de ter financiado órgãos de tortura , apoiou a tortura contra opositores do regime onde centenas de pessoas foram brutalmente torturadas e mortas.
Apoiar um golpe militar e depois de um tempo admitir que foi um erro, pode-se entender e aceitar, pois erros e equívocos só existem no reino de pessoas e instituições vivas. Porém, apoiar, e quem sabe até mesmo financiar a tortura contra pessoas presas e indefesas, extrapola os limites de uma ideologia que poderia ter contribuído para a tomada de uma posição equivocada.
O apoio a tortura é inaceitável em qualquer situação, injustificável,e a adesão a tais pŕaticas, como fez globo, revela o caráter das pessoas e organizações  envolvidas.
Não existe desculpa ou arrependimento para quem comete tais crimes. Existe , apenas, a punição, que deve ser exemplar para que esse passado jamais volte.
Aliás, em se tratando de assumir erros e equívocos, cabe lembrar que o Vaticano  assumiu seus erros em relação a Galileu, trezentos anos depois da insana perseguição ao cientista. E assim o fez porque nas fronteiras da ciência outros caminhos e descobertas traziam inquietações às crenças e dogmas da  Igreja, motivo pelo qual reconhecer a ciência de Galileu naquele momento , início dos anos da década de 1990, era algo útil para o Vaticano.
Globo esperou  quase meio século para admitir um erro e assim como a Igreja o fez não como arrependimento, mas sim proque o momento atual não lhe è favorável.  Aliás, Igreja e Globo tem muito em comum.
Não vejo na atitude de globo nenhum resquício de retorno a um pluralismo ou de uma primavera, e sim um oportunismo barato e cínico, em função da conjuntura atual  dos meios de comunicação e também da péssima imagem que globo tem hoje na sociedade.
Mesmo depois do apoio ao golpe de 1964, globo continua, até os dias atuais, tentanto manipular resultados de eleições, omitindo informações , manipulando fatos, perseguindo partidos e políticos que se opoẽm a sua ideologia e até mesmo ensaiando golpes de estado.
A popularidade da Presidenta Dilma está na casa dos 60% de aprovação, a economia não vai mal e globo insiste em dizer, como fez hoje através de seus colunistas adestrados, que as manifestações de  7 de setembro fracassaram porque  a população tem medo dos grupos violentos que protestam nas ruas.
Arrogância e mentira.
Grupos violentos envergonham o país agredindo verbalmente médicos cubanos, grupos de branco que deveriam cuidar da saúde do povo. 
Cabe lembrar que globo incentivou o protesto violento contra os médicos cubanos, como sempre não de forma direta , clara e transparente, mas indiretamente apoiando e repercutindo a exaustão os delírios de médicos ligados a associações e conselhos regionais  e mesmo do conselho federal de medicina. 
De acordo com pesquisas recentes, 73,9 % da população apoia a vinda de médicos cubanos e o programa 'mais médicos.
Em um exercício de avaliação por ordem de grandeza das posições  de globo e do conjunto da sociedade, em diferentes temas de interesse nacional, globo está sempre na casa de 20 a 25 %  , percentual  onde historicamente se situa o conservadorismo mais retrógrado e violento. 
Isso não seria nada de relevante se globo não fosse um veículo de comunicação com obrigações e deveres bem definidos no tocante ao fornecimento e esclarecimento de fatos de interesse da sociedade. 
Mesmo estando localizado em um percentual que representa apenas 1/5 da sociedade, globo se apresenta , e apresenta seus conteúdos através de seu filtro ideológico, ignorando o pluralismo,  a verdade e , de forma ridícula, tentanto alterar a realidade através de retóricas.
Os erros, se é que se pode chamar de erros, prefiro orientação política e social, persistem, em perfeita harmonia com o passado, através de crenças, valores e mitos que são bem definidos nas organizações globo,  e assim sendo, por ser empresa privada, refletem as mesmas crenças, valores, ideologia e mitos de seus proprietários.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Um Perfil de Globo e da Velha Imprensa

  •  *Mídia atiçou maciçamente 'a onda de protestos' do 7 de Setembro e pariu um rato. *

    Fonte: CARTA MAIOR

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    Mercado sucumbe aos fatos e prevê PIB maior e inflação menor

    Estimativas são do boletim Fucos, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira
    Fonte: JORNAL DO BRASIL
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  • Leitores falam sobre o fracasso do “maior protesto da História” no 7 de setembro. A Copa do Mundo vem aí

    publicado em 8 de setembro de 2013 às 17:28

    “Cobertura desproporcional”, por Vitor Teixeira, via Facebook
    Fonte: VI O MUNDO
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      PIG Brother Brazil
     
  • Fonte: VI O MUNDO
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A cobertura da velha imprensa para os protestos de  7 de setembro foi desproporcional, como bem ilustrado na charge acima.
Caminhando pelas ruas , aqui do Rio de Janeiro, no dia do protesto avistei  algo em torno de 7 helicópteros, todos da velha imprensa, sobrevoando a área central da cidade. 
Tudo isso para registrar meia dúzia de pessoas de rostos cobertos.
O que emerge de forma clara e inequívoca é que a velha imprensa sucumbiu aos fatos, seja em relação aos protestos que tanto incentivou, seja em relação a situação econômica do país, seja em relação ao conflito na Síria, o jornalismo de uma nota só da velha imprensa ficou pelo caminho.
O reality show do conflito esperado, com o monstro em movimento , foi mais um papelão dessa imprensa que perdeu o tempo e a noção do ridículo.
Em mais uma desculpa esfarrapada, na tentativa de justificar seus erros, o globo de hoje, 09.09.13, apresenta chamada de primeira página que diz o seguinte:
" medo de violência diminui número de manifestantes nos protestos"
Ao afirmar que o medo de atos de vandalismo e violência teria sido o motivo pelo qual os protestos foram pífios, globo  se coloca em lugar em que nunca esteve, ao tentar justificar a pouca adesão de manifestantes. 
Nos protestos de junho último, todos foram pegos de surpresa pela magnitude das manifestações de rua. 
Isso é fato.
Globo, no início dos protestos, acusou os manifestantes de vândalos e baderneiros, para depois apoiar os protestos com uma pauta de combate a corrupção ,em uma tentativa de capturar e conduzir o movimento.  
Em parte foi bem sucedida, já que o que motivou milhões de pessoas  a irem às ruas foi  um misto de sentimentos e percepções, que até hoje desafiam os especialistas no assunto em tentar explicar o fenômeno. 
A velha imprensa ainda vibrou, tal qual um adolescente , com a queda dos índices de popularidade da presidenta Dilma após os protestos, porém esqueceu-se , ou não viu, que todos os partidos políticos , assim como políticos, tiveram queda em suas popularidades logo após os protestos de junho.  
Assim sendo, globo , eufórica, conduzia o noticiário por caminhos ainda mais críticos e violentos sobre o governo federal e, ainda apontava o país em uma situação de desgoverno, isso nos aspectos político, econômico e social, prevendo, através de seus obscuros colunistas, um apocalipse emergente.
Passados apenas pouco mais de dois meses daquele junho em que o monstro saiu as ruas, roncou e se movimentou assustando a todos, isso segundo globo, a realidade dos fatos é bem diferente daquela que a velha imprensa retrata diariamente, em sua tentativa de construção de um perfil deslocado da realidade factual.  
A economia do país vai bem, pois até mesmo o mercado, onde globo fica de quatro e reza pelo patrão, refez suas expectativas para um crescimento do PIB e queda da inflação, conforme noticiou hoje o JB, no texto acima. 
A popularidade da presidenta Dilma está em um viés de alta e as últimas pesquisa de opinião indicam que ela venceria as eleições de 14 no primeiro turno.
Assim sendo, o que autoriza globo afirmar que a pouca adesão aos protestos de  7 de setembro teria sido o medo de violência ?
Se no início dos protestos de junho globo não sabia de nada, mudando de lado de acordo com o vento e até hoje seus especialistas não sabem identificar o que teria motivado o monstro a se movimentar, como pode afirmar que foi o medo da violência que limitou o número de manifestantes ?  
Ou é arrogância, ou mentira, ou manipulação, ou todos juntos.  
Mais uma vez globo não aprende com seus erros e insiste em ignorar a verdade factual, verdade essa que fez globo sucumbir, mais uma vez, por muitas vezes, como tem ocorrido nos anos de governos populares e democráticos do PT.
Cabe lembrar aos colunistas intelectualmente limitados de globo e da velha imprensa, que as motivações para os protestos de junho último não podem ser embaladas, utilizadas e servidas em self service para novos protestos , isso no caso de globo ter o perfeito conhecimento do que motivou os protestos de junho, o que globo não tem.
O mantra de combate a corrupção entoado pelas organizações globo (um antro de sonegadores, ladrões, bandidos e corruptos), não seduz nem o mais ingênuo de seus leitores e telespectadores, haja visto que tal mantra é sempre orientado para políticos do governo e do PT e, como foi apresentado em um cartaz durante manifestações ' corrupto e bandido tem em qualquer partido'.
Acrescente-se  a esses fatos, as notícias de corrupção que brotam pelos quatro cantos sobre os governos do PSDB em São Paulo. 
Notícias essas que tem sido ocultadas , tal qual fazem os mágicos, pelos veículos da velha imprensa.
Os protestos de junho último certamente foram motivados por vários sentimentos , porém alguns foram mais significativos e merecem o devido destaque.
Em um mundo conectado  em tempo real, todo e qualquer acontecimento local afeta o conjunto, ainda mais se  acontecimentos dizem respeito a revoltas populares, onde a democracia, a liberdade e a participação popular tem sido a tônica das demandas. 
O que tem acontecido de protestos pelo mundo , contagiou também o Brasil. Isso é fato, e está inserido em uma percepção global de mudanças. 
Entretanto , dentro de cada país, condições próprias e específicas ajudam a moldar a insatisfação popular. 
No nosso caso, a violenta repressão da polícia de São Paulo ( polícia com histórico crescente de violências contra o povo ) contra manifestantes que exigiam preços mais justos para os péssimos transportes coletivos das cidades, algo que toda a população percebe, aliada a intensa propaganda de globo para copa das confederações de futebol onde estádios suntuosos, carísssimos e luxuosos, contrastando com os péssimos serviços públicos  oferecidos a população, foram o estopim para as manifestções já presentes em um imaginário da situação mundial desses últimos quatro anos.
Uma vez nas ruas, outras pautas explodiram.
A velha imprensa, com a patética globo a frente, apresentou, e tem apresentado, a corrupção como fonte de todas as insatisfações populares, o que não é verdade. 
Para isso, agarram-se na maior farsa jurídica de nossa história, o julgamento da ação penal 470, conhecida como mensalão, com sendo o assunto de maior relevância do país, o que também não é verdade, seja pela conjuntura econômica favorável do país, seja pelo pouco caso que a população fez do julgamento.
Arescente-se a tudo isso, o fato da velha imprensa apresentar análises pífias e deslocadas da realidade, pois sempre que se apresenta para fazê-lo não consegue se livrar de suas crenças políticas  e econômicas limitantes , fazendo de seus diagnósticos algo sempre que em pouco tempo  a população vê sucumbir, como a situação de agora.
Acuada e sem credibilidade, globo já pensa em transmitir as partidas de futebol que sempre tem exclusidade para fazê-lo, o que é péssimo, do alto das coberturas dos novísssimos estádios de futebol, longe do povo, com medo da realidade e perto do céu.