domingo, 20 de janeiro de 2013

O Orador Solitário

O Orador Solitário

Coimbra: as batalhas (perdidas) da oposição

Oposição só consegue maioria no Supremo. Nas ruas, é mais difícil.

O Conversa Afiada reproduz post do Vi o mundo, com texto de Marcos Coimbra, extraído da Carta Capital:
Marcos Coimbra: Bombardeio de gargalos e decepções


As Oposições e Suas Batalhas

por Marcos Coimbra, na CartaCapital, via Julio Cesar Macedo Amorim

O ano mal começou e a nova batalha das oposições, partidárias e extraparlamentares, já está em pleno andamento. Se a primeira quinzena de janeiro transcorreu assim, imagine-se o restante do ano. É fácil perceber o que as move e aonde pretendem chegar.

A espetacularização do julgamento do “mensalão” foi feita com o único objetivo de desconstruir a imagem do PT no plano moral. O que buscavam era marcar o partido e suas principais lideranças com o estigma da corrupção, a fim de erodir suas bases na sociedade.

Só quem acredita em histórias da carochinha levou a sério a versão de que a imprensa oposicionista tinha o desejo sincero de renovar nossos costumes políticos e promover a “limpeza das instituições”. Seus bons propósitos são tão verdadeiros quanto os de Pedro Malasartes, personagem de nosso folclore famoso pelo cinismo e pela falta de escrúpulos.

Por maiores que tenham sido seus esforços, obtiveram, no entanto, sucesso apenas parcial na empreitada, como vimos quando as urnas da eleição municipal foram abertas. Os resultados nacionais e algumas vitórias, como a de Fernando Haddad, em São Paulo, mostraram que os prejuízos sofridos pelo PT em decorrência do julgamento ficaram aquém do que calculavam.

Essa frustração as levou ao ponto em que estão hoje. De um lado, a insistir no moralismo e na tentativa de transformar o “mensalão” em assunto permanente da agenda nacional. Querem forçar o País a continuar a debatê-lo indefinidamente, como se tivesse a importância de temas como a democracia, o desenvolvimento econômico, o meio ambiente e a educação.

De outro, a diversificar os ataques, assestando as baterias em direção a novos alvos, procurando atingir a imagem administrativa da presidenta e do governo Dilma. Por extensão, de todo o PT. Não chega a ser um projeto original.

Nas disputas políticas, nenhuma novidade há em acusar os adversários, simultaneamente, de corrupção e incompetência. Em dizer que, além de se apropriar de recursos públicos, não sabem governar, e que não há, portanto, qualquer razão para apoiá-los, nem sequer o argumento do “rouba, mas faz”.

Neste início de ano, o discurso das oposições, em especial da armada midiática, é afirmar que o PT rouba e não faz.

Atravessamos os primeiros 15 dias de 2013 como se vivêssemos uma crise gravíssima e difusa, como se o Brasil estivesse na iminência da paralisia total.

Quem acompanhou o noticiário só ouviu falar em problemas, gargalos e decepções. É o inverso do que ela costuma fazer em janeiro, quando a maioria de seus leitores está de férias e pensa em outras coisas. Em vez das habituais reportagens amenas sobre a musa do verão e os preparativos para o carnaval, tudo o que publicam tem um tom catastrófico.

Os mais radicais não escondem a satisfação com o fraco desempenho do PIB em 2012 e os problemas de abastecimento elétrico em diversas regiões.

Ficaram algo tristes com as modestas tragédias naturais do começo do ano. Por enquanto, o que lhes resta é torcer por calamidades espetaculares.

“Pibinho”, crise de gestão, apagão, desindustrialização, inflação, desemprego, falta de ar refrigerado no Santos Dumont, a disparada no preço do tomate, tudo vai mal no Brasil, segundo a mídia oposicionista. Por culpa de Lula, que “não soube aproveitar a sorte” e “desperdiçou a herança de FHC”, e de Dilma que é “centralizadora”, “estatista” e “antiquada”.

Batem em tudo que veem e, se não veem, inventam. Nos últimos dias, até o Bolsa Família entrou na linha de mira dos “grandes jornais”. Sem falar na raiva contra Hugo Chávez, a quem parecem detestar somente por ser amigo de petistas – visto que nunca dedicaram aversão igual aos govenantes de direita do continente.

São como os lutadores de boxe que não possuem em seu repoertório um soco capaz de nocautear o adversário. Lembram os enfezados pesos-moscas orientais, que brigam desferindo a esmo diretos, cruzados, jabs e uppercuts – além de, vez por outra, golpes baixos. Funciona? Até agora, pode-se dizer que não.

Apesar do coro negativista, as pessoas comuns continuam satisfeitas com o País e o governo, e esperançosas em relação ao futuro. Em recente pesquisa da Vox Populi, 68% dos entrevistados disseram esperar que a situação de suas famílias venha a melhorar nos próximos 6 meses, contra 2% que temem que piore. E o mais provável é que os otimistas tenham razão.

Esta semana, outro patético esforço de mobilizar os “indignados” conseguiu colocar dez cidadãos na Avenida Paulista. Portavam cartazes pedindo “Basta!”. Ficaram falando sozinhos.

Uma coisa é conseguir a adesão de meia dúzia de ministros do Supremo, a maioria já alinhada com a oposição. Outra é encher as ruas. Isso, ela nunca soube fazer.

E não consegue aprender



PIG, DMO, Mileniun



Uma coisa todos nós devemos reconhecer. A grande mídia oposicionista é esforçada.

Isso me faz lembrar o caso de um sujeito que durante trinta anos pregava sua crença religiosa em praça pública, mais precisamente no Largo da Carioca, centro da Cidade do Rio de Janeiro.

Todos os dias, com chuva ou sol, lá estava ele. Sempre vestido com paletó e gravata, abria sua surrada bíblia que o tempo se incumbiu de castigar, e  fazia seu discurso.

