sexta-feira, 15 de julho de 2016

Sobre caminhões e psicopatas


Encurralado (1971)

Postado por Juvenatrix no dia 24/06/2013

O desfecho de toda essa paranoia frenética é, assim como todo o filme, igualmente sensacional, com ótimas doses de tensão, suspense e ação!


Clássico de Spielberg em início de carreira



Encurralado
Original:Duel
Ano:1971•País:EUA
Direção:Steven Spielberg
Roteiro:Richard Matheson
Produção:George Eckstein
Elenco:Dennis Weaver, Jacqueline Scott, Eddie Firestone, Lou Frizzell, Gene Dynarski, Lucille Benson, Tim Herbert, Charles Seel, Shirley O'Hara, Alexander Lockwood



Quando as luzes dos faróis de um caminhão tornam-se os olhos de um psicopata

Quando pensamos em road movies com elementos de horror e suspense, o primeiro filme que vem à mente é Encurralado (Duel, 1971), especialmente produzido para a televisão, dirigido porSteven Spielberg em início de carreira, a partir de um roteiro do especialista Richard Matheson, e estrelado por Dennis Weaver (1924 / 2006), no papel de um caixeiro viajante atormentado e perseguido por um enorme caminhão conduzido por um psicopata, conforme anuncia muito bem uma das taglines promocionais do filme (reproduzida no início desse texto). Encurralado serviu de base para uma série de filmes seguintes explorando o tema de uma máquina assassina sobre rodas como O Carro Assassino (The Car, 1977), sobre um carro possuído pelo demônio, o episódio A Benção (The Benediction) da antologia Pesadelos Diabólicos (Nightmares, 1983), sobre uma pick-up preta igualmente possuída pelo diabo, além de Perseguição (Joy Ride, 2001) e Velozes e Mortais (Highwaymen, 2003), com Jim Caviezel, entre outros.

Encurralado é um verdadeiro duelo (daí o nome original) carregado de tensão entre o comerciante em viagem de negócios David Mann (Weaver), e o motorista de um caminhão tanque cujo rosto nunca aparece (interpretado pelo dublê Carey Loftin), sendo mostradas apenas as suas botas e o braço esquerdo. Mann está dirigindo tranqüilamente o seu carro, um Plymouth vermelho, pelas estradas desertas, quentes e poeirentas da California, e nunca imaginaria que uma simples ultrapassagem por um escuro e sujo caminhão de transporte de combustível (que estava vazio) iria desencadear uma perigosa série de conseqüências graves envolvendo sua vida e de terceiros inocentes que cruzassem seu caminho. Pois o motorista do caminhão, uma máquina de poluição do ar soltando muita fumaça através de seu potente motor, sentiu-se inexplicavelmente ofendido e decidiu partir para uma briga na estrada, utilizando seu caminhão como uma arma letal em suas mãos, iniciando um perigoso jogo psicológico macabro com o inicialmente pacato motorista do carro, que apenas queria seguir sua viagem normalmente.



O confronto foi progressivamente aumentando o clima de tensão, com direito a perseguições em alta velocidade, com picos de 150 Km/h, num percurso cheio de curvas evidenciando um sentimento sufocante do comerciante em tentar se livrar da ameaça motorizada de uma máquina assassina guiada por um psicopata que quer matá-lo por causa de um simples atrito na estrada, culminando após uma série de eventos alucinantes num desfecho trágico para o duelo.

O filme é um dos primeiros trabalhos do agora consagrado e famoso cineasta Steven Spielberg, mostrando já no início dos anos 70 o seu incrível talento como diretor, ajudado pela excepcional história de Richard Matheson, enfatizando um tipo de paranoia que pode existir nas estradas e afetar qualquer pessoa. O roteiro é simples e totalmente ambientado numa estrada e arredores, com poucos personagens, mostrando basicamente o duelo entre um carro despretensioso e um caminhão imponente, mas carregado com um clima de tensão, suspense e ação, em doses dignas dos maiores trabalhos posteriores de Spielberg realizados com orçamentos milionários.

Steven Spielberg é americano de Cincinnati, Ohio, nascido em 18/12/1946. Entre seus trabalhos no cinema dentro do gênero fantástico podemos citar Tubarão (1975), Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), E.T. – O Extraterrestre (1982), Poltergeist, o Fenômeno (1982, de forma não creditada, já que oficialmente a direção foi de Tobe Hooper), um episódio da antologia No Limite da Realidade (1983), O Parque dos Dinossauros (1993), O Mundo Perdido (1997), A.I. – Inteligência Artificial (2001), Minority Report – A Nova Lei (2002), Guerra dos Mundos (2005), uma refilmagem do clássico de 1953 e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008).



O escritor Richard Matheson é americano de New Jersey, nascido em 1926, e falecido no dia 24 de junho de 2013. Entre seus livros famosos estão Eu Sou a Lenda e O Incrível Homem Que Encolheu, que se transformaram nos filmes de sucesso Mortos Que Matam (1964) e A Última Esperança Sobre a Terra (1971), no caso do primeiro livro, e o clássico de FC homônimo de 1957, baseado no segundo livro. Entre seus trabalhos consagrados como roteirista estão filmes como O Solar Maldito (1960), A Mansão do Terror (1961), Muralhas do Pavor (1962), O Corvo (1963),Robur, o Conquistador do Mundo (1961), Farsa Trágica (1964), As Bodas de Satã (1968), A Casa da Noite Eterna e Drácula, ambos de 1973, sem contar sua participação em várias séries de televisão, como Além da Imaginação da década de 1960.

