terça-feira, 30 de abril de 2013

Jabá Gordo

Denúncias de cobrança de jabá envolvem Domingão do Faustão



O blogueiro Marcus Vinicius, do Blognejo, escreveu sobre as denúncias de jabá cobrado em programas da Globo.


Uma condensação, abaixo:

“Essa semana o colunista Léo Dias, do Dia, resolveu botar a boca no mundo e falar, inclusive citando nomes, sobre o jabá cobrado em alguns programas da Globo para a apresentação de artistas.

Esse caso já havia sido divulgado em alguns veículos de imprensa sem mais detalhes na época do ocorrido, há cerca de dois anos, mas agora o colunista resolveu citar nomes.

O principal caso aconteceu no programa do Faustão. Em 2011, houve uma mudança grande na equipe do programa, com a saída de várias pessoas da área de música, inclusive do diretor musical Luiz Schiavon.

O apresentador Fausto Silva teria descoberto que alguns membros da produção cobravam um valor dos artistas para que eles fossem agendados no programa.

De acordo com o colunista, o grupo Exalta Samba pagou o equivalente a R$ 220 mil por duas datas no programa, mais precisamente na época do lançamento do DVD “Ao Vivo na Ilha da Magia.

Outro caso de jabá em programas da Globo citado pelo colunista se deu na novela “Avenida Brasil”. Segundo Léo Dias, o grupo Aviões do Forró pagou a um produtor da Globo um alto valor (que ele não especificou) para ter a música “Correndo Atrás de Mim” como tema da personagem Suélen, vivida pela atriz Isis Valverde.

O valor do Jabá no programa do Faustão mais ouvido nas rodas de conversa costumava ser de R$ 80 mil. Pelo menos foi esse o valor que eu mais ouvi as pessoas dizendo que era cobrado por lá. A cobrança de jabá para a inclusão de músicas em trilhas de novela, entretanto, apesar de não ter me espantado, é novidade pra mim.

Até porque, segundo o próprio colunista Léo Dias, a Globo já tem a política de dar preferência para a inclusão de músicas de artistas da própria gravadora, a Som Livre.”

Fonte: Blog Diário do Centro do Mundo


O leitor agora entendeu o motivo de apenas certos tipos de músicas e artistas aparecerem nos programas da tv globo.
Também entendeu o motivo da proliferação do sertanejo, sambanejo e axé.
Entendeu , mais ainda, que a qualidade não é prioridade na escolha dos artistas musicais, dos filmes, do entretenimento
Entendeu, na totalidade, que tudo na tv atende interesses econômicos imediatos.
Entendeu que tudo é uma grande mentira, uma enorme enganação que visa distrair o espectador dos assuntos que de fato interessam.



Superficialidade Profunda

                       
Sem Huck, Angélica leva Eva, de apenas 7 meses, para passeio na Disney; fotos (Sandra Pires)Sem Huck, Angélica leva Eva, de apenas 7 meses, para passeio na Disney. globo.com
Fabio Bartelt/Marie Claire Deborah Nascimento defende transa no primeiro encontro . bol.com.br

Ivete Sangalo e Carolina Dieckmann jantam juntas no Rio

Ivete Sangalo janta com amigos em churrascaria do Rio | Foto: Reprodução Internet
o dia.com.br


Chic

Onde encontrar os óculos da Lívia de "Salve Jorge. ig.com.br



A idiotice da grande imprensa também está em seus respectivos sites da internete.
São "notícias" de hoje, que também aparecem nos impressos , jornais e revistas, e nas emissoras de tv.
É a era da infantilização e da idiotização.
Tudo é superficial, efêmero, descartável, moda.
Aparecer é a regra, mesmo que seja para expor uma criança de sete meses, se declarar disponível para uma trepada caso o  encontro seja agradável, jantar em companhia de  amigas, ou vender os óculos de um personagem de novela.
Nem Jorge, o da Capadócia,  aguenta tanta idiotice, prefere o dragão.
Na esteira da idiotice, a mídia sugere e impõe formas estéticas, onde aqueles fora do pdrão sugerido são eliminados da sociedade.
Em total apoio aos excluídos , este blogue faz uma homenagem aos obesos com as fotos abaixo:

Um bebê gigante que infelizmente não pode passear na Disney

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mentiras Sinceras



Fonte: CARTAMAIOR.COM.BR
29/04/2013

Arrocho e fraude: o poder da ideologia


Reportagem do 'El País', deste domingo (28), faz o que nenhum veículo do dispositivo conservador brasileiro cogitou: entrevista o estudante de economia Thomas Herndon, de 28 anos; ele ganhou fama mundial ao fulminar a credibilidade de dois centuriões da ortodoxia fiscal, os economistas Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff.

Herndon prepara seu doutorado na Universidade de Massachusetts, nos EUA.

Reinhart e Rogoff são titãs de Harvard, ademais de egressos da alta cúpula do FMI.

Entre 2001 e 2003, Rogoff ocupou nada menos que o cargo de economista-chefe da instituição; Reinhart era sua assistente.

O grande mérito de Herndon foi agir diante dessa catedral ortodoxa com impiedosa independência intelectual.

Ele não aceitou como intocáveis as premissas que sustentavam o edifício teórico da dupla consagrada dentro e fora da academia.

A saber, que o endividamento público é intrinsecamente nefasto ao transitar na faixa dos 90% do PIB.

Há exatamente três anos, os dois publicariam no ‘American Economic Review’ um ensaio ancorado na ‘comprovação’ estatística de que a ultrapassagem dessa marca fatídica inviabilizaria o crescimento econômico.

Apenas um parêntesis ilustrativo do peso material que tem as ideias: nesse momento, os socialistas franceses se imolam em praça pública agarrados a uma política de austeridade que visa exatamente reverter o endividamento público, na marca dos 92% do PIB. (Leia a reportagem de Eduardo Febbro, direto de Paris)

A maldição fiscal não é novidade na carreira do mago Rogoff.

