sábado, 29 de junho de 2013

Ecos dos Protestos- X





Depois do tsunami que passou pelas ruas do país muitos incêndios aconteceram.  Em um rescaldo do que sobrou de suas intenções, a velha mídia assim se posiciona neste final de semana:

1 - Folha de SP
O jornal  da ditabranda apresenta em primeira página manchete, em letras garrafais, em que pesquisa de seu instituto atribui queda da popularidade da Presidenta Dilma , de 57% para 30%, uma redução de 27% para as pessoas que consideram o governo da presidenta como ótimo ou excelente.
Entretanto, o percentual da população que considera o governo como regular, ótimo ou excelente é de 73%, ou seja, pessoas que não rejeitam o governo. Ainda consta da pesquisa que 73% da população aprova a decisão da presidenta em criar uma assembléia constituinte para a reforma política e outros 68 % aprovam a criação de um plebiscito.
O que esteve , e ainda está , nas ruas nesse momento é a manifestação da população com uma pauta de reivindicações, e não a aprovação do governo. Ao dar ênfase no governo na manchete escandalosa, Folha ignora a ação da presidenta em resposta as reivindicaçoes do povo e reforça a tese  da verdadeira intenção da velha mídia ao intervir nos protestos.

2 - Veja
A capa de veja apresenta o planalto prestes a desabar de um precipício, onde já desabam bandeiras vermelhas , bolas de futebol e  políticos.
Assim como Folha de SP, veja ignora os desdobramentos das manifestações, a ação presidencial  e as questões propostas  e aceitas pela presidência. Veja, ao que tudo revela pela capa, esperava um desabamento (fruto da captura das manifestações pela velha mídia) que não ocorreu e,  assim como folha, ignora o povo e suas reivindicações.

3 - Época
A semanal de globo apresenta na capa uma foto da presidenta , sem rosto,  pergunta cadê a estadista e ainda afirma que Dilma mudou de assunto.
Ao que tudo indica  pelos acontecimentos e pelos fatos, a presidenta está envolvida nas questões relevantes reivindicadas pelos manifestantes e inclusive já tomou várias medidias, como se espera dos estadistas. Época, assim como folha e veja, mantém o foco na imagem da presidenta e também ignora o povo e o assunto de interersse no momento que são as decisões tomadas pela presidência da república, como por exemplo a constiutinte, que globo sente arrepios só de ouvir tal possibilidade.

O caro leitor , sempre atento aos movimentos da velha mídia, percebeu que para a imprensa o que estava em jogo nas manifestações era algo bem diferente das reivindicações do povo.

Pelas manchetes dos principais jornais e revistas deste sábado, com exceção da sempre equilibrada Carta Capital, toda  imprensa revela, de forma clara e inequívoca, seu foco na presidência da república na expectativa de um desgaste da imagem da presidenta em um claro processo de jogo político visando as eleições de 14. 

As oscilações na aprovação pessoal da presidenta ocorreram mais na faixa entre ótimo e regular , algo que não necessita nem de sabão para a limpeza, basta água.

Na postagem anterior ( ecos dos protesto IX) expliquei ao caro leitor  a necessidade de a esquerda ter capturado um movimento sem lideranças, mas que tem uma pauta progressista e de esquerda.
Caso o fizesse  a esquerda estaria no seu lugar e , certamente, incluiria outras pautas afins.
Ao ser capturado pela direita e pela velha mídia, o movimento progressista das ruas não desapareceu , mas ganhou outras pautas incompatíveis com o caráter progressista inicial.
Uma delas, certamente, foi a tentativa de derrubar o governo Dilma e  desgastar a imagem da polítca e da presidência,.
Foi um tiro no pé.
O que emergiu das ruas desagrada profundamente a velha mídia e a direita, daí a insistência em focar a presidenta como sendo a notícia principal.
A presidenta é notícia, claro, mas sim pelas medidas que vem tomando.
Felizmente, mesmo depois da captura das ruas feita pela velha mídia, a esquerda conseguiu equilibrar o jogo e ainda extrair avanços para o processo democrático
Parabéns para todos os blogues e portais sujos !
Falando em sujo, a velha mídia tomou uma calça arriada e, pelo profundo conhecimento que o povo brasileiro tem sobre as formas curvas que ficaram visíveis na foto, pode-se dizer que são deploráveis, desagradáveis e nojentas.





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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ecos dos Protestos IX

O protesto pela redução do aumento de 0,20 centavos na tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, organizado pelo movimento do passe livre, foi o passo que a direita e a velha mídia desejavam desde o início dos governos do PT.

