sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O 12º Ministro do STF

BARBOSA DÁ VOZ AO 12º MINISTRO: A MÍDIA

 Quando o 5º voto contra, declarado pelo ministro Marco Aurélio, empatou o jogo na apreciação dos embargos infringentes da AP 470, Joaquim Barbosa preferiu não arriscar. Excepcionalmente frio e discreto, soprou o apito final da sessão e adiou o desfecho para a próxima semana, concedendo assim tempo e voz  ao 12º ministro para agir: a mídia conservadora. Caberá a ela sacudir o cansaço da classe média com o assunto e mobilizar 'o clamor da sociedade' para emparedar o decisivo voto de desempate, que coube ao ministro Celso de Mello. Em tese, não seria preciso o ardil. O decano do STF  formou com Barbosa e Gilmar o trio de detratores da política em geral e do PT, em particular, nesse desfrutável processo através do qual o conservadorismo pretendeu realizar a sua capacitação ao poder, depois de seguidamente reprovado nas urnas. Há um constrangimento, porém, que explica a cautela do presidente do STF e magnetiza as atenções de todo o mundo do Direito. Para  que jogue a pá de cal contra os réus, Celso terá que renegar  a própria biografia jurídica, pautada pelo reconhecimento da pertinência dos embargos . Se o fizer, despindo-se da toga para subir ao palanque --do que tentará convence-lo a mídia isenta-- consumará a natureza política de um julgamento polêmico, todo ele cercado de excepcionalidades. Rasgará não apenas a sua reputação, mas a do próprio STF, abrindo uma trinca dificilmente cicatrizável no já fragilizado abrigo da  equidistância do Direito no país. A ver
Fonte: CARTA MAIOR 

Não apenas deu voz como a gritaria já começou. Pelo que se tem hoje nas manchetes  dos  jornais  teremos uma enxurrada de notícias e opiniões  em todos os jornais, emissoras de rádio e emissoras de tv, até a próxima quarta-feira quando acontecerá o voto de desempate. O globo de hoje saiu com tudo, com a faca entre os dentes e porrete nas mãos. Merval e mervais do diário dos Marinhos  já destilam teses e opiniões  sempre favoráveis a um voto contrário aos embargos.  Na manchete, o jornal que mais se assemelha a um panfleto político, usa termos  e expressões em letras garrafais, de  3 litros,  se referindo aos réus como 'mensaleiros' e  exigindo a prisão imediata. Certamente nas sujas empresas globo, conforme foto abaixo,  até a próxima quarta-feira todos os programas das grades das emissoras de tv e de rádio, assim como todos os jornais do grupo arrependido por ter  apoiado a ditadura e a tortura, irão abordar o assunto.
De Xuxa a Regina Casé, passando por Faustão e Luciano Huck, ao encontro de Fátima Bernardes e Ana Maria Braga, todos em seus programas tecerão opiniões, previamente definidas e exigidas pela alta direção do grupo, em favor de um voto que não aceite os embargos . Até mesmo o jornalismo esportivo das emissoras e jornais globo encontrará espaço para relacionar assuntos de justiça com o esporte, onde pessoas envolvidas em crimes foram exemplarmente punidas para o bem da sociedade. Certamente, também, não faltarão opiniões de atores e atrizes de novela, de preferência com personagens da moda,  que mostrarão toda indignação por um suposto voto que não leve os réus a prisão de Guantánamo. A campanha já saiu das redações e está nos impressos, nas tv's e nas rádios das empresas globo. O popular Extra, em primeira página de hoje, coloca fotos dos réus da ação penal 470 e induz o leitor ao entendimento de que não há outra alternativa que não seja o encarceramento de perigosos bandidos que assolam o país. De o globo para o extra, tentanto abraçar todas as camadas sociais, as empresas globo irão exercer uma violenta pressão na opinião pública  em uma tentativa , clara, como já se vê hoje, de não aceitar em hipótese alguma qualquer decisão  do STF que não seja aquela desejada por globo e  pelos partidos de oposição ao governo . Isso me parece bem claro pela postura adotada por globo, tão logo se definiu no STF que o voto desempate seria na próxima quarta-feira. Claro que também está em jogo uma tentativa de intimidar o ministro do STF que irá apresentar o voto, uma vez que o mesmo , em outra ocasiões , já declarou que é a favor dos embargos. Em outros jornais, como o diário O Dia,  a campanha não é tão violenta, porém a idiotice é a mesma. O Dia afirma , em primeira página, que o destino dos réus está nas mãos do ministro que dará o 11º voto, o que não é verdade, pois o STF é composto por 11 ministros e o que define  é o placar final  , não o primeiro ou o último voto.  Em um exercício de reducionismo e pauperização intelectual, a velha imprensa e seu aparato midiático já deram o tom para a pressão que irão exercer na sociedade, onde qualquer análise de fundo e equilibrada não terá vez, prevalecendo a disputa  banhada em conteúdo emocional, tal qual em  uma partida de futebol, com comentários carregados de  falsos moralismo e  ética, incompatíveis com a história desses veículos de  mídia e da velha imprensa.  A opinião pública será violentamente pressionada pelo noticiário desses proximos  cinco dias. A informação equilibrada , mais uma vez, dará lugar a interesses políticos. A velha imprensa e seu aparato  midiático terão, mais uma vez, a oportunidade de aprender que a opinião publicada não reflete a opinião pública. O PT continuará no poder e favorito para as eleições de 2014. E a vida seguirá normalmente, diariamente pelas manhãs com o aroma do café.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Grande Ditador