Como economista-chefe do FMI, ele já prescrevia a caldeirada de arrocho & rabo de escorpião mesmo sem tê-la demonstrado ‘cientificamente’ ainda.

A genuflexão a essa receita foi inoculada em cérebros intelectuais, operacionais e midiáticos nos quatro cantos do planeta.

O FMI, seus ‘rogoffs’ e aprendizes cuidaram de injetar cepas daquilo que, no fundo, revestia de legitimidade os interesses rentistas acantonados na dívida pública.

A agenda do desenvolvimento, propriamente dita, foi devastada por essa infecção contagiosa.

Seu efeito revelou-se tão ou mais devastador que a doença supostamente maligna que pretendia curar: o gasto público.

Herndon passou os olhos nas estatísticas que comprovavam o anátema e não ficou satisfeito. Solicitou as planilhas completas aos autores.

Quando as teve em mãos hesitou mais uma vez.

Havia extrapolações de inconsistência óbvia; pior, dados que afrontavam a premissa da austeridade haviam sido eliminados das séries finais.

As evidências eram fortes, mas peso da ideologia é maior ainda.

O doutorando esfregou os olhos mais de uma vez na esperança de clarear a visão embaralhada pelo cansaço. Pediu ajuda à noiva, uma socióloga especialista em estatística.

Ela revisou as séries cuidadosamente. E confirmou: “Não creio que você esteja errado”.

O resto é sabido.

A fraude macroeconômica mais estonteante da ultimas décadas, brinca a reportagem, funcionou para o Estado do Bem Estar Social como as ‘armas de destruição em massa” funcionariam para a invasão do Iraque por Bush.

Herndon acha um pouco exagerada a comparação. Mas concorda com a essência da analogia: ‘Porque estão adotando políticas a partir de premissas falsas’, diz.

O coquetel de arrocho e premissas falsas, bem como seu personagem símbolo, a partir de agora, não são estranhos ao Brasil.

Kenneth Rogoff dirigia o FMI durante a disputa presidencial brasileira de 2002.

Em setembro daquele ano, o Ibope divulgou uma pesquisa em que o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, retomava a trajetória ascendente.

Depois de um período com resultados negativos, Lula ganhou mais dois pontos consolidando-se na liderança, com 41% das intenções de voto.

O tucano José Serra, seu principal adversário, cairia para 18%, um ponto a menos.Mas já se revelava um corisco no quesito rejeição: 29%.

A pesquisa encomendada pela 'Globo' foi divulgada numa terça-feira, véspera da reunião anual do FMI, em Washington.

Na quarta e na quinta-feira seguintes choveriam raios, cobras, lagartos e escorpiões sobre o Brasil.

Autoridades do Fundo emitiriam previsões catastróficas e receitas sombrias para o futuro do país e de seus eleitores.

Tudo naturalmente escandido com a conhecida isenção dos veículos do dispositivo midiático conservador.

Na 'Folha', o então correspondente Marcio Aith, que viria a ser chefe de imprensa de Serra na outra derrota tucana, em 2010, exercitava o seu futuro com o dedo preso no gatilho: “Alternativa, agora, é mais arrocho, diz FMI”. Em seguida ajustava o alvo: “Fundo elogia equipe econômica do Brasil (a do PSDB) e rebaixa perspectiva de crescimento do país...” ('Folha de S. Paulo', 26-09-2002)

No ‘Estadão’, o quadro de avisos viria igualmente encharcado de ostensiva agressividade.

Com o título “Ajuste no Brasil será feito com dor, diz FMI”, o texto era temperado de vaticínios agourentos aspergidos por ninguém menos que o rigoroso economista-chefe do organismo, Kenneth Rogoff.

As sentenças de Rogoff seriam impressas e disseminadas, então, com a mesma inquebrantável genuflexão do espírito que hoje acomete nossos jornalistas especializados em lubrificar a terapia do choque de juros.

Tudo devidamente chancelado pelo ‘rogoffismo’ local, vocalizado por sábios tucanos e professor banqueiros, de conhecidos serviços prestados à Nação.

Como diria Millôr Fernandes, se não é uma garantia, já é uma tradição.

Ela explica por que o estudante Thomas Herndon não tem o destaque merecido nos grandes diários nacionais.

Seria o mesmo que Bush admitir que as armas de destruição em massa serviram apenas de álibi para destruir o Iraque. E tomar de assalto os seus poços de petróleo.

Leia, a seguir, trechos do 'Estadão', com as sugestivas advertências de Rogoff, na reta final das eleições de 2002.

“Ajuste no Brasil será feito com ‘dor’, diz FMI”

Estadão 25-09-2002

O principal objetivo da política macroeconômica do Brasil, no médio prazo, deve ser reduzir o endividamento público, disse nesta quarta-feira o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kenneth Rogoff, na coletiva que abriu a reunião anual do FMI e do Banco Mundial.

Para quem conhece a linguagem sutil e diplomática do Fundo, fica claro que um aviso está sendo dado ao próximo governo: se não houver uma reversão significativa do sentimento negativo do mercado em relação à solvência pública, o FMI deve brigar por um superávit maior.

Rogoff foi até mais explícito na entrevista ao dizer que um "programa fiscal forte" requer "um forte grau de consenso social e político". Mais adiante, ele reformulou a expressão para "um alto grau de consenso social e apoio político".

Rogoff afirmou que o ajuste é particularmente difícil porque o grande endividamento faz com que as taxas de juros sejam muito altas. E isto, por sua vez, cria a necessidade de que o superávit primário (que exclui os gastos com juros) seja ainda maior.

