quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Mídia Brasileira e a Terra do Pateta

A Mídia Brasileira e a Terra do Pateta





Na grande imprensa brasileira , e na mídia de uma maneira geral, é proibido falar mal dos EUA. Neste mês de agosto já foram três os casos de atiradores em cidades daquele país que causaram a morte de dezenas de pessoas.  Um tema repleto de ingredientes para análises que não aparece na mídia e, quando aparece,  tem sido tratado superficialmente, de forma simplória, com "especialistas" sem liberdade de opinião que sempre reduzem as barbáries a atos de pessoas desequilibradas. Estão em cena elementos como a facilidade que  qualquer cidadão tem para a adquirir uma arma de fogo, o constante incentivo a toda sorte de comportamento violento e agressivo produzido pela indústria cultural dentre outros fatores.  Outro assunto tabu na grande mídia brasileira diz respeito ao desenvolvimento de armamentos com alta tecnologia de robótica, que os EUA vem utilizando em uma crescente assustadora para matar pessoas inocentes, criminosos , suspeitos de terrorismo, ativistas de direitos humanos, ou mesmo pessoas que possam gerar uma  antipatia a primeira vista aos operadores de tais barbaridades tecnológicas. Para isso se utilizam da cyber espionagem, de aviões não tripulados com mísseis, nanorobôs de disseminação microorgânica, nano equipamentos de escuta e geração de imagens, micro fontes de radiação ionizante, dentre outras tecnologias. Um cardápio repleto de elementos para se entender a ofensiva imperialista, autoritária, sem precedentes nem nos delírios de Hittler, mas que na grande mídia brasileira, quanto tratado, aparece com tonalidade romântica/evolutiva/tecnologica, ao melhor enredo de guerras nas estrelas, por exemplo. Um outro assunto que  não pode ser abordado na mídia das seis famílias, diz respeito as epidemias do "admirável mundo  contemporâneo", como o sedentarismo, obesidade, estresse, desalinhamentos cognitvos, que no caso da terra do super-homem e  homem aranha vitimam a maioria da população daquele país, tendo como princípios organizadores os hábitos de vida, estilos de vida, fontes de informação diária, falta de contato com a realidade interna de cada um, alimentação industrializada pobre em nutrientes, cultura de massa infantilizante e idiotizante, sucesso enquanto acumulação máxima material, etc... Ainda, um outro assunto diz respeito a um dos principais pilares da propaganda capitalista do país livre, que é a própria democracia.  No país das liberdades plenas , só podem almejar a participação, com chances reais, em um processo eleitoral  os grandes endinheirados. Dois partidos, que mais se parecem como gêmeos siameses, trocam o poder para que os interesses das corporações que comandam o país, possam ser atendidos, em função do tempo de acumulação de riqueza disponibilizado para cada grupo. Ainda , no país livre, qualquer cidadão americano pode ser preso baseado apenas por suspeitas subjetivas sem qualquer acusação formal e sem direito a defesa. O pior , entretanto, para os cidadãos americanos ou de qualquer parte do planeta, é a autonomia do estado americano para decidir matar quem bem entender. Mais uma vez um cardápio repleto de ingredientes para análises sobre o ocaso da democracia na terra da estátua da  liberdade do sistema financeiro. Todos esses temas , e outros mais , são tratados de forma enviesada pela mídia brasileira das seis  famílias.  Essa mesma mídia, que defende a democracia e a liberdade de expressão, tem por princípio talhar as informações, retirando das mesmas não apenas rebarbas, mas conteúdos significativos e relevantes para a informação em um regime democrático. Essa mesma mídia das seis famílias  comporta-se como um polo de disseminação , divulgação e defesa  da cultura  do país da mulher maravilha, reproduzindo as mesmas opiniões da mídia dominante da terra do mickey mouse.  Se não bastasse , a mídia brasileira ainda incorpora, através de seus conteúdos, a estratégia do país das estagiárias no tocante as  sucessivas tentativas para impedir que o Brasil, e também todos os países emergentes, possam se desenvolver, em ciência, tecnologia, cultura, conhecimento, e com isso alcançar uma maior autonomia em todos os ramos do saber.  A firme crença americana de que o mundo não pode mais comportar novos países com o mesmo grau de desenvolvimento dos EUA em áreas sensíveis para uma soberania plena, também é incorporada e assimilada pela mídia das seis famílias brasileiras que não poupa  recursos e esforços para perseguir governos trabalhistas e progressistas, sendo que , se necessário for, organizar ações para derrubar tais governos, como ocorre no Brasil e em outros países da América  latina. Assim sendo, a informação por diferentes pontos de vista  fica profundamente comprometida, e , o povo brasileiro, ainda, é obrigado a engolir a s medíocridades midiáticas produzidas, ou melhor, reproduzidas pela mídia das seis famílias.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Rio Zona Norte - 4 Os Ariostos da Consolação