A Air Force da Al-Qaeda permanece em prontidão

Não há sinal algum de que o governo Obama esteja preparado, sequer, para reconsiderar a “doutrina Obama” ioiô para o Oriente Médio
11/9/2013

Pepe Escobar,

Foi há exatos doze anos. Os historiadores registrarão que, segundo a narrativa oficial, 19 árabes armados com abridores de latas, facas de cozinha e com mínima capacidade para pilotar aviões, a serviço de uma corporação Terror Inc., converteram grandes aviões em mísseis e atacaram a pátria estadunidense, derrotando assim o mais elaborado sistema de defesa sobre a Terra.
Rodem a fita adiante, até 2013. Eis versão em 15 segundos do discurso do presidente dos EUA (PEUA) sobre a Síria, exatamente um dia antes do 12º aniversário do 11 de setembro:
Nossos ideais e princípios, além de nossa segurança nacional estão em jogo. Os EUA são “a âncora da segurança global”. Os militares dos EUA “não dão cutucadinhas”, mas carregamos o peso do dever de punir regimes que desrespeitem convenções vigentes há muito tempo e que banem o uso de armas biológicas, químicas e nucleares”.
Eis a razão pela qual decidir providenciar ataque militar limitado, de alvo definido, contra Washington DC.
Para incontáveis cidadãos globais, essa versão alternativa já soa como perfeita narrativa da versão oficial do que aconteceu há 12 anos. A neblina da guerra obscurece tudo, pelos meios mais misteriosos. Mas permanece o fato de que o atual Imperador (farsante), “relutante”, insiste em apostar a própria “credibilidade” – e a de seu país – numa operação “limitada”, “cinética” para reforçar uma linha vermelha que ele mesmo inventou contra armas químicas.

Obama quebrou a cara. Viajemos.
Na teoria, o plano russo para que Damasco entregue seu arsenal de armas químicas funciona bem por causa da sabedoria chinesa que carrega embutida: ninguém quebra a cara – nem Obama e o Congresso dos EUA, nem a União Europeia, nem a ONU nem a ainda mais farsesca Liga Árabe que não passa, essencialmente, de colônia da Arábia Saudita.
Apesar de Obama estar em plena guerra midiática total para roubar para ele o crédito pela iniciativa, Asia Times Online já confirmou que o plano foi construído por Damasco, Teerã e Moscou, semana passada – durante visita do presidente da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento do Irã, Alaeddin Boroujerdi, a Damasco. A já famosa gafe do Secretário de Estado John Kerry criou a abertura.
Em resumo, eis o “eixo” – Damasco, Teerã, Moscou – que está ajudando Obama a safar-se do fundo do poço no qual mergulhou por iniciativa sua. Desnecessário dizer, é assunto absolutamente inadmissível e intolerável para os plutocratas encarregados de despejar sobre a Síria a sua nova produção (letal). Campanha novinha em folha de propaganda-mídia para gerar uma nova histeria deve ser ativada para justificar a guerra. Nisso, precisamente, o eixo anglo-francês-estadunidense trabalha nesse momento.
Não surpreende a proposta francesa para uma nova deliberação no Conselho de Segurança da ONU, já tenha citado o Capítulo 7 – que explicitamente permite ataque militar a Damasco no caso de não cumprir o acordo. No pé em que está, essa resolução será inevitavelmente vetada por Rússia e China. E aí estará o novo pretexto para guerra. O imperador (farsante) pode facilmente invocar dúvida razoável, destacar que envidou “todos os esforços” para evitar o conflito militar e, afinal, convencer os céticos no Congresso dos EUA de que só resta o caminho da guerra.
E pensar que há desenvolvimento perfeitamente sólido e lógico para que prossiga o plano Damasco-Teerã-Moscou. As armas químicas da Síria podem ser postas sob supervisão russa – ou europeia. A Síria integra-se à Organização para a Proibição de Armas Químicas e ratifica a Convenção das Armas Químicas. Inspetores da OPAQ começam a trabalhar em coordenação com a ONU. Todos os especialistas sabem que esse processo exigirá anos.
Damasco já declarou que está pronta para integrar-se à OPAQ e para assinar a Convenção. Não há nenhuma necessidade de resolução do Conselho de Segurança da ONU para forçar Damasco a fazer o que já disse que quer fazer. E qualquer resolução da ONU sobre armas químicas no Oriente Médio terá necessariamente de incluir Israel. Observe-se que ninguém, absolutamente ninguém, fala sobre os vastos arsenais químicos de Israel, para nem falar das armas nucleares.
Mas não se seguirá o bom caminho – porque Washington e seus poodles ladrantes, afogados em sonhos molhados com Sykes-Picot, Londres e Paris, já o estão bloqueando.

