terça-feira, 11 de agosto de 2015

Será que cola essa da coca-cola ?

Coca-Cola banca cientistas que tiram a culpa pela obesidade de dietas ruins


Anahad O'Connor

  • Reprodução/Coca-Cola Company
reprodução

A Coca-Cola, a maior produtora de refrigerantes do mundo, está apoiando uma nova solução "com base na ciência" para a crise de obesidade: para manter um peso saudável, exercite-se mais e se preocupe menos em cortar calorias.

A gigante de bebidas se uniu a cientistas influentes que estão promovendo essa mensagem nas revistas de medicina, em conferências e pelas redes sociais. Para ajudar os cientistas a disseminarem sua mensagem, a Coca-Cola fornece apoio financeiro e logístico a uma nova organização sem fins lucrativos chamada Global Energy Balance Network (Rede Global de Equilíbrio Energético), que promove a ideia de que os americanos conscientes do peso estão exageradamente focados em quanto comem e bebem, sem dar a devida atenção aos exercícios.

"Grande parte do foco na mídia popular e nas revistas científicas é em 'eles estão comendo demais, comendo demais, comendo demais' –culpando fast food, bebidas açucaradas e assim por diante", diz o vice-presidente do grupo, Steven N. Blair, um cientista de exercícios, em um vídeo recente anunciando a nova organização. "Mas não há nenhuma evidência clara de que, de fato, essa seja a causa."

Especialistas em saúde dizem que a mensagem é enganadora e parte de um esforço da Coca-Cola para desviar as críticas sobre o papel das bebidas açucaradas na disseminação da obesidade e da diabete tipo 2. Eles argumentam que a empresa está usando o novo grupo para convencer o público de que atividade física pode compensar uma dieta ruim, apesar da evidência de que exercícios têm apenas um impacto mínimo sobre o peso em comparação ao que as pessoas consomem.

Este confronto em torno da ciência da obesidade ocorre em um período de crescentes esforços para taxar bebidas açucaradas, removê-las das escolas e impedir que as empresas façam propaganda delas para crianças. Nas últimas duas décadas, o consumo de refrigerantes calóricos pelo americano médio caiu 25%.

"As vendas da Coca-Cola estão caindo, e há uma imensa reação política e pública contra refrigerantes, com toda grande cidade tentando fazer algo para frear o consumo", disse Michele Simon, uma advogada de saúde pública. "Essa é uma resposta direta ao que a empresa está perdendo. Ela está desesperada para conter a hemorragia."

A Coca-Cola fez um investimento substancial na nova organização sem fins lucrativos. Em resposta aos pedidos baseados nas leis estaduais de registros abertos, duas universidades que empregam líderes da Global Energy Balance Network revelaram que a Coca-Cola doou US$ 1,5 milhão no ano passado para abertura da organização.

Desde 2008, a empresa também forneceu perto de US$ 4 milhões em fundos para vários projetos de dois dos membros fundadores da organização: Blair, um professor da Universidade da Carolina do Sul cuja pesquisa ao longo dos últimos 25 anos formou grande parte das diretrizes federais a respeito de atividade física, e Gregory A. Hand, reitor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Virgínia Ocidental.

Os registros mostram que o site da rede, gebn.org, está registrado na sede da Coca-Cola em Atlanta, e que a empresa também está listada como administradora do site. O presidente do grupo, James O. Hill, um professor da Escola de Medicina da Universidade do Colorado, disse que a Coca-Cola registrou o site porque os membros da rede não sabiam como.

"Não são eles comandando o show", ele disse. "Nós é que comandamos o show."

O departamento de relações públicas da Coca-Cola recusou repetidos pedidos de entrevista com sua diretora científica chefe, Rhona Applebaum. Em uma declaração, a empresa disse ter uma longa história de apoio à pesquisa científica ligada às suas bebidas e assuntos como equilíbrio energético.

"Somos parceiros de alguns dos mais importantes especialistas nos campos de nutrição e atividade física", disse a declaração. "É importante para nós que os pesquisadores com os quais trabalhamos compartilhem suas posições e conclusões científicas, independente do resultado, e que sejam transparentes e abertos sobre nosso financiamento."

Blair e outros cientistas afiliados ao grupo disseram que a Coca-Cola não tem controle sobre o trabalho deles ou sua mensagem, e que não veem problema no apoio da empresa, por serem transparente a respeito dele.

Mas até a semana passada, as páginas do grupo no Twitter e Facebook, que promovem a atividade física como solução para doenças crônicas e obesidade, mas permanecendo em grande parte em silêncio sobre o papel da comida e nutrição, não faziam menção ao apoio financeiro da Coca-Cola. O site do grupo também omitia a menção ao apoio da Coca-Cola até que Yoni Freedhoff, um especialista em obesidade da Universidade de Ottawa, escreveu para a organização para perguntar sobre seu financiamento. Blair disse que isso foi um descuido que foi rapidamente corrigido.

"Assim que percebemos que não tínhamos não apenas a Coca-Cola, mas também outras fontes de fundos, no site, nós as colocamos lá", disse Blair. "Será que isso corrompe totalmente tudo o que fazemos?"

Fundos provenientes da indústria alimentícia não são incomuns na pesquisa científica. Mas estudos sugerem que os fundos tendem a produzir conclusões tendenciosas. Uma recente análise de estudos envolvendo bebidas, publicada na revista "PLOS Medicine", apontou que os financiados pela Coca-Cola, PepsiCo, Associação Americana de Bebidas e pela indústria do açúcar apresentavam uma probabilidade cinco vezes maior de não encontrar ligação entre bebidas açucaradas e ganho de peso do que os estudos cujos autores não apresentavam conflitos financeiros.

O grupo diz que há "forte evidência" de que a chave para prevenir o ganho de peso não é reduzir a ingestão de alimentos –como muitos especialistas em saúde pública recomendam– "mas manter um estilo de vida ativo e comer mais calorias". Para apoiar essa afirmação, o grupo fornece links em seu site para dois estudos, cada um contendo esta nota de rodapé: "A publicação deste artigo foi apoiada pela The Coca-Cola Company".

Hill disse que buscou apoio da Coca-Cola para lançar sua organização sem fins lucrativos porque não havia fundos disponíveis em sua universidade. O site do grupo diz que ele também é apoiado por algumas poucas universidades e pelo ShareWIK Media Group, uma produtora de vídeos de saúde. Hill disse que também conseguiu um compromisso de apoio da General Mills, assim como promessas de apoio de outras empresas, que não confirmaram formalmente suas ofertas.

Ele disse acreditar que as autoridades de saúde poderiam mudar mais facilmente a forma como as pessoas comem trabalhando em conjunto com a indústria alimentícia, não contra ela.

Em seu site, o grupo recomenda combinar mais exercícios e ingestão de alimentos porque, segundo Hill, "'Comer menos' nunca foi uma mensagem eficaz. A mensagem deveria ser 'Movimente-se mais e coma de modo mais inteligente'".

Ele enfatizou que a perda de peso envolve uma combinação de fatores complexos e que a meta de seu grupo não é minimizar o papel da dieta ou retratar a obesidade como exclusivamente um problema de exercícios inadequados.

"Se sairmos dizendo que trata-se apenas de atividade física e não de alimentos, então mereceríamos críticas", ele disse. "Mas acho que não fizemos isso."

Apesar das pessoas poderem perder peso de várias formas, muitos estudos sugerem que a melhor forma é consumir menos calorias. Crescente evidência também sugere que a manutenção da perda de peso é mais fácil quando as pessoas limitam sua ingestão de alimentos altamente glicêmicos, como bebidas açucaradas e outros carboidratos refinados, que elevam acentuadamente o açúcar no sangue.

Atividade física é importante e certamente ajuda, dizem os especialistas. Mas estudos mostram que exercícios aumentam o apetite, fazendo as pessoas consumirem mais calorias. Exercício também gasta bem menos calorias do que a maioria das pessoas acha. Uma lata de Coca-Cola, por exemplo, contém 140 calorias e aproximadamente 10 colheres de chá de açúcar. "É preciso caminhar quase 5 quilômetros para compensar uma lata de Coca-Cola", disse Barry M. Popkin, um professor de nutrição da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.