 Os Ariostos da Consolação





Ariosto Bonifácio Saraiva, ou apenas Ariosto para todos de sua rede de contatos, é um cidadão de classe média, confortável, morando no bairro da Consolação, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Funcionário público, casado com Angelina, vive em uma bela casa em uma tranquila rua daquele bairro. Pai de Ariosto Bonifácio Saraiva Filho, que é apenas conhecido carinhosamente como Ariostinho ,é tido por todos no bairro como um homem sério e dedicado a sua família. Assim como  a maioria dos moradores do local frequenta a missa de domingo, junto com Angelina e Ariostinho. Angelina, que com o tempo engordou bastante, é uma dona de casa e mãe exemplar, entretanto tem , vez por outra, crises de raiva, que acabam sobrando para Ariosto. Em algumas ocasiões a vizinhança viu Ariosto saindo correndo de casa para fugir da fúria de Angelina. Paciente e dedicado, Ariosto sempre evita qualquer assunto que possa irritar Angelina. Ariostinho, que já está com 17 anos, é um menino comportado, estudioso e obediente. Angelina não permite que Ariostinho brinque na rua com os meninos do bairro, de maneira que sua vida se resume a escola, os cursos de idioma, as aulas de música e ainda as aulas de judô, essa última por influência de Ariosto,  apesar das  negativas de Angelina , discussões e ameças de surras no pobre homem. Já próximo de conseguir sua aposentadoria, Ariosto faz um horário bem flexível na repartição onde trabalha, sobrando um bom tempo ao longo do dia para outras atividades, sem  o conhecimento de Angelina. Sai cedo de casa e retorna sempre ao entardecer, no mesmo horário, com seu terno impecável e pacotes e sacolas de mantimentos. Ao longo do dia, durante anos, Ariosto aproveita a flexibilidade do horário parta se distrair em cassinos clandestinos, pontos de jogo do bicho , e rodas de carteado em casas de aposentados. Preocupado com com blindagem que Angelina impõe a Ariostinho, Ariosto , em cumplicidade com filho, passou a levar o menino  para algumas rodas de jogo e outras coisas mais. Quando Ariostinho completou 16 anos, Ariosto levou o garoto para conhecer um bordel, e ser inciado por uma das meninas da casa, que Ariosto conhecia bem pois era assíduo frequentador do local. A cumplicidade dos dois é total. Ariosto compreende e concorda com a dedicação de Angelina no tocante a uma boa formação profissional para o filho, mas entende , também, que conhecer a vida real  é fundamental  para o menino. Ariostinho, por sua vez, gosta, e muito, das saidinhas que faz com o pai sem o conhecimento da mãe. Entretanto, num dia em que Ariosto participava de um jogo de roleta em um cassino clandestino sua sorte não o ajudou. Uma batida policial no local fechou o cassino e levou todos que estavam no local para a delegacia. Felizmente, naquele dia Ariosto não tinha a companhia do filho. Quando a polícia chegou o pobre homem tentou fugir pela janela e acabou se machucando feio na queda, fraturando a perna direita. Ariosto, por estar ferido, foi levado para um hospital público onde passou por uma cirurgia  e ficou internado, devendo, quando se recuperasse comparecer a delegacia para  para depoimentos . A polícia avisou  a família, no caso Angelina,  que em total descontrole se dirigiu para o hospital. Chegando lá ,mesmo vendo Ariosto deitado com a perna engessada e pendurada, Angelina não se conteve e passou um interrogatório no pobre homem, que, assustado, imobilizado, respondia a Angelina dizendo que apenas se distraia nas horas livres e que não tinha nada demais no que fazia. Angelina não suportou a conversa de Ariosto e partiu pra cima do homem com tapas  e socos  que só foram interrompidos com a chegada de uma enfermeira que passava pela porta do quarto no momento. Apesar de evitar uma tragédia, a enfermeira não pode evitar que a violência de Angelina caussase uma fratura no braço direito do pobre Ariosto. Agora, além da perna direita imobilizada, Ariosto tinha o braço também engessado. Até então Angelina nada sabia que Ariostinho também participava das jogatinas com Ariosto. Em casa, conversando com o filho, e com a astúcia natural de mãe, percebeu que Ariostinho também estava envolvido com o pai. Ariostinho não resistiu a pressão e confessou que apenas em algumas ocasiões, acompanhou o pai nas jogatinas das tardes.  Angelina se transformou em uma fera. No dia seguinte, quando foi a padaria, não se conteve e contou as histórias do marido. A notícia correu rápido e todos no bairro já comentavam as aventuras de Ariosto com o jogo. Até mesmo motoristas e trocadores da linha de ônibus 422, que fazia ponto final em uma rua paralela a que Ariosto morava comentavam o fato, já que Ariosto usava o coletivo diariamente para ir para o trabalho.
- estão dizendo que o Ariosto  aprontou crocodilagem, disse o trocador
- só porque joga no bicho, replicou o motorista.
- ihhh, rapaz, e ontem deu jacaré, disse o trocador.
- com quanto, perguntou o motorista
- 2457, disse o trocador
- bom milhar, replicou o motorista demonstrando conhecimento.
