quarta-feira, 12 de junho de 2013

Doido Varrido



Paes deveria ter mais cuidado ao falar sobre suicídio



 

Conselho foi dado ao prefeito por médico psiquiatra  


Jornal do BrasilCaio Lima*



Por trabalhar em cargo público, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), deveria tomar mais cuidado ao afirmar que, se o Brasil perder a final da Copa do Mundo do ano que vem para a seleção argentina, ele se mataria. O alerta foi feito pelo professor de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio Egídio Nardi, especialista em psiquiatria.
Paes fez a afirmação em entrevista ao jornal britânico The Guardian e que teve grande repercussão no Brasil.  De acordo com Nardi, pessoas públicas devem ser mais cuidadosas ao falar sobre atos suicidas: “É um problema que afeta muita gente e as famílias que tiveram parentes que se suicidaram, ou tentaram, sabem o trauma que é e as dificuldades que passaram. Não existe ameaça que não deva ser levada a sério, e suicídio deve ser sempre levado a sério”.
Segundo o psiquiatra, independente da declaração do prefeito, “o suicídio atinge um número enorme de pessoas e há muito mais mortes por suicídio do que por acidentes”.
Nas contas de outro psiquiatra, José Manoel Bertolote, autor do livro “O Suicídio e sua Prevenção”, houve aumento dos casos de suicídio entre os jovens no Brasil. De acordo com o livro de Bertolote, entre adolescentes e jovens a taxa desse tipo de morte aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos.
Na opinião do professor da UFRJ, Dr. Nardi, no entanto, não há provas de que uma afirmação como a de Eduardo Paes possa induzir pessoas com menor grau de discernimento, como crianças, ao suicídio: “Quem pensa no ato suicida provavelmente tem transtorno mental, e pode pensar em praticar ato pela própria doença”.
Dr. Nardi ressalta ainda que os picos com maior incidência de suicídio são entre os adolescentes, adultos jovens e terceira idade.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil

Há algo de estranho, muito estranho, no comando da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

O  prefeito vem a público dizendo que irá cometer suicídio.

O mesmo prefeito que dias atrás agrediu com socos um manifestante que o agredia com palavras.

Tal declaração, totalmente desequilibrada, mereceu o justo comentário de um profissional que cuida da saúde mental das pessoas.

Aliás, antes do atual prefeito boxeador suicida, a cidade do Rio de Janeiro teve como prefeito Cesar Maia, que constantemente protagonizava cenas de total distanciamento da realidade, como por exemplo, a insistência com o balconista em querer comprar sorvetes em açougue estando vestido com casaco pesado em dia com um calor de 40 graus Celsius.

Em certa ocasião chegou a afirmar que gostava quando o chamavam de maluco, pois os prefeitos anteriores, segundo Cesar, eram chamados de bêbados e bichas pela população e, assim sendo, maluco não era algo tão ruim. 

Cesar foi o mentor de muitos políticos durante suas passagens pela prefeitura do Rio, tendo banhado em seu caldo, inclusive, o atual prefeito.

Talvez tenhamos aí uma explicação para os surtos do atual prefeito.

Aguardemos o próximo surto.

Passarinhos Obscuros

 'MENSALÃO' TORTUROU A REALIDADE PARA EXTRAIR A 'PROVA' DO CRIME 
 Maria Inês Nassif 

Para justificar a denúncia de que o chamado Mensalão foi um
esquema do PT para comprar apoio de outros partidos no Congresso, para assuntos de interesse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, partiu da tese de que o dinheiro do Fundo de Incentivo Visanet (FIV), que era usado pelo BB para promover a marca Ourocard e o uso dos cartões de débito Eléctron, financiou este esquema. Fazia as campanhas para o Banco do Brasil a agência de publicidade DNA, do empresário Marcos Valério, por força de uma licitação que datava do ano 2000. O então procurador-geral, Fernando de Souza, incluiu apenas o nome do diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato, ligado ao PT, na denúncia apresentada ao STF e excluiu os outros três executivos da mesma área. Um deles era Claudio Vasconcelos. Se fosse aceita a tese de coautoria, os quatro teriam que ser denunciados - e, neste caso, a narrativa do 'mensalão' enfrentaria um grande complicador: três deles, os excluídos, estavam no BB antes do governo Lula, nomeados na gestão Fernando Henrique Cardoso. Pior, os procedimentos contábeis  considerados irregulares, reiterados pela denúncia de Souza ao STF, datavam de 2001, dois anos antes de Pizzolato assumir a direção de Marketing do banco.

(Leia a íntegra da quarta reportagem de Maria Inês Nassif, que desmonta a narrativa criada para sustentar o processo do chamado ‘mensalão em CARTA MAIOR)
(Carta Maior;4ª feira, 12/06/2013)



Ponto fora da curva


Celso Antonio Bandeira de Mello



Celso Antonio Bandeira de Mello
Celso Antonio Bandeira de Mello
Não houve até agora, nem parece que possa haver, uma crítica mais sintética, mais precisa e mais equilibrada do que esta. É pelo menos, a interpretação que dou ao comentário do Ministro. Creio, de todo modo, que ali se resumiu modelarmente o pensamento das pessoas especializadas em Direito. O que delas se escuta, na maior parte das vezes à boca pequena, porque os que militam nesta área compreensivelmente não desejam se indispor com os membros do Tribunal mais alto do País, é que se sentem escandalizados com a forma como foi conduzido o julgamento, com o desprezo em relação ao princípio da inocência até prova em contrário, com a aceitação da responsabilidade objetiva sem apoio em prova alguma e com a escandalosa desproporção das penas aplicadas em comparação com as que são impostas no País inclusive para crimes hediondos.
O fato da Grande Imprensa estar eufórica com o que ocorreu, não é de surpreender, até porque ela teve, como tudo indica, um papel preponderante no encaminhamento destes resultados. Resta agora esperar que a opinião otimista do Ministro Barroso sobre o possível caráter singular e episódico do ocorrido seja verdadeira para que o País não enverede pelo obscurantismo.
Celso Antônio Bandeira de Mello é professor emérito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Jornal do Brasil, quarta-feira, 12.06.2013