 Falava, as vezes em tom elevado, mas raríssimas eram as pessoas que paravam para ouvi-lo.
Certo dia, duas pessoas que passavam pelo local, e acostumadas com a presença do orador solitário, travaram o seguinte diálogo:
 - admiro esse cara. Ele não desiste mesmo que ninguém o ouça. Isso é que se pode chamar de determinação.
- não entendo dessa maneira, disse o outro. Se ninguém  se interessa em ouvi-lo, qual o resultado de sua pregação ? Se você deseja que as pessoas ouçam o que você tem a dizer, mas ninguém ouve, o problema é seu. Significa que sua comunicação é inadequada, seja no conteúdo, seja no público que deseja atingir, seja no local que escolheu para fazê-lo. Isso não é determinação, isso é incompetência.
Assim é a grande mídia brasileira, ou partido da imprensa golpista _ PIG - ou ainda Dispositivo midiático oposicionista - DMO.
 O DMO, pelo menos nesses últimos dez anos ,é o orador do Largo da Carioca, com o diferencial de ser barulhento , mentiroso e violento. O orador solitário, pelo menos, não mentia.  
O DMO, com o tempo, e nada melhor que o tempo para retirar as máscaras, merece uma avaliação mais profunda, quem sabe uma tese de mestrado, ou doutorado, pois a matéria -prima é farta .
Defensor intransigente da liberdade de expressão, o DMO controla  praticamente toda a comunicação no Brasil , vivenciando e repetindo comportamentos que sempre repudiou,
 Vamos aos fatos:

- Durante o período da ditadura militar o DMO criticava a censura imposta pelos governos militares à atuação da imprensa, mesmo apoiando os militares. E o quem tem feito o DMO nos últimos dez anos ? Trabalhando de forma orquestrada e sincronizada, o DMO vem ocultando da população brasileira as principais informações relativas aos avanços conquistados pelos governos populares e democráticos do PT. Censurando informações  positivas do governo federal  em um claro jogo de interesses políticos, onde a população fica privada de conhecer a verdade dos fatos
.
- O DMO sempre foi um ferrenho crítico dos regimes comunistas, pois alegava a inexistência da democracia. E o que tem feito o DMO nos últimos dez anos ?
Uma premissa básica de regimes democráticos é a liberdade plena de expressão para todos os cidadãos. Isso significa, que se todos podem se expressar livremente, ninguém vai se preocupar com conteúdos como o do orador do Largo da Carioca. Já o DMO, por ser hegemônico no país, criou uma estrutura de perseguição `a pessoas e portais da internete que veiculem conteúdos diferentes das boboseiras diariamente produzidas pelo DMO. É uma maneira de intimidar e tentar evitar conteúdos que não estejam de acordo com a orientação política do DMO. Nada de democrático e muito parecido com os regimes totalitários que o DMO tanto criticava, e ainda critica.

- O DMO criticava ferozmente os regimes totalitários comunistas pela existência de uma imprensa estatal e única, sem espaço para a iniciativa privada. O quem tem feito o DMO nesses últimos dez anos ?  Organizado em um grande grupo que controla toda a informação do país  o DMO escolhe e reproduz a informação que deseja , com pouco espaço para o contraditório. E ainda, tenta boicotar toda e qualquer iniciativa do governo e da sociedade civil organizada através dos movimentos sociais, para o estabelecimento de um novo marco regulatório para as comunicações no país que garantirão a diversidade e a pluralidade de conteúdos. Isso significa  que o DMO não vai deixar de existir com um novo marco, ele vai continuar a produzir seus conteúdos mas será apenas , um orador solitário com alguma platéia.

Atualmente, o apagão que não aconteceu, a elevação do preço do tomate, e outros assuntos fictícios ganham contornos de desespero por parte do DMO.
Desesperados fazem qualquer coisa. Aí mora o perigo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Civilização ? Tem muito Primata Rindo

Civilização ?   Tem muito Primata Rindo

 

 

Drauzio Varella: Inimigo Público

A metade dos brasileiros adultos está obesa ou com excesso de peso. A continuarmos nesse passo, em dez anos estaremos tão gordos como os americanos. Lá, 30% dos adultos estão na faixa do excesso de peso, 30% são obesos e 10% -sofrem de obesidade grave.


Por Drauzio Varella*, Carta Capital




foto: minilua.com

Para eles, conter essa epidemia virou prioridade governamental, porque os custos das doenças crônicas associadas à obesidade serão insuportáveis para o sistema de saúde. Imaginem para o nosso.

As autoridades sanitárias americanas -travam uma queda de braço desigual com a indústria alimentícia, as cadeias de fast-food, as associações que representam os restaurantes, as empresas de publicidade e os lobistas.

Está na ordem do dia a proposta do aumento de impostos sobre os refrigerantes açucarados. Como essa discussão será travada um dia entre nós – quando a saúde pública for levada a sério nessas paragens –, vou resumir um debate publicado no The New England Journal of Medicine.

Para escrever a favor da taxação, a revista convidou o médico Thomas Farley, do Departamento de Saúde de Nova York. Diz ele:

1) As companhias fazem de tudo para promover o consumo de refrigerantes calóricos. O apelo toma partido da preferência do paladar pelos sabores doces.

2) As embalagens estão cada vez maiores e baratas, e podem ser fechadas novamente para garantir consumo contínuo. São vendidas em máquinas e distribuídas nas estantes mais vistosas de supermercados e lojas de conveniência.

3) A população continua a engordar, apesar de saber que calorias em excesso são as principais responsáveis do sofrimento causado pela obesidade. O apelo dos refrigerantes com açúcar e das técnicas de marketing para promovê-los é mais forte do que a força de vontade dos adultos. O que esperar das crianças?

Leia mais:
A difícil arte de ser criança no século XXI
Diabetes mata mais que Aids e trânsito no Brasil
A história do diabetes
Uma vez gordo, sempre gordo

4) Se um produto distribuído nas escolas causasse doença, todos pressionariam as autoridades para regulamentá-lo. Por que não fazer o mesmo com os refrigerantes que contribuem para a obesidade?

5) A educação sempre é apresentada como alternativa às políticas aplicadas à solução dos problemas de saúde. De fato, é necessário alertar para os riscos das bebidas e dos alimentos obesogênicos, mas a educação sozinha não resolve. É fundamental criar um ambiente alimentar que não exponha crianças e adultos às quantidades absurdas de açúcar.