Como em todo bairro de classe média da zona norte carioca a notícia corria de porta em porta. Angelina, ainda furiosa , resolveu voltar ao hospital para questionar o pobre homem. Quando entrou no quarto abriu o verbo pra cima de Ariosto que com os olhos arregalados estava em pânico. Angelina partiu pra cima do marido desferindo socos e mais socos no rosto de Ariosto que gritava por socorro. Uma enfermeira chegou ao local e , com muito sacrifício, conseguiu imobilizar Angelina, que a partir daquele dia fora proibida de visitar o marido. Ariosto teve o nariz fraturado e agora além de perna e braço tinha dificuldade para falar. Entretanto, com o passar de dois dias já sentia mais tranquilo pois Angelina não podia mais visitá-lo, Apenas Ariostinho via o pai diariamente. Quando tudo caminhava para a tranquilidade, em uma dessas ironias do destino, Luciana, a dona do bordel que Ariosto frequentava foi agredida por um freguês e teve que se internar , por  apenas um dia para recuperação. E se internou no mesmo hospital em que estava Ariosto em um quarto bem a frente do seu. Luciana era muito querida pelas meninas do bordel que, em grupo, foram visitá-la no dia seguinte. No mesmo dia Ariostinho também foi visitar o pai e , para sua agradável surpresa, se deparou com seis meninas da casa de Luciana no corredor do hospital, bem em frente ao quarto em que estava o pai. Soube que ali estavam por conta de Luciana e informou que o pai estava no quarto em frente. Ariosto , que já estava mais calmo, entrou em pânico quando Ariostinho entrou no quarto com todas as meninas do bordel. Sem poder falar direito e movendo apenas o braço esquerdo pedia para que saíssem  todas dalí o mais rápido possível. Neste momento uma enfermeira, que passava pelo local achou estranho aquela movimentação de mulheres, com roupas bem justas, saias curtas, no quarto de Ariosto. Olhou da porta para Ariosto, que disfarçando um sorriso, fez um movimento com o braço e olhos indicando serem amigas de Ariostinho. A enfermeira deu uma olhada geral, com desconfiança, claro, e deixou o local. Ariosto , em pânico total pedia para que todos saíssem, enquanto as maõs de Ariostinho, que exibia uma expressão de felicidade, cresciam para cima de uma das meninas. Uma outra menina, percebendo a aflição do pobre homem, aproximou-se da cama  e disse em total cumplicidade:
- O meu nêgo, fica calmo. Você está precisando se acalmar e relaxar
- Quer que eu quebre teu galho, perguntou olhando para a genitália de Ariosto.
O pobre homem estava a ponto de enlouquecer. Com a mão esquerda protegeu sua genitália e pedia para que fosse embora. Enquanto isso, as meninas resolveram que o melhor seria deixar Ariosto em paz, entretanto Ariostinho já estava engatando uma entrada no banheiro do quarto junto com a menina. Ariosto viu a cena, mas nada pode fazer a não ser torcer para que não chegasse ninguém naquele momento. Alguns minutos depois Ariostinho e a menina deixavam o banheiro e o rapaz demonstrava imensa felicidade. O tempo passou, Ariosto se recuperou, voltou a vida normal com Angelina e Ariostinho. O bairro da Consolação, na zona norte carioca, pode ser compreendido como um microcosmo da opinião pública de uma cidade.  Até o acidente com o pobre homem, Angelina e Ariosto construíram imagens e conceitos que formaram a opinião das pessoas do bairro sobre Ariosto. Uma opinião pública que não refletia a realidade da vida daquele homem. Com o acidente de Ariosto a opinião se  modificou, fazendo daquele homem apenas mais um mortal, igual aos demais. Patife ou canalha para os puristas, anjo ou santo para os realistas, Ariosto é apenas mais um. A história de Ariosto tem paralelos com a história da grande imprensa brasileira, principalmente no tocante aos casos chamados de mensalão e cachoeira. Durante , mais ou menos seis anos, a grande imprensa do Brasil martela diariamente a tese de que os governos populares e progressistas de Lula e Dilma, assim como parlamentares e funcionários do partido dos trabalhadores, são os responsáveis pelo maior esquema criminoso da história do país. Jornais impressos, revistas semanais, telejornais, jornais radiofônicos, parlamentares da oposição ao governo acusam o governo  de criminosos e corruptos. Todos se apresentando como paladinos da moral, da ética e da justiça, com o intuito de esculpir uma opinião pública favorável aos interesses desses setores. Entretanto, assim como aconteceu com Ariosto, um jornalista da revista Veja que se apresenta como uma mídia defensora da ética e da justiça, foi indiscutivelmente flagrado como membro de uma quadrilha , no caso a cachoeira, que tinha por objetivos perseguir políticos, empresários e desestabilizar o governo federal. O jornalista produzia falsos dossiês para atacar o governo que se transformavam em matéria de capa da revista e que também eram reproduzidos, sem qualquer questionamento, por todos os veículos da grande imprensa. Indícios revelam que a estrutura da quadrilha vem desde os tempos do chamado mensalão, que agora está sendo julgado, e que a grande imprensa , ao que parece, é parte integrante da quadrilha. Insatisfeitos pela atuação das mídias alternativas, principalmente a blogosfera que denuncia a farsa montada para esculpir uma opinião pública distorcida da realidade, a grande imprensa, agora, ameça o STF, com pesquisas de opinião pública que revelam  que a maioria deseja a condenação dos réus. .No desespero da UTI em que se encontram, a grande imprensa e oposição querem transformar a justiça em paredão de  programa de reality show, onde, o que vale de fato, é a opinião pública, mesmo que fabricada mentirosamente. Ariosto continuou sua vida normal e sua família e sua rede de contatos do bairrro nada ficaram sabendo de suas travessuras com Ariostinho no bordel. A participação da imprensa brasileira como elemento indutor ativo na tentativa de um golpe de estado para derrubar um presidente eleito, que resultou naquilo que a imprensa chama de mensalão, veio a tona com os flagrantes inquestionáveis, e assim  a opinião pública começa a perceber a verdade, que assim como a vida de Ariosto é apenas a ponta de um iceberg que deverá revelar  outros criminosos e até mesmo interesses externos ao país envolvidos no crime. Ariosto a imprensa e a opinião pública são um bom roteiro de filme, principalmente para cineastas dublê de comentarista político.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Jogos de Propaganda

