terça-feira, 25 de junho de 2013

Ecos dos Protestos - III

No último final de semana uma manifestação ( mais uma) aqui no Rio de janeiro, na zona oeste da cidade, produziu cenas lamentáveis.

Um grupo de manifestantes, pobres, na maioria pretos, vestidos com bermudas, sandálias de dedo e com as camisas cobrindo os rostos, ao melhor estilo membros do crime organizado, invadiu e destruiu uma concessionária de automóveis, incluindo quase uma dúzia de veículos que ali se encontravam.

A reação da velha mídia foi imediata.

Classificou os manifestantes como vândalos e desordeiros e ainda ficou indignada com o grande prejuízo que o grupo causou para os empresários do local.  

Justa e perfeita a abordagem da velha mídia. 

Entretanto, no mesmo dia uma outra cena se repetia por mais um dia. 

Grupos de manifestantes bloquearam  todas as principais rodovias de acesso à cidade São Paulo, além dos acessos ao aeroporto internacional de Guarulhos. 

Uma tática clara de guerrilha, ou terrorismo, certamente elaborada por pessoas  que provavelmente não devem vestir bermudas, sandálias de dedos mas que também mantém os rostos muito bem escondidos. 

Tal bloqueio não só impede o ir e vir da população  de toda a cidade, como impossibilita a movimentação de carga para todos os estabelecimentos comerciais e industriais. 

Como o caro leitor sabe, a maioria dos estabelecimentos  trabalha com estoques mínimos, e a reposição desses estoques segue uma logística que tem por base uma técnica conhecida como just in time, ou seja, o estabelecimento recebe a mercadoria que é  utilizada/comercializada quase que imediatamente.

Imagine então , caro leitor, o gigantesco prejuízo para os empresários de toda a cidade de São Paulo e para a economia.  

Comparado com o prejuízo da concessionária invadida, o bloqueio das rodovias produziu um prejuízo infinitamente maior.   

E que fez a velha mídia ?

Apenas mostrou os bloqueios sem fazer nenhum tipo de comentário e análise sobre a tática de guerrilha, sem chamar os manifestantes de vândalos ou algo parecido  e sem mencionar o gigantesco prejuízo.

Fica claro, e o  caro leitor já percebeu, que existem manifestantes e coberturas midiáticas. 

No caso dos vândalos que invadiram a concessionária de automóveis , as imagens geradas pelas emissoras de tv deixam claro que se tratava de moradores de comunidades locais que se aproveitam das manifestações para produzir ações de vandalismo e furtos. 

Nesse caso, a velha mídia pede polícia.

Já os manifestantes que fecharam a cidade de São Paulo, a velha mídia nada diz a respeito.

Em meio aos vândalos da concessionária e aos órgãos infiltrados, o povo se manifesta nas ruas acreditando que a horizontalidade dos grupos ( grupos sem liderança) e o caráter apartidário das manifestações, garantem independência das manifestações. 

Desconhecem portanto,que suas manifestações, independente do caráter apartidário, são um ato político e em política, como disse Tancredo Neves, não existe vácuo, ou seja, não existe ausência de liderança. 

Sempre que essa ausência aparece alguém irá ocupá-la.

Assim sendo, fica claro para o caro leitor, a insistência da velha mídia em apresentar as manifestações como algo que rejeita a política e os políticos.

Ecos dos Protestos - II

Ontem, segunda feira 24.06.13, o jornal local aqui do Rio de Janeiro da Rede TV deu destaque para uma entrevista que foi uma pérola.

Alinhado com toda a velha mídia na investida fascista que clonou os protestos legítimos e que agora toma conta das ruas, o jornal da rede tv entrevistou um funcionário ( ou proprietário) de um estabelecimento comercial que vende as máscaras que tem sido usadas nas ruas pelos manifestantes.

É do conhecimento de todos que a maioria dos manifestantes envolvida em atos de vandalismo, furtos e mesmo terrorismo, estão usando máscaras para esconder os rostos.

E o que disse o entrevistado pela rede tv ?

"na realidade os manifestantes estão usando máscaras não para esconder os rostos , mas sim para revelar suas identidades "

Diante de tal declaração informo ao caro leitor que encerrarei , agora, essa postagem, pois são 12 horas e necessito almoçar para poder continuar com fome. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ecos dos Protestos - I

Ronaldo, o fenômeno, apareceu ontem ( 23.06.13) na primeira página do diário esportivo Lance.

O Diário enaltecia o ex-jogador como sendo "o novo", já que Ronaldo pedia o fim da roubalheira no país.

Ao lado da foto do fenômeno um outro ex -jogador, Paulo André, criticava a realização da copa do mundo no Brasil e foi apresentado pelo diário como sendo "o velho".

