quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Irracionalidade Nuclear



Nível de radiação dispara na usina nuclear de Fukushima

A vigilância nuclear japonesa disse estar preocupada com o aumento de vazamento nos tanques de armazenamento da usina nuclear. E pior, a água radioativa que vaza dos tanques das ruínas da usina de Fukushima é 18 vezes mais perigosa do que noticiado anteriormente.

A água radioativa que vaza dos tanques das ruínas da usina de Fukushima é 18 vezes mais perigosa do que noticiado anteriormente.

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO, em inglês), proprietária da usina, havia dito que a radiação emitida pela água a vazar era de 100 milisieverts [unidade medidora da dose de radiação] por hora.

Agora, a companhia admite que o equipamento de testagem usado em 22 de agosto podia detectar níveis de leitura de, no máximo, 100 milisieverts.

O teste de domingo, utilizando um dispositivo mais acurado, mostrou um nível de 1.800 milisieverts por hora, nível que a Reuters declarou ser “suficiente para matar uma pessoa exposta em 4 horas”.

Além disso, a TEPCO anunciou neste domingo (01) que descobriu um vazamento em outro duto emitindo 230 milisieverts por hora. A companhia declarou que interrompeu tal vazamento utilizando fita adesiva algumas horas depois de ter se deparado com o ponto radioativo potencialmente letal.

O Japan Times relatou no domingo que o duto, que vazava uma gota a cada 90 segundos, foi selado com material absorvente e fita adesiva. Uma poça d’água que emitia 230 milisieverts por hora foi encontrada abaixo do vazamento, declarou a TEPCO.

“Suspeitamos que o alto nível de radiação foi causado pela água tóxica que gotejava da flange entre dois tubos”, declarou um porta-voz da TEPCO, acrescentando que não chegaram a nenhuma conclusão.

Tradução de Roberto Brilhante.


É sempre assim.
Acidentes em instalações nucleares são sempre minimizados no momento em que acontecem.
Existe um forte bloqueio, talvez de chumbo, que impede que toda verdade seja dita e apresentada às pessoas.
O acidente da usina de Chernobyl, na Ucrânia, até hoje, passados 27 anos, ainda vem fazendo vítimas fatais, além, claro, da escalada de mutações  que a radiação proporciona nos reinos animal e vegetal. 
O lobbie nuclear no mundo é poderoso e quem sofre são as populações expostas a radiação, a fauna e flora atingidas.
Na Polinésia Francesa, o mesmo vem se repetindo. 
Milhares de pessoas sofrem, diariamente, com os efeitos da radiação, fruto de testes nucleares realizados naquela região  pela França.
Até mesmo John Wayne, o ator que produziu personagens imbatíveis em filmes de cow boy de hollywood, morreu de cancer, talvez contraído durante as várias filmagens em locais dos EUA que eram utilizados para testes com artefatos nucleares.
A bola de vez é japonesa, e é de Fukushima.
O complexo nuclear foi duramente atingido durante um tsunami que varreu a região , causando sérios danos as instalações, e levando algumas centrais nucleares ao colapso.
Como de costume, as informações sobre o tamanho do estrago foram censuradas e, hoje, sabe-se de forma inequívoca, que animais e vegetais de regiões  pŕoximas do acidente, apresentam diferentes formas de mutações.
Ao que tudo indica, já que informações gotejam assim como os líquidos radioativos que vazam dos dutos da central, que o estrago em Fukushima é bem maior do que qualquer coisa que se imagine. 
Enquanto isso, tudo mundo finge que está tudo bem e Obama,o nobel da paz, com os pés sobre a mesa, avisa que vai atacar a Síria. 

O Verde Oliva do Clube e o Amarelo da Globo




JB publica carta do Gal. Clóvis Bandeira

EQUÍVOCO, UMA OVA!





Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um equívoco redacional.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do controle social da mídia, no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa, o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada da redação, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.
Nossos pêsames aos leitores.
General de Divisão Clóvis Purper Bandeira - Assessor da Presidência do Clube Militar


