terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As Velas das Caravelas de Cabral foram confeccionadas com Cânhamo

As Velas, das Caravelas de Cabral, foram confeccionadas com Cânhamo

 

 

 

Globo News se desculpa por ser leviana com indígenas da Aldeia Maracanã

15/01/2013 | Publicado por feliperousselet 

Um grupo de índios que vive no antigo prédio do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, luta contra a demolição do local que, de acordo com o cacique Carlos Tukano, tem grande importância histórica por simbolizar a luta por terra e pela cultura indígena Os índios defendem que o museu pode ser restaurado e servir como atrativo turístico para a região do estádio do Maracanã.
Em nota, o governo do Rio informou que a demolição do local é prevista na reforma do estádio e “é parte importante na questão da mobilidade”. A previsão do governo é cadastrar todos os moradores e removê-los antes da demolição.
Porém, os índios afirmam que ninguém os procurou para fazer o cadastramento e temem uma remoção às pressas do que denominam Aldeia Maracanã.
Como a Globo News queria ajudar o governo do Estado na expulsão dos indígenas, acabou enfiando os pés pelas mãos e cometendo uma grave leviandade. Afirmou que ocupantes do museu estariam vendendo drogas. A emissora teve que se desculpar, mas não deu maiores explicações sobre os motivos do erro.
Mas, mais interessante que o pedido de desculpas, foi a bronca que uma repórter da Globo News teve que ouvir de um dos indígenas da ocupação. Claro que a emissora não iria transmitir o esculacho, mas felizmente alguém gravou e o vídeo caiu na rede

 Cabral, Vasco da Gama e os Índios

As empresas globo, e ai se  inclui globo news, apoiam a obsessão do governo do estado do RJ, através do Governador Cabral, (que tem o mesmo nome do primeiro português que chegou no Brasil e começou a matar os indíos) em demolir o prédio do Museu do Índio, nas proximidades do complexo do Maracanã.
Os argumentos utilizados para a demolição não se sustentam por cinco segundos, mas mesmo assim o governador segue na sua obsessão.
E se o população é contrária a demolição , a globo aprova a demolição.
O estádio do Maracanã, que foi totalmente demolido por dentro e sua obra já consome algo próximo de 1 bilhão de reais ( dinheiro público)  se transformou em uma cruzada insaciável para ampliar seus limites, demolindo tudo que sencontra nas proximidades. Asssim deseja o governador, com o apoio de globo, que os estádios Célio de Brros e Júlio Delamare sejam demolidos,o museu do ìndio  e quem sabe, no futuro o estádio do Maracanãzinho , pois técnicos do governo do estado já afirmaram que o maracanazinho "necessita de algumas transformações " . Aliás o argumento de pequenas modificações foi o mesmo utilizado por ocasião das  "reformas" do estádio do Maracanã.
Cabral, que é torcedor do Vasco da Gama, 513 anos depois,  persegue índios no Maracanã.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Celebridades e Endinheirados Comendo Feijoada. Que Horror !




 Celebridades e Endinheirados Comendo Feijoada. Que Horror !

 

 

Famosos vão a ensaio da Vila Isabel





A Vila Isabel cantará na Sapucaí, no Carnaval 2103, o enredo "Brasil celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um", uma homenagem ao homem do campo em desenvolvimento, da carnavalesca Rosa Magalhães.
Menos de 24h após deixar a quadra escola, onde havia sambando horas à frente da bateria, Sabrina participou do ensaio de rua da agremiação que tomou a Avenida 28 de Setembro.






 Os Oportunistas do Samba


Foi a partir da década de 1960 que a classe média e a burguesia carioca começavam a frequentar os ensaios das escolas de samba.

O samba, até então restrito as suas origens, com a chegada da televisão viu , também , a chegada de novos  rostos, ou melhor, novas caras.

Foi também , na década, que a indústria fonográfica começava a vender, em grande escala, discos de samba, principalmente com Martinho da Vila.

A visibilidade  que as escolas de samba começavam a ganhar, logo chamou a 
atenção daqueles que não perdem uma oportunidade em aparecer. 
E na burguesia eles são muitos
.
Incapazes de produzir ou criar conteúdos que ganhem relevância na sociedade , e em sendo ricos e até mesmo milionários, acreditam que pelo fato de serem ricos devem ser importantes.

Infelizmente esse comportamento, com contornos de esquisitice e exarcebação de  práticas mediocres, é muito comum na sociedade da  cidade fundada por Estácio de Sá e abençoada por São Sebastião, apesar da concorrência de Jorge. 

Com o passar dos anos e a chegada da tv a cores, na década de 1970, os desfiles das escolas de samba passavam a ser produzidos para gerar um enquadramento ideal na telinha.

Joãozinho Trinta, com sua genialidade, foi o primeiro a perceber o efeito tv e "celebridades" nos desfiles, e com isso fez da escola onde trabalhava, BeijaFlor, vencedora de vários carnavais.

Esse movimento desagradava profundamente muitos sambistas, não por serem contrários a evolução , mas , principalmente, por  retirar do espetáculo, ou minimizar a importância, do principal personagem, o sambista, já que as "importantes celebridades" recebiam generosos destaques na tela da tv.

Já na década de 1980, através de um samba antológico, considerado por muitos como o maior de todos os sambas de enredo, colocou o dedo na ferida através de sua letra que diz assim;
' escola de samba S/A, super alegoria, escondendo gente bamba, que covardia..." Tratava-se  de  Bum bum praticundum prucurundum, o genial samba da Império Serrano
.
Com a construção da Passarela do Samba Darcy Ribeiro, vulgarmente conhecida como sambódromo, ou marquês de sapucaí, isso em 1984, os desfiles das escolas de samba só cresceram.

Cresceram em importância, em espetáculo, em arte, em divisas para a cidade, em geração de empregos, na formação de profissionais, em cultura, em estilo de vida, na gastronomia do sambista, e outros mais.

Considerado o maior espetáculo em céu aberto de todo o mundo, o samba, também, se tornou patrimônio imaterial do país.

Claro que esse crescimento atraiu as "importantes celebridades"  e as "pessoas importantes da burguesia" de plantão, pois os desfiles são  uma ótima oportunidade para que "importantes caras" possam apresentar seus atributos, mesmo que sejam jóias penduradas pelo corpo, e com isso escalar os degraus para receber a  devida importância que tanto julgam merecer.

Atualmente, e já por algumas décadas, com o monopólio da transmissão dos desfiles com a tv globo, uma enxurrada de artistas da tv globo, celebridades e subcelebridades, tomou conta das escolas de samba, a ponto de termos de tempo em tempo , uma determinada escola que fica conhecida como a escola onde desfilam os artistas  e "pessoas importantes", tamanha é a quantidade deles nas escolas.
Isso não seria nada de grotesco e bizarro, se a maioria alí estivesse por identificação com o elemento mais forte de nossa cultura popular, mas não é caso. A própria tv globo não tem identificação com a cultura popular. 
Alguns endinheirados, da nossa burguesia esquisita, chegam a pagar vultosas quantias para as escolas para que sejam homenageados através de enredos.

"Vá ser brega e mediocre assim lá na burguesia", disse um sambista com seu cirúrgico comentário.

Outro fato lamentável, é que a emissora detentora dos direitos de transmissão, a tv globo, vem, sutilmente, transformando os desfiles em um programa de sua grade, seguindo o padrão dos programas na emissora. 

Na emissora, todos os programas, com execeção, claro ,dos filmes americanos diariamente exibidos, os artistas e funcionários da emissora circulam por todos os programas da grade, com o objetivo de reforçar a  visibilidade e audiência. 
A tv globo vem fazendo isso com os desfiles das escolas de samba. 
Seus funcionários, "comentam" o desfile e estão presentes em várias escolas, para que, como diz a vinheta da emissora, " na tela da tv no meio desse povo, a gente vai se ver na globo", ou seja você telespectador vai ver seus artistas no desfile e os endinheirados serão vistos, pela tv, por outros endinheirados da burguesia esquisita.

