quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Grande Imprensa. Os Salafrários Que Exigem Ética

Grande Imprensa.  O Salafrários Que Exigem Ética

 

Imprensa e eleições, nada a ver

Por Luciano Martins Costa em 17/12/2012 na edição 724
Comentário para o programa radiofônico do OI, 17/12/201
A pesquisa da Folha de S. Paulo sobre perspectivas para as eleições presidenciais de 2014 teve pouca repercussão na imprensa. Curiosamente, após fazer do assunto sua manchete no domingo (16/17), o próprio jornal paulista que o gerou o abandonou em seguida em sua edição digital.
Os leitores seguiram a apatia dos editores e também se abstiveram de fazer comentários sobre o tema, o que causa estranheza, uma vez que, pela própria ação da imprensa, o assunto deveria suscitar mais controvérsias.
Os números captados pelo Datafolha confirmam o que qualquer pessoa mais ou menos informada pode adivinhar: a popularidade e o alto índice de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff a credenciam como favorita para sua própria sucessão. De certa maneira, porém, não seria surpresa se as chances de eleição do ex-presidente Lula da Silva se apresentassem reduzidas a esta altura do tempo, em função do incessante bombardeio que lhe faz a imprensa, por conta de denúncias sem trégua.
Espaços fartos
“Se eleição fosse hoje, Dilma ou Lula venceriam”, disse a manchete da Folha no domingo (16). No mesmo subtítulo, o jornal junta o tema predileto da mídia nacional, acrescentando que “aumenta a percepção de corrupção no governo”.
No texto principal, estão agrupados os dados sobre a grande dianteira de Dilma e Lula na preferência dos eleitores, os indicadores de desempenho do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e, pela primeira vez numa pesquisa eleitoral, o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Não poderia haver maneira mais explícita de apresentar a própria opinião do jornal: a Folha, como toda a chamada grande imprensa nacional, acreditava que ela própria, por meio do noticiário intenso sobre escândalos de corrupção, estaria construindo os fatores de escolha do eleitor para a próxima sucessão presidencial.
A inclusão do nome de Joaquim Barbosa só se explica pela exposição que lhe tem dado a mídia no julgamento da Ação Penal 470: ele seria, na análise da mídia, o ator a personificar a moralidade pública, diante do aparente desmoronamento de toda decência na política.
No entanto, as lições que a pesquisa Datafolha nos traz são que, ou a sociedade brasileira não se importa com a corrupção – o que é desmentido pela própria imprensa em reiteradas pesquisas – ou a sociedade brasileira não se importa com o que diz a imprensa.
O fato apresentado pela pesquisa é que, com Dilma ou Lula candidatos, o Partido dos Trabalhadores venceria a eleição em primeiro turno e que os partidos de oposição não têm grandes perspectivas com Aécio Neves, que foi lançado como alternativa pela imprensa quando governava Minas Gerais e costuma ganhar espaços generosos na mídia toda vez que se manifesta em público.
Os votos de Marina 
Os baixos índices de voto atribuídos ao presidente do STF também reforçam a percepção de que, embora ungido herói da moralidade e paladino da Justiça, Joaquim Barbosa não é visto como possuidor dos atributos adequados para dar continuidade às políticas que fazem de Lula e Dilma campeões de aprovação e popularidade.
Não é que a sociedade brasileira não concorde com o combate à corrupção: o que aparece claramente na pesquisa é que a população não concorda com a versão escandalosa que lhe apresenta a imprensa.
Uma clara demonstração dessa possibilidade é o fato de que, entre os candidatos que podem ser vistos como alternativa ao modelo de governo do PT, apenas a ex-ministra Marina Silva, ex-petista, aparece com chances de vitória. Se Joaquim Barbosa, pela ordem, e Aécio Neves, que são presenteados com grandes porcentagens de referências positivas pela imprensa – com imenso destaque para o presidente do Supremo – não sensibilizam o eleitor, o que explicaria o aparecimento da senadora acriana, que não conta com visibilidade sequer aproximada, como a maior preferência do eleitor depois de Dilma e Lula?
Claramente, a imagem de Marina Silva corresponde à da personagem política da mudança. Marina representa a ética, não a moralidade apresentada pelos jornais. Mulher, pobre, parda, vinda de uma região remota, para os padrões da imprensa nacional, militante de direitos humanos e ambientais, ela não se enquadra em nenhuma das métricas de uma imprensa que privilegia a economia de mercado, contempla exclusivamente o sudeste industrializado e mal consegue dissimular certos preconceitos sociais.
Em resumo: a pesquisa Datafolha revela que a imprensa não faz a menor diferença na hora da escolha do eleitor.
Notícia do globo: Lula foi visto em Marte