Kelly D. Brownell, reitor da Escola Sanford de Saúde Pública da Universidade Duke, disse que como empresa, a Coca-Cola está "concentrada em fornecer muitas calorias, mas então sua filantropia está concentrada na parte da queima das calorias, o exercício".

Nos últimos anos, a Coca-Cola tem doado dinheiro para construção de centros de fitness em mais de 100 escolas por todo o país. Ela patrocina um programa chamado "Exercício é Medicina" para encorajar médicos a prescreverem atividade física aos pacientes. E quando a Câmara Municipal de Chicago propôs taxar os refrigerantes em 2012 para ajudar a tratar o problema de obesidade na cidade, a Coca-Cola doou US$ 3 milhões para estabelecer programas de fitness em mais de 60 centros comunitários da cidade. A iniciativa de taxar os refrigerantes acabou fracassando.

"Reverter a tendência de obesidade não acontecerá da noite para o dia", disse a Coca-Cola em uma propaganda de sua iniciativa de exercícios em Chicago. "Mas para milhares de famílias em Chicago, ela começa agora, com a próxima flexão, abdominal ou salto."


Fonte: UOL
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Obesidade, doença (quase incurável) do capitalismo?

Estudos científicos demonstram que é mais difícil se livrar da obesidade do que do crack. Mas quem é o verdadeiro responsável: o doente ou a indústria?



Antonio Martins - Outraspalavras.net

Aaron Brinker / Flickr
Na última década, a obesidade migrou para o centro das atenções de Saúde Pública. Em países como o Brasil – para não falar dos norte-americanos… – ela tornou-se um problema muito mais generalizado que a desnutrição. Ao abordá-la, o enfoque é muitas vezes comportamental. Sugere-se que as vítimas do mal precisam de mais responsabilidade ao se alimentar e de determinação para corrigir atitudes inadequadas. Um conjunto de novas pesquisas científicas acaba de demonstrar que esta abordagem é, além de impiedosa, contraproducente. Ela busca objetivos inalcançáveis e deixa, por interesse, de perseguir outros, que seriam perfeitamente factíveis.

Quem relata as novas pesquisas, num texto brilhante, é o jornalista George Monbiot. No artigo, publicado ontem (11/8) no Guardian londrino, ele conta que:

a) Deixar a obesidade é muito mais difícil que usar crack e não se viciar. Estudos anteriores revelaram (esqueça os mitos a respeito) que entre 10% e 20% das pessoas que fumam a droga derivada da cocaína tornam-se dependentes. A nova pesquisa, que examinou 176 mil pessoas obesas, descobriu que, destas, 97,8% das mulheres e 98,3% dos homens foram incapazes de deixar esta condição, ao longo de nove anos. A probabilidade não se aplica a pessoas que vivem em sobrepeso, mas não atingiram a condição de obesas.

b) Os mecanismos essenciais que produzem dependência à ingestão compulsiva de alimentos são idênticos aos que levam à adição ao álcool e outras drogas, revela outro estudo. Incluem, essencialmente, mudança biológica, desconforto com abstinência, incapacidade de controlar impulsos, sensação de recompensa, ao consumir a substância causadora do vício. Porém, a obesidade é mais tirana que o uso de drogas, mesmo entre ratos. Submetida a um experimento, a maioria deles “preferiu uma recompensa em açúcar a outra, na forma de cocaína”.

c) As campanhas morais voltadas aos obesos produzem muita culpa, mas nenhuma melhora. Na verdade, quanto mais conscientes do seu mal, mais as pessoas tenderão a afundar nele. Há um único tratamento razoavelmente eficaz: as cirurgias bariátricas – que submetem os pacientes, em muitos casos, a riscos e sequelas graves.

Que mudanças deveriam ser desencadeadas por tais evidências? Para Monbiot, a resposta está evidente: “a tarefa crucial é proteger as crianças antes que elas desenvolvam dependências ao consumo abusivo de comida”. O problema, ressalta ele, é que isso exigiria uma abordagem muito menos tolerante frente a quem lucra com a dependência: uma indústria global de alimentos cada vez mais poderosa, concentrada e voraz.

Monbiot sugere: o avanço da obesidade é tão onipresente, e tão cruel, que deveria suscitar, em resposta, medidas duras. Entre elas, restrições à propaganda e marketing tão severas quanto as que limitam a indústria do fumo. Comida trash e refrigerante, por exemplo, só deveriam ser vendidos em locais pouco acessíveis dos supermercados, e em embalagens repletas de advertências.

O problema é que, até agora, a abordagem é a oposta: implica responsabilização das vítimas. No Reino Unido, o governo conservador fala em proibir acesso dos obesos ao sistema público de Saúde, “até que aceitem tratar-se”. No mesmo país, acrescenta Monbiot, as doenças ligadas à obesidade (diabetes, por exemplo), consomem 10% do orçamento nacional de Saúde.

Até quando – pergunta o autor – as sociedades pouparão os verdadeiros responsáveis pelo problema, apenas pelo fato de serem poderosos, e contribuírem generosamente com as campanhas eleitorais dos políticos?

Fonte: CARTA MAIOR


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A tese científica está diretamente ligada aos interesses das empresas.

Assim acontece com a Coca-Cola na tentativa de demonstrar que suas bebidas são saudáveis.

Assim acontece com as alterações climáticas, quando cientistas defendem teses em que o aquecimento global não existe.

Assim acontece com medicamentos, que são sempre apresentados como saudáveis.

O que define o conceito científico é o dinheiro envolvido, independente da realidade científica.

A coca -cola chegou ao ponto de dizer que as pessoas que consomem seus produtos ficam obesas porque não praticam atividade física.

No entanto, existem produtos similares que quando consumidos pelas pessoas que não praticam atividades físicas não contribuem para a obesidade.


Em outras palavras, a coca-cola diz que seu produto é um veneno, mas se você consumi-lo junto com um antídoto , você não terá problemas de saúde.

Esse é o mundo da plutocracia.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Globo cagona

Por que a Globo pulou fora do golpe? 

Porque sentiu que o povo caiu pra dentro em defesa da democracia.

   Por Maria Frô agosto 9, 2015 13:55      
Por que a Globo pulou fora do golpe?  Porque sentiu que o povo caiu pra dentro em defesa da democracia.
     O ABRAÇAÇO

Por Lelê Teles

Sucederá Dilma quem vencer as eleições em 2018, sentenciou J.R. Marinho.
Grandes merdas ele disse: uma obviedade, uma tautologia, um lugar-comum, uma ululância; uma bobagem, em suma.
Certo? Errado.
Até aqui o certo era o golpe, a abreviação do mandato da mandatária, o impeachment.
Mas com mil diabos.
Como dar um golpe sem o apoio da Globo? Quando digo Globo, quero dizer O Grande Irmãos, três cabras.
Sem a Globo, Joaquim Barbosa jamais teria a visibilidade repentina e a repentina invisibilidade posterior que teve.
A capa da revistaveja com o menino pobre foi só a confirmação de uma imagem já criada.
Sem o timbre da Globo, Merval seria um mero mortal.
Sem a Globo, Moro não teria tanta blindagem nem tanta coragem.
Sem a Globo, o helicóptero dos Perrella não tinha caído na esparrela e no esquecimento.
Sem a Globo, Aécio e um monte de gente já estava em cana.
Sem a conivência da Globo, Cunha já teria caído; derrubaram Severino por causa de uns salgadinhos.
E por que a Globo pulou fora?
Porque sentiu que o povo caiu pra dentro. Ou melhor, por três motivos:
golpistasresistencia

1 – Banqueiros e grandes empresários – o capital – chegaram a conclusão de que é melhor o país procurar um rumo seguro do que se perder de vez nas mãos de aventureiros irresponsáveis e incompetentes.
Com eles, perderão todos.
O Bradesco sacou seu Trabuco e atirou: “precisamos sair desse ciclo do quanto pior, melhor. Melhor para quem? Para o Brasil, não é. As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país”.
2 – Imagem. A Globo (O Grande Irmãos) sabe que Dilma só sairá de lá se for arrancada a força, dentro da lei e da ordem não há nada a fazer. Mas como enfrentar 54 milhões de eleitores e passar impune?
O Manchetômetro já fez mal demais à imagem da platinada, a cada dia cresce a certeza de que O Grande Irmãos mente e manipula.
manchetômetro
No gráfico do Manchetômetro o viés negativo de abordagem  do Jornal Nacional, Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo, nenhuma notícia neutra ou positiva sobre o governo Dilma.