A maioria esmagadora de celebridades, subcelebridades, artistas, e "pessoas importantes " que desfilam nas escolas de samba , não tem nehuma identificação com as escolas e com a cultura do samba, e só se aproximam das escolas no período do carnaval, muito, inclusive incentivados ou patrocinados pela emissora detentora dos direitos de transmissão.

Isso é lamentável, se não fosse medíocre. 

Já é hora de repensar a exclusividade de transmissão por tv dos desfiles de escolas de samba. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Jabor: Palhaço e Patife

Jabor : Palhaço e Patife

 

Altamiro Borges: Venezuela rechaça patifaria de Jabor



No Jornal da Globo de ontem à noite, o "calunista" Arnaldo Jabor voltou a destilar seu ódio teatral contra o governo da Venezuela. Acusou Hugo Chávez de ser um "Mussolini tropical" e disse que com a sua morte se instalará de vez uma "ditadura radical" no país vizinho.

Por Altamiro Borges*, em seu Blog


De forma irresponsável e criminosa, ele garantiu que "a milícia boliviarana tem 50 mil soldados prontos para a guerra" e outros "60 mil expedicionários cubanos armados" para derrotar a oposição. Num total desrespeito ao povo venezuelano e à democracia, disse ainda que Chávez se sustenta graças à "ignorância popular" e à "distribuição de porções de esmola".

Num linguagem típica dos serviçais da CIA, o "calunista" da famiglia Marinho não poupou os governos da América Latina que manifestaram sua solidariedade ao presidente Hugo Chávez e defenderam a estabilidade democrática na Venezuela. Sobre o Brasil, Jabor novamente atacou o assessor Marco Aurélio Garcia, que "recebe ordens de Cuba". As mentiras difundidas numa concessão pública da televisão mereceriam uma rápida resposta do poder concedente. Mas, no Brasil, Jabor e outros tralhas esbravejam suas patifarias sem qualquer responsabilidade. A única manifestação contra as bravatas de Jabor coube à corajosa embaixada da Venezuela no Brasil.

Reproduzo a íntegra da sua nota divulgada nesta sexta-feira (11):
Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.

Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
* Altamiro Borges é jornalista, secretário de Questão da Mídia do PCdoB e presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.


jabor jabosta


Arnaldo Jabor, assim como Marcelo Madureira ( casseta&palneta), Nelson Mota, Marcelo Tas (cqc)
é a parte artistica e cômica entre os integrantes do mega reacionário de direita Instituto Mileniuun.

Essa direita, onde também se situa a maioria da grande imprensa ( emissoras de tv, rádio, jornais e revistas) incorporou um comportamento que deve se radicalizar, ainda mais, até as eleições de 2014.

O caro leitor , antenado com os movimentos políticos do país, sabe que a direita não suporta mais derrotas e mais derrotas, e aí não falo apenas de eleições, mas de todos embates onde o seu projeto neoliberal, e também o seu projeto de poder, de alguma forma, saem derrotados. E tem sido muitas as derrotas nos últimos dez anos.

Imagine o caro leitor, torcedor do Internacional, ou do Flamengo, ou do Palmeiras, ou do Bahia ou do Sport, ver seu time ser sucessivamente derrotado pelo maior rival, Grêmio, Fluminense, Corinthians, Vitória  e Náutico, respectivamente.

Com o tempo, o caro leitor,  que também é torcedor, vai acumulando um sentimento de querer vencer de qualquer maneira, influencinado até mesmo os atletas de seu time. Muitas vezes essa obsessão em derrotar o adversário acaba se transformando em um trunfo para o adversário. O leitor sabe disso.

É o que está acontecendo com a oposição de direita no Brasil , mas não necessáriamente com os partidos políticos e sim com setores da sociedade, no caso algumas elites e principalmente a grande mídia.

O desespero da grande mídia ( globo, folha, estadão, veja, band, rede tv, sbt e até mesmo alguns programas da grade da EBC ) chegou no custe o que custar , no que diz respeito em tentar mudar  o panorama político do Brasil.

O leitor, que acompanha esses movimentos, pode fazer um exercício de rastreabilidade e se lembrar do comportamento da grande mídia desde 2002 até os dias atuais.
Verá, certamente, uma onda crescente de desespero, ódio, calúnia e, atualmente, um movimento de "vai ser assim mesmo", que se danem os fatos",  invento mentiras, e daí? ". Ou seja, o confronto escancarado.
Mas não o bom combate, o bom confronto, o que assistimos é o desespero do vale tudo, contra a razão. 
Muito bom o comportamento do governo federal em não bater boca com a grande mídia. Para isso, nós, eu e o caro leitor, além da sociedade civil organizada, aqui estamos.

O cômico Arnaldo Jabor, que em seu íntimo gostaria de ser Glauber Rocha,  aprontou um papelão , através do mega reacionário jornal da globo da tv globo, com direito até de intervenção da diplomacia, pois com seu  violento e agressivio desejo de atacar Hugo Chavez a vitoriosa e bem sucedida revolução bolivariana,acabou atacando todo um povo e um país importante nas relações comerciais com o Brasil.

O botequim e as conversas  na esquina hoje estão nas redações, nos programas de tv, nas rádios, principalmente no seu linguajar, na exacerbação de conteúdos emocionais, na certeza de uma verdade absoluta. Jabor é mais um, neste pobre jornalismo teatral, neste folhetim de péssimo gosto.

No tocante ao "conteúdo" de seu arroto, uma das maiores besteiras e inversões dos fatos. O teatral comentarista chamou o povo venezuelano , principalmente o eleitor de Chavez, de ingnorante por aceitar  esmolas, em referência aos programas sociais de Chavez.

O caro leitor sabe muito bem, que a ideologia de jabor, e da direita brasileira, no caso o neliberalismo ortodoxo,  criou no Brasil, e cria pelo mundo um violento apartheid social, onde políticas sociais praticamente não existem,incentivando um modelo de civilização do salve-se quem puder.
O bolivarianismo na Venezuela, assim como os governos populares e democráticos da América latina, se não romperam, pelo menos estagnaram, em graus diferentes, esse ciclo de barbárie.
E o povo, assim como o caro leitor, percebeu isso. Através do voto e na vivência diária da última década.
Pois então, você, caro leitor, e eu, por votarmos pela diminuição da desigualdade social, e com isso ganhamos em qualidade de vida, somos ignorantes. Com todo respeito ao povos de nossa América, mas a ignorãncia está, exatamente, ao escolher governos , como Capriles ou Serra  e seus respectivos projetos de poder, já que certamente as pessoas pobres e de classe média não serão atentidas pelos programas desses governos.
Entretanto,e infelizmente, ainda se vê pessoas pobres escolhendo, através do voto, representantes que nada farão por eles. Essas pessoas assim o fazem não por serem estúpidas ou analfabetas, mas por ainda serem influenciadas por veículos de mídia , ou comentaristas teatrais,que alí estão para distorcer os fatos e enganar o povo.
Aqui no Brasil  pessoas extremamente carentes, pobres, necessitadas, que jamais serão atentidas por governos que a mídia defende ( PSDB e outros) votam nos representantes desses partidos.
Se você, meu caro leitor de classe média, por diferentes motivos ou questões de foro íntimo não gosta dos governos populares  (que irão beneficiarvocê), não vote no  oposto destes pois você,caso eles vençam será profundamente prejudicado em sua vida, devido as políticas de apartheid que eles irão implementar.
Que o caro leitor permaneça atento e saiba identificar, assim como tem feito até hoje, aqueles políticos e projetos de governo que irão contribuir para o crescimento do país, para  a redução das desigualdades sociais ( importante para a segurança e a convivência diária ) e também para o seu crescimento pessoal.
A grande batalha , que o caro leitor deve lutar, é a de superar de vez o neoliberalismo no Brasil e na América Latina. Para isso, derrotar a  grande imprensa, como fazemos diariamente é um ótimo exercício de cidadania.
Participe !

