quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Gordo Entendido

selecinha do Galvão:
faltou combinar com o Jô

Pra vender essa seleção, haaaaaaja manipulação na cabeça dos amigos dos Bem amigos.
O Conversa Afiada recebeu recebeu o seguinte comentário do Adilson:


Caro PHA,

Você viu essa ontem, no Bem amigos do cala a boca, Galvão ? Convidaram o Jô Soares, mas não contavam que o “gordo” tava com  língua solta.

um abraço,

Adilson

Ontem, no programa Bem amigos, Jô Soares, quebrou o protocolo e desceu a lenha no Felipão, chamando de mau educado e (indiretamente) de arrogante por, segundo ele, se achar mais inteligente que os outros.

Tudo, é claro pro “desespero” do Galvão que tentava interromper o “gordo” que teimava em dar uma de muuuui amigo..

Mas por que isso é curioso?

Justamente ontem, Lucio de Castro, da ESPN, denunciou, com detalhes sobre depoimentos de colegas que trabalharam lá,  aquilo que já é de conhecimento até do mundo mineral: A pressão nas redações da Globo para sustentar a seleção de qualquer maneira, assim como acontece politicamente; e já fora denunciado por Rodrigo Vianna e Azenha.

Dessa vez o treinador é “da casa” e pouco importa que a seleção esteja desse jeito sofrível e capenga, mas quando foi o contrário, a pressão foi inversa: desceram a lenha no Dunga até ele cair.

Resumindo: depois do golpe GLOBO-CBF-Teixeira did you accept the bribe ?, que destituiu Dunga, o Brasil, que vinha ganhando tudo, entrou na pior fase da sua história e não ganha de uma seleção forte há quase 4 anos.

Dessa vez eu quero ver o tamanho do poder de manipulação dessa organização. Não vai ser fácil não.  Na política, mesmo com o emprego em alta, o povo satisfeito e o presidente aprovado, o máximo que eles conseguem é fazer uma bolinha de papel virar um míssil na cabeça do candidato da casa.

Não acho que no futebol vai ser diferente. Pra vender essa seleção, haaaaaaja manipulação na cabeça dos amigos dos Bem amigos.


Em tempo: sem o Neymar, o Brasileirinho da Globo fica sem estrela. Já não era lá essas coisas … Como o Pato apareceu no Bem amigos, e joga (?) no banco do Corinthians, é possível que a diretoria de programação da Globo tenha escalado o Pato para ser o novo ator principal desse melancólico espetáculo, que obriga o trabalhador brasileiro a assistir jogo às dez da noite e chegar em casa, para trabalhar no dia seguinte, às duas da manhã. Falta entender por que os italianos do Milan deixaram ele sair. PHA

Clique aqui para ler “Maracanã 10 x O PiG (*)”.

E aqui para ler “o enigma Neymar, ou a Globo quebrou o futebol brasileiro”.

Ah, essa mão do Galvão ... tem livre arbítrio


Jô Soares, ao que parece, é entendido de futebol.

Não é a primeira vez que o gordo se manifesta a respeito do antigo esporte bretão.

E, pelo que se sabe, suas idéias sobre treinadores de times de futebol não evoluiram.

Quando ainda trabalhava no SBT, com o seu programa Jô Soares 11 e 1/2, certa vez o gordo entrevistou o saudoso Zezé Moreira, treinador de futebol com passagem por grandes clubes e pela seleção brasileira.

Durante a entrevista, Jô questionou Zezé sobre o fato de os treinadores de futebol se acharem mais conhecedores do assunto  do que todos os demais mortais.

Zezé não titubiou  e saiu com essa:

- Nós, treinadores de times de futebol , não sabemos nem menos nem mais   que  as demais pessoas. Faço minhas escolhas, porque diferente de você,  esta é a minha profissão e sou o treinador de futebol  do meu time.

Imediatamente Jô  abaixou a cabeça e passou a mão pelas  duas narinas, enquanto Zezé o olhava com um sorriso de quem sabe o que faz em sua profissão.
 
Essa entrevista aconteceu lá pela década de 1990.

Hoje, Jô volta com o mesmo discurso senil e mau educado sendo que o alvo é o treinador da seleção de futebol, Luis Felipe Scolari.

Mais uma vez, o velho e ultrapasado Jô, afirma que Felipão é mau educado e se acha mais inteligente que os demais em assuntos referentes a profissão de Felipão, que não é a profissão de Jô.

Discordar das escolhas de um treinador é normal, pois como disse o grande Zezé Moreira na entrevista com o gordo entendido de futebol, todo mundo acha que entende de futebol, mas apenas poucos, muito poucos, são treinadores de times de futebol, e cabe a esses últimos, somente a eles e seus assesores, a escolha de jogadores e das opções táticas para o time.

Diante dos fatos, o mau educado e o arrogante que pensa que sabe tudo muda de lugar.

Um outro exemplo, ainda com treinador da seleção brasileira aconteceu com o mesmo Felipão por ocasião da convocação dos jogadores que participariam da copa do mundo de 2002, na Ásia.

A maioria da imprensa do Rio de Janeiro fez uma barulhenta e até mesmo violenta campanha, ao estilo comentário de Jô,  para que o jogador Romário fosse convocado por Felipão.

Felipão não cedeu e não convocou Romário e, devido a pressão feita pela imprensa, quase foi agredido  fisicamente por torcedores na saída da sede da CBF, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

A seleção disputou a copa da Ásia e venceu a competição com a segunda melhor campanha de seleções brasileiras em toda a história de copas do mundo.

Ao final da copa , ninguém da imprensa, comentou sobre o epsódio da não convocação de Romário.

Ainda mais um exemplo  acerca do assunto sobre o péssimo comentário do gordo aconteceu na copa de 1994 nos EUA.

Mais uma vez, a imprensa esportiva brasileira criticava duramente e até mesmo de forma violenta, a opção tática colocada em prática no time pelo treinador da época, Carlos Alberto Parreira.

Foi um massacre.

Entretanto, algumas poucas  vozes ainda conseguiam manter um equilíbrio.