A grande imprensa brasileira vive seus dias de apocalipse maia.
Com um calendário de notícias defasadas, talvez esteja realmente próximo do fim, assim como o mítico gorila assustado causando problemas pelas ruas de Nova York antes do desfecho inevitável.
A pesquisa do Data Folha, do jornal Folha de SP, Folha ou Falha ?, deve ter enlouquecido, ainda mais, os feiticeiros das redações.
A grande imprensa pode ser comparda a um vendedor de jornais de rua, em um local onde a pessoa mais próxima está a mil quilômetros. Ou ainda a um fanático pregador religioso, que durante vinte anos prega sua doutrina no mesmo lugar sem que ninguém preste atenção nele.
A grande imprensa não sabe, ou não quer saber, ou não pode saber, que os anos da década de 1950 e Lacerda hoje são imediatamente diluídos nas tecnologias de informação e comunicação.
Até mesmo comunicadores de emissoras de rádio, como Antonio Carlos da rádio globo, que tanto sucesso fez com domésticas, donas de casa,  porteiros de edifício,trocadores de ônibus, oficinas mecânicas, vendedores ambulantes, balconistas de lanchonetes, etc... hoje vê seu público migrar para computadores e outros aparelhos. No programa do brioso comunicador, que já foi enredo de escola de samba já que ele pagou prá isso, mesmo que diga o contrário, as dicas de possibilidades astrais se resumem as  informações, nem sempre precisas e muito menos exatas, da folclórica Zora Yonara. Seu público sabe que na internet existem milhares de Zoras e  que ele pode escolher a previsão que mais lhe interessar. Assim como receitas de quitutes, quase sempre vulgares, insalubres e nada saudáveis, podem ser encontrados em grande quantidade na rede. Até mesmo para os fiés ortodoxos da classe de porteiros de edifícios, bíblias digitais já estão disponíveis.
Isso é fato. Alie-se a esta realidade o fato de que a grande imprensa mente, omite, distorce e manipula as informações. O resultado não poderia ser outro. Uma queda ampla, gradual e irreversível na audiência e na credibilidade dos grande veículos de mídia, apesar dos esforços, sempre aplaudidos, de Fátimas Bernardes e outros profissionais de mídia em manter as aparências.
Durante os últimos vintes anos a grande imprensa realizou uma proeza fantástica, que certamente , hoje, cobra-lhe um preço alto por conta de suas travessuras e estripulias midiáticas informativas.
Durante os anos de governo dos tucanos, precisamente de 1995 a 2002, essa imprensa blindou o governo federal de qualquer notícia ruim ou comprometora para o governo. Ao mesmo tempo, passava para a população a idéia de que o país seguia firme, próspero e seguro no rumo do crescimento e do desenvolvimento. Não era verdade. Durante esse período o país quebrou três vezes, assim como Pedro que negou Cristo por três vezes, e os fatos foram minimizados enquanto informação para a população. Também durante esse período, o governo federal adoçou inúmeros parlamentares para que a emenda de releição presidencial fosse aprovada, como foi, e favorecesse o então presedidente em suas releição.
E quem não se lembra, ainda no governo dos tucanos da famosa frase do presdidente FHC:
" é preciso ser complacente com a corrupção  caso contrário não dá para governar" .
Durante esses anos a imprensa também quebrou, e foi com ajuda de dinheiro destinado a programas sociais, que a imprensa conseguiu financiamento para se equilibrar. Deve até hoje, e não se sabe se pagará.
Com a chegada dos governos populares e democráticos do PT, a partir de 2003 e até os dias atuais, a situação se inverteu completamente, tanto na realidade vivida pelo povo, quanto nas informações disponibilizadas pela grande imprensa.
Declaradamente de oposição e até mesmo hostil, violenta e agressiva, com os governos do PT a imprensa passou a omitir , sistematicamente, os avanços e ganhos do país e também empreendeu uma campanha obsessiva para destruir, ou destituir todo e qualquer governante do PT. O processo encontra-se , hoje, na fase de denúncias de corrupção, isso já depois de a imprensa e a oposição terem sofridos várias derrotas em eleições.
Martelando diarimente notícias, opiniões e suposições que visem enfraquecer o governo e ao mesmo tempo omitindo a real situação do país e do povo, a imprensa acreditou que poderria mudar o jogo. Errou.
Nas pesquisas de opinião pós-obsessão moralista e ética proferida diariamente pela imprensa, o resultado foi o crescimento da popularidade da presidenta Dilma e os mesmos índices de popularidade e aceitação do ex-presidente Lula. Ou seja a realidade apresentada pela imprensa não é a a realidade que o povo vivencia diariamente.
Com um discurso retrógrado, falso moralista  em que pede a ética , a imprensa se comporta como aquilo que ela acusa levianamente.
O povo brasileiro, sábio em suas escolhas, rejeitou o discurso midiático. Aliás , o brasileiro nunca foi tão ético como agora, e supostos caso de corrupção não são importantes para consolidar suas escolhas.  O que ele também deixa claro, é que não tolera nem aceita são salafrários e  ladrões da grande imprensa falando em moral e ética, e ainda para governantes que trabalham em benefício do povo.
A credibilidade não é uma imposição, ou menos ainda hipócritas expressões  de insatisfação.
O Brasil hoje  é a imagem do PT, que com o povo  rima em tudo a ver. A grande imprensa é a imagem do Lacerda, que rima perfeitamente com merda.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Lula lá, Dilma cá

Lula lá, Dilma cá

 

Datafolha: Dilma e Lula lideram intenção de voto presidencial


Portal Terra

Tanto nas pesquisas estimuladas como na espontânea (na qual nenhum nome é sugerido ao entrevistado), os dois nomes do Partido dos Trabalhadores levam grande vantagem sobre a oposição. Nas estimuladas, Dilma consegue entre 53% e 57% dos votos, enquanto que Lula, no único cenário em que aparece, atinge os 56%. Em todos os casos, a oposicionista mais bem colocada é Marina Silva (13-18%). Joaquim Barbosa, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) flutuam entre últimos lugares entre (4-14%). Na espontânea, o PT lidera (Dilma com 26% e Lula com 12%), enquanto que a oposição obtém números modestos: Aécio, 3%; José Serra (PSDB), 2%; Marina, 1%; PT (voto na legenda), 1%; e Geraldo Alckmin (PSDB), 1%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais (pp), para mais ou para menos.