Principalmente depois da violenta repressão policial  contra os manifestantes,efetuada pela polícia militar do estado de São Paulo e que causou reprovação na maioria da população brasileira, a direita e a velha mídia agiram rápido , capturaram os protestos e transformaram as manifestações em um movimento violento e reacionário( mesmo com as insistentes e repetitivas notícias na mídia de que se tratava de protestos pacíficos) em defesa de  ideais retrógrados e fascistas. 

Incapazes de colocar o povo nas ruas nesses dez anos de  governos democráticos e populares do PT, apesar de várias tentativas ( vide Cansei e outras palhaçadas ) a direita e a velha mídia encontraram o passe livre para seus anseios políticos.

Normal que o movimento que se iniciou pela redução do aumento nas tarifas de ônibus tenha sido capturado, já que qualquer ação política de massa que se apresente sem liderança ou ideologia será conduzida por interesses políticos externos ao movimento. 

Esse fato foi percebido por esse blogueiro, ainda no dia 14 deste mês com a postagem Quem Sabe Faz a Hora, em um chamamento para que a esquerda fizesse aquilo que a direita se adiantou em fazer, já que política sem liderança não existe.

Isto posto, como um breve histórico dos acontecimentos, a sociedade hoje passa a ter conhecimento dos principais atores dos protestos, dos interesses envolvidos e dos possiveis resultados após  o orgasmo cívico dos últimos dias. 

Certamente a direita e a velha mídia não desejavam que "o movimento" desembocasse em  uma reforma política,  uma discussão sobre tarifa zero para os transportes públicos em grandes cidades, um debate sobre educação e saúde públicas gratuitas e de qualidade e um processo de transparência das açoes de governos incluindo instalações de CPI's, em todas as esferas governamentias , para avaliar e expor os gastos com os transportes públicos e os grandes eventos esportivos do país. 

A agenda já surrada da velha mídia era , e é, a mesma dos últimos dez anos, ou seja, desgastar o governo e dependendo do desenrolar dos  acontecimentos promover um golpe de estado, assim como outros que já foram apenas ensaiados  e outros que foram bem sucedidos em países da America do Sul que estejam trilhando caminhos semelhantes ao de nosso país.

Não foi o que aconteceu. 
Apesar da esquerda não ter sido capaz de capturar os protestos no início, a direita não atingiu plenamente seus objetivos e , ainda terá de conviver , ao que tudo indica para os próximos capítulos, com as ações e políticas públicas que podem fazer o país avançar na democracia reduzindo a violência do poder econômico sobre a população, fenômeno esse que é mundial.

Não por acaso, e sim por extrema necessidade, a velha imprensa e seu aparato midiático, emitem claros e inequívocos sinais de recuo. 

Com a proliferação de reinvidações que tomou conta das ruas nos últimos dias, uma em especial, está levando a velha mídia ao desespero. 

Cresce, em uma velocidade só comparável  a de uma colônia de bactérias bem nutridas, uma corretente das manifestações que exige a democratização dos meios de comunicação de acordo com os preceitos constitucionais. 

Uma manifestação está marcada para o dia 3 de julho, na porta da tv globo na cidade de São Paulo, entretanto o movimento, este sim autêntico, emite sinais de ampliar a manifestação para todo o território nacional. 

Ao perceber a abrangência do protesto, inclusive com outros sinais como a rejeição total do público do estadio do Mineirão aos profissionais da globo e   depredação de vários automóveis da imprensa, a velha mídia , nos dias de ontem e hoje, emite sinais contraditórios, por um lado, mas convergentes, por outro.

No jornal local do Rio de Janeiro da tv bandeirantes, a cobertura dos protestos passou a evidenciar com veemência, o que ainda não tinha acontecido, os grandes prejuízos ao patrimônio público e privado por conta dos atos de vandalismo e violência que tem acontecido. 

Cabe lembrar que este blogue, há mais ou menos dez dias atrás, já chamava a atenção para os prejuízos causados inclusive com o fechamento estratégico por " manifestantes" de todas as principais rodovias do estado de São Paulo.

Voltando a cobertura da imprensa pelo  telejornal da Bandeirantes, a repórter chama a atenção para o fato de que a polícia estará presente para reprimir atos de violência e vandalismo, inclusive com o uso de armas letais , se assim julgar necessário. 

Nos outros telejornais na noite de ontem, a reprovação a violência e ao vandalismo não foi diferente, tendo inclusive, no jornal do SBT,  generosos segundos para citações sobre a marcha do sal de Ghandi, a marcha dos direitos civis de Luther King e as Diretas já, como exemplos de manifestações pacíficas. 

Hoje o popular extra e o jornal o globo, ambos das organizações globo, citam em primeira página a palavra Paz e  também frases  que  dizem sobre a diminuição dos protestos. 