Mais um capítulo da interesante e cômica novela entre tv globo e a ditadura militar.
Depois do editorial de o globo, no domingo passado, em que afirmou ter sido um equívoco o apoio do jornal ao golpe de 1964, muito se tem falado sobre o assunto.
De imediato, como era de se esperar, os críticos de o globo e defensores de um novo marco regulatório para as comunicações saíram na frente e rejeitaram  a farsa e o cinismo que permearam o editorial do diário carioca.
Muitos dos críticos, testemunhos vivos da história, sabem perfeitamente sem quaisquer sombras  de dúvidas  que o globo não só apoiou o golpe de 1964 como foi fiel a ditadura militar durante os vinte e um anos do regime. E mais, durante a ditadura , globo se beneficiou do regime e criou um dos maiores impérios de comunicação do mundo.
Hoje, passados 49 anos daquele 1º de abril de 1964, globo diz que não disse o que disse, diz que não fez o que fez, e ainda diz que se arrependeu, porém nada disse se vai devolver tudo aquilo que conseguiu através do regime que se arrepende ter apoiado.
Para todos nós, 'blogueiros sujos e rebeldes', o arrependimento de globo significa que as empresas dos Marinhos continuam as mesmas.
Como citado pelo General Bandeira, no texto acima, globo , hoje, se sente pressionada e acuada pelo poder econômico e pelas novas formas e modalidades de produção de conteúdos jornalísticos. 
As farsas, manipulações, mentiras e omissões, tão comuns nas empresas de comunicação dos Marinhos não criam asas nesse novo ambiente das redes sociais  e sites da internete. Essa nova realidade desmascarou um tipo de jornalismo que se apresentava supostamente neutro  e de credibilidade,  e que usava para esses fins todos os recursos de linguagem e imagens. Quando me refiro a linguagem  e imagens, entramos no campo da comunicação, em seu sentido amplo, que também nas últimas décadas em muito avançou e se popularizou  no tocante ao conhecimento das múltiplas variáveis que compõem a comunicação. Isto posto, e independente do que se pense sobre o assunto, globo, e também os demais veículos da velha imprensa e da mídia, perderam o trem da história, ficando de fora justo do vagão do conhecimento. Com uma grade de programação medíocre e vulgar, perdendo audiência a cada dia, globo procura , através de seu editorial, um reposicionamento de sua atuação no campo jornalístico e do entretenimento. Adicione-se a isso uma poderosa, criativa e bem estabelecida campanha organizada por setores da sociedade pela democratização dos meios de comunicação, que o General Bandeira , erroneamente , rotula como censura aos meios, esquecendo-se, ou não tendo conhecimento, que trata-se de regulamentar artigos da constituição cidadã de 1988.  Uma vez regulamentados, o controle da mídia hoje exercido pelo oligopólio midiático, dará vez a uma diversidade de vozes e conteúdos, até mesmo para aqueles encastelados em clubes e  saudosos de tempos obscuros. Logo, trata-se de avançar na democracia e eliminar, aí sim, a censura e o controle existentes hoje em dia pela atuação de um oligopólio.
Globo, como os demais veículos da velha imprensa e da mídia está defasada no tempo, e sangra em sua tentativa de reajuste. A voz das ruas, constante e decidida, incomoda globo com a frase: ' a verdade é dura. globo apoiou a ditadura"
No artigo do General Bandeira, oriundo de um clube, pelo menos deve-se destacar sua coragem em apoiar um golpe de estado impopular, que ele chama de revolução, algo que globo nem isso teve, comportando-se como uma prostituta deslocando-se sempre para as melhores oportunidades.
Ao General Bandeira, devo dizer que o povo nas ruas que na opinião dele teria caracaterizado uma revolução, também foi fruto de uma grande campanha organizada , meses antes e durante dias, pela imprensa, tendo a frente o jornal o globo. O General Bandeira que  pesquisou os jornais da época, que segundo ele com a internete fica bem mais fácil, poderia pesquisar, também, os meses anteriores ao golpe e verificar que a trama foi armada com antecedência, sem qualquer componente que pudesse caracterizar uma revolução popular. Cabe ainda lembrar, que Jango, tinha a aprovação da maioria da população na época. Os jornais estão aí, assim como os dados.
É natural que militares da antiga, em suas confrarias, sintam-se traídos pelo braço manipulador da população do golpe de 1964.
Traição é um pecado irreparável e assim sendo, entende-se  a mágoa oliva.
Em um ponto concordo com o General Bandeira.
Equívoco, uma ova !

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Os Inimigos da Vida

  • Novo problema nos trens da SuperVia revolta passageiros no Rio

    Novo problema nos trens da SuperVia revolta passageiros no RioIndignados, eles fizeram um sinal de S.O.S. no chão e acabaram botando fogo em uma das composições
  • Fonte: JORNAL DO BRASIL
  • O povo paga muito caro pela energia elétrica

    Nos últimos 20 anos, as tarifas de energia elétrica para residências aumentaram cerca de 202%, muito além da inflação (IPCA), que ficou em torno de 130%
  • Fonte: BRASIL DE FATO
     

    Ex-funcionário da Anvisa denuncia ação do lobby do agrotóxico

    publicado em 3 de setembro de 2013 às 12:13

    Lobby por agrotóxico na Anvisa é um inferno, diz ex-gerente
    3 de setembro de 2013
    Por Tiago Mali

    Da Revista Galileu, reproduzido na página do MST
    Luiz Cláudio Meirelles, ex-gerente de toxicologia da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi exonerado do cargo em novembro de 2012 quando denunciou um esquema de corrupção para aprovar 7 princípios ativos de agrotóxicos mais rapidamente.
  • Fonte: VI O MUNDO
  • México faz campanha contra obesidade e aponta Coca-Cola como principal vilã

    Líder no ranking de nações mais gordas do mundo, de cada dez mexicanos com mais de 20 anos de idade, sete estão com sobrepeso ou obesos
    Fonte: BRASIL DE FATO
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    Mais uma vez, em mais um dia pois ontem também foi o mesmo, composições da supervia  apresentam problemas causando imensos transtornos para os usuários dos trens .
    Virou rotina. 
    A supervia, uma concessionária autorizada pelo estado do Rio de janeiro para operar o sistema  ferroviário da cidade do Rio de Janeiro e baixada fluminense, tem um longo histórico de péssimos serviços prestados a população fluminense. 
    Com um preço das passagens bem elevado, motivo inclusive de protestos da população em junho último, serviços precários e uma estranha permanência como concessionário já por mais de uma década, a supervia é um fenômeno de incompetência que persiste.
    Mais uma vez, a concessionária argumentou , em nota, que os problemas de hoje foram causados por falhas mecânicas. Sempre o mesmo , quando não são falhas mecânicas são falhas elétricas. Mas falhas, mecânicas ou elétricas, não tem vida própria, não são rebeldes. As falhas acontecem por conta de uma gestão incompentente. O povo sofre, os governos estaduais nada ou pouco fazem, enquanto a supervia tem lucros e lucros.