Fly me to the (guerra) moon
Não há sinal algum de que o governo Obama esteja preparado, sequer, para reconsiderar a “doutrina Obama” ioiô para o Oriente Médio. Implicaria fritar o eixo sauditas-Israel e empenhar-se em esforço concentrado pelo sucesso da Conferência Genebra 2, a única saída diplomática possível para a tragédia síria.
Já argumentei noutro artigo que o imperador (farsante) não passa de um amanuense – empregado subalterno e obediente. Os que estão pagando a próxima produção letal, como a Casa de Saud, ou festejando nas coxias, como o lobby israelense, simplesmente não desistirão.
A Casa de Saud quer mudança de regime já. O lobby de Israel/AIPAC e seus patrões em Tel Aviv querem que a guerra síria respingue massivamente e inunde o Líbano, para envolver o Hezbollah. E os Patrões Financeiros do Mundo, setores significativos do complexo industrial-militar de segurança orwelliano/Panóptico, além do ocidente governado pelas petromonarquias, querem a república árabe secular integrada subalternamente ao monopólio deles, gerando lucros.
O problema é que a tal de coisa “cinética” pode ser “limitada” demais e não satisfazer o eixo saudita-Israel nem, e sobretudo, os Patrões do Universo. Ao mesmo tempo que pode ser suficientemente ilegal para caracterizar crime de guerra.
Mas, afinal, já há um contrapoder. Asia Times Online já confirmou que acontecerá reunião sumamente importante, ainda nessa semana, no Quirguistão, durante a reunião anual da Organização de Cooperação de Xangai. Imaginem: o presidente Xi Jinping, da China, o presidente Vladimir Putin, da Rússia, e o recém eleito novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, juntos, na mesma sala, construindo a posição comum dos três sobre a Síria. O Irã ainda é observador na Organização de Cooperação de Xangai – e em breve pode ser admitido como membro pleno. É o que o eixo anglo-franco-estadunidense dedica-se a tentar impedir que aconteça.
E isso nos leva de volta a 12 anos atrás – e ao mito de que jatos de alumínio conseguiriam penetrar as paredes das Torres Gêmeas, e de que bastaria querosene para derreter instantaneamente paredes de aço e revestimento de aço e converter tudo em poeira fofa. Assistam a esse vídeo e extraiam as necessárias conclusões.
Quanto àquele “mal”, a transnacional Terror Inc., nem tinha nome ainda, quando a empresa Jihad International tentava começar a recrutar, no início dos anos 1980, através de várias instituições islamistas de caridade; em seguida os recrutados foram treinados e pagos pela CIA e pela Arábia Saudita. Até que, um dia, a coisa foi batizada – pelos EUA. – Passou a chamar “al-Qaeda”. Ou, mais corretamente, “al-CIAeda”. E foram elevados à categoria de Mal Absoluto. Essa gente fez o 11 de setembro. E reproduziram-se como coelhos, do Mali à Indonésia. Hoje a CIA trabalha com eles, lado a lado – como fizeram na Líbia. E ansiosamente esperam que a Força Aérea dos EUA abra o caminho para eles até Damasco. Ora, é só business (da guerra). Allahu Akbar [Deus é maior].

Publicado originalmente no Asia Times Online.
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu.
Fonte: BRASIL DE FATO




Mais uma vez Pepe Escobar apresenta uma análise realista da situação na Síria. 
Na charge abaixo do  texto, Latuff reproduz uma cena do filme ' O Grande Ditador ', uma obra prima de Charles Chaplin.
No filme, o personagem Carlitos interpretava Hitler dançando e brincando com um globo terrestre, em sua obsessão em dominar o mundo.
O xerife do planeta, ou aquele que se acha como tal, ficou perfeito na charge.
Interessante ver a Al-Qaeda como aliada dos EUA na guerra civil da Síria, a mesma Al-Qaeda que surgiu com financiamento e treinamento dos EUA para combater a União Soviética  no Afeganistão e que no 11 de setembro foi rotulada como o demônio do mundo. 
Para isso toda a imprensa engajada no discurso americano repetiu ad nauseun a necessidade de uma guerra sem fim contra o eixo do mal que ousou atacar o país mantenedor da ordem mundial.
E imaginar que pessoas vivendo em cavernas seriam os mentores e autores de um ataque que , para ser bem sucedido como foi necessitaria de um alta complexidade tecnológica e de logística, algo impensável para um pequeno grupo.
Passados doze anos, a imprensa engajada na guerra sem fim, continua reproduzindo a narrativa da história oficial, narrativa essa que com o distanciamento no tempo, fica cada vez mais inverrosímel e até mesmo fantasiosa.
Ver e ouvir Obama repetindo o mesmo discurso e comportamento de Bush II por ocasião da invasão do Afeganistão e Iraque, não é novidade no país das mentiras sinceras.
Já a imprensa engajada na guerra sem fim faz um papelão reproduzindo mentiras surradas sem nenhuma análise crítica.
O poder mundial criando  e reproduzindo factóides e narrativas para justificar seus negócios, a imprensa engajada acompanhando as narrativas e um númro cada vez maior de pessoas pelo mundo sabendo que tudo não passa de uma farsa.
Um outro mundo é necessário.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Erros do Passado e do Presente

Acerto de contas com a História

Por Alberto Dines em 11/09/2013 na edição 763
Editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 700, exibido em 10/9/2013