Midia  perdeu mais uma

Esse resultado de pesquisa acontece depois de quatro meses de intenso bombardeio de toda a mídia alucinada contra Dilma, Lula e os governos populares e democráticos do PT. É mais uma prova inequívoca, e já aconteceram muitas, de que a grande mídia é irrelevante. A verborragia vomitada diariamente pela grande mídia, seja impressa ou falada, independente do assunto ou personagens envolvidos, é inócua. A população já amadureceu e sabe que a imprensa brasileira produz conteúdos que não são confiáveis, que somente podem ter sucesso em conversas de pescadores. Ou quem sabe, em novelas de Odorico Paraguaçu. A mídia sangra e revela sua dor pelos sucessivos insucessos em suas ações , já por mais de uma década. Certamente, apesar de toda a verborragia que ainda virá até as eleições de 2014, o PT mais uma vez sairá vencedor e com isso terá mais anos para consolidar seu projeto de transformação positiva e evolutiva do país. Perdeu, globo.

Xô Coca-cola ! Xô Mac donald's !

Xô Coca-cola !   Xô Mac donald's


Bolívia não terá Coca-Cola e McDonald's a partir de dezembro
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DE SÃO PAULO

O governo da Bolívia anunciou no último fim de semana que a filial da Coca-Cola no país será retirada em 21 de dezembro. No mesmo dia, o McDonald's deixará de operar após 14 anos de tentativas fracassadas de entrar na cultura boliviana.
O chanceler David Choquehuanca afirmou que a decisão "estará em sintonia com o fim do calendário maia e será parte da festa para celebrar o fim do capitalismo e o começo da cultura da vida".
"O 21 de dezembro é o fim do egoísmo, da divisão. Esse dia tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche [suco de pêssego]. Os planetas se alinham depois de 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o começo da vida comunitária", disse, em ato com o presidente Evo Morales.
A decisão é argumentada pelo governo pelos males provocados pelo refrigerante à saúde dos consumidores, incluindo associação a infartos, derrames e câncer caso haja consumo diário.
No dia 13, Morales já havia prometido o fim da bebida ao anunciar uma festa em uma ilha no lago Titicaca, na fronteira entre a Bolívia e o Peru, no dia 21 de dezembro, que celebra o fim do calendário maia.
CULTURA
Ao contrário da Coca-Cola, o McDonald's decidiu sair por não conseguir se incorporar aos hábitos alimentares bolivianos, após 14 anos de tentativas. A empresa fechará seus oito restaurantes após ter prejuízos em suas operações em mais de uma década, caso único entre as filiais da rede de lanchonetes.
O país andino ainda conserva a culinária tradicional e dá valor ao rito de preparo da comida, que inclui a compra dos alimentos, a decisão de comer, a convivência durante o preparo, a forma em que se apresentam e a maneira que são servidos.
O prato é avaliado por aspectos como gosto, preparo, higiene e sabor adquirido com tempo de preparação, este último fundamental para o fracasso do McDonald's.

Bem Viver

Boa notícia vem da Bolívia.
A força da cultura boliviana foi maior que a pressão capitalista para introduzir hábitos alimentares nocivos a saúde humana.
Foram 14 anos de tentativas do mac donald's em implantar seus hábitos alimentares, pobres e associados a um estilo de vida nada saudável.
Venceu o povo boliviano. Venceu o bem viver. 
Quanto a coca-cola, é um outro veneno apoiado em uma imensa propaganda, principalmente para crianças.
Os bolivianos, sabiamente preferem o suco de frutas, no caso pêsego, saudável e nutritivo.
O povo brasileiro deveria seguir esses exemplos e valorizar mais sua cultura , no tocante aos seus hábitos alimentares.
Em um país rico em frutas, durante todo o ano, é inadimissível, em qualque hipótese, ingerir bebidas como coca-cola. Pior ainda, é deixar de preparar seus prórpios alimentos, escolhendo os ingredientes, confeccionando os pratos e se alimentado de forma saudável e tranquila.
O estilo de vida americano, associado a coca-cola e mac donald's é um cancer para a humanidade, tanto no aspecto nutricional, quanto no estilo de vida agregado. 
Os "alimentos do mac donald"s não deveriam ser fornecidos nem para pessoas famintas, e a coca-cola deveria desaparecer das prateleiras dos mercados.
Parabéns, bravo povo boliviano!
Que de fato a tão falada profecia Maia seja o início de uma nova era, saudável e de bem viver para todos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vamos Descartar Essa Caretice

