sábado, 12 de novembro de 2016

Trump e Maconha vencem eleições nos EUA

Maconha, a grande vencedora das eleições americanas


por Débora Melo — publicado 11/11/2016 16h32, última modificação 12/11/2016 15h45


Com o 'sim' de Califórnia, Massachusetts, Nevada e Maine, 63 milhões de americanos vivem hoje em locais onde uso recreativo da erva é legal

Jonathan Alcorn/Reuters/Latinstock

Americanos celebram a aprovação do uso recreativo de maconha na Califórnia

Na mesma eleição que deu a vitória a Donald Trump e mergulhou os Estados Unidos no desconhecido, norte-americanos de oito Estados deram sinal verde para a legalização da maconha. Califórnia, Massachusetts, Nevada e Maine autorizaram o uso recreativo da erva, algo que já era realidade na capital e nos Estados do Colorado, Oregon, Washington e Alasca

Com isso, mais de 63 milhões de norte-americanos (20% da população) vivem agora em Estados onde o uso recreativo de cannabis é legal para maiores de 21 anos. Dos que levaram o tema a referendo, apenas o Arizona rejeitou a proposta. Quanto ao uso medicinal, eleitores de Flórida, Arkansas, Montana e Dakota do Norte disseram “sim” à legalização, que hoje alcança 29 dos 50 Estados do país.

“Isso representa uma vitória monumental para o movimento da reforma da maconha. Com a liderança da Califórnia, o fim da proibição se aproxima rapidamente no país e até mesmo no mundo", disse em um comunicado Ethan Nadelmann, diretor-executivo da Drug Policy Alliance, organização sem fins lucrativos que defende o fim da guerra às drogas.

A Califórnia foi pioneira em legalizar o uso medicinal da maconha nos EUA, em 1996. O Estado, o mais populoso e mais rico do país, faz fronteira com o México e tem potencial para impactar o debate sobre drogas em toda a América Latina.

De acordo com projeções do Arcview Group, companhia que faz a ponte entre investidores e empresas de cannabis, o mercado regulado de maconha movimenta 6,8 bilhões de dólares por ano nos EUA e, com a adesão da Califórnia no segmento recreativo, em quatro anos esse valor deverá saltar para 22 bilhões.

A proposta aprovada por 56% dos californianos permite que cidadãos com mais de 21 anos portem até uma onça (equivalente a 28 gramas) de maconha para uso pessoal, mas o consumo em locais públicos não será permitido. Também foi autorizado o cultivo de até seis plantas por residência.

As licenças para lojas, os chamados dispensários, deverão ser emitidas a partir de janeiro de 2017, e a previsão é que as vendas para uso recreativo sejam liberadas no segundo semestre ou apenas em 2018.

Os recursos obtidos com o comércio regular de cannabis na Califórnia serão destinados a estudos sobre maconha medicinal, pesquisas sobre as consequências de dirigir sob efeito da substância, campanhas de educação preventiva e estudos contra danos ambientais provocados pela produção em larga escala.

O avanço da onda verde na nação que é a maior patrocinadora da guerra às drogas foi detectado em pesquisarealizada em outubro pelo Instituto Gallup, segundo a qual 60% dos americanos defendiam a legalização do consumo de maconha, maior índice registrado em 47 anos. Em 1969, quando essa pergunta foi feita pela primeira vez, apenas 12% apoiavam a medida.

O contato com as experiências inovadoras do Colorado e de Washington a partir de 2012 pode ter contribuído com essa maior aceitação da cannabis pela população. Na Califórnia, por exemplo, a legalização do uso recreativo havia sido rejeitada duas vezes, em 1972 e em 2010.

“Essa é a primeira votação que se faz já conhecendo experiências de legalização. Os americanos sabem como foi no Colorado, então não é mais um tiro no escuro", afirma Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations, organização que financia pesquisas em diversos países e foi fundada pelo megainvestidor George Soros. "E lá funcionou. O Estado arrecadou centenas de milhares de dólares em impostos e o consumo de maconha não aumentou. O grande mito da discussão da regulação é o aumento do consumo", continua.