E foi na transmissão da tv bandeirantes, com Luciano do Vale e comentários de Juarez Soares, que o telespectador podia ao menos deixar o som alto.

Juarez disse durante os primeiros jogos da copa:

- eu não vou criticar a maneira como a seleção está jogando. Essa é uma opção do treinador, opção tática que pessoalmente não gosto, mas é o que está aí. Com base nesse estilo de jogar que devo avaliar o jogo e  fazer meus comentários em respeito ao telespectador.

E a seleção foi campeã com o estilo Parreira, para delírio dos críticos.

Novamente temos agora Felipão e Parreira juntos no comando técnico da seleção brasileira e a imprensa  ainda não aprendeu a trabalhar.

Pessoalmente não gosto do estilo de jogo tanto de Felipão como o de Parreira, mas é o que está aí.

Quanto ao homem Felipão, não me interessa se ele fala duro ou mole com a imprensa, assim como não me interessava se Dunga era mau humorado.

Criou-se no Brasil, principalmente pela cultura da rede globo, a prática de  que tudo tem que passar pelo espetáculo, pelos sorrisos, pela idiotice da cultura midiática, principalmente das emissoras de tv.

Com base nisso, o treinador da seleção brasileira, ao melhor estilo programa de auditório, deve sempre sorrir e concordar com toda e qualquer imbecilidade que seja proferida ( e elas são  com frequência avassaladora) pelos animadores dos programas, incluindo aí Galvão e seus comentaristas patéticos.

Analisando o encontro Galvão- Jô por outro ângulo é possível tirar algumas conclusões.

Quando funcionários da emissoras globo começam a malhar algumas pessoas públicas , é porque alguma campanha já está em curso contra essas pessoas.

A crítica de Jô não foi gratuita.

Por outro lado, todos sabem que as emissoras globo defendem e apoiam Felipão e , mais ainda, que a copa de 14 faz parte da engrenagem de sequestro da nação na construção de um discernimento da opinião pública de que tudo no Brasil vai mal, nas franjas dos caos.

Uma derrota do Brasil, dentro e fora do campo, na copa de 14 interessa em muito às empresas globo.

Também interessa as empresas globo manter a audiência em alta nas partidas da seleção brasileira.

Esse é o jogo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Tutores para a Velha Imprensa

A inflação da carteira assinada

Por Luciano Martins Costa em 03/06/2013 na edição 748
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 3/6/2013
A série de reportagens pintando um cenário de apocalipse na economia brasileira, que marca as edições recentes dos principais jornais genéricos de circulação nacional, traz como pano de fundo uma tese perigosa: a de que a plena oferta de empregos seria uma das principais causas de aumento dos preços no Brasil.
Observe-se que a imprensa brasileira não questiona se estamos de fato imersos no perigoso jogo inflacionário, embora os aumentos de preços tenham se mostrado pontuais e randômicos, não lineares, o que indica a ocorrência de causas múltiplas e não necessariamente um processo consistente de inflação.
Há apenas dois meses, os jornais e os noticiários da televisão e do rádio martelavam a tese da inflação de alimentos; depois, com o tomate voltando ao molho com preços 75% inferiores, a imprensa passou a ressaltar o custo de produtos eletrônicos, depois das viagens aéreas e agora o vilão é o setor de serviços.
Nesse período, artigos e reportagens tentam impor a seguinte teoria: se o crescimento econômico é insatisfatório, o pleno emprego torna-se fator de inflação porque a disputa por bons funcionários aumenta o custo das empresas, o que acaba se refletindo no preço final dos produtos. Por outro lado, dizem esses teóricos, o crescimento da renda dos trabalhadores aumenta a procura, porque há mais gente com dinheiro para as compras e, apesar do aumento recente dos juros, a oferta de crédito segue em alta.
Os defensores dessa tese consideram que, para fazer a economia crescer sem inflação, é preciso manter um exército de trabalhadores sem renda, ou dispostos a ganhar pouco, para que os preços se mantenham estáveis e o Produto Interno Bruto possa crescer a níveis chineses. Para eles, a boa política econômica é aquela que preserva os “bons fundamentos da economia”, e não aquela que produz bem-estar para a maior parcela da população.
O pensador francês Edgar Morin já observou que “a economia é, ao mesmo tempo, a ciência humana mais avançada matematicamente e a mais atrasada humanamente”. No caso do Brasil, os especialistas mais apreciados pela imprensa são os que se apegam a fundamentos que se justificam mais por ideologia do que por evidências científicas, e se recusam a considerar a nova complexidade da sociedade brasileira.
Esse novo contexto social se baseia no ingresso de uma nova classe de renda no mercado, que permite a milhares de produtos e serviços alcançarem uma escala nunca antes vista. Durante alguns anos, esses novos protagonistas irão realizar alguns sonhos de consumo que acalentam desde a infância, o que certamente produz desequilíbrios nas cestas do mercado.
Que dó, que dó!
Foi assim com biscoitos recheados e iogurte, nos primeiros anos do Plano Real; foi assim com os calçados esportivos e vestuário até 2005, o que estimulou a maior frequência a shopping centers, que proliferaram por todo o país; depois vieram os carros populares, as viagens aéreas, os cruzeiros marítimos, os computadores, e, mais recentemente a TV digital, tablets e smartphones.
O enigma que os economistas devem decifrar é: quais setores do sistema produtivo precisam de uma injeção de produtividade para atender essa demanda sem aumento abusivo de preços.
O pleno emprego e o aumento da renda dos trabalhadores, ocorrendo em curto prazo num contexto de desigualdades históricas, baixa renda e trabalho informal, tendem a produzir distorções de preços, em parte, porque a economia estava organizada para os padrões estáveis de uma classe média tradicional e de pouca escala. De repente, essa classe média, que nunca passou de 15% da população brasileira, tem a companhia dos emergentes, que representam mais de 55% da população e formam um novo país de 105 milhões de consumidores.
Mas jornais e revistas são feitos para a classe média tradicional, o que justifica a reportagem de capa da revista Época desta semana. O texto é um primor de falácia jornalística: “O arrocho da classe média”, diz o título da reportagem, com a chamada de capa em tom de manifesto: “A conta sobrou pra você”.
Com uma série de exemplos de famílias com renda superior a R$ 8 mil mensais que agora precisam conter custos, Época faz coro aos lamentos da dona de casa que se vê obrigada a reduzir seus gastos com cabeleireiro, de R$ 800 por mês – e agora tem que fazer hidratação facial em sua própria casa!
Também há o exemplo dos brasileiros de classes A/B que não aguentam mais pagar o preço do vinho nos restaurantes, porque não dá para manter esse hábito essencial e ao mesmo tempo custear o médico particular. Eles são obrigados a reunir os amigos para beber em casa!
A reportagem nota, com espanto, que na última década a renda dos 10% mais pobres subiu 91,2% acima da inflação, enquanto a dos 10% mais ricos subiu apenas 16,6%.
Há outras referências, mas bastam esses exemplos do que a revista chama de “calvário” da classe média tradicional. O texto termina com um recado para seus leitores: “Eu era feliz e não sabia”.
A frase poderia ser bem outra: “É a distribuição de renda, cidadão”.