O julgamento do "mensalão", com todo o repertório de "provas" associado ao espetáculo midiático, foi a maior farsa da história do país.

Aquele que a imprensa apresentava como o maior julgamento da história, revela-se não o maior, muito menos o menor, em hipótese alguma o mais importante, mas o mais criminoso e vergonhoso para a jovem democracia brasileira.

Independente das sucessivas trocas de gravatas pelos membros da alta corte, o que deve ter  causado arrepios nos profissionais das tv's com função de continuístas , o  julgamento foi uma mini série, uma novela, cuidadosamente apresentada como tal pelas emissoras de tv e pela grande imprensa com início, meio e fim bem definidos préviamente, onde o governo bem sucedido e democrático do PT e muitos quadros do partido seriam condenados.

Com uma cobertura midiática que tinha por objetivo sufocar o público, através da repetição ad nauseun de palavras chaves e conceitos que tinham sempre por objetivo apresentar os réus como criminosos, a imprensa , mais uma vez, atropelou a democracia, torturou a realidade e impôs, com o auxílio da suprema corte, sua agenda política para golpear e até mesmo derubar  um governo legítimo e democrático.

Para tanto toda a história do "mensalão" assim como sua narrativa foi cuidadosamente construída para atingir os fins previamente desejados e estabelecidos .

Fatos foram ignorados para que "provas supostamente irrefutáveis" fossem  apresentadas .

O distanciamento no tempo, mesmo que ainda bem próximo das inúmeras cenas de magistrados em discursos , sempre é um fator decisivo para que a verdade seja reestabelecida. 

Contribui para isso a violenta e massiva cobertura midiática que uma vez encerrada, mesmo que poucos dias após pois o barulho foi intenso, possibilita às pessoas o reestabelecimento da razão e a compreensão precisa e exata dos acontecimento, já que reflexões críticas e análises surgem de forma civilizada e esclarecedora.

Entretanto, um fato de extrema gravidade pode ser notado no noticiário.

Na grande imprensa, principalmente,  o globo, folha de SP, estado de SP, revistas veja, época , isto É , nas emissoras de tv, globo, bandeirantes, rede tv, record, sbt  e na maioria das emissoras de rádio como ou sem o dna dos veículos impressos e de tv, nada sobre as fraudes no processo do julgamento é apresentado e menos ainda debatido.

Quando o assunto é citado , nem de longe se assemelha ao tom , a eloquência  e também ao tempo disponível,  dedicado por essa imprensa quando do julgamento .

Pior do que isso  foi ainda a matéria  de capa da revista veja, da última semana, em uma tentativa de corroborar a farsa do julgamento  ao apresentar um dos condenados em uma matéria que a própria revista acenou não ser verdadeira.

Talvez a crescente repercussão na sociedade sobre a farsa tenha justificado a matéria de capa de veja.

Em suma, a sociedade que durante semanas, diariamente, foi metralhada com "informações" sobre o julgamento, hoje, se vê orfã das informações que apontam para a verdade dos fatos. 

Para uma parcela da população mais atenta aos desdobramentos do julgamento, fica a nítida impressão de  que a grande imprensa cumpriu o seu papel e dá como encerrado o julgamento, mesmo que a realidade aponta o contrário.

Em um passado que começa a ficar distante, porém em nada resolvido, um ministro do estado brasileiro, em uma reunião com o presidente e todos os demais ministros, assim se referiu quanto a decisão que deveria ser tomada e que naquele momento estava sendo discutida:

" às favas com a democracia, com os direitos e com a verdade"

O julgamento do mensalão é o obscurantismo mostrando sua face.
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

Imprensa. Um doente Terminal

Tranco de 2013 é repeteco do ‘choque do petróleo’