A Flórida elegeu Trump e autorizou a maconha medicinal (Foto: Claudia Wizner/Alamy Stock Photo/Latinstock)

Para Abramovay, é essencial deixar claro que não se trata de liberação, mas de regulação. "As drogas são liberadas hoje, quem quer tem acesso livre às drogas. Não importa se é menor de idade, não importa se é rico ou se é pobre, é sempre muito fácil conseguir drogas. Mas as drogas não devem ser algo fácil de conseguir, não devem ter propaganda na televisão. É preciso ter um controle bastante rígido."

Relatório publicado em outubro pela Drug Policy Alliance aponta que o consumo de maconha entre adolescentes não aumentou nos Estados que autorizaram o uso recreativo. O estudo cita, por exemplo, pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde Pública do Colorado com 17 mil estudantes que indica ligeira queda no consumo em 2015.

Questionados sobre o uso de maconha nos 30 dias anteriores à pesquisa, 21,2% dos adolescentes afirmaram ter consumido a erva. Em 2009, três anos antes da legalização no Colorado, esse índice era de 25%. O mesmo levantamento apontou, ainda, que 43% dos estudantes admitiram ter usado cannabis pelo menos uma vez na vida em 2009, índice que baixou para 38% em 2015.

O relatório aponta, ainda, que o mercado formal de cannabis rendeu ao Colorado 129 milhões de dólares em impostos no último ano fiscal e que as prisões por posse, cultivo e distribuição irregular de maconha foram reduzidas pela metade. A legalização é frequentemente apontada por seus defensores como um instrumento capaz de corrigir injustiças contra as minorias, hoje muito mais suscetíveis a prisões e condenações por crimes de drogas.

Independentemente do que acontece em nível estadual, a cannabis continua ilegal no âmbito federal e está enquadrada na categoria reservada às drogas mais perigosas, conforme classificação do DEA (Drug Enforcement Administration), órgão responsável pela repressão e controle de narcóticos nos Estados Unidos.

Se em 2013 o governo Barack Obama anunciou que respeitava a decisão dos Estados sobre a legalização da maconha, os norte-americanos não sabem o que esperar de Donald Trump, que não se posicionou claramente sobre o tema durante a campanha eleitoral.

Embora tenha defendido a autonomia dos Estados e dado declarações favoráveis ao uso medicinal da erva, o republicano fez críticas à legalização do uso recreativo. À imprensa norte-americana, o diretor-executivo da Drug Policy Alliance resumiu o sentimento: “Ter Donald Trump como presidente me preocupa profundamente”, disse Nadelmann.

Brasil

O avanço da legalização da maconha nos EUA pode impulsionar o debate sobre a descriminalização do porte e consumo de maconha no Brasil. O julgamento do tema está parado desde setembro de 2015 no Supremo Tribunal Federal, quando o ministro Teori Zavascki pediu vista do processo (RE 635659). O placar, por enquanto, está 3 a 0 a favor descriminalização, com votos de Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin.

Para Abramovay, os ministros devem levar em conta as experiências bem sucedidas de outros países. “Acho que tudo isso influencia o debate. A ideia de que a criminalização é algo absolutamente ineficiente e que existem outros modelos permite uma discussão mais qualificada”, afirma.

No que diz respeito à classe política, porém, Abramovay não enxerga mudanças no curto prazo. “Ainda temos muita gente que ganha votos com a ideia de guerra às drogas, de semear o medo para colher repressão.”

Fonte: CARTA CAPITAL
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Estudantes podem derrubar Temer

Estudantes a temer, resistir sempre, desistir jamais



Outro campeão de jornalismo:
Zero Hora, a exemplo da Folha, não deu nenhuma linha para protesto nacional mais abrangente contra o golpe e a PEC.

Edição da Folha enviada a assinantes neste sábado dá foto de manifestação na França e nenhuma linha, zero, aos atos anti-PEC em todo o país.

'Adoçar' Trump, como tentam golpistas, e parte da mídia, é uma forma de negar a saturação terminal do neoliberalismo que se quer restaurar aqui.

Fonte: CARTA MAIOR
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The Economist: o neolibelismo perdeu, Temer!

Como previu o Piketty: os pobres se vingaram dos neolibelistas

publicado 11/11/2016


Extraído de The Economist, a Bíblia dos neolibelistas que dominam a língua inglesa, o que não é o caso da maioria dos neolibelistas pigais...:
A eleição de Trump é um repúdio a todos os liberais, inclusive a esta revista. Mercados abertos e a clássica democracia liberal que defendemos, e que pareciam vitoriosos com a queda do Muro de Berlim, em 1989, foram rejeitados, primeiro, na Inglaterra, com o Brexit, e agora na América.