Encurralado foi lançado em DVD no Brasil pela Universal, e traz como materiais extras os documentários produzidos em 2001 Conversa com o Diretor Steven Spielberg (Duel – A Conversation With Steven Spielberg), de 35 minutos, Steven Spielberg e a Televisão (Steven Spielberg and the Small Screen) e Richard Matheson Escrevendo Duel (Richard Matheson – The Writing of Duel), ambos com 10 minutos, além de um trailer e galeria de fotos e posters. Os depoimentos nos documentários revelam curiosidades interessantes de bastidores como o fato do caminhão receber a importância de um verdadeiro protagonista, sendo submetido a uma sessão de maquiagem para parecer velho, sujo, oleoso e imponente. As filmagens foram feitas em apenas 12 ou 13 dias, um desafio que nem Spielberg consegue explicar como foi atingido. E a versão inicial tem apenas 70 minutos, sendo estendida depois para uma hora e meia para o lançamento do filme na Europa, acrescentando-se algumas cenas adicionais.

Entre as várias seqüências interessantes de Encurralado, um dos ápices certamente foi quando após uma perseguição violenta na estrada, o comerciante Mann sai da pista perigosamente em alta velocidade em direção a uma lanchonete, e bate o carro numa cerca de madeira, quebrando parte dela. Por sorte, ele apenas torce levemente o pescoço e decide então entrar no bar para se refrescar no banheiro. Quando volta, descobre que o caminhão está parado no estacionamento também e a partir daí se inicia um tenso jogo psicológico com Mann imaginando quem poderia ser o motorista psicótico entre as várias pessoas que estavam na lanchonete para almoçarem. Ele fica observando um a um, tentando reconhecer as botas, num suspense crescente. Realmente é complicado você saber que alguém que quer matá-lo está no mesmo ambiente que você e não poder reconhecer quem é o sujeito insano.

O filme todo é enfocado segundo a perspectiva do motorista do carro, que é a vítima desde o início do duelo, mostrando seus pensamentos de indignação, revolta e medo perante uma situação inusitada, onde ele se sente encurralado na estrada por um caminhão assassino, e tudo por causa de um pequeno e banal desentendimento numa ultrapassagem despretensiosa.


É interessante notar que assim como no posterior Um Dia de Fúria (Falling Down, 1993), comMichael Douglas enfrentando uma série de problemas do caos urbano, Encurralado também evidencia a incrível somatória de eventos desastrosos num típico dia ruim para o viajante David Mann, pois além de ser perseguido sem motivo por um caminhão, ele ainda teve que enfrentar outras situações desfavoráveis. Primeiro ao tentar ajudar um ônibus com defeito mecânico, empurrando-o com seu carro na esperança de conseguir ligar o motor, e apenas conseguindo como resultado o seu pára-choque enroscado na traseira do ônibus. Depois foi a vez de seu carro apresentar aquecimento no motor por causa do desgaste da mangueira do radiador (alertado por um frentista momentos antes), e perder potência justamente na hora em que ele mais precisava da ação do carro, ao tentar fugir de seu perseguidor na subida de uma grande serra, onde o pesado caminhão perde significativamente o seu rendimento.

O desfecho de toda essa paranoia frenética é, assim como todo o filme, igualmente sensacional, e a sugestão que fica é assistir o filme para saber qual foi o resultado do duelo…

Fonte: BOCA DO INFERNO
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Encurralado, lançado em 1971, traça o perfil de um psicopata que usa o caminhão que dirige como uma arma.

Na época, o filme produziu grande impacto na crítica e ainda faturou um prêmio de cinema fantástico.

Assim como Easy Rider, um também road movie de 1969, Encurralado aborda a violência extrema, absurda e mesmo sem sentido a que pessoas são acometidas.

Infelizmente, o que naqueles anos de 1970 era apenas uma ficção chocante, hoje é uma realidade nas sociedades do mundo civilizado, democrático e próspero.

Psicopatas proliferam nas sociedades ,e o que era uma exceção, chocante, perturbadora, hoje é lugar comum, em todas as dimensões da vida e das relações interpessoais.

Filmes como Encurralado, Easy Rider, Laranja Mecânica, Fahrenheit 451, Rollerball, todos, mais ou menos do mesmo período dos anos 60 e 70, são, de alguma forma, proféticos e dizem muito sobre o caótico e decadente mundo atual.

E agora, golpistas ?



Para MPF, pedaladas não são crime. “Que as criancinhas (e os golpistas) deste Brasil entendam que vale a pena lutar por este livro sagrado”


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Os golpistas não vão pedir desculpas.
A torcida dos golpistas não vai admitir que a ruptura democrática provocou o maior estrago ao país.
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O Congresso Nacional, que agora vota medidas do governo Dilma para colocar a economia nos trilhos, vai continuar fingindo que não praticou boicote.
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A grande imprensa vai fazer o que fez em outros golpes, pedir desculpas daqui uns anos. Que não seja daqui a 50 anos, como fez a Globo pelo apoio ao golpe militar.
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Para o judiciário, as páginas mais vergonhosas da história. Tietagem de magistrados e servidores a juiz que se excede e uma demora proposital em julgar pra favorecer o ‘Pacto Nacional’dos golpistas.
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Para a OAB, que também entrou com um pedido de impeachment com os mesmos argumentos contra as pedaladas e que sequer foi submetido à análise, o desprestígio.
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Pra quem sempre disse que não pode uma presidente pagar por algo que todos fizeram, a consciência tranquila
Fonte: Blog da Luciana Oliveira

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

O que combater: o terror ou caminhão de ódio?
POR FERNANDO BRITO · 15/07/2016


A melhor denominação dada ao que se fez na carnificina de Nice foi dada pelo Papa Francisco, condenando ” as manifestações de loucura homicida, de ódio, de terrorismo e qualquer ataque à paz“.