    O mesmo povo , as mesmas pessoas, também pagam pela energia elétrica que consomem em suas residências , estabelecimentos comerciais e outros.
    Assim como no transporte coletivo, seja rodoviário ou ferroviário, as empresas distribuidoras de energia elétrica são concessões dos governos
    e o preço das tarifas é bem elevado . As concessionários lucram muito e o povo paga valores bem acima do que deveria pagar.

    O caro leitor que usa os transportes coletivos de péssima qualidade em sua cidade e  paga muito caro pela energia elétrica que consome em sua residência, ainda sofre com os venenos usados na agricultura. Sim , caro leitor, a maioria dos alimentos que você consome estão contaminados com venenos e agrotóxicos, que como informa o artigo acima, são utilizados em larga escala já que as empresas do setor fazem um poderoso lobbie,   ( ou pressão ? ) juntos aos órgãos dos governos para que tais venenos sejam utilizados.

    Você continua, firme, e para refrescar a sede do calor escaldante aqui pelos trópicos bebe, vez por outra, com frequência, refrigerantes, como o veneno coca-cola que no México já é alvo de campanha do governo como sendo um dos "alimentos" responsáveis pela epidemia de obesidade daquele país.

    Eis que em um dia, não mais que um dia, um certo dia, você se vê contaminado por substâncias químicas e com sobrepeso, devido aos seus hábitos alimentares. Essa dura constatação deve prejudicar ainda mais o seu sofrimento , diário, nos transportes coletivos de sua cidade.

    Como você vê, concessionários de transporte coletivo, concessionários de energia elétrica, corporações do agronegócio que influenciam diretamente sua saúde através dos alimentos que você ingere diariamente lucram muito através de você, em função de você e, ainda com um amplo e violento aparato de propaganda midiática, induzindo você nos seus hábitos de vida. Obeso, ou com o peso acima do normal, contaminado por substâncias químicas, explorado pelas concessionárias de serviços públicos, você precisa de um médico.  No posto de saúde pública próximo de sua casa, ou hospital público, os médicos são poucos e você levará horas, ou dias para ser atendido, já que a medicina é um negócio e os laboratórios farmacêuticos, planos de saúde privados e  corporações fabricantes de equipamentos hospitalares também fazem seu lobbie ( ou pressão ?) junto aos governos para que a saúde seja toda privada.
    Depois de tudo isso, se você sobreviveu, certamente você irá para casa , ligará seu aparelho de tv e tomará consciência de que as emissoras de tv privadas, que você assiste novelas e programas de auditório, ignoram e omitem essa realidade que você e todos vivem diariamente. Por fim, mas que é o início, você irá para as ruas  protestar, fazer pressão (como fazem os homens de gravata nos gabinetes), contra os verdadeiros inimigos de sua vida, da vida, que você agora sabe exatamente quem são e como agem nas sombras dessa falsa democracia que vivemos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A Evacuação na Globo





01/09/2013


Globo: o odor da saturação

Não se sabe ainda se há relação de causalidade entre uma coisa e outra.

O fato é que manifestantes do Levante Popular guarneceram a sede da Globo em SP, neste sábado (31), com fezes. A retribuição, em espécie, dizem os integrantes do protesto, remete ao conteúdo despejado diuturnamente pela emissora nos corações e mentes da cidadania brasileira.

Apenas algumas horas depois, uma nota postada no site do jornal ‘O Globo’ manifestava o arrependimento da corporação pelo editorial de 2 de abril de 1964, de apoio ao golpe que derrubou Jango e instalou, por 21 anos, uma ditadura militar no país (Leia os dois textos ao final desta nota).

Se a matéria-prima do protesto motivou a purgação é imponderável.

Mas por certo a recíproca é verdadeira.

O fecalismo voador de que foi alvo o edifício-sede das Organizações Globo na capital paulista é decorrência da ação coesa, contínua, não raro beligerante, que o maior grupo de mídia do país tem dispensado contra ideais e forças progressistas do país.

A nota deste sábado é histórica.

Mais pela evidência da mudança na correlação de forças que obriga a emissora a se desfazer de um legado incomodo, do que pelo arrependimento que simula.

Na verdade, nem simula direito.

A nota faz malabarismo, tergiversa e mente para justificar o golpe que apoiou ostensivamente.

No fundo, apenas lamenta ter sido tão desabrida, como se não houvesse amanhã.

O amanhã chegou.

Seja na forma de matéria fecal, protestos massivos, redes alternativas de informação, desqualificação ética, queda de audiência e desprestígio editorial.

O fato é que há na sociedade um discernimento crescente em relação aos verdadeiros propósitos e interesses que movem o noticiário, as campanhas e perseguições movidas pelas Organizações Globo contra projetos, direitos, governos, lideranças e partidos.

A Globo foi e é parte diretamente interessada no assalto ao poder que interrompeu a democracia brasileira em março de 1964.

Não se trata de um editorial isolado, como tenta edulcorar a nota deste sábado.

Testemunha-o o acervo de 49 anos de pautas golpistas depois do golpe.E décadas de idêntico engajamento pré-64.

Ou terá sido coincidência que, em 24 de agosto de 1954, consternado com a notícia do suicídio de Vargas, o povo carioca perseguiu e escorraçou porta-vozes da oposição virulenta ao Presidente; cercou e depredou a sede da rádio Globo, que saiu do ar?