Contra a taxação, argumentam David Just e Brian Wansink, economistas da Universidade Cornell:

1) Não há dúvida de que os refrigerantes com açúcar contribuem para a obesidade, especialmente nas crianças. Nesse caso, regulamentar preço, conteúdo, disponibilidade e marketing parece sensato: se criarmos uma lei que proíba
as crianças de tomar refrigerantes, elas não tomarão. Mas é preciso cuidado, a proibição do álcool no passado foi um desastre.

2) Cercear o acesso a um produto altera o padrão de consumo de outros. Se afastarmos os refrigerantes das crianças, elas tomarão outras bebidas; sucos adocicados, por exemplo. No estudo que acabou conhecido como Coke to Coors conduzido em Utica, no estado de Nova York, a taxação de refrigerantes provocou aumento na venda de cerveja.

3) Quando uma autoridade impõe regras dietéticas para as crianças, a tendência delas é contestá-las. Será triste criarmos uma geração de fanáticos por refrigerantes.

4) O uso de estratégias comportamentais é mais eficaz. Diminuir a visibilidade dos refrigerantes com açúcar e aumentar a das frutas e dos vegetais, tornando-os mais atrativos por meio de associação com heróis, como Batman – como foi feito no passado com Popeye e o espinafre –, pode criar hábitos saudáveis mais duradouros sem criar associações de defensores do direito de tomar refrigerantes.

5) O universo de alimentos que contribuem para a obesidade infantil é muito maior do que o dos refrigerantes com açúcar.

E você, prezado leitor, o que acha?

* Drauzio Varella é médico cancerologista, formado pela USP



Decadente-cola

É o que chamam american way of life.
É a famosa  e sempre enaltecida praticidade do povo americano.
O caro leitor certamente deve estar se perguntando:
- que praticidade é essa em que as pessoas tem até dificuldade para andar, entrar em um 
  carro ? Imagine se acomodar em um avião ?
E os números mostram que uma grande parcela da população tem essas dificuldades.
E aí começa a briga. 
E que briga. 
De um lado a indústria alimentícia, as cadeias do "prático" alimento fast food, restaurantes e afins. 
Do outro lado o "inconveniente" estado com suas normas, regras e ultrapassadas tentativas de regular e controlar a livre iniciativa.
O american way of life, com a sua praticidade, entende que tempo não pode ser desperdiçado com atividades pouco produtivas, como comprar ingredientes, fazer suas próprias refeições, e alimentar-se com tranquilidade. 
Afinal a tecnologia e as máquinas, aí estão, fruto da inteligência do american way of life, para fornecer os alimentos que necessitamos. 
Sempre padronizados, impessoais, higiênicos. O disco do hamburguer é sempre do mesmo tamanho, assim como o paladar, e até as pedrinhas de gelo do refrigerante, que sai de uma máquina, tem o mesmo tamanho. 
As embalagens são padronizadas e descartáveis . 
O consumidor não se preocupa com nada, apenas come, em segundos, ganha o tempo tão precioso, mas não sabe que compromete toda sua vida. 
A padronização dos alimentos da cadeia fast food certamente deve utilizar sementes transgências para a produção dos diferentes componentes. 
Some-se a isso o fato que muitos produtos são congelados, e aquecidos próximo ao consumo. Com tudo isso lá se vão pela estrada da suposta praticidade inúmeros nutrientes. 
Humanos e animais , principalmente os domésticos,aí me refiro aos humanos, desfrutam de um mesmo modelo de nutrição, racional, rápido e mortífero. 
Como habitantes de regiões estéreis, onde nada se produz, planta e colhe, as embalagens em formato de caixas, de diferentes tamanhos, estão por todos os lados, em cores vivas, em diferentes volumes e pesos, sempre com total facilidade para o acondicionamento em grande escala em residências e de fácil consumo. 
A maioria dos alimentos tem baixo valor nutricional, pouca energia química, além de serem carregados em açúcar, e uma infinidade de substâncias químicas que contribuem para que os produtos tenham uma boa aparência, cores vivas, maciez , odores e paladares. 
Tudo é artificial e pobre e com o tempo, que não pode ser desperdiçado no american way of life, vai se transformando em uma bomba onde inúmeras doenças  começam a dar sinais vitais de grande organização e poder destrutivo. 
Todos querem a praticidade, ao ponto de não sair de seu automóvel para fazer uma refeição. 
O automóvel é prático, pois com ele as  pessoas se deslocam de um lugar para outro, com rapidez e refeições são detalhes que podem ser corrigidos com a praticidade das cadeias de fast food. 
Fantástico ! 
O mesmo pode ocorrer no local de trabalho, pois para que se ausentar já que que se pode realizar as tarefas, e de forma agradável e tranquila, consumir os alimentos. 
E as rosquinhas com café nos horários do lanche. Hummmmm, são ótimas. 
Tudo é prático na sociedade da praticidade. 
Já pela noite, em casa com a família, depois de um dia altamente produtivo, nada melhor que refeições práticas, aquecidas em micro ondas, para não perder tempo , pois os programas de tv estão cada vez melhores nesses tempos de civilidade capitalista. 
Apesar de algumas notícias desagradáveis, como essas crianças desajustadas que vivem matando outras crianças de forma fria, impessoal, padronizada e prática, nosso american way of life é um exemplo de civilidade, higiene, progresso e saúde. 
E as crianças ? 
Todas, ou a grande maioria, adora coisas doces, que não necessariamente deveriam ter açucar refinado . 
Crescendo na sociedade da praticidade e dominadas cruelmente por uma máquina mortífera de propaganda, as crianças são corpos de prova das grandes corporações. 
E o estado ? 
O estado, sempre visto como um impecílio para os negócios, não tem poder na sociedade da praticidade e ainda deve se sujeitar as normas  e regras criadas pelas corporações, que servirão como normas para a sociedade. 
Assim sendo, os novos humanos desse novo e admirável processo civilizatório, mas se parecem com mamutes, obesos, doentes que , por outro lado, são uma excelente fonte de receita para a indústria farmacêutica e médica e , também e principalmente, um grande transtorno com enormes prejuízos para a saúde pública.
A nutrição deve ser vista e entendida pela população, também, como uma prática de hábitos de higiene. Infelizmente não é assim. 
A maioria come, come, mas pouco se alimenta. O Comer Bem não significa comer muito.
E o governo brasileiro?
É impressionante a pasmaceira do governo federal no que diz respito a criação de normas  rígidas contra a propaganda de alimentos , principalmente para crianças.
As emissoras de tv privadas veiculam diariamente, por anos e anos a fio, uma enxurrada de material de propaganda de alimentos  nocivos a saúde. São refrigerantes, fast food, biscoitos vulgares, guloseimas e outros venenos mais.
É impensável , para o cidadão brasileiro, incorporar hábitos  como o de consumir refrigerantes.
Em um país com uma abundância de frutas, cidades onde existem uma loja de sucos em cada esquina, consumir refrigerantes artificiais e nocivos a saúde humana, só mesmo pela imposição da propaganda. Nossas esquinas não vendem armas.
E o quem tem feito o governo federal ?
Nada. Absolutamente nada. 
As emissoras de tv privada também nada farão, pois as corporações de alimentos e bebidas são seus grandes mantenedores e certamente não gostariam de ver seus objetivos serem contrariados com campanhas educativas sobre nutrição. 
Acrescente-se a tudo isso o fato que as corporações de alimentos e bebidas serem os principais  patrocinadores de shows, cultura e grandes eventos esportivos.
Na Bolívia, a cultura da praticidade sofreu um duro golpe já que o povo boliviano, em respeito aos seus hábitos, preservou a prática de preparações de suas refeições, pois além  da questão nutricional estão , também, envolvidos aspectos de sociabilidade, pois as famílias se reunem durante a preparação e no consumo dos alimentos. Ainda teve a coca-cola rejeitada no país, pois os bolivianos não abrem mão de beber seu tradicional refresco a base de pêssego.
Movimentos semelhantes, e mesmo mais antigos, acontecem em outros países , como o slow food, na Itália.
A cultura da praticidade violentamente imposta pelas mídias brasileiras e pela propaganda, revela-se um problemas, até mesmo em seu lugar de origem. 
O leitor bem informado certamente deve estar pensando:
- a cultura da praticidade vem de um país onde a maioria da população sofre de obesidade, por  conta de seus hábitos alimentares e estilos de vida. Também é de lá a maior população carcerária do planeta. Os práticos e inteligentes, em sua esmagadora maioria, mais precisamente 9 em 10 habitantes, possuem armas de fogo. A cultura da praticidade é responsável por consumir, irracionalmente, 45 % dos recursos naturais do planeta, para privilegiar,teoricamente, 4,5% da população desse planeta. O american way of life é o maior poluidor do planeta. E para terminar, sem pensar em esgotar o assunto, eles vivem em uma guerra sem fim, contra tudo e todos que pensem diferente deles.
Reducionismo e estreitamento de idéias não tem nada de prático, menos ainda de civilizado. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Grande Injustiça