Porque são a loucura e o ódio que, misturados, formam o caldo de onde emergem os monstros.

Porque é isso que se trata, pois até agora, a não ser por uma generalização da provável origem tunisiana do motorista assassino do caminhão, desconhece-se qualquer ligação entre ele e qualquer grupo terrorista organizado, assim como muito pouco disso se encontrou no norte-americano descendente de afegãos que produziu, dias atrás, o massacre da boate Pulse, na Flórida.

A origem árabe diz quase nada. Há milhões de franceses de origem árabe, muitos deles tunisinos, sobretudo no Sul do país. A Tunísia foi, até 50 anos atrás, colônia francesa na África.

O que se tem até este instante é uma pessoa que agiu como quem joga um destes videogames brutais onde se sai atropelando pedestres. O arsenal de “fuzis e granadas” encontrados na caçamba do veículo, falsos ou “de brinquedo” reforça a impressão que se trata de uma louca morbidez em ser visto como parte de um grupo “terrorista”.

Chegou-se, por toda a parte, inclusive aqui – ainda que em escala menor, felizmente e por enquanto – a um grau de ódio generalizado, que faz com que sociopatas cheguem a ações deste tipo.

A necessidade de rotular e “criminalizar” pessoas por sua origem, religião, ideologia, gênero é uma compulsão desenvolvida pela mídia e pelo conservadorismo ajuda, também, a que haja o mesmo em sentido inverso. O ódio é função direta da discriminação e a discriminação é a perda de reconhecer no outro a sua mesma condição humana, em essência.

O embrutecimento social produz as figuras nefastas como a que guiou o caminhão de Nice

Fonte: TIJOLAÇO
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A pergunta que o Ocidente não se faz depois de tragédias como a de Nice.

Postado em 15 Jul 2016
por : Paulo Nogueira
O horror, o horror

Primeiro, e acima de tudo, um pesar absoluto, incondicional pelas vítimas do atentado de ontem em Nice.

Palavras não expressam o horror representado pelo terrorismo. Vidas inocentes são destruídas estupidamente.

Tudo isto posto, e repetido, é incrível como o Ocidente foge da pergunta essencial quando ocorrem ações terroristas vinculadas ao extremismo islâmico.

(Relatos iniciais sobre o motorista de caminhão de Nice parecem dissociá-lo do fundamentalismo religioso e ligá-lo mais a um caso patológico de um homem desajustado, infeliz e pouco religioso.)

A pergunta é esta: o que leva jovens muçulmanos à radicalização extrema?

Mas todos fogem dela, porque a resposta coloca na parede as forças militares ocidentais.

O que o Ocidente liderado pelos Estados Unidos vem fazendo há muitos anos no Oriente Médio é monstruoso. É uma ação de extermínio motivada pelo petróleo e disfarçada com razões pseudocivilizatórias.

Horrores como o de Nice fazem parte do cotidiano dos países muçulmanos. Crianças, velhos, civis são alcançados regularmente pelas bombas ocidentais, disparadas por drones, os aviões sem tripulação.

A França se tornou alvo do terror do Islã porque se alinhou com os Estados Unidos na agressão aos países muçulmanos. Isso aconteceu na gestão do presidente Sarkozy e continuou depois com Hollande.

A França tinha uma atitude diferente. Não aderiu à Guerra do Iraque, por exemplo, ao contrário do Reino Unido sob Tony Blair.

A predação ocidental é uma fábrica de terroristas.

Ou você acha que jovens muçulmanos se enrolam numa bomba para matar e morrer porque acham isso divertido?

Enquanto o Ocidente não enfrentar a questão central sobre o terror islâmico, continuaremos a ver tragédias — e declarações previsíveis e vazias de líderes de países como Estados Unidos, França e Inglaterra.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO


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                            Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

criança sem teto dorme na rua em alguma 
cidade do mundo ocidental. O mundo capitalista 
livre, justo e fraterno que terroristas 
fundamentalistas não toleram e atacam, 
matando inclusive crianças, como 
na foto abaixo

Uma criança não identificada está entre as vítimas
do atentado de ontem em Nice, na França.
Imagem ganhou as redes sociais
e gerou comoção em todo o mundo.
Segundo uma fonte médica,
54 crianças estão hospitalizadas
Foto: Eric Gaillard / Reuters





quinta-feira, 14 de julho de 2016

Manifestações contra o golpe e os jogos

Senadores franceses: primeiramente, fora Temer!
"A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura", dizem eles!

publicado 14/07/2016


O respeitado jornal francês Le Monde divulga um manifesto coletivo, assinado por vários senadores franceses, em repúdio ao que chamam de “golpe baixo parlamentar” no Brasil. Em tom agressivo, o texto tece duras críticas ao governo interino de Michel Temer e seus componentes. Retomam a polêmica sobre o ministério “branco e machista” que “não reflete a diversidade da sociedade brasileira”; a extinção de pastas ligadas à área social e cultural e oscortes em programas populares.