O velho e o novo , lado a lado, no que pode ser entendido como uma metáfora das tensões existentes atualmente no país e na manipulação da velha imprensa nos protestos.

O novo , que pede o fim da roubalheira assim como manifestantes guiados pela tv globo, é funcionaŕio da tv globo , membro do comitê organizador da copa ( ligado a CBF) e garoto, ou melhor, homem de meia idade propaganda de empresas que patrocinam o evento na tv globo.

É do conhecimento de todos que a relação de globo, CBF e empresas patrocinadoras de eventos esportivos no país tem sido alvo de várias denúncias de favorecimento , corrupção e práticas ilegais , a ponto de um atual candidato a presidência da CBF afirmar que a tv globo é um reduto de gângsters.

Cabe ainda lembrar as tentativas de parlamentares em criar uma CPI para investigar as práticas da CBF, o que não foi possível, ainda, por tratar-se a CBF uma entidade de caráter privado, assim como seus parceiros envolvidos .

Entretanto cabe lembrar que o futebol é parte da identidade do povo brasileiro.

O novo , segundo o diário Lance, comenta na tela da tv aquilo que ele ajudou a organizar e ainda esse "novo" faz propaganda de empresas envolvidas no evento que o novo trabalhou para criar.

Em suma, o novo é uma salada de conflitos de interesses que grita pelo fim da roubalheira, com crachás de empresas e entidade supostamente envolvidas em práticas ilegais.

O novo é um atentado a ética, uma hipocrisia ,o que não deixa de guardar uma semelhança como o mundo atual.

Acredito que Ronaldo tenha sido sincero em seu comentário sobre o fim da roubalheira, porém não se sabe de que roubalheira o fenômeno se refere.

Já o velho, é velho pois entende que o povo não vive apenas de pão e circo.

domingo, 23 de junho de 2013

Good Morning, Brazil

A TV organiza a massa

A mudança da grade de programação, com a troca da novela pelas manifestações “ao vivo”, na última quinta (20), é ainda mais emblemática. Sinalizou para o telespectador que algo de muito grave estava ocorrendo e ele deveria ficar “ligado na Globo” para “entender” a situação.



19 jun 2013            
(*) Artigo publicado originalmente na Rede Brasil Atual.

"Este não foi um movimento partidário. Dele participaram os setores conscientes da vida política brasileira". (Editorial de O Globo, 2/4/1964)

A TV, chamada de “Príncipe Eletrônico” pelo sociólogo Octavio Ianni, está conduzindo as massa pelas ruas brasileiras. À internet coube o papel de convocar, à TV de conduzir.

Ao perceber que o movimento não tinha direção e poderia assumir bandeiras progressistas, as emissoras de TV, com a Globo à frente, passaram a conduzi-lo.

Nos primeiros dias, para as TVs, eram vândalos que estavam nas ruas e precisavam ser reprimidos. Reproduziam em linguagem popular o que pediam os editoriais da mídia impressa.

Não esperavam, no entanto, que o movimento ganhasse as proporções que ganhou. Longos anos de neoliberalismo exaltando o consumo e o individualismo tiraram de algumas gerações o prazer de fazer política voltada para a solidariedade e a transformação social.

Os partidos que poderiam ser eficientes canais de participação passaram a se preocupar mais com o jogo do poder do que com debate e o esclarecimento político, tão necessário na formação dos jovens.

Tudo isso estava engasgado. O movimento do passe livre serviu de destape. Reprimido com violência como queria a mídia, ele cresceu. Milhões foram às ruas em repúdio ao vandalismo policial daquela quinta-feira (13).

As bandeiras, ao se multiplicarem, diluíram. A história registra o surgimento, nesses momentos, de líderes carismáticos ou de militares bem armados para levar as massas à trágicas aventuras. Alemanha nos anos 1930 e o Brasil em 1964 são apenas dois exemplos.

Em 2013, quem assumiu esse papel foi a TV. Percebendo a grandeza física do movimento, mudou o discurso e passou a exaltar a “beleza” das manifestações. Ofereceu para elas as suas bandeiras voltadas para assediar o poder central.

O grito genérico contra a corrupção ecoa a tentativa de golpe contra o governo Lula em 2005, ensaiado pelos mesmos agentes de hoje. Naquela época o esforço era maior. A TV tinha de convencer a massa a ir para a rua. Em 2013 ela já estava caminhando, era só entregar as bandeiras.

É o que estão fazendo com todo empenho. A exaltação ao povo que “acordou” foi só o começo. O JN, na sexta-feira (14), censurou uma entrevista dada no Rio por uma integrante do Movimento do Passe Livre, Mayara Vivian.

Enquanto ela falava dos ônibus, tudo bem. Mas a parte em que ela defendia a reforma agrária, a reforma política e o fim do latifúndio no Brasil foi cortada pela censura global. Esses temas não fazem parte das bandeiras da família Marinho.