Em um importante documento divulgado nesta quarta, o FMI deixa claro que encara o superávit primário de 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB), com o qual o Brasil está comprometido, como um nível mínimo (que poderia ter de ser aumentado) nos próximos anos.

O FMI também explicita que considera que o elemento político - a incerteza sobre a continuidade da atual política de forte ajuste fiscal - é uma das principais causas da turbulência no Brasil.

O FMI deixou claro que considera que há um importante fator político na atual turbulência no Brasil. Referindo ao aumento de 750 para 1.500 pontos do risco-Brasil entre março e junho deste ano, a sessão sobre o Brasil da Perspectiva diz que há várias razões, mas que "talvez, mais fundamentalmente, os participantes do mercado começaram a focalizar a sua atenção nas incertezas políticas associadas com a eleição presidencial de outubro e as suas implicações para a atual política econômica".

Mais adiante, referindo-se à piora da situação brasileira a partir de junho, o texto diz que "os mercados ficaram cada vez mais nervosos sobre o resultado das eleições e o que ele poderia significar para a sustentabilidade das finanças públicas no Brasil, especialmente em seguida às

pesquisas de intenção de voto no início de julho". Esta foi a fase em que Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes lideravam a disputa. "Para aliviar estas preocupações", conclui o relatório, "é crítico que se crie a confiança de que uma política econômica apropriada vai permanecer depois das eleições".
Postado por Saul Leblon às 07:28


O caro leitor já percebeu que estamos diante de uma notícia bombástica.

Sugiro ler com toda atenção o artigo de Leblon assim como outros artigos sobre os estudos do estudante de economia , Thomas Herndon, disponíveis em CARTA MAIOR.

Sugiro, ainda, divulgar o assunto nas redes sociais já que nada apareceu na grande imprensa.

Em síntese, o mundo está mergulhado em uma realidade falsa, equivocada, sim, pois a economia interfere em todas as dimensões da atividade humana.

As medidas econômicas que vem sendo adotadas desde a década de 1990, em todo o mundo, em vários e vários países, não são os remédios tão alardeados como fruto da modernização e do processo civilizatório, mas sim venenos que vem ceifando vidas, nações, planos, esperanças.

Fica uma pegunta:

A fraude é fruto de incompetência ou foi planejada ?

Ilumina-se o entendimento às críticas que são feitas aos países da América do Sul por terem se rebelado  e escolhido outros caminhos, caminhos corretos,o caminho da vida, da inclusão social, de mais oportunidades  para todos.

De certa forma a América do Sul tem sido , ao longo de luminosos 14 anos, Thomas Herndon.

O estudante de economia demonstrou, através de seus estudos com base cientifica, que a ideologia dominante é uma fraude.

Assim como foram fraudulentas as justificativas para invadir o Afeganistão e o Iraque.

E torna-se  cada vez mais verrosímel  a tese  de que os atos de terrorismo que desembocaram na guerra sem fim ao terror, tenham sido fruto de trabalhos internos dos países envolvidos, para justificar o fim das liberdades individuais e a germinação de estados de exceção.

Hoje, apenas poucos dias após o atentado de Boston, o jornal o globo de sábado passado informava que os EUA não enxergam, a  partir de Boston, apenas as organizações terroristas como ameaça, mas sim , e também, as pessoas com idéias radicais .

Isso significa mais um passo na extinção das liberdades individuais, mas vigilância intrusiva, logo após o que já se apresenta como mais uma armação de atentado terrorista , como foi o de Boston.

A realidade mundial desmorona e a grande imprensa, do Brasil e do mundo, informa sobre o novo sucesso de Psy.

A Bosta Sonora que Invade o País








"Quem não gosta de sertanejo vai para outro ritmo", diz Luan Santana sobre declaração de Arantes

  • 27.abr.2013 - Luan Santana apresenta o show "Te Esperando" no Credicard Hall, sem São Paulo
Durante show em São Paulo neste sábado (27), o cantor Luan Santana rebateu as críticas feitas pelo músico Guilherme Arantes sobre o "sertanejo" e a "monocultura". "Eu acho que as pessoas têm um bom gosto e o Brasil é livre. Cada um gosta do que quer. Quem não gosta de sertanejo, vai para outro ritmo. Se o sertanejo é mais popular e o povo gosta mais, é uma questão do público brasileiro", disse.
Em entrevista ao UOL, na última terça-feira (23), Guilherme Arantes criticou o sertanejo e pagode e disse que o Brasil vive hoje uma nociva "monocultura". "Existe esse cenário de balada em um país infantilizado como o Brasil, um país que perdeu a profundidade. Agora é uma coisa rasa, é só festa. É só sertanejo, pagode. É só cana, laranja e boi. O Brasil emburreceu devido à monocultura".
Luan Santana, por sua vez, falou que não se sente abalado pela declaração. "O sertanejo sempre foi o estilo mais popular do Brasil, o estilo que mais leva gente para a diversão e é para a família toda. As maiores festas são sertanejas". E acrescentou: "Graças a Deus o sertanejo nunca esteve tão forte e, se depender de mim, a gente só vai continuar com isso".
Com duas músicas – "Sogrão Caprichou" e "Te Esperando" - entre as 100 mais tocadas nas rádios do Brasil, Luan disse que músicos precisam focar em hits que falam de amor. "Está cada vez mais escasso nas músicas falar sobre esse sentimento verdadeiro e eu acho que a 'Te Esperando' é especial por causa disso, porque fala de um amor que dura a vida inteira. E que venha o que vier, a pessoa estará te esperando", disse.  "Te Esperando" foi lançada em março e está em 28ª colocação pela quarta semana consecutiva, segundo o site Hot100Brasil.
Fonte: bol.com.br
 
 





"Não sou cantor de um hit só", diz Psy sobre "Gentleman"