O mesmo cerco que levaria Vargas ao suicídio, asfixiou Jango, dez anos depois.

Foi da mídia (a Globo na comissão de frente), a iniciativa de convocar o medo, a desconfiança, o linchamento das reputações que levariam uma parte da classe média a apoiar o movimento golpista.

Mente a nota ‘arrependida’, ao afirmar, citando Roberto Marinho, em 1984: “os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o marechal Costa e Silva, ‘por exigência inelutável do povo brasileiro’. Sem povo, não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento’ ou ‘golpe’, com o qual não estaríamos solidários.”

Quem inoculou o terror anticomunista na população, de forma incessante e sem pejo?

Quem gerou o pânico e, a contrapelo dos fatos, martelou a tecla de um governo isolado e manipulado ‘pelo ouro de Moscou’?

O acervo do Ibope, catalogado pelo Arquivo Edgard Leuenroth, da Unicamp, reúne pesquisas de opinião pública feitas às vésperas do golpe.

Os dados ali preservados foram cuidadosamente ocultados pela mídia no calor dos acontecimentos e por décadas posteriores.

Agora conhecidos, ganham outro significado quando emoldurados pela atuação do aparato midiático ontem – mas hoje também.

Enquetes levadas às ruas entre os dias 20 e 30 de março de 1964, quando a democracia já era tangida ao matadouro pelos que bradavam a sua defesa em manchetes e editoriais, mostram que:

a) 69% dos entrevistados avaliavam o governo Jango como ótimo (15%), bom (30%) e regular (24%). Apenas 15% o consideravam ruim ou péssimo, fazendo eco dos jornais.

b) 49,8% cogitavam votar em Jango, caso ele se candidatasse à reeleição, em 1965 (seu mandato expirava em janeiro de 1966); 41,8% rejeitavam essa opção.

c) 59% apoiavam as medidas anunciadas pelo Presidente na famosa sexta-feira, 13 de março.

Em um comício que reuniu então 150 mil pessoas na Central do Brasil (o país tinha 72 milhões de habitantes), Jango assinou decretos que expropriavam as terras às margens das rodovias para fins de reforma agrária; e nacionalizou refinarias de petróleo.

As pesquisas sigilosas do Ibope formam apenas o desnudamento estatístico de um jornalismo que ocultou – e oculta – elementos da equação política quando se trata de sabotar as aspirações progressistas da sociedade; convocou e convoca, exortou e exorta, manipulou e manipula, incentivou e incentiva o complô, a manobra, a desqualificação, ao cassação e, no limite, o golpe.

Em defesa dos mesmos interesses que fizeram 64.

O editorial ‘O Renascimeto da Democracia’, de que se arrepende a empresa ora guarnecida com resíduo fecal, não foi um ponto fora da curva. Mas o curso natural de um engajamento histórico.

Não se deduza disso que a democracia brasileira vivia em 1964 mergulhada na paz de um lago suíço.

Num certo sentido, vivia-se, como agora, o esgotamento de um ciclo e o difícil parto do novo.

Uma parte da sociedade – majoritária, vê-se agora pelos dados escondidos no acervo do Ibope – considerava no mínimo pertinente o roteiro de soluções proposto pelas forças progressistas aglutinadas em torno do governo Jango.

As reformas de base – a agrária, a urbana, a fiscal, a educacional — visavam destravar potencialidades e recursos de um sistema econômico exaurido.

Jango pretendia associar a isso um salto de cidadania e justiça social.

O que importa reter aqui, como traço de atualidade inescapável, é o comportamento extremado do aparato midiático diante desse projeto.

Convocada a democracia e a sociedade a discutir o passo seguinte da história brasileira, os campeões da legalidade de ontem e de hoje optaram pelo golpe.

Deram ao escrutínio popular um atestado de incompetência política para formar os grandes consensos indispensáveis à emergência de um novo ciclo de desenvolvimento com maior justiça social.

Não há revanchismo nesse retrospecto.

Pauta-o a necessidade imperativa de dotar a democracia brasileira das salvaguardas de pluralidade midiática e participação social que a preservem da intolerância conservadora.

Aquela que em 54 matou Getúlio.

Em 1964, negou à sociedade a competência para decidir o seu destino.

Em 2002 fez terrorismo contra Lula.

Em 2005 tentou derrubá-lo e impedir a sua reeleição em 2006.

E assim se sucede desde 2010, contra Dilma.

A exemplo do que se assiste agora contra o PT e suas lideranças, ao mesmo tempo em que se exacerba a gravidade dos desafios econômicos na manipulação das expectativas dos mercados.

Veiculado pela família Marinho dois dias depois do golpe, o editorial do Globo, não foi um ponto fora da curva.

Ele consagra um método.

Que a experiência recente não pode dizer que caiu em desuso.

Mas que vive um ponto de saturação.

Ilustra-o a necessidade de mostrar arrependimento.

Bem como o sugestivo odor exalado das paredes da sede da Globo em São Paulo.

O arrependimento simulado serve também como admissão de culpa.

De quem moveu a alavanca da derrubada de um governo democrático. Mais que isso: legitimou, ocultou e se esponjou nas vantagens obtidas junto a um regime que recorreu à tortura e ao assassinato contra opositores.

Cabe à Comissão da Verdade fazer desse 'arrependimento' um verdadeiro ato de justiça. E convocar a Globo a depor perante a Nação.