Credibilidade não se compra pronta, é uma obra em construção, tecida com erros, acertos e, principalmente, com transparência.
A verdade também não existe, o que existe é a busca da verdade e esta busca constitui um exercício constante de humildade e paciência, restrito apenas àqueles que levam a sério suas responsabilidades e agem de acordo com suas consciências.
Penoso admitir enganos e aceitar culpas, a arrogância é sempre mais cômoda, muito menos arriscada. Por isso, quando um jornal como O Globo – carro-chefe de uma das mais poderosas organizações jornalísticas do país e do mundo – admite com todas as letras, sem dubiedades, que equivocou-se ao apoiar o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu, abdica da aura de infalibilidade. Ao mesmo tempo ganha o respeito, não apenas do seu público, ganha também a confiança dos pósteros.
Volta ao pluralismo
O Globo não apoiou sozinho o golpe militar, toda a grande imprensa, com a exceção da Última Hora, de Samuel Wainer, aderiu com entusiasmo ao movimento que derrubou o presidente Jango Goulart. O Correio da Manhã, já desaparecido, foi escolhido para dar o sinal do início do levante militar com os três editoriais na primeira página, porém um mês depois se arrependeu e passou a opor-se ao governo e ao regime de exceção. Foi um gesto de grandeza. Na ocasião insuficientemente valorizado porque toda a imprensa persistiu no erro.
A surpreendente atitude do Globo tem condições de iniciar um degelo em nossa vida jornalística; pode transformar-se numa primavera, desde que seja acompanhada pelos demais veículos.
Não se trata de exigir que os jornais sobreviventes repitam o mea-culpa do Globo com relação ao passado. Trata-se, sim, de cobrar uma revisão dos atuais procedimentos. Em 1964 a nossa imprensa abriu mão do pluralismo, entregou-se ao pensamento único. Agora, quase cinquenta anos depois, espera-se um retorno ao pluralismo e uma busca determinada e incansável da verdade.
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Pesquisa CNT: para além dos dados eleitorais, a opinião sobre as instituições

11/09/2013 | Publicado por dennisoliveira em Sem categoria

A última pesquisa da CNT traz alguns dados interessantes, além dos que foram amplamente divulgados pela mídia sobre as eleições presidenciais. Ative-me na leitura da íntegra do relatório sobre a opinião dos entrevistados sobre algumas instituições.
Em 2007, a Universidade Harvard fez um estudo parecido com a população dos EUA sobre as instituições daquele país. Havia um descontentamento grande com os rumos do governo Bush, os desdobramentos da invasão do Iraque e do Afeganistão e a crise econômica. Isto motivou uma crítica dura dos norte-americanos a praticamente todas as instituições-chave do sistema democrático, principalmente aquelas mais marcadamente de espírito liberal: o poder executivo, o legislativo, a imprensa. Em compensação, instituições de inspiração não liberal ou conservadora eram melhor avaliadas, como as Forças Armadas.
A imprensa foi uma das piores avaliadas, perdendo apenas para o Congresso. A maioria esmagadora dizia que ela manipulava a informação, que defendia determinados candidatos e não informava corretamente o público, além de estar articulada com grupos de poder.
A pesquisa feita pela CNT em setembro tem resultados semelhantes a alguns da norte-americana. Com um detalhe: enquanto a pesquisa de Harvard captou um sentimento de descontentamento crescente da opinião pública norte-americana com o governo, a da CNT ocorre em um momento diverso, a de uma recuperação da confiança da população brasileira nos rumos do atual governo. A pesquisa de Harvard indicava já a preferência dos norte-americanos por um candidato da oposição e uma avaliação bastante negativa do então presidente dos EUA. Por aqui, a pesquisa da CNT demonstra uma recuperação das intenções de voto na atual presidenta da República, uma estagnação dos candidatos de oposição e uma leve recuperação na confiança nos rumos da economia do país. A avaliação da imagem da atual presidenta também melhora e o seu partido continua tendo a preferência dos eleitores segundo esta mesma pesquisa.
Agora, há uma coincidência nas críticas a instituições. Exceto no caso do Judiciário, no qual os norte-americanos depositavam grande confiança (enquanto por aqui, apenas 28% dos brasileiros confiam sempre ou muito na Justiça); a pesquisa CNT captou que apenas 34,8% confia na mídia; 14,3% no Congresso Nacional; 27% no serviço público, 30,2% na polícia. Em compensação, 62,6% confia na igreja; 53,5% nas Forças Armadas. Apesar disto, a percepção de religião e política não se devem misturar é majoritária: 57,8% é contra a candidatura de líderes políticos e 66,2% afirmaram que não votariam em um candidato indicado pela igreja.
Algumas inferências: a crítica a instituições pode ser produto da desconfiança em pactos normatizados existente na cultura brasileira, conforme afirma Sérgio Buarque de Holanda. Assim, percebe-se que as críticas se dirigem mais a instituições que são fiscalizadas e monitoradas publicamente e/ou utilizadas pela população (governo, congresso, polícia, serviço público). As Forças Armadas são uma instituição pouco fiscalizada e as igrejas também (além delas serem produtos de opções religiosas voluntárias).
Sobra a mídia. Por que ela é mal avaliada, se ela própria pouco se avalia e, mais que isto, rejeita qualquer tipo de avaliação tachando-a de “limitação da liberdade de expressão”? Além disto, ela se apresenta como o “representante” do cidadão no monitoramento dos demais poderes públicos, em alguns momentos chegando até a patética posição de que as manifestações das ruas foram pautadas por reportagens de um certo jornal (clique aqui para ler).
O interessante é que estes dados sobre a avaliação da imprensa não foram divulgados pela mídia hegemônica, quase todos ficaram apenas e tão somente nos dados sobre as eleições e a avaliação do programa Mais Médicos do governo federal. O amadurecimento democrático da sociedade brasileira vai cada vez mais na direção contrária ao papel que a mídia hegemônica vem desempenhando na sociedade e isto vem sendo percebido pela sociedade – apenas os barões das empresas de comunicação querem tampar os olhos para isto.
Fonte: REVISTA FORUM