Psy lança novo single, "Gentleman"14 fotos

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13.abr.2013 - Psy apresenta seu novo single, "Gentleman", no Estádio Olímpico de Seul, na Coreia do Sul Leia mais Chung Sung-Jun/Getty Images
O músico Psy disse em uma entrevista que o sucesso de sua nova música "Gentleman" prova que ele não é um cantor de um só sucesso. O cantor sul-coreano lançou a faixa sucessora de seu mega hit "Gangnam Style"' no início de abril e admitiu que estava nervoso com a reação das pessoas, além de considerar os dias que antecederam o lançamento como "o pior momento de sua vida". As informações são do site NME.
Falando sobre sua nova faixa ao programa MTV News: "Honestamente, eu mudei a música tantas vezes, que até o último momento não estava animado. Estava aterrorizado, muito nervoso. Meu único objetivo era evitar ser chamado de cantor de um hit só, então fiquei muito ansioso antes da estreia".
"Agora que se passaram duas semanas e o vídeo já teve mais de 230 milhões exibições, posso afirmar que mão sou um cantor de um só sucesso. Estou muito feliz e aliviado com isso".
"Gentleman" chegou ao décimo lugar das paradas do Reino Unido e o vídeo já teve mais de 246 milhões de visualizações.
"Lancei 'Gentleman'  em 12 de abril. No dia seguinte já tinha uma grande show marcado na Coreia, então essa semana foi como um pesadelo na minha vida: tinha que editar o vídeo, ensaiar com os dançarinos e ainda tinha que decorar toda a coreografia. Foi um dos momentos mais estressantes que já passei".
O vídeo de "Gentleman" foi proibido por uma emissora na Coreia do Sul sob alegação de que poderia "prejudicar a ordem pública".
Em um comunicado, a cadeia pública KBS acha que o videoclube não cumpre com seus critérios de exibição e que algumas passagens podem representar um mal exemplo para os jovens.
"Gangnam Style" tornou-se o vídeo mais assistido do YouTube, com mais de 1,5 bilhões de exibições.
Fonte: bol.com.br
 
 
O que a mídia tem apresentado como estilo sertanejo não tem nada de sertanejo.
 
Trata-se, com rarísssimas exceções, de um bolerão de baixa qualidade.
 
Uma idiotice infantilóide, como bem declarou Arantes, que visa apenas o lucro imediato e descartável, pois são composições sem nenhum conteúdo poético, tanto na melodia como nas nas letras.
 
O verdadeiro sertanejo, esse sim música de qualidade, não toca nem aparece nas grandes mídias.
 
Esse movimento se intensificou no  início dos anos da década de 1990, quando o presidente da república em diversas ocasiões , ao seu estilo de marketing, demonstrou  apreciar os cantores do genêro que faziam sucesso na época, principalmente por conta da novela Pantanal, da tv Manchete.

O brega rural tomava conta do Brasil enquanto o rural de qualidade era ignorado, o que não deixa de ter algma relação com as polítcas de reforma agrária no Brasil.

A bosta do gado invadia o país, mecanizada e padronizada.

Quanto ao samba o movimento tem características similiares ao chamado sertanejo.

Também no início da década de 1990, talvez um pouco antes até mesmo na segunda metade da década de 1980, ganhava impulso um movimento de pagode, mas assim como o sertanejo não era o pagode de qualidade tanto que o movimento, que perdura a té hoje, ficou conhecido como sambanejo, devido a baixíssima qualidade das canções.
 
O pagode de qualidade, assim como o sertanejo de qualidade ficavam de fora das grandes mídias.
 
Para desespero daqueles que admiram a boa arte, cresciam juntos , de forma avassaladora, o sambanejo e o sertanejo, que logo depois, como um tiro de misericórdia para os amantes da boa música, tiveram a companhia do axé music que infelizmente ganhou o espaço no cenário nacional, no lugar da excelente música afro que era produzida na Bahia, principalmente na década de 1980.  
 
Dizer que o público gosta do sertanejo ,do sambanejo e do axé  não é mentira assim como é verdade que tudo isso vem sendo jogado pela mídia e pela indústria fonográfica, principalmente para um público mais jovem, como sendo música de qualidade.
 
A cultura, a boa arte, a arte engajada, o pensamento crítico, a poesia e o conhecimento não são produtos populares da era neoliberal.

A idiotização e a infantilização comandam o espetáculo que através desses produtos visam apenas animar o publico consumidor, em uma profunda supercialidade.

Para meu desespero o cantor Psy afirma que não é compositor de um hit só.

Isso significa que vem mais aí.


 

sábado, 27 de abril de 2013

Democratização da Mídia

1 -Breve explicação sobre como funciona nossa mídia

publicado em 27 de abril de 2013 às 10:17
por Luiz Carlos Azenha
Breve explicação de como nossos jornais investem na ignorância dos leitores.
Folha de S. Paulo, pé da página 10, bem escondidinho, entrevista com o deputado Nazareno Fonteles na qual não se explica que o projeto dele, a PEC 33, nasceu há dois anos e, portanto, não poderia ser “retaliação” contra o STF por causa do julgamento do mensalão, conforme os próprios colunistas da Folha “espalharam”:

Folha de S. Paulo, alto da página 15, com foto, Gilmar Mendes muda de assunto e ataca… o Executivo:

Leia também:
Nazareno Fonteles: Como o STF invadiu atribuições do Legislativo
Fonte: VIOMUNDO.COM.BR


2 - Impune, Veja transforma o agressor em agredido

Na semana em que o ministro Gilmar Mendes invadiu a competência do Congresso Nacional, impedindo a tramitação de um projeto sobre fidelidade partidária, e foi desafiado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Veja trata da "República Bolivariana do Brasil", que estaria amordaçando o Judiciário, e ainda coloca a faca no pescoço do ministro Teori Zavascki, avisando que se ele decidir revisar o julgamento da Ação Penal 470 terá a reputação arruinada para sempre

Quando o Congresso Nacional decidiu, de forma soberana, redistribuir os royalties do petróleo, o ministro Luiz Fux concedeu liminar à minoria, representada pelas bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Na última semana, também depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado novas regras para a criação de partidos, o ministro Gilmar Mendes concedeu outra liminar à minoria, reduzindo a pó a maioria parlamentar.