A mudança da grade de programação, com a troca da novela pelas manifestações “ao vivo”, na última quinta (20), é ainda mais emblemática. Sinalizou para o telespectador que algo de muito grave estava ocorrendo e ele deveria ficar “ligado na Globo” para “entender” a situação.

Tanto entenderam que às 20h30 centenas, se não milhares de pessoas, continuavam a sair das estações do Metrô na Avenida Paulista. Iam se juntar aos “apolíticos” que hostilizavam os militantes partidários insuflados por “pitbulls” (jovens parrudos) estrategicamente postados ao longo da avenida. Pela minha cabeça passaram imagens das brigadas nazistas vistas no cinema.

Os cartazes tinham de tudo. Alguém disse que era um “facebook” real. Cada um “postava” na cartolina a sua reivindicação. E a TV até disso se aproveitou.

Na sexta pela manhã, Ana Maria Braga ensinava como as mães deveriam orientar seus filhos na confecção desses cartazes. Como o Movimento pelo Passe Livre já disse que não iria mais convocar novas manifestações, parece que a Globo assumiu o comando. Quando será o próximo ato? Saiba na Globo.

Fustigado nas ruas e nas telas, o governo para responder, tem de se valer da mesma TV que o ataca. Julgou, como julgaram outros governos, que isso seria possível e por isso não constituiu canais alternativos de rádio e TV capazes de equilibrar a disputa informativa (a presidente Cristina Kirchner não entrou nessa).

Sem falar na regulamentação dos meios eletrônicos cujo projeto formulado ao final do governo Lula está engavetado. Se houvesse sido enviado ao Congresso e aprovado, outras vozes estariam no ar. Teríamos mais chance de evitar o golpe anunciado.


Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.
 
 
Hoje, domingo 23.06.13, o jornal o globo destaca em  manchete de primeira página o seguinte:
" Juventude Desiludida"
De fato, globo acertou na manchete.
 
A juventude  em todo o mundo está desiludida e essa onda chegou aqui no Brasil.
 
Na Europa, nos EUA, nos países árabes, a juventude nas ruas demonstrou sua insatisfação.
 
Insatisfação com o que, especificamente ?
 
Em comum , independente se no Brasil, nos EUA, na Europa, na África e até mesmo na estação espacial em órbita da terra, todos os jovens estão desiludidos com a maneira de fazer política dos políticos atuais, com a destruição da natureza, com a falta de perspectiva no futuro, com a privatização de todos os serviços que transformam a vida em uma mercadoria, com o modelo político econômico hegemônico mundial, com o poder econômico representado pelas grandes corporações que orbitam  os governos e até mesmo dirigem os países  e em  essência são a  fonte da roubalheira e da corrupção em todos os cantos, com a democracia representativa que poucas possibilidades oferece para a participação direta do cidadão nas questões de interesse coletivo, etc..
.
Todas essas insatisfações, em maior ou menor grau dependendo do país ou região do planeta, estão presentes em todas as grandes manifestações pelo mundo.
 
O maio de 68 pós- moderno, como se refere o globo hoje em um de seus artigos, começou com o colapso do sistema mundo atual com a grave crise financeira de 2008 que continua nos dias atuais ceifando vidas em todos os continentes.
 
Os jovens nas ruas em todos os países mandam uma mensagem bem clara de rejeição ao mundo atual, claro, com as especificidades de cada país.
 
O jornal o globo, assim como toda a velha e ultrapassada mídia brasileira e mundial ,é defensor incondicional do sistema mundo atual, com seu modelo político corrupto ( que favorece grandes corporações com as de mídia, por exemplo) .
 
Assim sendo, o globo finge estar ao lado dos manifestantes com a intenção clara de redirecionar as manifestações.
 
Ao fazê-lo, o globo e toda a  velha mídia brasileira e mundial desejam o  oposto daquilo que os manifestantes reivindicam.
 
Para as grandes e ultrapassadas corporações de mídia o avanço da democracia, como desejam os manifestantes, é intolerável.
 
A mudança do modelo político econômico só é desejável para essas corporações se esse modelo aprofundar o ideário ortodoxo do neoliberalismo, ou seja, produzir mais e mais privatizações de todo o patrimônio do povo , como desejam com os recursos do pré-sal, com a saúde pública e com a educação.
 
A corrupção e a roubalheira, tão alardeada pela velha mídia como problemas graves do país, é fonte de enriquecimento e maior acumulação por parte das grandes corporações e de políticos em uma simbiose com  um fazer político eclipsado do povo.
 
A corrupção existe porque existem corruptores e corruptos, em uma ambiente onde a prática possa acontecer livremente.
 