Uma hora isso cansa.
É só observar, suas novelas despencam, Tom & Jerry dão surras seguidas em Fátima Bernardes, o Jornal Nacional agoniza em praça pública, colocaram Bonner para caminhar, câmeras em movimento, uma repórter negra para narrar o tempo e nada.
Uns dizem, mas deixaram de ver a Globo para ir pra internet. Cara, isso é uma meia verdade. Fátima Bernardes tá perdendo para um desenho animado, batidíssimo, de uma emissora concorrente e não para o Netflix.
Calma aí.
3 – Começou a reação contra o golpe, e tudo indica que ela vai se agigantar.
Saímos das cordas. Quem assistiu Rocky sabe do que tô falando. No filme, o gigante branco espancava o baixinho, massacrava Balboa.
Quase triturado, ele arrancou forças do fundo de seu âmago e passou a reagir; o resultado final todos sabem.
Veja agora o rockysmo, MST e CUT botaram o bloco na rua.
mst

CUTGOLPE
CUTGOLPE2
Intelectuais orgânicos e artistas do primeiro time reapareceram indignados: Jô Soares, Aldir Blanc, Fernando Morais, Maria Rita Khell, Viviane Moisé, Paulo Betti, Pedro Cardoso, Marieta Severo, Zé de Abreu, Jorge Furtado, Luis Fernando Veríssimo… e pela porta dos fundos vieram Gregório Duvivier, Tico Santa Cruz, Emicida…
FRENTE MINEIRA
Fotos: Lidyane Ponciano. Muita gente de pé, outros sentados no chão, o auditório do Crea lotado. Mais de 300 pessoas, militantes de diversas organizações sociais, participaram do lançamento da Frente Mineira pelo Brasil na noite de sexta-feira (7), em Belo Horizonte.
Cara, até o Barack Obama entrou dando uma voadora na repórter da Globo.
Parece uma reedição do Lula-lá.
O maravilhoso e correto programa do PT, com mudança de tom e a fala firme da presidenta “ninguém vai tirar a legitimidade dos meus 54 milhões de votos”, sinaliza a mudança do Zeigeist.
O abraçaço ao Instituto Lula é mais um sinal.
abraçaço

Observe com atenção, está sendo construída uma nova narrativa.
Até pouco tempo nós, progressistas, estávamos sendo chacoalhados em cadeiras de rodas, acuados nas ruas, xingados nas redes sociais, achincalhados em restaurantes, casamentos, estádios…
Nunca mais vi uma estrela vermelha no peito de seo Ninguém.
O golpe parecia iminente.
Mas eles – O Grande Irmãos – esticaram a corda demais, nenhum funâmbulo se equilibra em cima dela.
Exageraram na crise política, anabolizaram exageradamente a crise econômica, deram corda a toda sorte de aloprados e perderam o controle sobre eles, atiram no próprio pé.
E já sentem os sinais do fracasso.
A caminhada frustrada do Pequeno Kim foi uma mostra disso. O panelaço gourmet definhou e o abraçaço é só o começo.
O Grande Irmãos viu que terá que arcar com as consequências de apoiar inconsequentes como o nosso Napoleão de Hospício, o Pequeno Kim, o descerebrado Cunha e o alucinado Moro.
Viram que é uma burrice trocar o lulismo pelo kataguirismo.
Os kataguiris já falam à boca grande que vão meter Lula, à força, dentro de uma jaula.
Acham que podem matar Cecil, o grande leão, e irem amanhã comprar pão na padaria.
Imagina Lula num camburão e uma multidão atrás abrindo as portas da viatura e libertando-o.
Por isso, a Globo recuou.
E porque são solidários, o bloco hegemônico da grande mídia tende a seguir O Grande Irmãos.
Hoje a Folha editorializou com as mesmas tintas da irmandade, condenou o golpe deu chineladas na bunda dos golpistas.
Agora é hora de multiplicarmos os abraçaços: abraçaços nas estatais, no Congresso, nos tribunais, nas nossas instituições democráticas… sairemos em defesa do nosso país.
O Grande Irmãos já sentiu o primeiro golpe, agora é usar a tática lango-lango, e golpear até o bicho cair.
Depois a gente abre o zíper e mija em cima da carcaça.
Palavra da salvação.
Fonte: MARIA FRÔ
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sábado, 8 de agosto de 2015

10 meses, 300 dias, 7.200 horas, 432.000 minutos , 25.920.000 segundos de terror.

‘Depois de todo esse terror diário, a quem esses idiotas pensam que enganam?': 15 frases selecionadas sobre a ‘nova atitude’ da Globo

Postado em 08 ago 2015
por : Diario do Centro do Mundo
Crer ou não crer em mudança?

Crer ou não crer em mudança?

Selecionamos 15 comentários em que nossos leitores no Facebook debatem o tão falado editorial do Globo que parece romper com o golpismo.

1) Fazem um editorial desses mas no dia mesmo irão fazer cobertura em tempo integral da manifestação pró impeachment.

2) Pode ter certeza que estão vendo vantagens e desvantagens para além do mero olhar comum. Estas estruturas vem sempre muito além da maioria de nós. Sabem criar opiniões, assim como as destroem e constroem outras. Tudo para a manutenção do seu poder e status.

3) A mídia golpista está tomando consciência? Depois de 8 meses de bombardeio diários, com cobertura exclusiva das manifestações golpistas, o que esperam os Marinhos? Tem um psicopata na presidência da Câmara pronto para explodir a democracia para encobrir os seu atos de corrupção e a Globo só fez apoiar esse quadro.

4) Ahn??????? Depois de todo esse terror diário, a quem esses idiotas pensam que enganam?

5) Uma vez golpista, sempre golpista. Criaram um monstro, o tal do Eduardo Cunha, mas agora que está prestes a ser pego, resolveram abandonar. No mais, uma nova eleição, o eterno terceiro turno, tapetão, para assumir o risco de colocar lá um playboy irresponsável, como Aécio: é melhor trabalhar pela estabilidade econômica e, sobretudo, política. E aguardar por 2018, até lá, Dilma, que foi eleita democraticamente, deve terminar o mandato. Ou será que os Marinhos querem entrar para a história como protagonistas de mais um golpe político?

6) Depois de esticar a corda na iminência de partir eles pedem pra sair do clima golpista? O que uma empresa no prejuízo não faz em atendimento aos seus clientes (anunciantes) que já falaram que essa maluquice de impeachment vai melar o filme dos seus lucros, que continuaram mesmo que essa retração da economia apelidada cretinanente de “crise”. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

7) E para completar, hoje o JN deu um espaço para a Dilma nunca antes visto e ainda por cima cobriram o abraço que as pessoas foram levar ao Lula em desagravo. Quando a esmola é demais o santo desconfia.

8) Tenho uma teoria. Trata-se de uma vacina para a história. Caso o golpe aconteça nos proximos meses, daqui a 40 ou 50 anos não precisará tentar reescrever a história, como fez com a Revolução (sic) de 64, fazendo um editorial dizendo que foi um erro ter dado “apoio editorial” ao golpe. Isto é, ela acredita que o golpe ocorrerá via congresso. Ela acha que já contribuiu muito para o enfraquecimento do governo. Agora, passa a bola para o Cunha terminar o trabalho (sujo). Pode ser que ela continue a fomentar o golpe via apoio aos próximos protestos da turma da CBF. Mas aí, na cabeça da Globo, ela está fazendo apenas jornalismo. Cobertura jornalística. Plim plim.