França, Itália e outros países europeus podem seguir o mesmo caminho.

É claro que o apoio popular à Ordem Ocidental dependia mais de rápido crescimento econômico e do efeito estimulante da ameaça da União Soviética do que propriamente de persuasão intelectual. Ultimamente, as democracias ocidentais falharam em distribuir os benefícios da prosperidade.

Em termos reais, a renda mediana do homem americano está abaixo da que ele tinha em 1970. Nos últimos 50 anos, com exceção da expansão dos anos 90, a renda das famílias de classe média caiu a cada recessão. A mobilidade social está muito lenta e não dá esperança de que alguma coisa melhor vá acontecer. A perda de autoestima não foi neutralizada por alguns centavos de aumento salarial.

Os políticos e analistas políticos menosprezaram a desilusão.

Quando Trump se prepara para entrar na Casa Branca, o longo e difícil trabalho de argumentar a favor do internacionalismo liberal começa de novo.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Com a Proa em Ítaca


COM A PROA EM ÍTACA.




É quando a mentira

domina e prima,

e a indignidade

vira regra,

hábito,

etiqueta,

daqueles que professam,

cultuam,

praticam,

sem necessidade de templo

ou liturgia,

a mais rasteira e porca

hipocrisia,

que o justo busca a razão,

reúne a coragem,

para seguir

na reta travessia.




É quando a injustiça

esquece as normas do Direito,

se rasga a Constituição,

a garantia de defesa,

aceita-se a chantagem,

a pressão,

a violência,

o abuso,

o massacre

e o desvio,

premia-se a delação

e a calúnia,

distorce-se a Lei a serviço

de uns poucos,

enquanto sua espada

só se abate sobre outros,

enchendo as prisões,

pela imposição

da arrogância,

do casuísmo e do arbítrio,

que o justo busca a razão,

reúne a coragem,

para seguir

na reta travessia.




É quando conspurca-se

a verdade,

distorcem-se os fatos,

traveste-se

e mascara-se

a memória,

com as cores do cinismo,

do embuste,

da impostura,

e urdem boatos,

e os disseminam,

para justificar a maldade

e a infâmia,

que o justo busca a razão,

reúne a coragem,

para seguir

na reta travessia.




É quando se negocia,

na calada da noite

ou à luz do dia,

a entrega das riquezas,

abjeta e infame,

abaixo e acima de onde pisamos

- dos veios das montanhas,

ao fundo do oceano -

das armas que estamos construindo,

e daquilo que chamam de mercado

(a força de quem compra,

de seu trabalho insano,

que aumentará agora,

em esforço e anos,

até pouco antes que

a morte sobrevenha)

aos estrangeiros,

que o justo busca a razão,

reúne a coragem,

para seguir

na reta travessia.




Daqueles

que vieram antes,

a poder de tempo,

de suor e de sangue

e nos legaram,

história,

terra,

vergonha na cara,

herdamos nossas cores,

nossos panos e bandeiras,

nossas lanças

e adagas,

o anseio e os planos

de grandeza e de futuro,

de Justiça,

de Pátria e Liberdade.

E a honra de pelear

a vida inteira,

por princípios,

ideias,

ideais,

mesmo quando

o que move a maioria,

é o sonho egoísta

de uma "meritocracia",

que muitas vezes

se compra

com diploma

e concurso.



Há a nave de seguir

mar e curso,

mesmo quando

o vento for contrário.



Que venha o sal amargo

da tempestade

bater em nosso rosto,

com a força do ódio

infame e tosco,

que explode

em meio

aos relâmpagos

e trovões.



Não importam,

como a Odisseu,

os meses e os anos,

nem os cíclopes,

nem as sereias,

canalhas,

que sussurram

em telas

e caracteres

ofertas e ilusões.



Nem que caíam

de um lado e de outro,

companheiros,

e outros emerjam

do ventre da Utopia,

da brasilidade,

da indignação

e da esperança,

para cobrir seus postos,

atrás dos remos,

das velas e escudos.



Ítaca existe,

para além dos desafios,

rochedos,

abismos,

redemoinhos,

horizontes,

oceanos.



Ítaca resiste

em cada onda,

a cada embate,

o Brasil insiste,

como estandarte

entrevisto na batalha,

gravado a fogo,

em nossos braços e punhos,

em nossas mentes

e nossos corações.