 A  Grande  Injustiça

 

 

Expectativas de Dirceu

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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu tem dito aos amigos que nem mesmo da prisão deixará de fazer política. Um dos caminhos é assegurar o direito de continuar escrevendo em seu blog na internet. Os amigos do ex-ministro garantem ainda que ele estará, sim, disposto a receber visitas para falar sobre trabalho.
Dirceu foi condenado a 10 anos e 1o meses de prisão no processo de mensalão. Acredita-se que cumprirá pouco mais de um ano e meio da pena em regime fechado. Mas seus advogados ainda trabalham exaustivamente na elaboração de recursos. Aliados do ministro dizem que ele está otimista quanto à possibilidade de reverter a pena para o regime semiaberto


 PT SEMPRE


O texto acima copiei, hoje, 17.01.13, do Portal IG, da seção Poder Online.
O Portal IG, pertencente ao grupo onde também estão os jornais O Dia e o rasteiro vulgar Meia Hora, além das rádios FM O Dia e MPB FM, esta última destinada apenas a execução de música brasileira, desde que pague o jabá na emissora, é claro. 
Aliás, a MPB FM deixa muito a desejar na reprodução da boa música popular brasileira, sendo repetitiva ao extremo com medalhões consagrados, e ignorando a boa música que se renova todos os dias. 
Ninguém mais aguenta ligar a MPB FM e ouvir Rita Lee cantando Ovelha Negra. 
A emissora poderia destinar um horário apenas  para as canções consagradas e saudosismos.

Entretanto, o objetivo do meu texto não é a MPB, nem as mediocridades dos jornais do grupo.

Fico com o comentário que avalia as expectativas de José Dirceu, caso seja preso em penitenciária.


Todos noś, bem informados, sabemos que o julgamento da ação penal 470 seguiu trilhas políticas, influenciadas por uma enorme pressão dos meios de comunicação para que os membros do PT fossem considerados culpados e condenados. 

Passados alguns dias, e o tempo nessas questões é fundamental, começam a surgir declarações, inclusive de magistrados envolvidos no julgamento, de que José Dirceu e outros membros do PT foram condenados sem nenhuma prova concreta e objetiva de que tenham cometidos crimes.

A medida que as nuvens do julgamento se dissipam, as manchetes dos grandes jornais miram os céus, e ignorantes colunistas atacam o povo venezuelano, uma enorme injustiça parece ficar claro para todos nós no tocante a condenação dos réus da ação penal 470, incluido, claro, Jose Dirceu.

E o que ainda faz a imprensa ? 

Assim como o texto extraído do portal IG, não se ocupa em divulgar e repercutir a injustiça, mas tendo o fato como consumado, explora, até mesmo cinicamente, o que fará Jose Dirceu na prisão.