Há desaprovação a membros do staff, entre eles o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, apontado como antigo membro do quadro de advogados da organização criminosa PCC. Os parlamentares convocam o governo francês e a comunidade internacional a se manifestarem e repudiarem “o golpe em andamento” no maior país da América Latina.

"Dilma Rousseff, victime d’une basse manoeuvre parlementaire”

Au Brésil, les masques tombent. Des écoutes téléphoniques déjà anciennes viennent de dévoiler les manœuvres qui ont précédé la procédure de destitution de la présidente brésilienne Dilma Rousseff. On y apprend que certains parlementaires ont cherché à échapper aux poursuites pour corruption qui les menaçaient en obtenant la destitution de Dilma Rousseff, pourtant réélue en 2014 avec 54 millions de voix (51.64 %). Nous avons assisté à la prise depouvoir sans légitimité populaire, de ceux qui ont perdu ces présidentielles, dans le but de mettre en place leur programme largement rejeté par les urnes. Ils ont formé un gouvernement composé exclusivement d’hommes, sans aucune représentation de la diversité qui compose la société brésilienne.

Les premières décisions de cet exécutif intérimaire, dirigé par Michel Temer, ont été claires : suppression des ministères de la culture, de l’égalité homme-femme, de la diversité, et de l’organisme indépendant de contrôle de l’appareil d’Etat (Controladoria geral da União). Il a ensuite annoncé la fin des programmes sociaux comme « minha casa, minha vida » (« ma maison, ma vie »), programme d’accès à la propriété des plus pauvres, ou « mais médicos » (« plus de médecins »), programme permettant l’installation de médecins étrangers dans les zones défavorisées, et instauration d’un plan économique d’austérité. Il s’agit d’un coup d’Etat institutionnel visant à détruire toutes les réformes sociales qui ont permis, durant les treize années de gouvernement de gauche, à plus de 40 millions de brésiliens de sortir de la misère. Les hommes de ce gouvernement intérimaire veulent aller vite et ne se soucient pas de l’instabilité politique, économique et sociale dans laquelle ils sont en train deplonger le Brésil.

Gouvernement infréquentable


Nous, élus français, affirmons que la procédure constitutionnelle de destitution a été instrumentalisée par une majorité parlementaire de circonstance. Cette procédure, qui ne peut s’appliquer que pour des crimes ou délits graves, a été engagée pour de simples décrets rectificatifs du budget de 2015, adoptés par le gouvernement de Dilma Rousseff. Elle a été ouverte à la mi-décembre 2015, avant même la fin de l’année budgétaire et avant même l’examen et la validation du budget par la Cour des Comptes et les deux chambres. Nous soulignons que la présidente suspendue n’est mise en cause dans aucune des innombrables affaires de corruption qui touchent la classe politique, notamment le scandale de la société pétrolière Petrobras. Ce n’est pas le cas pour sept des ministres du gouvernement Temer. L’un d’entre eux, Romero Juca, ministre du Plan, est empêtré dans l’affaire des écoutes révélant la réalité de la destitution et a déjà dû démissionner. Tout comme quelques jours plus tard, Fabiano Silveira, ministre de la « Transparence », qui est lui aussi mis en cause dans ces écoutes. Le président par intérim lui-même a été déclaré inéligible durant huit ans par la justice de Sao Paulo pour fraudes sur ses comptes de campagne.

Autre trait saillant et significatif de ce gouvernement infréquentable : le ministre de la Justice (équivalent du ministère de l’Intérieur français) Alexandre de Morais a été l’avocat des groupes criminels mafieux PCC (« Primeiro Comando Capital » ou « premier commando de la capitale ») de São Paulo. Nous nous inquiétons également de l’implication dans le coup d’Etat des grands médias brésiliens possédés par d’importants groupes financiers, par une campagne extrêmement violente en faveur de la destitution et de criminalisation de la gauche brésilienne. Ces mêmes médias avaient soutenu le coup d’Etat militaire de 1964, à partir duquel ils ont construit de véritables empires médiatiques. Nous avons été choqués par les explications de vote des députés en faveur de la destitution, invoquant Dieu ou leur famille, l’un d’eux allant jusqu’à fairel’apologie du colonel Carlos Alberto Brilhante Ustra, tortionnaire aujourd’hui décédé, de Dilma Rousseff.

Par dizaine, par centaine de milliers, les Brésiliens se mobilisent aujourd’hui à travers le pays pour la défense de la démocratie, exigeant le départ de ce gouvernement illégitime et le retour de la présidente démocratiquement élue. Nous les soutenons. Nous, parlementaires, espérons que la Cour Suprême Fédérale, qui ne s’est pas encore prononcée sur le fond, condamnera le détournement de la procédure de destitution. Nous, parlementaires français, demandons au gouvernement de François Hollande de se prononcer et decondamner ce coup contre la démocratie. Nous, parlementaires, dénonçons dans cette région du monde, après la destitution des présidents élus auHonduras et au Paraguay, ce troisième coup d’Etat institutionnel et affirmons notre attachement au respect du vote populaire comme forme unique d’accès à la direction d’un pays. Nous demandons à la communauté internationale de condamner ce coup d’Etat. Il serait grave pour tout le sous-continent que le plus grand pays d’Amérique latine s’enfonce dans une impasse politique, économique et sociale.