Vamos Descartar Essa Caretice


Uma nova Tropicália contra a caretice

17





A crise mostra que dez anos depois uma nova globalização não apenas é possível como necessária e os novos heróis do imaginário popular estão mais no Youtube que na televisão
Por Aline Carvalho, do Canal Ibase
Muito se fala da Tropicália. Muito já se falou, e muito ainda se vai falar. Parece que o projeto de Caetano de trazer o Brasil para a Segunda Revolução Industrial, segundo Tom Zé, foi alcançado. Há os que gostem menos, há os que gostem mais, mas uma coisa não se pode negar: A Tropicália marcou o imaginário popular do país.
Naquele momento, a ditadura militar buscava assolar uma criação artística da qual muito pouco ou nada compreendia, sob a forma da censura. Em resposta – e em convergência – a televisão em expansão canalizava as inquietudes de toda uma geração, que se reconhecia em figuras populares quase que eleitas para representá-las na telinha. Uma narrativa de país era construída no eixo Rio-São Paulo e se propagava por satélite com mais velocidade do que se poderiam construir rodovias. Não é à toa que o sistema brasileiro de televisão e publicidade nos anos 60 e 70 foi em grande parte financiado por recursos governamentais, estes, por sua vez, apoiados pelos vizinhos do andar de cima e seu projeto capitalista em plena Guerra Fria.
Ao mesmo tempo, no mundo inteiro, uma juventude começava a questionar valores morais da sociedade, cada qual em seu contexto particular: contra a guerra, contra o consumo, contra o sistema educativo, contra o regime militar. Naturalmente, os ventos revolucionários não demoraram a chegar ao país, desflorando também suas contradições internas. E como nem a sociedade, nem a juventude – e nem a arte – são tão simples a ponto de se limitarem a uma rivalidade entre engajados e alienados, foram estes encontros e desencontros territoriais e afetivos que construíram a narrativa deste período da nossa história. Mas todo conto fica mais atraente com mocinhos e vilões. Assim, passeatas, festivais e ismos foram registrados num imaginário coletivo, que embora já tantas vezes re-contado, sempre tem algo novo a revelar.
Mas e aí, a História parou?
Se a Tropicália foi, naquele momento, um grande catalisador de subjetividades em torno de uma recusa ao dualismo que colocava a MPB versus o iêiêiê, ela também contribuiu para a construção deste mesmo cenário. A televisão popular, que permitia o diálogo com um público mais amplo, centrava seus holofotes mais no “ismo”do que no “ália”. O tropical visto apenas como uma alternativa mais criativa e impactante, ofusca – até hoje – um questionamento mais profundo: como “desenquadrar” as formas de pensamento e compreensão da realidade, ontem, hoje e sempre, em, seus contextos culturais, políticos e econômicos específicos?
Aquele país que se dizia do futuro já chegou no presente, e está construindo a pleno vapor o futuro, que está batendo à porta. Mas hoje a ditadura mudou de ditador, a crise mostra que dez anos depois uma nova globalização não apenas é possível como necessária e os novos heróis do imaginário popular estão mais no Youtube que na televisão.
E se a Tropicália já ganhou estantes da mesma elite que ela criticava, é preciso ressignificá-la. Isso não significa de alguma maneira buscar novos heróis tropicalistas para nos salvar da caretice habitual. Muito pelo contrário. Se bem entendemos as entrelinhas, a questão é: quais são as margarinas, Carolinas e gasolinas das quais precisamos saber, e quais prateleiras, estantes e vidraças devemos derrubar hoje?
Aline Carvalho é ativista da cultura digital brasileira e pesquisadora na Universidade Paris 8 na França. Outros ensaios em www.tropicaline.wordpress.com.
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Uma Nova Globalização



A caretice é assustadora.
Na grande imprensa, colunistas destilam conceitos e apelam para uma moral medieval, em que o sofrimento e dor se fazem necessário para a evolução das consciências. As pernas sangram e quanto mais sangram, mais se congratulam com deus pela dor da salvação. A obra de deus não permite vacilos e o caminho deve ser de espinhos, ou melhor, de ferro ponteagudo cravado na carne. Jesus vive no sangue dos medievais, cravado nas mídas anacronicas e servis. Bota cartetice nisso.
Nas tv's a moda é ser idiota, ignorante, vulgar. sarado, peituda e bunduda .O sucesso pede volume, mesmo que químico. 
Na época da tropicália, ou um pouco antes, os cabelos grandes mudavam nossa cara, o que foi motivo de muitas críticas como por ex. cabelos longos e idéias curtas.
Não foi bem assim , as idéias foram tão longas e férteis como os cabelos e produziram conteúdos que até hoje são reverenciados pelas novas gerações.
Infelizmente, hoje, na era dos grandes volumes, são peitos e bundas grandes com corpos sarados que se incluem perfeitamente no perfil das idéias curtas, o vazio é gigantesco. 
E que vazio. A forma tomou lugar do conteúdo, do mérito.
Você precisa saber da Banda Mais Bonita da Cidade, do Brasil de Fato, de Carta Maior, do blogue do Ricardo. Você precisa saber da pirâmide de Saqqara, da \procissão do Samba se arrastando como cobra pelo chão. Você precisa saber sobre os seus alimentos, tomar uma açaí na esquina, ouvir a nova canção do Gil. Você precisa saber da polítca, da democracia sequestrada, da linguagem hipnótica. Uma nova tropicália certamente não levará em conta os mesmos movimentos da primeira. Quando antes se misturavam para evoluir, hoje, devidamente enquadrados se mistura para reduzir. A nova globalização pede o  regional, o original  para que seja global  transformador. São nas características específicas de cada manisfestação, artistica, jornalista, polítca, social, inseridas em um contexto global que a nova tropicálica pode e deve florescer. É na experiência polítca boliviana, no índice de felicidade bruta do Butão, nos ritmos africanos e caribenhos que uma nova globalização se manifesta. A homogeinização é burra e limitante. A mistura necessariamente deve produzir algo novo e chicletes estão fora de moda.