Cabe lembrar que os grande ladrões corruptos  são protegidos pela velha mídia e enaltecidos como grandes inteligências , e ainda , quando acusados de seus crimes, são favorecidos com habeas corpus velozes produzidos por membros da suprema corte, o que nos leva a crer que o judiciário não é imaculado como se apresenta diante das generosas câmeras de tv  quando por ocasião de espetáculos jurídicos.
 
Possíveis salvadores da pátria togados se alimentam ,  e muito da corrupção, apesar das aparências.
 
O Poder hegemônico mundial, tanto o  econômico como o político, atua para conter todo e qualquer avanço da democracia e das liberdades e direitos do cidadão .
 
Isso pode ser visto, provado e comprovado nos países que buscam caminhos alternativos na política, na economia e na liberdade dos povos.
 
Falo dos países da América  Latina, laboratório progressista e de vanguarda do mundo decadente atual.
 
Assim sendo é de suma importância não se deixar confundir com as manifestações legítimas do povo ( que a velha mídia não apoia)  com as manifestações  que visam conter os avanços na América Latina, apesar das aparências.
 
A massa que a tv globo organiza, não passa pelo futuro que as massas do mundo desejam. 
 
Os jovens do Brasil  estão desiludidos e assim como os jovens de todo o mundo gritam que desejam um outro mundo.

sábado, 22 de junho de 2013

Bruuuuuuummmmmm

Vale a leitura da opinião do JB e o artigo de CONVERSA AFIADA. Ambos citam que as manifestações  foram infiltradas na tentativa de mudar o rumo  .O editorial de O Globo de hoje, assim como boa parte das análises dos principais analistas, cita o perigo de uma sociedade sem partidos  políticos. Diz, inclusive, que seria o caminho para uma ditadura. Interessante a nova mudança de tom. O mesmo  O Globo que por anos a fio demoniza os políticos e os partidos políticos em um processo claro de despolitização da sociedade, de negação da política , da valorização da técnica, do gestor capacitado, etc... Como tem acontecido com frequência nos últimos dias , a direita e a oposição  vão dançando conforme a música e repetindo, através de seus veículos de mídia, o sentimento dominante. E se a sociedade desejar a democratização da mídia ?Será que teremos um amplo apoio de globo filmando os manifestantes, do alto, para que o telespectador possa ver as imagens com o som de fundo de barulho ( bruuuuuuuummmmmm) dos motores dos helicópteros?_______________________________________________________ Da  Da série, 'eu não acredito em brujas:  Vídeos de esmerada produção, legendados e falados em inglês convocam protestos.Há menos de 20 dias, um boato de origem nebulosa mobilizou 900 mil pessoas no Nordeste para sacar o benefício do Bolsa Família.     Fonte:CARTA MAIOR

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A quem interessa a radicalização?




Que muitos jovens, ricos ou pobres, se deixem levar pelo entusiasmo e não controlem seus próprios impulsos, podemos entender. Mas não se pode aceitar que a isso fossem levados pelos noticiários de televisão, como qualquer pessoa com o mínimo de neurônios ativos podia claramente perceber. Ou incitados por um programa de televisão, cuja apresentadora ensinava a redigir cartazes “contra a corrupção”. Com tais estímulos, foi impossível que os mais sensatos deles impedissem o início de depredação do Itamaraty e o apedrejamento da Catedral de Brasília. Fatos como esses também ocorreram em outras cidades brasileiras, entre elas São Paulo e Rio. Só diante da força policial, parcelas enfurecidas de manifestantes se renderam.
A quem interessa a radicalização? Não interessa ao povo trabalhador deste país, que está conseguindo, pouco a pouco, cobrar da sociedade o que é de seu direito: educação, respeito social e empregos. E, como é a esperança, e não o desespero, que faz as revoluções, seria natural que o povo exigisse mais, em busca de sua plena emancipação histórica.
Infelizmente não é ao povo brasileiro - a não ser pela reflexão que elas sugerem - que estes excessos favorecem. Eles servem, na realidade, aos seus inimigos. Aos que consideram descartáveis da sociedade nacional os que tiveram negado o acesso à educação, e à posse daquele mínimo de bens “indispensáveis ao exercício da virtude”, conforme Santo Tomás de Aquino. E aos que qualificam como incentivo à preguiça a ajuda que os mais necessitados recebem do Estado, por meio do Bolsa Família e do Pro-Uni, entre outros programas.
A radicalização serve a alguns banqueiros insaciáveis, atingidos pela redução das taxas de juros; aos que especulam com o preço dos cereais e promovem a sua falta no varejo; às empresas multinacionais que se financiam no BNDES, e remetem bilhões de dólares de lucros ao exterior, sem reinvestir o necessário para o desenvolvimento nacional.
Ao avançar contra o Itamaraty, os extremistas se disseram contrários ao sentimento de soberania do país; em São Paulo, ao incendiar a bandeira nacional, e ao gritar que “o nacionalismo é imbecil”, robusteceram a suspeita de que provocadores estrangeiros infiltraram-se no movimento. Repetiram-se cenas conhecidas, desde a derrubada de Mossadegh, no Irã, em 1953 e ocorridas entre nós dez anos depois. E foram além, ao apedrejar a Catedral de Brasília. Queriam atingir Deus, ou o arquiteto que concebeu o templo?
É notório que o governo – que nisso tem sua parcela de culpa – está sendo acossado pelas maiores empreiteiras do país, como é o caso da Delta, uma aventura insuflada pelo governo do Rio de Janeiro. E como é o de Eike Batista, que, em pleno desmonte de seus negócios, ainda conseguiu associar-se a outra empresa, a fim de obter a concessão do Maracanã.
Ora, daqui a um ano e meses o povo brasileiro irá às urnas e elegerá seu novo presidente. Por que não respeitar o sistema democrático? Os insatisfeitos com o governo poderão escolher outro.
A radicalização tem beneficiado, como mostra a História, a direita golpista. Foi assim que, em 1963 e em 1964, as senhoras ricas de São Paulo, bem postas em sua elegância, saíram às ruas, insufladas por agentes estrangeiros, como o famoso padre Peyton, um sacerdote de espetáculo, pároco de Hollywood, e a serviço da C.I.A. Elas estavam preocupadas em preservar a família, contra os “os comunistas ateus”. O resultado nós o conhecemos
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Manifestação contra
Copa é encomendada

Em Brasília, eles saíram de ônibus alugado, mascarados. Devidamente apartidarizados



Um Governador de Estado do Nordeste tem informações de seus serviços de inteligência de que as manifestações contra a Copa são encomendadas e organizadas.

Há uma articulação entre os “manifestantes” e, inclusive, a oposição, neste Estado.

Os cartazes contra a Copa são padronizados e seus portadores, jovens robustos da classe media alta – e devidamente apartidários.

Se o serviço de inteligência neste Estado funciona, no Distrito Federal parece que não.

Um Ministro que participou de reunião, hoje, com a Presidenta Dilma, viu, com os próprios olhos, manifestantes apartidários saírem de ônibus alugado, já devidamente mascarados para agir em Brasília, ontem à noite – a tempo de pegar o horário nobre da Globo.

O que houve no Itamaraty, concluiu nele, não foi espontâneo.

Foi uma manifestação organizada.

Em terra e no alto …

Fonte: CONVERSA AFIADA
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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cheiro de Uma Nova Estação


O caro leitor pode ver abaixo as principais manchetes e chamadas dos jornais e portais de notícias que produzem conteúdos fidedignos neste 21 de junho de 2013, solstício de inverno, dia seguinte, verdade que aparece.

Mesmo com a tentativa de golpe de estado de setores ultra reacionários de extrema direita ao transformar e embolsar as manifestações  democráticas e civilizadas da população, a luz das pessoas me faz crer que seguiremos juntos na construção de um país mais justo e democrático.


 

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 Comando PIG



Fonte: CONVERSA AFIADA

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Movimentos

Seguir lutando e rejeitar as manobras golpistas da direita 

Fonte: VERMELHO

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Sensacional ! A Globo não está do nosso lado !

A Globo apoiou a ditadura: a causa da Globo é sempre de direita

Fonte: CONVERSA AFIADA

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Twitter da Globo convocou o Golpe

redacaoemConversa Afiada - Há 2 horas
No tweeter da Globo, às 16:36, para 4 milhões de seguidores.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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*MPL REPUDIA O AVANÇO DA DIREITA NAS RUAS E DESISTE DE NOVOS PROTESTOS 

Fonte:  CARTA MAIOR

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Quase 80% dos estadunidenses não confiam na mídia nacional

Mídia estadunidense

Fonte : VERMELHO

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Desenvolvimentismo ou "Buen vivir"?
 
Fonte; BRASIL DE FATO  

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Globo usa jovens como massa de manobra

A contribuição decisiva da Globo na criação do monstro

 

Hoje é um dia triste para a História do nosso país. Não foram em um ou dois pontos isolados. O que se viu nas ruas de todo o país (principalmente Rio e SP) foram jovens ensandecidos partindo pra violência contra pessoas que carregavam suas bandeiras da luta social

Fonte: VI O MUNDO

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Movimento Passe Livre suspense convocação de protestos

Fonte: JORNAL DO BRASIL

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Editorial: Contra os fascistas, a força das redes e dos processos democráticos

Fonte: REVISTA FORUM

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MPL se retira de protesto para evitar ser confundido com direita

Fonte: VERMELHO

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Terra Magazine: Lucas, não lhe parece que as coisas estão saindo do controle e que há uma extrema direita indo para as ruas, tentando se apropriar das manifestações?

 
Lucas Monteiro: Sim, eu concordo. Ontem (quinta-feira, 20) foi a última manifestação, não vamos mais chamar manifestações nas ruas… não vamos chamar mais nesse momento. O movimento conquistou a vitória que a gente buscava. Um vitória popular, da população, e não podemos deixar que isso seja confunfido e apropriado e que a violência tome as ruas…

Fonte: TERRA MAGAZINE

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Equador protagoniza saída do capitalismo, diz acadêmico mexicano

O Equador protagoniza nestes tempos o caminho de vanguarda para a saída do monopólio midiático, este desastre que o capitalismo produziu na humanidade”, afirmou nesta quinta-feira (20) o acadêmico mexicano Fernando Buen Abad.

Fonte: VERMELHO

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“Os microfones da Globo estão encapuzados.”

Fonte: CONVERSA AFIADA

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Folha tira Copa do Brasil.
Pra Globo, tudo bem !

A Globo já embolsa R$ 400 milhões por cotista 


Fonte: CONVERSA AFIADA
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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um Outro Mundo é Possível

O Movimento Passe Livre e a política na Era Informacional

19/06/2013 | Publicado por Renato Rovai em Geral


O que está acontecendo nesses últimos dias no Brasil não é novo. E não pode ser pensado a partir das mesmas lógicas e padrões da sociedade industrial. É preciso buscar entender o tempo que estamos vivendo, como as dinâmicas de relação e poder se estabelecem e quais as novas demandas e padrões de luta. Não são questões fáceis e nem ensejam respostas precipitadas. O jogo é muito mais complexo no modelo atual.
Há alguns anos venho conversando sobre redes com diferentes grupos. E, entre outras coisas, tenho afirmado que estamos vivendo numa mudança de era. Estamos passando da Era Industrial para a Era Informacional. Isso tem levado a grandes transformações na economia, na cultura e também na política.
Quando migramos da sociedade agrícola para a industrial, isso já ocorreu. Foram grandes as transformações e enormes as resistências. Houve quem preferisse destruir as máquinas do que tentar entender suas possibilidades e potencialidades. Hoje a mesma coisa está ocorrendo. A sociedade em redes não permite respostas analógicas. E os partidos e movimentos tradicionais de esquerda ainda resistem em entender esse novo processo. Não entenderam que na sociedade em redes uma das grandes crises se dá em relação às organizações intermediárias. A indústria cultural foi uma das primeiras a ser afetadas por esse fenômeno. As gravadoras de música, por exemplo, tentaram resistir a ele com a criminalização do que chamavam de pirataria. Tiveram que mudar a estratégia e perderam muito espaço. Na indústria da informação está ocorrendo o mesmo. Boa parte dos grandes grupos desse setor está ruindo porque decidiu enfrentar as mudanças e não buscar se adaptar a elas. Na política, os partidos são as organizações intermediárias. São as gravadoras da indústria da música. E as pessoas que estão nas ruas não querem ser representadas por eles. Querem se representar. É uma crise da democracia representativa, para a qual ainda não se tem respostas nem soluções. E para ser franco, poucas pistas.
De qualquer forma, a resposta tradicional a isso é a de que esses movimentos negam a política. Essa é uma daquelas respostas simples que não dialogam com o problema. Entre outras coisas porque nunca se discutiu tanto questões da política como nesses anos de redes em redes.
E essas redes nascem nas ruas e se articulam na internet. Nascem na internet e se manifestam nas ruas. Elas não são produzidas em escala industrial e nem em linhas de produção. E nelas há forças centrais, mas não há um centro. E as forças centrais podem inclusive ser contraditórias.
É preciso pensar em movimentos e não num único movimento. Movimentos que em alguns momentos podem se juntar a partir de uma sensação de que algo precisa mudar. E de alguma forma é isso que parece estar acontecendo no Brasil dos últimos dias.
Geração Facebook e Passe Livre – Há um bom tempo que representantes de movimentos tradicionais de esquerda dizem frases como: “essa galera do Facebook não sai do sofá”. E além de não participar dos debates que acontecem na internet, deslegitimam aqueles que o fazem. A geração Facebook já havia saído do sofá em alguns países. E agora resolveu sair do sofá no Brasil questionando, entre outras coisas, a política tradicional.
Antes de entrar no debate propriamente dito do que é participação política na dinâmica de redes, um parênteses. O Facebook é uma plataforma, como foi o Oktuk, que hoje é um cemitério de perfis. O Facebook em breve será substituído por outra plataforma, mas as redes que nele se articulam não mais se dissiparão. Essas redes são anteriores a internet. Elas são espaços de esfera pública. Na França da revolução burguesa, os cafés de Paris faziam esse papel. Nas greves dos ABC do fim da década de 70, as comissões de base organizavam o chão da fábrica e o Sindicato dos Metalúrgicos era o principal aglutinador daquele movimento que vinha debaixo. E ao mesmo tempo o Sindicato se articulava com outros sindicatos do Brasil e do mundo construindo uma rede de lutas que foi fundamental para, no Brasil, derrotar a ditadura.
Nas novas dinâmicas de rede o que está ocorrendo é que essas organizações tradicionais preferiram o velho ao novo. Negar a rede parece ser uma forma de se defender do novo. É um equívoco brutal.
Isso não tem a ver diretamente com o Movimento Passe Livre, mas tem. O Passe Livre já há algum tempo se articula e debate a questão do transporte público no Brasil. Seus líderes, basta assistir às entrevistas que têm concedido, sabem do que falam e têm bem clara sua pauta. Nos últimos anos esse movimento já vinha crescendo, tanto que nas últimas manifestações contra o governo Kassab, houve forte repressão e, inclusive, vereadores petistas que atuavam com o momento foram agredidos.
