quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Reducionismo atrasado

Já constatado por Da Vinci, cientistas descobrem 'novo' órgão

O mesentério era considerado uma ligação do aparelho digestivo

Leonardo da Vinci estava certo este tempo todo. No início do século 16, o artista, inventor e cientista italiano afirmou que o que ligava o abdômen ao intestino era um órgão, o mesentério. Agora, séculos depois da descoberta do gênio, cientistas comprovaram a teoria e classificaram um "novo" órgão no corpo humano.

O mesentério foi considerado um órgão até 1885 quando o médico Sir Frederick Treves mostrou estudos que afirmavam que o tecido era apenas um ligamento do aparelho digestivo, já que ele parecia ser fragmentado. No entanto, a classificação dessa parte do corpo foi mudada mais uma vez neste ano graças às pesquisas conduzidas pelo pesquisador da University Hospital Limerick, na Irlanda, J.

Calvin Coffeey.

Já constatado por Da Vinci, cientistas descobrem 'novo' órgão

A reclassificação foi publicada por meio de um artigo na renomada revista científica "The Lancet Gastroenterology & Hepatology" por Coffey e por outro pesquisador, Peter O'Leary.

Nele, os dois cientistas afirmam que "a descrição anatômica de 100 anos atrás era incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado; é uma estrutura simples, contínua e única".

O mesentério é uma dobra dupla do revestimento da cavidade abdominal, o peritônio, que faz a ligação entre a parede do abdômen e o intestino, permitindo que essa parte do aparelho digestivo se mantenha no lugar.

"Sem o mesentério, para manter o intestino conectado, ele seria 'colado' diretamente na parede do corpo. É improvável que o intestino poderia contrair e relaxar em todo o seu comprimento se [ele e a parede] estivessem diretamente em contato", disse Coffey.

O mesentério, então, "mantém o intestino em uma configuração particular, 'engatado', para que quando nós nos levantamos ou andamos ele não colapse na nossa pélvis e não funcione", explicou o pesquisador. Além de proporcionar sustentação e de ser uma ligação entre a parte superior e inferior do corpo, o "novo" órgão também permite que as vísceras sejam bem irrigadas pela corrente sanguínea.

No entanto, as funções exatas do mesentério ou outras que ainda não foram descobertas, ainda serão objeto de muito estudo pelos cientistas. E as pesquisas que serão feitas a respeito poderão ajudar não apenas a conhecer mais o órgão como também descobrir que doenças o afetam.

Sobre isso, com os estudos sobre o mesentério também será possível entender o funcionamento de doenças em todo o sistema digestivo e repensar os tratamentos atuais que são dados a elas.

Será possível, por exemplo, encontrar técnicas cirúrgicas menos intrusivas e perigosas que resultarão em uma recuperação mais rápida e saudável de um paciente. (ANSA)

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Mais uma parte, um órgão, do corpo humano é "descoberta".
Apesar do conhecimento de todas as partes os cientistas ainda não compreendem o corpo como um todo.
Por uma razão simples; o todo é bem maior que a soma de todas as partes, e não pode ser compreendido apenas somando as partes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Racistas

Racismo de Alexandre Garcia na Globo gera críticas na internet

04/01/2017 Redação


Alexandre Garcia recebe enxurrada de críticas após comentário racista exibido em telejornal da Globo.

No Pragmatismo Político

Professores e alunos repudiam comentário racista exibido na Globo

Comunidade acadêmica e alunos e professores de escola pública repudiam comentário racista de Alexandre Garcia, exibido na Globo-DF. Jornalista afirmou que os cotistas que entram na Universidade de Brasília (UnB) não possuem méritos e estão lá por "pistolão", muito embora estudos comprovem que os cotistas vêm tendo desempenho melhor do que os não cotistas.

Um comentário do jornalista Alexandre Garcia, ex-porta-voz da ditadura militar, num noticiário local da Globo em Brasília provocou imensa revolta entre alunos e professores da rede pública, bem como na comunidade acadêmica.
Garcia afirmou que os alunos cotistas da Universidade de Brasília entrariam pelas costas na universidade pública, sem ter, na sua avaliação, mérito para estudar nas instituições federais de ensino superior. Estariam lá por “pistolão”, segundo disse o jornalista.

No entanto, diversos estudos do Ministério da Educação já comprovam que os alunos cotistas vêm tendo desempenho acadêmico superior ao de não-cotistas.