Recorde: 100% dos Brasileiros Ignoram a Grande Imprensa

Recorde: 100% dos Brasileiros Ignoram a Grande Imprensa


Recorde: 78% dos brasileiros aprovam o governo Dilma Rousseff


A aprovação do governo Dilma Rousseff ficou estável em dezembro. No total, 62% da população avaliaram a gestão como boa ou ótima – mesmo índice registrado em setembro pela pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, que teve o último levantamento de 2012 divulgado nesta sexta-feira (14).


A estabilidade na avaliação se manteve também no que se refere ao percentual de pessoas que consideram o governo regular (29%) e ruim/péssimo (7%).

Apenas o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo mandato, obteve avaliação mais alta no mesmo período: 73%. Em dezembro de seu segundo mandato, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi avaliado como bom ou ótimo por 25% da população. Para 59% dos entrevistados, o governo Dilma é igual ao governo Lula, enquanto 29% o considera pior, e 19%, melhor.

Já a aprovação do modo de governar da presidenta subiu um ponto percentual, passando dos 77% registrados em março, junho e setembro, para 78% em dezembro. Estável e em patamar elevado ficou também a confiança da população em Dilma, com 73% em dezembro (mesmo índice registrado em setembro).

Houve estabilidade também na expectativa positiva das pessoas em relação ao restante de governo, com 62% (ótimo/bom) – mesmo índice da pesquisa anterior. Em relação às áreas de atuação, o combate à fome e à pobreza registrou recorde de aprovação (62%), bem como as medidas para conter o desemprego (56%). A área da saúde foi a pior avaliada, com apenas 25% de aprovação. Impostos e segurança pública registraram 30% de aprovação; taxa de juros, 41%.

O índice de pessoas que consideram as notícias recentes mais favoráveis ao governo registrou queda de 29%, em setembro, para 24% em dezembro, enquanto 18% consideram as notícias foram desfavoráveis.

A Pesquisa CNI/Ibope fez 2.002 entrevistas em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro. A margem de erro é 2 pontos percentuais, e o grau de confiança, 95%.

Fonte: Agência


Uma Grande Imprensa Irrelevante

Definitivamente a grande imprensa brasileira é irrelevante
Obcecada e alucinada em destruir o PT e seus quadros, principalmente o ex-presidente Lula, a grande imprensa vem martelando  diariamente, desde junho deste ano, notícias ruins sobre o governo popular e democrático do PT.
Apostou que o chamado mensalão seria suficiente para impor uma gigantesca derrota ao PT nas eleições de outubro. Errou feio. O PT saiu vitorioso das eleições e ainda fez a prefeitura de São Paulo, a maior do país.
Descontrolados com uma fera faminta e raivosa, a grande imprensa partiu para uma sérier de supostos escandalos envolvendo o PT e a figura do ex-presidente Lula, que atualmente na Europa acaba de receber mais um prêmio, para a sua coleção de dezenas de honrarias e prêmios.
A imprensa daqui não gosta de prêmios. A grande imprensa, atualmente, gosta de escandalos, verdadeiros ou não.
 Apésar da imprensa , a popularidade da presidenta Dilma disparou, alcançando índices nunca dantes observados. Mais uma prova que a grande imprensa é irrelevante, não sabe nada de opinião pública, não conhece o novo mundo das mídias digitas, não conhece o povo brasileiro, e ainda se encontra no tempo dos programas de calouros.
Um instante, maestro. Hoje qualquer garoto organiza uma banda , ou ele mesmo produz seu conteúdo e disponibiliza na internete. Se for de agrado é garantia de sucesso, sem a necessidade de padronização e homogeinização das gravadoras associadas as emissoras de tv.
Um instante, maestro, seu tempo passou. A voz , pode ser encontrada em qualquer site, sem a necessidade de tutores que apenas visam o lucro fácil e o descarte. 
Um instante, maestro, seu tempo passou.
O maior escandalo do momento  é a anacrocidade da grande imprensa.

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>>Tecnologia e ruptura
>>A mídia ainda é relevante?

