domingo, 2 de junho de 2013

Deu Lagarto na Cabeça

Ubaldo: jogo do bicho
é melhor que Bolsa Família

Quem é melhor: o comandante Borges ou a estadista chilena do Cerra ?

Trecho do artigo de João Ubaldo Ribeiro no Globo e no Estadão com um “comandante Borges”:

(…)

— Quer dizer que você é a favor da legalização (do jogo do bicho).

— Eu sou. Mas não tanto para acabar essa mamata e, sim, para ajudar a amenizar outra mamata, o Bolsa Família. Eu não aguento ouvir falar no Bolsa Família! Eu fico à beira de uma síncope! A legalização do jogo do bicho ia contribuir bastante para desbastar o Bolsa Família. Era só botar gente atualmente viciada em Bolsa Família para trabalhar anotando bicho. Trabalho leve, na medida certa para o freguês do Bolsa Família, que não se dá bem pegando no pesado, que é que você me diz dessa ideia? Eu sei, você está discordando de mim. Falar em trabalho aqui no Brasil é uma falta grave! Vencer na vida é conseguir uma mamata! Emprego bom aqui é o de vigia, que recebe adicional de trabalho noturno e de periculosidade para dormir no emprego! Vida boa quem tem aqui é ladrão, bandido e cangaceiro!


Mais uma pérola de Ubaldo, o escritor que ri.

Associar a legalização do jogo do bicho com a geração de empregos, especificamente para acabar com o Bolsa Família, é o mesmo que dizer que o Brasil não precisaria fazer a copa do mundo e as olimpíadas  e investir os recursos para esses eventos em educação, etc...

Com uma visão causa e efeito , em assuntos e áreas da vida  onde tal visão não se aplica e  o que deve prevalecer é uma visão  abrangente de  uma gama de programas e ações governamentais, Ubaldo, tal qual um lagarto perdido e faminto, mira em um inseto  mas o que come é apenas um pedacinho de papel, na noite escura em que está mergulhado com seus pares da imprensa.

Jogos de azar, independente se sobre bichos ou humanos, que por vezes se parecem, devem ser tratados segundo uma outra lógica que envolve diversas questões no campo legal, moral e social.

O programa Bolsa Família, recomendado pela ONU para outros países como uma referência de distribuição de renda, combate a fome e redução da pobreza, é um programa bem sucedido e que merece  a aprovação do povo brasileiro.

Ubaldo , que é nordestino, região de  principal foco do Bolsa Família, sabe, ou deveria saber, que o povo nordestino nada tem de preguiçoso, vagabundo ou desonesto.