Jogos de Propaganda





Os jogos Olímpicos de Londres chegam ao fim.  A olimpíada no verão londrino, que teve volei de areia a noite, com chuva, vento e temperatura de treze graus, ventos fortes  que prejudicaram a competição feminina de salto com vara,  águas geladas que provocaram hipotermia em atleta da maratona aquática e proibição de manifestações contra a propaganda nos jogos é um espetáculo midiático. A cobertura exclusiva da tv Record, apesar de repetir idiotices consagradas pelas coberturas da tv globo, foi boa. O público brasileiro estava acostumado a assistir os grandes eventos esportivos pelo padrão globo, que transmite apenas competições com a presença de atletas brasileiros. A Record, independente da participação brasileira nas competições, trouxe imagens de todas as modalidades esportivas, valorizando o esporte. O que deixou a desejar foi exploração da imagem dos atletas brasileiros que conseguiram o lugar mais alto no pódio. Imagens de familiares, a cidade onde nasceram, a primeira namorada, o título de heróis, desfile em carro aberto e outras baboseiras  que reforçam a idéia de povo inferior, com baixa auto estima que necessita de heróis para se sentir valorizado. Pobre de um povo que necessita de heróis para se sentir valorizado. Mais pobre , ainda, do povo que não cultua e valoriza seus verdadeiros heróis. Os neo heróis são criados por conveniência midiática, eles dão audiência, vendem refrigerantes, alimentos vulgares, porém, são rapidamente esquecidos e trocados por novos "heróis". A cultura da celebridade não permite a permanência de "heróis" por muito tempo, tudo deve ser descartado, em sintonia com a economia, para que novos apareçam nas telas. Na cultura do descarte até a vida não tem valor e, nas telas da tv brasileira a  maior audiência no esporte, depois do futebol, é uma luta onde os lutadores sangram, sofrem fraturas de membros e até morrem como consequência das lutas. Enquanto isso , o esporte como qualidade de vida, a atividade física como elemento de redução de gastos com doença, o coma menos e melhor não são valorizados nem incentivados pela mídia de grande alcance. A tv brasileira continua firme em seu papel de idiotizar, diminuir e colonizar o povo brasileiro. Em uma mídia onde a participação de capital estrangeiro não pode ser superior a 50% nas empresas de mídia, o que assistimos em tv's, rádios e jornais é um ataque sistemático, violento contra todos os elementos de nossa rica cultura, objetivando, dessa forma, esmagar a auto estima do povo.  Dúvidas persistem , até hoje, sobre os verdadeiros donos da tv globo, da participação majoritária de capital neonazista na Editora Abril, e sobre o controle majoritário de um grupo português sobre os veículos do grupo O Dia. Cabe lembrar, que os chamados jornais populares, tanto de globo como do Dia, durante os jogos olímpicos, massacraram o povo brasileiro com toda sorte de adjetivos e violências, distorcendo os fatos, desinformando, manipulando as notícias. Neste momento os especialistas do esporte da grande mídia, e são muitos e cômicos, deitam toda sorte de falação para que o Brasiiiiiiiiiiil, na visão oportunística midiática, possa faturar muitas medalhas nos próximos jogos. Vejo com dúvida a declaração do Ministro de Esporte que o país deve investir nos esportes individuais, como o boxe, para obter um grande número de medalhas.  Uma visão apenas de propaganda. Pior ainda é o cálculo oportunístico da mídia sobre medalhas per capta , um verdadeiro quantitativo da idiotice informativa, uma visão reduzida do esporte, o capitalismo das medalhas. Terminado os jogos,  vamos para 2016 aqui no Rio. Na cidade maravilha mutante, o Cristo Redentor receberá todos de braços abertos, distribuindo coca-cola e big mac.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Agosto