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Imprensa Afogada em Mentiras

A Imprensa Afogada em Mentiras

 

A imprensa no escuro


Por Luciano Martins Costa em 10/01/2013 na edição 728

Comentário para o programa radiofônico do OI, 10/1/2013

Há uma diferença fundamental entre os “apagões” de energia acontecidos na década passada e as oscilações ocorridas na rede no último trimestre: em 2001, o Brasil enfrentava as consequências da falta de investimentos em usinas e redes de distribuição; em 2013, o prolongamento do período de seca em algumas regiões obriga a colocar usinas térmicas em operação, o que pode reduzir os efeitos da política de redução de tarifas.
Com exceção do Nordeste, as chuvas estão voltando na maior parte do país, mas mesmo assim está mantido o programa de emergência e não há risco de faltar energia por deficiência de infraestrutura.
Evidentemente, cortes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, em decorrência de falhas técnicas, por efeito de tempestades ou acidentes, como ocorre em todo o mundo. No entanto, estamos longe do cenário pessimista desenhado pelos jornais nas últimas semanas.
Essas são algumas das afirmações feitas reiteradamente, ao longo da quarta-feira (9/1), em entrevistas na televisão e no rádio, por especialistas e autoridades do setor, convocadas pela presidente da República para desfazer o clima de apreensão criado pela imprensa. O resumo das entrevistas é claro: o Brasil não corre o risco de racionamento, mas os brasileiros precisam aprender a usar racionalmente a energia.
No entanto, os principais jornais de circulação nacional amanheceram na quinta-feira (10/1) martelando na tecla da crise. O ponto de referência da imprensa é o ano de 2001, quando tivemos a série de cortes no fornecimento de energia, afetando a economia e provocando transtornos em quase todo o país. Naquela época, porém, o Brasil ainda não possuía o sistema emergencial das usinas térmicas, o sistema de transmissão não era totalmente integrado e as tecnologias de controle de fluxo eram menos confiáveis. Assim, mesmo com seus reservatórios cheios, as geradoras do Sul do Brasil não tinham como amenizar a situação criada pela seca no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Todas as explicações oferecidas por autoridades, técnicos e representantes das empresas do setor parecem insuficientes para convencer os editores de que vivemos uma circunstância completamente diferente, com aumento de mais de 30% na demanda, mas com mais capacidade de geração e um sistema de distribuição mais integrado e eficiente.
Consumo consciente
Depois de insistir, nos últimos dias, na tese do apocalipse, o Estado de S.Paulo se vê obrigado a admitir a opinião de especialistas, segundo os quais o risco de racionamento é remoto. Mas segue colocando em dúvida a possibilidade de redução dos custos para empresas e residências ainda neste ano.
A Folha de S.Paulo esquece as profecias de racionamento e aborda a questão do preço da energia, observando que o governo deverá fazer um rateio do custo extra, representado pela eventual necessidade de manter as usinas térmicas em operação por um tempo prolongado, para assegurar o cumprimento da promessa de reduzir as tarifas.
O Globo mantém na primeira página o enunciado “risco de racionamento” e faz ironia, com a manchete: “Governo conta com térmicas e São Pedro”.
Há diferenças gritantes entre o colapso estrutural que se manifestou 2001 e o problema circunstancial de 2013. Em 1o de junho 2001, o governo federal foi obrigado a decretar o mais abrangente e rigoroso programa de racionamento de toda a história do país, para evitar que grande parte do território nacional ficasse no escuro.
As consequências da medida para a economia brasileira motivaram um grande número de pesquisas acadêmicas, e alguns estudiosos chegaram a calcular em 15% a queda da produção industrial no segundo semestre daquele ano, bem como um efeito arrasador no Produto Interno Bruto e na balança comercial. No entanto, ficaram sem grandes reflexões dois aspectos positivos da crise: a população brasileira foi apresentada ao conceito de uso consciente da energia e o governo seguinte foi alertado para a necessidade de corrigir os problemas estruturais do setor.
De fato, a obrigatoriedade de economizar 20% no consumo, imposta pelo racionamento, que se estendeu até setembro de 2002, estimulou a produção de equipamentos elétricos mais eficientes, e grande parte da população acabou entendendo seu papel na redução do consumo. Mas, na ocasião, foi fundamental o comportamento da imprensa, que poupou o quanto pôde o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e adotou galhardamente a campanha “sabendo usar, não vai faltar”, frase que ganhou espaço até mesmo nas revistas de decoração.
Mas eram outros tempos, outro partido no governo.


Os elétrons  correm pelos fios. Chegam nas instalações  das empresas globo. Iluminam as redações para produção de mentiras


Mais uma prova inequívoca da irrelevância da chamada grande imprensa no tocante as informações necessárias para a população.
Mais uma vez a imprensa faz comparações sobre situações e momentos  totalmente diferentes.
Mais uma vez a imprensa tenta colocar o governo como culpado de algo que não existe.
Mais uma vez a imprensa rejeita as informações corretas, fornecidas pelo governo, para seguir nas suas teses de desestabilização do governo Dilma.
Mais uma vez a rídicula imprensa se coloca no papel de partido político  de oposição  e tenta fazer política em sua expressão mais rasteira.
O jornal o globo, chega ao extremo ridículo de colocar em sua manchete de primeira página que o país depende de uma ajuda de São Pedro, para não ficar no escuro.
De verdade, nem uma coisa nem outra.
O país , hoje, tem as termelétricas a carvão e gas, que funcionam como uma reserva de segurança para situações em que as chuvas não aconteçam como ocorrem nos anos. 
No Brasil, a quantidade de termelétricas equivale a energia gerada por uma Itaipu, o que não existia em 2001, na época do apagão geral do governo de FHC.
As termelétricas foram construídas a partir de 2005, no governo popular e democrático do presidente Lula, e hoje funcionam como segurança em caso de períodos onde a chuva não ocorra.
Logo, o Brasil não precisa da ajuda de São Pedro, como afirma o globo, em manchete de primeira página, em uma das maiores mentiras e manipulações do jornaismo esgoto.
Cabe ainda lembrar que a geração de energia elétrica atrvés das hidroelétricas ( maior fonte no Brasil), depende , obviamente, de reservatórios  de água ( lagos) dos rios . Esses reservatórios são abastecidos pelas águas das chuvas que acontecem, regularmente, em épocas determinadas do ano em cada região do país.
No momento estamos na época das chuvas nas regiões sul e sudeste, que , neste ano, começam com um pouco de atraso.
Cabe ainda lembrar que outra fonte de geração de energia elétrica, a eólica, depende da existência de ventos. E ainda, a geração de energia solar, depende da incidência da radiação solar. Na nuclear e nas termelétricas( a gás ou carvão ) não existe a dependência das condições climáticas , porém seus efeitos poluidores são devastadores  e o custo  do Kwatt produzido é bem mais alto.
Ambas devem existir em uma matriz energética como segurança, entrando em operação quando as principais  fontes de geração limpas e ecológicas sofrerem  alterações por causa de condições climáticas.
O globo, ao que se escancara para todos, distorce completamente os fatos e ainda ignora o fato  das hidroelétricas dependerem das chuvas para abastecimento dos lagos, colocando tal fato como uma suposta incompetência do governo federal, quando a verdade é exatamente o oposto.
Estamos imersos em um período , onde a grande imprensa, com as empresas globo a frente  promovem a maior campanha de mentiras e desinformação para a população, tendo sempre como objetivo desestabilizar os governos populares e democráticos do PT.
Cabe ainda informar, que a presidente Dilma, também foi manchete de outra chamada de primeira página de o globo de hoje.
O Congresso e a Justiça da Venezuela, em perfeito respeito a constiuição daquele pais, resolveu adiar a posse do  Presidente Hugo Chavez.
O globo, com seus "especialistas" em constiuições , independente do país, não concorda com o adiamento, e em tom de critica acusa a Presidenta Dilma de ter concordado com a posição venezuelana.
Que o caro leitor  não se engane e fique bem atento.  Como estamos a pouco mais de 21 meses da próxima eleição presidencial, a imprensa fará o possível e o impossível  para impedir mais uma vitória do povo, do desenvolvimento do país, da inclusão social,
Para isso a campanha já começou, com um diferencial em relação as outras.
Desta vez o ódio é explícito, a mentira é escancarada e a justiça enxerga muito bem apenas aquilo que deseja enxergar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