Fonte: CARTA MAIOR - BLOGUE DAS FRASES


Entramos em setembro.
Meu amigo Leo Carninha, o demolidor da globo, costumava dizer sempre que chegávamos em setembro que tínhamos vencido uma batalha. 
Para ele, agosto representava o mês a ser vencido, o período de dificuldades, o mês dos ventos . 
Ufa !!!!!!!, passamos agosto, dizia ele.
Neste setembro de 2013, a primeira segunda-feira do mês começa com  a repercussão do protesto em frente a sede da tv globo em São Paulo, onde o prédio da emissora ficou coberto com fezes, conforme foto acima no ínício deste texto.
Emblemático, lindo e emocionante ato.
Por tudo que globo joga diariamente na população e também pelo que tem feito ao longo de sua história em inúmeras tentativas de impedir o avanço da democracia no país, uma parcela da população não poderia ter escolhido melhor lugar para o grande ato, que já vem sendo chamado nas redes socias de 'A Evacuação da Primavera'
Um advogado brilhante em defesa de seu cliente durante um julgamento, e se bem sucedido, comumente é chamado do "canto do cisne".
Um jogador de futebol em início de carreira na idade adolescente e com um futuro promissor pela frente, é  sempre chamado de 'jóia'
Globo teve em sua sede de São Paulo, a melhor definição para o que realmente é; ' merda'.
Coincidência ou não, no dia seguinte a cobertura fecal a que foi submetida brilhantemente pelo povo, o jornal o globo, em editorial , faz mea culpa sobre o golpe de 1964 e a campanha pelas diretas já em 1984.
Nada oriundo de globo é sincero. A mentira, a falsidade e a hipocrisia permeiam tudo que as organizações globo produzem.
Considerando que:
- em um momento da história do país em que a velha imprensa e toda a mídia 
  são alvos de protestos e manifestações onde se exige a democratização dos
  meios de comunicação;
- a credibilidade e os índices de audiência de globo desabam;
- a emergência de novos conteúdos informativos e entretenimento oriundos da
  internete e redes sociais tem desmascarado por inúmeras vezes as mentiras
  de globo;
- a crise financeira que assola veículos de imprensa, principalmente os 
  impressos que tem sido vendidos a prêço de tomate ( o kg está em R$ 1,40);
- as dívidas bilionárias de globo com a receita federal e suas trapaças em
  paraísos fiscais com o intuito não pagar impostos que estão na boca do povo;
- a aparente impossibilidade de derrubar os governos populares e
  democráticos do PT e ainda a possibilidade concreta de mais uma vitória do
  PT nas eleições de 2014;
- o projeto de lei de iniciativa popular (PLIP), em fase de coleta de assinaturas
  nas cidades brasileiras  e que tem por objetivo a regulamentação dos meios
  de comunicação no país;
- a conscientização de grande parcela da população brasileira sobre a história
  anti-democrática, golpista, violenta e criminosa das organizações globo;
- seu alinhamento incondicional com interesses políticos nocivos a maioria
  esmagadora da população brasleira;
- a imagem das empresas globo, tal qual a fachada de sua sede, causa certa
  repulsa na população,
o jornal o globo resolve, através de seu editorial de domingo, reescrever sua participação na história do país em uma tentativa inequívoca para reverter o cenário de queda em que se encontram. 
De atirador de pedras a globo hoje é vidraça e, acuada, tenta enganar o povo com seu editorial esfarrapado, sujo e repleto de coliformes fecais.
Como tem acontecido nos últimos dias em manifestações de rua, mas que desde a década de 1970 já se podia ver pixado em  muros, o povo grita:
' O Povo não é Bobo. Abaixo a Rede Globo'
' A verdade é Dura. Globo Apoiou a Ditadura"
Importante saber o que foram fazer os irmãos metralha, opssss! irmãos Marinho,recentemente, ainda no mês dos ventos, quando procuraram Lula para um encontro. É possível que a decisão sobre o editorial mentiroso de domingo último, tenha alguma relação com o encontro com Lula.
O povo precisa saber.

sábado, 31 de agosto de 2013

Rua Von Martius 320

Abaixo a identidade e o endereço da maior central de terrorismo do país.

Globo over seas deve a bagatela de 1 bilhão de reais  a receita federal.
Mapa de localização da empresa
Rua Von Martius próximo ao 320

' rua von martius 320, sendo um péssimo contribuinte, ensinando a roubar e roubar demais .
 lembra que tempo feliz, ai que saudade, a ditadura era só felicidade,
era como engordar e mamar em paz.
nossa famosa tv nem sabia, a que ponto o país se tornaria, exigindo  pagamento do que é seu,
mesmo a mentira da gente era mais bela a além disso se via em nossa tela, o país que  a gente então  vendeu.
é meu amigo só resta uma opção. é preciso mudar a situação, é preciso roubar sem ser ladrão.'
 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

