quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ecos dos Protestos VII


As cinco bandeiras da UNE

Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a UNE divulgou nota em que propõe cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. Por Altamiro Borges

 !


A União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde o início participa dos protestos pela redução da tarifa dos transportes, divulgou segunda-feira (24) uma nota propondo a continuidade das mobilizações juvenis em todo o Brasil. Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a respeitada entidade dos universitários brasileiros propõem cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. A síntese da UNE é bastante avançada e permite aglutinar um amplo leque de forças progressistas, rechaçando as manobras golpistas. São elas:

- 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública: Chega de lentidão! Queremos a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação!

- Passe livre estudantil já! Por mais acessibilidade, qualidade e eficiência no transporte público!

- Contra a corrupção! Por reforma política que acabe com o financiamento privado das campanhas eleitorais!

- Abaixo a “cura gay”! Não há cura para o que não é doença! Estado laico já! Fora Feliciano!

- Democratização dos meios de comunicação: liberdade de expressão tem que existir pra todo mundo! Aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática!

Tendo esse programa como norte para a sua ação unitária, a entidade conclama: "Os jovens brasileiros mais uma vez mostraram do que são capazes e que não querem ficar sentados em casa ou no facebook, sem lutar pelo futuro que querem. Depois dessa demonstração de mobilização nacional que aconteceu nos últimos dias, a UNE convida todos os jovens do país para #VemPraRua lutar pela educação brasileira!". A entidade inclusive já marcou uma manifestação para Brasília na próxima quinta-feira, 27. A nota explica:

"Das ruas vem a voz. O batuque, o gesto e a cara. A juventude marcha a passos largos na busca de seus direitos. Nutre a rebeldia. Nutre a vontade por transformações. Milhares viraram milhões, de norte a sul do país. Nós sempre preferimos ser gente que vibra, gente que não tem de ser empurrada, que sabe o que tem que fazer e que faz. Cartazes, bandeiras e mãos unidas fazem ecoar nossa paixão pela democracia e pela liberdade num contexto em que a crise econômica mundial apresenta de forma clara os limites do sistema capitalista. Derrotamos o aumento da tarifa em diversas cidades, condenamos e enfrentamos toda forma de repressão policial onde quer que aconteça e agora dizemos: queremos mais, muito mais!

A UNE e a UBES estão nessa desde o começo. Acreditamos que é chegada a hora de conquistar mais vitórias. Vamos seguir pelo Brasil conectados aos sonhos da juventude e das e dos trabalhadores e barrando qualquer tipo de retrocesso ou tentativa conservadora de manipular as vozes que entoam causas justas. Essas vozes refletem de forma legítima os limites da política institucional de dialogar com a sociedade e as contradições dos próprios governos, que devem estar exclusivamente voltados para as interesses populares.

Nossa combatividade traz o branco da paz e a nossa coragem mostra a cara pintada de verde e amarelo. Mais uma vez a juventude brasileira vai as ruas lutar por transporte de qualidade, combater a corrupção e acabar com o financiamento privado das campanhas, vencer a homofobia e democratizar a comunicação de massa em nosso país.

É também chegada a hora de aprovar 10% do PIB e destinar as riquezas do petróleo para educação pública. Queremos uma escola diferente. Não existe momento mais favorável do que este para conquistar uma educação conectada com os desafios do nosso país e com as necessidades de nossa gente.

Com a cara exposta e com o coração aberto, vamos fazer história mais uma vez.

#BrasilMostraTuaCara

#BrasilConfiaEmMim

#VemPraRua"

Fonte: CARTA MAIOR

Participe, afinal não tem globo impondo cartazes e a agenda da UNE é a voz que vem das ruas.

Ecos dos Protesto VI

O Ataulfo Merval  no Globo, desta quarta-feira, já construiu o  argumento “pelo alto”: 
- proibir pessoa jurídica( empresas) de irrigar o bolso de candidato é privilegiar “os partidos e não os candidatos, num momento em que as ruas  pedem menos forças para os partidos”. 
Nada mais cristalino, não, amigo navegante ? 
Como a Big House( velha mídia e oposição) não tem partido, ferro no PT, o único que, de fato, existe ! E grana no bolso dos candidatos amigos. 
Ataulfo Merval, agora, é “consultor do Ministro Fux 
Fonte: CONVERSA AFIADA ( palavras sublinhadas foram incluídas por este blogue)


Menos força para partidos políticos (portas abertas para a inexistência de partidos ) é trilhar um caminho para o totalitarismo.