9) Fiquei espantado também com os comentários do programa da Maria Beltrão, Estúdio I, hoje à tarde. O comentarista, ao contrário do que costuma acontecer, baixou o cacete na oposição e deu força ao governo. A jornalista de economia, pau-mandado, ficou calada meio sem jeito. Alguém me explica o que está acontecendo? Cheguei a comentar: Xi! Esse não é mais convidado pro programa.

10) Esperemos a postura da Globo no dia 16, daí veremos a verdade desse editorial.

11) Essa ‘imparcialidade’ dura até 16 de agosto?

12) Estou assistindo o JN e impressionada com a mudança do tom… O que vem depois???

13) Isso tá estranho… Tem algo muito, muito errado nessa história.

14) Há uma agenda oculta por trás. Desvincular-se do golpismo patrocinado por ela própria, a fim de angariar simpatia de quem não aceita sua falácia? Posar como neutra em futuros desdobramentos? Sair de perto da Veja, dado sua credibilidade pulverizada poder contaminar seus próximos? A mim não enganam.

15) M.R. – tá bom! os marinhos?…vou fingir que acredito…

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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E eis que em meio ao terrorismo midiático diário que se iniciou logo após a vitória de Dilma em outubro de 2014 - 10 meses, 300 dias, 7.200 horas, 432.000 minutos, 25.920.000 segundos, - o grupo Globo repentinamente, de um dia para o  outro, muda o tom  e passa a defender o equilíbrio e o bom senso. Algo que globo nunca exerceu.

O tal editorial de globo, que não li mas me baseio nas informações recebidas pelos sites que acompanho, passa a defender a democracia, o estado de direito, a vontade do povo nas urnas.

Mudanças repentinas, naturalmente causam estranheza.

Até os embotados telespectadores de Luciano Huck, Faustão e do Fantástico, devem estar estranhando a mudança de tom no jornalismo de globo.

O que teria motivado  tal mudança repentina, devem estar se perguntando todas almas conscientes do país.

Afirmar  com certeza os motivos reais da mudança seria praticar um jornalismo padrão globo e  da velha mídia, logo o campo das especulações é permitido, tendo em vista a relevância  do fato.

Na postagem acima do DCM são listados  15 comentários sobre as possíveis motivações para a mudança de globo e, nenhum deles diz respeito ao trabalho incansável na internete e nas redes sociais como contraponto ao jornalismo de pensamento único praticado pelos veículos da velha mídia.

Diariamente, ao longo  de 10 meses, 300 dias, 7.200 horas, 432.000 minutos e 25.920.000 segundos, os sites, portais e blogues da internete conhecidos como sujos, vem desconstruindo, ou tentando fazê-lo, o jornalismo de pensamento político único contrário ao governo e praticado pela velha mídia. 

Mesmo em um jogo desigual, algumas vitórias acontecem.

Hoje, diante de um caos político no país e ainda uma crise financeira - cenários que não se modificam para a estabilidade em pouco tempo  e mesmo que se consiga algum equilíbrio perdas e sequelas existirão - não há tanta necessidade de se manter o  tom de terrorismo e perseguição dos meses anteriores e, pode-se até mesmo, fazer discursos e editoriais em defesa da democracia e do estado de direito, já bem fragilizados pelas operação lava jato e pelos arranjos  de políticos e partidos políticos em prol da desestabilização do governo construídos no congresso nacional.

Ambos com lastros suficientes para que mudanças repentinas não sejam possíveis, ou , caso possíveis , sejam bem difíceis de serem costuradas.

Talvez isso ajude a explicar a mudança de globo, que na prática não significa mudança, mas uma encenação em função dos cenários citados e que globo ajudou  de forma incansável a construir.

Observa-se , também, uma mudança em que o governo passa a ter espaço no noticiário, em uma agenda positiva, algo que laboratórios de jornalismo como o Manchetômetro não tem registrado em suas análises, ao contrário, o Laboratório  tem demonstrado que as notícias sobre o governo na velha mídia  são majoritariamente negativas.

Adicione-se a "mudança"  ( em função do que foi dito até aqui as aspas passam a ter validade ) de globo o excelente trabalho de contraponto da internete, que, de alguma forma, incomoda  a velha mídia  e contribui para a formação de uma análise crítica nos seus leitores, tanto os leitores dos blogues. sites e portais da internete quanto para os leitores de veículos da velha mídia.

A imprensa privada e a velha mídia tem acusado ao longo de meses uma perda significativa de audiência, isso é fato comprovado.

Adicione-se , também, que protestos e manifestações de rua como os protestos de 2013 não se repetiram até então, mesmo com  todo o incentivo da velha mídia para que viessem a acontecer.

As manifestações e protestos de rua, supostamente motivados pela noticiário ao longo desses 10 meses, 300 dias, 7.200 horas, 432.000 minutos e 25.920.000 segundos, não foram representativos da totalidade da população brasileira e, de longe, não tiveram a espontaneidade das primeiras manifestações de 2013.

Os protestos atuais são cuidadosamente elaborados, construídos e convocados por instituições e organizações, independente do lado que esteja nas ruas.

Os protestos e manifestações fruto de um amálgama social,  fruto de uma tomada de consciência contra até mesmo as disputas em cena , fruto de uma total rejeição da população quanto aos políticos oportunistas e golpistas , fruto de uma rejeição contra o papel nocivo exercido pela imprensa e pela velha mídia, fruto de defesa da democracia e do estado de direito que vem sendo violados, fruto da defesa de aplicação de políticas e programas sociais em benefício da maioria do povo brasileiro , esses protestos com essa agenda ainda não aconteceram com toda a sua magnitude, no entanto, não se pode afirma que não venham a ocorrer.
 
Os protestos agendados ,com foco no combate a corrupção são falsos e oportunistas, já que são convocados por partidos e políticos sabidamente corruptos, talvez incomodados com o combate a corrupção conduzido pelo governo federal e jamais visto na história do país.

Talvez, esteja aí a "mudança" repentina de globo.

"Mudança" segura, já que sua agenda terrorista golpista  ainda vai perdurar pois a luta fratricida dos políticos e partidos políticos está consolidada.

"Mudança" oportunista, já que uma grande mobilização popular fora das agendas de governo e oposição pode causar enormes estragos na velha mídia, logo, melhor se precaver e se apresentar como neutro.

"Mudança" econômica, já que os índices de audiência e venda de jornais e revistas vem despencando, assim como os principais anunciantes não desejam estar associados a ações golpistas e anti democráticas, caso o golpe a aconteça.

"Mudança" de lado, já que se apresentar com o mesmo discurso de blogues , sites, e portais da internete em exponencial crescimento de audiência, ajuda a minimizar as perdas audiência.

Estamos em um momento em que pode acontecer de tudo, inesperado ,imprevisto, imprevisível, como até mesmo não acontecer nada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Pezão viajou

Pezão diz que 'guerra do tráfico' não vai acabar enquanto existir consumo

Governador fez afirmação após recentes casos de violência nas zonas Norte e Oeste da cidade

O Dia

Rio - Após os recentes casos de violência na cidade, o governado Luiz Fernando Pezão afirmou nesta sexta-feira que enquanto houver guerra por conto de venda de drogas e o consumo vai haver derramamento de sangue.
"Infelizmente enquanto houver consumidor de drogas e tiver as pessoas entrando com armamento vai ter essa guerra. Enquanto houver consumo, as pessoas procurando, se viciando, vai ter a guerra pelo tráfico. A boca de fumo dá muito dinheiro, você vai em uma boca de fumo da Rocinha dá dois milhões por semana", disse.
Pezão comentou recentes casos de violência no Rio
Foto:  Bruno de Lima / Agência O Dia

Violência sem fim
Diversos episódios de violência na cidade marcaram esta quinta-feira. Em Quintino, um engenheiro foi morto atingido por uma bala perdida dentro de casa durante um confronto entre traficantes fortemente armados e policiais militares. Floriano Fernandes Barbosa Filho, de 49 anos, será enterrado nesta sexta-feira no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte.
No Complexo do Alemão, dois jovens, entre eles um menor de idade, morreram durante um confronto com a policiais do UPP na Grota. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), eles trocaram tiros com os PMs. Durante a noite e madrugada, tiroteios voltaram a assustar moradores na região, que ficaram sem poder voltar para casa.
Em Gardênia Azul, uma suposta guerra entre milicianos locais e traficantes da Cidade de Deus teria deixa pelo menos um morto e mais dois homens baleados, na que seria
No Morro do Jordão, em Jacarepaguá, os constantes confrontos entre criminosos motivou uma operação, na manhã desta sexta-feira, na região. Policiais do 18º BPM (Jacarepaguá), do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq), do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromarítimo (GAM) participam da ação

Fonte: O DIA
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Pezão diz que enquanto existir consumo de drogas, pessoas venderão drogas.