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Globo levou 49 anos para admitir que apoiou o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu. 
Esqueceu-se de dizer que com seu apoio ao regime militar, indiretamente ou diretamente, caso sejam comprovadas as acusações de ter financiado órgãos de tortura , apoiou a tortura contra opositores do regime onde centenas de pessoas foram brutalmente torturadas e mortas.
Apoiar um golpe militar e depois de um tempo admitir que foi um erro, pode-se entender e aceitar, pois erros e equívocos só existem no reino de pessoas e instituições vivas. Porém, apoiar, e quem sabe até mesmo financiar a tortura contra pessoas presas e indefesas, extrapola os limites de uma ideologia que poderia ter contribuído para a tomada de uma posição equivocada.
O apoio a tortura é inaceitável em qualquer situação, injustificável,e a adesão a tais pŕaticas, como fez globo, revela o caráter das pessoas e organizações  envolvidas.
Não existe desculpa ou arrependimento para quem comete tais crimes. Existe , apenas, a punição, que deve ser exemplar para que esse passado jamais volte.
Aliás, em se tratando de assumir erros e equívocos, cabe lembrar que o Vaticano  assumiu seus erros em relação a Galileu, trezentos anos depois da insana perseguição ao cientista. E assim o fez porque nas fronteiras da ciência outros caminhos e descobertas traziam inquietações às crenças e dogmas da  Igreja, motivo pelo qual reconhecer a ciência de Galileu naquele momento , início dos anos da década de 1990, era algo útil para o Vaticano.
Globo esperou  quase meio século para admitir um erro e assim como a Igreja o fez não como arrependimento, mas sim proque o momento atual não lhe è favorável.  Aliás, Igreja e Globo tem muito em comum.
Não vejo na atitude de globo nenhum resquício de retorno a um pluralismo ou de uma primavera, e sim um oportunismo barato e cínico, em função da conjuntura atual  dos meios de comunicação e também da péssima imagem que globo tem hoje na sociedade.
Mesmo depois do apoio ao golpe de 1964, globo continua, até os dias atuais, tentanto manipular resultados de eleições, omitindo informações , manipulando fatos, perseguindo partidos e políticos que se opoẽm a sua ideologia e até mesmo ensaiando golpes de estado.
A popularidade da Presidenta Dilma está na casa dos 60% de aprovação, a economia não vai mal e globo insiste em dizer, como fez hoje através de seus colunistas adestrados, que as manifestações de  7 de setembro fracassaram porque  a população tem medo dos grupos violentos que protestam nas ruas.
Arrogância e mentira.
Grupos violentos envergonham o país agredindo verbalmente médicos cubanos, grupos de branco que deveriam cuidar da saúde do povo. 
Cabe lembrar que globo incentivou o protesto violento contra os médicos cubanos, como sempre não de forma direta , clara e transparente, mas indiretamente apoiando e repercutindo a exaustão os delírios de médicos ligados a associações e conselhos regionais  e mesmo do conselho federal de medicina. 
De acordo com pesquisas recentes, 73,9 % da população apoia a vinda de médicos cubanos e o programa 'mais médicos.
Em um exercício de avaliação por ordem de grandeza das posições  de globo e do conjunto da sociedade, em diferentes temas de interesse nacional, globo está sempre na casa de 20 a 25 %  , percentual  onde historicamente se situa o conservadorismo mais retrógrado e violento. 
Isso não seria nada de relevante se globo não fosse um veículo de comunicação com obrigações e deveres bem definidos no tocante ao fornecimento e esclarecimento de fatos de interesse da sociedade. 
Mesmo estando localizado em um percentual que representa apenas 1/5 da sociedade, globo se apresenta , e apresenta seus conteúdos através de seu filtro ideológico, ignorando o pluralismo,  a verdade e , de forma ridícula, tentanto alterar a realidade através de retóricas.
Os erros, se é que se pode chamar de erros, prefiro orientação política e social, persistem, em perfeita harmonia com o passado, através de crenças, valores e mitos que são bem definidos nas organizações globo,  e assim sendo, por ser empresa privada, refletem as mesmas crenças, valores, ideologia e mitos de seus proprietários.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Um Perfil de Globo e da Velha Imprensa

  •  *Mídia atiçou maciçamente 'a onda de protestos' do 7 de Setembro e pariu um rato. *

    Fonte: CARTA MAIOR

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    Mercado sucumbe aos fatos e prevê PIB maior e inflação menor

    Estimativas são do boletim Fucos, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira
    Fonte: JORNAL DO BRASIL
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  • Leitores falam sobre o fracasso do “maior protesto da História” no 7 de setembro. A Copa do Mundo vem aí

    publicado em 8 de setembro de 2013 às 17:28

    “Cobertura desproporcional”, por Vitor Teixeira, via Facebook
    Fonte: VI O MUNDO
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      PIG Brother Brazil
     