O globo, através de seu colunista imortal, flerta com um regime totalitário para o país. 

Saudades ? 

Durante anos a fio , Globo e toda a velha mídia batem na tecla de que partidos políticos são desnecessários.

Esse mantra totalitário tem como alvo os partidos fortes, oriundos das lutas do povo e, como sabe o caro leitor, se vem do povo não serve na globo.

No contexto de partidos fortes como definido acima, não se pode incluir nenhum partido de oposição.

O verde neoliberal nasceu nas areias das praias do Leblon e Ipanema entre longos aplausos ao por do sol.

O DEM veio de gabinetes  de empresários e de militares.

O ninho da oposição, no caso o PSDB nasceu em gabinetes do Congresso Nacional pela barriga do PMDB.

Não surgiram de lutas populares ( mesmo que poucos de seus quadros dela tivessem participado) e sim de organizações elitistas.

Esses partidos estão promiscuamente alinhados com grandes corporações que irrigam  os bolsos de seus candidatos  e até mesmo as moléculas da cadeia proteica de seus dna"s. 
 
A base de um sistema político forte está em partidos fortes, bem definidos em seus conteúdos e ideologias,e não o contrário com deseja o imortal totalitário.

Partidos políticos fortes representam , de fato, uma parcela da sociedade.

Não é pelo carisma de aventureiros, salvadores da pátria  irrigados pelo poder econômico e pendurados em legendas de aluguel que o cidadão deve ser chamado para o voto.

O voto democrático deve se dar em conteúdos programáticos bem definidos, onde pessoas afins estão reunidas e serão escolhidas para fazer valer esses conteúdos.

Assim sendo, não é o indivíduo, mas sim uma lista de candidatos de um partido que é escolhida.

Para que isso aconteça, e esperamos ( eu e o caro leitor) que aconteça com a reforma política que se inicia, os partidos devem ter uma identidade bem definida ( sem máscaras ninja) e somente com  recursos públicos para o financiamento das campanhas.

O imortal da globo, com seu texto indecente, defende a turma que cobre o rosto com máscaras e ainda atribuiu  a esse grupo a totalidade da voz  das ruas.

A Globo esculacha a política
e não quer reformá-la


terça-feira, 25 de junho de 2013

Ecos dos Protestos V

Dirceu: vamos às ruas pelo plebiscito

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Plebiscito e Constituinte:  Ampliar a Voz das Ruas na Democracia. 
SOBERANIA POPULAR É INCONSTITUCIONAL? O QUE ELES QUEREM? UM NAPOLEÃO DE TOGA.   
"O segundo pacto é em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie os horizontes da cidadania. Esse tema, todos nós sabemos, já entrou e saiu da pauta do país por várias vezes, e é necessário que (...) tenhamos a iniciativa de romper o impasse", disse a Presidenta Dilma Rousseff, nesta 2ª feira, ao propor um Plebiscito para convocar uma Constituinte exclusiva, capaz de realizar uma 'ampla e profunda' reforma política. Um aggiornamento  da democracia brasileira, em sintonia com os anseios sinceros da rua por mais participação e menor influencia do dinheiro grosso no sistema político nacional. A   presidenta Dilma desenhou o escopo de um grande debate nacional, capaz de incorporar as vozes e inquietações das ruas. Cumpre às administrações locais avançarem nessa direção criando contrapartidas de ampliação da democracia ali onde a vida acontece, na gestão das cidades. A sorte de prefeitos e gestões progressistas depende desse desassombro. Trata-se de abrir canais de escuta forte da cidadania. Não canais ornamentais, mas instrumentos relevantes e críveis de poder  sobre o orçamento. O PT tem experiências a resgatar; a disseminação da tecnologia permite, hoje, mais que ontem, submeter a gestão da cidade à soberania dos cidadãos. A Presidenta Dilma respondeu com perspicácia histórica ao clamor das ruas. Disparou na direção certa. A questão que aglutina a fragmentação das bandeiras desordenadas do nosso tempo é o poder. Todo o processo de globalização e financeirização apoia-se na captura da soberania popular pelo dinheiro grosso. Governos se emasculam. O voto se desmoraliza. Os partidos se descarnam. A existência se acinzenta. A mídia conservadora é a torre de vigia desse sequestro (leia a coluna de Venício Lima; nesta pág). O poder democrático da sociedade sobre ela mesma se esfarela. Ou ele se amplia, ou vence a exaustão caótica. E com ela a bandeira já  sussurrada pela direita e por seus ventríloquos obsequiosos: 'ordem e um Napoleão de toga'. (Leia sobre o significado da Constituinte no blog do Emir. E também: Boaventura Santos, ' A grande oportunidade'. E ainda: 'A tarefa mais urgente' e 'A resposta é mais democracia')