São as Velhas Estruturas Desabando

São  as  Velhas  Estruturas  Desabando

08/01/2013 8:53 pm
Partido X inicia sua trajetória em busca de uma nova política na Espanha

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Legenda reúne ativistas do 15M e luta por democracia direta, uso da internet como ferramenta para participação dos cidadãos e transparência
Por Felipe Rousselet, com informações do El País

Partido X propõe uma nova forma de fazer política na Espanha (Foto: Reprodução)
Resultado da articulação política de integrantes do 15M e de movimentos que defendem a cultura e os softwares livres, o Partido X – El Partido Del Futuro foi apresentado nesta terça (8) na plataforma onde foi criado, a internet, com o lançamento de seu site.
Registrado pelo Ministério do Interior em 17 de dezembro do ano passado, o Partido X nasce regido pelos princípios da participação direta da sociedade na elaboração e aprovação de leis, da transparência e da utilização da internet como ferramenta de trabalho. O novo partido denomina o conjunto destes princípios com o termo “Wikigobierno”.
O objetivo do novo partido espanhol é assegurar que a população do país tenha o poder de decidir sobre políticas que a afetam diretamente. “Para decidir e impedir que a terrível crise nos afete, e sim que afete os especuladores que a causaram”, afirma o vídeo de apresentação do partido.
Apesar de ter muitos integrantes do 15M entre as 90 pessoas que passaram mais de um ano formulando o projeto do Partido X, os ativistas negam que o movimento virou um partido. “O 15M não quer ser um partido. Não quer e não pode ser representado. É imenso e mais variado que qualquer partido”, afirma o vídeo.
“Somos filhos de um momento histórico em que houve duas grandes revoluções: o 15M e as redes como espaço de organização”, disse um porta-voz do partido em entrevista ao El País.
O movimento 15M (que foi o destaque da edição 99 da Revista Fórum) surgiu, em maio de 2011, contra as políticas do governo espanhol, que sob a justificativa de combater a crise econômica, favoreceram interesses de grupos detentores do poder econômico em detrimento das necessidades da população.
Democracia Real
Sob o lema “Democracia y Punto” (Democracia e Ponto), o partido pretende levar para a Espanha iniciativas internacionais de intervenção cidadã na gestão de políticas públicas, com o objetivo de construir uma democracia real. “As migalhas de democracia não são suficientes”, frisou o porta-voz do partido.
Entre estas iniciativas internacionais, o Partido X destaca o Gabinete Digital, implantado pelo governo do Rio Grande do Sul, em 2003, que criou um canal de consultas públicas, recebimento de propostas e interação entre o governo estadual e a população gaúcha.
A nova legenda espanhola possui um notório diferencial em relação aos partidos políticos “tradicionais”: o apreço pelo anonimato dos seus integrantes. Até as eleições espanholas, a identidade dos seus partidários será mantida em sigilo. “Não queremos cair na lógica personalista dos partidos”, defendem.
O Partido X pretende construir sua proposta de programa de governo de forma colaborativa, incorporando iniciativas e propostas da sociedade civil. “Uma forma de fazer política aberta, horizontal, transparente, cooperativa e respeitosa”, afirma o site do partido.
Por fim, o vídeo de apresentação do Partido X define como deveriam ser os políticos: “Nem deputados, nem senadores. Funcionários públicos a serviço do bem comum.
X
Alvissareiras as notícias sobre criação de novos partidos e novas formas de fazer política.
Isso pode representar uma evolução  dos movimentos de indignados, no caso da Espanha, e dos outros de ocupação que vem varrendo o planeta.
Acrescente-se as estruturas desses novos partidos  a participação cidadã em todas as esferas de decisão, a internete como um meio consagrado e indispensável na vida de todos, e a transparência das informações ao melhor estilo wikileaks o que significa novas formas de apresentar e informar o cidadão.
Ainda se pode acrescentar o resgate da tradição grega na política, onde os políticos eram preocupados com o bem comum e literalmente amantes da sabedoria.
Alguns países escandinavos, até poucos anos atrás, não remuneravam os políticos.  Não se sabe se com o decadente neoliberalismo, que também infuenciou esses países , se o panorama mudou.
Um fato importante, que aparece não mais como tendência , é a evolução dos movimentos que ocuparam as ruas no início desta década, como novas expressões de partidos políticos.
Na Europa em crise, além do Die Link, do Partido Pirata, agora o Partido X, todos com forte presença jovem, é de se esperar, caso não sigam o caminho entreguista dos verdes, uma profunda mudança nos políticos , na política  em uma plataforma de democracia participativa.
A mensagem das ruas, das primaveras, vai ficando cada vez mais clara:
-totalmente contrárias as políticas neoliberais;
-por uma democracia participativa;
-políticos interessados no bem comum,
-a internete como uma realidade incontestável,
-uma imprensa que informe o cidadão
-defesa da cultura

domingo, 6 de janeiro de 2013

O Grande Circo e o Grande Negócio da Guerra ao Terror

O Grande Circo e o Grande Negócio da Guerra ao Terror




Balanço ambiental 2012: o avatar do clima

Os dados da Organização Metereológica Mundial, entidade composta por 2.500 cientistas de 185 países, monitoram 10 mil estações de observação baseadas em terra, sete mil baseadas em navios e 10 satélites, foram divulgados em Doha, no final do ano, durante mais uma conferência do clima. Foi o nono ano mais quente, desde 1850. Foram registrados eventos extremos notáveis, como ondas de calor na América do Norte e Europa, além da América do Sul. O artigo é de Najar Tubino.

Fazer o balanço do ambiente, pensando nos acontecimentos globais, não é uma tarefa fácil. Muito menos em termos regionais. Se levarmos em consideração o clima e as mudanças decorrentes, complica ainda mais. Não apenas pelos fatos, principalmente porque se transformou em uma discussão ideológica, acima de tudo. Quem defende a modernidade, o progresso, o crescimento da economia e, certamente as grandes corporações é contra o aquecimento global, o sintoma mais evidente das mudanças climáticas. Quem defende alterações no cronograma do atual sistema econômico, quer barrar projetos de todos os tipos, principalmente grandes obras de infraestrutura em regiões de florestas, é taxado de atrasado, emocional, babaca mesmo. Ou então de defender os países ricos, os maiores interessados em conter o desenvolvimento dos emergentes.