Um aluno do último período de um curso de Jornalismo , de uma faculdade renomada, entra na sala de aula já com o professor explicando a matéria do dia em uma aula de semiótica.

Logo que o aluno fecha a porta, o professor vira-se para ele, talvez irritado pelo fato do aluno ter chegado atrasado, e dispara de bate pronto a seguinte pergunta:

- quais são os estados da região centro oeste do Brasil ?

O aluno, pego de surpresa, olha para o professor, depois olha para toda a turma que o mirava aguardando a resposta.

O silêncio de alguns segundos parecia uma eternidade.


Eis que o aluno responde:

- desculpe, professor, mas não compareci na última aula.

Aos poucos, o silêncio dava lugar para algumas risadas até que toda a turma resolveu rir com vontade.

O aluno, que ainda estava com a mão na porta no movimento para trancá-la, gira a maçaneta, fecha a porta, e quando se encaminha para sentar percebe que a maçaneta saiu da porta e ficou na sua mão.

Interrompe os poucos passos que dera, olha para a maçaneta na sua mão, desloca o olhar para a turma agora aos risos, volta a olhar para o professor mostrando a maçaneta em uma expressão que sugere  uma pergunta  tipo, o que faço com isso ?

Antes de qualquer resposta ele volta-se para a porta , encaixa a maçaneta no lugar, e caminha para sentar-se.

O professor, mudo e atônito, recomeça a aula , mesmo ignorando o fato do aluno não ter respondido sua pergunta.

O exemplo acima ilustra situações bem diferentes.

Ao perguntar para um aluno sobre os estados da região centro oeste do Brasil, em uma aula de semiótica,  o professor não estava testanto se o aluno tinha assimilado conhecimentos de sua matéria, já que conhecer os estados da região centro oeste do Brasil  é assunto para crianças do ensino médio.

O professor, irritado pelo fato do aluno ter chegado atrasado e  ter interrompido sua aula, lançou a pergunta de bate pronto na tentativa de desestabilizar o aluno, proporcionar uma saia justa em assunto que qualquer criança saberia.

Já o aluno, pego de surpresa e ainda com a maçaneta da porta na mão, não teve espaço para organizar uma reflexão imediata para a resposta, e optou por dizer que faltara a última aula, o que de fato aconteceu. 

A pergunta relâmpago, associada aos estragos na porta, desestabilizou o aluno, que por sua vez ao respondê-la  com criatividade desestabilizou o professor.

Se fosse de fato um teste de conhecimento sobre a matéria do professor, tudo ficaria em branco pois a resposta certa não apareceu e toda a turma ficaria sem saber a verdade, a resposta certa sobre os estados da região centro oeste do Brasil.

O professor agiu motivado por irritação, desvirtuando o conteúdo de sua aula e em uma atitude de agredir o aluno.

O aluno, que não percebeu que a pergunta não fazia parte do conteúdo da matéria ministrada pelo professor, achou por bem dar uma enrolada no mestre dizendo que faltara a última aula ,e ainda teve a ajuda da inusitada cena da maçaneta.

Independente se a pergunta fazia parte ou não da matéria ministrada, não houve resposta conclusiva ou esclarecedora por parte do professor, de maneira que proporcionasse a toda turma o conhecimento correto.

Assim é a velha imprensa e seu aparato midiático , no tocante ao artigo acima de Luciano.

O que se lê em o globo, folha de SP, estado de SP, época, veja e também o que se vê e se escuta nos telejornais da tv, principalmente nas empresas globo e bandeirantes, no tocante aos assuntos apresentados como notícias, em nada diferem da pergunta fora de foco do professor, da resposta ensaboada do aluno, da maçaneta fora de lugar, e da informação manipulada que fica sem esclarecimento.

Enquanto o mundo está  mergulhado em uma grave crise civilizacional, já que a crise abraça a economia, o meio ambiente, o desemprego em massa, guerras, fome e miséria, o Brasil e os países da América do Sul conseguem navegar com sucesso nessas águas mortas do capitalismo demente.

Enquanto o mundo é engolido pela tragédia neoliberal, a arca de Noé sulamericana vai bem.

Ao que parece todos estão a salvos, com o país em pleno emprego redistribuindo renda e riqueza.

Entretanto, na lógica da velha imprensa esclerosada e também de seu aparato midiático senil, o emprego, a renda, a carteira de trabalho assinada, os direitos trabalhistas, os investimentos em infraestrutura, os programas sociais são retratados como problemas para o crescimento do país e , devido a isso, os governos bem sucedidos da América do Sul são alvo de críticas ferozes, oriundas de supostos professores irritados que não estão interessados em promover o conhecimento, mas sim  em revelar sua ira e seu autoritarismo, mesmo que para isso  se desvirtue o debate.

A neurastenia da velha imprensa já é patológica.