sábado, 1 de junho de 2013

Concentração de Codois na Atmosfera Atinge 400 ppm

Cientistas avaliam iniciativas globais para adaptação às mudanças climáticas
Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Pela primeira vez, os 18 cientistas que integram o comitê do Programa Mundial de Pesquisa Climática, WCRP na sigla em inglês, estão reunidos no Brasil para avaliar as iniciativas globais para mitigação e adaptação às mudanças do clima. No encontro anual, os dirigentes da organização vão concluir, até a próxima sexta-feira (31), um balanço de desafios considerados prioritários, como melhorias nas observações do nível dos oceanos e medidas para avaliar e garantir a disponibilidade de água em algumas regiões.
“O Brasil está entre os líderes em várias iniciativas, como as voltadas para mitigação das alterações climáticas e, ao lado da França e dos Estados Unidos, do sistema de observação do nível do mar. Poucos se importam com o que está acontecendo com os oceanos no mundo, como no Brasil, que tem uma costa muito grande”, disse Antonio Busalacchi, que preside o grupo, explicando que a liderança brasileira nessas políticas motivou a escolha do país para sediar a 34ª reunião do grupo, que existe desde 1985.
“Quis que os integrantes do comitê fossem apresentados a esse cenário. A discussão vai girar em torno de tópicos sobre climatologias em escala regional”, explicou, citando situações que estarão no centro dos debates, como a do Nordeste brasileiro, que enfrenta seca extrema há dois anos.
Há quatro anos, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apontadas como uma das principais responsáveis pelas alterações de temperatura da Terra, entre 36,1% a 38,9% até 2020, tendo como base o que emitia em 1990. O compromisso foi firmado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhague, COP15, e a Política Nacional de Mudanças Climáticas transformou as metas voluntárias em objetivos claros para o governo e para vários setores.
A redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado está no topo da lista, que ainda inclui investimentos na produção de biocombustíveis, substituição do uso de carvão nativo e inclusão de técnicas de plantio que podem reduzir a emissão de gases nocivos pela agricultura.
Na próxima semana, o governo brasileiro vai divulgar o levantamento mais recente de emissões de gases de efeito estufa. A expectativa é que as áreas de meio ambiente e de ciência e tecnologia também anunciem os planos setoriais de mitigação, com metas para áreas estratégicas da economia.
Sem antecipar números, Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disse que todos os indicativos é que o país está caminhando em direção à meta. O termômetro que confirma essa expectativa, segundo ele, inclui, por exemplo, os índices de desmatamento que vêm mostrando redução da devastação de áreas em regiões estratégicas.
“Qualitativamente a gente sabe que a avaliação é boa porque o desmatamento na Amazônia e no Cerrado está caindo. No ano passado, tivemos o menor índice da série histórica de desmatamento na Amazônia”, disse. Para Nobre, as ações de fiscalização e monitoramento que estão sendo adotadas pelo governo devem manter essas taxas em queda.
Para o grupo de cientistas estrangeiros, Nobre também elencou programas brasileiros que coincidem com as estratégias globais do comitê. “O Brasil avançou muito em medidas de mitigação, mas temos que avançar ainda muito mais na adaptação da sociedade brasileira, do sistema econômico, da agricultura, do uso da água, por exemplo. São pesquisas que vão apontar políticas tecnológicas de adaptação e indicar políticas públicas, como as voltadas para mobilidade urbana e ocupação do litoral”, explicou o secretário.
Recentemente, o governo também criou o Instituto Nacional de Pesquisas sobre os Oceanos (Inpo), reservando outros recursos para pesquisas de longo prazo nos 8,5 mil quilômetros do litoral brasileiro, e iniciou a compra de equipamentos que vão aumentar a capacidade de monitoramento sobre a seca na Região Nordeste. “Estamos comprando 1 mil medidores de chuva, 500 medidores de umidade do solo, 100 estações agrometeorológicas que vão aumentar muito nossa capacidade de prever os impactos da seca do Nordeste sobre a agricultura e abastecimento de água”, explicou.


Pela primeira vez, também, a concentração de CO2 na atmosfera, em alguns lugares do planeta, ultrapassou a marca  crítica de  400 ppm ( partes por milhão ).

Pela primeira vez, também, os cientistas estão reunidos no Brasil para avaliar as iniciativas globais para  mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O que se discute é adaptação à uma realidade em que as alterações climáticas atingem um estado irrevervísel, algo que cientistas e movimentos sociais vem alertando há algumas décadas.

Enquanto tudo isso acontece, a velha imprensa e seu aparato midiático esclerosado noticiam, a exautão, como criar alternativas para que os gatinhos domésticos possam brincar dentro de casa.

Hoje, 01.06.13, a revista época, do grupo reacionário globo, publica em sua primeira página da edição desta semana uma chamada de matéria sobre o aquecimento global com os seguintes dizeres:
" aquecimento global, cadê o apocalipse ?"

Para época, que vive saudosa de outras épocas, o aquecimento global e as mudanças climáticas com todo o repertório de problemas que os cientistas vem alertando desde décadas passadas não aconteceu, apesar dos estudos presentes para a adaptação às trasnformações drámáticas em curso.

Globo , ao que tudo indica, queria um apocalipse climático ao melhor estilo hollywood, já que no campo econômico e social as empresas dos marinhos defendem o caos social e econômico que assola o mundo, que em muito se assemelha a um apocalipse.

Em tempos de www, as "notícias e informações" de globo e seus pares não passam de um teatro, barulhento, anacrônico, onde no tocante ao conteúdo e a veracidade, predomina a matéria sólida marron.

Em sua cruzada para omitir, desinformar e manipular a realidade a velha e esclerosada imprensa brasileira não viu a passagem do tempo, e  ainda perdeu , totalmente, sua sintonia com a população.

Vibra e comemora com resultado de um pib modesto( que ainda matém o país bem posicionado frente a crise mundial), questiona as previsões bem sucedidas sobre as alterações climáticas ao indagar que o apocalipse não aconteceu, igonora os avanços da integração sulamericana e do Mercosul, e por fim, mas sem a menor intenção de esgotar o assunto,
bate palmas para o decadente EUA.