Por Alberto Dines em 11/06/2013 na edição 750
A equação jornal-papel produziu avanços extraordinários ao longo dos quatro séculos de história comum. Começou a azedar há cerca de quarenta anos, em 6 de outubro de 1973, com o quarto confronto árabe-israelense, conhecido como “Guerra do Yon Kippur”.
Antes mesmo do cessar-fogo, os países produtores de petróleo reunidos na OPEP aumentaram drasticamente o preço do barril – de 3 dólares pulou para 30. Era o “choque do petróleo” que arruinou a economia mundial e produziu a recessão de 1974.
A imprensa foi uma de suas vítimas, sobretudo nos países condenados a importar o papel-jornal de fontes distantes. Caso do Brasil: nossa produção era ínfima, o insumo vinha majoritariamente da América do Norte (EUA e Canadá), países escandinavos (Noruega, Suécia e Finlândia) e alguma coisa do Chile.
O fantasma, como sempre, veio acompanhado de um pacote alternativo com maravilhosas promessas: a TV, a mídia do futuro, tornava-se imbatível, universal. Acessível inclusive a analfabetos, formidável ferramenta de inclusão social, capaz de popularizar desumanas ditaduras.
Transmitida em sedutoras cores graças aos satélites e câmeras portáteis, transistorizadas, cobria os acontecimentos quase instantaneamente e os levava, com pequeno custo, à sala de jantar dos espectadores.
Todos os jornais – inclusive vespertinos do dia – passaram a ser de véspera. A TV era o aqui, agora. O escândalo de Watergate estourara na mídia impressa em junho de 1972, mas empolgava nos telejornais em horário nobre das redes de americanas.
Jornalismo maiúsculo
A mídia não tratava da mídia, sobretudo porque o assunto era tabu para os censores e a indústria ainda não estava organizada corporativamente: no Rio de Janeiro, funcionava um precário sindicato empresarial comandado pelo deputado Chagas Freitas (dono da próspera empresa que editava O Dia e A Notícia) encarregado de manter a interlocução entre Roberto Marinho de O Globo e Nascimento Brito, do Jornal do Brasil, que não se falavam. Este e os Mesquita mantinham intenso contato. A Folha de S.Paulo ainda não contava.
A direção do JB reagiu prontamente ao choque: determinou ao editor-chefe que estudasse um corte imediato no número de páginas, diminuição no tamanho das matérias (os jornais ainda não estavam cadernizados como agora) e a suspensão de novas contratações.
Perspectivas sombrias. Nas reuniões com o comando da empresa, o editor-chefe tentou demonstrar que seria mais racional e estratégico aumentar o preço do exemplar e das assinaturas do que desfigurar um jornal que se impunha nacionalmente justamente pelo conteúdo. O leitor do Jornal do Brasil – argumentava – tinha poder aquisitivo, suportaria um aumento. O consumidor sabe o que é bom, não se importa em pagar por isso. Além disso, uma imprensa de qualidade, inteligente, adulta, seria capaz de apressar a redemocratização do país.
O problema era O Globo: geralmente os dois concorrentes – devidamente conectados por meio de Chagas Freitas – faziam os reajustes simultaneamente. E se o jornal dos Marinho – cuja rede de TV crescia em penetração e faturamento publicitário – resolvesse não acompanhar o Jornal do Brasil no aumento do preço de capa ?
Enquanto corriam avaliações e negociações, o editor-chefe do JB escreveu um artigo para a edição de dezembro do Caderno de Jornalismo e Comunicação. O título: “A crise do papel e o papel do jornal”. Pretendia ser uma convocação para a preservação do jornalismo impresso e dos valores culturais que encarnava. O editor-chefe foi demitido (por outras razões, a justificativa oficial foi “indisciplina”), a revista deixou de circular, o texto foi perdido. A ideia central converteu-se no livro O papel do jornal.
O choque do petróleo foi absorvido, o jornalismo impresso saiu incólume e manteve a sua hegemonia intocável por outras três décadas graças à bravura de publishers forjados na tradição do jornalismo dito “romântico” (na verdade, jornalismo sem qualquer qualificativo), infelizmente substituídos pelos “executivos” capazes de comandar qualquer empresa – da fábrica de salsichas a supermercados e bancos.
Cortes na carne
A partir do início de abril de 2013, a equação jornal-papel ganhou novamente uma dramática entonação. No Brasil, ao contrário dos EUA, a ameaça não veio montada na internet. A justificativa para o banho de sangue nas principais redações foi a queda no faturamento publicitário orientado principalmente para a TV.
Pagando ainda o custo do endividamento estimulado durante o regime militar por Delfim Netto, ex-czar da economia, o Estado de S.Paulo foi obrigado a iniciar a série de sacrifícios promovendo violentos cortes no número de páginas e no seu quadro de jornalistas (ver, neste Observatório, “Quem matou o ‘Sabático’?”, “A montanha pariu um rato”, “Sem tempo para a leitura?”, “Cabeças de papel” e “Uma equação da crise”).
Os demais jornalões e revistões não perderam tempo: aproveitaram o enxugamento do rival para compactar suas edições e nivelar por baixo. Desistiram de concorrer: ao invés de investir em qualidade (como exige nas demais indústrias) a mídia preferiu desinvestir. Dois meses depois, a partir do dia 3 de junho, Folha de S.Paulo, Valor, Rede Record e Editora Abril também anunciaram fortes cortes de papel, cadernos e pessoal.
***
Perguntas que não se calam
Se a justificativa desse banho de sangue é efetivamente o direcionamento das verbas publicitárias para a TV, algumas questões precisam ser esclarecidas com urgência. Caso contrário a imprensa estará abdicando formalmente do seu papel de defensora do interesse público.
** Esta valorização da TV foi repentina?
** Os exageros da cadernização (que agora se pretende corrigir) não foram pressentidos quando os jornalões refizeram o seu visual a partir de outubro de 2004?
** Se a vilã no Brasil ainda não é a internet, por que razão vem sendo insistentemente apontada como a grande predadora da mídia impressa?
** Diminuído e constrangido por essa sucessão de agressões, como preservar intactas as vantagens competitivas do jornalismo impresso no momento em que as mídias digitais se converterem em real ameaça?
** Como explicar o desânimo e a inapetência das empresas jornalísticas “puras” (que não operam no ramo da TV) diante da suposta ameaça televisiva? Esqueceram suas vitórias anteriores (a partir de 1973)? Não percebem as limitações do meio televisivo como veículo de um jornalismo intensivo?
** As entidades corporativas da mídia impressa (ANJ e ANER) tentaram demonstrar aos anunciantes que o altíssimo custo de veiculação de um comercial associado à sua incapacidade para atingir públicos segmentados torna a televisão imprópria para uma vasta gama de produtos e serviços?
** As agências de publicidade não estão atentas às alterações do mercado, não perceberam que ao assistir passivamente à asfixia da mídia impressa também serão obrigadas a cortar e reduzir despesas?
** Considerando o caráter de vilã da mídia impressa, por que razão insistem os jornais em dar apoio maciço a atrações essencialmente televisivas – como telenovelas, reality shows, sitcoms, lutas marciais?
** Diante do fenômeno da imprensa popular nas principais cidades do país, por que razão não se procuram novos nichos para atender a um público que deseja ascender?
** Considerando a crescente preocupação dos leitores com questões locais (violência, educação, transporte) e a incapacidade dos jornalões em satisfazer essa demanda, por que não se investe mais na imprensa local e comunitária tal como sugere o megainvestidor Warren Buffet? O que é bom para os EUA deixou de ser bom para o Brasil?
** Se a educação de qualidade e a formação de quadros competentes tornou-se prioridade nacional, esse repentino esvaziamento da imprensa não representa uma ação em sentido contrário?