Brilhante.

Diz , ainda, que a guerra de traficantes continuará existindo enquanto existir o consumo.

A guerra do álcool acabou nos EUA nos anos da década de 1930, não pelo combate ao consumo da droga - sim, o álcool também é uma droga - mas sim pela legalização da venda e consumo de bebidas alcoólicas.

Pezão quer combater o problema criminalizando os consumidores, ou tentando convencer as pessoas a não consumirem drogas.
Revela, ao que parece, incompetência e coragem para resolver a questão das drogas.

Talvez, fruto dos problemas que o tão alardeado programa das UPP's - Unidades de polícia Pacificadoras - tem encontrado em pacificar, de fato, as comunidades que foram ocupadas pela Polícia.

A indústria das drogas é mundial, globalizada, e seria ingênuo acreditar que uma UPP iria acabar com o consumo de drogas.

Até mesmo a redução da violência nas comunidades ocupadas pela Polícia , que de fato aconteceu, vem sendo questionada quanto a eficácia do projeto.

Como o  bicho está pegando, Pezão mira nos consumidores como  responsáveis pela violência e tiroteios.

Acho que o governador está precisando de uma relaxada para melhor organizar as ideias.

Costurando o golpe com bola nas costas do povo

Corrupção na luta contra a corrupção: a fraude do protesto anti-Dilma no Facebook. Por Kiko Nogueira

 
Dennis Heiderich
Dennis Heiderich, criador do “evento”
 
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Uma arapuca foi armada no Facebook com os métodos das milícias que pedem o impeachment: protestar contra a corrupção por meio de corrupção. Uma página contra Aécio Neves, criada em outubro do ano passado, se transformou na quinta, 6, em convocação para as manifestações de 16 de agosto.
O criador é um estudante paulistano chamado Dennis Henrique Possani Heiderich, de 23 anos. Os mais de 70 mil seguidores originalmente antiaecistas foram metamorfoseados em coxinhas num dia. Até agora, ao menos 19 mil deram o fora.
Dennis disse à BBC que “mudou de opinião”. Simples assim. Aparentemente, em dois meses foi de alguém que criticava a turma que fala em “ditadura comunista” para convertido a uma “Direita que nasce para endireitar os rumos da nação”.
Segundo ele, tudo ficou realmente claro quando viu “toda a esquerda saindo nas ruas para protestar contra a redução da maioridade penal, chamando aqueles marginais de crianças”. Ele pensou, então: “Eu estou do lado errado, preciso sair daqui. Agora sou assumidamente de direita.”
É um fenômeno difícil de explicar. Pode ser que se esteja diante de um caso clínico. Hoje o rapaz campanha pela “família tradicional”, apoia Bolsonaro para presidente e é a favor da intervenção militar para tirar a “quadrilha” do poder. O que ele será amanhã?
Os internautas que se sentiram enganados com a mudança no Facebook não são problema dele. “Quis dizer para as pessoas: ‘Faça a mesma coisa, mude de ideia’. Por isso não desativei o evento. Só tive a ideia de trocar agora porque eu já tinha feito um trabalho de conscientização.”
Um dos que ajudaram Henrique a alterar a natureza da publicação no FB na rede foi Mauro Sanders.
“Em nome de todos aqueles enganados pelas políticas esquerdistas, foi dado o troco na forma de pegadinha para vermos se quem apoia esse governo se sente um pouquinho como nós, trabalhadores honestos, já que a descoberta de milhões na conta de Dirceu ao mesmo tempo em que ele pedia vaquinha não foi o suficiente”, disse à Folha.
Henrique pode sofrer, eventualmente, de algum distúrbio. Talvez precise de ajuda da família.
Já seu amigo Sanders, que acha normal ludibriar milhares em causa própria, sofre de doença mais grave, possivelmente incurável. Umberto Eco nunca esteve tão certo ao lembrar que as redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis.


Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

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Evento contrário a Aécio Neves tem nome alterado e amanhece convocando manifestantes contra Dilma

Uma mudança de título e descrição de um evento no Facebook deixou diversas pessoas, que são contrárias ao Senador Aécio Neves (PSDB-MG), em uma saia justa. Tudo por que eles haviam confirmado presença em um evento contra o então candidato à presidência e se viram apoiando, involuntariamente, um protesto contra a presidente Dilma Rousseff (PT) marcado para o próximo dia 16.
Na manhã desta sexta-feira (7), o evento que tinha o título “Eu Não Voto em Aécio Neves #ForaPSDB” passou a se chamar “16 de Agosto Eu Vou Pra Rua #ForaPT”. Em questão de minutos a mudança foi percebida e os integrantes começaram a se manifestar. “Vocês aceitaram o convite para essa manifestação? Acho que estão tramando golpes até mesmo pelo Facebook”, dizia um dos comentários.
A página, que no início, quando ainda tinha o intuito contrário ao tucano Aécio Neves, possuía 68 mil seguidores perdeu cerca de 18 mil. Muitos participantes acusam o criador da página de ter tramado a ação para fazer um volume virtual contra a presidente Dilma. Outros, porém, se divertiram com a situação e resolveram apoiar a mudança.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Comunicado sobre alteração do horário do jogo entre Flu e Figueirense

Em razão de um pedido da emissora que detém os direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, a partida entre Fluminense e Figueirense, no dia 16/8, válida pela décima nona rodada da competição, teve horário alterado das 11h para 16h. O Fluminense entende e aceita a solicitação, uma vez que, por questões relacionadas à segurança, a partida entre Palmeiras e Flamengo, que estava previamente marcada para 16h, agora ocorrerá às 11h do mesmo dia por um pedido da Polícia Militar de São Paulo. Nesta data, está prevista uma grande manifestação na cidade e, por isso, as autoridades locais solicitaram a mudança. Por fim, o Fluminense reitera concordância e espera a mesma atitude cordial caso evento parecido venha a ocorrer com o clube.
Os torcedores que compraram ingresso pela internet e que se sentirem prejudicados com a alteração do horário da partida poderão cancelar a compra diretamente no site do Maracanã ( http://www.maracana.com ) em até 24 horas antes do início do jogo.
No caso do associado que deseja efetuar o cancelamento da compra, ele deverá acessar o portal do sócio e clicar na aba “check in / ingresso”. Em seguida, será direcionado para o site do Maracanã. No canto superior direito da tela, haverá a aba “meus ingressos”. Ao clicar nesta aba, o associado poderá realizar o cancelamento da compra também em até 24 horas antes do início do jogo. Caso haja ainda alguma dúvida, o associado pode ligar para o call center pelo seguinte número: (21) 3385 – 9930
Fonte: FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
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É a TV Globo trabalhando em todas as frentes pelas manifestações contra o governo marcadas para o dia 16 deste mês.

Como é de se esperar que em São Paulo tenha um número maior de manifestantes que no Rio de Janeiro, a globo, para valorizar a manifestação, mudou os horários de dois jogos no dia.

O jogo do Fluminense, aqui no Rio de Janeiro, seria às 11 horas e passou para 16 horas.

Já em São Paulo, a globo  mudou o horário do jogo do Palmeiras com o Flamengo, que seria às 16 horas para as 11 horas, deixando a tarde livre para o pessoal das panelas.

Assim, na cidade de São Paulo, os torcedores , no horário da manifestação não tem o futebol para "atrapalhar"  e diminuir o número de manifestantes.