Essa irritação crônica,  que se manifesta até mesmo pelo fato do nascer do sol ou pelo brilho de uma estrela, é direcionada , agora, através de análises e notícias  falsas da realidade, para aquela parcela da população mais susceptível aos medos e, que em um passado não muito distante, deu respaldo para um dos períodos mais obscuros de nossa história, o que comprometeu o desenvolvimento e crescimento do país por décadas.

Essa neurastenia, ao que se revela pelo mundo, tem sido uma característica do capitalismo demente sempre que questionado em sua cruzada apocalíptica ou quando algum país consegue se descolar dessa lógica assassina e ser bem sucedido, como o caso do Brasil a alguns países da América do Sul.

No caso brasileiro, a inexistência de uma imprensa plural, diversificada e democrática, proporciona a velha imprensa empreender campanhas delirantes e criminosas contra o governo brasileiro, em uma tentativa de ocultar os fatos, esconder a realidade do país, espalhar pânicos e, pasme meu caro leitor, afirmar que emprego, renda e crescimento são problemas para uma inflação irrisória.

Como ainda não temos uma lei de mídias no Brasil, e até que o novo marco das comunicações seja aprovado, sugiro que o governo brasileiro, em medida de urgência, encaminhe projeto de lei ao congresso nacional propondo a figura de tutores para os veículos de imprensa da velha mídia, tendo em vista o estado doentio e deplorável em que o setor se encontra.

Cabe lembrar que nos governos Lula e Dilma, direto do centro oeste, os alunos não faltam as aulas e mais do que isso, milhares estão ganhando o direito de estudar, contribuindo para que cada vez um número maior de pessoas conheça a verdade dos fatos.

domingo, 2 de junho de 2013

Deu Lagarto na Cabeça

Ubaldo: jogo do bicho
é melhor que Bolsa Família

Quem é melhor: o comandante Borges ou a estadista chilena do Cerra ?

Trecho do artigo de João Ubaldo Ribeiro no Globo e no Estadão com um “comandante Borges”:

(…)

— Quer dizer que você é a favor da legalização (do jogo do bicho).

— Eu sou. Mas não tanto para acabar essa mamata e, sim, para ajudar a amenizar outra mamata, o Bolsa Família. Eu não aguento ouvir falar no Bolsa Família! Eu fico à beira de uma síncope! A legalização do jogo do bicho ia contribuir bastante para desbastar o Bolsa Família. Era só botar gente atualmente viciada em Bolsa Família para trabalhar anotando bicho. Trabalho leve, na medida certa para o freguês do Bolsa Família, que não se dá bem pegando no pesado, que é que você me diz dessa ideia? Eu sei, você está discordando de mim. Falar em trabalho aqui no Brasil é uma falta grave! Vencer na vida é conseguir uma mamata! Emprego bom aqui é o de vigia, que recebe adicional de trabalho noturno e de periculosidade para dormir no emprego! Vida boa quem tem aqui é ladrão, bandido e cangaceiro!


Mais uma pérola de Ubaldo, o escritor que ri.

Associar a legalização do jogo do bicho com a geração de empregos, especificamente para acabar com o Bolsa Família, é o mesmo que dizer que o Brasil não precisaria fazer a copa do mundo e as olimpíadas  e investir os recursos para esses eventos em educação, etc...

Com uma visão causa e efeito , em assuntos e áreas da vida  onde tal visão não se aplica e  o que deve prevalecer é uma visão  abrangente de  uma gama de programas e ações governamentais, Ubaldo, tal qual um lagarto perdido e faminto, mira em um inseto  mas o que come é apenas um pedacinho de papel, na noite escura em que está mergulhado com seus pares da imprensa.

Jogos de azar, independente se sobre bichos ou humanos, que por vezes se parecem, devem ser tratados segundo uma outra lógica que envolve diversas questões no campo legal, moral e social.

O programa Bolsa Família, recomendado pela ONU para outros países como uma referência de distribuição de renda, combate a fome e redução da pobreza, é um programa bem sucedido e que merece  a aprovação do povo brasileiro.

Ubaldo , que é nordestino, região de  principal foco do Bolsa Família, sabe, ou deveria saber, que o povo nordestino nada tem de preguiçoso, vagabundo ou desonesto.