Pesquisa da CNT publicada hoje, 11.06.13, aponta a aprovação pessoal da Presidenta Dilma em estratosféricos 73,7%.

A última pesquisa, no ano passado, apontava a aprovação de 75,7%.

Uma variação de dois pontos percentuais, praticamente a margem de erro.

Mais ainda, essa variação acontece entre 73,7 % e 75,7% e não entre 7% e 9%, por  exemplo, que nesse caso seria uma variação expressiva.

O  sisudo Jornal Valor Econômico , como gosta de dizer o nobre observador, apresenta em sua versão online a seguinte manchete:

- " cai a aprovação pessoal da presidenta Dilma"

O exemplo acima não pretende responder as questões colocadas pelo observador em seu artigo de hoje, porém inclina todo e qualquer observador atento para a realidade náufraga dos grandes jornalões e revistões do país.

Em seu texto sobre o "tranco de 2013", em uma referência ao facão que corre solto nas redações dos jornais e revistas do país, o nobre observador não fez nenhuma referência a partidarização exacerbada dos grandes jornais e revistas,  a ponto do supostamente sisudo Valor Econômico, uma promiscuidade entre Folha de SP e Globo,manipular uma informação carregada de um caráter efêmero mutante, como são as pesquisas de opinião. 

O  jornal que se pretende ser o mais sério e confiável em seu nicho distorce uma notícia como essas , o que esperar do restante do papel disponível ?

Em uma passagem do artigo o nobre observador faz uma referência ao investimento , ou a falta desse, em qualidade pelos jornais.
E a credibilidade ?

Na análise histórica, o observador inicia sua trajetória com o conflito do Yon Kippur e a crise do petróleo da época, porém, de maneira imperdoável, ignora as grandes transformações ocorridas com o  jornalismo  a partir da década de 1990, quando a imprensa assumiu um novo papel na mediação dos assuntos de interesse, atuando, por vezes, como instituição inquisitorial em alguns casos.

Iniciava-se um perído onde toda e qualquer acusação tornava-se válida , para que depois fossem encontradas as verdades.

Independente se por papel ou pelas cores das telas de tv.

O papel da imprensa a partir de então mudava e deslocava-se , até mesmo de forma radical, na abordagem neutra e equilibrada dos fatos.

O nobre observador dirá que  esse comportamento da imprensa não é novidade a partir de 1990, porém, em muito se intensificou desde então.

Em paralelo a guinada do fazer  jornalismo emergia uma nova modalidade de produção de conteúdos com o surgimento da internete.

Independente de qualquer justificativa que se apresente, a internete, no mundo e também no Brasil,  diminuiu  a relevância dos jornalões  e revistões genéricos, transformandos-os em clippings anacrônicos e irrelevantes.

É fato que agora, às 12:57 de 11.06.13, os jornalões e revistas disponíveis nas bancas, podem ser considerados como ultrapassados, no que concerne aos fatos e notícias disponíveis nos meios digitais.

Cabe ressaltar que também os jornalões, agora, estão nos meios digitais disponibilizando novos conteúdos, como o exemplo do Valor Econômico.

É comum , na cultura dos jornalões em meio digital, disponibilizar notícias falsas e distorcidas por algum tempo, minutos, horas, para depois, então, redirecionar os fatos para uma abordagem menos predatória, isso até mesmo entre os chamados "sisudos" já que no meio digital as manchetes podem mudar a cada minuto, horas.

Em suma, para os grandes jornais e revistas genéricos que estão em vias de extinção, a internete é sub utilizada e vista como um campo de batalha , onde se pode manipular, distorcer e corrigir os fatos com uma maior agilidade.

Entretanto, com suas marcas associadas as suas origens impressas como negócio, a grande imprensa  também perde na sua participação na internete, tanto na credibilidade quanto no faturamento.

E eis que repentinamente surge, ou resurge a tv como a meca para salvação.

Obviamente esse movimento contraria todo  e qualquer movimento existente no país, que como bem citou o nobre observador  cresce em educação e consequentemente em análise crítica e qualidade.

Seria  de se esperar o mesmo movimento na imprensa, mas não é o que acontece.