“Temos que pensar na qualidade do ensino. Aqui no Brasil ele é todo assim por pistolão, empurrãozinho, ajuda. A tradução disso é cota. Aí põe lá um monte de gente… só 67%, você viu aí, passaram por mérito. Estão aprendendo como é a vida, a concorrência, sem nenhuma humilhação de receber empurrãozinho. O mérito é a base”, disse o jornalista.

No passado, Garcia já havia causado polêmica, ao dizer que o Brasil não era racista até inventarem a Lei de Cotas (relembre aqui). Ele seguia o raciocínio de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, que escreveu o livro “Não somos racistas”, para tentar evitar que o Brasil adotasse políticas de ação afirmativa, que existem nos Estados Unidos há mais de 50 anos.

Pela tese de Garcia, atrizes da própria Globo, como Thais Araújo e Sheron Menezzes, só sofreram ataques racistas recentemente porque “inventaram” a Lei de Cotas.

O comentário de Garcia provocou indignação e revolta na professora Flávia Helen, que atua na rede pública do Distrito Federal e prepara alunos para o vestibular.

Fonte: O CAFEZINHO
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Alexandre Garcia, de alguma forma, sempre em suas intervenções representa o pensamento e os valores do Grupo Globo. No passado, Garcia foi porta voz do último governo da ditadura militar do General Figueiredo. Ainda, por questões estéticas e de cunho sexual e pessoal, posou nu para uma revista gay.

Agora, o machão da Globo destila racismo e preconceito em um telejornal. Dizendo que a meritocracia é o caminho perfeito e justo para conquistar vagas nas universidades, Garcia esconde a realidade racista do país. Se um preto e um branco tem a mesma avaliação em um processo seletivo de empresas privadas, a vaga, na imensa maioria das vezes ficará com o branco. Se for uma mulher negra a melhor avaliada, a vaga ficará com o homem branco melhor colocado logo abaixo. Se forem duas mulheres, uma negra a e uma branca, a vaga ficará com a branca. Essa é a realidade do país, e em nada a meritocracia é respeitada. 
O sistema de cotas implantado por Lula está inserido no processo de ações afirmativas, permitindo a setores da sociedade historicamente marginalizados e desprovidos de oportunidades, a possibilidade de desfrutar dos mesmos direitos. Além disso, o sistema de cotas tem caráter civilizatório, e uma vez perdurando promoverá a justiça social , a democratização e a deselitização do acesso as universidades públicas e da prática profissional. Profissões como médicos, por exemplo, tem seus profissionais oriundos de classe média e classe alta basicamente todos brancos. Com as cotas, pobres, negros e índios podem estudar e o resultado tem sido excelente, com esses grupos se destacando em desempenho. Esse destaque é o verdadeiro mérito, que setores racistas das elites e da classe média, onde se situam Garcia e Globo, querem eliminar.

A defesa da meritocracia por Garcia é racismo enrustido.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Governo Vômito

Propaganda do governo vira antigoverno, porque não fala o óbvio

POR FERNANDO BRITO · 03/01/2017




Anuncia Lauro Jardim que o Planalto abriu licitação para a escolha de agências de publicidade que se dedicarão à inglória tarefa de cuidar da imagem de um governo em ruínas.

Segundo a nota de O Globo, o tema proposto às agências é a crise, a recessão, a retomada da economia? Não…São os, acredite, Direitos Humanos, a proteção a LGBT, idosos e crianças e a pregação da igualdade racial e de gênero.

Embora estes temas sejam apenas para que se realize o exercício de comunicação, não necessariamente para serem as campanhas “para valer” é mais um curiosidade do Governo Temer: desagradar quem o apoia e ser debochado por quem o detesta.

Afinal este é um governo de homens, de brancos, conservador e, de quebra, ainda está propondo tesourar a aposentadoria rural, os benefícios a idosos e a crianças com deficiência e outras maldades contidas na reforma da Previdência.

Num momento de crise, o discurso correto para a comunicação seria o da austeridade, da busca de alternativas para crescer, da restauração da confiança.

Mas quando se perde o foco, a comunicação “despinguela” também e fica querendo ser o que é só uma microscópica parte dela: uma ideia supostamente genial.

Propaganda “vende” desejo e benefício, não originalidade. Do contrário, cai no ridículo.