Por Luciano Martins Costa em 14/12/2012 no programa nº 1958 | 0 comentários
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Tecnologia e ruptura
Uma reportagem publicada nesta quinta-feira, dia 13, na revista online Business Insider, tenta esclarecer especulações sobre uma nova e até certo ponto surpreendente, para os analistas, ação de investimentos por parte da Apple, a gigante dos aparelhos e aplicativos digitais.
Rompendo um estado de aparente letargia do setor, com alguma acomodação nos esforços de inovação por parte de concorrentes como Samsung e Intel e de outras empresas da nova economia, como Google, Amazon e Microsoft, a companhia criada por Steve Jobs vem promovendo inversões que chamaram a atenção dos observadores da cena tecnológica, mas ainda não produziram mais do que especulações.
Alguns desses analistas começam a apostar em uma nova ruptura no contexto sempre mutante das tecnologias de informação e comunicação.
Os artigos distribuídos por agências especializadas não permitem fazer apostas seguras, mas há um elemento comum a todas as análises: será mais um duro golpe contra o setor das indústrias maduras de comunicação.
Nos Estados Unidos, o noticiário sobre negócios digitais já trata de maneira marginal as empresas tradicionais de mídia, colocando-as num nicho semelhante ao do setor de petróleo, uma espécie de museu de curiosidades econômicas.
As atenções dos investidores também se deslocaram há muito tempo para o outro lado, de onde brotam os sinais do futuro.
Um olhar macroscópico para a realidade do mercado de informação pode produzir reflexões inquietantes.
Essa observação distanciada do dia-a-dia dos jornais, comparada à dinâmica do mercado de tecnologia, provoca algumas dúvidas sobre a importância daquilo que costumamos tratar como notícia, opinião ou informação jornalística.
Como consequência, torna-se inevitável questionar o valor real daquilo que costumamos tratar como produto da imprensa.
Em termos de criação de cultura, por exemplo, já se pode afirmar que o Youtube, uma iniciativa isolada de mídia digital, compete com vantagens com toda a imprensa do mundo.
Quanto às informações financeiras, boletins eletrônicos de bancos levam grande vantagem sobre a mídia tradicional e, no ramo do entretenimento, mais vale o Facebook que uma revista semanal.
A mídia ainda é relevante?
A tecnologia atropela os mais lentos e a mídia tradicional tem ficado para trás. Se entrarmos no campo da administração, precisaremos de muito tempo e espaço para alinhavar os principais erros desses conglomerados, desde a metade dos anos 1990, quando a internet se tornou uma realidade global.
Apenas para citar alguns, basta lembrar que as empresas tradicionais de comunicação, no Brasil e na América Latina, ignoraram ou adotaram tardia e parcialmente algumas das melhores ferramentas de gestão, como os sistemas de planejamento de qualidade, os estudos de processos e a reengenharia, recursos que foram usados basicamente para cortar empregos e aumentar a carga de trabalho dos jornalistas.
Porém, ainda não é aí que se desenrola o verdadeiro drama da mídia tradicional. Ele tem outros aspectos, alguns mais peculiares da América Latina.
A propriedade cruzada dos meios de comunicação, a tradição da imprensa nas mãos de empresas familiares, que construíram núcleos de poder simbólico sobre a opinião do público, as vinculações tradicionais dessas famílias com os donos do poder político e econômico, tudo isso, embora deva ser considerado, está se tornando apenas causa marginal no processo de desvalorização dos veículos.
A questão central é que a mídia está se tornando irrelevante.
Esse modelo esgotou sua capacidade de formular uma ideia de sociedade moderna e pluralista, deslocando-se do centro de inteligência social na razão proporcional em que a democracia se consolidava formalmente.
Como a imprensa tradicional não contempla os objetivos de uma democracia real, sua função se esgota na formalização de um simulacro de sociedade democrática que se caracteriza pela simulação de instituições funcionais, contexto ao qual ainda falta muito para se tornar de fato e de direito uma democracia social.
Quando a imprensa falha em seu papel de educar para a cidadania, por exemplo, agindo como instrumento de intolerância e preconceito, ela está simplesmente revelando seu verdadeiro caráter: sua origem oligárquica e natureza oligopolista não admitem avançar além do formalismo no que se refere à democracia.
Resta saber se o jornalismo, como o concebemos até aqui, ainda é relevante.
Voltaremos ao assunto.


A Notícia da Barriga


O que é notícia ?
Ontem, em primeira página do popular extra, da famiglia marinho, a principal notícia era a barriga de Ronaldo, também conhecido por fenômeno,não se sabe agora se pela barriga ou pelo passado nos gramados. Quando a barriga de um ex-jogador é notícia em um dos jornais mais vendidos do país é um sinal de que a mídia imprensa está cada vez mais irrelevante.
Em um mundo onde os acontecimentos se multiplicam por segundos, com fatos e situações de conteúdos relevantes, apostar em uma grotesca barriga como notícia é o mesmpo que pedir para sair de cena. E é o que vem ocorrendo com a mídia impressa. 
Notícias de longo tempo e duração, como a questão Palestina, a guerra da Síria, a guerra fria EUA e Irã, por exemplo não tem nehuma relevância no contexto das mídias impressas e televisivas. Um cidadão bem informado, certamente irá procurar análises de especialistas, ou mesmo participar de seminários e foruns de debates, on lines ou não, sobre os assuntos citados, sem a necessidade de acompanhar diariamente o que é produzido pelos jornais impressos e pela tv sobre os assuntos. E certamente estará bem informado e atualizado.
No tocante a violência doméstica, aqui no Brasil, nas cidades, o procedimento é o mesmo. Diariamente os jornais impressos e as tv's despejam uma quantidade imensa de notícias, repetitivas,  sem nenhuma relevância sobre o assunto e que também em nada contribuem para aprofundar e esclarecer o tema.
O cidadão comum, dispõe, atualmente de foruns de debates sobre segurança pública, drogas e violência urbana, onde pode participar, aprofundar o conhecimento sobre essas questões e ter elementos para produzir sua própria opinião. TV's e jornais e impressos , neste caso , também são irrelevantes.
Se não bastasse, a facilidade de debates e trocas de informações nas redes sociais, de conteúdo político ou mesmo sobre entretenimento,  essas trocas disponibilizam para os usuários conteúdos de entretenimento, filmes, músicas, shows, bem mais interessantes que os maçantes e repetitvos entretenimentos da tv, que comparados com o universo da produção independente, revelam-se de péssima qualidade.
Mais uma vez , as emissoras de tv's, jornais impressos e emisoras de rádio se apresentam como irrelevantes.
Hoje, em todos os jornais impressos, emissoras de tv, e emissoras de rádio, a notícia sobre mais uma massacre de atirador nos EUA domina essas mídias. Mais uma vez a notícia se repete, assim como as imagens de dor dos familiares das vítimas, presidente que usa drone para matar inocentes aparece chorando em foto de primeira página, e as mídias também já se encaminham para repetir o diagnóstico como de outras vezes, alertando para o fato de ter sido uma ação isolada de alguém com problemas mentais.
Ou seja, mais uma vez a irrelevância do noticiário midiático é explícita. Certamente, em pouco tempo, um outro atirador fará o mesmo e a notícia será a mesma, assim como o diagnóstico.
Nas redes sociais, o asunto pode ser debatido, especialistas opinam, e as possíveis causas que emergem de uma sociedade podre e corroída, podem ser avaliadas.
Hoje, 15.12.12, a justiça argentina declarou constitucional a nova lei de medios para país. Uma notícia relevante, um assunto que deve ser amplamente debatido , e uma necessidade para as medias do Brasil. Entretanto, não é notícia na midia brasileira irrelevante