O caro leitor já percebeu, que esse movimento "pacifista" por um lado e violento por outro, da velha mídia,tem nas próximas manifestações que exigem a democratização dos meios de comunicação  a sua motivação principal.

Cabe lembar ao caro leitor, que os movimentos sociais organizados, os partidos políticos, o movimento estudantil ,os sindicatos e centrais sindicais sempre que fazem suas manifestações nas ruas dos país, o fazem de forma pacífica e civilizada e até mesmo com grande organização, como as longas marchas promovidas pelo MST. 

Assim sendo ,a ameaça midiática aos movimentos sociais de recebê-los com armas letais em caso de manifestações nas portas de veículos de mídia, em tese e historicamente não se justifica. 

Assim como os pedidos de paz que de um dia para o outro  proliferam nos mais  reacionários e violentos setores da sociedade brasileira, como é o caso da velha imprensa,  e dirigidos aos movimentos socias organizados, também não se justificam, e , ainda mais, soam contraditórios.

Importante ressaltar que a Paz, tão falada e desejada  , não necessáriamente significa uma ausência de conflito. 

A PAZ, em essência, é uma cultura que deve ser cultivada e praticada pelos povos . 

No mundo atual, e o Brasil  aí se inclui, a Paz é uma utopia distante, já que os povos sofrem diariamente com a violência do poder econômico,que aumenta a exclusão social, escraviza milhares de pessoas, incentiva toda forma de preconceitos ( etnico, religioso, social e outros ), diminui os direitos civis e esfacela as liberdades. 

Certamente o mundo vive a cultura da violência, da força,em um processo ainda líquido de fascismo. 

Cultura essa que é incentivada diariamente pelos meios de comunicação de massa, principalmente a tv, através de suas grades de programação. 

Como escrevi acima, soa contraditório, cínico e hipócrita, ouvir pedidos de Paz oriundos da velha mídia, aliás um dos segimentos mais violentos da soicedade.

Ainda abrindo um parênteses sobre o asunto, foi revoltante ouvir, ontem, Obama dizer que se inspirou em Nelson Mandela. 

Não me consta que um dos maiores homens da história, como é Mandela, tenha apoiado a tortura,o terrorismo, as prisões que se assemelham aos campos de concentração da segunda guerra mundial, a regressão dos direitos civis, dentre outras barbaridades e violências produzidas pelo governo dos EUA. 
Talvez Obama tenha  de fato  se inspirado em Bush II. 

Voltando a nossa violenta realidade, cabe ressaltar que as verdadeiras manifestações do povo , e aí não estão incluídas as manifestações conduzidas pela velha mídia, não apenas são pacíficas mas tem em suas agendas propostas que sempre acenam para uma cultura de  Paz, pois visam a consolidação do processo democrático, a liberdade de todas a vozes, a justiça social, a garantia dos direitos civis, e a qualidade vida para os povos das cidades e do campo. 

Em suma, constituem uma cultura de paz e assim sendo são legítimas e devem ser incentivadas e, por serem assim são, via de regra, violentamente reprimidas pelas força econômica e policial. sempre com o apoio da velha mídia.


Liderança popular

Lula convoca movimentos sociais para ir à ruas pelo Brasil 

É a manchete de hoje do portal VERMELHO.

Em paz e por uma cultura de paz os movimentos sociais e o povo organizado livremente voltarão às ruas para exigir que suas reivindicações sejam ouvidas e atendidas

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ecos dos Protestos VIII

Pela democracia na mídia, movimento faz protesto na Globo

publicado em 26 de junho de 2013 às 19:55

Foto Mídia Ninja
Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo em São Paulo
Protesto deve ser realizado na próxima quarta-feira (3); ideia é aproveitar efervescência política para pautar democratização da mídia

Fonte: VERMELHO

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As manifestações também nos dizem: é preciso democratizar a mídia


É preciso regular esse setor no nosso País e o Governo deve ser impulsionador disso. O Ministério das Comunicações não pode se esconder desta pauta. Tal como a presidenta Dilma, o ministro Paulo Bernardo também tem que estar atento à voz das ruas”

Por Valmir Assunção*


Desde que começou este levante social no nosso País, tenho acompanhado com um interesse especial a cobertura da imprensa brasileira sobre os protestos.

Vamos a um pequeno relato: nas primeiras manifestações massivas, os meios de comunicação, em especial a Globo, trataram os manifestantes como um conjunto de vândalos, que atrapalham o trânsito, sem pauta nenhuma, quando se havia a pauta da tarifa do transporte público.