  • Fonte: VI O MUNDO
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A cobertura da velha imprensa para os protestos de  7 de setembro foi desproporcional, como bem ilustrado na charge acima.
Caminhando pelas ruas , aqui do Rio de Janeiro, no dia do protesto avistei  algo em torno de 7 helicópteros, todos da velha imprensa, sobrevoando a área central da cidade. 
Tudo isso para registrar meia dúzia de pessoas de rostos cobertos.
O que emerge de forma clara e inequívoca é que a velha imprensa sucumbiu aos fatos, seja em relação aos protestos que tanto incentivou, seja em relação a situação econômica do país, seja em relação ao conflito na Síria, o jornalismo de uma nota só da velha imprensa ficou pelo caminho.
O reality show do conflito esperado, com o monstro em movimento , foi mais um papelão dessa imprensa que perdeu o tempo e a noção do ridículo.
Em mais uma desculpa esfarrapada, na tentativa de justificar seus erros, o globo de hoje, 09.09.13, apresenta chamada de primeira página que diz o seguinte:
" medo de violência diminui número de manifestantes nos protestos"
Ao afirmar que o medo de atos de vandalismo e violência teria sido o motivo pelo qual os protestos foram pífios, globo  se coloca em lugar em que nunca esteve, ao tentar justificar a pouca adesão de manifestantes. 
Nos protestos de junho último, todos foram pegos de surpresa pela magnitude das manifestações de rua. 
Isso é fato.
Globo, no início dos protestos, acusou os manifestantes de vândalos e baderneiros, para depois apoiar os protestos com uma pauta de combate a corrupção ,em uma tentativa de capturar e conduzir o movimento.  
Em parte foi bem sucedida, já que o que motivou milhões de pessoas  a irem às ruas foi  um misto de sentimentos e percepções, que até hoje desafiam os especialistas no assunto em tentar explicar o fenômeno. 
A velha imprensa ainda vibrou, tal qual um adolescente , com a queda dos índices de popularidade da presidenta Dilma após os protestos, porém esqueceu-se , ou não viu, que todos os partidos políticos , assim como políticos, tiveram queda em suas popularidades logo após os protestos de junho.  
Assim sendo, globo , eufórica, conduzia o noticiário por caminhos ainda mais críticos e violentos sobre o governo federal e, ainda apontava o país em uma situação de desgoverno, isso nos aspectos político, econômico e social, prevendo, através de seus obscuros colunistas, um apocalipse emergente.
Passados apenas pouco mais de dois meses daquele junho em que o monstro saiu as ruas, roncou e se movimentou assustando a todos, isso segundo globo, a realidade dos fatos é bem diferente daquela que a velha imprensa retrata diariamente, em sua tentativa de construção de um perfil deslocado da realidade factual.  
A economia do país vai bem, pois até mesmo o mercado, onde globo fica de quatro e reza pelo patrão, refez suas expectativas para um crescimento do PIB e queda da inflação, conforme noticiou hoje o JB, no texto acima. 
A popularidade da presidenta Dilma está em um viés de alta e as últimas pesquisa de opinião indicam que ela venceria as eleições de 14 no primeiro turno.
Assim sendo, o que autoriza globo afirmar que a pouca adesão aos protestos de  7 de setembro teria sido o medo de violência ?
Se no início dos protestos de junho globo não sabia de nada, mudando de lado de acordo com o vento e até hoje seus especialistas não sabem identificar o que teria motivado o monstro a se movimentar, como pode afirmar que foi o medo da violência que limitou o número de manifestantes ?  
Ou é arrogância, ou mentira, ou manipulação, ou todos juntos.  
Mais uma vez globo não aprende com seus erros e insiste em ignorar a verdade factual, verdade essa que fez globo sucumbir, mais uma vez, por muitas vezes, como tem ocorrido nos anos de governos populares e democráticos do PT.
Cabe lembrar aos colunistas intelectualmente limitados de globo e da velha imprensa, que as motivações para os protestos de junho último não podem ser embaladas, utilizadas e servidas em self service para novos protestos , isso no caso de globo ter o perfeito conhecimento do que motivou os protestos de junho, o que globo não tem.
O mantra de combate a corrupção entoado pelas organizações globo (um antro de sonegadores, ladrões, bandidos e corruptos), não seduz nem o mais ingênuo de seus leitores e telespectadores, haja visto que tal mantra é sempre orientado para políticos do governo e do PT e, como foi apresentado em um cartaz durante manifestações ' corrupto e bandido tem em qualquer partido'.
Acrescente-se  a esses fatos, as notícias de corrupção que brotam pelos quatro cantos sobre os governos do PSDB em São Paulo. 
Notícias essas que tem sido ocultadas , tal qual fazem os mágicos, pelos veículos da velha imprensa.
Os protestos de junho último certamente foram motivados por vários sentimentos , porém alguns foram mais significativos e merecem o devido destaque.
Em um mundo conectado  em tempo real, todo e qualquer acontecimento local afeta o conjunto, ainda mais se  acontecimentos dizem respeito a revoltas populares, onde a democracia, a liberdade e a participação popular tem sido a tônica das demandas. 
O que tem acontecido de protestos pelo mundo , contagiou também o Brasil. Isso é fato, e está inserido em uma percepção global de mudanças. 
Entretanto , dentro de cada país, condições próprias e específicas ajudam a moldar a insatisfação popular. 
No nosso caso, a violenta repressão da polícia de São Paulo ( polícia com histórico crescente de violências contra o povo ) contra manifestantes que exigiam preços mais justos para os péssimos transportes coletivos das cidades, algo que toda a população percebe, aliada a intensa propaganda de globo para copa das confederações de futebol onde estádios suntuosos, carísssimos e luxuosos, contrastando com os péssimos serviços públicos  oferecidos a população, foram o estopim para as manifestções já presentes em um imaginário da situação mundial desses últimos quatro anos.
Uma vez nas ruas, outras pautas explodiram.
A velha imprensa, com a patética globo a frente, apresentou, e tem apresentado, a corrupção como fonte de todas as insatisfações populares, o que não é verdade. 
Para isso, agarram-se na maior farsa jurídica de nossa história, o julgamento da ação penal 470, conhecida como mensalão, com sendo o assunto de maior relevância do país, o que também não é verdade, seja pela conjuntura econômica favorável do país, seja pelo pouco caso que a população fez do julgamento.
Arescente-se a tudo isso, o fato da velha imprensa apresentar análises pífias e deslocadas da realidade, pois sempre que se apresenta para fazê-lo não consegue se livrar de suas crenças políticas  e econômicas limitantes , fazendo de seus diagnósticos algo sempre que em pouco tempo  a população vê sucumbir, como a situação de agora.
Acuada e sem credibilidade, globo já pensa em transmitir as partidas de futebol que sempre tem exclusidade para fazê-lo, o que é péssimo, do alto das coberturas dos novísssimos estádios de futebol, longe do povo, com medo da realidade e perto do céu.