Patrick Abate, sénateur de Moselle (CRC), Aline Archimbaud, sénatrice de Seine-Saint-Denis (Les Verts), Eliane Assassi, sénatrice de Seine-Saint-Denis et Présidente CRC, Marie-France Beaufils, sénatrice d’Indre-et-Loire (CRC),Esther Benbassa, sénatrice du Val-de-Marne (EELV), Michel Billout, sénateur de Seine-et-Marne (CRC), Marie Blandin, sénatrice du Nord (groupe écologiste), Eric Bocquet, sénateur du Nord (CRC), Jean-Pierre Bosino, sénateur de l’Oise (CRC), Corinne Bouchoux, sénatrice de Maine-et-Loire (groupe écologiste), Laurence Cohen, sénatrice du Val-de-Marne (CRC),Cécile Cukierman, sénatrice de la Loire (CRC), Ronan Dantec, sénateur de Loire-Atlantique (EELV), Annie David, sénatrice de l’Isère (CRC), Karima Delli, députée européenne (EELV), Michelle Demessine, sénatrice du Nord (CRC),Evelyne Didier, sénatrice de la Meurthe-et-Moselle (CRC), Christian Favier, sénateur du Val-de-Marne (CRC), Thierry Foucaud, sénateur de Seine-Maritime (CRC), Brigitte Gonthier-Maurin, sénatrice des Hauts-de-Seine (CRC), Pierre Laurent, secrétaire national du PCF et sénateur de Paris (CRC),Michel Le Scouarnec, sénateur du Morbihan (CRC), Noël Mamère, député de la Gironde (groupe écologiste), Christine Prunaud, sénatrice des Côtes-d’Armor (CRC), Jean-Louis Roumégas, député de l’Hérault (groupe écologiste), Bernard Vera, sénateur de l’Essone (CRC), Paul Vergès, sénateur de la Réunion (CRC), Dominique Watrin, sénateur du Pas-de-Calais (CRC).


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Deputado americano diz nos EUA que governo Temer “mina a democracia” no Brasil

13 de julho de 2016 às 21h26
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O congressista norte-americano Alan Grayson durante sua intervenção na Câmara dos Deputados dos EUA
Governo Temer mina democracia no Brasil, diz deputado durante sessão do Congresso dos EUA
Para democrata Alan Grayson, ‘mídia conservadora do Brasil’ ajudou ‘membros da oposição de direita’ a impulsionar processo de impeachment contra Dilma
O congressista norte-americano Alan Grayson manifestou nesta quarta-feira (13/07), durante sessão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, sua “preocupação” em relação à situação política do Brasil. Para ele, o governo interino, liderado pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer, “mina a democracia” no país através do processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e do estabelecimento de políticas opostas àquelas votadas pela maioria da população nas urnas.
Grayson, deputado do Partido Democrata pelo Estado da Flórida, afirmou que Dilma foi reeleita “porque a maioria dos brasileiros quis que suas políticas progressistas continuassem”. Após sua reeleição, “alguns membros da oposição de direita começaram a questionar os resultados” do pleito e foram “ajudados pela mídia conservadora no Brasil” na acusação que motivou o processo de impeachment contra a presidente, disse o deputado.
“O governo interino está implementando as mesmas políticas que foram rejeitadas pela maioria dos eleitores brasileiros: cortando programas sociais, cortando educação, cortando habitação, cortando saúde. Essas eram coisas que o povo [brasileiro] queria. É pelo que eles votaram, e o governo interino mina a democracia negando essas coisas para as pessoas que votaram por elas”, disse Grayson, que apoiou Bernie Sanders durante a disputa pela candidatura presidencial por seu partido.

Fonte: VIOMUNDO
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PRIMEIRA PÁGINA DO JORNAL FRANCÊS LIBÉRATION DE 13.07.2016


Fonte: LIBÉRATION
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Lula no Recife: “Temos que dizer pro Temer: quer ser presidente? Ganhe uma eleição”
Postado em 14 Jul 2016

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Lula: eles sabem que estão mentindo!

"Eu vou voltar em 2018!"

publicado 14/07/2016


Atletas olímpicos com Dilma: só sorrisos; com o Traíra: nenhum sorriso 

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Pedaladas do governo Dilma não são crime, diz Ministério Público

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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  1. Rodrigo Maia, mais que Cunha, representa a classe média semiculta, semi- informada, americanófila, antipetista que aspira por um 'Brazil' imune ao povo

  2. Democracia é dar dignidade e incluir todos os cidadãos.
    Saiba mais sobre o novo Brasil: http://www.brasildamudanca.com.br

Fonte: CARTA MAIOR
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Grande parte da imprensa estrangeira vem noticiando e denunciando o golpe de estado em curso no Brasil.

E olha que não são mídias "petistas", "chapa branca", são jornais de credibilidade reconhecida como Le Monde, Libération, New York Times, Globe and Mail, The Economist, Der Spiegel, The Independent, Pagina 12 e outros tantos.