O Avatar do clima é a transformação, a metamorfose do Planeta, que a aristocracia financeira atual, proprietária dos lucros e dos investimentos da elite mundial, fundamentada num capitalismo esclerosado e no chamado crescimento ilimitado. Quer dizer, o limite desse processo. É a contagem regressiva, para acabar a festa e cair na realidade. Se chegarmos em 2030 com 1,7 bilhão de carros rodando por metrópoles enlouquecidas, consumindo 99 milhões de barris de petróleo por dia e 450 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera e, provavelmente, dois graus de temperatura acima, então o mundo não acabará, mas estaremos numa encrenca de arrepiar.

Parece um desatino
Esses são dados da Agência Internacional de Energia. Apenas os dois graus de temperatura fazem parte dos modelos de previsão dos cientistas e contempla a política de contenção dos europeus e outros envolvidos nas discussões climáticas. A temperatura média da Terra aumentou 0,5ºC, ou seja, está em 14,5 ºC. Aumentar até os dois graus em 20 anos parece um desatino. Porém, é exatamente isso, que a máquina de guerra do capitalismo faz diariamente. Por exemplo: a capacidade da produção de aço no mundo atingiu o pico de um bilhão e 800 milhões de toneladas. O consumo é de um bilhão e duzentos milhões de toneladas. Imagina quanto de minério de ferro precisa para produzir esse aço, quantos milhões de toneladas de lenha para tirar as impurezas do ferro, quantos caminhões e quantos navios transportarão. E até 2016 mais 100 usinas estarão funcionando no mundo, aumento em mais 350 milhões de toneladas.

E assim, montadoras como a Volkswagen, que pretende ultrapassar a Toyota como líder mundial, vai investir US$65 bilhões nos próximos três anos fora da Europa, em novas fábricas ou novas construções. E assim também cresce a produção de celulose, cuja capacidade aumentou 8% a nível mundial, e a demanda apenas 2%. A produção de papel passa de 50 milhões de toneladas. E Três Lagoas (MS), na fronteira com São Paulo, à beira do rio Paraná se transformou na “capital mundial da celulose”, com a recente inauguração da fábrica da Eldorado, novo negócio dos irmãos Batista, donos do Friboi, em sociedade com fundos de pensão e do BNDES.

Não sei se os “ranchos” que os donos têm na beira do Paraná serão abandonados, como consequência da poluição. As fábricas de celulose e o eucalipto invadiram o cerrado por uma questão de preços de terra e “menos burocracia” no licenciamento ambiental. Outro grupo paulista GMR, dono da Braxtel, vai construir uma fábrica em Gurupi (TO).
Balanço mundial

Na Europa ninguém quer saber dessas fábricas, nem mesmo os finlandeses e noruegueses especialistas e donos da tecnologia e dos equipamentos. Precisam de muita água, muita energia, e espaço para as “florestas” de uma árvore só. Sem contar a dioxina, que é uma substância liberada com a decomposição do cloro- usado no branqueamento da celulose. E que é cancerígena.

Vamos ao Avatar do clima. Os números de 2012. Os dados da Organização Metereológica Mundial, entidade composta por 2.500 cientistas de 185 países, monitoram 10 mil estações de observação baseadas em terra, sete mil baseadas em navios e 10 satélites, foram divulgados em Doha, no final do ano, durante mais uma conferência do clima. Foi o nono ano mais quente, desde 1850. Foram registrados eventos extremos notáveis, como ondas de calor na América do Norte e Europa, além da América do Sul. Seca nos Estados Unidos, Brasil e partes da Rússia e Europa Oriental. Inundações na região do Sahel africano, Paquistão e China. Depois neve e frio extremos na Rússia e Europa Oriental, como estão ocorrendo novamente neste início de 2013.

A Bacia do Atlântico sofreu uma temporada de furacões acima da média pelo terceiro ano consecutivo, com um total de 19 tempestades e 10 furacões, o principal deles o Sandy, provocou estragos em todo o Caribe e na costa leste dos Estados Unidos. O leste da Ásia também foi severamente impactado por tufões poderosos, o maior sendo o Sanba, que atingiu as Filipinas, Japão e a península coreana. O nível mais baixo da extensão de gelo marinho no Ártico chegou a 3,4 milhões de quilômetros quadrados no dia 16 de setembro. A marca é 18% menor do que a de 2007.

“- A taxa alarmante de derretimento vista neste ano destaca as transformações que estão acontecendo na biosfera e nos oceanos, as mudanças climáticas estão ocorrendo diante de nossos olhos”, disse o secretário da OMM, Michel Jarraud.

A concentração dos três principais gases de efeito estufa – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – alcançaram os maiores níveis em 2011, e o CO2 atingiu a marca de 390,9 ppm, uma elevação de quase 100%, considerando os 277 ppm da era pré-industrial. O volume anual de CO2 acumulado é de 36 bilhões de toneladas. Seguindo nesse ritmo teremos 56 bilhões em 2020. Em 2011, ocorreram 320 desastres naturais, que geraram US4366 bilhões de prejuízos.

Em 2012, estávamos sobre efeito do La Nina, que esfria as águas do Pacífico, maior oceano do mundo. Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) mais de 400 espécies de animais e vegetais foram incorporadas à lista de espécies que correm risco de desaparecer. A lista abrange 65.518 espécies, 20.219 em perigo de extinção, 4.088 espécies estão criticamente ameaçadas, 5.919 em perigo e 10.212 vulneráveis na natureza. Madagascar têm 192 espécies únicas de palmeiras e 80% em risco de extinção. Pela extração de madeira e plantio de dendê, a palma asiática.

Situação da Amazônia
Para completar o quadro dos números, um balanço que a Rede Amazônica de Informações Georrefenciadas (Raisg), sobre a situação da Amazônia na sua totalidade, incluindo os nove países onde ela está presente. O Maior é o Brasil com 64,3%, seguido pelo Peru com 10,1%, Colômbia 6,2%, Bolívia 6,2%, além de Equador, Guiana, Suriname, Venezuela (5,8%) e Guiana Francesa.

Entre 2000 e 2010 foram suprimidos da Amazônia 240 mil km2 de florestas. Está no relatório: “as pressões e ameaças à Amazônia indicam que as paisagens de florestas, a diversidade social, ambiental e de água doce, estão sendo substituídas por paisagens degradadas, savanizadas, áreas mais secas e homogêneas.”. Os 240 mil equivalem ao território do Reino Unido. As ameaças têm origem, nome e sobrenome. São construtoras interessadas em estradas, mineradoras atrás das riquezas do solo amazônico – praticamente todos os metais -, petroleiras atrás do óleo negro e de gás e as construtoras novamente encarregadas das obras de hidrelétricas. Além do agronegócio, inclui pecuária, soja e eucalipto, que causa diretamente desmatamento e queimadas.

O estudo “Amazônia sob pressão” dispõe de 55 mapas, 61 tabelas, 23 gráficos e 73 fotografias. Mostra os 7,8 milhões de km2 da Amazônia em detalhes, com suas 12 macrobacias e 158 sub-bacias, compartilhados por 1.497 municípios, 68 departamentos/estados/províncias e seus 33 milhões de habitantes, 385 povos indígenas, 610 áreas de conservação e 2.344 terras indígenas.

Modus operandi
Vinte e quatro empresas exploram petróleo nos países amazônicos, nove controlam 78% dos lotes. São 81 em exploração e 246 com potencial. No Peru 66,3% dos lotes estão em terras indígenas. Quase 21% do território amazônico têm áreas em que o setor de mineração quer atuar, significa interferir em 15% das áreas protegidas e 19% dos territórios indígenas. Em toda a Amazônia existem 171 hidrelétricas em operação ou em construção e 246 planejadas ou em fase de estudo. Brasil, Bolívia, Colômbia e Equador registram maior índice de desmatamento.