sábado, 1 de junho de 2013

Concentração de Codois na Atmosfera Atinge 400 ppm

Cientistas avaliam iniciativas globais para adaptação às mudanças climáticas
Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Pela primeira vez, os 18 cientistas que integram o comitê do Programa Mundial de Pesquisa Climática, WCRP na sigla em inglês, estão reunidos no Brasil para avaliar as iniciativas globais para mitigação e adaptação às mudanças do clima. No encontro anual, os dirigentes da organização vão concluir, até a próxima sexta-feira (31), um balanço de desafios considerados prioritários, como melhorias nas observações do nível dos oceanos e medidas para avaliar e garantir a disponibilidade de água em algumas regiões.
“O Brasil está entre os líderes em várias iniciativas, como as voltadas para mitigação das alterações climáticas e, ao lado da França e dos Estados Unidos, do sistema de observação do nível do mar. Poucos se importam com o que está acontecendo com os oceanos no mundo, como no Brasil, que tem uma costa muito grande”, disse Antonio Busalacchi, que preside o grupo, explicando que a liderança brasileira nessas políticas motivou a escolha do país para sediar a 34ª reunião do grupo, que existe desde 1985.
“Quis que os integrantes do comitê fossem apresentados a esse cenário. A discussão vai girar em torno de tópicos sobre climatologias em escala regional”, explicou, citando situações que estarão no centro dos debates, como a do Nordeste brasileiro, que enfrenta seca extrema há dois anos.
Há quatro anos, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apontadas como uma das principais responsáveis pelas alterações de temperatura da Terra, entre 36,1% a 38,9% até 2020, tendo como base o que emitia em 1990. O compromisso foi firmado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhague, COP15, e a Política Nacional de Mudanças Climáticas transformou as metas voluntárias em objetivos claros para o governo e para vários setores.
A redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado está no topo da lista, que ainda inclui investimentos na produção de biocombustíveis, substituição do uso de carvão nativo e inclusão de técnicas de plantio que podem reduzir a emissão de gases nocivos pela agricultura.
Na próxima semana, o governo brasileiro vai divulgar o levantamento mais recente de emissões de gases de efeito estufa. A expectativa é que as áreas de meio ambiente e de ciência e tecnologia também anunciem os planos setoriais de mitigação, com metas para áreas estratégicas da economia.
Sem antecipar números, Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disse que todos os indicativos é que o país está caminhando em direção à meta. O termômetro que confirma essa expectativa, segundo ele, inclui, por exemplo, os índices de desmatamento que vêm mostrando redução da devastação de áreas em regiões estratégicas.
“Qualitativamente a gente sabe que a avaliação é boa porque o desmatamento na Amazônia e no Cerrado está caindo. No ano passado, tivemos o menor índice da série histórica de desmatamento na Amazônia”, disse. Para Nobre, as ações de fiscalização e monitoramento que estão sendo adotadas pelo governo devem manter essas taxas em queda.
Para o grupo de cientistas estrangeiros, Nobre também elencou programas brasileiros que coincidem com as estratégias globais do comitê. “O Brasil avançou muito em medidas de mitigação, mas temos que avançar ainda muito mais na adaptação da sociedade brasileira, do sistema econômico, da agricultura, do uso da água, por exemplo. São pesquisas que vão apontar políticas tecnológicas de adaptação e indicar políticas públicas, como as voltadas para mobilidade urbana e ocupação do litoral”, explicou o secretário.
Recentemente, o governo também criou o Instituto Nacional de Pesquisas sobre os Oceanos (Inpo), reservando outros recursos para pesquisas de longo prazo nos 8,5 mil quilômetros do litoral brasileiro, e iniciou a compra de equipamentos que vão aumentar a capacidade de monitoramento sobre a seca na Região Nordeste. “Estamos comprando 1 mil medidores de chuva, 500 medidores de umidade do solo, 100 estações agrometeorológicas que vão aumentar muito nossa capacidade de prever os impactos da seca do Nordeste sobre a agricultura e abastecimento de água”, explicou.


Pela primeira vez, também, a concentração de CO2 na atmosfera, em alguns lugares do planeta, ultrapassou a marca  crítica de  400 ppm ( partes por milhão ).

Pela primeira vez, também, os cientistas estão reunidos no Brasil para avaliar as iniciativas globais para  mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O que se discute é adaptação à uma realidade em que as alterações climáticas atingem um estado irrevervísel, algo que cientistas e movimentos sociais vem alertando há algumas décadas.

Enquanto tudo isso acontece, a velha imprensa e seu aparato midiático esclerosado noticiam, a exautão, como criar alternativas para que os gatinhos domésticos possam brincar dentro de casa.

Hoje, 01.06.13, a revista época, do grupo reacionário globo, publica em sua primeira página da edição desta semana uma chamada de matéria sobre o aquecimento global com os seguintes dizeres:
" aquecimento global, cadê o apocalipse ?"

Para época, que vive saudosa de outras épocas, o aquecimento global e as mudanças climáticas com todo o repertório de problemas que os cientistas vem alertando desde décadas passadas não aconteceu, apesar dos estudos presentes para a adaptação às trasnformações drámáticas em curso.

Globo , ao que tudo indica, queria um apocalipse climático ao melhor estilo hollywood, já que no campo econômico e social as empresas dos marinhos defendem o caos social e econômico que assola o mundo, que em muito se assemelha a um apocalipse.

Em tempos de www, as "notícias e informações" de globo e seus pares não passam de um teatro, barulhento, anacrônico, onde no tocante ao conteúdo e a veracidade, predomina a matéria sólida marron.

Em sua cruzada para omitir, desinformar e manipular a realidade a velha e esclerosada imprensa brasileira não viu a passagem do tempo, e  ainda perdeu , totalmente, sua sintonia com a população.

Vibra e comemora com resultado de um pib modesto( que ainda matém o país bem posicionado frente a crise mundial), questiona as previsões bem sucedidas sobre as alterações climáticas ao indagar que o apocalipse não aconteceu, igonora os avanços da integração sulamericana e do Mercosul, e por fim, mas sem a menor intenção de esgotar o assunto,
bate palmas para o decadente EUA.

Para globo, CO2 é codois, assim como uma repórter da rádio band news do Rio de janeiro se referiu a Pio X, como  pioxis.

Codois invade cérebro de jornalistas e transforma o noticiário.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Lai de Mídia Democrática

Conspiração e Sabotagens contra a Pátria

CONSPIRAÇÃO CONTRA A PÁTRIA

O Jornal do Brasil mantém a confiança na chefia do estado Democrático

 fonte : Jornal do Brasil


A União Europeia desmantela-se: o fim do estado de bem-estar, o corte nos orçamentos sociais, a desconfiança entre os países associados, a indignação dos cidadãos e a incapacidade dos governantes em controlar politicamente a crise, que tem a sua expressão maior no desemprego e na pauperização de povos. Se não forem adotadas medidas corajosas contra os grandes bancos, podemos esperar o caos planetário, que a irresponsabilidade arquiteta.
A China, exposta como modelo de crescimento, é o caso mais desolador de crescente desigualdade social no mundo, com a ostentação de seus bilionários em uma região industrializada e centenas de milhões de pessoas na miséria no resto do país. Isso sem falar nas condições semiescravas de seus trabalhadores – já denunciadas como sendo inerentes ao “Sistema Asiático de Produção”. Os Estados Unidos, pátria do capitalismo liberal e neoliberal, foram obrigados a intervir pesadamente no mercado financeiro a fim de salvar e reestruturar bancos e agências de seguro, além de evitar a falência da General Motors.
Neste mundo sombrio, o Brasil se destaca com sua política social. Está eliminando, passo a passo , a pobreza absoluta, ampliando a formação universitária de jovens de origem modesta, abrindo novas fronteiras agrícolas e obtendo os menores níveis de desemprego de sua história.
Não obstante esses êxitos nacionais, o governo está sob ataque histérico dos grandes meios político-financeiros. Na falta de motivo, o pretexto agora é a inflação. Ora, todas as fontes demonstram que a inflação do governo anterior a Lula foi muito maior que nos últimos 10 anos.
O Jornal do Brasil, fiel a sua tradição secular, mantém a confiança na chefia do Estado Democrático e denúncia, como de lesa-pátria, porque sabota a economia, a campanha orquestrada contra o Governo – que lembra outros momentos de nossa história, alguns deles com desfecho trágico e o sofrimento de toda a nação.


Extermínio de ornitorrincos no Brasil

Fonte: CARTA MAIOR

As coisas funcionam assim:

Um domingo a Veja denuncia que o governo teria pronto um plano para eliminar todos os ornitorrincos do território nacional.

À noite, o Fantástico, com uma reportagem cheia de detalhes, dando a impressão que já a tinha preparada, rogando aos espectadores para que façam algo para parar o extermínio. E, enquanto soa uma música dramática de fundo, diz que não façam por cada um de nós, mas pelos ornitorrincos.

No dia seguinte, a Folha intitula: "Feroz investida do governo contra os ornitorrincos". "Ameaça de extinção"

Na terça, o Jô coloca a pergunta: Vão desaparecer os ornitorrincos? Como os brasileiros não reagem frente à extinção dos ornitorrincos?

Miriam Porcão fala da escassez dos ornitorrincos, com seus reflexos na inflação e na pressão para novo aumento da taxa de juros.

FHC escreve sobre a indiferença do Lula e a incompetência gerencial do governo para proteger a vida de um animal que marcou tão profundamente a identidade nacional como o ornitorrinco.

Aécio diz que está disposto a por em prática um choque de gestão, similar ao que realizou em Minas, onde a reprodução dos ornitorrincos está assegurada.

Marina diz que a ameaça de extinção dos ornitorrincos é parte essencial do plano do governo da Dilma de extinção do meio ambiente. Que assim que terminar de conseguir as assinaturas para ser candidata, vai apelar a organismos internacionais a que intervenham no Brasil para evitar a extinção dos ornitorrincos.

Marcelo Freixo denuncia que são milícias pagas pelo governo os que estão executando, fria e sistematicamente, os ornitorrincos.

Em editorial, o Estadão afirma que o extermínio dos ornitorrincos faz parte do plano de extinção da imprensa livre no Brasil e que convocará reunião extraordinária da SIP para discutir o tema.

Um repórter do Jornal Nacional aborda o ministro da Agricultura, perguntando os motivos pelos quais o governo decidiu terminar com os ornitorrincos, ao que o ministro, depois de olhar o microfone, para saber se é do CQC, respondeu: Mas se aqui não há ornitorrincos! O repórter comenta para a câmera: No governo não querem admitir a existência do plano de extermínio dos ornitorrincos, que já está sendo posto em prática.

Começam a circular mensagens na internet, que dizem: "Hoje todos somos ornitorrincos" e "Se tocam em um ornitorrinco, tocam a todos nós".

Heloisa Helena declara que os ornitorrincos são só o princípio e que o governo não tem limites na sua atuação criminosa, os coalas e os ursos pandas que se cuidem.

Uma ONG com sede em Washington lança uma campanha com o lema: "Fjght against Brazilian dictatorship!! Save the ornitorrincs!!"

O Globo, Folha e o Estadão com a mesma manchete: Sugestivo silêncio da presidente confirma culpabilidade.

Colunista do UOL diz que, de fonte segura, lhe disseram que o governo, diante da péssima repercussão do seu plano de exterminar os ornitorrincos, decidiu retroceder.

Todos os jornais editorializam, no final da semana, que os ornitorrincos do Brasil estão salvos, graças à heroica campanha da imprensa livre.

(Este artigo é a simples tradução e adaptação dos nomes para personagens locais, de um texto que corre nas redes da Argentina. As coisas funcionam assim lá e aqui)


A opinião do JORNAL DO BRASIL é um fato marcante.

Coloca em cena toda uma discussão que já acontece  por anos nos sites e blogues de esquerda, que diariamente veem denunciando  a engrenagem  da oposição e da veha mídia, para desestabilizar o país e , se possível, derrubar o governo Dilma.

Com a proximidade das eleições de 14, mesmo que distantes para a maioria da população, a velha imprensa acelera o discurso de caos com uma clara intenção de impedir mais uma eleição dos governos vitoriosos do PT.

Desinformando os fatos sobre a realidade mundial imersa em uma crise sem precedência na história e, ainda,  omitindo a estratégia bem sucedida dos governos populares e democráticos do PT em meio a crise, a velha imprensa e a oposição jogam suas fichas e as migalhas de detrito  que sobraram de suas credibilidades para sedimentar na opinião pública  conceitos errôneos, equivocados  e inexistentes sobre a situação do país.

O JORNAL DO BRASIL que no passado já prestou relevantes serviços em nome da ordem democrática, como no caso da tentativa de golpe dos militares e da rede globo contra a eleição de Leonel Brizola para Governador do Estado do Rio de Janeiro em 1982, descola-se da estratégia de sabotagem em curso, e , mesmo inserido em um contexto conservador, lança um grito de alerta.

Diariamente a velha imprensa, em ordem unida, produz manchetes, notícias e análises, que apresentam o país e o governo Dilma como inoperantes e fracos, quando , na realidade, o pais consegue ser um dos poucos no mundo a resistir a crise e ser bem sucedido em suas polítcas em curso.

Em CARTA MAIOR, o texto de Emir Sader, apresenta a farsa da imprensa e a maneira como a velha mídia produz  e dissemina informações falsas, como provavelmente aconteceu com os boatos do Bolsa Família.

O governo federal, pode   e deve se utilizar dos meios de comunicação, de preferência em horário nobre, para esclarecer a população sobre a realidade bem sucedida do país e desmascarar as mentiras da imprensa.