Até mesmo congressistas, como nos casos dos EUA e França, não apenas denunciam o golpe como pedem a população para protestar contra o ataque à democracia no Brasil. Também não medem e nem economizam palavras para dizer que a velha mídia brasileira faz parte da quadrilha que organizou e apoiou o golpe. Ratos da democracia.
Fonte: BRASIL DE FATO 

Enquanto a mídia mundial acusa o golpe contra a democracia, a velha mídia brasileira, em bloco e olímpicamente, manipula e omite da população brasileira a realidade do país. A palavra golpe não é usada pela mídia brasileira para se referir ao assalto à democracia. Por outro lado, que é o mesmo lado do golpe, essa mesma mídia repercute com generosidade as palavras proferidas ontem pelo golpista Temer de que o país vive uma normalidade democrática. Normalidade, uma ova.

Nesses dias que antecedem a realização dos jogos olímpicos, a velha mídia nada de braçadas na promoção dos jogos, ao mesmo tempo em que tenta incutir na população um clima de confraternização e festa no país democrático.

Distrair e incutir sentimentos de nacionalismo na população, ávida por derramar rios de lágrimas de emoção com o décimo lugar conquistado pela equipe brasileira de polo aquático.

Enquanto a velha mídia manipula e omite informações da população brasileira, manifestações e protestos contra o golpe acontecem todos os dias pelas ruas das cidades do país, como na foto abaixo, em Curitiba, na passagem da tocha olímpica.

Manifestação em frente ao museu Oscar Niemayer  em Curitiba (PR), contra a governo interino de Michel Temer (PMDB)
Manifestantes concentram-se em frente ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR), contra a governo golpista de Michel Temer. A passagem da tocha olímpica está prevista para o local, no centro da capital, para as 11 horas. | Foto: Pedro Carrano/Bd   
Fonte: BRASIL DE FATO
Nesta semana a cidade maravilha olímpica está sendo decorada em suas principais vias com um grande número de cartazes e estandartes que fazem referência aos jogos.

É o momento em que os movimentos e grupos de resistência democrática e contrários ao golpe devem fazer o mesmo, ou seja,espalhar cartazes, faixas e estandartes pelos pontos de maior visibilidade da cidade denunciando o golpe e o assalto à democracia.

O Cristo Redentor, do alto do Morro do Corcovado, estará de braços abertos abençoando os justos.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Usurpador Olímpico

Temer diz que Olimpíada vai mostrar que Brasil vive “democracia estável”

O presidente interino Michel Temer destacou nesta quarta-feira (13) que a Olimpíada vai revelar que o Brasil vive uma “democracia estável” e que “as instituições funcionam”. O peemedebista também pediu esforço por bons resultados aos atletas brasileiros, pois o mundo estará de olho no país quando os jogos começarem em 5 de agosto, no Rio de Janeiro.

“Além do empenho, vamos pedir um esforço, uma concentração absoluta porque para nós este é um grande momento do Brasil. É um momento em que 5 bilhões de pessoas estarão assistindo aos Jogos Olímpicos, mas, na verdade, estarão vendo o Brasil. E deverão ver o Brasil, em primeiro lugar, por meio dos seus atletas. Ou seja, cada medalha que nós ganharmos, vamos revelar a pujança do esporte no Brasil”, disse Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto com cerca de 60 atletas olímpicos.
"Para nós, é importante competir, mas também ganhar”, destacou o interino

Sem citar diretamente a crise política com o processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, Temer afirmou que os jogos vão mostrar um país que está funcionando. “Quando vocês todos puderem ostentar as medalhas, nós estaremos revelando o Brasil ao mundo, e revelando um Brasil onde a democracia é estável, onde as coisas estão caminhando muito bem, onde as instituições funcionam. Portanto, os senhores serão, durante as Olimpíadas, os embaixadores do nosso país.”

Para Temer, o país vive uma “fase de confraternização nacional”, que, em breve, será de “confraternização universal”. “Sempre se diz no esporte que o importante é competir. Para nós, é importante competir, mas também ganhar”, conclui.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Democracia estável é o cacete, usurpador cínico.

O país vive um processo de golpe de estado violento onde a democracia está em frangalhos.

Em seu discurso cínico, o vampiro do golpe ainda ressaltou que vitórias de atletas e equipes brasileiras durante os jogos servirão para revelar o Brasil "novo" perante o mundo.

O general ditador Médici, quando presidente, disse e fez o mesmo em relação ao esporte, usando a conquista da seleção brasileira de futebol em 1970 em comparação com um "Brasil grande" e "ninguém segura esse país "

Disse ainda, o interino do golpe, que os atletas brasileiros serão os embaixadores do Brasil durante as olimpíadas, como uma tentativa de minimizar as manifestações contra o golpe que acontecerão por todo o país, e que certamente terão grande impacto na opinião pública mundial.

Por fim, atropelou o ideal olímpico do Barão de Coubertin 
(O importante não é vencer, mas competir. E com dignidade." Esse era o lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin.), quando disse que o importante, para ele, seria sempre vencer. Talvez ainda contagiado com as trapaças que apoiou para aplicar um golpe de estado que entende ser vitorioso.

terça-feira, 12 de julho de 2016

O golpe quer liberdade para acabar com a nossa liberdade

Liberdade para poluir

Por Carlos Minc*

A natureza e a saúde da população estão em alerta máximo, face a um risco terrível: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65, que acaba com o licenciamento ambiental, e que chegou a ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A PEC 65 acrescenta o parágrafo 7 ao artigo 225, com a seguinte redação: “A apresentação do estudo prévio de impacto ambiental importa autorização para a execução da obra, que não poderá ser suspensa ou cancelada pelas mesmas razões a não ser em face de fatos supervenientes”.