As Farsas Sinceras do Sistema

No mundo das farsas sinceras, onde um pensamento fascista predomina mas é ocultado como em mágica, mas uma armação está em curso e, sempre, com o apoio irrestrito da velha imprensa.
A Síria pode ser invadida a  qualquer momento sob a alegação de ter usado armas químicas contra os opositores do governo.
Já vimos esse filme.
Armas de destruição em massa voltam a ocupar em massa  as manchetes de uma imprensa com a credibilidade em massa, marrom.
Não pode se descartar a hipótese de o governo sírio ter de fato usado armas químicas contra a população daquele país, porém , antes de qualquer espetáculo bélico pirotécnico midiático, se faz necessária a atuação de órgãos de inspeção independente que possam verificar e atestar, ou não, a denúncia.
Independente do suposto crime cometido pelo governo sírio, cabe lembrar que Israel utiliza com frequência em suas incursões terroristas no oriente médio, armamento bélico com fósforo branco, que atinge grandes áreas após a explosão e causa danos  graves nas pessoas, como queimaduras que podem levar a  morte. A maioria das vítimas são cidadãos das áreas atingidas, não envolvidos diretamente em combates, isso no caso quando existem combates , pois muitos ataques são feitos de forma unilateral.
Ainda não foi dito em nenhum veículo da grande imprensa mundial que o fósforo é uma substância química, usada em conjunto com artefato bélico. 
Ainda em terras ricas de um subsolo repleto de substâncias químicas, recentemente os EUA, por ocasião da invasão do Iraque, lançou naquele país bombas com urânio empobrecido, o que além de causar contaminação do solo produz uma série de doenças na população exposta aos compostos radioativos de urânio, que , mesmo que a falsa sinceridade ignorante da imprensa admita desconhecer, também são substâncias químicas e radioativas.  Poderia voltar no tempo, um pouco, e lembrar das bombas de napalm que os EUA jogaram sobre o Vietnam e mataram um grande número de civis. Ou ainda na primeira guerra mundial, quando o gás cloro, era usado como arma naquela guerra.
Cloro, fósforo, urânio  e as substâncias químicas presentes no napalm e que ao explodirem retiram o oxigênio do ar matando as pessoas por asfixia, são todas substâncias químicas, que mesmo proibidas  a partir da convenção de 1980, continuam sendo utilizadas, principalmente pelos estados terroristas dos EUA e Israel contra alvos civis. A legislação internacional permite o uso de algumas armas químicas contra alvos militares, daí, a abertura para as farsas sinceras que norteiam o mundo atual. 
Em guerras declaradas, segundo a convenção internacional vigente sobre conflitos, um alvo abatido, um fragata por exemplo, deve receber a ajuda do adversário que o abateu, com o envio de botes e outras iniciativas para resgatar os prisioneiros.
Bonito, não é caro leitor ? 
Isso é verdade e faz parte das convenções de guerras , porém o que se vê com mais frequência é a barbárie em uma escalada sem precedentes , a ponto de um grupo de militares das forças armadas dos EUA fuzilar , sem qualquer tipo de resistência por parte das vítimas, pessoas civis, incluindo um jornalista, como demonstrou o vídeo entregue pelo soldado Bradley Manning ao Wikileaks sobre as guerras no Afeganistão e Iraque. Isso é crime de guerra, assim como o suposto uso de armas químicas pelo governo sírio.  E o que dizer do tratamento dado aos prisioneiros de guerra no Iraque na prisão de Abu Grhai e mesmo em Guantánamo. Ahhhh! desculpe caro, leitor. Em Guantánamo os prisioneiros de lá são terroristas e não prisioneiros de guerra, logo as convenções de guerra não se aplicam  .Opa !!!! Os governos dos EUA não vem declarando há décadas que estão em guerra contra o terrorismo ? A guerra é contra o terrorismo, os prisioneiros acontecem nessa guerra mas segundo os EUA não são prisioneiros de guerra, mas sim prisioneiros da guerra ao terror. Sensacional !!! Nem nossa velha imprensa consegue malabarismo tão fantástico. As farsas são de uma sinceridade mágica. Para fugir de uma declaração de guerra formal, as forças envolvidas, principalmente a agressora diz estar ainda apenas na fase de hostilidades, onde em um teatro de operações acontecem as  batalhas, não configurando uma guerra.
O uso de drones para atingir alvos seletivos , que por tabela matam centenas de civis, não se configuram em guerra ou hostilidades e sim em atos terroristas  que não são considerados desta forma já que são justificados para atacar supostos terroristas na "guerra contra o terror". Em nome de uma guerra contra o terrorismo, como afirmam os presidentes dos EUA, a guerra legalmente não pode ser declarada, o inimigo, no caso os terroristas não configuram uma nação ou país específico, e também não tem exércitos. O teatro de operações militares é indefinido e a barbárie predomina, aos olhos, tintas e decibéis de uma imprensa corrupta e conivente com as farsas sinceras.
Agora, o alvo da vez é a Síria, que teria lançado armas químicas contra civis. Os países "aliados" na operação contra o demônio sírio, estão dispostos, em nome da civilização a passar por cima da própria ONU , caso a organização não encontre provas concretas de uso e armas químicas . 
Tudo se justifica pela civilização, não é caro leitor ?