O mesmo vale para  a cidade do Rio de Janeiro, já que o jogo do Flamengo em São Paulo mudou de 16 horas para 11 horas, deixando os torcedores cariocas livres na parte da tarde, a exceção do Fluminense.

A emissora, cinicamente, alegou que as mudanças se devem a questões de segurança, quando, de fato, com as modificações a globo incentiva ainda mais a insegurança que assola o país, ao valorizar e incentivar manifestações golpistas.

Tudo feito na moita , sem barulho e violando o estatuto do torcedor que tem força de lei.

Desenvolvimento

O desenvolvimento não é um caso de polícia

A suposição de que existe um 'mercado puro' ignora a realidade dos cartéis e oligopólios coordenados pela voragem da dinâmica finananceira mundial.

por: Saul Leblon 

Agência Brasil
Em sua cruzada contra a corrupção, o juiz Moro anunciou que ademais do setor petrolífero, ilícitos detectados na área elétrica passarão também a ser de sua conta.

Em breve, o mesmo fio condutor poderá leva-lo a práticas e protagonismos semelhantes – às vezes até com os mesmos personagens e métodos --   em um outro setor, depois em outro e outro, até quem sabe roçar a área financeira.

Desta vislumbrará, quem sabe, uma espiral de malfeitos encadeados agora na esfera global.

Incansável, o esquadra do Paraná navegará então seu fervor missioneiro por entre acordos e associações cada vez mais complexos, emaranhados e cartelizados, que poderá avocar igualmente como de sua alçada por conta dos encadeamentos intrínsecos.

Em algum momento nesse périplo, o juiz Moro poderá invadir a seara da Alta Corte inglesa. Ali, o juiz Cooke, calçado em investigações do Serviço de Fraudes Sérias, acaba de condenar  o primeiro réu do escândalo da Libor.

Tom  Hayes, o sentenciado, criou um cartel para fixar a taxa de juro tomada como referência na correção de trilhões de dólares em ativos no mundo.

Hayes manipulou dados para coloca-la a serviço das carteiras e lucros de seu banco, o UBS.

Fez isso em conluio com outros bancos e operadores em diferentes praças do mundo.

Nada muito diferente do que armaram os empreiteiros da Petrobrás; ou os executivos da Siemens, Alstom e assemelhado no metrô de São Paulo; ou que fazem, ainda, bancos e endinheirados nativos, parte deles flagrados no escândalo do HSBC que revelou a plutocracia brasileira como topo de linha no ranking internacional de lavagens e sonegação...

Com todo esse caminho pela frente, o meritíssimo de Curitiba corre o risco de repetir assim o mapa inútil de Borges: aquele que se auto anula ao adquirir, finalmente, a escala da realidade.

A escala do capitalismo em nosso tempo é a da grande geografia dos carteis e oligopólios induzidos e coordenados pela voragem da dinâmica financeira.

Hoje eles abarcam da produção de cerveja a de sucrilhos, passando pela de lâmpadas, aviões, navios, plataformas de petróleo, vagões de metrô, tarifas de bancos, spreads (especialidade do sindicato dos bancos brasileiros, a Febraban) e taxas de juros, como mostra o escândalo da vetusta praça de Londres.

O cartel de bancos que manipulou a Libor durante anos, com implicações na estrutura de custos de todas as praças do planeta,  evidencia  o quanto o mito da livre iniciativa tem de propaganda enganosa (Leia o especial de Carta Maior)

Essa constatação não deve ser confundida com um endosso passivo à corrupção como se fora ela uma fatalidade.

O que a cartografia capitalista do século XXI argui, porém, é a irrelevância da centralidade no método, nas referências e consequências de bisonhos exércitos de brancaleones que se propõem a faxinar o capitalismo, como se o desafio estrutural do desenvolvimento no século XXI fosse um caso de polícia.

Há mais coisas entre o céu e a terra do que a vã filosofia da república de Curitiba consegue enxergar.

No rastro dos depuradores do capitalismo, alguns dotados de indisfarçável escovão ideológico, pavimenta-se frequentemente o oposto: o fortalecimento de lógicas e interesses que convalidam justamente o que se supõe combater.

Isso é mais que uma ópera bufa de salvadores da pátria.

É uma tragédia que o Brasil enfrente a encruzilhada do seu desenvolvimento nesse momento engessado por critérios tão bisonhos, incensados por uma mídia de igual mediocridade, empenhada acima de tudo em agilizar o abate do ‘Cecil’ que desde 2002 atormenta a sua preferência na savana local.

A suposição de que existe um mercado puro --como o Deus com quem o procurador  Dallagnol se comunica--   enfrenta colisões apreciáveis  com a realidade do capitalismo em nosso tempo.

Não é só a Libor ou a Petrobras.

Vivemos  um tempo em que a supremacia dos oligopólios  -- e o entrelaçamento coordenado entre bancos e corporações--  e a deriva da sociedade e do seu desenvolvimento não são realidades antagônicas.

Antes, exprimem uma racionalidade impossível de se combater sem uma intervenção política que credencie o Estado para isso.

Eis o drama da Lava Jato.

É justamente o oposto do que pregam, executam e propagandeiam os interesses embarcados na sulforosa cruzada de Moro e seus procuradores.

No capitalismo do nosso tempo, o cartel planeja a sociedade.

Quem não se lembra do exemplo pedagógico flagrado no esquecido escândalo do metrô de SP?

Protagonista da engrenagem que há 20 anos ‘adequa’ as licitações do sistema, a multinacional francesa Alstom avocou-se em 2005 a prerrogativa de alterar o traçado de uma linha e incluir uma nova estação no trajeto.

A notícia, embora tenha merecido editorial da Folha, não motivou colunistas da indignação seletiva a denunciarem o desembaraço nas relações entre o cartel e o governo tucano.

Aos poucos o assunto morreu, com as investigações circunscritas a escalões inferiores.

Mas o caso deixa rastros sugestivos.

Eles evidenciam o quão profunda pode ser a ingerência do interesse privado na esfera pública, quando esta jaz imobilizada por um torniquete feito de  Estado fraco, incapacidade de planejamento público e crispação de interesses políticos fundidos à voragem dos mercados.

No caso, a multinacional francesa em conluio com outros fornecedores precisou de apenas 12 dias para emplacar uma novidade que a burocracia estadual tucana não previra em anos.

Ademais de alterar trajetos e estações, reduziu o mobiliário do conjunto, sem desconto correspondente, o que sugere um saldo capaz de lubrificar o bom entendimento entre bolsos corporativos, partidários e individuais.

Lembra a dinâmica investigada pela Lava Jato?

Estamos diante de algo maior, portanto.

Maior que a particularidade da corrupção real e intrínseca às relações entre metrô de São Paulo, Alstons & Siemens, ou da Petrobras, Odebrechts & Camargos e casos equivalentes urbi et orbi.

Aos ingênuos e espertos, que embarcam o ‘gigantismo estatal’ na lista dos demônios a serem calcinados na fornalha de Curitiba, cabe esclarecer: a tragédia que devora o nosso tempo é de natureza justamente oposta, e nos coloca diante do custo  de um  ‘intervencionismo' às avessas.

Qual?

Aquele em que o oligopólio subordina a sociedade aos seus interesses, intento magnificado a partir do tsunami neoliberal dos anos 70/80.

Foi esse o divisor que restringiu as ferramentas e a capacidade de planejamento do Estado de tal modo, que afogou a agenda do desenvolvimento deixando reduzido espaço de implementação para o que se pactua hoje na urna, na política democrática e nas promessas dos partidos progressistas a seus eleitores.

O braço local dessa engrenagem devastadora é o mesmo que agora pega carona na Lava Jato para retornar ao poder e terminar o  serviço intensificado a partir de 1995, com a chegada de FHC ao Planalto.

A saber, reverter direitos sociais e trabalhistas; comprimir ganhos reais de salário, esfacelar o pleno emprego e, com ele, o poder de barganha sindical...

Assim por diante.

Sobretudo, trata-se de retomar as grandes privatizações do patrimônio público brasileiro, do qual ainda restam alvos suculentos, como o Banco do Brasil, o BNDES, a Caixa Federal, a Previdência Social, o SUS e a joia da coroa deste e de todos os tempos: o pre-sal, cuja mastigação já vem sendo amaciada por Serra, e novo postulante ao comando desse revival.