“-Se todos os interesses econômicos que se sobrepõem se concretizarem nos próximos anos até metade da Amazônia poderá desaparecer, vai se tornar uma savana com ilhas de florestas”, comentou o coordenador geral da Raisg, Beto Ricardo.

Aproveitar a proximidade geográfica para incluir alguns dados do Pantanal. A pesquisadora da Embrapa, Débora Calheiros, de Corumbá, tem coordenado uma série de denúncias do que está acontecendo na região com a construção de pequenas centrais hidrelétricas. O que parece ser uma boa ideia vira um pesadelo, quando registraram 135 projetos ao longo dos rios da bacia do Paraguai, a maior da região, sendo 44 em funcionamento. Sem contar o desmatamento para plantio de soja que na área do planalto, no Mato Grosso, já atingiram índices de 60 a 80%, principalmente nas nascentes do rio Paraguai, uma área de quatro mil hectares onde 90% da mata original foram detonadas.

O Pantanal já registra um desastre ambiental no rio Taquari, onde cerca de 700km foram soterrados, ele invadiu outras áreas, saindo do leito. Terra levada pelas chuvas das lavouras da região de Rondonópolis, principalmente.

“- O Pantanal é como um prato, pois é uma região plana e baixa. Mas o que ocorre na borda, reflete no centro. Por isso, no fundo do prato pode estar tudo bonito, mas quando se vê as nascentes, a situação é alarmante”, comenta Glauco Kimura, do WWF.

Ainda na Amazônia, o que não está na estatística, mas vem sendo denunciados por várias entidades, é a atividade de garimpos ilegais de ouro na bacia do Tapajós. Não é nada pequeno, o jornal Valor Econômico esteve na região recentemente, noticiou a presença de 60 mil pessoas na Bacia do Tapajós. Inclui não somente balsas, que custam em torno de R$600 mil, mas também cerca de 150 retroescavadeiras, para cavar mais fundo nas margens dos afluentes do Tapajós. A fome juntou com a vontade de comer, como diz o velho ditado. Primeiro criaram uma zona tampão das unidades de conservação da região, para a construção das futuras usinas do Tapajós, a maior delas, São Luiz, com mais de seis mil MW, entrará em licitação em 2013.

A grama do ouro custava US$445 a onça (31,10 gramas) em 2005, agora passou dos US$1.600. Na Volta Grande do Xingu, a Secretaria do Ambiente do Pará concedeu autorização para a empresa canadense Belo Sun se instalar na região. Pretende explorar 4.684kg por ano e investir US$1 bilhão. Nem o governo federal sabia do projeto. A empresa só tem licença para pesquisar, do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral. No Brasil as empresas canadenses – Kinross, Yamana, Jaguar Mining e Aura Gold – extraem 90% do ouro brasileiro, mais exatamente, 65,2 toneladas em 2011. O mercúrio e o cianeto usados na separação do ouro ficarão nos rios.

Na Terra do Meio, no Pará, que também nesta nas estatísticas, uma frota de caminhões, maquias carregadeiras, funcionam dentro de áreas de conservação, como a reserva extrativista do Riozinho do Anfrísio, como denunciou o Instituto SocioAmbiental, em carta endereçada ao governo federal.

“-Centenas de quilômetros de estradas dentro de áreas públicas, mobilizando uma frota de maquinários e um exército de trabalhadores, transportam continuamente cargas de toras de madeiras, pesando milhares de toneladas, processando as toras em grandes serrarias, localizadas nas cidades da região, e finalmente embarcá-las “legalmente” nos portos regionais. Não há como não indagar como um esquema desta magnitude consegue se manter impune a despeito de tantas denúncias já feitas”.

Três melancolias
A ONU decretou 2012 como o ano das energias renováveis. No mundo 1,5 bilhão de pessoas não tem luz elétrica, 400 milhões de indianos. Ainda cozinham com lenha ou estrume de boi. O consumo de energia dos combustíveis fósseis terá que ser reduzida em 40% e pelo menos 30% do consumo terá que ser de fontes renováveis nos próximos 20 anos. Num ano em que ocorreram três conferências mundiais, a Rio +20, a de Biodiversidade, em Hydebarad, na Índia e do clima em Doha, no Catar, país que tem o maior índice de emissores de gases per capita – além de ser um dos maiores em reservas de gás metano. Três finais melancólicos, para resumir. Sem conclusões, com adiamentos, o clima para 2015, o da Biodiversidade com promessas de investimentos dos ricos, no Rio o discurso da economia verde. O Avatar do clima não combina mais com promessas. A burocracia diplomática podia fazer videoconferência e economizar os recursos para outras causas. É muito mais do que evidente que os países ricos e desenvolvidos, agora encalacrados numa crise econômica, não têm nenhum interesse em criar novas barreiras e taxações, ou investimentos, que não sejam na aristocracia financeira.

Se metade do gelo do oceano Ártico sumiu em 30 anos, melhor porque vai diminuir a viagem dos navios em três semanas, na rota para a Ásia. Em 2012, 46 navios fizeram isso. Economia de US$3 milhões por viagem. O navio ObRiver levou um carregamento de gás liquefeito para a empresa japonesa Kyushu Eletric Power, para abastecer uma usina. Em 2010 apenas quatro navios fizeram a rota. Quem fretou o navio foi a Gazprom, estatal da Rússia, que junto com a Schell já começou a perfurar poços de petróleo na Groenlândia, uma ilha que pertence à Dinamarca, mas que pretende se emancipar. Já vendeu 150 licenças para exploração mineral.

“-Para mim, diz o dono da Nunam Minerals, Ole Christiansen, maior mineradora da Groenlândia, eu não ligaria se toda a camada de gelo desaparecesse. Temos uma geologia a explorar, novos minerais”.
O Ártico, segundo o departamento estadunidense de geologia, tem 20% das reservas de petróleo do mundo.

Se perguntarem para ele o que é albedo, o reflexo da luz solar visível que o gelo produz, e o significado para o clima do próprio Hemisfério Norte, ele não saberá. Ou que o metano vai ser liberado, ao mesmo tempo em que o gelo desaparece, no permafrost, o solo que surge com o descongelamento. Mineradoras, petrolíferas, construtoras, agronegócio querem executar sua santa missão sem empecilhos. E ainda contam com a cobertura, pequena digamos, de alguns cientistas e polemistas que pregam o evangelho do mercado.

O norueguês Born Lomborg, também apelidado de o “ambientalista cético”, o físico Richard Lindzen, do instituto tecnológico de Massachussets, que assinou um artigo com outros 16 pesquisadores no The Wall Street Journal , do bilionário da mídia Rupert Murdoch, também dono da Fox News, onde o aquecimento global não existe, e mudanças climáticas faz parte da campanha de lunáticos e comunistas.No Brasil, um dos mais falantes é o professor da USP, Ricardo Augusto Felício, climatologista, que foi duas vezes à Antártica e confirmou que lá estava esfriando mais.

Pensei em criar, nesta questão, a definição de pesquisador bufão, o antigo bobo da corte, em função das declarações científicas do professor.

- O aquecimento global é conversa para boi dormir... Protocolo de Kyoto é uma grande besteira...o buraco na camada de ozônio é algo equivocado...mudanças climáticas não é teoria da conspiração é pura mentira...o planeta vai muito bem obrigado, vai continuar por aqui, quando
nós já tivermos desaparecido...já existe bactéria que come petróleo...”.

Fiz uma síntese do que ele tem verbalizado. Começando pelo currículo, todos os especialistas nessa área, climatologistas, meteorologistas, físicos, químicos, biólogos – o assunto é tratado em várias áreas acadêmicas- são formados nas melhores universidades do planeta. Existem grupos em todos os cantos. Nos principais centros de clima, como o Hadley, da Inglaterra, o Max Plant, na Alemanha, o Laboratório Nacional Lawrence Livermoore, na Califórnia, entre outros tantos, mas ninguém faz piada com o assunto. Modelos de cálculo metereológico existem 10 bem conhecidos, conforme Tim Flannery, autor de “Senhores do Clima”, já lecionou em Harvard. Todos inserem evidências, dados empíricos para fazer previsões.

Alguns, como o coordenador do programa antártico brasileiro, pós-doutor, Jefferson Cardia Simões e um grupo de pesquisadores brasileiros, fazem incursões perigosas, por vários dias a 670 km dentro do polo Sul, para instalar um módulo que manda informações climáticas a vários pesquisadores no mundo. Ele já foi 19 vezes à Antártica. E fala do clima que é um sistema único, que está sendo aquecido, que o gelo da Antártica é muito grande, 90% do gelo do planeta, por se tratar de um continente imenso, mas que tem 3 a 4% mais sensíveis a mudanças de temperatura e derretem, estão derretendo. Assim como as geleiras de superfície, nas montanhas, desde o Himalaia, os Andes, ou em Montana, nos Estados Unidos, onde no final do século XIX existiam 150 no Glacier Park, e hoje são 35, com apenas uma fração do que eram. São as mais estudadas pela facilidade de acesso.

Para quem não sabe o mundo vai acabar mesmo daqui há cinco bilhões de anos, quando não haverá mais gás hélio no sol, ele se transformará numa estrela anã, e todos os planetas perderão o rumo na via Láctea. E que estamos na metade da vida solar, e que a Terra tem 4,6 bilhões de anos, e a vida está presente na superfície há quase quatro bilhões de anos. Mas isso não é motivo para dar um atestado de insanidade mental, para que a máquina de guerra acabe com os ecossistemas que sustentam à vida no planeta, em poucos anos. Simplesmente porque alguns vão faturar e enriquecer. E a grande maioria sofrer e perecer.

Outro argumento é que os ricos querem barrar o crescimento da economia dos emergentes. São as corporações multinacionais, com pequenas exceções nacionais, que lideram o crescimento e o faturamento, mandando os lucros para as matrizes. E ainda deixando o lixo e a poluição no local, entre os muitos desarranjos que provoca.

Negar o Avatar do clima é tragicomédia, é coisa de bufão mesmo. O resto, o
povo sente e os pesquisadores, que trabalham no silêncio estão mostrando a toda hora, em muitos cantos desse planeta, sem estardalhaço, nem afetação.



Quando Reagan e Bush Resolveram Esconder o Conhecimento Científico




No iníco dos anos da década de 1970, mais especificamente quarenta anos passados, três cientistas receberam o prêmio Nobel por seus estudos sobre o efeito de estufa e a camada de ozônio. 
Durante a década, que inaugurou em 1972 a primeira grande conferência sobre o meio ambiente e ecologia, em Estocolmo, diversos estudos, pesquisas e ações foram tomadas em prol de um novo modelo de compreensão da natureza assim como novas formas de extração, produção, troca e distribuição de bens.
Nos EUA de Nixon, diversas ações foram apoiadas pelo governo, leis foram criadas, agências para controle ambiental, caso da EPA, e até mesmo a casa branca implantou, a título de exemplo,equipamentos para geração de energia por fonte solar. Até final da década as ações cresciam, assim como planos estratégicos para o futuro.
A partir da década de 1980, com a chegada de Reagan, todos os projetos foram cancelados, alguns adiados , outros ignorados e até mesmo os equipamentos para geração de energia por fonte solar da casa branca foram retirados.
Iniciava-se uma nova e obscura era, a era do neoliberalismo, com um forte retorno a um conservadorismo retrógrado. 
Coincidência, significativa ou não, o período coincidiu com a eleição de Margareth Tatcher, de João Paulo II, o assassinato de John Lennon e o surgimento do virus da AIDS. 
Com um violento freio nas novas idéias derivadas de conhecimento científico, pouco se avançou na década, no tocante as questões ambientais, mas mesmo assim em 1987 era firmado o protocolo de Montreal, que dentre outras coisas, determinava que a produção do gás di-cloro, di-fluor metano,vulgarmente conhecido como CFC, estaria proibida nos países desenvolvidos e ainda estabelecia um prazo, mais longo, para a proibição nos países em desenvolvimento. 
Estava em questão a destruição de parte da camada de ozônio, na ozonosfera terrestre, devida ação humana. 
Estabeleceu-se um novo produto, os hidro cloro fluor  carbono, HCFC, em substituição aos CFC's, assim como um prazo para utilização somente do no produto.
Com a chegada da década de 1990 e a queda dos regimes comunistas, e a suposta vitória do núcleo duro do capitalismo, os EUA resolveram apresentar, somente nas aparências, uma nova imagem ao mundo. 
O saxafonista Bill Clinton e seu vice ambientalista de carteirinha , Al Gore, chegavam ao poder. 
Uma imagem de juventude e supostamente de vanguarda.
No ano de 1992, com a segunda conferência sobre ecologia e meio ambiente, a ECO-92, no Rio de Janeiro, o tema esteve, obviamente em foco,e algum projetos foram assinados, como a Agenda 21, mais , hoje, sabemos que muito pouco foi conseguido.
Enquanto isso um grande número de cientistas trabalhava, como o aval da ONU, em estudos sobre o aumento do efeito de estufa e as alterações climáticas. 
Mais precisamente dois mil e quinhentos cinetistas de todas as partes do planeta.
O resultado foi revelador. 
Em 1995, concluiram que a atividade humana, e não fenômenos naturais com argumentavam principalmente as grandes empresas, era a responsável pelo aumento do efeito de estufa terrestre e consequentemente a temperatura global.
O tema passou a ser mais discutido em muitos fóruns, apesar do boicote da grande imprensa sobre o assunto, e cada vez mais chegava-se a conclusão, assim como ocorrera na década de 1970, que seria necessário uma total transformação nas formas de produção de bens, extração de recursos , geração de energia e estilos de vida. 
Isso acontecia exatamente quando o "fantasma" do comunismo tinha desaparecido. T
Toda a discussão colocava em cheque o capitalsimo, a economia, até então "vencedores" e hegemônicos.
Já fazendo água por muitos anos, o neoliberalismo começou a ser questionado em fóruns e nas ruas , no final daquela década, mas não necessáriamente  por conta do conhecimento científico acumulado sobre as questões ambientais. 
Eis que , já na década de 2000,  com os protestos contra o neoliberalismo aumentando em todo o mundo, chega ao poder nos EUA em uma eleição estranha, para não dizer fraudulenta, o mega reacionário George W. Bush, mais conhecido como A Besta, ou Bush II. 
Saiam de cena a "juventude" e a "vanguarda" de Clinton e Gore, e chegava  o presidente de guerras, como ele mesmo se autodenominou.
Nos pŕimeiros seis meses de seu governo, Bush II cancelou e/ou não ratificou todos os acordos, ou a maioria deles, sobre questões ambientais e climáticas, com o argumento que mais estudos seriam necessrários para comprovar tais teses . 
As corporações gostaram.
Mais precisamente no início de seu nono mês de  governo, os EUA, a maior potência militar do planeta, o maior arsenal de armas incluindo nucleares, o maior sistema de defesa, é atacado, em casa, por simples aviões comerciais que produziram para o mundo imagens que nem a indústria cinematográfica americana previu. Uma questão , ainda sem a correta resposta , tomou conta do mundo:
Seriam eles, os americanos, grandes trapalhões ou aqueles ataques as torres teriam sido uma obra caseira ?
Independente das respostas, o que se viu , depois , foi mais um grande e profundo mergulho no conservadorismo reacionário, onde uma guerra constante e infinita ao "terror", nas palavras de Bush II,  estaria em prática. Mais uma vez, assim como com Reagan no início dos anos da década de 1980, Galileus e Giordanos Brunos  foram condenados e, em nome de uma guerra ao terror, que na verdade e de fato existe principalmente pelos estados terroristas dos EUA e Israel, o mundo, com os aplausos do Vaticano, das grande corporações, dos conglomerados midiáticos, mergulha em mais um período de trevas, onde os líderes marionetes desempenham seu papéis no grande circo mundial.