Na Moral

Na  Moral

 

A privatização da moral pública

Por Luciano Martins Costa em 13/12/2012 na edição 724
Comentário para o programa radiofônico do OI, 13/12/2012

A impossibilidade eventual de sair batendo perna pela cidade (já que este observador se encontra temporariamente com pouca mobilidade física) abre a oportunidade para a bisbilhotagem continuada, por longas horas, das redes sociais digitais. E o que se vê, basicamente, é a construção de um abismo onde deveriam vicejar naturalmente novos vínculos sociais e onde antigos vínculos podem ser retomados e reanimados pelo encontro virtual.
Aparentemente, após três dias de imersão nas redes sociais, pode-se concluir que a imprensa brasileira está trabalhando ativamente na desconstrução do conceito de sociedade democrática.
Ao se colocar agressivamente contra determinadas figuras da República, usando critérios diferenciados para fatos similares, as principais empresas de comunicação do país estabelecem um padrão para o jornalismo sobre o qual um dia haverão de ser cobradas. Esse padrão é composto por elementos de preconceito e manipulação, mas apresentado sob o manto virtuoso da defesa da moralidade pública.
Manipulação de imagens
A palavra mágica é, como sempre, ética. O contexto, porém, é o dos tribunais de inquisição.
Dois presidentes da República. Um deles foi acusado de comprar apoio no Congresso para fazer aprovar o direito de disputar a reeleição. O outro, tendo a possibilidade de se reeleger quanto quisesse, cumpriu a lei e deixou o poder.
Para um, o olhar da imprensa é complacente. Afinal, ele estabilizou a moeda, reorganizou o sistema financeiro, atuou dentro dos paradigmas do mercado. Para o outro, a lei. Mas não apenas a lei aplicada pela Justiça: principalmente a lei do arbítrio, quando a sentença é anterior ao julgamento.
Considerem-se apropriadas todas as decisões tomadas recentemente pelo Supremo Tribunal Federal no caso chamado de mensalão. Ainda assim, nada justifica a sanha da imprensa, em ataques pessoais, a não ser um ódio que precede o caso em si.
Ao abandonar a linguagem jornalística apropriada para adotar o discurso político, a imprensa induz boa parte da sociedade a adotar retórica semelhante, com o que, então, se dá adeus à racionalidade. Um dos resultados pode ser a ruptura do tecido social.
Mas há uma ironia nessa história: observando-se manifestações nas redes sociais, parece que a parcela de opiniões críticas sobre esse desempenho da imprensa cresce mais do que aquela parcela que compartilha as opiniões do noticiário editorializado.
O tema está a merecer uma pesquisa de comunicadores, mas pode-se afirmar que o campo político onde se situam aqueles que discordam da imprensa se transformou em terreno minado onde nunca mais haverão de brotar assinaturas desses jornais e revistas – e onde a publicidade veiculada nessas mídias tende a produzir efeito negativo para os anunciantes.
São decisões editoriais que comprometem o futuro da mídia tradicional, e o principal erro da imprensa tem sido quanto ao uso de seu suposto poder de influenciar pessoas: não é de hoje que pesquisadores como o britânico Paul Johnson (católico e conservador) observam que a manipulação de imagens em favor de interpretações preconcebidas, antes um vício da televisão, acabou dominando a mídia impressa.
Processo em curso
Há mais de dez anos, Johnson já dizia que os pecados típicos da imprensa tradicional quando ela começou a se apropriar das tecnologias digitais de informação e comunicação eram preconceito, manipulação, precipitação e editorialização.
A observação da imprensa brasileira faz lembrar uma das frases mais emblemáticas criadas por Paul Johnson nesse período: “A mídia é uma arma carregada quando utilizada com hostilidade”.
Hostilidade e agressividade são as palavras centrais para descrever o conteúdo jornalístico que tem sido oferecido aos leitores e telespectadores nos últimos anos, no seu esforço desenfreado e irracional para criar e aprofundar uma divisão na sociedade brasileira.
Preconceito, manipulação, precipitação e editorialização são expressões que ficam mal dissimuladas sob o discurso moralizante que domina a linguagem jornalística.
A denúncia dos maus procedimentos, a fiscalização dos poderes, o papel essencial da imprensa de organizar a agenda pública para manter em evidência os valores fundamentais da vida republicana, implicam equilíbrio e algum compromisso com a busca da verdade.
O que se vê, claramente, é o uso político de informações fora de contexto, em nome da ética. Não se trata, nesse sentido, de ética propriamente, mas de moralidade, expressão definida especificamente na Constituição brasileira. Trata-se, claramente, de um processo de privatização da moralidade pública.
A IMPRENSA PERDIDA