Para essa imprensa pequena lembro alguns fatos emblemáticos, onde a injustiça acabou por incentivar o surgimento ou mesmo a consolidação de grande líderes e movimentos:
- Hugo Chavez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, que hoje        trava a mais importante de suas batalhas, esteve preso no início da década de 1990 por liderar uma levante armado contra o saque generalizado que seu país sofria, e também pelas péssimas condições que a maioria do povo venezuelano vivia. Saiu da prisão , foi eleito presidente e hoje lidera uma revolução impensável para as oligarquias e elites da região, com desdobramentos em toda a América Latina e no Caribe.

- Alvaro Garcia Linera, vice presidente da Bolívia, foi preso político por um longo período e durante seu tempo de prisão revisitou, dialeticamente, toda a obra de Marx, criando assim as bases para o sucesso da eleição de Evo Morales, e a consolidação do projeto boliviano de BemViver.

- Nelson Mandela, o mais emblemático de todos. Preso por lutar contra o apartheid, ficou 28 anos na prisão, e mesmo detido se transformou no maior símbolo da luta de um povo. Saiu da prisão, foi eleito presidente da África do Sul sem abndonar em nenhum momento seus ideais. Ainda deu uma lição de civilidade e dignidade aqueles que o perseguiram e, por não dizer , ao mundo.

Grandes injustiças, como o caso da prisão de Jose Dirceu, podem produzir  reações inimagináveis no consciente coletivo já que a perseverança e comprometimento com seus ideais, por parte dos detidos, em muitos casos é assimilada pelo povo.

Para autora do texto e para a grande imprensa que se preocupa com o que Dirceu fará na prisão fica uma pergunta:

O que vocês farão quando conseguirem se libertar de suas ignorâncias ?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Teoria de Conspiração que se Revela Verdadeira

A  Teoria de Conspiração que se Revela Verdadeira

 

 

Yasser Arafat foi assassinado pelos sionistas de Israel

Na sexta-feira (11), Shimon Peres, presidente de Israel, assumiu publicamente que o governo israelense é responsável pela morte do líder palestino
15/01/2013

Baby Siqueira Abrão

Yasser Arafat - Foto: World Forum Economic/CC
A notícia de que os sionistas são os responsáveis pela morte de Arafat foi dada por ninguém menos do que Shimon Peres, presidente de Israel. Na sexta feira, 11 de janeiro, dia em que a resistência palestina entrou numa nova fase de luta contra a ocupação – a das ações diretas não violentas para tentar retomar suas terras, roubadas pelas autoridades israelenses –, Peres veio a público revelar que sim, os sionistas assassinaram o líder palestino Yasser Arafat.
Mais surpreendente do que a confissão foi o silêncio dos governos do mundo em relação a ela. Não houve nenhuma condenação formal, nenhuma indignação expressa em discursos diplomáticos, nada. Nem mesmo os grandes partidos palestinos se pronunciaram oficialmente, ao menos até agora. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), chefiada durantes seus anos mais difíceis por Arafat, teve um fim de semana muito atarefado para emitir algum comunicado sobre o assunto: tentava convencer a União Europeia a trabalhar pelo fim imediato da ocupação militar israelense, depois que palestinos foram arrancados pela polícia sionista da vila de Bab Al-Shams, em seu próprio país.
Tem-se a impressão de que o assassinato da maior autoridade de uma nação pelo governo de um país estrangeiro é fato comum, sem nenhuma importância. Ou talvez os governantes do mundo não se tenham surpreendido com a confissão de Peres porque já sabiam do fato.
Mas exatamente por isso as condenações deveriam ser efetivas, como as sanções econômicas que o Conselho de Segurança da ONU gosta de impor a países escolhidos a dedo por sua independência em relação às políticas econômicas dominantes, gestadas em grandes centros financeiros mundiais, e à agenda das guerras: às drogas, ao narcotráfico, ao terrorismo, guerra sem fim. Todas destinadas a alimentar o caixa do complexo industrial militar do eixo Estados Unidos-Europa-Israel.
A confissão de Simon Peres não teve nem mesmo algum sinal de arrependimento pela trama sórdida que levou à morte de um ser humano. O presidente limitou-se a dizer que a decisão foi um erro estratégico por dois motivos: porque com Arafat era possível conversar e porque sua eliminação levou a uma situação “mais difícil e complexa”.
As declarações do presidente de Israel não teriam sido feitas, porém, se a rede de mídias Al-Jazeera, financiada pelo Qatar, não tivesse enviado para exame alguns pertences pessoais de Arafat. Realizado pelo Instituto de Radiofísica de Lausane, na Suíça, o exame revelou “uma elevada, inexplicável e insuportável quantidade de polônio 210 nos fluidos biológicos encontrados nos objetos pessoais do sr. Arafat”, como explicou François Bochud, diretor do instituto à Al-Jazeera. O polônio 210 é um elemento radioativo potente, capaz de matar em pouco tempo, e provoca os mesmos sintomas que Arafat começou a sentir em 25 de outubro de 2004. Em 11 de novembro, ele estava morto.
O programa que a Al-Jazeera levou ao ar em 3 de julho de 2012 rompeu o pacto de silêncio que havia em torno da morte do líder palestino. Por insistência de Suha, viúva de Arafat, seu corpo foi exumado por especialistas suíços e franceses em novembro do ano passado e amostras seguiram para análise. Os resultados confirmaram o envenenamento.
Esse fato, e as provas documentais de que Ariel Sharon, primeiro-ministro israelense à época da morte de Arafat, havia mandado assassiná-lo, trouxeram à tona aquilo que todo palestino já sabia e vem falando abertamente em conversas nas ruas, nas lojas, nos ônibus da Palestina. Faltavam apenas as provas, conseguidas agora, nove anos depois do crime.


Políticas Sociais que Contribuem para o Surgimento de Cancer

Acabaram-se as teorias de conspiração.
Aquilo que muitos acreditavam ter acontecido, de fato aconteceu.
Os exames nos fluidos biológicos de Arafat acusaram uma quantidade absurda de material radioativo, especificamente o Polônio 210.
Não há dúvida. Arafat foi envenenado e assassinado.
Isso aconteceu em 2004, no mês de novembro.
Israel não deve ter agido sozinho, e se agiu seu principal parceiro em terrorismo, os EUA, devem ter tido pelo menos conhecimento prévio do assassinato.
Mais ou menos seis anos após o assassinato de Arafat, uma onda de câncer, morte e conflitos,  atinge presidentes sulamericanos.  Presidentes que implementam políticas contrárias aos interesses dos EUA
Hugo Chavez, Lula, Dilma, Lugo, Cristina Kirschner contrariam cancer , em maior ou menor gravidade, em um curto período de tempo.
No mesmo período Rafael Correa sofreu uma tentativa de assassinato, no Equador.
Evo Morales, da Bolívia, enfrentou uma forte tentativa de golpe de estado.
Nestor Kirschner, no mesmo período, morreu vítima de problemas cardíacos.
Todos esses líderes não tem a simpatia dos EUA e consequentemente de seus representantes na América Latina.
As coincidências são inegáveis, já a existência de um significado para elas, o tempo dirá, como ocorreu com Arafat.
O caso mais marcante é de Hugo Chavez, certamente o mais odiado pelo imperialismo estadunidense.
Jovem, tem 58 anos, forte , com uma energia invejável,visivelmente esbanjando saúde,foi alvejado, repentinamente, por um processo degenerativo devastador.
Os demais líderes que contraíram cancer, revelam características semelhantes na doença
Dois líderes contraíram cancer no listema linfático e um outro na garganta, o que inclina que podem ter sido contaminados pelo mesmo agente  químico/radioativo, em região sensível e com maior probabilidade de desenvolvimento de câncer por contaminação radiotiva.
Lugo se tratou e ficou curado, mas logo sofreu um golpe de estado no Paraguai e foi afastado do poder.
Cristina pouco sofreu e o tumor revelou-se benigno, mas as tentativas de sabotagem de seu governo tem crescido.
Lula e Dilma foram curados , mas o fantasma de um golpe jurídico, como o que ocorreu no Paraguai, ronda o país.
Nos governos da América Latina, alinhados com os EUA, nenhum líder ficou doente, ou sofreu atentado,  e os países não passaram por tentativas de golpe de estado.
Tudo bem. O caro leitor dirá , com razão, que trata-se de mais uma das minhas teorias de conspiração. 
O caro leitor está correto, mas convenhamos, que essa teoria é poderosa no tocante a probabilidade de ser verdadeira, isso ela é.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As Velas das Caravelas de Cabral foram confeccionadas com Cânhamo

As Velas, das Caravelas de Cabral, foram confeccionadas com Cânhamo

 

 

 

Globo News se desculpa por ser leviana com indígenas da Aldeia Maracanã

15/01/2013 | Publicado por feliperousselet 

Um grupo de índios que vive no antigo prédio do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, luta contra a demolição do local que, de acordo com o cacique Carlos Tukano, tem grande importância histórica por simbolizar a luta por terra e pela cultura indígena Os índios defendem que o museu pode ser restaurado e servir como atrativo turístico para a região do estádio do Maracanã.
Em nota, o governo do Rio informou que a demolição do local é prevista na reforma do estádio e “é parte importante na questão da mobilidade”. A previsão do governo é cadastrar todos os moradores e removê-los antes da demolição.
Porém, os índios afirmam que ninguém os procurou para fazer o cadastramento e temem uma remoção às pressas do que denominam Aldeia Maracanã.
Como a Globo News queria ajudar o governo do Estado na expulsão dos indígenas, acabou enfiando os pés pelas mãos e cometendo uma grave leviandade. Afirmou que ocupantes do museu estariam vendendo drogas. A emissora teve que se desculpar, mas não deu maiores explicações sobre os motivos do erro.
Mas, mais interessante que o pedido de desculpas, foi a bronca que uma repórter da Globo News teve que ouvir de um dos indígenas da ocupação. Claro que a emissora não iria transmitir o esculacho, mas felizmente alguém gravou e o vídeo caiu na rede

 Cabral, Vasco da Gama e os Índios

As empresas globo, e ai se  inclui globo news, apoiam a obsessão do governo do estado do RJ, através do Governador Cabral, (que tem o mesmo nome do primeiro português que chegou no Brasil e começou a matar os indíos) em demolir o prédio do Museu do Índio, nas proximidades do complexo do Maracanã.
Os argumentos utilizados para a demolição não se sustentam por cinco segundos, mas mesmo assim o governador segue na sua obsessão.
E se o população é contrária a demolição , a globo aprova a demolição.
O estádio do Maracanã, que foi totalmente demolido por dentro e sua obra já consome algo próximo de 1 bilhão de reais ( dinheiro público)  se transformou em uma cruzada insaciável para ampliar seus limites, demolindo tudo que sencontra nas proximidades. Asssim deseja o governador, com o apoio de globo, que os estádios Célio de Brros e Júlio Delamare sejam demolidos,o museu do ìndio  e quem sabe, no futuro o estádio do Maracanãzinho , pois técnicos do governo do estado já afirmaram que o maracanazinho "necessita de algumas transformações " . Aliás o argumento de pequenas modificações foi o mesmo utilizado por ocasião das  "reformas" do estádio do Maracanã.
Cabral, que é torcedor do Vasco da Gama, 513 anos depois,  persegue índios no Maracanã.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Celebridades e Endinheirados Comendo Feijoada. Que Horror !




 Celebridades e Endinheirados Comendo Feijoada. Que Horror !

 

 

Famosos vão a ensaio da Vila Isabel





A Vila Isabel cantará na Sapucaí, no Carnaval 2103, o enredo "Brasil celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um", uma homenagem ao homem do campo em desenvolvimento, da carnavalesca Rosa Magalhães.
Menos de 24h após deixar a quadra escola, onde havia sambando horas à frente da bateria, Sabrina participou do ensaio de rua da agremiação que tomou a Avenida 28 de Setembro.






 Os Oportunistas do Samba


Foi a partir da década de 1960 que a classe média e a burguesia carioca começavam a frequentar os ensaios das escolas de samba.

O samba, até então restrito as suas origens, com a chegada da televisão viu , também , a chegada de novos  rostos, ou melhor, novas caras.

Foi também , na década, que a indústria fonográfica começava a vender, em grande escala, discos de samba, principalmente com Martinho da Vila.

A visibilidade  que as escolas de samba começavam a ganhar, logo chamou a 
atenção daqueles que não perdem uma oportunidade em aparecer. 
E na burguesia eles são muitos
.
Incapazes de produzir ou criar conteúdos que ganhem relevância na sociedade , e em sendo ricos e até mesmo milionários, acreditam que pelo fato de serem ricos devem ser importantes.

Infelizmente esse comportamento, com contornos de esquisitice e exarcebação de  práticas mediocres, é muito comum na sociedade da  cidade fundada por Estácio de Sá e abençoada por São Sebastião, apesar da concorrência de Jorge. 

Com o passar dos anos e a chegada da tv a cores, na década de 1970, os desfiles das escolas de samba passavam a ser produzidos para gerar um enquadramento ideal na telinha.

Joãozinho Trinta, com sua genialidade, foi o primeiro a perceber o efeito tv e "celebridades" nos desfiles, e com isso fez da escola onde trabalhava, BeijaFlor, vencedora de vários carnavais.

Esse movimento desagradava profundamente muitos sambistas, não por serem contrários a evolução , mas , principalmente, por  retirar do espetáculo, ou minimizar a importância, do principal personagem, o sambista, já que as "importantes celebridades" recebiam generosos destaques na tela da tv.

Já na década de 1980, através de um samba antológico, considerado por muitos como o maior de todos os sambas de enredo, colocou o dedo na ferida através de sua letra que diz assim;
' escola de samba S/A, super alegoria, escondendo gente bamba, que covardia..." Tratava-se  de  Bum bum praticundum prucurundum, o genial samba da Império Serrano
.
Com a construção da Passarela do Samba Darcy Ribeiro, vulgarmente conhecida como sambódromo, ou marquês de sapucaí, isso em 1984, os desfiles das escolas de samba só cresceram.

Cresceram em importância, em espetáculo, em arte, em divisas para a cidade, em geração de empregos, na formação de profissionais, em cultura, em estilo de vida, na gastronomia do sambista, e outros mais.

Considerado o maior espetáculo em céu aberto de todo o mundo, o samba, também, se tornou patrimônio imaterial do país.

Claro que esse crescimento atraiu as "importantes celebridades"  e as "pessoas importantes da burguesia" de plantão, pois os desfiles são  uma ótima oportunidade para que "importantes caras" possam apresentar seus atributos, mesmo que sejam jóias penduradas pelo corpo, e com isso escalar os degraus para receber a  devida importância que tanto julgam merecer.

Atualmente, e já por algumas décadas, com o monopólio da transmissão dos desfiles com a tv globo, uma enxurrada de artistas da tv globo, celebridades e subcelebridades, tomou conta das escolas de samba, a ponto de termos de tempo em tempo , uma determinada escola que fica conhecida como a escola onde desfilam os artistas  e "pessoas importantes", tamanha é a quantidade deles nas escolas.
Isso não seria nada de grotesco e bizarro, se a maioria alí estivesse por identificação com o elemento mais forte de nossa cultura popular, mas não é caso. A própria tv globo não tem identificação com a cultura popular. 
Alguns endinheirados, da nossa burguesia esquisita, chegam a pagar vultosas quantias para as escolas para que sejam homenageados através de enredos.

"Vá ser brega e mediocre assim lá na burguesia", disse um sambista com seu cirúrgico comentário.

Outro fato lamentável, é que a emissora detentora dos direitos de transmissão, a tv globo, vem, sutilmente, transformando os desfiles em um programa de sua grade, seguindo o padrão dos programas na emissora. 

Na emissora, todos os programas, com execeção, claro ,dos filmes americanos diariamente exibidos, os artistas e funcionários da emissora circulam por todos os programas da grade, com o objetivo de reforçar a  visibilidade e audiência. 
A tv globo vem fazendo isso com os desfiles das escolas de samba. 
Seus funcionários, "comentam" o desfile e estão presentes em várias escolas, para que, como diz a vinheta da emissora, " na tela da tv no meio desse povo, a gente vai se ver na globo", ou seja você telespectador vai ver seus artistas no desfile e os endinheirados serão vistos, pela tv, por outros endinheirados da burguesia esquisita.

A maioria esmagadora de celebridades, subcelebridades, artistas, e "pessoas importantes " que desfilam nas escolas de samba , não tem nehuma identificação com as escolas e com a cultura do samba, e só se aproximam das escolas no período do carnaval, muito, inclusive incentivados ou patrocinados pela emissora detentora dos direitos de transmissão.

Isso é lamentável, se não fosse medíocre. 

Já é hora de repensar a exclusividade de transmissão por tv dos desfiles de escolas de samba. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Jabor: Palhaço e Patife

Jabor : Palhaço e Patife

 

Altamiro Borges: Venezuela rechaça patifaria de Jabor



No Jornal da Globo de ontem à noite, o "calunista" Arnaldo Jabor voltou a destilar seu ódio teatral contra o governo da Venezuela. Acusou Hugo Chávez de ser um "Mussolini tropical" e disse que com a sua morte se instalará de vez uma "ditadura radical" no país vizinho.

Por Altamiro Borges*, em seu Blog


De forma irresponsável e criminosa, ele garantiu que "a milícia boliviarana tem 50 mil soldados prontos para a guerra" e outros "60 mil expedicionários cubanos armados" para derrotar a oposição. Num total desrespeito ao povo venezuelano e à democracia, disse ainda que Chávez se sustenta graças à "ignorância popular" e à "distribuição de porções de esmola".

Num linguagem típica dos serviçais da CIA, o "calunista" da famiglia Marinho não poupou os governos da América Latina que manifestaram sua solidariedade ao presidente Hugo Chávez e defenderam a estabilidade democrática na Venezuela. Sobre o Brasil, Jabor novamente atacou o assessor Marco Aurélio Garcia, que "recebe ordens de Cuba". As mentiras difundidas numa concessão pública da televisão mereceriam uma rápida resposta do poder concedente. Mas, no Brasil, Jabor e outros tralhas esbravejam suas patifarias sem qualquer responsabilidade. A única manifestação contra as bravatas de Jabor coube à corajosa embaixada da Venezuela no Brasil.