Fonte: MAURO SANTANYANA

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Ritmos e campos


 

Se você está perplexo, confuso, com a vitória de Trump, relaxe.
A vitória do magnata está inserida em um processo de mudanças que deve se consolidar no final desta década e início da próxima década.
Sobre isso, o PAPIRO publicou em outubro de 2014 texto sobre ritmos e campos.
Abaixo um excerto do texto:

excerto do artigo O IMPACTO DA CIÊNCIA SOBRE A VISÃO DO MUNDO da autoria de Verônica Rapp de Eston -Professora associada aposentada da Faculdade de Medicina e co-fundadora do Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo, publicado pela autora originalmente em 1989 e no PAPIRO, inicialmente, em novembro de 2013:

Ritmos biológicos e campos bioelétricos 

A biologia moderna pesquisou sobretudo os aspectos químicos dos seres vivos. Em décadas recentes, porém, outros fatores foram verificados, como o efeito das radiações eletromagnéticas e das flutuações geomagnéticas sobre os parâmetros da funcionalidade humana ( tempo de reação, humor, e a velocidade dos processos biológicos ). Relacionou-se, por exemplo, a maior procura hospitais psiquiátricos com a ocorrência de flutuações geomagnéticas. Só recentemente a "poluição eletromagnética" vem sendo investigada ( Healer, 1970).

Muitos dos fenômenos ambientais são de natureza rítmica, podendo-se dizer o mesmo em relação ao homem. Ressurgiu, então, o interesse pelos ritmos biológicos, a sua significação para o ser humano, da forma de pesquisas que lembram as dos antigos astrólogos pela ênfase dada à relação entre ambiente cósmico e acontecimentos humanos.

Em escala mais ampla, os padrões rítmicos de muitos fenômenos sociais, tais como guerras e conflitos, evocam a imagem aristotélica do universo como um organismo - o conceito cosmobiológico da natureza. Consideradas globalmente,as pesquisas científicas vêm corroborar a concepção oriental de indivíduo, concebido como parte essencial de um processo evolucionário cósmico.

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06.10.2014


Na astrologia o planeta Saturno, que tem um ciclo de 29 anos 5 meses e 16 dias, tem um significado profundo, que não vou entrar em detalhes, mas que indica o aprendizado que se adquire ao longo do ciclo e, que na astrologia mundial pode significar a repetição da História.

Assim é conhecido como o Senhor do Carma, ou Senhor do Destino.


1 - Em 1945 os EUA apareciam como o principal vencedor da segunda guerra mundial.
Em 1975, os EUA foram derrotados e humilhados na guerra contra o Vietnã.


2 - No ano de 1954 o presidente Getúlio Vargas se suicidou.
Era um presidente querido pelo povo.
Mais ou menos no mesmo ciclo de Saturno - 30 anos, o presidente eleito Tancredo Neves, também querido pelo povo, veio a morrer.


3 - A última eleição para presidente da república antes do golpe militar de 1964, aconteceu em 1960.
O candidato que venceu as eleições fez uma campanha cujo símbolo era uma vassoura, o que significava acabar com a sujeira da corrupção e outras regalias.
Saiu do governo 8 meses depois de eleito.
A primeira eleição para presidente depois da ditadura militar aconteceu em 1989, e o candidato que venceu a eleição tinha como campanha acabar com os marajás do serviço público e acabar com a corrupção.
Foi deposto no meio do mandato.


4 - Em 1964 o golpe militar retirou um presidente do poder.
Em 1992, um presidente foi retirado pelo povo do poder.


5 - Em 1968 milhares de jovens foram as ruas em todo o mundo contra o sistema da época.
Em 1999 os jovens voltaram as ruas para protestar contra o sistema dominante .


6 - Em 1979 o mundo entrava na era do neoliberalismo.
Em 2008, o neoliberalismo entrou em crise profunda que se alastra até os dias atuais.


7 - Em 1979 aconteceu a revolução no Irã em prol do Islã e comandada pelo Aiatolá Khomeini.
Em 2009, aconteceram grandes manifestações no Irã, as maiores desde 1979 a favor e contra o regime iniciado em 1979.


8 - Em 1984, milhões de pessoas saíram às ruas no Brasil para pedir a volta da democracia.
Em 2013, milhões de pessoas saíram as ruas do Brasil para pedir mais democracia.