Felizmente temos as mídias sociais e a internete.
A grande imprensa, tão logo percebeu o alcance dessas mídias, colocou, também, todo seu arsenal para tumultuar, desinformar, dividir e como isso, minimizar os efeitos que ela, grande imprensa, sente na sua suposta capacidade de formatar as consciências. Editar, omitir, manipular, mentir tem sido práticas comuns na imprensa, aí independente de meios tradicionais ou não.
Várias questões estão em jogo. Em primeiro lugar as vitórias do PT, desde 2002, que acabaram por produzir na grande imprensa um efeito perseguição ao PT sem precedentes na nossa história. Como acreditavam que Lula e PT fracassariam e com isso os mesmos de sempre poderiam retomar o poder, deram início, com o início do primeiro governo de Lula, de um processo de demonização do PT e Lula, omitindo, ridicularizando todas as ações do governo
Governo de origem popular
Não foram bem sucedidos até que um de seus parceiros resolveu gritar e denunciar as práticas do PT, que na realidade são práticas históricas de todos os partidos políticos e de políticos que chegam ou orbitam o poder, que deu origem no chamado mensalão.
Para o leitor que não esteja envolvido devidamente com esses assuntos o que fizeram foi denunciar criminalmente alguém por jogar papel nas ruas. Ora, imaginemos que jogar papel nas ruas é crime, mas todo mundo joga e aí um que joga sempre denuncia o outro, apenas com o objetivo de atingir seu adversário político. Essa , caro leitor, é uma imagem alegórica do que ocorreu no processo do mensalão.
Não há nada de ética ou mudança de uma postura histórica no Brasil por causa das condenações do mensalão. Pelo contrário, o que se vê é um cinsimo , uma hipocrisia, uma manipulação dos fatos, com um único objetivo de desacreditar o PT e seus quadros.
O que fez o STF ? Julgou e condenou sem levar em consideração práticas históricas na cultura política brasileira, A pergunta que atormenta a todos é se o STF terá a mesma postura quando do julgamento de políticos e organizações que não façam parte do campo popular e domocrático que governa o país. A princípio, e em tese, muitos argumentam que o próprio STF é aparte da organização para destituir o PT do poder, tendo vista que criminoso de notório saber, devidamente qualificado em práticas criminosas, foi agraciado pelo STF com dois habeas corpus, em apenas três dias, ancorados em justificativas processuais burocráticas e de regimento.
Se o STF mantiver suas postura e firmeza em outros julgamentos, como fez com o processo do mensalão, pelo menos saberemos que a tentativa de impedir Lula e o PT fica apenas com os frágeis partidos de oposição e a grande imprensa. No entanto, processoos em que os partidos e políticos de oposição estão envolvidos , com farta quantidade provas, não ganham a devida atenção por parte da imprensa e até até mesmo do Ministério Público Federal, criando, com isso, um grande clima de desconfiança na instituições envolvidas.
Como bem definiu o autor do artigo, o primeiro presidente foi acusado de comprar parlamentares do congresso nacional para aprovar a emenda da reeleição ( mensalão da reeleição), que acabou favorecendo o presidente que ganhou mais um mandato, enquanto o segundo, no caso Lula, foi eleito e reeleito democráticamente. Sobre o mensalão da reeleição , nada se fala na imprensa, assim como o filho na moita do ex-presidente com uma jornalista da tv glob, que a emissora tão logo soube da existência do filho, exilou a funcionária na Espanha, para evitar complicações futuras para o presidente que ela, tv gobo, apoiava e defendia. Por ironia da história, soube-se, mais tarde por exames de dna, que o filho, já reconhecido pelo pai, não era filho. Isso dá uma boa novela. No meio dessa confusão do filho que é mas não é, a imprensa omitiu e depois disse que aquilo que ela, imprensa omitia, não era verdade pois o filho não era filho Entendeu, caro leitor ?
A imprensa não falava nada , mas passou a falar quando não tinha o que falar, pois o filho não era filho. Seria cômico se não fosse jornalístico.
E assim continuou a imprensa a perseguir diariamente Lula e o PT com um único intuito de derrubar um governo eleito democraticamente pelo seu povo e que deixou a presidência com índices de aprovação estrattsféricos, algo que seu antecessor não teve, nem em sonho pelo tamnaho dos índices. Atualmente a grande imprensa, em total desespero e querendo a todo custo retomar o poder para os mesmos de sempre que pouco fizeram pelo Brasil e pelo povo, já entrou, e entrou de sola, na campanha presidencial de 2014, tentando por todos os caminhos inviabilizar uma nova , e altamanete provável, vitória de Lula, Dilma, PT e do povo.
Enquanto o país é saudado no exterior, The Economist não vale pois foi notícia/perseguição plantada daqui para lá, por aqui a grande imprensa pinta um quadro de tragédia onde tudo vai mal, o que é uma grande mentira.
Nas redes socias, sempre mais críticas a atuação dessa imprensa despresível para aqueles que consomem informação de qualidade, a grande imprensa aposta no conflito , na violência e como muito bem citou o autor do artigo, na tentativa de de rasgar o tecido social acreditando que a violência, a intolerância e a gressividade possam produzir um caldo de insegurança e insatisfaçaõ que poderá ser devidamente capitalizado pela oposição , rendendo dividendos eleitorais. É o que também está em jogo, a criação, se necessário for, de conflitos e perturbações sociais para tentar culpar o governo e com isso minimizar os efeitos de voto do PT.
Nos tribunais, nas cyber vias e nas ruas a grande imprensa aposta no caos, jamais na ética ou na moral, aliás ética e moral jamais existiram neste setor , desde tempos imemoriais.