No tocante ao papel, concordo com o nobre observador que os conteúdos específicos, de localidades, cidades, comunidades e mesmos áreas específicas do conhecimento, são o caminho natural para sobrevivência dos impressos.

O deslocamento para a televisão certamente  irá  aprofundar o que já existe na tv no tocante ao jornalismo, ou seja, a notícia enquanto entretenimento sem qualquer pretensão em informar, esclarecer e aprofundar os fatos de importância para a sociedade.

Na contramão ou de costas para o país a imprensa segue célere para seu destino final.
 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A Mentira em Primeira Página

PAC 2 investiu 56,3% do previsto até 2014, diz governo

Agência Brasil
O ministério do Planejamento anunciou nesta segunda-feira que o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) investiu R$ 557,4 bilhões em infraestrutura logística, social e urbana até junho deste ano. Esse valor corresponde a 56,3% do total previsto até 2014.
Em termos de ação foram concluídas 54,9% do que era previsto até 2014, o que corresponde a R$ 388,7 bilhões, resultado 18,4% superior ao apresentado no último balanço de (R$ 328,2 bilhões).
No último balanço do PAC 2, no início do ano, o governo informou que 47,8% de R$ 1 trilhão previstos em investimentos para o período 2011-2014 já haviam sido feitos.
O programa de retomada de planejamento e execução de obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética é dividido em seis eixos: urbanização, fornecimento de água e eletrificação, moradia, transportes, energia e cidadania.
Fonte: Jornal do Brasil 

O jornal do Brasil reproduz uma informação do governo federal.

Hoje, no jornal o globo a matéria principal da primeira página apresenta em letras garrafais o seguinte :

" Governo investiu apenas 17% do PAC "

Globo, assim como toda a velha imprensa, produz seus próprios números e indicadores  sobre as obras de infraestrutura do país, além, claro, dos índices e indicadores da economia com um farto repertório de análises e exercícios de futurologia ao melhor estilo mãe Dinah.

A velha imprensa chegou a um estágio de "excelência"  em compilar e divulgar todos os índices e indicadores da economia do país.

Tal estágio , ao que parece pelas notícias, é bem melhor que o do próprio governo que vivencia e trabalha diariamente como esses dados.

Para conseguir esse "feito notável" a grande imprensa necessitaria de um efetivo de pessoal gigantesco e altamente qualificado.

Entretanto, a realidade atual da grande imprensa revela exatamente o contrário, já que os principais veículos de imprensa, em tamanho, é bom que se diga, vem sofrendo com queda de circulação de impressos, queda de audiência em telejornais e um grande número de demissões nas empresas do setor.
 

sábado, 8 de junho de 2013

Primatas no Shopping Center



Mais uma excelente charge dessa usina de criatividade e talento que é Bessinha.

As charges de Bessinha conseguem traduzir com perfeição os assuntos abordados.

No caso acima, nada melhor para definir o estágio atual dos partidos de oposição no Brasil com todo o seu repertório de ideias, verborragias e teses incompreensíveis, não apenas para a população mas principalmente para eles mesmos
.
Pode-se incluir no campo da oposição toda a velha imprensa e seu aparato midático.

Enquanto escrevo sobre a charge acima,  não posso deixar de mencionar o papel da propaganda na vida das pessoas.
.
De uma forma ou de ou de outra, o chargista e o publicitário procuram  retratar a realidade através de fábulas, parábolas, metáforas, alegorias que possam dar luz a aspectos marcantes e  proporcionar um entendimento imediato sobre o assunto abordado.

Quando falo de entendimento imediato, me refiro aquela compreensão que é assimilada de forma direta, independente da organização sistemática e ordenada dos tijolinhos da razão.

Entretanto, a razão  das pessoas que tomam contato com essas expressões não é abandonada, ao contrário, é processada, ou deveria ser,  imediatamente após a compreensão inicial.

Sim, caro leitor, dependendo da peça produzida, como no caso da maioria das peças publicitárias da atualidade,   a razão pode ficar comprometida pelo forte teor dos estereótipos sugeridos nas propagandas, fazendo com que desejos de vingança, manifestações de inveja prevaleçam.

Quando a frustração por não possuir o bem de consumo abordado é o carro -chefe da peça, mesmo que direta ou indiretamente, um forte desejo em adquirir o bem de consumo pode tomar conta de pessoas atingidas por tais conteúdos, contribuindo para o aumento da violência nas cidades.

O que leva um jovem a matar uma pessoa para roubar um tênis, ou um aparelho celular ?

Em primeiro lugar a frustração por não poder adquirir o bem de consumo.

Cabe ressaltar que tal frustração é incentivada pelos padrões e códigos de moda e consumo da sociedade, que são construídos de diversas maneiras , sempre , claro, com o auxílio dos meios de comunicação que ora se apropriam desses padrões e códigos e ora são os criadores .dessas modas
.
E aí nesse lugar se situa também, enquanto uma expressão de comunicação, a publicidade e todas as formas de propaganda.

Seria ideal que a publicidade e a propaganda, em todas as suas manifestações como até mesmo aquelas embutidas em expressões culturais e de entretenimento, contribuísse para e evolução e o crescimento da sociedade, despertando o que existe de melhor nas pessoas , e não o contrário , como acontece com frequência nestes tempos de profunda decadência da cultura ocidental.

O que a propaganda consegue  é uma evolução nas pessoas ao estilo da charge de Bessinha.

Assim compreendo a charge acima não apenas como o processo de decadência da oposição política no Brasil, mas sim, e principalmente, como a decadência  de todo um conjunto de valores , percepções e práticas que ainda dominam a cultura e a sociedade baseada apenas no consumo de bens, como é a sociedade atual.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Terrorismo de Estado

Espionagem dos EUA tem acesso livre aos dados dos internautas
Microsoft, Apple, Google, Facebook, Youtube e Skype são algumas das empresas envolvidas neste “Big Brother” em escala global
Publicado por Esquerda.net
Ao contrário do que acontece no escândalo conhecido esta semana com a maior empresa de comunicações via telemóvel nos EUA, a Verizon,  que dá acesso aos espiões norte-americanos ao registro das chamadas feitas e recebidas mas sem o conteúdo das conversas, o programa PRISM mostra o conteúdo dos emails e o histórico de navegação na internet.
Segundo o diário britânico Guardian, o pontapé de saída do programa PRISM foi dado em 2007, com a Microsoft (que detém o servidor de correio Hotmail) a aderir em novembro. Três meses depois foi a vez da Yahoo e, no início de 2009, a Google, proprietária do Gmail. No ano seguinte, foi a vez do Youtube, outro produto da Google e, em 2011, entraram no PRISM a empresa de videochamadas Skype e a AOL. A Apple foi a última gigante da internet a aderir, em outubro do ano passado.

(Mike Licht/Flickr)
O programa dá acesso direto aos servidores destas empresas por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), o que é uma alteração substancial em relação à prática legal de entrega dos dados e comunicações dos utilizadores quando são requeridas pela justiça norte-americana.
A lei de vigilância norte-americana, alterada após os atentados de 11 de setembro, permite à agência de segurança obter o conteúdo das comunicações dos clientes destas empresas que vivem fora dos EUA e dos norte-americanos que comunicam com pessoas fora do país. Na prática, segundo o documento da NSA obtido pelo Guardian com data do mês passado, os espiões têm acesso ao conteúdo dos emails e dos chats de vídeo e voz, às fotografias, vídeos e outra informação que estejam alojados nos servidores das empresas, transferência de arquivos e também à informação sobre a hora em que o utilizador entra e sai desses populares programas de comunicação online.
A proporção do escândalo é colossal: muitos milhões de cidadãos em todo o mundo podem ver as suas comunicações recolhidas pela espionagem norte-americana sem necessidade de um pedido a qualquer entidade judicial. Em vez de ficar à espera de respostas aos pedidos de mandato, que envolviam a confirmação de que todos os envolvidos estavam fora dos EUA, neste momento apenas é necessária a suspeita de que uma das partes está fora do país para avançar com o recolhimento de dados.
Os resultados estão à vista no relatório da NSA, com o número de comunicações interceptadas no Skype aumentando 248% no ano passado, 131% no Facebook e 63% na Google. O documento indica ainda que a próxima empresa a entrar será a Dropbox, que oferece alojamento para os arquivos dos utilizadores. Ao todo, a NSA admite ter produzido no ano passado mais de dois mil relatórios por mês ao abrigo do PRISM, um aumento de 27% em relação a 2011.
Para Janet Jaffer, da organização de defesa das liberdades civis ACLU, a situação revelada é “chocante”, já que a NSA faz parte do aparelho militar e tem um acesso inédito às comunicações entre civis. “Trata-se de uma militarização sem precedentes da nossa infraestrutura de comunicações”, refere Jaffer, dizendo que isso é “profundamente perturbador para quem se preocupa com a separação” entre militares  e a população civil.
Uma fonte da administração Obama reagiu às revelações do Guardian e do Washington Post, garantindo que a lei não permite a coleta dessas informações de nenhum cidadão norte-americano ou vivendo nos EUA. “A informação reunida no âmbito deste programa é das mais importantes e valiosas” e “é usada para defender o país de um grande número de ameaças”, diz, em defesa do PRISM. Quanto ao silêncio acerca deste programa criado com cobertura política, o Washington Post escreve que “os membros do Congresso que conheciam o programa estavam obrigados por juramento a não revelar a sua existência”.


Alô, alô,  pessoal da espionagem !  Aquele Abraço !

Quero dizer para vocês, em português abrasileirado, que não é necessário se preocupar comigo.

Caso queiram saber o que penso, basta ler meu blogue pelo acesso direto.

Concordo que há muito o que se preocupar no mundo atual quanto as ameaças que existem.

Por outro lado, e sempre existe um outro lado mesmo que não se perceba, quando existem ameaças  é porque existem oportunidades.

A internete e seu repertório de redes sociais pode ser entendida como uma excelente oportunidade para construção de uma  nova consciência global.

Essa consciência não passa pelas emissoras de tv privadas e também pelos grandes veículos da imprensa, seja dos EUA, seja do Brasil, ou de qualquer país.
 
Isso significa que a grande imprensa privada mundial, junto com seu aparato midático, se constituem em uma grave ameça para aos povos no tocante a uma compreensão exata e precisa da realidade que vivemos.

Em uma análise fria e precisa, ocultar, manipular e distorcer as informações, assim como foi feito para justificar a invasão e pilhagem do Iraque por vocês, é uma modalidade de terrorismo e, também , uma forma de escravizar as pessoas no tocante a formatação das consciências através de informações falsas.

Aqui no meu blogue, vocês terão a oportunidade de ler matérias que combatem toda forma de terrorismo e de violação da democracia.

Lerão, também, críticas contra um modelo econômico -político mundial que vem levando o mundo aos caos.