Quando os protestos ganharam o país, não só a Globo, como muitos meios burgueses resolveram voltar atrás. Quando as pautas se tornaram difusas, os meios resolveram pautar as manifestações, de maneira, inclusive, bastante descarada. Há exemplos de apresentadores tentando manipular pesquisas de opinião pública, jornais que centram as manifestações para a pura e simples luta contra a corrupção, sempre tentando diferenciar os “pacíficos”, dos “vândalos”, daqueles que tinham cometido algum excesso.

Um marco importante foi o dia em que os manifestantes de São Paulo foram brutalmente reprimidos pela polícia militar. Mas isso não pode ser dissociado de um fator muito importante: os grandes meios de comunicação, através de seus editoriais, haviam legitimado a violência policial, incitando, inclusive, que a polícia deveria reprimir os “baderneiros”. A resposta foi tão efetiva que sobrou, inclusive, para os trabalhadores de imprensa que tiveram que lidar com a truculência da polícia paulista naquela noite.

A população, que nunca foi boba, acordou para o grau de oportunismo e manipulação dos meios de comunicação. O “Fora Globo” foi às ruas, direcionando os protestos contra esta e outros meios burgueses. Tamanha hostilização que resultou em carros da Record e SBT queimados, profissionais da Globo trabalhando “disfarçados”, sem se identificar ( o que já é questionável).

O que o povo acordou também é o quanto estes meios são ligados ao poder econômico e ainda recebem bilhões de publicidade estatal. Só a Globo recebeu R$ 5,9 bilhões para veicular publicidade estatal federal – tanto da administração direta como indireta – se somarmos os últimos 13 anos.

Mas também quero chamar atenção para outro detalhe: esses meios que tanto criminalizam os movimentos sociais, em especial o MST, que tratam as marchas e ocupações de ruas, BRs e prédios públicos como vândalos e baderneiros, agora resolveu diferenciar os manifestantes urbanos? Será que agora teremos outro patamar de relação entre os meios de comunicação e o conjunto dos movimentos sociais que lutam e se manifestam?

Penso que seria, no mínimo, coerente com esta milagrosa mudança de postura dos grandes meios em relação ao conjunto das manifestações.

As manifestações de rua também nos dizem: é preciso democratizar a comunicação no Brasil. É preciso regular esse setor no nosso País e o Governo deve ser impulsionador disso. O Ministério das Comunicações não pode se esconder desta pauta. Tal como a presidenta Dilma, o ministro Paulo Bernardo também tem que estar atento à voz das ruas.

Liberdade de expressão não é somente para as 11 famílias que monopolizam o conjunto dos meios. O que a sociedade, com a síntese do “Fora Globo”, diz é que quer falar, ter a sua liberdade de expressão garantida. E isso não passa por um setor monopolizado, sem diversidade, pluralidade.

Fonte: VERMELHO
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A ESQUERDA NÃO PODE PISCAR  

O Brasil ingressa num ciclo de turbulência do qual a democracia participativa poderá emergir como parteira de uma sociedade mais equilibrada e justa. Mas a esquerda não pode piscar. A disputa fraticida, hoje,  é o coveiro das esperanças nacionais. Nos anos 50, um pedaço das forças progressistas só foi perceber o seu lado no jogo quando o povo já  apedrejava os carros do jornal O Globo, em resposta ao tiro com o qual Getúlio encerrou a sua resistência e convocou a das ruas. Ontem, como agora, o enclausuramento  ideológico, o acanhamento estratégico e a dispersão programática pavimentam o caminho da ameaça regressiva. É a hora da verdade de toda uma geração. Cabe-lhe sustentar um novo desenho progressista para o desenvolvimento do país. A urgência das ruas sacudiu essa equação que há menos de um mês mostrava-se  permeável à transição ortodoxa martelada em peso pelo conservadorismo. Essa plataforma envelheceu miseravelmente nas últimas horas. O governo Dilma passou a ter  escolhas. E o PT a chance de se reinventar, com uma agenda mínima para o passo seguinte da história brasileira. O bônus não autoriza  o conjunto das forças progressistas a adotar a fragmentação suicida. O focalismo cego às interações estruturais é confortável. Mas leva ao impasse autodestrutivo. Não é pouco o que se tem a perder. Vive-se, talvez, a chance de uma ruptura efetiva do desenvolvimento brasileiro com a camisa de força do neoliberalismo. 
Fonte: CARTA MAIOR
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No tsunami democrático que vive o país algumas questões não podem mais ficar à margem da vontade popular.

Mais recursos para a educação, saúde, segurança pública, penas maiores para corruptos e corruptores, democracia participativa, reforma política, reforma urbana, democratização da mídia, tem sido os principais temas apresentados nas manifestações de rua.

O tema da mídia, entetanto, merece uma reflexão.