Agosto



Ao gosto da sedenta mídia golpista entramos em agosto. Mês do esperado julgamento do chamado mensalão, uma armação em rota de colisão com a verdadeira informação sobre os reais senhores da corrupção. Ao gosto da mídia todos os réus são culpados e devem ser condenados no agosto em que o país verá o maior espetáculo de pressão midiática sobre um poder da república. Ao gosto da mídia nenhum resultado poderá ser diferente da condenação de todos  os acusados. Caso sejam absolvidos o desgosto será irreparável e as consequências para os poderes republicanos podem ser inimagináveis, o país nunca mais será o mesmo, tudo, claro, a contragosto da mídia, porém necessário para sanear o amargo gosto de uma suposta impunidade. O teatro midíatico se agita. Saudações típicas do meio podem ser ouvidas entre os atores do midiático poder teatral. Merda!, Merda! Congratulam-se no agosto, que costuma ser o mês do desgosto, desejando sucesso para entrada em cena para mais um grande espetáculo. Generosos e longos minutos são disponibilizados no noticiário da televisão de agosto, uma nova televisão, os paladinos da ética e da justiça perfilados ao gosto do telespectador para relatar aquilo que já decidiram em comum acordo, no posto da lei, suposto poder de fiscalização da sociedade. Para tanto incluem nas múltiplas e sucessivas imagens do grande julgamento pessoas que não estão em julgamento, como Lula e Dilma. Um mau gosto, ou manipulação, ou politização, ou pressão. Assim apareceram na Globo, Band, SBT e até na evangélica Record que não tem lá muito gosto pelo carnaval pois considera a cultura do samba coisa do diabo e de mau gosto. A verdade, porém, está oculta em uma dinâmica subjacente ao midiático teatro da mídia, emergindo das sujas luzes de blogues e sites sujos, apontando para os reais criminosos, que para desgosto da mídia encontram-se em togas, redações de jornais  e nas bancadas dos paladinos da moral e da justiça. Vários julgamentos acontecem, reais, imaginários, legais, autênticos. Em agosto, isto posto, resta-nos participar ativamente, de bom gosto, para por fim ao desgosto de séculos de dominação mentirosa, criminosa, opressora que ainda ecoa dos casarões, de direito sem posto, mas de fato agindo ao oposto do bem estar da sociedade .

Golpe em Sampa

Golpe em Sampa



Repercute nos sites e blogues "sujos" a notícia sobre a decisão que a tv globo , de São Paulo, tomou para dar visibilidade aos candidatos a prefeitura da cidade de São Paulo. Na mídia conservadora o assunto não existe. Segundo a tv globo os candidatos a prefeito terão um espaço na emissora, em programas jornalísticos, proporcional aos índices de intenção de voto apontados por institutos de pesquisa de opinião. Uma decisão absurda. Em se tratando de eleições seria interessante, independente da cidade, que a população pudesse conhecer todos os candidatos e suas propostas em igualdades de condições, tempo e visibilidade, isso no tocante a cobertura das emissoras de tv. Ao escolher os índices de intenção de voto fornecidos por institutos de pesquisa, a tv globo entra na disputa, prejudica os candidatos pouco conhecidos e a renovação do quadro político, uma vez que segue tendências que em muitas ocasiões não se confirmaram. Em se tratando de um primeiro turno os institutos de pesquisa tem errado com frequência em suas avaliações ainda mais quando a propaganda na tv não tem início. A história da tv globo é repĺeta de golpes e tentativas de distorcer os fatos e influenciar o eleitor nas suas de decisões. Vale a lembrança de um fato emblemático. Nas eleições para presidente em 1989, quando existiam quase 20 candidatos na disputa no primeiro turno, a tv globo aprontou. Com Collor, candidato dos Marinhos, em primeiro lugar nas pesquisas e praticamente garantido no segundo turno a briga ficou restrita ao segundo lugar, onde Lula e Brizola estavam tecnicamente empatados com algo em torno de 16% das intenções de voto. E aí entra a tv globo. O candidato do Patido Comunista Brasileiro-PCB- Roberto Freire, tinha algo em torno de 1% das intenções de voto e  passou a receber da tv globo uma exposição , com direito a rasgados elogios, bem maior que a dada a Brizola e Lula. O objetivo era fazer com que o eleitor se inclinasse para Freire e com isso retirasse votos de Brizola e Lula, abrindo, assim, espaço para que um candidato de direita corresse por fora e pudesse chegar ao segundo turno junto com Collor. A bajulação a Freire foi tão escancarada que mereceu um artigo no Jornal do Brasil com o seguinte título: " Roberto Marinho, O Comunista " .Naquela  ocasião a tv globo fez o caminho oposto ao que se propõe a fazer agora. Os índices fornecidos pelos institutos de pesquisa de opinião tem sido bem sucedidos quando a eleição vai para o segundo turno, quando os dois candidatos na disputa já passaram pelo crivo do eleitor. Mesmo assim alguns institutos ainda erram. O primeiro turno é sempre sujeito a grandes oscilações na escolha do eleitorado pois inúmeras variáveis estão envolvidas no processo. A escolha da tv globo de São Paulo tem o objetivo de privilegiar o candidato do PSDB, aliado da mídia conservadora que atualmente desponta com vantagem  sobre os demais. Vale lembrar que o mesmo candidato é também o que tem  um índice de rejeição maior de todos. Maior , inclusive , que seu índice de aceitação. A tv globo tinha outras opções para balizar a escolha do tempo de exposição dos candidatos. Se fosse uma emissora democrática que cumprisse com o interesse público disponibilizaria o mesmo tempo de exposição para todos os candidatos, independente de partido político, ideologia ou poder econômico. Uma utopia em se tratando da tv dos Marinhos. Poderia , ainda, já que deseja estar ancorada em critérios, seguir a legislação eleitoral nos aspectos que dizem respeito ao tempo que cada candidato terá na propaganda gratuita de tv, dando, a esses candidatos, o tempo de exposição proporcional. Caso o fizesse estaria seguindo a legislação, independente se as leis são ou não justas e adequadas, o que estaria em coerência com uma emissora que cobra de todos, diariamente, o cumprimento das leis e da ordem. Acabou escolhendo a pior opção, pois é anti-democrática, não está balizada por nenhuma legislação, fere o interesse público, prejudica os candidatos e o processo eleitoral A televisão deve servir ao interesse público e não aos interesses políticos, doutrinários e mercantis das empresas que operam as concessões. A propósito, por onde anda o ministro Bernardo ?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mensalão, Reco-reco e Brasiiiiiil