Diante dessa realidade, em que o Supremo Tribunal Federal, com seu ativismo político, se converte aos poucos em linha auxiliar das minorias, fazendo prevalecer o tapetão e não a soberania do voto popular, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu e condenou a "invasão" do Supremo Tribunal Federal.

É também nesse mesmo contexto que o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) apresentou – em maio de 2011 – uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 33, que submete ao plenário do Congresso Nacional, algumas decisões do STF, sobretudo as relacionadas a Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs).

Como toda PEC, só se transformará em lei se for aprovada por três quintos dos parlamentares, em dois turnos, nas duas casas. A proposta de Fonteles é um projeto que tenta responder à crescente interferência do Judiciário em questões relativas ao Congresso. Mais do que uma excentricidade, a soberania parlamentar faz parte de algumas constituições, como na Inglaterra e em Israel, que não são propriamente ditaduras.

Tanto as decisões liminares do STF, como a PEC apresentada pelo deputado Nazareno Fonteles, são parte do mesmo fenômeno: a usurpação dos poderes do Congresso pelo Judiciário e a desmoralização constante da atividade política, com apoio explícito dos meios de comunicação.

Pois, neste sábado (27), chegou às bancas mais um exemplar da revista Veja, que prova que a revista da Abril é, de fato, incorrigível. A capa traz uma bela jovem com olhos vendados e amordaçada a uma estrela do PT – à la cinquenta tons de vermelho – e é capaz de transformar o agressor em agredido.

Na lógica de Veja, não é o STF que agride e humilha o Congresso Nacional, mas justamente o oposto. E tudo não passaria de uma resposta de radicais do PT e de condenados à cadeia ao julgamento do chamado mensalão. Não custa lembrar que, se dependesse do ministro Celso de Mello, parlamentares legitimamente eleitos não estariam hoje exercendo suas funções.

No editorial de Eurípedes Alcântara, a PEC 33 é comparada à constituição do Estado Novo, em que o presidente Getúlio Vargas podia cassar decisões da suprema corte, quando se trata, tão somente, de ampliar o quorum do STF na apreciação das ADINs e submeter algumas decisões ao plenário do Congresso. Diga-se mais uma vez que essa proposta se inspira mais na Inglaterra e em Israel (alô, Civita) do que no Estado Novo.

Internamente, a reportagem se chama "República Bolivariana do Brasil", com as imagens de três fantasmas, Cristina Kirchner, Hugo Chávez e Evo Morales, pairando sobre o STF. Há até um quadro sobre uma suposta "PTópolis", em que não haveria lugar para instituições independentes. Mas o mais grave de tudo é a ameaça explícita que a revista Veja faz ao ministro Teori Zavascki, em que praticamente coloca a faca no seu pescoço, como se fosse um assaltante num sinal de trânsito tentando bater sua carteira – no caso, o seu voto. Será Veja um trombadinha?

No quadro "o mundo aplaudiu", Veja estampa uma foto de Zavascki e destaca citações da imprensa internacional sobre o caso. A revista avisa ainda que um retrocesso seria "chocante". Mais claro do que isso, impossível. Se o ministro do STF decidir rever alguma das condenações da Ação Penal 470, terá sua reputação arruinada para sempre. O que ainda não se sabe é se Zavascki será, de fato, um juiz ou mais um capacho de uma mídia que se preocupa apenas com seus propósitos políticos – e apenas tangencialmente com a noção de Justiça.

No fundo, no fundo, quem realmente ameaça a democracia é uma imprensa que tenta acovardar juízes e fazer com que votem de acordo com seus próprios interesses. São estes que, na prática, acorrentam, amordaçam, violentam e sodomizam a Justiça.


Fonte: VERMELHO.ORG.BR


O caro leitor tem dois bons exemplos, recentes, de como funciona a imprensa e seu aparato midiático no Brasil.
A notícia é aquilo que se deseja que ela seja.
Assim sendo o agressor é apresentado como agredido, e as manchetes das revistas e jornais induzem o leitor à uma realidade fictícia..
Veja, caro leitor ,um exemplo de manchete :

SERRA SOBE NAS PESQUISAS

Lendo  a matéria, o caro leitor terá a seguinte informação:

... o candidato Serra subiu um ponto percentual  segundo as últimas pesquisas de intenção de voto para   presidente da república. O oposicionista soma agora 6% das intenções de voto, mantendo o segundo lugar na corrida presidencial.  A candidata Dilma, continua em primeiro lugar com os mesmos 70 % das intenções de voto da pesquisa anterior.

A mídia mente quando apresenta a subida de Serra ?
De fato o candidato subiu  1 ponto percentual, logo a mídia se defende dizendo que não mentiu nem  inventou números.
E ai, o caro leitor já deve estar se perguntando  o que é relevante na última pesquisa que apontou a subida do candidato Serra .
A gigantesca diferença entre o primeiro e o segundo que foi mantida, ou a tímida e  irrelevante subida do candidato que ocupa a segunda posição ?
Para efeito de notícia e informação o mais relevante seria a permanência da distância que separa os dois candidatos.
Algo mais ou menos assim:

DILMA CONTINUA COM GRANDE VANTAGEM

Um texto adequado para a manchete seria mais ou menos assim:

... a candidata Dilma  manteve  os mesmos 70% das intenções de voto da  pesquisa anterior. Já o segundo colocado, o candidato Serra , subiu 1% e agora soma 6% das intenções de voto.