(Carta Maior;3ª feira,25/06/2013)
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Opinião: Dilma propõe participação popular e oposição reclama

Plebiscito para reforma política tem que ser amplo

A proposta de Dilma só estará completa se entre as questões que deverão ser colocadas em discussão no plebiscito estejam também o fim do nepotismo em todas as esferas de poder; a redução do número de parlamentares e melhoria da representatividade; o fim da indicação dos ministros do poder judiciário, para se evitar que haja votações tendenciosas de processos que envolvam interesse de toda a nação, e mais rigidez e transparência na doação de verbas para campanhas políticas.
Esses pontos já estão sendo debatidos nas ruas, estão nos cartazes dos manifestantes e não há mais como retardar essas discussões. O nepotismo e a falta de transparência na doação para campanhas representam uma enfermidade para qualquer democracia. A condição que o país atingiu nas últimas décadas, desde a redemocratização em 1985, não permite que regras que já deveriam estar extintas há muito tempo continuem emperrando seu desenvolvimento político, econômico e social.
Mudanças sempre incomodam, principalmente quando se mexe em interesses de uma minoria que tem poder. A proposta da presidente desagradou bastante à oposição e a ala conservadora do Congresso, inclusive da base aliada do governo. Um plebiscito para consulta popular poderia até ser aceito, se o resultado ficasse apenas na consulta. Mas, consulta e formação de uma constituinte formada por membros que não sejam do parlamento é inaceitável para esses políticos. A proposta foi rechaçada de forma veemente pelo tucanato de alta plumagem.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora tenha sido tratado com deferência pelo governo e ser consultado com antecedência sobre a proposta, disse, num primeiro momento, que concordava com uma reforma política ampla, mas não com plebiscito. O cheiro de povo nunca adentra aos luxuosos apartamentos de Higienópolis porque incomoda. Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, também reclamou da forma como foi proposta a discussão sobre a reforma política.
O presidente do PSDB, no entanto, não entrou no mérito das dificuldades criadas pelos próprios políticos, ao defender interesses individuais, para se aprovar uma reforma pela tramitação normal do parlamento. Ele também não lembrou a falta de iniciativa do Congresso Nacional para legislar, deixando um espaço em aberto nos últimos anos, inclusive durante o governo dos tucanos, que vem sendo preenchido pelo Supremo Tribunal Federal. Essa disfunção do poder judiciário acaba distorcendo as relações dos três poderes da República.
Se havia críticas a Dilma pela sua falta de jogo de cintura, a presidente provou que está disposta a rebolar como passista de escola de samba ao encarar uma consulta popular. Já os que são contrários a essa ampla participação estão temerosos e começam a buscar uma saída, tendo como argumento a inconstitucionalidade de uma constituinte exclusiva. Seria medo? O fato é que a proposta de Dilma foi uma verdadeira jogada de “mestra”.

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oposição sente o tiro no peito

“Soberania popular” ? O Agripino foge mais disso que o Gilmar

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Constituinte: sai o infantil
e entra o time principal

Para as semi-finais, Dilma escalou os Sindicatos e os Partidos.

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Dilma tira a Constituição
do Gilmar e devolve ao povo !

O povo vai convocar a Constituinte e referendá-lo. Bye, bye Fux !

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Ecos dos Protestos IV

O pronunciamento da Presidenta Dilma, ontem, apresentando os cinco pontos de seu programa em atendimento as manifestações das ruas parece que desnorteou ainda a mais a velha imprensa.

Em um pronunciamento desse porte, no momento em que vive o país, era de se esperar que as emissoras de tv entrassem imediatamente após o pronunciamento com debatedores para analisar as propostas apresentadas pelo executivo, como é comum nas emissoras de tv em situações como essa.

Não foi o que se viu e, pior ainda, as emissoras globo e bandeirantes ignoraram o pronunciamento e imediatamente mostraram imagens aéreas de cidades onde aconteceriam novos protestos, principalmente o Rio de Janeiro, informando a população que os manifestantes já estavam se reunindo aguardando mais manifestantes para iniciar os protestos.

Ou seja, a velha mídia chamando os sem lideranças para as ruas.

Ontem, no jornal local aqui do Rio de Janeiro da Bandeirantes a repórter disponibizou generosos minutos para mostar um pequeno grupo andando por rua no centro da cidade em que conduziam uma faixa abre alas pedindo o fim da política e dos políticos,

Hoje, terça-feira 25.06.13, os jornais impressos ligados as organizações globo não escondem seu lado e destilam sua insatisfação pelo fato da Presidenta convocar a população para opinar sobre novas formas de organização política.

Globo se contorce para encontrar violações constitucionais na proposta do executivo que impeçam a participação popular.

O popular extra, fazendo jus a sua camada social , traz em primeira página fotos de manifestações onde aparece um manifestante portando um cartaz pedindo fora Dilma.

Durante as manifestações proliferaram cartazes pedindo a regulação da mídia e  mesmo negação da velha imprensa, como o que pode ser visto a seguir:



Como o caro leitor já percebeu, nada disso apareceu nos jornais ou nas telas de tv

Enquanto isso o crime organizado, percebendo que se pode fechar ruas , avenidas, portos e aeroprotos, sem que a polícia incomode resolveu também entrar em cena e reeditar os odiosos arrastões pelas ruas  e estabelecimentos comerciais da cidade, como ocorreu ontem na zona norte , mais precisamente no bairro de Bonsucesso.

Enquanto sem lideranças apartidárias e apolíticas estiverem disponíveis  o terrorismo midiático continuará ativo.



Ecos dos Protestos - III

No último final de semana uma manifestação ( mais uma) aqui no Rio de janeiro, na zona oeste da cidade, produziu cenas lamentáveis.

Um grupo de manifestantes, pobres, na maioria pretos, vestidos com bermudas, sandálias de dedo e com as camisas cobrindo os rostos, ao melhor estilo membros do crime organizado, invadiu e destruiu uma concessionária de automóveis, incluindo quase uma dúzia de veículos que ali se encontravam.

A reação da velha mídia foi imediata.

Classificou os manifestantes como vândalos e desordeiros e ainda ficou indignada com o grande prejuízo que o grupo causou para os empresários do local.  

Justa e perfeita a abordagem da velha mídia. 

Entretanto, no mesmo dia uma outra cena se repetia por mais um dia. 

Grupos de manifestantes bloquearam  todas as principais rodovias de acesso à cidade São Paulo, além dos acessos ao aeroporto internacional de Guarulhos. 

Uma tática clara de guerrilha, ou terrorismo, certamente elaborada por pessoas  que provavelmente não devem vestir bermudas, sandálias de dedos mas que também mantém os rostos muito bem escondidos. 

Tal bloqueio não só impede o ir e vir da população  de toda a cidade, como impossibilita a movimentação de carga para todos os estabelecimentos comerciais e industriais. 

Como o caro leitor sabe, a maioria dos estabelecimentos  trabalha com estoques mínimos, e a reposição desses estoques segue uma logística que tem por base uma técnica conhecida como just in time, ou seja, o estabelecimento recebe a mercadoria que é  utilizada/comercializada quase que imediatamente.

Imagine então , caro leitor, o gigantesco prejuízo para os empresários de toda a cidade de São Paulo e para a economia.  

Comparado com o prejuízo da concessionária invadida, o bloqueio das rodovias produziu um prejuízo infinitamente maior.   

E que fez a velha mídia ?

Apenas mostrou os bloqueios sem fazer nenhum tipo de comentário e análise sobre a tática de guerrilha, sem chamar os manifestantes de vândalos ou algo parecido  e sem mencionar o gigantesco prejuízo.

Fica claro, e o  caro leitor já percebeu, que existem manifestantes e coberturas midiáticas. 

No caso dos vândalos que invadiram a concessionária de automóveis , as imagens geradas pelas emissoras de tv deixam claro que se tratava de moradores de comunidades locais que se aproveitam das manifestações para produzir ações de vandalismo e furtos. 

Nesse caso, a velha mídia pede polícia.

Já os manifestantes que fecharam a cidade de São Paulo, a velha mídia nada diz a respeito.

Em meio aos vândalos da concessionária e aos órgãos infiltrados, o povo se manifesta nas ruas acreditando que a horizontalidade dos grupos ( grupos sem liderança) e o caráter apartidário das manifestações, garantem independência das manifestações. 

Desconhecem portanto,que suas manifestações, independente do caráter apartidário, são um ato político e em política, como disse Tancredo Neves, não existe vácuo, ou seja, não existe ausência de liderança. 

Sempre que essa ausência aparece alguém irá ocupá-la.

Assim sendo, fica claro para o caro leitor, a insistência da velha mídia em apresentar as manifestações como algo que rejeita a política e os políticos.

Ecos dos Protestos - II

Ontem, segunda feira 24.06.13, o jornal local aqui do Rio de Janeiro da Rede TV deu destaque para uma entrevista que foi uma pérola.

Alinhado com toda a velha mídia na investida fascista que clonou os protestos legítimos e que agora toma conta das ruas, o jornal da rede tv entrevistou um funcionário ( ou proprietário) de um estabelecimento comercial que vende as máscaras que tem sido usadas nas ruas pelos manifestantes.

É do conhecimento de todos que a maioria dos manifestantes envolvida em atos de vandalismo, furtos e mesmo terrorismo, estão usando máscaras para esconder os rostos.

E o que disse o entrevistado pela rede tv ?

"na realidade os manifestantes estão usando máscaras não para esconder os rostos , mas sim para revelar suas identidades "

Diante de tal declaração informo ao caro leitor que encerrarei , agora, essa postagem, pois são 12 horas e necessito almoçar para poder continuar com fome. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ecos dos Protestos - I

Ronaldo, o fenômeno, apareceu ontem ( 23.06.13) na primeira página do diário esportivo Lance.

O Diário enaltecia o ex-jogador como sendo "o novo", já que Ronaldo pedia o fim da roubalheira no país.

Ao lado da foto do fenômeno um outro ex -jogador, Paulo André, criticava a realização da copa do mundo no Brasil e foi apresentado pelo diário como sendo "o velho".

O velho e o novo , lado a lado, no que pode ser entendido como uma metáfora das tensões existentes atualmente no país e na manipulação da velha imprensa nos protestos.

O novo , que pede o fim da roubalheira assim como manifestantes guiados pela tv globo, é funcionaŕio da tv globo , membro do comitê organizador da copa ( ligado a CBF) e garoto, ou melhor, homem de meia idade propaganda de empresas que patrocinam o evento na tv globo.

É do conhecimento de todos que a relação de globo, CBF e empresas patrocinadoras de eventos esportivos no país tem sido alvo de várias denúncias de favorecimento , corrupção e práticas ilegais , a ponto de um atual candidato a presidência da CBF afirmar que a tv globo é um reduto de gângsters.

Cabe ainda lembrar as tentativas de parlamentares em criar uma CPI para investigar as práticas da CBF, o que não foi possível, ainda, por tratar-se a CBF uma entidade de caráter privado, assim como seus parceiros envolvidos .

Entretanto cabe lembrar que o futebol é parte da identidade do povo brasileiro.

O novo , segundo o diário Lance, comenta na tela da tv aquilo que ele ajudou a organizar e ainda esse "novo" faz propaganda de empresas envolvidas no evento que o novo trabalhou para criar.

Em suma, o novo é uma salada de conflitos de interesses que grita pelo fim da roubalheira, com crachás de empresas e entidade supostamente envolvidas em práticas ilegais.

O novo é um atentado a ética, uma hipocrisia ,o que não deixa de guardar uma semelhança como o mundo atual.

Acredito que Ronaldo tenha sido sincero em seu comentário sobre o fim da roubalheira, porém não se sabe de que roubalheira o fenômeno se refere.

Já o velho, é velho pois entende que o povo não vive apenas de pão e circo.