Rio de Janeiro - 15    Mensalão, Reco-reco e Brasiiiiiiiil







Política

O julgamento do chamado mensalão, que começa em agosto, foi o carro abre-alas, com direito a todo tipo de alegoria, das revistas semanais. Com exceção de Carta Capital, que trouxe um supremo envolvido em travessuras financeiras - assunto ignorado pela comissão de frente midiática golpista - as baterias do partido político da imprensa  tocaram em unísssono pelo grande julgamento, o maior do śeculo. Nas capas os artesãos das imagens  não pouparam esforços para que as cores tivessem excelentes definições, os personagens apresentados retratassem as figuras  de uma história sinistra e as expressões cuidadosamente desenhadas dessem ao leitor uma exata , porém falsa, compreensão do enredo. O trabalho foi cuidadosamente elaborado ao longo de anos nos barracões, ou quem sabe porões , da grande imprensa golpista e, o período compreendido entre a semana que se inicia e meados do mês de setembro, a grande  e golpista imprensa desfilará toda a sua sorte, ou quem sabe a sua sobrevivência, na preservação de seu ideário e de sua manutenção no grupo fantasioso do conservadorismo.


Samba

Apesar do silêncio na grande mídia, o mundo do carnaval, um setor da economia que movimenta anualmente milhões de reais com geração de empregos , capacitação de profissionais, turismo, produção artística, etc... movimenta-se na reorganização de suas estruturas político - administrativas visando os desfiles das escolas de samba dos diferentes grupos. Novas associações foram criadas e fundidas com o objetivo de dar mais visibilidade , na arena maior, do carnaval carioca. A contratação de novos profissionais assim como a aquisição de equipamentos aquece o setor nesse período de organização e planejamento para a elaboração do carnaval .Um grande movimento acontece na colocação de novas rainhas para as baterias das escolas, um posto onde a escolha, na maioria das vezes, segue motivações políticas ou financeiras. Um bom exemplo foi a demissão da rainha da bateria da escola Grande Rio. Mulher de um diretor da emissora detentora dos direitos de transmissão do desfile das escolas, foi duramente criticada por seu perfil anoréxico, incompatível plasticamente para o posto. Insatisfeitos com a repercussão, a tv globo, através do programa fantástico de ontem, apresentou matéria com o intuito de sedimentar na opinião pública que os recursos governamentais destinados ao carnaval são desviados para outros fins, tentando, dessa maneira, aprisionar as escolas de samba com favores de endinheirados para fazer valer suas esquisitices. Vale lembrar que escolas com dificuldades financeiras acabam aceitando propostas para "homenagear" determinadas pessoas, a maioria sem nenhuma relevância para ser enredo,  em troca de um pagamento para fazer o carnaval. Outro aspecto que deve ser discutido amplamente diz respeito aos direitos de transmissão dos desfiles. A percepção da maioria das pessoas do meio, é de que se faz necessário  que outra, ou outras emissoras de tv, também possam transmitir os desfiles. O padrão global, assim chamado pela tv globo para suas transmissões e produções, não reflete a realidade dos desfiles. Deseja-se o padrão real.