Não é o que acontece, pois a imprensa e o seu aparato midiático não estão interessados em fornecer a informação relevante, mas sim a informação que possa contribuir para conduzir o leitor , de acordo com os interesses políticos das empresas de mídia no processo eleitoral.
O caro leitor, certamente, já teve ter percebido ,em outras situações que não necessariamente envolvam o processo eleitoral,  a manipulação da imprensa na apresentação dos fatos.
A mídia tem lado político, ideológico e doutrinário , e não há nada de errado que seja assim.
Errado , e também criminoso, é se apresentar com uma suposta neutralidade que não existe, como faz a mídia no Brasil.
Veja e leia, caro leitor, no global das notícias, um outro exemplo de como a imprensa e seu aparato midiático trabalham com as notícias, a informação e seus erros:


LULA ENVOLVIDO EM CORRUPÇAO

Agora o texto da notícia que apareceu em letras garrafais nos jornais impressos e  em elevados decibéis nos telejornais:

... o ex-presidente Lula pode estar envolvido em um esquema de corrupção, segundo  relato de fontes próximas  ao procurador geral da república que avalia o caso,

Nesse caso, e o caro e atento leitor já percebeu, que o texto referente a notícia escandalosa apresenta  a possibilidade do ex-presidente estar envolvido em esquema de corrupção. 
Tudo isso, segundo "uma fonte" próxima do procurador geral da república.
Passados alguns dias, imagine duas semanas, caro leitor, com a notícia escandalosa já esquecida no noticiário, o mesmo veículo de mídia emite uma nota de erro em um canto escondido do jornal:
Mais ou menos assim:

... na edição do dia tal e tal, na folha tal, informamos de forma incorreta o envolvimento do ex-presidente Lula em esquemas de corrupção. Pedimos desculpas aos nossos leitores pela nossa falha.

Agora, imagine o erro sendo admitido em um telejornal barulhento:
Logo após os comercias, entra o âncora do telejornal, com aparência calma, voz mais baixa, e informa:

... o jornal galáctico errou , na edição do dia tal, quando afirmou o envolvimento do ex-presidente Lula em esquemas de corrupção. A fonte não era confiável.

Logo após a retratação. o mesmo jornal apresenta a próxima notícia.
Aos gritos, o âncora diz:
.. FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO ENVOLVIDOS EM CORRUPÇÃO NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

O caro leitor percebeu, pois é assim que funciona, que ao admitir um erro contra o governo, o jornal, em seguida, acusa o mesmo governo com notícia similar, minimizando toda a retratação feita pelo jornal.
O certo e o errado  se misturam de acordo a orientação política dos veículos de mídia que sempre se defendem dizendo que não mentem.
É o caminho na corda bamba do equilibrista, ou  o flerte dissimulado por gozações ou deboches, ou a violência sugerida como amor, etc...
O famoso, se colar, colou.
Se não colar, eu não disse nada, não fiz nada, não queria nada, ou seja, existe sempre uma opção para uma saída.
Não é assim, caro leitor ?
Acontece que os tempos são outros e a linguagem e a comunicação , cada dia mais e mais, vão sendo percebidas e dominadas em suas sutilezas, por um número maior de pessoas.
Aquilo que se fazia  em décadas passadas com excelentes resultados, não significa que terá os mesmos resultados  atualmente.
Em outras palavras, um padrão de comunicação que foi bem sucedido em um determinado momento, não significa que será bem sucedido sempre, em todos os momentos.
O caro leitor já deve ter concluído que uma parcela, cada vez maior , da população está bem a frente da imprensa e de seu aparato midiático, nos aspectos que se referem a comunicação e suas formas de condução e manipulação dos fatos.
Isso é bom, mas ainda está longe do que desejamos.
Assim sendo, convido o caro leitor a assinar a proposta de regulamentação dos meios de comunicação que a partir do dia 1° de maio estará disponível em várias cidades brasileiras.
Serão necessárias 1,3 milhão de assinaturas para que a proposta entre direto na pauta do congresso nacional e seja votada.
Durante nove meses, o Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações - FNDC - estará colhendo assinaturas em todo ao Brasil.
Assine e divulgue , pois a campanha não terá apoio dos grande veículos de mídia do país.
Durante esse período, este blogue estará em permanente campanha pelas assinaturas.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cartão Vermelho

Charge de Amorim para o Amorimcartoons



Mais uma da tv globo.

Os campeonatos estaduais, que já não atraem o público, ainda sofrem com as investidas da emissora que detem a exclusividade de transmissão dos jogos.

O regulamento da Federação de Futebol do Estado Rio de Janeiro -FFERJ - permite que a tv globo possa alterar os dias e horários dos jogos da competição.

Você sabia, caro leitor ?

No caso acima Fluminense, Botafogo, Volta Redonda e Resende farão as semi-finais do segundo turno da competição, a Taça Rio.
Também pelo regulamento, Fluminense e Volta Redonda deveriam se enfrentar no sábado e Botafogo e Resende no domingo.

A tv globo inverteu a data dos jogos e colocou Fluminense e Volta Redonda no domingo.

As cláusulas do regulamento valem mais  quando estão envolvidos os interesses da  emissora de tv.

Alega a emissora que o Fluminense , no momento, garante mais visibilidade motivo pelo qual o jogo foi para domingo e terá transmissão ao vivo em tv aberta, no caso a tv globo, com restos e  migalhas para a tv bandeirantes.

E o estatuto do torcedor, deve estar se perguntando o caro leitor.

E o planejamento dos clubes, já que participam de outras competições e as de cisões da Taça Rio serão na cidade de Volta Redonda, o que exige deslocamento, hospedagem, logística de treinamento, etc... ?