A cobertura que a velha imprensa e seu aparato midiático tem feito das manifestações revela não apenas um caráter partidarizado uniforme, como uma real e concreta ameaça ao processo democrático brasileiro.

Com uma linguagem narrativa generalista que induz o leitor, ouvinte e telespectador à uma compreensão dos fatos de maneira a favorecer políticamente essas empresas, a velha imprensa, enquanto concessão pública, não cumpre sua função de contribuir para o interesse público através do esclarecimento correto dos acontecimentos .

As opiniões, tanto de apresentadores ( rádio e tv) como de especialistas e também de cidadãos entrevistados, priorizam, em sua maioria, um conteúdo simplório quanto ao entendimento dos fatos e demandas da sociedade.

Diante da proposta presidencial de uma reforma política através de plebiscito e uma constituinte, a velha imprensa, que é políticamente contrária a um processo de avanço da soberania popular, destilou justificativas contrárias a constituinte apelando para os custos decorrentes da convocação e operação de uma assembléia específica.

Uma justificativa surrada  já que induz o leitor, ouvinte, telespectador a um entendimento de gasto público elevado, ou seja de custos do processo. 

Ora, todos sabem que que uma ação empreendedora, e a assembléia constituinte é uma ação, tem um custo para tal e , consequentemente benefícios advindos do empreendimento. 

O que se deve discutir é relação custo-benefício, que no caso em avançar para uma soberania popular é plenamente justificável.

Isso, porém, não aparece nas "análises", notícias, e "opiniões" da velha mídia.
Para o consumidor da "informação" fica apenas o conceito gravado em sua consciência de que a assembleia constiutinte significa apenas um custo.

E isso é falso. 

Essa "informação" pude constatar , ontem em um programa de rádio da rádio Tupi aqui da cidade do Rio de Janeiro.

Já para as empresas globo, toda e qualquer manifestação de rua  que esteja acontecendo em qualquer cidade do país é tratada como " o movimento", independente se convocada por diferentes movimentos sociais, organizados ou não. 

A expressão "o movimento" foi cuidadosamente escolhida já que é repetida por todos os apresentadores das emissoras de tv de globo, independente do  programa apresentado. 

Galvão Bueno e Faustão se fartaram de utilizar a expressão nesses dias. 

Já o jornal o globo, durante os últimos três dias , usa a  expressão "sob pressão" nas principais manchetes de primeira página para justificar as decisões dos três poderes da república e ,subliminarmente manter o clima de pressão na ruas, desejado pelos setores organizados da oposição,sobre o governo federal.

Esse reduzidíssimo grupo de empresas, operando emissoras de rádio, tv, jornais e revistas, é responsável por "informar", e assim sendo formatar a consciência da imensa maioria da população brasileira.

Independente da orientação política dessas empresas, e é natural que tenham sensibilidade nesse campo, uma significativa parcela da população vem emitindo sinais claros e inequívocos da necessidade urgente de uma profunda reformulação no setor da comunicações, em cumprimento à constituição do país, de maneira que a diversidade e pluralidade de informação e conteúdos culturais seja garantida ao povo brasileiro. 

Isso não significa excluir as mídias existentes , mas sim ampliar de forma significativa os veículos de mídia, suprimindo o oligopólio  midiático existente atualmente, além de definir percentuais para a concessão de empresas e também de produção e divulgação de conteúdos culturais .

Isto posto, movimentos socias organizaram para a próxima quarta-feira, dia 3 de julho, um ato em frente as instalções da tv globo na cidade de São Paulo.

Seria interessante, e desejável, que tal manifestação tivesse uma abrangência nacional, ou pelo menos nas principáis cidades do país, com realização de passeatas que tenham como destino instalações das empresas da velha mídia.

O movimento pela democratização da mídia, que não é "o movimento" da globo, tem  no momento uma excelente oportunidade para avançar.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ecos dos Protestos VII


As cinco bandeiras da UNE

Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a UNE divulgou nota em que propõe cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. Por Altamiro Borges

 !


A União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde o início participa dos protestos pela redução da tarifa dos transportes, divulgou segunda-feira (24) uma nota propondo a continuidade das mobilizações juvenis em todo o Brasil. Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a respeitada entidade dos universitários brasileiros propõem cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. A síntese da UNE é bastante avançada e permite aglutinar um amplo leque de forças progressistas, rechaçando as manobras golpistas. São elas:

- 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública: Chega de lentidão! Queremos a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação!

- Passe livre estudantil já! Por mais acessibilidade, qualidade e eficiência no transporte público!

- Contra a corrupção! Por reforma política que acabe com o financiamento privado das campanhas eleitorais!