9 - Em 1985 uma epidemia começava a assustar o mundo, a AIDS.
Em 2014, o ebola repete o passado.


10 - Em 1985, os partidos comunistas foram legalizados no Brasil.
Este ano, em 2014, o Brasil teve eleito seu primeiro governador de um partido comunista.


11 - Em 1985, Tancredo Neves morria antes de tomar posse.
Na campanha presidencial deste ano ,o candidato Eduardo Campos morreu ao longo da campanha.
Tanto em 1985 como em 2014, o candidato Aécio Neves se fez presente, o que pode indicar que o neto de Tancredo seja o que o avô não pôde ser.


12 - Em 1986, em nome de reduzir a inflação , o povo brasileiro viveu mais inflação e um arrocho sem fim.
Em 2015, se eleito, Aécio Neves já disse que vai reduzir a inflação para 3%, o que significa arrocho e desespero para o povo brasileiro.


13- Em 1989 desabava o comunismo no leste europeu.
No Brasil, a campanha para presidente tinha Lula do PT como candidato e com propostas socialistas.
Entre 2018 e 2020 o socialismo voltará a berlinda, de alguma forma, seja para enterrá-lo de vez, para discuti-lo, ou mesmo para ressurgir de outra forma.
Lula, já afirmou que vai se candidatar a presidência em 2018.


14 - Em 1988 o Brasil aprovava a nova constituição em uma Assembléia Constituinte.
Entre 2016 e 2018 o Brasil deve ter alguma assembléia constituinte, talvez para a reforma política. 


15 - Em final de 1987 início de 1988 latas com maconha apareceram no litoral da cidade do Rio de Janeiro, No final deste ano, dinheiro vivo aparece nas praias da cidade.


Show do Milhão


E agora, Moro. Como sair dessa ?

Checao.jpg
Cheque de 1 milhão de reais para Michel Temer joga holofotes em ação do TSE

Doação feita pela Andrade Gutierrez seria referente ao pagamento de propinas disfarçado de doação eleitoral.


Fonte: CARTA MAIOR
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É provável que Temer diga que o cheque de R$ 1 milhão foi o prêmio que recebeu pela participação espetacular no Show do Milhão, no SBT do homem do baú.

Naturalmente, Moro aceitará a justificativa.

Direita exoftalmica e esquizofrência

O estranho caso da direita brasileira que não vê Trump como um igual

Postado em 10 Nov 2016
por : Kiko Nogueira



Doria tem um quadro com Trump na parede, mas nega qualquer semelhança

Um fenômeno curioso aconteceu com milhares de coxas, de diferentes matizes e graus de falta de noção, com relação à vitória de Donald Trump.

Muitos lamentaram profundamente o sucedido nos Estados Unidos. “Esse cara representa uma direita quase mongol”, disse uma amiga de minha mulher que marcou presença em todos os protestos na Paulista.

Trump, segundo ela e amigos que desfilaram ao lado de cavalheiros como Marcello Reis, dos Revoltados Online, é xenófobo, reacionário, extremista, machista, fascista e antidemocrático.

A mídia segue a mesma batuta. Os comentaristas da GloboNews estavam chocados na noite da eleição americana. Renata Lo Prete chegou a apontar que Hillary Clinton foi atrapalhada, veja só, pelo machismo. Sim, o mesmo argumento utilizado por Dilma e devidamente ridicularizado, mas o que é ruim para Hillary não é ruim para o Brasil.

O Globo publicou um editorial acusando “retrocesso”. Quem elegeu o empresário foi “o americano branco, de média ou baixa qualificação”. Esse sujeito foi “convencido por Trump de que o inimigo são os outros: países, estrangeiros etc”.

Segundo o Estadão, “quanto mais Trump era atacado por suas diatribes racistas, misóginas e contra os imigrantes, mais seus eleitores pareciam convencidos de que o magnata era mesmo quem dizia ser”.

Ora, as milícias que tomaram as ruas pedindo o impeachment eram feitas do quê? De intelectuais gentis? Aquelas senhoras segurando cartazes perguntando “por que não mataram todos em 64” eram o quê?

E os milhares de mentecaptos gritando que “a nossa bandeira jamais será vermelha” junto a torturadores homenageados em carros de som?