Aquilo que já foi feito está presente no DNA da corrupção que agora se combate cortando cabeças.

Um Estado ainda mais fraco, como o que se preconiza no desfecho da crise atual, diante de um mercado desregulado ainda mais forte, com um governante adicionalmente refém de seus interesses, fará com que cada cabeça cortada hoje pelas mãos justiceiras de Moro se reproduza em dobro amanhã, como na mitologia da serpente Hidra nos doze trabalhos de Hércules.

Não é uma jabuticaba brasileira.

Trata-se de um traço constitutivo do capitalismo atual, existindo inclusive uma régua técnica para medir esse paradoxo da hegemonia neoliberal.

A ‘razão de concentração de mercados’, esse o nome, indica o quanto um setor da economia é dominado pelos seus quatro maiores atores corporativos  -cartéis virtuais ou potenciais.

Hoje essa dinâmica concentradora se alastra por diferentes áreas econômicas em todo o globo.

Razões sistêmicas, associadas às derrotas e recuos da esquerda mundial, reforçaram esse desenho característico do movimento de expansão e concentração do capital em nosso tempo, coagulado na forma de uma dominância financeira cada vez mais autônoma, densa e abrangente

A migração do capital em direção à liquidez, ademais de refletir uma forma superior de dominação sobre a economia e a sociedade (exacerbada pela livre mobilidade dos fluxos especulativos) atende também a uma necessidade estrutural da economia.

A formação de grandes fundos é um requisito intrínseco à escala dos financiamentos requeridos pelo agigantamento dos projetos de infraestrutura, planos de universalização de serviços e, cada vez mais de agora em diante, pelas exigências de enfrentamento dos desequilíbrios climáticos (gigantescos planos de reciclagem energética, prevenção de desastres climáticos etc).

Essa agregação de grandes massas de capitais teria que ser feita por alguém.

Que ela ocorra por meio de cartéis dilapidadores ou se dê pela subordinação ao planejamento democrático do Estado, eis a disjuntiva crucial da luta pelo desenvolvimento em nosso tempo.

A crise de 2008 mostrou para onde a coisa caminha quando os mercados ficam livres –‘autorregulados’-- para manipular a variável financeira, a serviço de estripulias especulativas, dissociadas de parâmetros produtivos e sociais.

As experiências sucessivas das grandes crises capitalistas, desde 1929, evidenciam, em contrapartida,  a incontornável necessidade de um poder de coordenação, capaz de alocar esses recursos de forma a coloca-los efetivamente  a serviço da sociedade.

Todo o desafio brasileiro hoje gira em torno desse nó górdio:  quem vai organizar o passo seguinte do desenvolvimento do país?

O escândalo da Laja Jato reflete –além da subjacente deformação irradiada pelo financiamento eleitoral—  a falta de um verdadeiro, transparente e democrático poder de coordenação da sociedade sobre as forças de mercado.

Na sua ausência criou-se o limbo.

Nele floresceu a endogamia dos interesses rapinosos de carteis, burocratas e políticos.

A punição exemplar é uma parte do antídoto.

Mas a questão do desenvolvimento subjacente à Lava Jato, definitivamente, não é um caso de polícia.

A mitologia em torno da Lava Jato alardeia  que a purga em marcha fará emergir um capitalismo saneado, capaz de assumir as tarefas e desafios brasileiros no século XXI.

Essa subestimação da Hidra ancora-se na suposta  existência de um ponto de equilíbrio intrínseco aos mercados, que dispensaria o poder de indução, coordenação e harmonização do Estado na construção de uma sociedade mais próspera e equitativa.

A espiral  da concentração capitalista em todo o globo, que reduz a agenda dos livres mercados a uma marca de fantasia desprovida de chão histórico, depõe contra o mirante  singelo, a partir do qual a república de Curitiba se avoca em parteira desse novo Brasil.

O país real e o seu desenvolvimento continuam à espera de uma repactuação política que devolva a polícia e os mercados ao seu devido lugar

Fonte: CARTA MAIOR
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E o povo ?

Nem governo nem oposição têm a saída’
afirma sociólogo sobre crise política



Destaque Brasil


Foto: Reprodução/ Youtube
O sociólogo Brasilio Sallum, autor do recém-lançado livro O Impeachment de Fernando Collor, não vê saída para a crise política atual porque o governo da presidente Dilma Rousseff não tem clareza da direção a tomar nem a oposição tem “horizonte” a seguir. Para o professor da USP, os movimentos que defendem o afastamento da petista têm força para “empurrar” os partidos, mas isso é insuficiente para desencadear o processo político em si.
Perguntado se é possível o governo sair da crise política, o sociólogo disse que “passamos por incertezas que não têm respostas claras nem do governo nem da oposição. Paulatinamente, estamos amadurecendo”. Ele reconhece que o fato de o governo tentar hoje ajustar as contas “já é um enorme avanço” em relação ao que antes da eleição se dizia, de que não estávamos em crise econômica, que o mundo era uma maravilha. “Nós, pelo menos hoje, temos absoluta consciência de que devemos fazer alguma coisa. A crise política é grave por, no mínimo, três razões: pelo fato de a presidente ter perdido autoridade, pelo enfraquecimento da coalizão e pela baixa popularidade de Dilma. Por outro lado, as forças que se opõem a ela não têm horizonte claro a perseguir. Não sabemos a qual direção a presidente quer levar o País.”
Segundo Sallum, como não estamos vendo uma coalizão definida e clara, que trabalhe especificamente pelo impeachment, “não se pode dizer que hoje haja beneficiários. Como funciona o processo? Você tem oposições, que se organizam contra o presidente, mas ao mesmo tempo se organizam em favor do vice. Na época do ex-presidente Fernando Collor, houve isso: uma coalizão entre PMDB, PSDB e PT, que se articularam contra o Collor, conseguiram maioria e atraíram ex-aliados do ex-presidente. É isso que não existe hoje”.
Questionado se as ruas podem hoje estimular esse movimento, ele respondeu que os movimentos de rua não têm a menor condição de fazer isso hoje. “As mobilizações da época do Collor foram articuladas com partidos e por uma rede de mais de 100 organizações. Os movimentos de hoje, desde os de 2013, não têm condução partidária. As ruas hoje empurram os partidos, mas não são empurradas pelos partidos. Parece que hoje a relação é inversa àquela verificada na época de Collor. Em geral, mobilizações sempre têm um cordel, são puxadas por aqueles que fazem parte do sistema político, mesmo em posição secundária. A questão é que os partidos não estão conseguindo dar direção à demanda. Os partidos estão muito desorganizados, têm alas diferentes com dificuldade de manter uma unidade, têm facções que agem de formas distintas.”
Para o sociólogo, há hoje tentativas, ameaças, ‘pautas-bomba’. “Mas os obstáculos são muito grandes para se alcançar o impedimento. Os sinais ainda não são totalmente claros, não é um movimento que será facilmente bem-sucedido. As dificuldades jurídicas e políticas serão bastante grandes, não vejo o impeachment visível no horizonte, embora haja movimentos nessa direção.”
Sobre o peso da Operação Lava Jato nesse contexto, o sociólogo avalia que “o problema é que a Lava Jato mostra de um lado que as instituições estão funcionando extraordinariamente bem do ponto de vista institucional, produzindo minibombas políticas. Isso tornam difíceis as associações – as agregações, digamos – entre os políticos, porque eles são passíveis de processos. Todos os mecanismos de articulação política estão sujeitos a receber o impacto da Lava Jato. Depois que o Eduardo Cunha foi envolvido nas investigações, a Câmara passou a ser uma fonte potencial de obstáculos”. 
Fonte: MANCHETE ONLINE
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Situação da economia e do gasto público não é culpa de Dilma, diz economista

Para Schymura, a forte desaceleração não foi provocada pela "nova matriz macroeconômica"


Para o diretor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) Luiz Guilherme Schymura, a atual situação da economia brasileira e do gasto público não é “culpa da presidente Dilma Rousseff”. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, nesta sexta-feira (7/8), Schymura afirma que a forte desaceleração da economia brasileira não foi provocada pela "nova matriz macroeconômica" adotada pelo governo. Segundo ele, é resultado do processo de democratização do país e das reivindicações da sociedade por melhores serviços públicos. Para o diretor do Ibre, o gasto público é crescente porque existe uma demanda da sociedade por mais democracia e melhores serviços públicos.


Na entrevista ao Valor, Schymura comentou  a eclosão dos protestos de rua, em 2013: “Já li e conversei muito sobre isso, mas ainda não vi uma resposta para o fato de que tivemos em 2013 o início daqueles movimentos de rua num contexto de queda do desemprego, aumento do salário médio real, inflação domesticada”. De acordo com ele, a explicação é que as pessoas querem mais e querem serviços públicos decentes. “Hoje, temos uma economia vivendo uma situação traumática, com contração do PIB de 2,2% [projeção do Ibre para 2015], inflação que subiu de 6% para quase 10%. Tenho dificuldade em entender como é que não há mais manifestações”.

Dilma Rousseff
Dilma Rousseff
De acordo com Schymura, a queda do Produto interno Bruto (PIB) está relacionada ao menor ritmo de crescimento da economia mundial e, principalmente, a um problema fiscal que, nos anos do governo Lula, foi "disfarçado" pelo aumento constante da arrecadação tributária. “Na época do Lula , a receita crescia em torno de 10% ao ano em termos de reais . A despesa crescia 7%. Então, o problema do gasto crescente estava disfarçado. “Não foi por decisão de Dilma que o gasto cresceu. Cresceu porque o gasto cresceu.
À frente do Ibre, ele tem procurado ampliar o debate. Em 2013, convidou Nelson Barbosa, atual ministro do Planejamento e representante da escola desenvolvimentista, a trabalhar no Ibre. "Não defino, de forma alguma, o Ibre como um centro do pensamento liberal. O instituto tem, até por tradição, uma corrente liberal muito forte, mas não estamos fechados, disse  ao Valor Econômico.
Schymura destacou na entrevista que o Ibre não tem opinião:  ”É por isso que tento me manifestar o mínimo. Quero atrair as várias correntes do pensamento para melhorar o entendimento da economia do país.
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) é o "think tank" mais antigo do país, fundado em 1951 por três expoentes do pensamento liberal nacional: Eugênio Gudin, Alexandre Kafka e Roberto Campos. PhD pela EPGE, a escola de pós-graduação da FGV do Rio.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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As manchetes dos principais jornais do país, hoje, dão destaque ao "panelaço" que teria ocorrido , ontem, em várias cidades.
Os jornais, como de costume e por terem seu lado político, ouviram o som de panelas. Não que panelas não tivessem sido usadas para fazer barulho,  apenas mais um pouco do barulho político que tomou conta do país.
Por outro lado, o que teria detonado o bater de panelas foi o programa político do PT, nos rádios e emissoras de TV, e que teve pronunciamento da presidenta Dilma. 
Um programa de partido político que governa o país deve ter alguma mensagem, um conteúdo, ainda mais em momento de crise, de incertezas e , consequentemente,  de oportunidades. 
No entanto, nenhum veículo da grande mídia priorizou , como manchete, o conteúdo  e a mensagem implícita  do partido do governo e da presidenta.
Entre a mensagem e o barulho , a imprensa optou pelo barulho, algo, aliás, que a velha mídia tem feito ao longo dos anos de governo do PT.
Na internete, nos sites, portais e blogues de notícia, destaque tem sido dado para o fato de que o panelaço foi menor que os anteriores, que somente os ricos fizeram barulho, que nas periferias não se ouviu panelas em transe e outras observações na mesma linha de avaliação dos fatos.
Essas avaliações são verdadeiras, assim como também é verdeiro que pessoas bateram  bateram panelas.
E as soluções e propostas para o país sair, ou pelo menos se afastar, da crise política, a única crise, de fato, com desdobramentos que podem ser desastrosos para a maioria do povo brasileiro ?
Nas mídias , velhas e novas, nada de propostas, apenas a disputa pela narrativa , daquilo que foi ou não revelante, Se teve muita gente batendo panela, ou se o número de pessoas foi pequeno, e por aí
Se o clima continuar desse jeito, cada lado tentando gritar mais alto, todo mundo perderá a voz , e o pior pode acontecer, pois para  os oportunistas e golpistas  de plantão, esse é o cenário ideal para , pelo menos encaminhar tentativas de impeachment da presidenta.

O tal panelaço de ontem, que de fato aconteceu, não pode ser considerado como uma manifestação que reuniu uma amostra significativa da sociedade brasileira.  
Não foi um ato onde todas as classes sociais e camadas da sociedade se fizeram presentes. 
Bateram panelas os ricos e parcela da classe média alta. 
Esse mesmo grupo  que sai às ruas  para se  manifestar contra o governo, como deve ocorrer este mês, em mais uma manifestação organizada pelos oportunistas  acima citados.
Não se pode dizer, com base de dados  estatística e científica, que tal grupo seja uma amostra representativa da totalidade da sociedade brasileira. 
É o grupo que tem como aliados a  totalidade velha mídia - jornais, revistas e emissoras de TV privadas -  partidos e políticos de oposição interessados em desestabilizar o país.
Como pode uma pesquisa de opinião ser representativa de toda sociedade brasileira  se essa sociedade se informa, desenvolve opinião, baseado naquilo que um lado político -a velha mídia - deseja ? 
Sim, quem sugere novas eleições , agora, para presidência da república, quer levar no grito.

No outro lado da gritaria,os defensores do governo, que minimizam o panelaço e priorizam informações sobre os programas bem sucedidos do governo, as tentativas em ajustes e programas para o país  sair da crise econômica e o sucesso de empresas estatais, como a Petrobras, que tem sido foco de ataques da oposição e apresentada  pela velha mídia somente como foco de corrupção. Nesse lado, o alcance das informações  e análises produzidas sobre a situação do país e as crises e disputas existentes é bem menor que o lado contrário ao governo, já que tais conteúdos não aparecem na velha mídia , local, ainda, de referência para informação de muitas pessoas. O lado de apoio ao governo comete o mesmo erro do lado contrário ao governo, pois também insiste na disputa pela conquista da narrativa, do grito mais alto. Também se manifesta nas ruas, não com barulho de panelas, mas com passeatas organizadas pela classe de trabalhadores organizados, sindicatos e centrais sindicais, levando às ruas , também, uma amostra que não é significativa do conjunto da sociedade.

Agindo dessa forma, o governo e seus defensores assim como a velha mídia e oposições, não apresentam  alternativas para as soluções que a maioria da população brasileira espera. O governo não apresenta  alternativas e as oposições querem apenas tomar o poder, também sem alternativas reais e objetivas.
Por outro lado,  a maioria da população não bate panelas, não sai em passeatas que tem por objetivo  golpes contra a democracia, e também não acompanha nas ruas a base organizada dos trabalhadores que apóiam o governo.

Em suma, enquanto grupos brigam pelo poder, a maioria da população sofre, aliás , como sempre acontece quando políticos e seus grupos afins se distanciam das necessidades reais do povo.
É o exemplo do congresso nacional, onde uma luta sangrenta acontece, distante do aroma matinal do café nas casas das pessoas.
São os partidos  e políticos de oposição ao governo e ao país, que visam somente a tomada do poder  com as consequentes vantagens em exercê-lo.
É o exemplo da imprensa e toda a velha mídia , que apóia e incentiva o clima de conflito permanente no país, ocultando e omitindo informações e ainda  produzindo conteúdos desequilibrados sobre a realidade. 
É o governo que não ousa, acreditando em soluções ortodoxas conhecidamente ineficazes para a maioria do povo.

Até o momento as manifestações de rua, panelas em transe e outras performances, não são representativas do conjunto da sociedade. Sociedade, ao que parece pelas evidências, deseja soluções para as crises, sem alterar as regras do jogo democrático, apesar do resultado de pesquisas oportunistas.