- Abaixo a “cura gay”! Não há cura para o que não é doença! Estado laico já! Fora Feliciano!

- Democratização dos meios de comunicação: liberdade de expressão tem que existir pra todo mundo! Aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática!

Tendo esse programa como norte para a sua ação unitária, a entidade conclama: "Os jovens brasileiros mais uma vez mostraram do que são capazes e que não querem ficar sentados em casa ou no facebook, sem lutar pelo futuro que querem. Depois dessa demonstração de mobilização nacional que aconteceu nos últimos dias, a UNE convida todos os jovens do país para #VemPraRua lutar pela educação brasileira!". A entidade inclusive já marcou uma manifestação para Brasília na próxima quinta-feira, 27. A nota explica:

"Das ruas vem a voz. O batuque, o gesto e a cara. A juventude marcha a passos largos na busca de seus direitos. Nutre a rebeldia. Nutre a vontade por transformações. Milhares viraram milhões, de norte a sul do país. Nós sempre preferimos ser gente que vibra, gente que não tem de ser empurrada, que sabe o que tem que fazer e que faz. Cartazes, bandeiras e mãos unidas fazem ecoar nossa paixão pela democracia e pela liberdade num contexto em que a crise econômica mundial apresenta de forma clara os limites do sistema capitalista. Derrotamos o aumento da tarifa em diversas cidades, condenamos e enfrentamos toda forma de repressão policial onde quer que aconteça e agora dizemos: queremos mais, muito mais!

A UNE e a UBES estão nessa desde o começo. Acreditamos que é chegada a hora de conquistar mais vitórias. Vamos seguir pelo Brasil conectados aos sonhos da juventude e das e dos trabalhadores e barrando qualquer tipo de retrocesso ou tentativa conservadora de manipular as vozes que entoam causas justas. Essas vozes refletem de forma legítima os limites da política institucional de dialogar com a sociedade e as contradições dos próprios governos, que devem estar exclusivamente voltados para as interesses populares.

Nossa combatividade traz o branco da paz e a nossa coragem mostra a cara pintada de verde e amarelo. Mais uma vez a juventude brasileira vai as ruas lutar por transporte de qualidade, combater a corrupção e acabar com o financiamento privado das campanhas, vencer a homofobia e democratizar a comunicação de massa em nosso país.

É também chegada a hora de aprovar 10% do PIB e destinar as riquezas do petróleo para educação pública. Queremos uma escola diferente. Não existe momento mais favorável do que este para conquistar uma educação conectada com os desafios do nosso país e com as necessidades de nossa gente.

Com a cara exposta e com o coração aberto, vamos fazer história mais uma vez.

#BrasilMostraTuaCara

#BrasilConfiaEmMim

#VemPraRua"

Fonte: CARTA MAIOR

Participe, afinal não tem globo impondo cartazes e a agenda da UNE é a voz que vem das ruas.

Ecos dos Protesto VI

O Ataulfo Merval  no Globo, desta quarta-feira, já construiu o  argumento “pelo alto”: 
- proibir pessoa jurídica( empresas) de irrigar o bolso de candidato é privilegiar “os partidos e não os candidatos, num momento em que as ruas  pedem menos forças para os partidos”. 
Nada mais cristalino, não, amigo navegante ? 
Como a Big House( velha mídia e oposição) não tem partido, ferro no PT, o único que, de fato, existe ! E grana no bolso dos candidatos amigos. 
Ataulfo Merval, agora, é “consultor do Ministro Fux 
Fonte: CONVERSA AFIADA ( palavras sublinhadas foram incluídas por este blogue)


Menos força para partidos políticos (portas abertas para a inexistência de partidos ) é trilhar um caminho para o totalitarismo.

O globo, através de seu colunista imortal, flerta com um regime totalitário para o país. 

Saudades ? 

Durante anos a fio , Globo e toda a velha mídia batem na tecla de que partidos políticos são desnecessários.

Esse mantra totalitário tem como alvo os partidos fortes, oriundos das lutas do povo e, como sabe o caro leitor, se vem do povo não serve na globo.

No contexto de partidos fortes como definido acima, não se pode incluir nenhum partido de oposição.

O verde neoliberal nasceu nas areias das praias do Leblon e Ipanema entre longos aplausos ao por do sol.

O DEM veio de gabinetes  de empresários e de militares.

O ninho da oposição, no caso o PSDB nasceu em gabinetes do Congresso Nacional pela barriga do PMDB.

Não surgiram de lutas populares ( mesmo que poucos de seus quadros dela tivessem participado) e sim de organizações elitistas.

Esses partidos estão promiscuamente alinhados com grandes corporações que irrigam  os bolsos de seus candidatos  e até mesmo as moléculas da cadeia proteica de seus dna"s. 
 