A primeira ação do MPL no governo Haddad também foi grande, mas dessa vez havia uma insatisfação generalizada e difusa contra uma outra série de coisas. Há gente contra a realização da Copa no Brasil, movimentos sociais indignados com o governo Dilma pela ausência de interlocução, grupos de direita doidos para acabar com o PT, gente da periferia de São Paulo que não suporta mais a ação policial repressiva, outros contra a PEC 37 etc. Quando o MPL resolveu continuar na rua, as redes sociais que estão na internet, em especial no Facebook, começaram a aderir a essa luta. E buscaram reconstruir sua narrativa. E isso, neste exato momento, está em disputa.
O MPL diz que a pauta é a tarifa. E faz muito bem em fazer isso. Mas também é fato que nas conversas de rede esse, neste momento, não é o ponto de pauta mais prevalente. Muita gente tem dito que a luta é por direitos e não por vinte centavos. E outros já querem o impeachment de Dilma.
Não foi diferente no Egito, na Tunísia, na Espanha e nem no Ocuppy Wall Strett. De novo, não existe movimento, mas movimentos. E neste novo contexto as pautas estarão sempre em disputa quando o povo for às ruas. Às organizações intermediárias, enquanto a democracia representativa resistir, restará a possibilidade de tentar dialogar com a parte das ruas que tiver apreço pela democracia. E lutar para que o processo democrático não seja dinamitado. E nem em relação a isso há garantias quando existe disputa. Movimentos podem começar de um jeito e terminar de outro.
A disputa é política – Há risco de que esse movimento iniciado pelo Passe Livre seja capturado pela direita? Claro que sim. Não os líderes do Passe Livre, que parecem bem mais preparados do que a média dos políticos tradicionais. Mas as ruas podem fugir do controle.
Há risco que vem venha a ocorrer um processo de Ciberturbas, como caracteriza David Ugarte? Algo como ocorreu em Paris na revolta das periferias? Claro que sim. E em alguns cantos isso já começa a dar sinais concretos.
Mas há também a possibilidade enorme de se avançar e de o Brasil dar um passo mais largo no sentido de ampliar seus canais democráticos. Mas para isso será necessário passar a entender a política de forma dialógica e não analógica. E passar a fazer a política com seus instrumentos e não na base da planilha. A tecnocracia substituiu o deus mercado no Brasil. Antes tudo se resolvia na lógica do mercado. Hoje na base das planilhas. Os movimentos sociais estão enfraquecidos e muitos deles por compromissos com o atual governo têm abdicado das lutas. Enquanto isso novos movimentos têm surgido a partir de outras dinâmicas e criado novos paradigmas de participação. Os caminhões de som se tornaram coisas do passado. E a parte mais raivosa da direita já percebeu isso.
Segue, na sequência, um estudo  produzido pela Interangentes, dirigida pelos sociólogos Sérgio Amadeu e Tiago Pimentel. A partir dele é possível verificar como as conversas de rede foram mudando de lugar nos últimos dias. Nos primeiros dias havia uma grande dispersão, mas o MPL era um dos nós principais das conversas. Depois o Anonymous ganhou protagonismo. E nos últimos monitoramentos alguns grupos de direita ampliaram muito sua participação. Se não houver disputa nas ruas e nas redes, esses grupos podem capturar boa parte dessa luta.
Na Era Informacional a fragmentação não está em disputa, ela é um dado de realidade. O que está em disputa é a política, que não está sendo praticada na sua essência nem pelos governos que se dizem com viés de esquerda e nem pelos movimentos tradicionais de esquerda. A política como um espaço de construção de um mundo melhor e de diálogo. A política como espaço de transformação da realidade.
E quando falta política, a violência prevalece. E os riscos passam a ser grandes.
Estudo da Interagentes
Para proceder a análise das redes durante os principais momentos das manifestações contra a redução da tarifa dos transportes públicos, a Interagentes coletou dados do Facebook e plotou em grafos. Para isso, aplicou filtros que permitem, a partir da relação de cada ator com os demais, calcular os “nós” mais centrais no debate.
Os grafos abaixo representam dados das redes entre as 16h e 0h de três diferentes dias. Os dias  são a quinta-feira (13), marcada pelos confrontos entre manifestantes e policiais, a segunda-feira (17), dia da grande manifestação dos 100 mil, e a terça-feira (18), em que diversas outras manifestações tiveram lugar, inclusive a que culminou em depredação da Prefeitura de Sâo Paulo.
A análise dos grafos sugere que ao longo desses dias houve um expressivo aumento da quantidade de emissores envolvidos, bem como do número total de pessoas.
Em uma análise prévia do dia 13 a Interagentes detectou um padrão de liderança distribuída, que pode ser verificado nesta análise que apontou grande aprovação ao movimento. Ainda que não fosse o maior nó de rede, a página Passe Livre São Paulo ocupava um papel de destaque naquele momento. No decorrer das manifestações seguintes a página Passe Livre São Paulo vai perdendo cada vez mais a sua centralidade no debate até quase dissolver-se no curso do(s) movimento(s).
A tendência parece indicar que o MPL configura-se hoje como propositor orignal, mas já sem o caráter de principal articulador. Ao mesmo tempo em que aumenta a quantidade de pessoas envolvidas outros grupos tendem a se apropriar das conversas sobre as manifestações. E a influenciar na sua agenda. É o caso de diversas páginas que levantam a pauta da ‘corrupção’ e o anti-petismo, entre outras coisas.
Alguns grupos ligados aos Anonymous, no entanto, parecem conservar sua relevância no debate público das redes.
Grafo dia 13
Grafo dia 13 – Principais “nós” de rede:
1. AnonymousBR
2. Anonymous Rio
3. Passe Livre São Paulo
4. Quero o Fim da Corrupção
5. AnonymousBrasil