Já o Botafogo, time que venceu o primeiro turno ,a Taça Guanabara, e já garantiu vaga nas finais do campeonato carioca com o vencedor do segundo turno, e que fez a melhor campanha do segundo turno com 100% de aproveitamento , não terá a devida visibilidade  pois seu jogo foi transferido para sábado com transmissão apenas de tv fechada.

O clube faz um investimento, é bem sucedido técnicamente na competição, e na hora de maior visibilidade e retorno financeiro é excluido, prejudicando o clube e  as empresas que investiram no clube como patrocinadores.

Tudo isso está acontecendo porque a tv globo está focada apenas na sua audiência.

Cabe lembrar que o Botafogo foi prejudicado pela emissora durante a competição com poucos jogos transmitidos em tv aberta.

Em uma competição que já vem estruturada de forma errada de longa data com um número excessivo de equipes participantes, ainda sofre todo o tipo de ingerência de uma emissora de tv, que visa apenas seus lucros.

Cabe ainda lembrar que os jogos transmitidos pela tv globo acontecem apenas, as quartas-feiras às 22 horas e aos domingos às 16 horas, como se fossem parte da grade de programação da emissora.

Jogos em outros dias , ou mesmo nos mesmos dias mas em horários diferentes , não existem para a emissora, pois a transmissão iria alterar a grade de seus programas, ofuscando ex-bbb 's atrizes de novelas , e outras celebridades dos folhetins que sempre apresentam como personagens principais personalidades e caráteres violentos, cruéis  e psicopatas.

Com isso, o torcedor que gosta de ir aos estádios, é obrigado a assistir uma partida de futebol em uma quarta-feira as 10 horas da noite, com término por volta da meia -noite .

Impossível para o trabalhador.

Mesmo em casa,  assistindo pela tv, o horário de  término das partidas é  tarde para quem acorda por volta de 5 , 6 horas da manhã.

Tudo bem, mas o lucro da emissora é o que importa.

E mais, os comentaristas esportivos da emissora são proibidos de fazer quaisquer comentários críticos sobre os dias e horários das partidas de futebol, pois a tv globo  alega que o horário dos jogos não é um assunto técnico e esportivo, e sim comercial, impondo desta forma uma censura aos comentaristas.

Com uma quadrilha dominando federações e a CBF, os clubes afundam cada vez mais, o público some dos estádios de futebol, e um bando de palhaços engravatados, , transmite e comenta os jogos para o respeitável público, tudo isso  em duelos épicos com imagens polêmicas dos jogos, imagens, obviamente, que não são do agrado da emissora no tocante a contrariar a audiência torcedora.

Se não bastasse, a imprensa esportiva, principalmente a radiofônica, mas não a única, através de comentaristas idiotas ainda alega que a tv globo está nos seus direitos ao manipular e controlar negativamente o futebol no Brasil, isso em emissoras concorrentes das emissoras dos organizações globo.

O futebol do Rio de Janeiro, e também dos outros estados do país ,deve, com urgência , rever a fórmula de disputa dos campeonatos regionais e também a participação das emissoras de tv no tocante aos direitos de transmissão dos jogos.

É inadmissível  a exclusividade desses direitos, para o bem do esporte e até mesmo da sobrevivências dos clubes de menor investimento , que tem nos campeonatos estaduais uma janela de visibilidade para apresentarem possíveis talentos que poderão gerar divisas para esses clubes.

Desses clubes, já saíram grandes jogadores do futebol brasileiro e muitos são referência na formação de talentos.

Cabe ressaltar a experiência na Argentina, que depois de uma intervenção do governo federal  no futebol, pelo menos garantiu ao telespectador a transmissão das partidas, em praticamente todos os dias da semana , em diferentes horários e  em tv aberta.

Independente de outras questões sobre o futebol no país vizinho, que vai muito bem nas eliminatórias sulamericanas para a copa de 14 no Brasil sendo considerado inclusive como um dos favoritos para vencer a competição, cabe ressaltar que o cidadão argentino teve garantido o direito de assistir , pela tv aberta, partidas de futebol sem a exclusidade e a interferência de apenas uma emissora de tv.

Na Argentina até mesmo a tv pública transmite os jogos em igualdade de condições com as tv's privadas.

As federações e a CBF são entidades de caráter privado, porém o futebol é um patrimônio do povo brasileiro e não pode mais ficar nas mãos apenas de empresas e de uma emissora de tv que ainda tem o agravante de não representar a cultura  do povo brasileiro.

No congresso nacional, temos parlamentares que já foram atletas e jogadores de futebol e que conhecem bem as entranhas do meio.

É importante que eles assumam a bandeira de democratizar o futebol e as transmissões em tv aberta, caso contrário, os palhaços engravatados da tv globo continuarão comandando o espetáculo para o respeitável público.

Tem goiabada ?

Tem, sim senhor.

Tem marmelada ?