Na internete, esse exercício é diário nos sites e blogues democráticos e certamente irá se intensificar com a proximidade das eleições como trincheira de informação fidedigna e de qualidade.

Que o JORNAL DO BRASIL resgate sua história e se coloque ao lado da ordem democrática.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Passado, Presente e Futuro

O QUE SERÁ DA IMPRENSA

Quem sobrevive ao futuro

Por Luciano Martins Costa em 29/05/2013 na edição 748
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/5/2013
Uma nota publicada pela Folha de S.Paulo na edição de quarta-feira (29/5) informa que a venda de computadores pessoais deve diminuir 7,8% neste ano em todo o mundo, uma queda maior do que a esperada pela empresa de pesquisas IDC, que acompanha o desenvolvimento da tecnologia digital. No texto original, distribuído na véspera, a empresa registra que os computadores de mesa e mesmo os portáteis tipo laptop estão sendo substituídos muito rapidamente pelos tablets, cujas vendas devem crescer 58,7% em relação ao ano passado, chegando a 229,3 milhões de novas unidades até o final de 2013.
Os dados apontam a consolidação de um novo paradigma no setor de informações e comunicação, com a predominância de equipamentos com múltiplas funções e completo acesso à internet em qualquer lugar e em pleno movimento. A novidade é a aceleração desse processo, que indica a preferência por aparelhos com telas de até 8 polegadas, cerca de 20 centímetros, que devem dominar o mercado até 2017. Um dos principais estímulos a essa tendência é a adoção de tablets na educação, que impulsiona a multiplicação dos aparelhos em larga escala e pressiona os preços para baixo.
É aqui que a questão tecnológica se cruza com a observação da imprensa. O ponto central é: como a imprensa tradicional vê as mudanças tecnológicas e as rupturas provocadas por elas no ambiente social. Para resumir a ópera, o que se pode afirmar é que as empresas tradicionais de mídia sempre trataram essas tecnologias como risco, não como oportunidade.
No Brasil, com exceção do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo, todas as demais organizações relutam a admitir que, em algum momento, aquilo que chamamos de jornal possa vir a desaparecer. Embora os números não sejam públicos, sabe-se que o complexo de serviços digitais chamado UOL jáse consolidou como a cabeça do grupo empresarial, e a Folha de S. Paulo sobrevive como uma marca de transição.
Para os brasileiros que se alfabetizaram nos anos 1990, chamados de nativos digitais, a Folha é uma referência do passado, assim como outras denominações da mídia física, como os jornais o Estado de S.Paulo, o Globo, e revistas como Veja e Época. Mesmo o presidente do conselho de administração do Grupo Abril, Roberto Civita, recentemente falecido, se dizia conformado com a ideia do fim da versão impressa de Veja.
A ilusão do controle
No entanto, aceitação não significa adequação, e a atitude predominante entre os controladores da mídia tradicional tem sido apenas de observar e aceitar ou não o desenvolvimento da tecnologia que, essencialmente, coloca em xeque o conceito clássico de mídia e mediação.
O artigo publicado na quarta-feira por Rodrigo Mesquita, na seção de opinião do Estado de S.Paulo, tem exatamente esse sentido: o de afirmar que redes sociais sempre existiram e que o mundo sempre irá precisar de quem organize as informações para o cidadão. A ideia central de seu artigo é que o antigo papel do mediador muda de nome: agora o jornalista será o “curador” que irá monitorar os fatos do mundo contemporâneo, “mais fragmentado, complexo e rico”, dando-lhes contexto e perspectiva. Ao afirmar que “nada mudou” nessa relação, o autor apenas repete o mantra mágico que tem reduzido as chances de sobrevivência do jornal.
No mundo real, as redes sociais que têm como suporte a tecnologia digital são muito diferentes do sistema de comunidades em que a indústria da imprensa construiu seu papel histórico. Os princípios organizadores da cultura nesse novo contexto se caracterizam, entre outros elementos, por uma relação de reciprocidade entre as partes e o todo, o que torna problemática a presença de uma autoridade mediadora. Mesmo o conceito de cultura, antes uma “cultura de elite”, se dilui e se configura como movimento e dinâmica de trocas sociais.
O autor do artigo publicado no Estado tem suas razões, sonha com a hipótese de que o jornal seja como “a Ágora da pólis” no mundo contemporâneo, e está defendendo seu patrimônio. Por outro lado, a observação crítica da imprensa não significa uma torcida pelo desaparecimento da mídia, mas um exercício de reflexão independente que ajude a entender essa transição para uma realidade ainda mal compreendida.
A questão central é: como os pensadores da mídia tradicional encaram o futuro. A diferença básica entre os formuladores da visão de um mundo futuro, como o visionário empreendedor Steve Jobs, criador da Apple, e os gestores da mídia tradicional, é que estes tentam adivinhar o futuro e aqueles, como Jobs, tratam de construí-lo.
Há uma diferença crucial entre a perspectiva das mudanças e uma atitude prospectiva, que interfere nas mudanças. Abandonar a ilusão do controle sobre a crescente autonomia dos indivíduos seria um bom começo. Ainda que tardio.


Nas lembranças da velha e ultrapassada mídia o presente se transforma em um problema.

O futuro passa a ser assustador, e deve ser contido.
 
Na excelente análise de Luciano, que se encontra anos -luz a frente de seu homônimo da velha e ultrapassada globo, vários temas são abordados na questão presente e futuro:

a cultura, a imprensa, as mídias, as artes, o entretenimento, dentre outros que necessariamente formam uma teia interdependente da realidade atual ,e como tal, não podem ser entendidos em separado.

Como bem descreveu o autor, essa realidade atual sempre que apresentada pela velha mídia aparece como algo  que nada tem de novo, transformador.
 .
Para os tink thanks da direita encastelada no passado a televisão é o ponto central do entretenimento, o pannis circense para um público adorador de uma arte superficial, descartável, onde a reflexão do espectador consiste em sorrisos quase sempre atrapalhados pelas formas caóticas dos grãos de milho, pós aquecimento ,que entopem suas bocas.