Para globo, CO2 é codois, assim como uma repórter da rádio band news do Rio de janeiro se referiu a Pio X, como  pioxis.

Codois invade cérebro de jornalistas e transforma o noticiário.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Lai de Mídia Democrática

Conspiração e Sabotagens contra a Pátria

CONSPIRAÇÃO CONTRA A PÁTRIA

O Jornal do Brasil mantém a confiança na chefia do estado Democrático

 fonte : Jornal do Brasil


A União Europeia desmantela-se: o fim do estado de bem-estar, o corte nos orçamentos sociais, a desconfiança entre os países associados, a indignação dos cidadãos e a incapacidade dos governantes em controlar politicamente a crise, que tem a sua expressão maior no desemprego e na pauperização de povos. Se não forem adotadas medidas corajosas contra os grandes bancos, podemos esperar o caos planetário, que a irresponsabilidade arquiteta.
A China, exposta como modelo de crescimento, é o caso mais desolador de crescente desigualdade social no mundo, com a ostentação de seus bilionários em uma região industrializada e centenas de milhões de pessoas na miséria no resto do país. Isso sem falar nas condições semiescravas de seus trabalhadores – já denunciadas como sendo inerentes ao “Sistema Asiático de Produção”. Os Estados Unidos, pátria do capitalismo liberal e neoliberal, foram obrigados a intervir pesadamente no mercado financeiro a fim de salvar e reestruturar bancos e agências de seguro, além de evitar a falência da General Motors.
Neste mundo sombrio, o Brasil se destaca com sua política social. Está eliminando, passo a passo , a pobreza absoluta, ampliando a formação universitária de jovens de origem modesta, abrindo novas fronteiras agrícolas e obtendo os menores níveis de desemprego de sua história.
Não obstante esses êxitos nacionais, o governo está sob ataque histérico dos grandes meios político-financeiros. Na falta de motivo, o pretexto agora é a inflação. Ora, todas as fontes demonstram que a inflação do governo anterior a Lula foi muito maior que nos últimos 10 anos.
O Jornal do Brasil, fiel a sua tradição secular, mantém a confiança na chefia do Estado Democrático e denúncia, como de lesa-pátria, porque sabota a economia, a campanha orquestrada contra o Governo – que lembra outros momentos de nossa história, alguns deles com desfecho trágico e o sofrimento de toda a nação.


Extermínio de ornitorrincos no Brasil

Fonte: CARTA MAIOR

As coisas funcionam assim:

Um domingo a Veja denuncia que o governo teria pronto um plano para eliminar todos os ornitorrincos do território nacional.

À noite, o Fantástico, com uma reportagem cheia de detalhes, dando a impressão que já a tinha preparada, rogando aos espectadores para que façam algo para parar o extermínio. E, enquanto soa uma música dramática de fundo, diz que não façam por cada um de nós, mas pelos ornitorrincos.

No dia seguinte, a Folha intitula: "Feroz investida do governo contra os ornitorrincos". "Ameaça de extinção"

Na terça, o Jô coloca a pergunta: Vão desaparecer os ornitorrincos? Como os brasileiros não reagem frente à extinção dos ornitorrincos?

Miriam Porcão fala da escassez dos ornitorrincos, com seus reflexos na inflação e na pressão para novo aumento da taxa de juros.

FHC escreve sobre a indiferença do Lula e a incompetência gerencial do governo para proteger a vida de um animal que marcou tão profundamente a identidade nacional como o ornitorrinco.

Aécio diz que está disposto a por em prática um choque de gestão, similar ao que realizou em Minas, onde a reprodução dos ornitorrincos está assegurada.

Marina diz que a ameaça de extinção dos ornitorrincos é parte essencial do plano do governo da Dilma de extinção do meio ambiente. Que assim que terminar de conseguir as assinaturas para ser candidata, vai apelar a organismos internacionais a que intervenham no Brasil para evitar a extinção dos ornitorrincos.

Marcelo Freixo denuncia que são milícias pagas pelo governo os que estão executando, fria e sistematicamente, os ornitorrincos.

Em editorial, o Estadão afirma que o extermínio dos ornitorrincos faz parte do plano de extinção da imprensa livre no Brasil e que convocará reunião extraordinária da SIP para discutir o tema.