A base de um sistema político forte está em partidos fortes, bem definidos em seus conteúdos e ideologias,e não o contrário com deseja o imortal totalitário.

Partidos políticos fortes representam , de fato, uma parcela da sociedade.

Não é pelo carisma de aventureiros, salvadores da pátria  irrigados pelo poder econômico e pendurados em legendas de aluguel que o cidadão deve ser chamado para o voto.

O voto democrático deve se dar em conteúdos programáticos bem definidos, onde pessoas afins estão reunidas e serão escolhidas para fazer valer esses conteúdos.

Assim sendo, não é o indivíduo, mas sim uma lista de candidatos de um partido que é escolhida.

Para que isso aconteça, e esperamos ( eu e o caro leitor) que aconteça com a reforma política que se inicia, os partidos devem ter uma identidade bem definida ( sem máscaras ninja) e somente com  recursos públicos para o financiamento das campanhas.

O imortal da globo, com seu texto indecente, defende a turma que cobre o rosto com máscaras e ainda atribuiu  a esse grupo a totalidade da voz  das ruas.

A Globo esculacha a política
e não quer reformá-la


terça-feira, 25 de junho de 2013

Ecos dos Protestos V

Dirceu: vamos às ruas pelo plebiscito

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Plebiscito e Constituinte:  Ampliar a Voz das Ruas na Democracia. 
SOBERANIA POPULAR É INCONSTITUCIONAL? O QUE ELES QUEREM? UM NAPOLEÃO DE TOGA.   
"O segundo pacto é em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os horizontes da cidadania. Esse tema, todos nós sabemos, já entrou e saiu da pauta do país por várias vezes, e é necessário que (...) tenhamos a iniciativa de romper o impasse", disse a Presidenta Dilma Rousseff, nesta 2ª feira, ao propor um Plebiscito para convocar uma Constituinte exclusiva, capaz de realizar uma 'ampla e profunda' reforma política. Um aggiornamento  da democracia brasileira, em sintonia com os anseios sinceros da rua por mais participação e menor influencia do dinheiro grosso no sistema político nacional. A   presidenta Dilma desenhou o escopo de um grande debate nacional, capaz de incorporar as vozes e inquietações das ruas. Cumpre às administrações locais avançarem nessa direção criando contrapartidas de ampliação da democracia ali onde a vida acontece, na gestão das cidades. A sorte de prefeitos e gestões progressistas depende desse desassombro. Trata-se de abrir canais de escuta forte da cidadania. Não canais ornamentais, mas instrumentos relevantes e críveis de poder  sobre o orçamento. O PT tem experiências a resgatar; a disseminação da tecnologia permite, hoje, mais que ontem, submeter a gestão da cidade à soberania dos cidadãos. A Presidenta Dilma respondeu com perspicácia histórica ao clamor das ruas. Disparou na direção certa. A questão que aglutina a fragmentação das bandeiras desordenadas do nosso tempo é o poder. Todo o processo de globalização e financeirização apoia-se na captura da soberania popular pelo dinheiro grosso. Governos se emasculam. O voto se desmoraliza. Os partidos se descarnam. A existência se acinzenta. A mídia conservadora é a torre de vigia desse sequestro (leia a coluna de Venício Lima; nesta pág). O poder democrático da sociedade sobre ela mesma se esfarela. Ou ele se amplia, ou vence a exaustão caótica. E com ela a bandeira já  sussurrada pela direita e por seus ventríloquos obsequiosos: 'ordem e um Napoleão de toga'. (Leia sobre o significado da Constituinte no blog do Emir. E também: Boaventura Santos, ' A grande oportunidade'. E ainda: 'A tarefa mais urgente' e 'A resposta é mais democracia')

(Carta Maior;3ª feira,25/06/2013)
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Opinião: Dilma propõe participação popular e oposição reclama

Plebiscito para reforma política tem que ser amplo

A proposta de Dilma só estará completa se entre as questões que deverão ser colocadas em discussão no plebiscito estejam também o fim do nepotismo em todas as esferas de poder; a redução do número de parlamentares e melhoria da representatividade; o fim da indicação dos ministros do poder judiciário, para se evitar que haja votações tendenciosas de processos que envolvam interesse de toda a nação, e mais rigidez e transparência na doação de verbas para campanhas políticas.
Esses pontos já estão sendo debatidos nas ruas, estão nos cartazes dos manifestantes e não há mais como retardar essas discussões. O nepotismo e a falta de transparência na doação para campanhas representam uma enfermidade para qualquer democracia. A condição que o país atingiu nas últimas décadas, desde a redemocratização em 1985, não permite que regras que já deveriam estar extintas há muito tempo continuem emperrando seu desenvolvimento político, econômico e social.
Mudanças sempre incomodam, principalmente quando se mexe em interesses de uma minoria que tem poder. A proposta da presidente desagradou bastante à oposição e a ala conservadora do Congresso, inclusive da base aliada do governo. Um plebiscito para consulta popular poderia até ser aceito, se o resultado ficasse apenas na consulta. Mas, consulta e formação de uma constituinte formada por membros que não sejam do parlamento é inaceitável para esses políticos. A proposta foi rechaçada de forma veemente pelo tucanato de alta plumagem.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora tenha sido tratado com deferência pelo governo e ser consultado com antecedência sobre a proposta, disse, num primeiro momento, que concordava com uma reforma política ampla, mas não com plebiscito. O cheiro de povo nunca adentra aos luxuosos apartamentos de Higienópolis porque incomoda. Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, também reclamou da forma como foi proposta a discussão sobre a reforma política.
O presidente do PSDB, no entanto, não entrou no mérito das dificuldades criadas pelos próprios políticos, ao defender interesses individuais, para se aprovar uma reforma pela tramitação normal do parlamento. Ele também não lembrou a falta de iniciativa do Congresso Nacional para legislar, deixando um espaço em aberto nos últimos anos, inclusive durante o governo dos tucanos, que vem sendo preenchido pelo Supremo Tribunal Federal. Essa disfunção do poder judiciário acaba distorcendo as relações dos três poderes da República.
Se havia críticas a Dilma pela sua falta de jogo de cintura, a presidente provou que está disposta a rebolar como passista de escola de samba ao encarar uma consulta popular. Já os que são contrários a essa ampla participação estão temerosos e começam a buscar uma saída, tendo como argumento a inconstitucionalidade de uma constituinte exclusiva. Seria medo? O fato é que a proposta de Dilma foi uma verdadeira jogada de “mestra”.

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oposição sente o tiro no peito

“Soberania popular” ? O Agripino foge mais disso que o Gilmar

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Constituinte: sai o infantil
e entra o time principal

Para as semi-finais, Dilma escalou os Sindicatos e os Partidos.

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Dilma tira a Constituição
do Gilmar e devolve ao povo !

O povo vai convocar a Constituinte e referendá-lo. Bye, bye Fux !

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Ecos dos Protestos IV

O pronunciamento da Presidenta Dilma, ontem, apresentando os cinco pontos de seu programa em atendimento as manifestações das ruas parece que desnorteou ainda a mais a velha imprensa.

Em um pronunciamento desse porte, no momento em que vive o país, era de se esperar que as emissoras de tv entrassem imediatamente após o pronunciamento com debatedores para analisar as propostas apresentadas pelo executivo, como é comum nas emissoras de tv em situações como essa.

Não foi o que se viu e, pior ainda, as emissoras globo e bandeirantes ignoraram o pronunciamento e imediatamente mostraram imagens aéreas de cidades onde aconteceriam novos protestos, principalmente o Rio de Janeiro, informando a população que os manifestantes já estavam se reunindo aguardando mais manifestantes para iniciar os protestos.

Ou seja, a velha mídia chamando os sem lideranças para as ruas.

Ontem, no jornal local aqui do Rio de Janeiro da Bandeirantes a repórter disponibizou generosos minutos para mostar um pequeno grupo andando por rua no centro da cidade em que conduziam uma faixa abre alas pedindo o fim da política e dos políticos,

Hoje, terça-feira 25.06.13, os jornais impressos ligados as organizações globo não escondem seu lado e destilam sua insatisfação pelo fato da Presidenta convocar a população para opinar sobre novas formas de organização política.

Globo se contorce para encontrar violações constitucionais na proposta do executivo que impeçam a participação popular.

O popular extra, fazendo jus a sua camada social , traz em primeira página fotos de manifestações onde aparece um manifestante portando um cartaz pedindo fora Dilma.

Durante as manifestações proliferaram cartazes pedindo a regulação da mídia e  mesmo negação da velha imprensa, como o que pode ser visto a seguir:



Como o caro leitor já percebeu, nada disso apareceu nos jornais ou nas telas de tv

Enquanto isso o crime organizado, percebendo que se pode fechar ruas , avenidas, portos e aeroprotos, sem que a polícia incomode resolveu também entrar em cena e reeditar os odiosos arrastões pelas ruas  e estabelecimentos comerciais da cidade, como ocorreu ontem na zona norte , mais precisamente no bairro de Bonsucesso.

Enquanto sem lideranças apartidárias e apolíticas estiverem disponíveis  o terrorismo midiático continuará ativo.