Saindo do oriente médio, mas continuando nas farsas sinceras, desembarcamos no Brasil, em meio aos protestos de rua que continuam , pelo menos, fazendo barulho e produzindo muitas reflexões no meio acadêmico e até mesmo, pasme caro leitor, na velha imprensa. Após as grandes manifestações de junho próximo passado, uma parcela de grupos de manifestantes continua ativa nas ruas e, pelas reivindicações da maioria desses grupos se observa a cobrança para o atendimento daquilo que a maioria externou em junho. A grande polêmica orbita em torno de grupos mascarados que optaram pela ação direta, em confronto com a polícia e também uma série de ataques contra os alvos da propriedade privada, que segundo os manifestantes, são responsáveis diretos pela opressão e violência contra grande parte da sociedade. Nesses alvos encontram-se agências bancárias, concessionárias de automóveis, empresas de transporte coletivo e empresas de comunicação e imprensa, dentre outros. Observando os principais alvos dos manifestantes e  a pauta que emergiu das manifestações de junho, pode-se visualizar a necessidade de um transporte público de qualidade e gratuito, democratização dos meios de comunicação, e restrições a voracidade do capital com saúde e educação públicas de qualidade e gratuitas. Entretanto caro leitor, como os principais grupos de protesto que usam a tática de ação direta tem uma opção, mesmo que apenas nas reivindicações, de esquerda, tem sido acusados de fascistas e vândalos, não só pela direita e pela imprensa, mas também por segmentos da academia e da esquerda. Um ponto nevrálgico do debate se prende aos ataques ao patrimônio privado, que na visão daqueles  contrários a ação dos manifestantes, significa um sacrossanto direito que não pode ser violado. De fato, a propriedade privada deve ser garantida quanto ao seu direito, assim como o direito aos serviços essenciais de qualidade e aos bens públicos , também deve ser garantido. Um conflito natural do Direito.
Tudo isso me trouxe a lembrança de uma caso que ocorreu  no final do século passado, ou ainda no início deste século (deixo a precisão da data para os cartesianos de plantão ) em uma cidade da Bolívia, país hoje tão presente no noticiário. Os habitantes da cidade, não tenho certeza se Cochabamba, tinham garantido durante séculos o direito de acesso e uso gratuito da água, que usavam para consumo próprio e para irrigação de lavouras, que significava o sustento da maioria das famílias. O governo da Bolívia na época, eleito de forma democrática e transparente como acontece na  maioria dos países democráticos, autorizou a privatização da gestão e comercialização dos recursos hídricos daquela cidade, fato que inviabilizou economicamente a vida da maioria dos agricultores do lugar. Protestos surgiram contra a decisão do governo, que não recuou. Os manifestantes, então, optaram pela ação direta expulsando a empresa privada que recebeu a concessão para explorar os serviços  e devolvendo um bem essencial e de uso público para a população. O direito a propriedade e o direito aos bens e serviços públicos essenciais entram em schoque, na medida em que um se sobrepôs ao outro, em um caso onde a sobreposição não poderia existir. Os poderes constituídos, executivo, legislativo e judiciário, deram respaldo a ação do governo federal na privatização dos recursos hídricos, tudo de forma legal, democrática, porém com a mão forte e inimiga do capital conduzindo nas sombras as decisões do país.  No combate venceu o mais forte, o povo unido que garantiu seu sacrossanto direito a vida e expulsou a farsa sincera da civilidade. Onde está o fascismo, caro leitor ? Na ação direta do povo para preservar a vida ou na voracidade violenta do capital amparado pelo Sistema ?
Além desse caso na Bolívia poderia citar outros tantos que se caracterizam como formas de violência extrema contra populações, como o monopólio de sementes por parte de grandes corporações que inviabilizam a vida de milhares de pessoas do campo, e isso em relação a um bem natural de propriedade da humanidade.
Tanto no caso boliviano como na luta contra as transnacionais de alimentos e outras corporações, certamente não será oferecendo flores que o povo poderá sair vitorioso.
O exemplo boliviano  certamente guarda relação com os acontecimentos que acontecem nas ruas das grandes cidades brasileiras. As grandes manifestações de junho assustaram os poderes , não apenas na quantidade de pessoas nas passeatas mas também pelas reivindicações dos manifestantes, todas ligadas aos poderes. Transporte público gratuito e de qualidade, educação e saúde gratuitas públicas e de qualidade, democratização dos meios de comunicação, participação direta da população nas decisões em todas as esferas de governo, democracia participativa com total transparência na aplicação dos recursos públicos, combate transparente e ostensivo contra corruptos e corruptores. Estes podem ser definidos como os temas principais exigidos pelos manifestantes. O caro leitor sabe ,se as manifestações de junho fossem pequenas em números de pessoas, os poderes não dariam  ouvidos aos manifestantes. Mesmo se os manifestantes insistissem, por dias, até semanas, nas manifestações, os poderes não dariam ouvidos às ruas. Mesmo as pessoas residentes nas cidades não iriam se incomodar tanto com os transtornos naturais dos protestos e, no final, nada mudaria e os protestos seriam algo como um grande desfile, enaltecido  pela velha imprensa que não  comunga das necessidades de mudança pedidas pelo povo como um ato democrático e pacífico que enaltece a democracia do país. Entretanto isso não acontece com os protestos de ação direta. A população não tolera, por muito tempo, o combate urbano, diário, entre grupos de manifestantes e a polícia, exigindo uma solução. No momento, os grupos de protesto, em sua maioria, defendem que os poderes implementem as reivindicações de  junho último, motivo pelo qual corretamente estão nas ruas. O governo federal viu, ouviu e entendeu as reivindicações da população de junho e apresentou propostas concretas para atender os pedidos da população. De imediato apresentou uma proposta de uma constituinte para elaborar uma reforma política que caminhasse no sentido das necessidades da população quanto ao combate ostensivo a corrupção e por uma democracia direta e participativa. O caro leitor lembra, que a proposta do governo foi atacada pelos setores reacionários da sociedade que não desejam as mudanças, incluindo aí toda a velha imprensa e os partidos de oposição e até mesmo partidos da base do governo. Apresentou também, em forma de urgência para as áreas carentes do país o programa Mais Médicos, que visa suprir com médicos cubanos a ausência de médicos brasileiros em várias cidades do país. O caro leitor tem acompanhado como os setores reacionários e ultrapassados da sociedade, como a velha imprensa e a oposição ( ambos perderam o bonde da história), tem bombardeado as ações do governo. Vale lembrar que são ações que vão de encontro ao que o povo manifestou nas ruas em junho. E agora, nestes dias desta semana, miraram suas baterias de intelectuais farsas sinceras, em análises distorcidas da realidade, sobre os grupos de manifestantes , principalmente o black bloc, e sua tática de ação direta que visa consolidar aquilo que o povo pediu em junho.
O sistema político e econômico mundial, onde o Brasil está inserido em maior ou menor grau em relação a outros países, talvez seja um dos mais fascistas, autoritários e violentos de toda a história tendo em vista que o verdadeiro poder opera nas sombras , nos subterrâneos, deixando a superfície com uma aparência , higienizada, civilizada e democrática. Um grande número de pessoas, uma multidão em todo o mundo, vem tomando consciência do verdadeiro poder e agindo de forma a alterar as estruturas. Cabe ainda lembrar que os conceitos de anarquismo e socialismo com a  atual expressão violenta, autoritária, predatória e criminosa do capitalismo devem ser entendidos em um contexto da atualidade, caso contrário ficam restritos a teses acadêmicas.. 