Um repórter do Jornal Nacional aborda o ministro da Agricultura, perguntando os motivos pelos quais o governo decidiu terminar com os ornitorrincos, ao que o ministro, depois de olhar o microfone, para saber se é do CQC, respondeu: Mas se aqui não há ornitorrincos! O repórter comenta para a câmera: No governo não querem admitir a existência do plano de extermínio dos ornitorrincos, que já está sendo posto em prática.

Começam a circular mensagens na internet, que dizem: "Hoje todos somos ornitorrincos" e "Se tocam em um ornitorrinco, tocam a todos nós".

Heloisa Helena declara que os ornitorrincos são só o princípio e que o governo não tem limites na sua atuação criminosa, os coalas e os ursos pandas que se cuidem.

Uma ONG com sede em Washington lança uma campanha com o lema: "Fjght against Brazilian dictatorship!! Save the ornitorrincs!!"

O Globo, Folha e o Estadão com a mesma manchete: Sugestivo silêncio da presidente confirma culpabilidade.

Colunista do UOL diz que, de fonte segura, lhe disseram que o governo, diante da péssima repercussão do seu plano de exterminar os ornitorrincos, decidiu retroceder.

Todos os jornais editorializam, no final da semana, que os ornitorrincos do Brasil estão salvos, graças à heroica campanha da imprensa livre.

(Este artigo é a simples tradução e adaptação dos nomes para personagens locais, de um texto que corre nas redes da Argentina. As coisas funcionam assim lá e aqui)


A opinião do JORNAL DO BRASIL é um fato marcante.

Coloca em cena toda uma discussão que já acontece  por anos nos sites e blogues de esquerda, que diariamente veem denunciando  a engrenagem  da oposição e da veha mídia, para desestabilizar o país e , se possível, derrubar o governo Dilma.

Com a proximidade das eleições de 14, mesmo que distantes para a maioria da população, a velha imprensa acelera o discurso de caos com uma clara intenção de impedir mais uma eleição dos governos vitoriosos do PT.

Desinformando os fatos sobre a realidade mundial imersa em uma crise sem precedência na história e, ainda,  omitindo a estratégia bem sucedida dos governos populares e democráticos do PT em meio a crise, a velha imprensa e a oposição jogam suas fichas e as migalhas de detrito  que sobraram de suas credibilidades para sedimentar na opinião pública  conceitos errôneos, equivocados  e inexistentes sobre a situação do país.

O JORNAL DO BRASIL que no passado já prestou relevantes serviços em nome da ordem democrática, como no caso da tentativa de golpe dos militares e da rede globo contra a eleição de Leonel Brizola para Governador do Estado do Rio de Janeiro em 1982, descola-se da estratégia de sabotagem em curso, e , mesmo inserido em um contexto conservador, lança um grito de alerta.

Diariamente a velha imprensa, em ordem unida, produz manchetes, notícias e análises, que apresentam o país e o governo Dilma como inoperantes e fracos, quando , na realidade, o pais consegue ser um dos poucos no mundo a resistir a crise e ser bem sucedido em suas polítcas em curso.

Em CARTA MAIOR, o texto de Emir Sader, apresenta a farsa da imprensa e a maneira como a velha mídia produz  e dissemina informações falsas, como provavelmente aconteceu com os boatos do Bolsa Família.

O governo federal, pode   e deve se utilizar dos meios de comunicação, de preferência em horário nobre, para esclarecer a população sobre a realidade bem sucedida do país e desmascarar as mentiras da imprensa.

Na internete, esse exercício é diário nos sites e blogues democráticos e certamente irá se intensificar com a proximidade das eleições como trincheira de informação fidedigna e de qualidade.

Que o JORNAL DO BRASIL resgate sua história e se coloque ao lado da ordem democrática.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Passado, Presente e Futuro

O QUE SERÁ DA IMPRENSA

Quem sobrevive ao futuro

Por Luciano Martins Costa em 29/05/2013 na edição 748
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/5/2013
Uma nota publicada pela Folha de S.Paulo na edição de quarta-feira (29/5) informa que a venda de computadores pessoais deve diminuir 7,8% neste ano em todo o mundo, uma queda maior do que a esperada pela empresa de pesquisas IDC, que acompanha o desenvolvimento da tecnologia digital. No texto original, distribuído na véspera, a empresa registra que os computadores de mesa e mesmo os portáteis tipo laptop estão sendo substituídos muito rapidamente pelos tablets, cujas vendas devem crescer 58,7% em relação ao ano passado, chegando a 229,3 milhões de novas unidades até o final de 2013.
Os dados apontam a consolidação de um novo paradigma no setor de informações e comunicação, com a predominância de equipamentos com múltiplas funções e completo acesso à internet em qualquer lugar e em pleno movimento. A novidade é a aceleração desse processo, que indica a preferência por aparelhos com telas de até 8 polegadas, cerca de 20 centímetros, que devem dominar o mercado até 2017. Um dos principais estímulos a essa tendência é a adoção de tablets na educação, que impulsiona a multiplicação dos aparelhos em larga escala e pressiona os preços para baixo.
É aqui que a questão tecnológica se cruza com a observação da imprensa. O ponto central é: como a imprensa tradicional vê as mudanças tecnológicas e as rupturas provocadas por elas no ambiente social. Para resumir a ópera, o que se pode afirmar é que as empresas tradicionais de mídia sempre trataram essas tecnologias como risco, não como oportunidade.
No Brasil, com exceção do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo, todas as demais organizações relutam a admitir que, em algum momento, aquilo que chamamos de jornal possa vir a desaparecer. Embora os números não sejam públicos, sabe-se que o complexo de serviços digitais chamado UOL jáse consolidou como a cabeça do grupo empresarial, e a Folha de S. Paulo sobrevive como uma marca de transição.
Para os brasileiros que se alfabetizaram nos anos 1990, chamados de nativos digitais, a Folha é uma referência do passado, assim como outras denominações da mídia física, como os jornais o Estado de S.Paulo, o Globo, e revistas como Veja e Época. Mesmo o presidente do conselho de administração do Grupo Abril, Roberto Civita, recentemente falecido, se dizia conformado com a ideia do fim da versão impressa de Veja.
A ilusão do controle
No entanto, aceitação não significa adequação, e a atitude predominante entre os controladores da mídia tradicional tem sido apenas de observar e aceitar ou não o desenvolvimento da tecnologia que, essencialmente, coloca em xeque o conceito clássico de mídia e mediação.
O artigo publicado na quarta-feira por Rodrigo Mesquita, na seção de opinião do Estado de S.Paulo, tem exatamente esse sentido: o de afirmar que redes sociais sempre existiram e que o mundo sempre irá precisar de quem organize as informações para o cidadão. A ideia central de seu artigo é que o antigo papel do mediador muda de nome: agora o jornalista será o “curador” que irá monitorar os fatos do mundo contemporâneo, “mais fragmentado, complexo e rico”, dando-lhes contexto e perspectiva. Ao afirmar que “nada mudou” nessa relação, o autor apenas repete o mantra mágico que tem reduzido as chances de sobrevivência do jornal.
No mundo real, as redes sociais que têm como suporte a tecnologia digital são muito diferentes do sistema de comunidades em que a indústria da imprensa construiu seu papel histórico. Os princípios organizadores da cultura nesse novo contexto se caracterizam, entre outros elementos, por uma relação de reciprocidade entre as partes e o todo, o que torna problemática a presença de uma autoridade mediadora. Mesmo o conceito de cultura, antes uma “cultura de elite”, se dilui e se configura como movimento e dinâmica de trocas sociais.
O autor do artigo publicado no Estado tem suas razões, sonha com a hipótese de que o jornal seja como “a Ágora da pólis” no mundo contemporâneo, e está defendendo seu patrimônio. Por outro lado, a observação crítica da imprensa não significa uma torcida pelo desaparecimento da mídia, mas um exercício de reflexão independente que ajude a entender essa transição para uma realidade ainda mal compreendida.
A questão central é: como os pensadores da mídia tradicional encaram o futuro. A diferença básica entre os formuladores da visão de um mundo futuro, como o visionário empreendedor Steve Jobs, criador da Apple, e os gestores da mídia tradicional, é que estes tentam adivinhar o futuro e aqueles, como Jobs, tratam de construí-lo.
Há uma diferença crucial entre a perspectiva das mudanças e uma atitude prospectiva, que interfere nas mudanças. Abandonar a ilusão do controle sobre a crescente autonomia dos indivíduos seria um bom começo. Ainda que tardio.


Nas lembranças da velha e ultrapassada mídia o presente se transforma em um problema.

O futuro passa a ser assustador, e deve ser contido.
 
Na excelente análise de Luciano, que se encontra anos -luz a frente de seu homônimo da velha e ultrapassada globo, vários temas são abordados na questão presente e futuro:

a cultura, a imprensa, as mídias, as artes, o entretenimento, dentre outros que necessariamente formam uma teia interdependente da realidade atual ,e como tal, não podem ser entendidos em separado.

Como bem descreveu o autor, essa realidade atual sempre que apresentada pela velha mídia aparece como algo  que nada tem de novo, transformador.
 .
Para os tink thanks da direita encastelada no passado a televisão é o ponto central do entretenimento, o pannis circense para um público adorador de uma arte superficial, descartável, onde a reflexão do espectador consiste em sorrisos quase sempre atrapalhados pelas formas caóticas dos grãos de milho, pós aquecimento ,que entopem suas bocas.

No artigo do jornal o estado de SP , citado pelo autor, a afirmação de que as redes socias sempre existiram  é verdadeira.

O diferencial,como sempre, está na qualidade , no passado , no presente, na televisão e nos tablets, na revista O Cruzeiro e na revista Fórum, em Tom Jobim e em Amado Batista, no mimeógrafo e na internete, na farinha de mandioca e no sanduiche amorfo, no mediador de opinião e na opinião livre compartilhada, etc...

O que a velha imprensa não consegue entender, ou omite em suas superciais reflexões, é que o presente não necessariamente é uma eliminação total do passado , ou mesmo sua manutenção.

Já o futuro será sempre o próximo passo, somente para aqueles que ousam caminhar.

Na visão estagnada  do caminhar da velha imprensa, o presente é aquilo que atende aos interesses mais retrógrados do passado mesmo que em uma embalagem atual, mas em  constante rejeição as novas formas de arte, cultura, entretenimento e até mesmo , do conhecimento científico.

Isso é um comportamento histórico do conservadorismo , local onde sempre se situaram os grandes meios de comunicação.

No momento atual, mais precisamente nos últimos 25 anos, assistimos, participamos e construimos uma nova modalidade de redes sociais, onde a internete tem um papel central na disseminação de informações, das artes, no entretenimento, na cultura.

No campo da imprensa a internete substitui o velho jornal impresso por um nova estética digital e, ainda modifica o conceito de notícia, pois a função de mediador fica diluída nas redes sociais ativas em tempo real.

Ativas e em tempo real, assim são as redes sociais do presente e do futuro, bem diferentes daquelas do passado que necessitavam de um mediador para organizar as informações.

A notícia e a  informação passam a ser aquilo que a maioria compartilha, deseja, independente de mediadores que cada vez mais são vistos com ressalvas e mesmo  rejeitados totalmente.

O suposto  novo papel de curador de notícias,em substituição ao mediador,  como sugere o artigo do estado de SP, já existe nas redes sociais, não por profissioanais da imprensa mas pela própria dinâmica das redes e de suas formas de manifestação.

Há um descolamento natural, por parte dos usuários da internete, da figura dos antigos e ultrapassados mediadores.

A participação ativa, em todas as esferas da vida social, está presente em todas as manifestações dos povos.

Vivemos em uma sociedade em rede ainda dominada por estruturas hierárquicas ultrapassadas que fazem de tudo um tudo para não alterar o satatus quo.

O novo consumidor da teia ( informação, notícia, arte, entretenimento, cultura), não espera e também não necessita de um curador da velha imprensa.

Neste cenário, onde sofá  para assistir tv fica no passado, a televisão, o computador, o rádio estarão, cada vez mais,  disponíveis durante todo o dia, todos os dias do ano, para as pessoas em qualquer hora, em qualquer lugar.

O antigo jornal passa a ser um exercício diário, que se atualiza a cada minuto, aliás como sempre foi, mas com o diferencial de estar disponível a cada atualização.

O impresso do dia seguinte não oferece o novo, salvo por coberturas de grandes acontecimentos, que mesmo assim, ganham mais destaque nas mídias digitais.

O impresso morreu, e deve se reinventar desde o  início, do zero,   buscando espaços e nichos específicos para sobrevivência.

O passado, o presente e o futuro por vezes  se apresentam juntos ( a característica mais marcante de uma nova compreensão da realidade, na ciência, nas artes, na cultura, etc..) o que nem sempre é compreensível para os setores limitados da velha imprensa.

Um bom exemplo foi a decisão do governo colombiano de implementar uma reforma agrária integral no país, em um processo de negociação com a guerrilha colombiana das FARC's. 

Cabe lembrar que tal reforma, como citou Leblon ontem em CARTA MAIOR, foi proposta por Jango em 1963, a mesma reforma é rejeitada pelo conservadorismo  apoiado pela imprensa desde o início da década de 1990, e é apresentada atualmente, em 2013, como solução de vanguarda para um país da Pátria Grande.

Cabe ainda lembrar que a velha imprensa e o conservadorismo de direita, são aliados e alinhados com os governos de direita da Colômbia, sempre enaltecendo seus feitos e rejeitando o visonário processo de integração da América do Sul.

Passado, presente e futuro, unidos em um só momento o que permite uma análise profunda com desdobramentos na forma de organização social, na economia, na democracia.

Muito conteúdo para uma velha imprensa atrelada em dogmas e conceitos ultrapassados, já que pouco tem  sido noticiado nos grandes meios de comunicação.

No campo do entretenimento o que se apresenta , dominante, é uma arte embalada, descartável, seja na música ou em outras manifestações, onde a idiotice e o erotismo comandam o "conteúdo".

Tudo é visual e performático.

A cultura deve ser restrita a uma  academia, retrógrada, tal qual a imprensa.


As arenas multiuso proliferam em todo o mundo, em um desenho do futuro de distração e alienação para o povo , não muito diferente dos espetáculos com leões do passado.

A indústria do entretenimento impõe o "conteúdo" e em países como Brasil, em que um oligopólio dos meios de comunicação ainda existe, resta ao espectador ainda no sofá apreciar e consumir esses produtos.

Na teia a realidade é bem diferente, pois é possível viajar em todas as manifestações artísticas, em qualquer lugar do planeta e, o melhor, o consumidor é quem escolhe.

A melhor e maior biblioteca está ao alcance das mãos , assim como museus, filmes, conteúdos científicos.

Na nova realidade o desenho tem um contorno tecnológico enquanto o pensamento ocupa o centro.

Na heurística pensamentosfera, mesmo com os riscos associados, novos conceitos e conteúdos de vanguarda proliferam.

De fato, é muito dífícl para setores retrógrados incorporar os novos conhecimentos.

O passado, o presente e o futuro , juntos no agora em uma tendência clara de participação dos povos em todas as esferas do poder , do conhecimento, das artes, da cultura, tal qual o novo caminho que vem sendo trilhado pela ciência onde a interdisciplinaridade do saber comanda o espetáculo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Venenos Na Mesa

Piada do dia:

Todas as fotos e textos abaixo foram copiadas dos jornais o globo, folha de SP, estado de SP e também da revista veja.
ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha!



Hungria destrói todas as plantações da Monsanto

A Hungria deu uma machadada no tronco infectado da gigante Monsanto e as suas modificações genéticas destruindo quase 500 hectares de culturas de milho plantadas  com sementes geneticamente modificadas.

 

Monsanto perde processo criminal contra movimentos sociais

A decisão do TJ demonstra o reconhecimento da legitimidade dos sujeitos coletivos de direitos em meio ao processo de democratização da sociedade brasileira

 

Marcha Mundial contra a Monsanto denuncia perigos dos transgênicos

Milhões de manifestantes pararam as ruas de diversas cidades em todo o mundo para protestar contra as práticas da maior transnacional fabricante de sementes transgênicas

Hungria destrói plantações com sementes transgênicas da Monsanto

Na semana passada, foram queimados cerca de 500 hectares de lavouras de milho – cada hectare equivale a um campo de futebol



Laranja da Morte











Guantânamo

Na década de 1970 o filme Laranja Mecânica chocou o mundo com uma abordagem crítica sobre a violência.

Ainda na décade de 1970 a seleção de futebol da Holanda encantou o mundo e ficou conhecida como a laranja mecância pelo seu belo futebol.

Hoje mais um espanto com os presos de guantámano, vestidos com roupas laranjas, encapuzados, em cortejo assustador para mais algumas horas de tortura.

Na cidade do Rio de Janeiro, um exército de homens e mulheres vestem-se com roupas da cor laranja para recolher o lixo das ruas.

Segundo estudos comprovados, os refrigerantes de sabor laranja são altamente cancerígenos.