Postei lá em cima dois dos “memes” de Facebook que, desde ontem, circulam nas redes sobre a campanha do Ministério dos Transportes com o tema “gente boa também mata”, em tese para mostrar que o uso de celular ao volante é perigosíssimo.

Lógico que todo mundo que se acha “gente boa” sentiu-se agredido.

E mais lógico ainda que o “gente boa” tinha de se virar contra Michel Temer.

Como tenho dito aqui, o problema da publicidade do Governo Michel Temer é que ela se volta para fazer a imagem “dele”.

Porque Temer se acha o “ó do borogodó”, no seu narcisismo.

Tem dúvidas?

Pois então olhe esta matéria da Folha, em agosto de 2015, onde Temer diz que o país precisa de “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”.

A autorreferência é tão óbvia quanto imodesta: “este cara sou eu”…

Então procura ser o que não é, por estar convencido que vai ser.

Sr. Temer, a faixa presidencial lhe caiu ao colo sem que o senhor tenha feito nada que não saiba fazer: articular, conspirar e trair.

Já a popularidade não virá assim, por obra da hipocrisia. E seus marqueteiros parecem desconhecer o que James Carville disse na campanha de Bill Clinton e que o senhor não entende, parece:

-É a economia, estúpido.


Fonte: TIJOLAÇO
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Desde o início o governo Temer tem se caracterizado pela nulidade.

Na economia, nas questões ambientais, na segurança pública, nos direitos humanos e, também, na comunicação.

O presidente golpista quando aparece em cena assusta, e quando fala aterroriza. Com assertividade zero, Temer é o avesso de uma comunicação eficaz. Narcisista e arrogante (o peito estufado significa arrogância e também ajuda a esconder a barriga ) não tem a menor capacidade de convencimento. Com apenas 8% de aprovação não deveria estar mais estar no cargo. Em regimes democráticos ninguém se sustenta com aprovação tão baixa, aprovação, aliás, que deve ter origem na estética da primeira dama. Não há outra explicação para que 8% dos brasileiros apoiem o governo.

Se isso não bastasse, já que não é pouca coisa, o governo lança uma campanha publicitária que é o retrato da família presidencial, trocando , apenas, o rato pelo cachorro.

E ainda agride a maioria da sociedade que são pessoas de bem que se sentiram atingidas pela peça publicitária.

Quanto a agência que produziu a peça, de alguma forma é o retrato do Brasil atual de 2017, com o horror de Manaus, o assassinato de Campinas, o jornalismo e entretenimento da grande mídia, a lava jato com seus juízes e procuradores alucinados, a aliança entre Bolsonaro e Malafaia, a filha do ministro do STF e outras coisas estranhas

Haja estômago !




segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pedagogia da opressão

Pedagogia da opressão: Folha dá página inteira com discurso de Dória Jr., uma peça diversionista que não diz nada sobre brutais problemas de SP.



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Fonte: Blog do Miro
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O golfe com vassoura

João Fake Dória se fantasia de gari e varre rua limpa: isso no primeiro dia de gestão à frente da maior e mais desafiadora cidade do país.

Fonte: Carta Maior @cartamaior
"Bem, prefeito. Essa é a vassoura. Isso, com as duas mãos. As cerdas são para baixo, senhor. Os movimentos são parecidos com os do golfe."


Fonte: Daniel Cassol @dbcassol em CARTA MAIOR
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Foto: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

domingo, 1 de janeiro de 2017

Superados no ataque

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Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Temer, Macri e a expressão do fracasso

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.

Desta vez, no entanto, para conseguirem certo espaço, tiveram de promover o esquecimento da população em relação ao seu fracasso e ao sucesso dos governos que os sucederam. Agiram, assim que Macri e Temer assumiram, repetindo a pantomima do seu surgimento, como se nada tivesse acontecido: nem seu esgotamento, nem o sucesso dos governos que se antepuseram a eles.

Se valeram da recessão econômica internacional e seus efeitos sobre os nossos países, da reiteração da campanha de desestabilização interna promovida pela mídia, das acusações reiteradas de setores do Judiciário e da polícia, concentrados nos governos progressistas, para promover a candidatura do Macri na Argentina, o golpe no Brasil.

Tiveram, para retomar suas políticas, de retomar seus diagnósticos, negados pela realidade recente. O Estado gastou muito, as políticas sociais desequilibraram o orçamento público, a força de trabalho é muito cara, o desenvolvimento gera inflação e assim por diante. E aplicaram seu duro ajuste fiscal, sem aprender nada da realidade, revelando como não tem nada de novo a oferecer. E fracassam de novo.