Tem, sim senhor.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

No País dos Cartéis, Cartes foi Eleito Presidente

Análise: É reconhecer ou reconhecer Cartes


ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Se foi uma das primeiras chefes de Estado a ligar para cumprimentar o presidente Nicolás Maduro, açodadamente, antes mesmo da decisão de recontar os votos na Venezuela, a brasileira Dilma Rousseff não foi tão rápida assim ao saudar a vitória do presidente eleito no Paraguai, Horacio Cartes.
Os parceiros originais de Mercosul, Argentina e Uruguai, já tinham telefonado e feito gestos de acolhimento, mas Dilma e a diplomacia brasileira mantinham um silêncio constrangedor na manhã desta segunda-feira. À Venezuela de Maduro, tudo. Ao Paraguai sem Fernando Lugo, nada.
O Brasil foi tão rápido na articulação para suspender o Paraguai do Mercosul e da Unasul, após a queda de Lugo, quanto foi para formalizar a entrada da Venezuela no Mercosul. Mas, agora, não tem jeito.
A demora de Dilma e do Itamaraty soa como pura implicância, porque, com Horacio Cartes legitimado pelas urnas e as urnas legitimadas por observadores internacionais, só resta reconhecer o seu governo ou reconhecer.
Dizem os pessimistas que "tudo o que é bom dura pouco". A derrocada do Partido Colorado no Paraguai, comemorada mundo afora, especialmente no Brasil, durou muito pouco, foi apenas um hiato.
O partido ficou 60 anos no poder, desde 1948, e teve tempo suficiente para controlar tudo e todos no país vizinho. A vitória do ex-bispo católico Fernando Lugo, um outsider da política cheio de ideias humanistas e renovadoras, foi um sonho de verão.
Eleito em 2008, Lugo não construiu condições de governabilidade e desabou em 2012, sob o peso de uma aliança do Partido Colorado com o Partido Liberal, até aí inimigos históricos, para manter tudo como sempre esteve.
A destituição, como os crimes, foi quase perfeita: respaldada pela Câmara, pelo Senado, pela Suprema Corte, pela Igreja, pelo setor produtivo. E, diferentemente do previsto, a reação popular foi tímida.
O Brasil fechou as portas para o governo de transição de Federico Franco, mas vai ter de engolir O governo e abrir as portas do Mercosul e da Unasul para o Paraguai de Cartes, um dos homens mais ricos do país e suspeito de contrabando, lavagem de dinheiro, evasão de divisas...
Do ponto de vista bilateral, pouco importa. Qualquer que seja o presidente do Paraguai, vai sempre estimular o discurso do "imperialismo" contra o Brasil e sempre pressionar por mais vantagens e preços mais altos para a energia excedente de Itaipu.
Aliás, o que mais arrancou vantagens foi justamente o companheiro Fernando Lugo, o breve.


Sonhos de verão são intensos e passageiros.

A eleição no Paraguay não apresentou novidades.

O presidente eleito é do partido que controla o país há 60 anos e, como de costume por lá, existem suspeitas de seu envolvimento com o crime organizado .

A transparência das eleições paraguaias sempre foi questionada, mas nenhum comentário na imprensa sobre a lisura do pleito.

Já na Venezuela, considerada como o processo eleitoral mais seguro do planeta, as dúvidas foram muitas, intensas, como um sonho de verão.

A irracionalidade é tanta, assim como a ignorância, que se pede  a recontagem dos votos na Venezuela, mesmo com uma auditoria realizada após as eleições em 50% das urnas eleitorais.

Como se sabe, uma amostragem homogênea de 10% das urnas já seria suficiente para uma auditoria com 99, 999% de confiabilidade. Isso mesmo, com três casas decimais.

Em um atentado contra a Estatística, ouvem-se os gritos de verão para uma recontagem completa.

Quanto a Presidenta Dilma ter reconhecido de imediato a vitória bolivariana de Nicolás Maduro, deve -se dizer que o fez corretamente, já que o pleito venezuelano é seguro e além disso, os resultados já tinham sido auditados pelas autoridades daquele país e, mais ainda, a Venezuela é um importante parceiro do Brasil.

Quanto a suposta demora para reconhecer o resultado do pleito paraguaio , isso é parte do jogo, do diálogo , do não diálogo, da importância dos parceiros, do respeito a democracia, da falta de respeito com a democacria, etc..
.
Pessoalmente gostaria que o governo Brasileiro demorasse ainda mais alguns dias para reconhecer o resultado das eleições paraguaias.

Não tenho dúvidas que o Brasil reconhecerá mas deveria mandar uma mensagem mais dura, direta, através do silêncio.

Fernando Lugo, o que teria sido o sonho de verão da autora,foi muito mais que um sonho passageiro.

Aliás, nem sonho foi.

Lugo, eleito presidente em um país dominado por um partido há décadas, foi eleito em um cenário de fragilidade de movimentos sociais internos, sem apoio parlamentar, do judiciário e das forças armadas.

Lugo foi resultado de uma realidade concreta, não de seu país, mas de toda a America Latina , há mais ou menos 14 anos, a ponto de influenciar o eleitor paraguaio garantindo a vitória de alguém que não se alinhava com o poder de décadas existente no país do chaco.

Lugo foi levado ao poder no Paraguay não pelo dinheiro, ou pela imprensa , ou pelo crime ( todos são parecidos) , mas sim pelos ventos de liberdade e democracia que já duram alguns verões ,outros tantos invernos,muitas luminosas primaveras,e outros mais inspiradores outonos na America do Sul.

Lugo venceu no Parguay devido a força das transformações que ocorrem na América Latina  e que certamente recolocará Michelle Bachelet de vota a presidência do Chile, ainda este ano.

Mesmo que  tais transformações que acontecem no continente fossem interrompidas abruptamente, o processo ainda continuaria por mais ou menos seis anos.

Tentativas para isso não faltaram como no golpe contra Chávez em 2002, o chamado mensalão no Brasil, a agitação separatista na Bolívia, os protestos na Argentina, o quase assassinato de Correa no Equador, além , claro dos bem sucedidos golpes em Honduras e no Paraguay.

O Paraguay, para nós bolivarianos da Pátria Grande, sempre foi e ainda será um país na contramão  das forças libertárias e democráticas de nuestra América.

Quanto ao processo em curso em grande parte da América Latina, que já dura 14 nos, não tem nada em comum com sonhos.

É real, significativo, e pelo tempo que ainda durará já tem seu lugar na História, talvez  como o que de mais relevante acontece neste início de século XXI em um mundo que agoniza em incertezas.

A análise da autora é puro delírio.