Se este absurdo for aprovado, os diferentes Órgãos ambientais federais, estaduais e municipais perderão a capacidade de analisar, corrigir, licenciar. Até o Ministério Público e a justiça ficarão de mãos atadas, obrigadas a se abster em relação a agressões aos rios, às florestas, à fauna, à qualidade do ar, à saúde da população.

Participei de relevante audiência no Ministério Público Federal sobre a PEC 65, e alertei para o risco de que obras passem a ser feitas sem que analistas ambientais avaliem seus impactos nas emissões atmosféricas, na composição dos efluentes líquidos contaminados. Sem as audiências públicas prévias, a população terá o direito à informação suprimido, assim como a apresentação de alternativas locacionais e tecnológicas a esses empreendimentos. O procurador federal Daniel Sarmento mostrou como a PEC 65 fere cláusulas pétreas da Constituição Federal, como o direito ao meio ambiente saudável, o direito à informação e à autonomia dos poderes – com a vedação do exercício do Poder Judiciário.

O principal argumento dos autores é evitar o atraso de obras gerado pelo licenciamento ambiental (LA). Há várias formas de agilizar o LA, sem esvaziar sua função de prevenção e de defesa. Listo alguns exemplos que implantamos na Secretaria do Ambiente e no Ministério do Meio Ambiente, e que devem ser aprimorados: que as prefeituras, com condições técnicas demonstradas, licenciem os empreendimentos de baixo impacto; informatização dos processos; Portal do LA – onde o empreendedor interage, verifica os documentos que precisa, como proceder, o tempo de cada etapa, número do processo, recebe a guia e paga a taxa sem sair de casa. Além disso, análise simultânea por várias equipes, ao invés de sequencial; redução ou supressão de exigências em função de baixo ou inexistente impacto. O que essa PEC faz é jogar fora a criança com a água da bacia. É como propor, em face da grande demora do Poder Judiciário, extingui-lo!

A sociedade tem que reagir. Temos que explicar à população o que está em risco: a Amazônia, o Pantanal, a Mata Atlântica, a saúde dos trabalhadores e das famílias.

Essa ameaça é ainda maior do que a que combatemos no Código Florestal: é a liberdade de poluir como norma que se sobrepõe à vida. (Eco21/#Envolverde)

* Carlos Minc é Deputado Estadual. Ex-Ministro do Meio Ambiente e ex-Secretário Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro


Fonte: ENVOLVERDE
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Senado vota hoje o projeto licença para matar; Comissão de Direitos Humanos da Câmara pede rejeição
12 de julho de 2016 às 15h27

Da exposição O Golpe 50 Anos Depois: 
Memória, Verdade e Justiça

Presidente da CDHM pede rejeição do PLC 44/2016

da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em 12/07/2016 14h20

A proposta confere competência à Justiça Militar para julgar homicídios cometidos por militares das Forças Armadas em cumprimento de missões que lhes forem atribuídas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa.

NOTA OFICIAL CONTRA O PLC 44/2016
É com indignação que acompanho a tramitação do PLC 44/2016, que deve ser votado hoje pelo Senado. O PLC passa para a Justiça Militar a competência para julgar homicídio praticado por militar das Forças Armadas contra civil. Isso desde que o crime seja cometido no contexto do “cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa”.

Ou seja, a proposta é mudar a competência de julgamento de crimes contra a vida conforme a vontade discricionária dessas duas autoridades. Nesses casos o julgamento não caberá ao Tribunal do Júri, mas sim à Justiça Militar, essencialmente corporativa. É um projeto de exceção que abre uma espécie de licença para matar.

A tramitação também tem sido de exceção. O PL foi apresentado no dia 6 (na última quarta-feira) e deliberado horas depois, no mesmo dia, pelo Plenário da Câmara. E hoje, no Senado, pode ter sua votação final. Trata-se de um projeto gravíssimo, de caráter violentamente autoritário, aprovado sem qualquer discussão.

O PLC caminha na contramão de todas as propostas de desmilitarização e redução da letalidade das ações estatais. Ao passo em que caminhamos para acabar com os autos de resistência, cria-se nova lei abrindo outra janela para a impunidade.

Vivemos um contexto severo de violações de direitos humanos. A quebra da soberania popular expressa no voto vem sendo acompanhada da quebra do Estado Democrático de Direito por parte de diversos atores políticos. Dessa vez, novamente, esse ator é o Poder Legislativo. A experiência dolorosa da ditadura militar deve nos servir para impedir qualquer regime de exceção que ameace direitos e garantias fundamentais. O PLC 44/2016 deve ser rejeitado.

Brasília, 12 de julho de 2016.

Deputado Padre João

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


Senadores, rejeitem o PL Licença para Matar!

por Laura Molinari, no blog Panela de pressão

No último dia 6, a Câmara dos Deputados aprovou em regime de urgência um projeto que transfere para a Justiça Militar o julgamento de militares das Forças Armadas que matarem civis no Rio. A proposta já está no Senado e deve ir à votação final nas próximas horas.

Nos tribunais militares, a maioria dos integrantes são oficiais da ativa, que não precisam ter formação jurídica. Por seguir a hierarquia das Forças Armadas, eles tendem a ser mais duros com os praças do que com seus superiores, que podem ter mais chances de ficar impunes.Ou seja, esse projeto de lei quer manter sob controle dos próprios militares os assassinatos cometidos por seus pares. Além disso, o projeto é inconstitucional já que, segundo o artigo 5º da Constituição, crimes com intenção de matar devem ser julgados pelo Tribunal do Júri, formado por cidadãos e conduzido por um juiz.