Lerão críticas contra o terrorismo de estado que é praticado pelos estados terroristas dos EUA e de Israel.

Quanto a paranóia hipócrita de vocês quanto ao terrorismo, devo dizer que o terrorismo sempre existiu na história e continuará a existir sempre que houver motivação para atos de terror.

E o mundo que vivemos atualmente, em uma farsa de democracia mesmo em países que se dizem democráticos como os EUA, é uma caldo para fermentar atos de terrorismo, mesmo que seja contra o próprio corpo, como fez o cidadão da Tunísia a atear fogo em seu corpo por conta das violentas limitações impostas por um sistema mundo político-econômico que o impedia de viver.

Seu ato desencadeou toda a onda da primavera árabe, assim como fez Ghandi ao colher o sal nas águas.

Outros, por outro lado, se utilizam de seus corpos como artefados para incendiar e explodir outros tantos .

Analisar o terrorismo é antes de tudo analisar suas motivações, seja o terrorismo praticado por grupos extremistas, ou por estados extremistas., como os EUA.

Enquanto um se utiliza da violência para chamar a atenção contra a violência que o impede de viver, o outro usa a violência como estratégia de dominação imperialista e opressão dos povos.

A vigilância que a espionagem de vocês tem hoje não vai resolver os problemas de atos de terrorismo, ao contrário, pode aumentar.

Talvez seja isso que interessa a vocês , ou seja, um aumento de atos de terrorismo para que vocês possam justificar mais terrorismo contra os povos.

No mundo do WWW, não existe mais um estilo de vida referência que todos os povos devem seguir.

A globalização, a verdadeira que ainda não chegou, não será pela homogeinização de povos, culturas  e  de governanças cênicas, ao contrário, será pela diversidade cultural, étnica, religiosa, em um só povo, em perfeita sintonia com as leis naturais.

Leis naturais essas que não contemplam um modelo capitalista predatório e destruidor da vida, em todas as suas formas e manifestações.

Pode-se afirmar, sem medo de errar, que o capitalismo, com seu repertório de lucro e acumulação é incompatível com a vida, com a ciência.

Essa consciência que brotra nas discussões pelas redes sociais é vista como algo incômodo pelos estados terroristas que vasculham a internete, pois se opõe ao modelo sistema mundo atual.

Modelo esse que deseja e impõe que todas as pessoas sejam iguais nos hábitos alimentares, culturais, na visão política e conômica, e mesmo na religião.

Modelo que cria e dissemina uma legião de autômatos.

A plutocracia que governa o mundo  quer um planeta para no máximo 3 bilhões de pessoas, e para isso, muito terrorismo e violência contra os povos vem sendo implementado.

Com a internete somos um só corpo, sem rosto, sem identidade, uma mente global que criará o seu próprio destino.

Tudo pode estar apenas por  um gesto.
 
A ver.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Omitir, Ocultar, Manipular, Desinformar

Em protesto global, organizações denunciam violações trabalhistas do McDonald´s

Ações acontecem nesta quinta-feira (06) e estão previstas em ao menos 33 países em todo o mundo. Em nota, empresa diz que valoriza e respeita empregados
05/06/2013



Daniel Santini,


Cartaz de convocação para o protesto global contra o McDonald´s
Organizações não-governamentais, sindicatos e associações de defesa de direitos de imigrantes organizam um protesto global, nesta quinta-feira, 6, para denunciar violações trabalhistas por parte da rede de restaurantes McDonald´s. Ações devem acontecer em pelo menos 33 países (veja o site do protesto, em inglês). A campanha foi chamada de “Não Amo Tudo Isso”, uma alusão ao slogan da empresa “Amo Muito Tudo Isso”, e foi coordenada pela associação norte-americana National Guestwork Alliance (ou Associação Nacional de Trabalhadores Imigrantes, em português).
Entre as principais reclamações das diferentes organizações que participam do protesto estão abusos trabalhistas recorrentes, violações de direitos básicos de trabalhadores imigrantes (clique aqui para ver vídeo em inglês) e práticas de restrição à livre associação sindical. O protesto global teve início com mobilização de trabalhadores imigrantes nos Estados Unidos. Em nota, a assessoria de imprensa do McDonald´s afirma que o grupo valoriza e respeita seus empregados e que eles recebem salários “competitivos”.
No Brasil, estão previstas ações em São Paulo, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Gastronomia e Hospedagem de São Paulo e Região (Sinthoresp). A empresa Arcos Dourados, maior franquia do McDonald´s no país, enfrentou problemas trabalhistas recentes. Em março, a juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, determinou que em todo o país a empresa parasse de adotar jornadas móveis variáveis e deixasse de proibir que cada um leve sua própria alimentação para consumir no refeitório.
A ação que originou no processo foi movida pelo procurador do Trabalho Leonardo Osório Mendonça. Para o MPT, a “jornada móvel variável não permite que o trabalhador tenha qualquer outra atividade, até mesmo porque, durante uma mesma semana de trabalho, ocorrem variações no que diz respeito ao horário de início e término do expediente”. Isso, ainda segundo o órgão, “faz com que o empregado esteja, efetivamente, muito mais tempo à disposição da empresa do que as oito horas de trabalho diárias previstas nos contratos ‘normais’ de trabalho, além de não garantir o pagamento sequer de salário-mínimo ao final do mês”. O McDonald´s, por sua vez, defende que a jornada variável é totalmente lícita, insiste que há decisões favoráveis na Justiça neste sentido e que alterações no regime estão sendo adotadas voluntariamente pela empresa tendo em vista favorecer os trabalhadores.
Mapa com as ações previstas em todo o mundo. Clique para obter mais informações no site da mobilização