Reproduzo a íntegra da sua nota divulgada nesta sexta-feira (11):
Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.

Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
* Altamiro Borges é jornalista, secretário de Questão da Mídia do PCdoB e presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.


jabor jabosta


Arnaldo Jabor, assim como Marcelo Madureira ( casseta&palneta), Nelson Mota, Marcelo Tas (cqc)
é a parte artistica e cômica entre os integrantes do mega reacionário de direita Instituto Mileniuun.

Essa direita, onde também se situa a maioria da grande imprensa ( emissoras de tv, rádio, jornais e revistas) incorporou um comportamento que deve se radicalizar, ainda mais, até as eleições de 2014.

O caro leitor , antenado com os movimentos políticos do país, sabe que a direita não suporta mais derrotas e mais derrotas, e aí não falo apenas de eleições, mas de todos embates onde o seu projeto neoliberal, e também o seu projeto de poder, de alguma forma, saem derrotados. E tem sido muitas as derrotas nos últimos dez anos.

Imagine o caro leitor, torcedor do Internacional, ou do Flamengo, ou do Palmeiras, ou do Bahia ou do Sport, ver seu time ser sucessivamente derrotado pelo maior rival, Grêmio, Fluminense, Corinthians, Vitória  e Náutico, respectivamente.

Com o tempo, o caro leitor,  que também é torcedor, vai acumulando um sentimento de querer vencer de qualquer maneira, influencinado até mesmo os atletas de seu time. Muitas vezes essa obsessão em derrotar o adversário acaba se transformando em um trunfo para o adversário. O leitor sabe disso.

É o que está acontecendo com a oposição de direita no Brasil , mas não necessáriamente com os partidos políticos e sim com setores da sociedade, no caso algumas elites e principalmente a grande mídia.

O desespero da grande mídia ( globo, folha, estadão, veja, band, rede tv, sbt e até mesmo alguns programas da grade da EBC ) chegou no custe o que custar , no que diz respeito em tentar mudar  o panorama político do Brasil.

O leitor, que acompanha esses movimentos, pode fazer um exercício de rastreabilidade e se lembrar do comportamento da grande mídia desde 2002 até os dias atuais.
Verá, certamente, uma onda crescente de desespero, ódio, calúnia e, atualmente, um movimento de "vai ser assim mesmo", que se danem os fatos",  invento mentiras, e daí? ". Ou seja, o confronto escancarado.
Mas não o bom combate, o bom confronto, o que assistimos é o desespero do vale tudo, contra a razão. 
Muito bom o comportamento do governo federal em não bater boca com a grande mídia. Para isso, nós, eu e o caro leitor, além da sociedade civil organizada, aqui estamos.

O cômico Arnaldo Jabor, que em seu íntimo gostaria de ser Glauber Rocha,  aprontou um papelão , através do mega reacionário jornal da globo da tv globo, com direito até de intervenção da diplomacia, pois com seu  violento e agressivio desejo de atacar Hugo Chavez a vitoriosa e bem sucedida revolução bolivariana,acabou atacando todo um povo e um país importante nas relações comerciais com o Brasil.

O botequim e as conversas  na esquina hoje estão nas redações, nos programas de tv, nas rádios, principalmente no seu linguajar, na exacerbação de conteúdos emocionais, na certeza de uma verdade absoluta. Jabor é mais um, neste pobre jornalismo teatral, neste folhetim de péssimo gosto.

No tocante ao "conteúdo" de seu arroto, uma das maiores besteiras e inversões dos fatos. O teatral comentarista chamou o povo venezuelano , principalmente o eleitor de Chavez, de ingnorante por aceitar  esmolas, em referência aos programas sociais de Chavez.

O caro leitor sabe muito bem, que a ideologia de jabor, e da direita brasileira, no caso o neliberalismo ortodoxo,  criou no Brasil, e cria pelo mundo um violento apartheid social, onde políticas sociais praticamente não existem,incentivando um modelo de civilização do salve-se quem puder.
O bolivarianismo na Venezuela, assim como os governos populares e democráticos da América latina, se não romperam, pelo menos estagnaram, em graus diferentes, esse ciclo de barbárie.
E o povo, assim como o caro leitor, percebeu isso. Através do voto e na vivência diária da última década.
Pois então, você, caro leitor, e eu, por votarmos pela diminuição da desigualdade social, e com isso ganhamos em qualidade de vida, somos ignorantes. Com todo respeito ao povos de nossa América, mas a ignorãncia está, exatamente, ao escolher governos , como Capriles ou Serra  e seus respectivos projetos de poder, já que certamente as pessoas pobres e de classe média não serão atentidas pelos programas desses governos.
Entretanto,e infelizmente, ainda se vê pessoas pobres escolhendo, através do voto, representantes que nada farão por eles. Essas pessoas assim o fazem não por serem estúpidas ou analfabetas, mas por ainda serem influenciadas por veículos de mídia , ou comentaristas teatrais,que alí estão para distorcer os fatos e enganar o povo.
Aqui no Brasil  pessoas extremamente carentes, pobres, necessitadas, que jamais serão atentidas por governos que a mídia defende ( PSDB e outros) votam nos representantes desses partidos.
Se você, meu caro leitor de classe média, por diferentes motivos ou questões de foro íntimo não gosta dos governos populares  (que irão beneficiarvocê), não vote no  oposto destes pois você,caso eles vençam será profundamente prejudicado em sua vida, devido as políticas de apartheid que eles irão implementar.
Que o caro leitor permaneça atento e saiba identificar, assim como tem feito até hoje, aqueles políticos e projetos de governo que irão contribuir para o crescimento do país, para  a redução das desigualdades sociais ( importante para a segurança e a convivência diária ) e também para o seu crescimento pessoal.
A grande batalha , que o caro leitor deve lutar, é a de superar de vez o neoliberalismo no Brasil e na América Latina. Para isso, derrotar a  grande imprensa, como fazemos diariamente é um ótimo exercício de cidadania.
Participe !