Grafo dia 17
Grafo dia 17 – Principais “nós” de rede:
1. AnonymousBrasil
2. AnonymousBR
3. A Verdade Nua & Crua
4. Movimento Contra Corrupção
5. Quero o Fim da Corrupção
Grafo dia 18
Grafo dia 18 – Principais “nós” de rede:
1. AnonymousBR
2. AnonymousBrasil
3. Movimento Contra a Corrupção
4. Anonymous Brasil
5. Anonymous Rio


Uma boa análise do Rovai e da REVISA FORUM que desde o início da década de 2000 veem debatendo a emergência da sociedade em rede.
 
Assim sendo não concordo com a maioria esmagadora dos comentários na grande imprensa de que todos foram pegos de surpresa.
Na REVISTA FORUM, em CARTA MAIOR, em BRASIL de FATO, no OBSERVATORIO DA IMPRENSA, DIPLO, o assunto tem sido debatido com frequência há mais de uma década.

Ao citar essas mídias ,falo de uma imprensa antenada com a realidade.
Já a grande imprensa, igualmente ao naufrágio do titanic que simbolizou o  final da  belle époque, diante da revolução do M 0,20 parece que naufragou de vez, faliu com seu discurso anacrônico.
Como o setor da sociedade que se apresenta como mediador dos assuntos de interesse, não deixa de ser um mico gigantesco ler e ouvir nos grandes veículos de mídia que todos foram pegos de surpresa.
E o que dizer dos institutos de pesquisa de opinião  que não conseguiram detectar essa "energia" em suas pesquisas ?
Um outro aspecto interessante foi um comentário, em minha opinião preciso e antenado, de um dos secretários diretos da Presidência da República ao afirmar que as manifestações são fruto do processo de inclusão social que vive o Brasil nos governos Lula e Dilma, o  que tem viabilizado à populacão a aquisição de equipamentos de informática.
Assim sendo, a onda mundial chegou por aqui e os vinte centavos foram a gota d´agua para a explosão de um sentimento que em essência revela a insatisfação pela ordem mundial vigente.
Assim como os manifestantes de outros países ( M 15, occupy, e outros) o M 0,20 reproduziu, em grande parte, as mesmas insatisfações ouvidas nas manifestações em outras partes do planeta.

A sociedade em rede não só é uma realidade como deseja um outro mundo.


" na internete os donos somos nós, os usuários. As informações veiculadas pela grande  imprensa são apresentadas através de um filtro político, doutrinário e comercial. Na internete produzimos , nós mesmos , os conteúdos , debatemos os assuntos e formamos nossa opinião"

trecho de um livro que escrevi em 1995.