Esporte

Na semana  que passou teve  início os jogos olímpicos de Londres, vulgarmente chamado de olimpíadas. A bem da verdade não existe mais nada de olímpico nos jogos. Atletas em busca de visibilidade e independência financeira, grandes interesses comercias envolvendo os jogos e muita sujeira na briga por melhores índices de audiência nas tvs brasileiras. A rede Record, detentora dos direitos de transmissão disponibiliza , em tv aberta, uma grande variedade  de competições independente da participação de atletas brasileiros. Isso já é positivo, já que em eventos da tv globo, somente as competições com atletas brasileiros ganhavam destaque na tv aberta, tudo , claro, com a dose imbecil, infantilizante e idiota de torcida pelo Brasiiiiiiiiil. A cobertura da imprensa, tanto no rádio, impressos e tv, procura desmotivar o ouvinte, leitor e telespectador, respectivamente, de maneira a afastá-lo das telas da Record. Comentários do tipo; " caro ouvinte, hoje o Brasil não tem mais  chance de subir em pódio" isso as 11 horas da manhã. ou ainda; " o primeiro dia do Brasil nas olimpíadas foi excelente, já hoje, o segundo dia , está uma coisa horrorosa. Lá vem o Brasil descendo a ladeira " ou ainda. " na ginástica só se vê tombo do Brasil ". Outro: " o futebol apresentado pelas seleções é muito fraco. Dessa maneira até a equipe do Brasil, que não  tem esquema e joga toda improvisada, pode ganhar a medalha de ouro " O sofrimento : " a dupla de volei de praia do Brasil sofreu para ganhar a partida " E a que perdeu,sofreu menos, ficou feliz  ? . Tudo isso, claro, em função de uma briga por audiência, independentemente do que acontece nos jogos. A cobertura da Record vai bem, até agora, e os comentaristas, com raras exceções, sabem o que falam.
 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Comunicação e Linguagem na Mídia

Comunicação e Linguagem na Mídia



"O cenário atual aponta para infinitas possibilidades porém com grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece nestes tempos de ajustes e definições. As análises, sempre coerentes e precisas,apontam os dilemas da humanidade em mais um período histórico, onde forças opostas travam disputas ferrenhas com o objetivo de fazer prevalecer suas posições. As transformações não seguem uma lógica linear de  acomodação e se apresentam em saltos, por vezes incompreensíveis para o cidadão comum que mesmo dispondo de uma gama diversificada de opiniões ainda não teceu, adequadamente, uma nova, porém antiga, concepção de análise e internalização dos fatos correntes. O caminho tem sido bem trilhado e as orientações para consolidação são, em sua esmagadora maioria, conduzida por luminares do conhecimento, o que transmite tranquilidade e segurança, apesar dos intensos debates que sempre visam o melhor para todos. O empenho é total, diário, e requer um comprometimento visceral, celular, para que as posições não sejam perdidas, os espaços conquistados bem protegidos com a consequente construção de edificações que possam garantir a permanência do ideário. Todo arsenal crítico, de imediato, não pode encontrar repouso no terreno específico devendo ser alvo de análise profunda tendo em conta todas as ferramentas disponíveis para tal. Cabe sempre lembrar que as instituições envolvidas não devem medir esforços para fornecer todo material, humano e técnico, para os grupos de análise, suprindo, assim, eventuais deficiências que possam vir a ocorrer durante o período em questão, no contexto deste artigo. A precisão, assim como a exatidão, são condições fundamentais na cristalização de uma credibilidade forte, transparente, consistente, que devem ser o principal pilar das forças de consolidação que trablham em prol do bem estar da humanidade. Toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa, procurando elmentos de afinidade com o centro condutor, em primeiro lugar, e eliminando aquelas orientações que possam desestabilizar o sistema, principalmente aquelas orientaçõs e conceitos de caráter meramente subjetivo e, que em muitas ocasiões , ganham corpo na estrutural conceitual, desvirtuando os caminhos, confundindo percepções e colocando em risco as instituições  e toda gama de recursos empenhados. Assim, esperamos de nossos parceiros a atenção total, assim como de nossso fiés seguidores a contribuição constante, incansável, para que as disposições aqui bem definidas possam lograr êxito garantindo a segurança de todos". 