No artigo do jornal o estado de SP , citado pelo autor, a afirmação de que as redes socias sempre existiram  é verdadeira.

O diferencial,como sempre, está na qualidade , no passado , no presente, na televisão e nos tablets, na revista O Cruzeiro e na revista Fórum, em Tom Jobim e em Amado Batista, no mimeógrafo e na internete, na farinha de mandioca e no sanduiche amorfo, no mediador de opinião e na opinião livre compartilhada, etc...

O que a velha imprensa não consegue entender, ou omite em suas superciais reflexões, é que o presente não necessariamente é uma eliminação total do passado , ou mesmo sua manutenção.

Já o futuro será sempre o próximo passo, somente para aqueles que ousam caminhar.

Na visão estagnada  do caminhar da velha imprensa, o presente é aquilo que atende aos interesses mais retrógrados do passado mesmo que em uma embalagem atual, mas em  constante rejeição as novas formas de arte, cultura, entretenimento e até mesmo , do conhecimento científico.

Isso é um comportamento histórico do conservadorismo , local onde sempre se situaram os grandes meios de comunicação.

No momento atual, mais precisamente nos últimos 25 anos, assistimos, participamos e construimos uma nova modalidade de redes sociais, onde a internete tem um papel central na disseminação de informações, das artes, no entretenimento, na cultura.

No campo da imprensa a internete substitui o velho jornal impresso por um nova estética digital e, ainda modifica o conceito de notícia, pois a função de mediador fica diluída nas redes sociais ativas em tempo real.

Ativas e em tempo real, assim são as redes sociais do presente e do futuro, bem diferentes daquelas do passado que necessitavam de um mediador para organizar as informações.

A notícia e a  informação passam a ser aquilo que a maioria compartilha, deseja, independente de mediadores que cada vez mais são vistos com ressalvas e mesmo  rejeitados totalmente.

O suposto  novo papel de curador de notícias,em substituição ao mediador,  como sugere o artigo do estado de SP, já existe nas redes sociais, não por profissioanais da imprensa mas pela própria dinâmica das redes e de suas formas de manifestação.

Há um descolamento natural, por parte dos usuários da internete, da figura dos antigos e ultrapassados mediadores.

A participação ativa, em todas as esferas da vida social, está presente em todas as manifestações dos povos.

Vivemos em uma sociedade em rede ainda dominada por estruturas hierárquicas ultrapassadas que fazem de tudo um tudo para não alterar o satatus quo.

O novo consumidor da teia ( informação, notícia, arte, entretenimento, cultura), não espera e também não necessita de um curador da velha imprensa.

Neste cenário, onde sofá  para assistir tv fica no passado, a televisão, o computador, o rádio estarão, cada vez mais,  disponíveis durante todo o dia, todos os dias do ano, para as pessoas em qualquer hora, em qualquer lugar.

O antigo jornal passa a ser um exercício diário, que se atualiza a cada minuto, aliás como sempre foi, mas com o diferencial de estar disponível a cada atualização.

O impresso do dia seguinte não oferece o novo, salvo por coberturas de grandes acontecimentos, que mesmo assim, ganham mais destaque nas mídias digitais.

O impresso morreu, e deve se reinventar desde o  início, do zero,   buscando espaços e nichos específicos para sobrevivência.

O passado, o presente e o futuro por vezes  se apresentam juntos ( a característica mais marcante de uma nova compreensão da realidade, na ciência, nas artes, na cultura, etc..) o que nem sempre é compreensível para os setores limitados da velha imprensa.

Um bom exemplo foi a decisão do governo colombiano de implementar uma reforma agrária integral no país, em um processo de negociação com a guerrilha colombiana das FARC's. 

Cabe lembrar que tal reforma, como citou Leblon ontem em CARTA MAIOR, foi proposta por Jango em 1963, a mesma reforma é rejeitada pelo conservadorismo  apoiado pela imprensa desde o início da década de 1990, e é apresentada atualmente, em 2013, como solução de vanguarda para um país da Pátria Grande.

Cabe ainda lembrar que a velha imprensa e o conservadorismo de direita, são aliados e alinhados com os governos de direita da Colômbia, sempre enaltecendo seus feitos e rejeitando o visonário processo de integração da América do Sul.

Passado, presente e futuro, unidos em um só momento o que permite uma análise profunda com desdobramentos na forma de organização social, na economia, na democracia.

Muito conteúdo para uma velha imprensa atrelada em dogmas e conceitos ultrapassados, já que pouco tem  sido noticiado nos grandes meios de comunicação.

No campo do entretenimento o que se apresenta , dominante, é uma arte embalada, descartável, seja na música ou em outras manifestações, onde a idiotice e o erotismo comandam o "conteúdo".

Tudo é visual e performático.

A cultura deve ser restrita a uma  academia, retrógrada, tal qual a imprensa.


As arenas multiuso proliferam em todo o mundo, em um desenho do futuro de distração e alienação para o povo , não muito diferente dos espetáculos com leões do passado.

A indústria do entretenimento impõe o "conteúdo" e em países como Brasil, em que um oligopólio dos meios de comunicação ainda existe, resta ao espectador ainda no sofá apreciar e consumir esses produtos.

Na teia a realidade é bem diferente, pois é possível viajar em todas as manifestações artísticas, em qualquer lugar do planeta e, o melhor, o consumidor é quem escolhe.

A melhor e maior biblioteca está ao alcance das mãos , assim como museus, filmes, conteúdos científicos.

Na nova realidade o desenho tem um contorno tecnológico enquanto o pensamento ocupa o centro.

Na heurística pensamentosfera, mesmo com os riscos associados, novos conceitos e conteúdos de vanguarda proliferam.

De fato, é muito dífícl para setores retrógrados incorporar os novos conhecimentos.

O passado, o presente e o futuro , juntos no agora em uma tendência clara de participação dos povos em todas as esferas do poder , do conhecimento, das artes, da cultura, tal qual o novo caminho que vem sendo trilhado pela ciência onde a interdisciplinaridade do saber comanda o espetáculo.