sábado, 7 de setembro de 2013

As Verdadeiras Armas de Destruição em Massa

Inspetora da ONU afirma que oposição síria está usando gás sarin

07/09/2013 | Publicado por celioturino em Sem categoria

Fonte : REVISTA FÓRUM





Esta denúncia é da mais alta relevância, Carla Del Ponte, alta funcionária da ONU, ex-procuradora geral da Suíça e ex-coordenadora do Tribunal Internacional para os crimes de guerra na Iugoslávia (ICTY), esteve na Síria analisando os efeitos da guerra civil. Em entrevista concedida à televisão suíça, e praticamente sabotada pela imprensa mundial, inclusive a brasileira, ela é taxativa: “Eu estou estupefata pela primeira indicação que temos do uso de gás Sarin pela oposição”.
Esta entrevista foi concedida em maio de 2013 (assistam o vídeo) e de lá para cá as evidências deste complô entre fundamentalistas islâmicos e governos das potências ocidentais, principalmente EUA, França e Reino Unido, só tem aumentado. São estes governos (junto com governos conservadores árabes) que alimentam a oposição síria, seja com armas, dinheiro e mídia. Não fosse este apoio, a guerra civil artificialmente sustentada já teria terminado; porém, o que aconteceu em dois anos de manipulação midiática e intervenção terrorista foram 100.000 mortes e quase 2 milhões de refugiados (em dados controversos e imprecisos, mas cada vez mais aceitos). E agora o mundo está prestes a assistir mais um atentado contra a humanidade praticado pelo governo dos Estados Unidos: a intervenção militar na Síria, resultando em mais mortes e horror. Não podemos permitir que isto aconteça, seja escrevendo, protestando, boicotando produtos, se indignando…; temos que tomar uma atitude! Aqui não se trata de um posicionamento ideológico ou político, mas humanitário. Não é possível que o governo dos Estados Unidos siga impune com suas atrocidades e mentiras. A tradição é grande, poderíamos começar falando do uso de armas químicas na guerra do Vietnã, o “Agente Laranja”, que queimou, matou e mutilou milhares de inocentes; também foi o Império estadunidense que armou e fomentou os Talibãs no Afeganistão (como faz agora com os radicais na Síria), e assim agiram para destruir um governo laico e progressista naquele país; além das recentes mentiras à respeito das armas químicas em posse do governo do Iraque e de Sadan Hussein, jamais encontradas, mas as mortes, contadas às centenas de milhares após a vergonhosa intervenção e as indignas cenas de tortura que perduram até hoje, inclusive com a manutenção da ilegal prisão de Guantánamo, essas são bem reais.
Assisti há pouco a entrevista desta alta funcionária da ONU e que apresento para que seja assistida e divulgada o quanto mais. Ao menos isso pude fazer. Mas temos que fazer mais, o mundo não pode suportar mais guerras, mentiras e truculências e não podemos nos tornar indiferentes. Assim penso e assim lembro da sensível letra de “A rosa de Hiroshima” (a propósito, alguém poderia citar um atentado terrorista com maior magnitude que este?) de Vinícius de Moraes:
“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada”
Não à intervenção militar na Síria! Em defesa da paz e da concórdia.


Já vimos esse filme.
Um Obama  alucinado para dar início a mais uma guerra.
Os argumentos são de que o regime sírio teria usado armas químicas contra a oposição.
Cabe lembrar que a oposição ao governo sírio é apoiada pelos EUA.
Porém, o que temos de verdade, através de  informações oriundas da ONU, é de que a oposição síria  usou o gás sarin contra as forças do governo daquele país. Nada disso apareceu na velha imprensa aqui do Brasil.
Enquanto isso , o alucinado Obama insiste através da surrada tática de repetição, tal qual um esclerosado, que o regime sírio usou armas químicas contra a oposição, motivo pelo qual deseja um ataque  militar imediato  a Síria, justo no  momento em que o governo Sírio vem ganhando a guerra interna. Afirma ainda, o alucinado, que não dará ouvidos as determinações ou conclusões de inspetores da ONU.  O xerife bisbilhoteiro e trapalhão se apresenta , assim, como o dono do mundo, ignorando as normas, leis e convenções internacionais que existem para balizar condições mínimas de civilidade e transparência. Chega ao cúmulo do absurdo e do ridículo ao afimar que a ONU não tem legitimidade por conta das pressões e lobbies que estaria sofrendo para evitar as ações militares. Uma inversão total  acerca da realidade dos fatos.
Seria interessante e desejável que o mundo inteiro iniciasse uma grande campanha contra mais essa mentira e, mais ainda, que o nobelista para a paz perca sua condecoração.
Na onda da mentira americana, nossa velha imprensa surfa alegre e complacente, aderindo tudo que se fala , oriundo dos EUA, sobre o "demônio sírio".
Se não bastasse a adessão as mentiras , nossa imprensa viajou na maionese dos protestos de 7 setembro.  Organizado pela direita e com o apoio da velha imprensa, os protestos foram um fracasso total e a presidenta Dilma ainda foi aplaudida durante o desfile em Brasília.
Globo foi mais uma vez cômica, com seus repórteres nos terraços de prédios  e com o insistente mantra nos noticiários de que o povo estava nas ruas contra a corrupção. Corrupção de quem, cara pálida ? A propósito, cadê o DARF ?  De fato, a manifestação mais significativa aconteceu com o grito dos excluídos, que reuniu 8 mil pessoas em São Paulo e teve apoio da central dos trabalhadores e da esquerda. Porém, não foi isso que apareceu na imprensa. Globo se esforçou, já que é bem esforçada, em apresentar manifestantes chapa branca da emissora com cartazes contra o governo federal  e ainda , por três dias seguidos antes dos protestos, colocou foto em seus jornais  com Caetano Veloso mascarado em claro apoio as manifestações. Tudo isso coincide com novas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 14, onde Dilma aparece vencendo as eleições no primeiro turno. E para alimentar ainda mais as mentiras em massa, Miriam Leitão, o baixo astral mór da velha imprensa, diz hoje em o globo, em primeira  página, que o projeto de Dilma fracassou.  Em meio a tantas mentiras em massa, não deixa de ser interessante que o globo de hoje traga ,  também em primeira página para apoio ao seu careta rock in rio, uma matéria de que Elvis Presley não morreu.
Mentiras, omissões, manipulações, distorções,  invenções, mágicas, contorcionismos tem sido uma rotina na velha imprensa ,  mas devo admitir que desta vez nossa velha e decadente imprensa se superou em sua obsessão de criar a realidade.
 

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os Visionários

Pérolas do Príncipe:
A ‘jenialidade’ de FHC

“Esse menino não vai dar para nada”

 

 

 

 

William Bonner opera catarata

Um Olhar Sobre a Espionagem

A espionagem virou notícia.
Desde tempos distantes que a espionagem é uma prática de governos e corporações. Espiões sempre existiram e sempre existirão.
Então qual é a novidade nas espionagens que foram denunciadas ?
Essa é a questão que deve ser debatida.
Muito se escreve na velha imprensa sobre as trapalhadas do governo dos EUA em suas práticas de bisbilhotagem mundial. 
Os EUA sempre espionaram outros países e até eles mesmos .
Dizem, os entendidos da velha mídia, que as práticas de bisbilhotagem por governos ficou mais fácil com a internete e, devido a isso, profileram as espionagens. De fato, com a internete ficou bem mais fácil, porém também ficou mais fácil desmascarar as práticas de espionagem.
O jornal o globo de hoje, 06.09,13, saiu com uma chamada de primeira página  que diz o seguinte:
" em tempos de internete espiona quem pode e defende-se quem puder"
A chamada do artigo, de autoria de Nelson Motta, um milleniun's boy, induz o leitor a uma compreensão de que a força deve suplantar a razão, orientação ideológica típica do diário carioca. Não li o artigo, logo vou me deter , apenas, a chamada de capa.
Em tempos antes de internete era muito difícil se apresentar evidências objetivas e concretas de práticas de espionagem, sejam por governos ou corporações. Talvez, uma das mais emblemáticas evidências do uso da bisbilhotagem, nas últimas décadas, tenha sido o caso  Watergate, onde o trabalho de apresentar as provas foi feito por jornalistas, em tempos em que o jornalismo investigativo era algo sério e exigia a competência dos profissionais do ramo. Atualmente, em tempos de www, proliferam denúncias, com evidências objetivas, de práticas de espionagem por governos e corporações, assim como também proliferam denúncias de ações ilegais de governos , sejam em guerras ou em reuniões em salões de  palácios. 
Wikileaks, Edward Snowden, Bradlley Mannig, são casos de divugação de assuntos  que , em tempos passados teriam sidos bem mais difíceis de virem a tona sem a internete.  Ainda há o caso do jovem, que participou da criação do creative comons, que conseguiu dados de várias bibliotecas de universidades, compilando e distribuindo uma enorme variedade de dados científicos. Por isso, assim como Wikileaks,  Snowdem e Manning, foi perseguido e preso e, não resistindo a pressão das autoridades americanas, suicidou-se na prisão. Ele tinha 25 anos.
Para os governos envolvidos nas práticas de espionagem com a era internete, nem a criptografia de dados se constitui uma barreira. O mesmo se aplica aos jovens da geração www, que com extrema facilidade podem desmascarar governos e corporações.
O governo dos EUA foi desmascarado, com extrema facilidade, por suas práticas de espionagem, graças a internete e mais, por jovens que certamente ainda trarão mais novidades sobre esses atentados contra a soberania dos países e contra a tão saudada democracia que os EUA desejam para todo o mundo
O globo, em sua chamada de artigo acertou no assunto, mas errou no foco e perdeu-se no tempo, como sempre correndo atrás do conhecimento.
A questão que se impõe é que com a internete as mentiras de governos e corporações , inclusive espionagens, vem a tona com facilidade, como demonstrado com as evidências históricas até então de amplo conhecimento.
Em alguns casos, raríssimos a bem da verdade, essas evidências de desmascaramento de práticas de bisbilhotagem anti democráticas e criminosas, ganham, até mesmo,  um caráter paradigmático, no tocante  ao conhecimento envolvido.
espiões em retirada