O texto acima  pode indicar uma parte de  como a grande imprensa trabalha na construção de suas análises, e informações para o cidadão. O texto não diz absolutamente nada, não especifica o assunto e muito menos contextualiza. Retirando algumas poucas palavras , e acrescentando outras específicas, pode ser utilizado para análise sobre qualquer assunto, desde economia, passando por ciência, religião , política, etc. O texto segue o princípio da hipnose ericsoniana, nome atribuido ao seu criador, Milton Ericson. Trabalhando com generalizações, e utilizando palavras chaves, no caso a especificação do assunto, conduz o leitor/ouvinte/telespectador a compreensão própria do assunto, sem especificar, contextualizar ou definir. As palavras chaves de especificação, juntamente com palavras de indução levam o receptor a crer  que se trata de algo profundo e consistente. A técnica é usada no trabalho psicoterapêutico com grande sucesso , porém, quando utilizada pelos meios de comunicação, se transforma em uma poderosa ferramenta de manipulação e aprisonamento das consciências. O  oposto a esta técnica é a ferramenta da meta linguagem, que através de desafios questionadores , visa especificar o conteúdo, Por exemplo: " o cenário atual aponta para infinitas possibilidade... Que cenário, especificamente ?  " porém, grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece... Incerteza em relação a quê ? Que percalços, cite alguns ? Que caminho ? É o único ?  " as análises, sempre coerentes e precisas... Que análises ? Feitas por quem ? Coerentes e precisas comparadas com quê ? " o caminho tem sido bem trilhado e as orientações para acomodação... Que caminho ? Trilhado por quem, especificamente ? Que orientações ? Quem as forneceu ? O que deve ser acomodado ? " toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa procurando elementos de afinidade com o centro condutor... Quem avalia ? Que centro condutor ? Ele conduz o quê ou quem ?  E por aí, vai. Todo o texto acima pode ser desafiado pelos padrões da meta linguagem, procurando, sempre especificar, quantificar, definir e contextualizar. Entretanto ainda são poucos que percebem as sutilezas da comunicação midiática para buscar o conteúdo adequado. Associado ao texto, as mídias também se utilizam de outros instrumentos para consolidação de suas informações. Em se tratando de mídias impressas, jornais, revistas, livros, etc... a análise é a mais simples de ser executada pois exclui os elementos visuais e sonoros da comunicação, ferramentas ainda mais poderosas na construção de conceitos pois prevalecem como principais filtros de recepção na maioria das pessoas. Assim sendo, o foco principal recai na televisão e rádio. O rádio trabalha , obviamente com o texto falado e a voz. O ouvinte recebe a informação somente pelos canais auditivos, pela voz do emissor, o que por um lado revela toda a estrutura emocional do emissor, assim como os elementos cênicos sempre, no caso da mídia em questão, associado ao sensacionalismo. O rádio elimina o principal filtro de recepção, que é o visual, mas para um ouvinte atento é póssível perceber as diferentes variações no tom de voz ao se proferir determinadas palavras que servem com fortalecedoras de conceitos que se deseja passar. A desconstrução do conteúdo, em relação a mídia impressa, ganha uma dificuldade a mais, porém,  ainda assim , é fácil de ser percebida pelos ouvintes atentos. Torna-se , ainda mais fácil, perceber a sinceridade das intervenções dos emissores no tocante aos assuntos abordados, principalmente quando manifestações de emoções ( sorrisos, irritações, tristeza, sensacionalsmo )se misturam ao discurso proferido pelos radialistas, revelando, na maioria das vezes, uma compreensão, para o ouvinte atento, contrária ao conteúdo proferido pelo emissor. A terceira, e mais poderosa fonte, é a televisão. A tv trabalha, com o texto , o som e o visual, propiciando ao emissor de conteúdo uma enorme gama de recursos não verbais que também são considerados ferramentas de hipnose no contexto do conteúdo ericsoniano. Para a maioria das pessoas, ao se posicionar na frente de um aparelho de tv, suas capacidades de recepção auditivas e de leitura ( quando são apresentados textos, mesmo que pequenos) são minimizadas pelo filtro predominantemente visual. Não por acaso, a maioria esmagadora dos conteúdos informativos de tv, segue um padrão de apresentação bem definido, no tocante aos apresentadores, aparência, vestimenta, variações no tom de voz e aspectos de comunicação não verbalizados, como sorrisos, expressões de apreensão, sensacionalismo, movimento de braços e mãos adequadamente escolhidos e colocadas em cada notícia. Pode-se assim concluir, que os telejornais, e também outros programas de tv, são apresentados por pessoas que representam papéis para um fim específico, no caso a passagem de informações, o que caracteriza, pela direção ideológia das emissoras, como apenas um programa a mais na grade de cada emissora, não sendo necessáriamente a divulgação de um conteúdo jornalístico, mesmo que sugerido para esse fim. No tocante a aparência, os apresentadores compoẽm um personagem sério, íntegro e de boa aparência. O terno, para os homens , garante a seriedade na condução dos negócios, imprescindpivel para apresentação de notícias. A maioria não usa barba ou bigode e os cabelos são lisos, mesmo que para isso sejam alisados  como fez o apresentador Marcio Correa da tv globo. Aos repórteres de campo, por vezes em situações onde se revelam intrépidos, um relaxamento cuidadoso no visual é permitido. Pessoas gordas não apresentam telejornais,talvez por passar uma idéia cômica das notícias, assim como portadores de deficiências são excluidos das apresentações. A calvice também não é bem vista para apresentadores, salvo para aqueles que anteriormente tinham cabelos e perderam com o tempo , sendo acompanhados pelos telespectadores. O uso de óculos também deve ser evitado para não passar ao telespectador uma ideía de deficiência, devendo os apresentadores utilizar lentes de contato, fato que já causou enorme problema e constrangimento para uma apresentadora da tv globo quando sua lente caiu ficando impossibiltada de ler o texto oculto ao telspectador. As mulheres nos telejornais, em sua maioria, são bonitas, magras, e com os cabelos, lisos, na altura dos ombros, seguindo um padrão geral. A amabilidade feminina, no caso da tv globo especificamente, é reprimida nas apresentadoras de telejornais que , na maioria, passam uma   imagem de firmeza e segurança na divulgação das notícias. O padrão não é necessáriamente seguido por outras emissoras, sendo que no caso da tv bandeirantes o estilo mulherzinha é bem valorizado em todos os programas da rede. A análise não inclui a Tv Brasil e a TVT, sendo que esta última é a única que foge do padrão geral, e com relativo sucesso , apresentando bons conteúdos informativos para o telespctador. A TV brasil peca, em algumas situações, principalmente aquelas no tocante ao padrão de apresentação se igualando as demais, porém é forte no tocante a credibilidade.  Esta análise não pretende aprofundar o tema da comunicação, porém reforça a tese da importância da televisão na formatação das consciências, o que não seria um problema, se o espectro eletromagnético fosse democraticamente distribuído.