Bastaram alguns meses para ficar claro que nem na Argentina, nem Brasil, nem um único índice econômico é positivo. A recessão se aprofunda, como efeito do ajuste, e se torna depressão econômica. Não há investimentos novos, ao contrário, há fuga de capitais e aumento da especulação financeira. O desemprego dispara, os salários são comprimidos, a crise social se intensifica, a desconfiança na economia se generaliza, dentro e fora dos países.

Macri e Temer fracassam ao mesmo tempo, nos dois maiores países que se haviam atrevido a ferir preceitos básicos do neoliberalismo. Que haviam provado que é possível crescer, distribuir renda e controlar a inflação. Que é possível recuperar a legitimidade do Estado, com políticas de crescimento e de inclusão social. Que a integração regional e os intercâmbios Sul-Sul são melhores do que a integração subordinada como a do México com os EUA.

Agora a comparação não é com os desenvolvimentos esgotados das décadas anteriores ao surgimento do neoliberalismo, mas com os avanços realizados neste século. Como não sobrevivem a essa comparação, os governos neoliberais promovem o esquecimento na cabeça das pessoas, mas diante da expropriação dos direitos adquiridos, sua luta é vã. Por outro lado, tentam a desqualificação dos principais responsáveis por essas conquistas – Lula e Cristina Kirchner. Tampouco conseguem, como as pesquisas apontam.

Foi um ano de imensos retrocessos para os dois países, como não havia ocorrido desde as ditaduras militares. Só comparáveis com os retrocessos promovidos pelos primeiros governos neoliberais – de Collor e FHC no Brasil, de Carlos Menem, na Argentina. Com a diferença que desta vez o impulso neoliberal tem fôlego muito mais curto e deve ser um parêntesis e não um longo período de retrocessos no Brasil e na Argentina.

Fonte: Blog do Miro
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Em toda minha vida superei tudo.


O mais fácil de superar foram os superados.

No entanto, muitos ainda não se deram conta de que são e estão superados.

Enquanto superados, se superam em mediocridades , fantasias, mentiras e outras bobagens que parecem não ter fim.

A superação dos superados parece ser longa, gradual e insegura, tal qual um folhetim superado que se arrasta acreditando ser a contemporaneidade.

A cultura dos superados predomina, no entanto já por algum tempo muito pouco determina, enquanto a cultura do novo ainda não floresceu.

Entre aquele que está superado e aquele ainda está em trabalho de parto, a realidade mundial se manifesta no dia-a-dia das pessoas.

O presente atual é um constante duelo entre um passado superado e um novo que se organiza.

Nesse contexto os opostos se manifestam , a intolerância explode e os conflitos são inevitáveis.


Assim como na Física, passado, presente e futuro em um só plano.

Superados não entendem o momento atual do mundo.

sábado, 31 de dezembro de 2016

O PAPIRO deseja a todos um Feliz 2017



Final de 2016.
Oito horas da noite, e o barulho dos fogos já anuncia a chegada de mais um ano.
Os fogos começaram bem cedo, afinal parece que todo mundo quer se livrar de 2016, o mais rápido.
Importante, para mim e para você, caro leitor que faz o sucesso desse blog, que em 2017 não se perca o foco , nem a esperança.
O discurso dominante de que não há alternativa, só é válido para os mortos, para aqueles que se entregam e se curvam.
A briga tem fim, a luta é por toda a vida.
Não se deixar confundir, em hipótese alguma, com ideais, propósitos e valores que não sejam aqueles que lutam por uma sociedade, um país, mais justo, democrático e soberano.
Que em 2017 você desfrute de :
amor;
alegria;
bondade;
brilho;
competência;
compreensão;
disposição;
determinação;
entusiasmo;
emprego;
felicidade;
força;
grana;
gana;
honestidade;
harmonia;
inteligência;
inspiração;
justiça;
juventude;
liberdade;
liderança;
maturidade;
método;
naturalidade;
notoriedade;
otimismo;
oportunidade;
paz;
perseverança;
qualidade;
quietude;
razão;
reconhecimento;
saúde;
sorte;
tesão;
trabalho;
união;
utopia;
visão;
valentia;
xodó,
zelo.