Trump é acusado, por esse seres superiores, de se vender como apolítico. Ele é um milionário, ex-apresentador de reality show movido a um marketing poderoso. Ok. E João Doria?

As “diatribes” trumpistas são deploráveis, de acordo com o mesmo jornal que chama petistas de “matilha” e “tigrada”.

Ele “despreza profundamente a democracia”. E Aécio Neves, Gilmar Mendes, José Serra, entre outros que, minutos depois de derrotados no pleito presidencial de 2014, estavam pregando o impeachment? E o vice Michel que conspirava abertamente? Estes são amantes da democracia?

Esse caldo vai dar no quê? No Churchill?

No bojo dessa esquizofrenia patética está embutida uma sensação de que nossa régua é diferente, nossos padrões são próprios e ninguém tasca. São nossas jabuticabas. Nosso excepcionalismo brasileiro moleque.

No nível doméstico, é o casal que ama pegar o metrô em Nova York, toma ônibus de dois andares em Londres, se acaba de andar de bicicleta em Amsterdã, invade os outlets de Orlando fazendo algazarra — e, por aqui, xinga ciclistas de maconheiros comunistas, reclama das faixas que “roubam espaço” do carro e odeia os pretos que entram no shopping.

Depois de toda a pilantragem institucional e do lixo que foi destampado, é espantoso que a família tradicional brasileira não reconheça em Trump e seus eleitores o parentesco de primeiro grau.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO  
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As elites, velha mídia e parcela da classe média que surtaram pelas ruas do país pedindo impeachment e fim da corrupção, hoje, não se reconhecem em Trump.

Realmente essa turma de direita aqui do Brasil, se não é esquizofrênica, é comédia. Ou ambos

O que se viu pelas ruas no período em que a bovinidade se concentrou de amarelo foi um circo dos horrores, e o conteúdo que emergiu em nada difere do discurso de Trump.

É provável que Trump seja alguma coisa, ou muito, daquilo que disse durante a campanha. No entanto, em campanha se promete de tudo e utilizam-se termos e expressões em sintonia com o momento de ânimo do eleitor. Para além da identificação do eleitor com palavras de Trump, se fez presente no voto uma rejeição ao establishment político e também uma rejeição ao Sistema. No voto de rejeição que elegeu Trump tem todo tipo de gente. Grupos que se identificam com a totalidade do discurso, outros que se identificam em parte e até mesmo quem não se identifica com nada, mas vê em Trump uma rejeição ao sistema.

Voltando ao Brasil, a bovinidade patética amarela, quando em cortejos, revelou seus desejos, suas práticas, sua orientação política, seu modelo de sociedade. Nesse aspecto, a bovinidade está em perfeita sintonia com o discurso de Trump, e soa estranho, agora, rejeitar e criticar o presidente eleito, já que essa bovinidade não tem compreensão necessária para entender o que motivou o voto dos americanos em Trump.

Assim sendo, o que se percebe na direita amarela é uma manifestação esquizofrênica, de uma grande parcela da sociedade que se permite realizar trabalhos domésticos em Orlando, mas aqui no Brasil sequer olha ou cumprimenta um trabalhador que fez um serviço em sua residência.

Em Orlando ou Miami limpar vidraças é chique, aqui no Brasil é pobreza. Seria correto afirmar que trata-se do tal complexo de vira-lata. no entanto, ao que "evoluiu" desde o surgimento desse conceito, hoje está mais próximo de vira-lata de morador de rua.

Esse comportamento de grande parcela da sociedade brasileira, incluindo a grande mídia e seus patéticos adoradores, revela uma profunda imaturidade alinhada com não menos profunda insegurança quanto aos valores identitários.

Tal qual uma pessoa que sofre de exoftalmia, ou seja, tem os olhos esbugalhados para fora, a direita brasileira assim se expressa, em valorização ao outro estrangeiro brega e vulgar, e em negação aos valores internos. Nada que uma boa psicanálise não resolva.

Em relação a esse comportamento grotesco da direita brasileira, o PAPIRO produziu e publicou o texto abaixo, em janeiro de 2015.

A leitura é recomendável

Favelas


A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 

Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 

O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 

Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 

Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 

Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 

É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 

Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 

Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 

A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 

Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 

Privilégio para poucos.
 

Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 

Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 

Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 

Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 

Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 

Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 

Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 

Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 

Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 

Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 

Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 

Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 

Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 

Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 

De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 

No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 

De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 

Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.