Trabalho escravo
Além de apontar irregularidades trabalhistas, o Sinthoresp chegou a denunciar a empresa por exploração de trabalho escravo, o que culminou na abertura pela Polícia Federal (PF) do inquérito policial 0233/2012 em 16 de outubro de 2012. O assunto foi encaminhado para a Justiça e, em maio de 2013, retornou para mais investigações. A PF afirma que “investiga a suposta prática de crime previsto no artigo 149 do Código Penal, que trata de crime contra a organização do trabalho, crime de competência da Justiça Federal e atribuição de investigação da Polícia Federal” e que não informa detalhes sobre inquéritos em curso.
A PF ressalta que “se os fatos apurados indicarem a prática de irregularidades de ordem trabalhista – relação trabalhista empregado/empregador – tais como, falta de pagamento, péssimas condições de trabalho e afins, mas que não se enquadrarem na condição análoga à de escravo (trabalhos forçados, jornada exaustiva, condição degradante, restrição de locomoção etc.), não será da competência da Justiça Federal e sim da Justiça do Trabalho”. Ainda não há comprovação da prática por autoridades.
Desde 2009, o McDonald´s integra o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e pode ser suspenso se for comprovada a submissão de trabalhadores à escravidão. Na época, ao Comitê de Gestão do Pacto, a empresa afirmou que as alegações do Sinthoresp não têm qualquer suporte “fatídico ou legal”.


Prática de trabalho escravo em uma rede de lanchonetes que influencia uma grande parcela da população no tocante a hábitos alimentares.

Se não bastasse o envolvimento do mcdonald's em város escândalos e processos por explorar os trabalhadores da rede, cabe lembrar que os produtos vendidos pela rede são de péssima qualidade nutricional.

A propaganda diária de seus produtos tem contribuido para  alterar hábitos saudáveis de nutrição, desencadear doenças como a obesidade, e intoxicar pessoas com seus  alimentos de origem transgência contaminados com os piores agrotóxicos.
O fast food, contexto onde se situa a alimentação do mcdonald's ,nada mais é que uma extensão da excresência da cultura ocidental decadente, idiotizante e imbecilizante.

Não é por acaso que toda e qualquer notícia envolvendo o mc donald's não aparece na velha mídia , seja pelos crimes que a rede comete ou mesmo sobre um protesto mundial contra a rede de lanchonetes.

Em sendo um dos maiores anunciantes das redes de tv, as emissoras privadas omitem toda e qualquer informação que possa denegrir a imagem do palhaço subnutrido da  criminosa rede de lanchonetes.

Ocultar, omitir, mudar o foco, manipular.

Independente do assunto estar relacionado com o protesto contra o palhaço fast food, não se pode analisar a situação sem mencionar o envolvimento da velha imprensa e de seu aparato midiático.

Essa mesma velha imprensa, independente se do Brasil ou de todo o mundo, se transformou em um exército de manipulação dos fatos contribuindo para que milhões e milhões de pessoas tenham uma compreensão equivocada da realidade.

Enquanto o povo nas ruas da Turquia emite claros e inequívocos sinais de uma primavera, a imprensa daquele país ignora os fatos das manifestações de rua e, pela televisão, apresenta documentários sobre pinguins.

Enquanto proliferam notícias, nas mídias digitais, sobre a manipulação criminosa produzida pelo STF para conduzir o julgamento da ação penal 470 com o objetivo de condenar os réus pautados pela velha imprensa, nada, ou quase nada, sobre esse gravíssimo crime contra a democracia brasileira é abordado nos jornais, revistas e telejornais da velha imprensa.

Enquanto o povo brasileiro convive com uma inflação civilizada por mais de uma década, a velha imprensa se agarra a elevação sazonal do preço do tomate para disseminar o caos da inflação.

Transformada em suco, a manipulação do noticiário, não o tomate, a bola da vez agora é o feijão, depois será o arroz, depois a farinha.... O objetivo é tocar as camadas da sociedade que podem influenciar o resultado das eleições de 14.

A grande manipulação mundial da informação, tem na velha imprensa brasileira seus principais atores.

O boato do bolsa família, assunto que saiu do noticiário da velha imprensa mas que continua nas mídias digitais,  teve em seguida uma grande campanha da velha imprensa contra os programas sociais do governo, o que permite uma inclinação na percepção da realidade de que teriam sido ações orquestradas para criar um discernimento na opinião pública desfavorável ao país e ao governo bem sucedido do PT.

A grande manipulação está em curso e não é apenas no Brasil, com o tomate, o STF, a ação penal 470, a seleção de futebol, a inflação, o Brasil como o pior dos mundos, o terrorismo, etc...

Essa manipulação é mundial e parte de uma estratégia de desinformação sobre os principais temas da realidade, tanto que em todos os protestos pelo mundo, como  mais uma vez agora na primavera turca, o direito a uma informação livre, democrática e plural aparece como reinvidicação  pelos povos.

Compreender corretamente a realidade atual passa , necessariamente, pela obtenção de informações em meios descolados da velha imprensa e do seu aparato midático.

Omitir, ocultar, mudar o foco e manipular as informações que ajudam a compreender a realidade, também é uma forma de escravizar as pessoas.

Talvez a pior das modalidades de escravidão.