 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Brasil Acordou Fedorento. Micheline Abriu a Boca








Michelline Borges é seu nome.
Também soube que é jornalista. 
Sua postagem no feicibuqui virou notícia. 
Copiei suas palavras do site VIOMUNDO, já que você teve seus quinze minutos de fama, como previu Andy Warrow lá pelos anos de 1960.
Em seu texto você pede para ser perdoada pelo preconceito. 
Preconceito não é motivo para perdão, mas sim de pena, pois revela uma incapacidade de conhecer todos as variáveis que compõe um conceito . Conhecendo apenas algumas variáveis não se tem um conceito, mas sim um pré-conceito, preconceito, sobre o assunto que se expressa.
Quando não se tem um conceito sólido, o melhor é não emitir opinião.
Você, ainda, afirma que as médicas cubanas tem cara de empregada doméstica.
Ao fazê-lo, você viaja no tempo, e da sala principal da casa grande distribui ordens e afazeres para seus escravos, todos negros, que trabalham em sua casa. 
Alguns desses escravos irão cuidar de seus filhos, trocando roupas, brincando com eles, cuidando da higiene deles. 
Também irão cuidar de sua alimentação, fazendo suas refeições.
Tudo isso para que você tenha todo o tempo livre, e com isso possa fazer sexo tranquilamente com alguns escravos de sua preferência, já que seu marido não lhe proporciona o prazer que você deseja.
Você também se refere a aparência dos médicos cubanos, dizendo que eles 'não tem cara de médico". Mais uma vez você viaja para a casa grande,  pois por lá os negros são escravos. 
Ainda revela, em seu comentário, uma certa pureza racial, atribuindo aos brancos, assim como você de cabelo loiro , (porém pintado como pode-se ver nas raízes de seu cabelo ),   uma superioridade intelectual para o exercício de algmas profissões, como no passado de sua casa grande.
Nos países africanos, seguindo sua lógica, como seriam os médicos, engenheiros, arquitetos, e mesmo os presidentes dos países daquele continente?
Ao se referir a aparência, pelo fato de serem negros, você certamente deve também definir cabelo bom e cabelo ruim, reforçando um padrão de feio e bonito , certo e errado, onde nada disso existe.
Sua opção pela aparência se explica.
Pela sua foto, acredito que você ainda é jovem, e certamente cresceu na cultura hegemônica dos últimos 25 anos que estabelece uma série de padrões de comportamentos, beleza, gostos culturais que visam a consolidação de uma eugenia, não apenas genética  mas e principalmente social.
Isso porém, o fato de ser jovem e ter crescido nessa cultura, não justifica sua ignorância e estupidez , já que a maioria dos jovens de sua idade tem compreensão completamente diferente da sua.
Você é jornalista da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte , mas suas idéias são idênticas a de muitas pessoas de grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, que conseguem enxergar o mundo apenas através de uma lógica oriunda das praças de alimentação de shoppings centeres, verdadeiros templos do consumo e da alienação, onde a superficialidade supera a profundidade e a aparência dá goleada no conteúdo.
Pelo seu texto, posso concluir, ainda que por inclinação, que para você a aparência é tudo.
Você se olha muito diante do espelho, diariamente ?
Sua fezes tem o formato e o odor de flores ? 
Pobre Micheline. 
Não é paciência que devemos ter em relação a pessoas como você, mas sim pena e cuidados especiais, para que não contaminem as pessoas saudáveis.
A propósito, não existe dengue em Cuba.
Quanto a febre amarela, a vacina disponível no mundo foi desenvolvida através de uma parceria entre o Instituo Bio Manguinhos, brasileiro, e o Instiuto Finley, cubano, já que nenhuma empresa transnacional do setor farmacêutico se interessou em desenvolver o medicamento. O trabalho entre Brasil e Cuba , produziu 19 milhões de doses de vacinas, que foram utilizadas na África por conta de um grande surto da doença.
Para terminar vocẽ ainda pede que deus proteja o nosso povo, em referência a atuação dos médicos cubanos. 
Desejo que deus esteja sempre protegendo o nosso povo, mas não da competência, da solidariedade e do alto astral dos médicos cubanos, mas sim de pessoas como você, um perfil da idiotice, da ignorância, da burrice e da estupidez, um conjunto de características que compõe um poder devastador.
Que deus nos proteja !