sábado, 5 de janeiro de 2013

Pagodinho Agiu. Huck Procura Vantagens

 Pagodinho Agiu.  Huck Procura Vantagens

Por O Escritor
Via site do Nassif
A marota forma de ajuda de Luciano Huck
Sinceramente, não sei o que pensar sobre isso. Peço ajuda.
Luciano Huck é sócio do Peixe Urbano, um site de compras coletivas. Em dezembro último, o apresentador da Globo usou o Twitter para tentar bater o recorde de vendas de cupons no site:
“O apresentador Luciano Huck – agora sócio do site de compras coletivas Peixe Urbano – usou pela primeira vez o Twitter para impulsionar a venda de cupons de desconto – e quase conseguiu o que queria: superar o recorde de vendas do site.”
http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/08/luciano-huck-ja-usa-o-twitter-para-vender-seu-peixe/
Ontem, ele postou esta mensagem no Twitter:
Luciano Huck
“Quer ajudar, e muito, as vítimas da serra carioca [sic]. Via @PeixeUrbano, vc compra um cupom e a doação esta feita. http://pes.ca/gZ2Ibb
http://twitter.com/#!/huckluciano/status/26377814122962944
A compra dos cupons, segundo o site, reverterá em benefício de duas ONGs que estão ajudando as vítimas das enchentes. Parece bonito, mas não é.
Primeiro, é necessário ir ao site do negócio de Luciano.
Depois, é preciso se cadastrar no site. E então comprar um ou mais cupons de R$10,00.
Ganha Luciano porque divulga o seu negócio (mais de 7.000 RTs até agora), cadastra milhares de novos usuários em todo o Brasil, familiariza esses usuários com os procedimentos do site, incentiva o retorno e aumenta absurdamente o número de cupons vendidos – alavancando o Peixe Urbano comercial, financeira e mercadologicamente. Além do ganho de imagem por estar fazendo um serviço público (li vários elogios nos RTs).
Sabe-se lá como será contabilizado ou fiscalizado o total recebido como doação e repassado para as duas organizações parceiras. O usuário não tem nem terá acesso a esses dados internos.
Supondo que todo o montante arrecadado chegue às vítimas, se for mesmo o que estou entendendo, trata-se da mais sórdida exploração da desgraça alheia que já presenciei em toda a minha vida.
As pessoas que estão doando seu dinheiro, seus produtos, seu tempo, suas habilidades e sua atenção aos desabrigados e às vítimas não estão pedindo nada por isso, não estão ganhando nada com seu gesto de solidariedade, não estão usando essa tragédia para obter nenhuma forma de lucro pessoal. Fazem o bem porque são humanas, ficaram chocadas com as imagens e as informações, se sensibilizaram com o sofrimento alheio. Ajudam por solidariedade, empatia e até por desespero.
E a maioria delas não tem quase nada na vida, em comparação com o apresentador da Globo.
De todas as iniciativas já divulgadas até o momento, só a de Luciano Huck visa primeiramente ao lucro pessoal, para depois, secundariamente, resultar numa ajuda social.
Quando um tsunami matou 200 mil pessoas no sudeste da Ásia, em 2004, recebi um e-mail de um escritor inglês pouco conhecido, no qual se fazia a oferta: “Compre um dos meus livros, e eu doarei 30% do valor para as vítimas da tragédia”. Saí da lista do explorador barato na hora, mas a favor dele contava o número reduzido de destinatários da mensagem.
Luciano Huck tem 2.600.000 seguidores no Twitter: é este o público-alvo do seu apelo interesseiro. Pode não bater o recorde de cupons, desta vez, mas temo que tenha batido o recorde da safadeza. Aceito argumentos que me provem o equívoco dessa suspeita.
Depois dos R$24 milhões entregues pelo Estado à Fundação Roberto Marinho, dinheiro originalmente destinado à contenção de encostas e às obras de drenagem, mais esta. Turma da Globo, vocês pensam que estão apenas lucrando com as águas, mas na verdade podem estar brincando com fogo.


O tempo Como Revelador


Todas as campanhas e iniciativas oriundas da tv globo e parte de seus funcionários, tem um caminho complexo, estranho e nem sempre claro. Talvez seja proposital, para alimentar e obter alguma vantagem, pois assim se expressa a tv dos marinhos. No jornalismo, tudo é preparado para omitir, iludir, manipular, perseguir, editar e até mesmo criar notícias. A técnica sempre segue uma linha onde qualquer questionamento pode ser rebatido pela emissora, e o entendimento das notícias como armações é atribuido a supostas paranóias ou perseguições de adversários da tv globo. Tudo tem pelo menos dois sentidos, duas oportunidades, várias justificativas. Com pouco tempo fica difícil acusar a emissora, mas com o passar dos anos e as frequentes repetições o modus operandi das armações revela, pelo menos, uma linha de atuação que se repete. O programa Criança Esperança, independente da boa fé de seu principal personagem, foi acusado de ter sido  usado pela emissora como um caminho ilegal para sonegar o imposto de renda.  Os programas onde existem pesquisas de opinião através de telespectadores, com ligações telefônicas com um custo, encobrem outros objetivos e ainda o resultado de tais pesquisas seguem sempre os intereses da emissora. Agora surge uma denúncia, envolvendo o "ético" Luciano Huck, que supostamente estaria se aproveitando de uma tragédia  para obter, pelo menos, vantagens futuras. O modo de operação é o mesmo em que outras denúncias foram feitas. É provável inclusive, que em sua defesa, quando emparedada, a tv dos marinhos jamais se considere em operações e práticas ilegais, antéticas ou imorais , podendo até mesmo admitir que sua conduta seja amoral, mas jamais imoral ou ilegal. Caminhando por uma linha que separa dois caminhos sólidos e seguros, a tv globo, em função das circustâncias se desloca para um dos lados, ficando sempre do lado "correto" , mas correndo o risco de um dia cair feio. A repetição de inúmeras mentiras diárias que a tv globo, por anos,  destila para perseguir seus adversários, também revela outros aspectos da cultura organizacional da emissora e seus valores. A repetição também tem a outra face, que expõe as armações das empresas globo. É lamentável, e motivo de nojo, que um funcionário da emissora queira auferir vantagens pessoais por conta de uma tragédia que choca o país. Que fizesse o que fez o cantor Zeca, saindo em ajuda dos necessitados e disponibilizando a própria residência para desabrigados. Ou  organizando, diretamente, uma central no local da tragédia para receber donativos, previamente especificados e que não fossem em dinheiro, que seriam imediatamente destinados aos necessitados.  Agora, pedir doação, em dinheiro, em site de sua propriedade, cadastrando os doadores em benefício próprio e ainda envolvendo outras organizações para efetuar a compra de mantimentos necessários, que depois serão transportados para os necessitados, não me parece o caminho mais racional para quem , de fato, se sensibiliza com a tragédia e deseja ajudar . Acrescente-se a tudo isso o fato de Luciano Huck  ser funcionário de uma empresa que dispõe de recursos suficientes para  montar uma estrutura , mesmo de campanha, para ajuda aos necessitados das enchentes. Esses caminhos tortuosos, estranhos, obscuros, sempre se repetem em muitas ações da tv globo, assim como as mentiras diárias para perseguir seus adversários. O tempo é o maior revelador.