Sem uma grande mobilização da sociedade, esse abuso autoritário será aprovado. Sabemos que a maioria dos senadores está sendo submetida à pressão conservadora, mas juntos podemos barrar esse retrocesso. Vamos mostrar aos senadores que a sociedade não aceitará o PL Licença para Matar. Envie agora seu email de pressão aos senadores colocando seu nome e email na caixa ao lado!

As recentes experiências de ocupação militar das Forças Armadas no Rio deixam ainda mais claro o perigo que a aprovação desse projeto de lei representa para a vida dos cidadãos cariocas: durante a ocupação do Exército na Maré, por exemplo, o menino Vitor Santiago ficou paraplégico e teve uma perna amputada após seu carro ser fuzilado por soldados em fevereiro de 2015. Até hoje, o inquérito militar não foi aberto.

Em menos de um mês começam as Olimpíadas, por isso temos pouco tempo para lotar as caixas de email dos senadores pressionando contra a aprovação do PL. Precisamos evitar que esse estado de exceção seja legitimado por uma lei que, além de antidemocrática, é inconstitucional. Envie agora sua pressão!

Fonte: VIOMUNDO

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Temer quer entregar o subsolo, o solo e o ar: golpe quer mudança em regras de venda de terra a estrangeiros, entregar o pre-sal e aeroportos

Petrobras terá o maior crescimento mundial de produção fora da Opep em 2017,com 7 novas plataformas.E não por obra do golpe, que quer entregar

Fonte: CARTA MAIOR
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Instituto alerta: Governo Temer quer aprovar hoje, na moita e a toque de caixa, “sugestão” que já congela em 2017 os gastos sociais por 20 anos

Fonte: VIOMUNDO
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Uma proposta pede liberdade total para poluir o ambiente, a outra pede licença para matar sem julgamento. Se não bastasse, blogues e sites não alinhados com o projeto do golpe tiveram suas verbas de publicidade do governo suprimidas, eliminadas, cortadas e ainda está em curso uma proposta para acabar com a Empresa Brasil de Comunicação - EBC . E o que dizer da proposta do chefe da CNI para aumentar para 80 horas semanais a carga de trabalho ?

O que está acontecendo no país não é apenas um retrocesso, uma viagem de volta para o século XVIII. É muito pior. Um estado de exceção está se formando e os fragmentos da democracia brasileira ainda existentes desaparecerão tão logo o impeachment de Dilma seja aprovado no Senado, caso seja de fato aprovado.

Se o governo do golpe, cabe lembrar ainda interino, age da forma como vem agindo com total destemor quanto ao impacto que suas decisões podem provocar na população, imagine, caro, atento, ligado, consciente e indignado leitor, o que virá por aí caso o golpe se consolide. As olimpíadas estão chegando, uma pouco mais de três semanas para a cerimônia de abertura, e é hora, agora, sem mais demora, de reunir forças para através de grandes mobilizações populares pelo país emparedar o governo do golpe e chamar a atenção do mundo para o que vem acontecendo no Brasil.

Temer tem que sair.

Se tem que sair, logo, deve sair.

Se deve sair, logo precisa ser retirado do poder.

E se precisa ser retirado, cabe ao povo fazê-lo.

Vaia olímpica no golpista


Temer vai ouvir na Olimpíada xingamento pior que Dilma na Copa. Numa democracia, ser chamado de golpista é pior que mandarem tomar no c…


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A convocação aos protestos durante os jogos olímpicos circula nas redes sociais. A ordem é usar o evento de grande projeção na mídia internacional para desmoralizar o presidente interino o xingando de golpista.
É um grito que ecoa diariamente desde o início do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef em protestos em todo o país, mas a grande imprensa não divulga.
Na Copa do Mundo ocorreu o contrário, os protestos ganharam destaque diário.
Lembram?
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O público que pagou até 900 reais pra ver a abertura da Copa, gritou e a imprensa repercutiu: “Ei, Dilma, vai tomar no cu!”
Era um plateia por maioria com brancos, abastados e abestados.
Os manifestantes que se preparam para recepcionar Michel Temer nas competições prometem entoar um xingamento que esfarela a moral de qualquer cidadão, mas sobretudo de um governante: Golpista!

São Paulo- SP- Brasil- 29/05/2016- 20ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, na avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas
São Paulo- SP- Brasil- 29/05/2016- 20ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, na avenida Paulista.
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

Pra quem tem noção do impacto do palavrão numa democracia, mandar tomar no cu é menos doloroso.
É potencialmente mais violento e vergonhoso acusar um presidente de conspirar para usurpar o poder.
Existem normas de caráter que pesam quando cobradas no lugar certo, na hora certa.
Foi assim na Olímpiada do México em 1968, quando Tommie Smith, medalha de ouro, e John Carlos, de bronze, desafiaram o Comitê Olímpico erguendo o braço com luva preta, imitando a saudação consagrada pelos Panteras Negras, um grupo que fez história no combate à discriminação nos Estados Unidos.
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Temer deve sentir na pele o xingamento dirigido à Dilma na abertura da Copa, ao ser exposto na mídia internacional como golpista.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira