segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Massacre - Vale a pena ler de novo



Ricos e pobres.
Tudo começou com a postagem do PAPIRO em  02 de janeiro de 2015.
Um texto normal, que procurou trazer uma leitura de uma foto, do ponto de vista de algo semelhante, assim como as montanhas da foto do morro Dois Irmãos.
Foi o suficiente para que colunistas do grupo globo se sentissem ofendidos, talvez pelo fato de terem se encontrado no texto do Morro Dois Irmãos.
Seja lá qual tenha sido o motivo, outros textos surgiram, e o histórico das postagens do PAPIRO, sobre o tema, é apresentado abaixo, com as datas na cor azul, estabelecendo os limites de cada postagem.


02 de janeiro de 2015

Favelas

A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 
Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 
O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 
Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 
Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 
Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 
É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 
Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 
Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 
A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 
Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 
Privilégio para poucos.
 
Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 
Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 
Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 
Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 
Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 
Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 
Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 
Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 
Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 
Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 
Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 
Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 
Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 
Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 
De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 
No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 
De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 
Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.

14 de janeiro de 2015

Os pobres colunistas de globo

Colunista de O Globo ensina aos leitores quem são“eles”,os pobres








publicado em 13 de janeiro de 2015 às 18:48

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É patológico, doutora?

O plano cobre

13.01.2015 12h27m
Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética, ultra de bexiga cheia. Acontece que o pobre – normalmente – alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão.
Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti a um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo “tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar”. Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina – que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos – conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [colesterol alto] e alegam “estar com o sistema nervoso” quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo “com colesterol” continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de “deixar a vida me levar, vida leva eu” debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo de inveja.
PS do Viomundo: É para isso que as Organizações Globo defendem a liberdade de expressão

Fonte: VIOMUNDO



A mensagem de fundo do texto acima  é uma propaganda da indústria média, indústria dos  planos de saúde e indústria alimentícia.

Algo do tipo:
" se você é pobre, preste bem atenção que é chic ter doenças e frequentar os hospitais" 

De fato é assim que a maioria das doenças citadas pela autora, são doenças da civilização dita moderna, ou seja, doenças cardiovasculares, degenerativas, lesões por esforços repetitivos ( ciática da empregada ), doenças derivadas da alimentação hiperindustrializada e outras.

Uma maneira preconceituosa de fazer propaganda.

O fato de pessoas terem a preocupação de verificar a pressão arterial com frequência- algo que pode ser feito gratuitamente até mesmo em tendas pelas ruas  - é uma excelente ação preventiva e deve ser encarado como positivo e , ainda mais, deve ser incentivado  para todos independente se pobres ou ricos.

A questão do acúmulo de gorduras nas artérias, o colesterol alto, é fruto de uma alimentação irracional que atinge toda a população, independente se pobres e ricos. 
Adicione-se a isso os hábitos sedentários e a obesidade, como doenças que mais crescem em todo o mundo.

Curiosamente, são doenças que afetam as pessoas mais ricas.

Já que a autora citou um programa da TV globo como referência, cabe lembrar que na mesma emissora é grande o número de funcionários, "famosos" que fizeram cirurgias para redução de estômago. 
O número de gordos e obesos, logo doentes,  é maior entre ricos.
Sem contar as diferentes dietas e regimes, que vez por outra surgem como modismos. 
E também as inúmeras plásticas , aplicação de botox, silicone e sabe-se lá o que mais, para pode parecer com algo diferente do que de fato são. 
Os ricos adoram as aparências.

Quanto ao churrasco com cerveja com uma samba de primeira, funcionam como uma terapia, um momento de descontração onde o objetivo maior não é a comida, mas sim a aproximação das pessoas, estar juntos ,festejar, cantar, dançar, algo positivo que herdamos e vivenciamos com orgulho da cultura africana. 
Apesar do churrasco e da cerveja, essa prática funciona como um excelente antídoto às preocupações do dia a dia, onde se relaxam tensões e vive-se de verdade.
Pode-se viver só, fazer todas refeições diárias sozinho, mas churrasco não se faz só.

Quanto aos hábitos alimentares, parece que a autora acertou quanto a algumas preferências dos chamados pobres. 
De fato, os  frutos do mar, especialmente o camarão, são iguarias de primeira, principalmente na cozinha considerada  como a mais apreciada e saudável no mundo, a mediterrânea.
Se pobres gostam de frutos do mar, camarão, é porque não são burros, ao contrário são  bem inteligentes.
A propósito, a doutora que não gosta de samba, deveria ouvir uma samba gravado pela Beth Carvalho, cuja letra fala de um encontro em um  final de semana, de uma turma, claro, em uma praia do município de Magé, na Baía da Guanabara, onde logo na chegada todo mundo pede pra fritar um montão de camarão.
O samba é uma delícia.
O pastel, ahhh  como é bom um pastel !! , é uma das delícias de nossa gastronomia popular e foi um dos grandes sucessos para os estrangeiros que visitaram o Brasil no período da copa do mundo. 
O pastel brasileiro ganhou o mundo.

Quanto a questão  de saúde, o maior interesse das pessoas, pobres ou ricas, é uma medicina preventiva, ou seja, atitudes e práticas saudáveis ao longo da vida que proporcionem saúde, em conjunto com um acompanhamento médico preventivo, como os médicos de família e as clínicas de família.

Essa medicina, que aos poucos o governo vai implantando, não interessa para a indústria médica e nem para os planos de saúde  privados, setores que lucram com a doença e com desinformação, a ponto de muitos médicos, hoje, fazerem parte de quadrilhas criminosas com diagnósticos falsos ,e inúmeras falcatruas que beneficiam os grandes laboratórios farmacêuticos.

Quanto aos medicamentos genéricos, citados pela autora como um fascínio dos pobres, é antes de mais nada uma vitória da sociedade na luta pela quebra de patentes nas mãos e nas garras das indústrias farmacêuticas .

O genérico, nada mais é que a substância principal -  princípio ativo -  de um medicamento conhecido de um laboratório através de uma marca .
A título de exemplo para o caro leitor, o ácido ascórbico - vitamina C - existe nos alimentos, principalmente nas frutas cítricas. 
Também se pode adquirir o ácido ascórbico - vitamina C -através de pastilhas ou em pó como marcas de laboratórios farmacêuticos que o leitor conhece.
O princípio ativo, no caso o ácido ascórbico, é o mesmo ,independente se oriundo das frutas ou se sintetizado em laboratórios farmacêuticos e vendido em pastilhas ou em pó.
Os medicamentos genéricos são princípios ativos sem marca de laboratório farmacêutico e , melhor ainda, são mais baratos.
Comprar genéricos é sinal de sabedoria.

Como  o leitor pode perceber, o texto publicado no globo, é uma propaganda da indústria médica e farmacêutica, de mau gosto, preconceituosa, elitista e mentirosa.

O maior absurdo do artigo dos absurdos, diz respeito ao fato de pobres desmaiarem em velórios, como sendo algo anormal.
Recordo que por ocasião do velório de Roberto Marinho, em 2003, o filho mais alto, mais gordo e careca - aliás os três são carecas - de Marinho desabou em prantos diante do caixão do pai. 
Isso em uma situação em que o defunto tinha 98 anos - já tinha passagem comprada - e já caminhava de mãos dadas com a morte, pois estava doente e fragilizado, algo que os parentes e amigos racionalmente já sabiam que a morte aconteceria em breve.  
Mesmo assim a razão e os bons modos não prevaleceram - na visão elitista - pois algo muito mais profundo falou mais alto, diante da inexorabilidade da morte ali presente. 
E o que dizer de uma artista de globo que depois de anos da morte do filho atropelado, ainda vive aos prantos, em desmaios e profundamente fragilizada ? 
Velórios e enterros em nossa cultura católica, são algo que inevitavelmente levam a algum tipo de desconforto e sofrimento. 
Passar horas ao lado de um corpo na horizontal sem som  e sem imagem  e seguir todo um ritual com etapas fortes e pesadas, não há razão que resista. 
Logo, sentir-se mal em situações como essa  independe de classe social e é perfeitamente normal. 
Aliás, é humano, e humano é algo que a medicina , principalmente a privada, ignora, haja visto o artigo da égua - que me perdoem os equinos - acima. 

Quanto aos exames de sangue, algumas pessoas de fato sentem desconforto ao retirar sangue, no entanto isso independe da classe social, é uma questão do metabolismo de cada um. 
Cabe ainda lembrar, que são  as pessoas do povo, na maioria pobres, que doam sangue aos hemocentros e que ajudam a salvar muitas vidas. 
Rico não doa sangue, rico tira o sangue das pessoas.
A autora ainda afirma que os pobres ficam contentes, felizes, quando recebem o lanche após retirada de sangue.
Pobres e ricos ficam felizes com comidinhas, sendo que os ricos , quando em viagens aéreas, adoram as comidinhas insosas servidas nas aeronaves e ainda tem o hábito de furtar talheres, guardanapos, cobertores, travesseiros, coletes salva-vidas e sabe-se lá o que mais  desde que tenha a marca da companhia áerea.

Em alguns pontos a autora acertou, principalmente quando afirma  que os pobres são felizes e que ela sente inveja dessa felicidade.

Vai  uma branquinha de aperitivo e depois um franguinho ensopado  com quiabo, doutora ?

Ainda sobre o artigo, uma observação de VIOMUNDO  comenta que é para isso que as organizações globo defendem a liberdade de expressão.
Ora, não há nada de errado com a liberdade de expressão.
A doutora égua tem todo o direito de emitir suas opiniões e acredito que muitas pessoas concordam e aplaudem o que ela escreveu.
Assim como muitos, acredito que a maioria, discorde radicalmente do conteúdo equino.
Tentar sugerir que algo do tipo não poderia ser publicado, é o outro lado da mesma moeda que deseja cercear a liberdade de expressão de uma maneira geral, local onde globo se situa.
Ao publicar o artigo e não apresentar o contraditório, que acontece com globo e a velha mídia, revela, ou melhor, expõe os valores dominantes nessas organizações, assim como o pensamento dominante na classe médica.
A liberdade de expressão, e é bom que se entenda, não é absoluta, pois se assim fosse os conflitos seriam diários, com desdobramentos inimagináveis, já que as liberdades estariam sendo usurpadas ou atacadas diariamente. No entanto, esse é um assunto para a regulamentação dos meios de comunicação no Brasil, que certamente darão frutos e levarão a domesticação e a prática civilizada da imprensa.

Jornal carioca não gosta de pobre





Rocinha e favelas repudiam declaração de colunista do 'O Globo'




Jornal do BrasilDavison Coutinho 
Em mais uma tarde verão,températura de quase35º,cariocas curtindo uma linda tarde de sol, me despeço dos alunos e retorno de mais uma aula para continuar minhas pesquisas. É então que recebo de um amigo um infeliz artigo escrito para o jornal o O Globo da colunista Silvia Pilz – Zona de desconforto. Um texto hediondo e preconceituoso, escrito por uma pessoa que não consegue aceitar que os menos favorecidos tenham acesso às “coisas de rico”, ou melhor, não consegue aceitar que pobre tenha acesso aos mesmos serviços e direitos que antes eram da elite.
O texto de Silvia apresenta diversos estereótipos negativos relacionados à pobreza. Segundo Silvia, todo pobre tem problema de pressão, é viciado em usar plano de saúde, gosta de hospitais e exames porque ganha lanchinho para tirar sangue, além de ir para os laboratórios para poder pisar no piso de porcelanato e usar o ar condicionado. Ainda segundo a colunista, o pobre é preguiçoso, pois quando tira sangue trata logo a não ir trabalhar e gosta e quer ter doença.






Davison Coutinho
Davison Coutinho


Se eu já li um texto tão preconceituoso antes, eu não me lembro. Envergonho-me em ter em nossa sociedade pessoas, (nem sei se podemos chamar de pessoas) que pensam de tal forma. E o pior: declaram como se estivessem com a razão. O que me envergonha, ainda mais, é um jornal de repercussão publicar um texto de tamanho preconceito, onde ela demonstra a raiva que tem das pessoas menos favorecidas e atribui vários estereótipos negativos relacionados à pobreza.
Essa senhora reprova e exclui o outro apenas por não ser da mesma classe social que ocupa e, por isso, faz declarações ignorantes. Em meio aos problemas de guerra que vivemos no mundo, precisamos de mais tolerância e amor e não perder tempo lendo ofensas intolerantes e discriminatórias. Não toleramos mais um país ou uma cidade partida por preconceitos.
Lamento, Silvia,  que você seja um ser que não consegue conviver com o outro enquanto humano, e é apenas um acaso informativo de má qualidade e que precisa de reconhecimento para poder aparecer na mídia.
* Davison Coutinho, 24 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestrando em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade.

Fonte: JORNAL DO BRASIL


16 de janeiro de 2015


A verdade doeu na colunista do jornal o globo


eA verdade não dói. O que dói é a falta de caráter


Jornal do BrasilDavison Coutinho

Local da foto da autora, Silvia Pilz, que globo retirou desta ppostagem


A entrevista da jornalista Silvia Pilz, de O Globo, à BCC, tentando justificar a sátira aos pobres que usam planos de saúde, saiu pior que as ofensas por ela proferidas em seu preconceituoso artigo. Ontem, tive o desprazer de ler mais um artigo, onde ela ataca com ofensas pesadas o que chama de "o novo pobre".

Para nossa alegria, o pobre pode um dia se tornar rico, mas a maior pobreza de todas, a de espirito, é incurável. E fazendo uso das palavras de Silvia, "essa doença o plano não cobre"!
Se um texto ofensivo como esse pode ser chamado de humor, ou sátira, essa jornalista quequer ser engraçada e polêmica deveria ter escolhido trabalhar no circo ou animar festas. Com certas coisas não se brinca!
Existem, sim, limites, e a condição social de cada um deve ser respeitada, e não ironizada com palavras hediondas. Basta ir a um hospital público, onde as pessoas morrem nas filas, para ver a necessidade de ter acesso à rede privada de saúde.
Convido a jornalista Silvia para conhecer de perto a realidade de uma favela ou de alguma periferia de nosso país para ver como vivem os "pobres" que ela tanto ironiza. São esses mesmos pobres que servem, atendem, limpam casas, cuidam dos filhos, são motoristas de pessoas como ela, enquanto aproveitam o conforto da riqueza.
Convido ela também para conhecer a riqueza da produção cultural das nossas comunidades, nossas artes, nossa abundância de espirito, de solidariedade humana, afeto e amor. Ouso pedir o endereço da jornalista para lhe enviar um exemplar de meu livro, escrito por um morador de favela, que usa o plano de saúde, que faz filho, que enche a cara no final de semana com som alto e churrasco, que gosta de pastel de camarão com catupiry, mas durante a semana desenvolve um trabalho social de inclusão de jovens, cursa pós-graduação em uma das melhores faculdades privadas do país e luta pelos direitos da comunidade. 
Só mesmo um jornal, onde os donos foram apontados pela revista Forbes como a família mais rica do Brasil, com bens estimados em US$ 30 milhões, permite que uma jornalista escreva que não gosta de pobre. Um  jornal que deveria ser usado para informar o povo e não ridicularizar uma classe. 

E pra finalizar, gosto de Zeca Pagodinho: "deixa a vida me levar, vida lFonte: JORNAL DO BRASIL

A colunista de o globo deu uma entrevista à BBC para se justificar sobre o artigo que escreveu no jornal o globo sobre os pobres.

É o que diz o JORNAL DO BRASIL no artigo acima, de hoje, sexta feira 16 de janeiro de 2015.

Vale lembrar que o artigo de o globo, atacando os pobres, "coincidentemente" aconteceu 10 dias após a publicação do artigo do PAPIRO  intitulado FAVELAS ( leia abaixo ) de 2 de janeiro de 2015.

Pelo que todos conhecem da linha editorial de o globo , e também sobre os valores que predominam nas empresas do grupo globo, o artigo do PAPIRO, FAVELAS, deve ter incomodado muita gente do jornal carioca que não gosta dos pobres, inclusive, a autora do artigo que critica os pobres.

O artigo do PAPIRO retrata uma realidade da cidade do Rio de Janeiro e  apresenta os grandes conglomerados urbanos como favelas, evoluídas ou não.

No caso do Rio de Janeiro, as favelas se misturam por conta das diferenças de classes sociais, criando comportamentos específicos por parte dos favelados pobres e dos favelados ricos.

Para minimizar a dura realidade - que mesmo assim feriu  e machucou a colunista de o globo -  O PAPIRO procurou retratar a realidade de uma forma poética, inspirando-se  na beleza da cidade do Rio de Janeiro, especificamente no conglomerado humano que habita a região da fotografia, motivo do texto.

Como já tem se tornado uma prática corriqueira, o globo passou recibo, e acusou o golpe,ao que tudo indica um golpe dolorido.

Interessante observar que não apenas  O PAPIRO como toda a blogosfera progressista vem , cada vez mais, pautando diferentes assuntos , ou seja, não são pautados, pautam-se.


Favelas      
A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 
Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 
O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 
Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 
Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 
Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 
É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 
Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 
Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 
A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 
Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 
Privilégio para poucos.
 
Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 
Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 
Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 
Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 
Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 
Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 
Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 
Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 
Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 
Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 
Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 
Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 
Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 
Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 
De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 
No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 
De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 
Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos

17 de janeiro de 2015

sábado, 17 de janeiro de 2015


Passado e Presente. Indíos e civilização moderna



Imagem 262/271: 16.jan.2015 - Fã do trabalho de Augusto Malta, que registrou as transformações do Rio de Janeiro no início do século 20, o fotógrafo e designer Marcello Cavalcanti passou a mesclar, por hobbie, as imagens documentadas pelo alagoano com fotografias atuais da cidade. Na montagem, um garoto aprecia a vista da orla do Leblon e de Ipanema do topo do Morro Dois Irmãos Augusto Malta Revival/Reprodução

Fonte: BOL


Do alto do Morro Dois Irmãos um garoto aprecia a vista .

A praia e o bairro  do Leblon do início do século 20 e a praia e o bairro de Ipanema hoje.

Campo e favela.

No lado esquerdo pouco acima, a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Ipanema e Leblon eram , no início do século 20 um areal, uma faixa estreita de terra entre a lagoa e o mar, uma restinga.

O que divide Ipanema do Leblon, é o canal  que une a lagoa ao mar, local conhecido como Jardim de Ala.

Leblon e Ala, bem atual.

Curiosamente, os bairros de Leblon e Ipanema passaram por uma revitalização nos últimos anos, sendo que o espaço destinado ao Jardim de Ala continuou o mesmo, não é Ipanema, não é Leblon.

É o Jardim de Ala, por onde  passa um canal que liga a lagoa ao mar, e onde existe a comunidade vertical, de concreto, da cruzada de São Sebastião, o santo padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.

Aos pobres, São Sebastião e Ala.

Aos ricos, o Leblon e Ipanema, sendo que o significado de Ipanema no idioma indígena  é água ruim, e não é água de São Paulo.

Água ruim no metro quadrado mais caro da cidade, cujo padroeiro é São Sebastião, nome da comunidade do Jardim de Ala.

Curiosamente, no local conhecido pelos índios como água ruim, passa uma grande tubulação subterrânea conhecida como emissário submarino,  por onde o esgoto doméstico de parte da cidade é lançado ao mar, no mar de Ipanema, a água ruim.

Leblon, que tem esse nome  devido ao proprietário do lugar , o holandês Charles Le Blon . 

No século 19  o local virou uma fazenda de gado, e hoje é  local dos ricos.

Onde o gado pastava hoje vivem os ricos, próximo da água ruim.

Os pobres foram para o lugar onde está o garoto da foto, apreciando a vista.

Na lagoa, que os índios Tamoios chamavam de Piraguá - enseada de peixes - ocorrem grandes mortandades de peixes, devido a poluição, de frente para residências de luxo, onde  o odor de peixe morto é insuportável.

A ocupação de Ipanema e Leblon, mudou o micro clima do lugar, devido a construção vertical de concreto, uma barreira entre a Lagoa e o mar, entre a enseada de peixes e a água ruim, entre a lagoa frágil e a praia de sucesso, entre os indígenas e a civilização moderna e civilizada, e tudo sendo atravessado por por uma gigantesca tubulação subterrânea de esgoto.

O garoto aprecia a paisagem do passado e do presente, o local das vacas e a favela urbana high tech.

18 de janeiro de 2015

Ricos, famosos, idiotas e vazios

E se em vez dos pobres o alvo do esculacho fossem os ricos? 

Por Nathali Macedo

Lots of money
Lots of money
Todo rico tem alguma coisa da qual se orgulhar, seja real ou imaginária. O rico mantém uma obrigação de ser impreterivelmente melhor que todo mundo, inclusive que os outros ricos (porque melhor que os pobres ele já se considera, mesmo que não tenha um pingo de educação e bom senso).
O rico adora bajular os filhos, não importa o quão ruins eles sejam. O garoto é viciado em cocoaína e vai à faculdade uma vez por semana, mas a mãe faz questão de gritar, a plenos pulmões, pra toda e qualquer pessoa que se aproxime (especialmente para aquelas que não estão interessadas em ouví-la): “Ele vai se formar em medicina!”
Mesmo que o garoto faça racha com o carro do papai, passe as noitadas pedindo “a bebida que pisca” e agregando valor aos camarotes da vida, não saiba absolutamente nada sobre qualquer assunto (exceto sobre como gastar dinheiro), ele é um garoto de ouro, porque ter um garoto de ouro na família é sensacional.
Porque, para o rico, o importante é ser bem visto. É patético como ele vive em um teatro vinte e quatro horas por dia: ele sabe que o filho é um viciado, a filha é uma mimada burra e sem personalidade, o casamento vai mal e a família está em crise – e todas as outras pessoas ao redor também o sabem – mas passar a imagem de que tem uma vida perfeita é sua prioridade absoluta. Eles fingem que são felizes e os outros ricos infelizes fingem que acreditam.
Por isso o rico – especialmente aquele à beira da falência – não aceita não poder ter alguma coisa que o outro rico tem. É quase uma ofensa pessoal. Então, a mulher rica que é um pouco menos rica que a melhor amiga tem que ter uma jóia tão valiosa quanto a dela, mesmo que a reforma na casa seja adiada ou que precise parcelar. O rico precisa comprar um carro do ano para que continue se sentindo rico, mesmo que seu carro esteja funcionando perfeitamente.
O rico tem um discurso antidrogas patético. “Maconheiro” é a maior das ofensas para o rico, que dorme com uísque cawboy e acorda com rivotril – por isso rico é o bicho mais hipócrita que eu conheço. E adivinha quem são os maconheiros? Os universitários, os professores revolucionários, os “vândalos que destroem o patrimônio alheio”. O filho viciado em cocaína, ao contrário, é um cidadão de bem. E esse discurso – assim como todos os outros igualmente patéticos – não tem qualquer embasamento teórico. Por isso para um rico, todas as drogas têm igual efeito (menos as drogas lícitas, é claro): o de tornar as pessoas indesejáveis. E só.
Uma cultura incompreensível da classe A é a de ser mal-educado. Parece que você só faz parte efetivamente do distinto grupo das pessoas ricas se você desprezar o pobre e tudo o que lhe diz respeito, arrotar aos quatro ventos que você é melhor que o outro. Por isso aqueles filhos de ricos que resolvem fazer de conta que não se consideram melhores do que os outros – e são eventualmente de esquerda pra disfarçar o nojento ódio de classe impregnado em seus poros – são os garotos-problema das famílias ricas. Perdoa-se o filho usuário de cocaína, o que faz racha com o carro do papai, o que engravida a filha da empregada e viaja pra fora do Brasil pra não assumir – mas o que se mistura com os pobres é quase sempre renegado. “Vamos, tesouro, não se misture com essa gentalha!”
E, para a minha diversão, o filho do rico persiste naquele comportamento que irrita seus pais só pra se divertir um pouco naquela vida monótona em que nada mais é novidade. Alguém me traz uma pipoca?
O rico faz questão de parecer abastado culturalmente, mas em geral não o é. Preferiu fazer três viagens para a Disney do que conhecer os museus europeus ou as belezas naturais do Brasil. Diz que fala quatro línguas mas provavelmente não entende sequer a língua portuguesa e, geralmente, não se pode conversar com um rico sobre a situação política do país porque ele só sabe falar sobre corrupção. “São todos corruptos” é o seu bordão predileto para esconder a sua completa ignorância política.
O rico vai ao cinema assistir filmes hollywoodianos e reproduz as críticas cinematográficas que lê na internet para parecer inteligente, mas não faz idéia de quem seja Quentin Tarantino – e, quando faz, exclama agudamente: “Um horror, tem muito sangue! Por isso não gosto.”
Como todo bom perfeccionista, o rico precisa estar impecável em todos os momentos da vida. Botox, dieta dunkan, drenagem linfática, implante capilar e cirurgia íntima: Tudo precisa estar perfeito. E o mais curioso é que, em geral, eles permanecem feios mesmo depois de gastarem rios de dinheiro. Só que feios com a cara esticada e sem manchas.
O rico é aficionado por ostentação – mesmo que negue categoricamente, porque, para ele, ostentar é coisa de pobre que ouve rap. Ele acha ridículos aqueles clips em que os rappars jogam dinheiro pro ar e passeiam em carros rebaixados, mas acham o máximo contar para todo mundo que gastaram meio milhão de reais na festa de casamento do sobrinho ou que passaram férias na Europa. Ah, antes que eu esqueça, as fotos dos ricos nas redes sociais são sempre em alguma viagem internacional que fizeram: afinal, todos devem saber que eles são ricos e viajam para fora do país.
Pode ser uma foto em frente à torre Eiffel, ou na neve com uma toquinha de frio charmosa, ou em frente a um teleférico ou em um café francês. O importante é que a foto não tenha sido tirada em território brasileiro, porque até ser brasileiro é coisa de pobre pra ele. E por isso mesmo o rico adora tudo o que é internacional: perfumes, viagens, bebidas, línguas, pessoas.
E por isso mesmo ele adora expressões em línguas estrangeiras. Legendas em inglês, tatuagens em inglês e até conversas em inglês. Expressões francesas, costumes gringos, tudo isso é absolutamente chique para o rico. O zelador vira “Concierge”, a mercearia vira “delicatéssen”, o motorista vira Chofer, o cardápio vira Menu. Porque o rico, na verdade, despreza totalmente o português porque, se é de fora do país, é claro que é de bom gosto.
E o principal: o rico adora ser manchete, por isso alguns talvez amem esse texto, mas saiam por aí dizendo: “eu vejo como uma inveja!”
Realmente. Como são felizes. Babo de inveja.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Nathali Macedo
Sobre o Autor
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo

Fonte:  DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Um belo texto.

Da década de 1990 - quando o capitalismo supostamente triunfou - até os dias atuais, os ricos resolveram sair de seus esconderijos.

' Se sou rico  mereço toda visibilidade ', foi a máxima que passou a dominar a cena nacional desde então.

Como a internete ainda engatinhava, a solução para ser conhecido eram  os programas  de TV's e revistas semanais.

Ser rico ganhou um significado ainda maior após a queda do muro de Berlim, algo como ser alguém de extrema importância, até mesmo muito culto, mesmo sendo um ignorante, como eram e são de fato todos aqueles  que seguem a máxima.

Com isso, os eventos balados passavam a ser frequentados por socialites, jogadores de futebol, traficantes da moda, empresários , artistas de TV e outros, que juntos compunham a nova classe dos  ricos e famosos.

O surgimento da revista Caras turbinou ainda mais  nos ricos a obsessão pela visibilidade, o que o artista Ziraldo , na época, chamou de " uma enorme necessidade de evasão da privacidade".

De fato , tanto que muitos ricos, novos e velhos, faziam de tudo para ter um espaço ao sol, já que como ricos eram importantes, e como tal deveriam aparecer em alguma mídia.

Fazia-se de tudo para poder aparecer na Caras, e até mesmo um reforma no banheiro da casa era motivo para uma reportagem, onde o rico prestava informações detalhadas sobre o novo banheiro, sempre com um sorriso de felicidade e muita desenvoltura nas detalhadas informações prestadas à reportagem. Também informava, com uma riqueza de detalhes impressionante, como seria sua performance na ocupação do espaço e na utilização de utensílios e equipamentos.
Outra artimanha usada pelos ricos para justificar a visibilidade , eram as cirurgias, em que surgiam sempre mais jovens, alegres e repletos de detalhes sobre os procedimentos.

Muitos ricos também se aproveitavam do carnaval, mais precisamente o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro transmitido pela TV globo ( o objeto de desejo de todo rico ) para aparecer diante das câmeras, pois sabiam que teriam alguns momentos de visibilidade, fosse desfilando em uma escola no alto de um carro alegórico como destaque, ou mesmo circulando nos camarotes da passarela do samba Darcy Ribeiro, onde poderiam inclusive mostrar suas novas jóias.

A senha foi dada com a vinheta da TV globo para o carnaval, e os ricos correram para aproveitar;
" na tela da TV no meio desse povo, a gente vai se ver na globo "

Obviamente, e não poderia ser diferente, esse movimento exacerbou a mediocridade na cena brasileira  no tocante a visibilidade dos ricos, principalmente os novos ricos, afoitos pela visibilidade midiática que justificaria a importância que todos julgavam merecer.

O surgimento da internete, fez por diluir nos ricos  a obsessão pelas revistas e emissoras de TV, já que a rede de computadores ganhava espaço e permitia todo tipo de  demonstração , fossem em viagens de férias ou mesmo nos espaços das residências, como pode-se ver nos dias atuais. 

Como bem observado no artigo acima, a cultura foi relegada e expressões de violência e arrogância passaram a ditar a norma "culta" na sociedade.

De certa forma esse comportamento dos ricos é um reflexo da situação do mundo, onde governos foram capturados pelo sistema financeiro, os estados tidos como desnecessários e o darwinismo social torna-se uma realidade.

O resultado de tudo isso, se percebe claramente no estágio de decadência da cultura ocidental.

Como hoje é domingo, muitos ricos devem estar praticando stand up paddle,  a jangada chic.

Ontem, sábado, foi o dia dos ricos demonstrarem felicidade, como seu comportamento estranho pelas ruas de Ipanema e Leblon.

Já, os pobres, ahhhh, esses são felizes , não representam.

A respeito dos ricos, vale a leitura do artigo abaixo do PAPIRO, publicado em 18 de Junho de 2012.

Diz muito sobre todos, mas principalmente os ricos, crianças e de pouca maturidade, infelizes com a imensa quantidade de bens que possuem.

02 de fevereiro de 2015

Japão coloca em órbita um satélite radar espião


Tóquio, 1 Fev 2015 (AFP) -



O foguete japonês H2A colocou em órbita neste domingo um novo satélite radar espião para completar um dispositivo de vigilância e defesa do território, em particular ante a ameaça da Coreia do Norte.

Segundo a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), o satélite de "compilação de informações", foi lançado com sucesso às 10H21 locais (23H21 de Brasília), da base de Tanegashima (sul).

O sistema de satélites espiões foi projetado no fim dos anos 90, em consequência dos temores provocados pela Coreia do Norte.

Permite, entre outras coisas, localizar objetos de pelo menos um metro de comprimento no solo, à noite ou através das nuvens, de uma altitude de centenas de quilômetros.

Também pode servir para recolher dados sobre os danos provocados pelas catástrofes naturais, como terremotos, tsunamis ou tufões.

Fonte: BOL

Nos rejeitos nucleares, quem pode garantir?






por WashingtonNovaes*
fukushima4 Nos rejeitos nucleares, quem pode garantir?
Técnicos acompanham ações de descontaminação em Fukushima. Foto: AIEA/ Maio – 2014

Estranho mundo. Ao mesmo tempo que anuncia que implantará oito reatores nucleares “para fins pacíficos” no Irã – sob protestos de países europeus -, a Rússia começa a construir uma estrutura física para cobrir, 28 anos depois, o abrigo de rejeitos radiativos em Chernobyl, na Ucrânia, onde aconteceu o maior acidente nuclear da História. Enquanto isso, a mesma Rússia informa que vai demolir a “Chernobyl flutuante”, um navio repleto de lixo altamente radiativo de sua frota no Ártico – 21 anos depois que teve sua existência revelada pela revista New Scientist e agora reiterada (13/12/2014). Já o Japão revoga sua decisão de fechar todas as usinas nucleares – que tomara após o acidente na usina de Fukushima, atingida em 2011 por um tsunami – e até volta a exportar arroz daquela área.
Enquanto isso, o Brasil, embora pressionado pela Justiça, não sabe como e quando implantará um depósito definitivo e adequado para os resíduos das usinas Angra 1 e Angra 2, além da terceira unidade, em construção – ao mesmo tempo que a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados rejeita projeto que proibiria novas usinas enquanto não se implantar um depósito definitivo para o lixo nuclear.
O navio russo Lepse, a ser desmontado, tem uma carga radioativa comparável à de césio liberada em Chernobyl e que provém de quatro reatores. A União Europeia teme que essa carga escape e atinja campos de pesca no Ártico. Desde 1994 se oferece para retalhar o navio e remover suas partes para lugares mais seguros. Um grupo de ambientalistas europeus afirma que a recusa se deve ao receio de que se possa saber que o urânio ali contido era mais enriquecido do que permitiriam os acordos internacionais – e demonstraria quanto tempo um submarino militar poderia permanecer ao largo sem ser reabastecido.
O trabalho com o navio seguirá durante todo este ano e em 2016. Mas o problema não se resume a ele: 16 submarinos nucleares, também considerados “lixo”, permanecem ao largo, alguns repletos de combustíveis, e dois deles com reatores a bordo; um terceiro afundou em 2003, quando era levado para a desmontagem; um quarto tem furos no casco, causados por um acidente em 1981. E ainda não se sabe como se resolverá o problema, embora a Comissão de Proteção Radioativa da Noruega tema que a água do mar possa provocar vazamentos – e é apoiada por membros da Academia de Ciências da Rússia. Para complicar tudo, do lado oposto instituições das áreas de petróleo e gás receiam que o problema possa levar a restrições para explorações em áreas problemáticas no Ártico.
Já a decisão japonesa de rever suas posições em matéria nuclear se baseou não nas questões geradas pelo tsunami em Fukushima, e sim em motivos econômicos, uma vez que a suspensão de atividades nas usinas da área levaria a forte aumento nas importações de petróleo, gás e carvão. O país revogou também a decisão de reduzir em 25% suas emissões de carbono, calculadas sobre as de 1990.
As polêmicas têm sido muitas, com cientistas relembrando que no tsunami 18 mil pessoas morreram e 140 mil não puderam voltar para casa. Hoje, estão armazenados num contêiner (ainda não há incinerador) 33 mil metros cúbicos de roupas protetoras contra radiações descartadas por trabalhadores que ali operam (New Scientist, 8/11/2014).
Por aqui, os problemas e advertências levantados na área da geração nuclear parecem cair em ouvidos moucos. Já no começo do ano passado a imprensa informava que as usinas Angra 1 e Angra 2 produziam energia “além de sua capacidade máxima”, por causa da alegada redução no armazenamento de água em reservatórios, que ameaçava o abastecimento no País (Folha de S.Paulo, 17/2/2014). Três meses depois se noticiava (O Globo, 12/5/2014) que Angra 2 corria o risco de ser desligada em 2017, por causa da “saturação dos depósitos de rejeitos radiativos, segundo avaliação da Comissão Nacional de Energia Nuclear”. Para Angra 1 o risco sobreviria em 2018 ou 2019. E não se sabia o que será feito com os rejeitos de Angra 3, em construção. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) havia constatado o “risco iminente de esgotamento dos depósitos de média e baixa radioatividade”, assim como nas piscinas de depósito dos resíduos de alta radioatividade.
Apesar de tantos problemas, continuava-se a discutir a construção de mais usinas, algumas delas no Nordeste, com os rejeitos depositados no Raso da Catarina, reserva ambiental – debaixo de muitos protestos. E um relatório da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ao TCU informava (14/5/2014) que Angra 2 poderia ser desligada; a unidade de armazenamento de rejeitos precisaria ser construída, ao custo de R$ 577 milhões, para garantir a segurança até 2040 – mas a construção não começara. Para o depósito final o projeto previa investimento de R$ 261 milhões, de modo a que se assegurasse o término até 2019. Já em junho de 2014 a revista Ecológico informava que a União fora condenada a incluir em seu orçamento recursos para esse depósito final.
É, de fato, um tema espinhoso. Nenhum país encontrou solução para o depósito seguro de rejeitos radiativos. Os Estados Unidos, que têm mais de 400 usinas nucleares, começaram a implantar em Yucca Mountain, Nevada, o que pretendiam fosse essa solução final. Mas depois de gastarem mais de US$ 12 bilhões desistiram do projeto, ante as advertências de cientistas de que se tratava de região sujeita a frequentes abalos sísmicos.
O autor destas linhas esteve em Yucca Mountain, com o projeto ainda em andamento. Visitou as obras 300 metros abaixo do solo, sob a montanha. E ao sair entrevistou um representante do Departamento de Energia norte-americano, que assegurava ser tudo muito seguro. Mas quando perguntado (como já se relatou aqui) quem garantiria essa segurança, da qual os cientistas duvidavam, apontou para o céu e respondeu, seco: “Ele”. Ao que parece, a garantia foi retirada.
Fonte: ENVOLVERDE

ONU confirma que 2014 foi o ano mais quente registrado na Terra


O ano de 2014 foi o mais quente registrado na Terra, confirmou nesta segunda-feira (2) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma instituição especializada das Nações Unidas com sede em Genebra.

A temperatura média do ar no ano passado na superfície do planeta superou em 0,57 grau Celsius a média calculada para o período de referência 1961-1990, que foi de 14 graus. Também supera os máximos de 2010 (0,55 grau acima) e de 2005 (+0,54 grau), segundo a OMM.

"Nosso século conta com 14 dos 15 anos mais quentes. Acreditamos que este reaquecimento mundial se manterá, já que a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e o aumento da entalpia (calor contido) dos oceanos nos levam a um futuro mais quente", disse seu secretário-geral, Michel Jarraud.

O ano de "2014 é, em valores nominais, o ano mais quente já observado, embora exista uma diferença muito pequena entre os três anos mais quentes", afirmou.

A organização meteorológica calculou que 93% do calor preso na atmosfera pelos gases de efeito estufa, que procedem da exploração de combustíveis fósseis e de outras atividades humanas, está armazenado nos oceanos.

Eles desempenham um papel essencial em termos de regulação térmica do sistema climático mundial. "A temperatura média na superfície dos oceanos alcançou novos recordes em 2014", adverte a OMM.

O organismo lembra que este máximo de calor em 2014 ocorreu na ausência de um verdadeiro episódio do El Niño, um fenômeno que reaquece o clima, e que ocorre quando as temperaturas da superfície do mar, mais altas que o normal no leste do Pacífico tropical, interagem com os sistemas de pressões atmosféricas.

A OMM publicou sua análise das temperaturas mundiais diante da perspectiva de negociações anuais sobre as mudanças climáticas que serão realizadas em Genebra de 9 a 14 de fevereiro. Estas negociações ajudarão a alcançar um acordo na cúpula sobre o clima que será realizada em Paris em dezembro.
Fonte: BOL



É o lixo.


Lixo no espaço, lixo nuclear, lixo em qualquer lugar.

A órbita da Terra se transforma em uma grande lixeira, uma lixeira espacial, assim como o lixo doméstico que é jogado no terreno ao lado, vazio, baldio, ou mesmo um quintal.

Orbitam parafusos, ferramentas, pedaços de satélites, partes de roupas de astronautas, satélites desativados , satélites em operação e sabe-se lá o que mais.

Os anéis naturais do planeta Saturno são reproduzidos no planeta Terra em forma de lixo.

E há ainda o lixo nuclear, radioativo, que permanece em atividade por milhares de anos, e que ninguém sabe o que fazer com ele, o lixo, claro, sendo transportado de um lugar para outro, sem destino, sem solução.

Tudo é lixo, tanto lixo em forma líquida, sólida ou gasosa, sendo que este último, o gasoso, fica na atmosfera, criando uma grande camada que em alguns casos obriga as pessoas a usarem máscaras para poder respirar, sem contar o aumento de temperatura que provoca no planeta.

Grande parte do lixo gasoso deriva de equipamentos criados para que as pessoas se desloquem com maior rapidez e também de instalações que produzem coisas para que as pessoas ganhem tempo.


Ganhe-se muito tempo, porém perde-se tempo de vida respirando gases poluentes e nocivos e , em muitos lugares fica-se até mesmo com dificuldade de respirar.

O lixo líquido, é jogado nos rios, mares e lagoas, sendo que dos rios se retira grande parte da água necessária para o consumo.

Joga-se uma quantidade gigantesca de lixo nos rios, limpos, que ficam sujos, imundos, quase mortos e depois investe-se em grandes instalações para limpar a água que ficou suja.


Abaixo a foto de um rio, sujo. 

RN Lixo RioPinheiros 14 629x446 Tempestades sobre a economia brasileiranota PAPIRO: 
rio Pinheiros, que atravessa São Paulo, totalmente contaminado, em sua passagem por um bairro de luxuosas residências e escritórios. A poluição destruiu muitos mananciais da metrópole brasileira e contribui agora para as penúrias em seu fornecimento de água. 
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Rio que passa ao lado da casa de um chefe de área, chefe que despeja as suas fezes, dele, não as suas leitor, e de sua família no rio.

Estranho tudo isso.


Lixos sólidos são jogados por todos os lugares e para organizar o despejo do lixo criam-se os chamados lixões, montanhas gigantescas de lixo, que em alguns lugares chegaram a se transformar em atração turística.

O planeta do lixo, é assim pois a civilização que aqui vive, entende, prioriza e pratica, através de seu pacto civilizatório, que a importância das áreas cercadas, onde vivem pessoas supostamente afins, se dá pela quantidade de coisas que se pode acumular, coisas naturais, como grandes extensões de terra cercadas, ou coisas artificiais, fabricadas para serem usadas por pouco tempo e depois jogadas fora como lixo.

Quanto maior o número de coisas pertencentes aos membros de grandes áreas, mais importante é a área, assim como quanto maior o número de coisas que uma pessoa tem, mais importante é essa pessoa.

Grandes áreas tentam invadir e dominar outras grandes áreas, para tomar e se apropriar de mais coisas, mesmo que para isso destruam tudo e matem pessoas.

Pessoas, também , exploram outras pessoas para tomar mais coisas e com isso aumentar sua importância.

Pessoas e grandes áreas que detêm muitas coisas são as que mais sujam o ambiente, e por outro lado, não gostam de pessoas que tem poucas coisas, rejeitando-as como inferiores.


Interessante, e ao mesmo tempo muito estranho, já que todos necessitam dos recursos naturais e são semelhantes, no entanto se vêem como diferentes com supostas superioridades.

Além de tudo isso, são cruéis com outras formas de vida, que consideram como inferiores como animais e vegetais.

 'É uma civilização suja e muito primitiva, em um estágio ainda bem limitado de desenvolvimento, apesar de produzirem algumas coisas interessantes'

Assim terminou o breve relato dos visitantes, oriundos de um planeta da Galáxia de Andrômeda, que por aqui estiveram.

Tão logo perceberam como as coisas funcionam por aqui, trataram de ir embora.


06 de fevereiro de 2015

Escritora testa dietas malucas dos famosos e conta o resultado

Por Leoleli Camargo , iG São Paulo 

Entre ovos crus no leite, algas e sopa de repolho, a americana
Rebecca Harrington comeu de tudo (ou nada) e revela que
sentiu fome, enjoo e até tremedeiras


Divulgação / Michael Lionstar


Rebecca Harrington: a melhor dieta foi a de Gwyneth Paltrow, o problema era o preço

A obsessão das revistas femininas com o tema dieta sempre intrigou a jornalista e escritora americana Rebecca Harrington, de 29 anos. Quando se deu conta do quão bizarros eram os regimes adotados por algumas celebridades, ela resolveu ir a campo e viver a rotina alimentar de famosos como Marilyn Monroe, Beyoncé, Gwyneth Paltrow e Madonna, entre outros.

O resultado dessa experiência que lhe rendeu muita fome, enjoos e até tremedeiras está no divertido I’ll have what she is having – My adventures in celebrity dieting (Quero o que ela está comendo – Minhas aventuras com as dietas das celebridades, em tradução livre), ainda sem previsão de publicação no Brasil.

Para compor o grupo de celebridades cujas dietas testaria, Rebecca começou colocando o nome do famoso e a palavra diet (dieta, em inglês) no Google. Entre tudo o que surgia na tela, ela separou então as dietas das celebridades que lhe pareceram mais divertidas ou estranhas e seguiu cada uma por uma semana.

Não foi uma tarefa propriamente fácil, explicou Rebecca em entrevista ao iG. Algumas eram tão absurdas que a jornalista não conseguiu cumprir o total de dias inicialmente proposto. Foi o caso do regime do designer de moda Karl Lagerfeld, cujo princípio de emagrecimento se baseava em consumir, entre outros alimentos de constituição ou preparo exóticos, codornas e Coca Diet. Destas últimas eram umas dez por dia. Sofrendo com tremedeiras e muita, muita fome, Rebecca decidiu encerrar o experimento no quarto dia. Outro regime que colocou a jornalista à prova foi o de Marilyn Monroe.

Mas, e quanto ao objetivo básico da grande maioria das dietas, que é perder peso? Rebecca disse ao iG que em praticamente todos os regimes conseguiu perder de gramas a quilos, mas ganhava tudo de volta depois que a dieta acabava. A mais eficaz em perda de peso, disse a jornalista, foi a dieta que a cantora Beyoncé adotou logo depois do nascimento da filha Blue Yvy. “Foi a dieta mais bizarra e a mais difícil de seguir. A mulher sobrevivia à base de ovos crus no leite, carnes, e sundaes com calda de chocolate. Era nojento. Eu mal tive estômago para fazer”, contou.
“A dieta dela me fez perder 5 quilos, mas consistia basicamente em viver de limonada. Não dá para viver assim”, disse.

No quesito melhor regime para adotar para o resto da vida, a escritora premiou a atriz Gwyneth Paltrow. Os alimentos consumidos na rotina alimentar da atriz eram frescos, gostosos e Rebecca conseguiu emagrecer 2 quilos sem passar fome. O grande problema foi o preço, um desafio enfrentado também com a dieta de Jackeline Kennedy – reza a lenda que a mulher de JKF tinha o hábito de comer apenas uma batata assada coberta com creme azedo e caviar beluga uma vez ao dia.

“É extremamente caro viver como uma celebridade”, conclui.

Fonte : IG
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Ricos, famosos e celebridades não são apenas ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Quando o assunto é dieta, o delírio é total.
Não apenas dieta, como alimentos em geral.

Lembro uma ocasião em que estava comprando algumas coisas em um supermercado de ricos da zona sul do Rio de Janeiro, precisamente em Ipanema.
Estava na fila, já próximo ao caixa, e nas mãos um pão de forma e duas latas de sardinha.
Atrás de mim, uma senhora muito bem vestida e elegante, pelo menos na aparência, sem me conhecer e sem que eu falasse nada, me olhou nos olhos , e com olhar de desprezo, disse em voz um pouco alta:
-  eu compro isso - apontando para as latas de sardinhas - com frequência, mas é para dar de comida aos meus gatos.
Não deixei a agressão barata e de bate pronto perguntei para a Senhora rica:
- quer dizer, então, que a Sra. come ração ?
Minha reação, espontânea e direta, no mesmo volume de voz da abordagem feita pela Sra  rica, motivou risos em um moça que já tinha passado pelo caixa e estava ensacando seus produtos. Sorriu , de forma discreta, com a mão na boca e escondendo o rosto.
No entanto, a moça da caixa, disparou uma deliciosa e sincera gargalhada, o que deixou a Sra rica furiosa fazendo com  que me olhasse, com cara de nojo, de baixo para cima ( eu estava com minhas inseparáveis  sandálias franciscanas, bermudas e uma camiseta de estampa indiana ) e disparasse:
- gentinha .
Como já tinha passado pela caixa, ignorei a Sr.a rica que come ração para gatos e , obviamente, saí do supermercado em risos.

Ricos são assim mesmo, seja com alimentação e também como outras situações inusitadas.

Aqui no Rio de janeiro, os ricos podem ser vistos no comércio popular da rua da Alfândega, conhecido como SAARA.
No entanto, como o comércio do lugar é popular, as senhoras ricas usam disfarces para circular pelas  ruas lotadas do SAARA.
É comum vê-las com grandes óculos de sol e chapéus com abas onduladas, sendo que o chapéu é colocado na cabeça de forma estratégica, de maneira que uma ondulação que ajude a esconder o rosto, fica na parte da frente.
Essa preocupação é para que não sejam reconhecidos , o que se acontecesse seria algo como um final de carreira, um desastre, já que a maioria que circula pelo local é de classe média, ou pobretões como os ricos gostam de dizer.

Ricos, famosos e celebridades, não são apenas ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Outra prática muito comum e apreciada  pelos ricos, pode ser observada nos aeroportos , pelo menos aqui no aeroporto Tom Jobim.
Quando vão viajar para o exterior, os ricos , famosos e celebridades, gostam de chegar cedo no aeroporto Tom Jobim.
Tão logo chegam ao aeroporto fazem o check in e depois ficam circulando com a bagagem de mão em um carrinho e o cartão de embarque, com o código do destino,  em lugar estratégico, a vista de todos,  para ser notado.
Caso a viagem seja para um país do hemisfério norte, como são a maioria, e por lá seja inverno, os ricos gostam de passear com um pesado casaco de frio a mostra sobre a bagagem no carrinho.
Esse passeio  costuma acontecer, de preferência, no terminal de voos domésticos do aeroporto Tom Jobim.

No exterior, principalmente na Europa, os ricos , famosos e celebridades se superam em suas esquisitices.
Atualmente é muito comum ver os selfies, que os ricos postam nas redes sociais, quando em viagens ao exterior.
Recentemente o casal do jornal nacional , da TV globo, postou fotos sentados no banco dentro de uma vagão de um metrô de Paris.
Populares, não ?
No entanto, aqui no Brasil , jamais andariam de metrô, ,mesmo sendo o metrô do Rio de Janeiro similar ao metrô de Paris, tanto na concepção como nos horário de rush .
Aliás, nos horários de grande movimento de pessoas , todos os metrôs de grandes cidades são iguais, ou seja, andam superlotados.
Viajar de metrô no Rio de janeiro é coisa de pobre , já em Paris é chic, isso segundo os ricos, famosos e celebridades.

Ainda sobre metrôs, recentemente foi inaugurada mais uma estação do metrô em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro.
A estação fica em um local conhecido como Cantagalo, onde existe uma favela com o mesmo nome  em um morro próximo.
Os ricos do local  não gostaram que a estação fosse chamada de Cantagalo, certamente por causa do nome da comunidade pobre, e chegaram a pedir a mudança de nome .
Ocorre que alguns ricos  que residem na região, em alguns caos,  tem seus apartamentos a uma distância de no máximo 50 metros da comunidade do Cantagalo, porém  não se acham inseridos no local.

Outra esquisitice dos ricos, é quando estão de férias em alguma praia por aqui no Brasil.
É comum vê-los em fotos, postadas por eles mesmos nas redes sociais, fazendo piruetas na praia, ou dando saltos mortais, com expressões de imensa alegria.
No entanto, quando estão nas praias aqui do Rio de Janeiro, principalmente as praias da orla internacionalmente famosa, comportam-se como se estivessem em uma recepção no salão de um palácio real, já que , alegria , piruetas, saltos, gritaria, é coisa de pobre, gentinha.

Certa ocasião, uma amiga em comum, pobre,  estava fazendo um serviço de manutenção de computador na casa de uma família rica.
A amiga, como muito esforço, juntou um dinheirinho e fez uma viagem de férias , por vinte dias, na cidade de Paris.
Com pouco dinheiro, ficou hospedada em hotel simples, no centro da cidade.
Quando fazia a manutenção do computador  na casa dos ricos, no bairro do Leblon, zona sul carioca, ouvia a conversa da dona da casa com uma amiga, também rica,  que estava no local acompanhando o trabalho.
Minha amiga estava inserindo no computador , fotos da última viagem da dona da casa, que eufórica e mostrando superioridade, falava dos locais e situações de cada foto que aparecia na tela.
Ao inserir as fotos , logo percebeu que eram da cidade de Paris, e mais ainda, de locais onde estivera , poucos dias atrás.
Em uma determinada foto, a dona da casa, em total  exibição diante da colega, falou do local que aparecia na foto e que ficara hospedada ali perto.
Minha amiga, percebeu, que o local era o mesmo em que estivera , e que ali tinha somente um hotel, simples, de duas estrelas, frequentado por pessoas com pouco dinheiro, como ela mesma.
Imediatamente minha amiga interrompeu a conversa e olhando para a dona da casa disse - já perguntando pedindo confirmação -  o nome do hotel.
Imediatamente a expressão da dona da casa mudou , a boca já  não encontrava uma posição, e perguntou como a menina conhecia o lugar.
Minha amiga explicou a viagem de férias, e, logo depois, ouviu uma série interminável de justificativas, riquíssima  em detalhes, proferidas pela dona da casa, quanto a escolha de um hotel vulgar e barato na cidade luz.

Ricos, famosos e celebridades não são apenas  ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Estamos hoje, próximos do carnaval e, no carnaval, os ricos não deixam por menos.
O desfile das escolas de samba é um momento onde os ricos, famosos e celebridades, adoram , pois sabem que podem aparecer ao máximo, na festa popular, ao ritmo do samba, que tem origem nos negros africanos.
Os ricos, famosos e celebridades, sempre conseguem um lugar de destaque  no desfile das escolas de samba, principalmente aqui no Rio de Janeiro.
Aqueles  ricos que não conseguem aparecer nos desfiles frequentam os camarotes da Passarela do Samba Darcy  Ribeiro, pois sabem que tais camarotes, recheados de celebridades, famosos e ricos, serão notícias  com grande destaque  nas revistas semanais após o carnaval.
Além disso, os programas de TV dedicados aos ricos , famosos e celebridades, também disponibilizam grande e generoso  tempo falando e apresentando cenas dos camarotes.
O samba propriamente dito, assim como a explosão de arte e cultura proporcionada pelas escolas de samba não tem a mesma repercussão na velha mídia  que o vai e vêm de ricos, famosos e celebridades pelos camarotes da Passarela do Samba Darcy Ribeiro, local do maior espetáculo da terra, onde o samba reina, samba que tem origem nos negros africanos, produzido por pessoas que fazem compras no comércio popular da Rua da Alfândega, que usam transporte coletivo, que vez por outra poupam um dinheirinho e viajam para o exterior, e que quando frequentam as praias produzem as mais alegres, espontâneas e sinceras piruetas.

Realmente, os ricos, famosos e celebridades não são apenas ricos.
Eles também são cômicos e pobres.













Um jato de manipulação criminosa

Globo mandou remover todas citações a FHC em reportagens sobre Lava Jato

8 de fevereiro de 2015 | 18:03 Autor: Miguel do Rosário
O PIG - globo logo golpe golpista cópia
Trecho de post do Nassif, publicado hoje em seu blog:
O jogo da informação

É por aí que se entende a campanha da mídia em busca do impeachment.

Os vícios do modelo político brasileiro afetam todos os partidos. Mais ainda o governo FHC com a compra de votos e as operações ligadas ao câmbio e à privatização. A gestão Joel Rennó foi das mais controvertidas da história da empresa.

Ao tornar o noticiário seletivo, os grupos de mídia conspiram contra o direito à informação, centrando todo o fogo em uma das partes e blindando todos os malfeitos dos aliados.

Ontem, a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo com o seguinte conteúdo:

“Assunto: Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato

Atenção para a orientação

Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.

O recado se deveu ao fato da reportagem ter procurado FHC para repercutir as declarações de Pedro Barusco – de que recebia propinas antes do governo Lula.

No Jornal Nacional, o realismo foi maior. Não se divulgou a acusação de Barusco, mas deu-se todo destaque à resposta de FHC (http://migre.me/oyiwP) assegurando que, no seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual de Barusco com seus fornecedores; e no governo Lula, de acertos políticos.

Proibiu-se também a divulgação da denúncia da revista Época (do próprio grupo) contra Gilmar Mendes.

*
Que primor de “isenção”!

Fonte: TIJOLAÇO
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Nassif: Em crise, mídia busca golpe; Globo veta menção a FHC

publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 10:28
Globo sonega
A estratégia de Dilma para a guerra da comunicação: “virem-se”

São curiosos esses tempos de crise e de vácuos de poder.
Recentemente foi divulgada uma entrevista de Jango com John Foster Dulles, o brasilianista, em 15 de novembro de 1967.
Na entrevista, um mea culpa: “Goulart disse que em seus esforços para promover reformas estruturais, ele fez concessões demais a grupos políticos no Brasil”.
O objetivo era aprovar as reformas estruturais: “Foram reformas em prol da independência, do desenvolvimento, do bem-estar do povo e da justiça social. A justiça social não era algo no sentido marxista ou comunista”.
Mostrou como a ampliação dos meios de comunicação aumentou as demandas da população: “Hoje, com o uso amplo de rádios e televisores, o povo pobre vê as condições melhores que existem em outros lugares. O grande problema é a justiça social. Não é um problema de comunismo. Mas a insatisfação pode se converter em revolta se as condições não melhorarem. 92% da América Latina se encontra na condição mais precária possível”.
Finalmente, mencionou a campanha da imprensa contra seu governo: “Houve uma campanha para envenenar a opinião pública contra “meu governo”. Goulart disse que a imprensa estava contra seu governo. Ele acrescentou que a imprensa tem problemas financeiros e é influenciada por grandes grupos empresariais”.
Na raiz de todo acirramento da mídia estão problemas financeiros provocados por épocas de transição tecnológica. Foi assim nos anos 20, com o advento do rádio; nos anos 50, com o início da TV; nos anos 60, com a crise financeira dos jornais. E agora.
Do ponto de vista financeiro, tem-se a seguinte situação:

1. No ano passado, pela primeira vez a Rede Globo fechou no vermelho. A empresa está revisando todo seu modo de produção, acabando com os contratos permanentes com artistas, que eram mantidos no cast, muitas vezes sem aproveitamento, apenas para não serem contratados por competidores. O quadro está tão complicado, que a ABERT (Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão) levantou o veto que tinha em relação à TV digital, vista agora como uma forma de faturamento suplementar

2. A Editora Abril está se esvaindo em sangue. O valor do vale refeição caiu para R$ 15,00, que só cobre o preço do refeitório instalado no prédio. Há informações de que até o refeitório será desativado nos próximos dias. As redações estão abrindo mão de jornalistas experientes, sendo trocados por novatos sem grande experiência.

3. O Estadão está há tempos à venda.

4. A Folha caminha para ser, cada vez mais, uma editoria da UOL.

É uma questão de vida ou de morte: ou empalmam o poder ou tornam-se irrelevantes.

O jogo da informação
É por aí que se entende a campanha da mídia em busca do impeachment.
Os vícios do modelo político brasileiro afetam todos os partidos. Mais ainda o governo FHC com a compra de votos e as operações ligadas ao câmbio e à privatização. A gestão Joel Rennó foi das mais controvertidas da história da empresa.
Ao tornar o noticiário seletivo, os grupos de mídia conspiram contra o direito à informação, centrando todo o fogo em uma das partes e blindando todos os malfeitos dos aliados.
Ontem,  a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo com o seguinte conteúdo:
“Assunto:  Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato
Atenção para a orientação
Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
O recado se deveu ao fato da reportagem ter procurado FHC para repercutir as declarações de Pedro Barusco – de que recebia propinas antes do governo Lula.
No Jornal Nacional, o realismo foi maior. Não se divulgou a acusação de Barusco, mas deu-se todo destaque à resposta de FHC (http://migre.me/oyiwP) assegurando que, no seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual de Barusco com seus fornecedores; e no governo Lula, de acertos políticos.
Proibiu-se também a divulgação da denúncia da revista Época (do próprio grupo) contra Gilmar Mendes.
No Estadão, a perspectiva de um racionamento inédito de água, assim como as repercussões na saúde e na economia, é tratado da seguinte maneira.
Se não vierem chuvas até março, a SABESP finalmente adotará o racionamento. Era essa a posição da empresa desde o ano passado e foi impedida pelo governador Geraldo Alckmin.
Só após a posse do novo presidente, Jerson Kelman, a SABESP conseguiu romper com os vetos de Alckmin ao racionamento. Respeitado internacionalmente, Kelman assumiu declarando que crises de água precisam ser tratadas com coragem e racionamento.
Segundo a matéria do Estadão, “A pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da SABESP Jerson Kelman definirá até o fim da semana um nível mínimo de segurança do Sistema Cantareira”.
A total falta de atitudes de Alckmin é convertida em “monitoramento diário”.  Algumas reportagens relataram o fato da única atitude de Alckmin consistir em consultar um aplicativo de tempo no seu celular, para torcer pela chegada das chuvas.
Na reportagem do Estadão, essa demonstração de amadorismo, de um governador sem nenhum conhecimento de questões hídricas monitorar “pessoalmente” as chuvas, converte-se em uma prova de responsabilidade: ”O quadro hídrico vem sendo monitorado pessoalmente pelo governador e sua equipe diariamente e debatido em reuniões que acontecem a cada dois dias no Palácio Bandeirantes”.
Na home do Estadão, uma reportagem especial sugere que a responsabilidade pela crise é do prefeito Fernando Haddad que deixou de aplicar um programa de despoluição da Billings. O título na home é “Governo Haddad deixou de investir R$ 1,6 bi em represas”.
Na matéria interna, esclarece-se que os problemas são a não liberação de recursos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o fato dos valores de licitação do programa – feitos na gestão Kassab  – incluírem insumos (como asfalto e cimento) em valores acima do teto estabelecido pela Caixa Econômica Federal.

Os fatos e a campanha
Mesmo com todo o poder de fogo, sozinhos os grupos de mídia não conseguem criar um mundo virtual. Ainda mais nesses tempos de redes sociais, o enfrentamento precisa ser dado através de uma estratégia de comunicação — que também não é algo feito no ar. Ela precisa estar subordinada a uma estratégia política, à identificação dos pontos nevrálgicos do noticiário, ao tratamento antecipado de todo tema sensível, à criação da agenda positivo.
De qualquer modo, na primeira reunião com seu Ministério, Dilma já definiu sua estratégia de comunicação. Juntou os Ministros e ordenou a eles mais ou menos o seguinte:
– Vocês precisam entrar na batalha de comunicação.
Eles:
– Como?
E ela, mais ou menos assim:
– Virem-se.

Fonte: VIOMUNDO
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Que flagra, hein , globo ?

Um e-mail  enviado pela Diretora da Central Globo de Jornalismo, pedindo para manipular, omitir e ocultar os fatos relativos ao sociólogo do Condado de Higienóplois -  também conhecido como FHC, o Rei da Privataria Tucana - vazou e chegou nas redes sociais, logo, O PAPIRO não perde a oportunidade e parte para comentar, desmascarar e  massacrar  os velhos e conhecidos criminosos que trabalham diariamente para destruir o país.

Mais uma vez esses bandidos do grupo globo, travestidos de veículos de informação, que nada informam, desinformam e ainda estão empenhados sem manipular a opinião pública no caso da corrupção da Petrobrás com o intuito de dar um golpe de estado de tirar do governo uma presidente democraticamente eleita pelo povo.

O que já temos dito por diversas vezes aqui no PAPIRO, agora se revela de forma clara e inquestionável, com provas,  ou seja, a velha mídia ,com globo a frente, não faz jornalismo e diariamente procura atacar o governo e desestabilizar o país.

Os aliados da velha mídia nessa estratégia golpista e criminosa, são preservados do noticiário, mesmo se envolvidos e citados em crimes, como o caso de FHC e Gilmar Mendes.

O e-mail de Silvia Faria - Diretora da Central Globo de Jornalismo -  é um primor do anti jornalismo, é um exemplo de atitude criminosa e golpista , já que tenta preservar seus aliados dos crimes em que estão envolvidos.

É um jato de manipulação sobre as denúncias que envolvem os tucanos, principalmente FHC, na operação lava jato.
ão criminosa
Não existem mais dúvidas e nem se pode falar de teoria de conspiração, pois  a atitude de globo escancara os objetivos golpistas em cursos atualmente no país.

SwissLeaks - O escândalo do banco criminoso que ajuda criminosos

Filial suíça do banco britânico HSBC escondeu US$ 7 bilhões em dinheiro frio de 8,7 mil milionários brasileiros, que descarregaram ali recursos de sonegação, caixa dois e corrupção.
O valor é praticamente o dobro do que se imagina tenha sido o desvio investigado na Petrobras.

O HSBC prestou o mesmo serviço a traficantes internacionais.

Por que o ministro Joaquim Levy não divulga a lista dos 8,7 mil endinheirados brasileiros que depositaram US$ 7 bilhões em dinheiro frio no HSBC da suíça?
Se repatriado, o valor é muito próximo dos R$ 18 bi que Levy quer economizar às custas do seguro desemprego.

A cumplicidade entre o banco HSBC e a sonegação internacional foi descoberta graças ao especialista em informática, Hervé Falciani; o ítalo-francês criou um software que permite cruzar operações financeiras internacionais; chegou a uma lista de sonegadores inclui 130 mil nomes


Fonte: CARTA MAIOR
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HSBC ajudava em fraude fiscal de 'clientes vips'

Atores, atletas, reis e traficantes estão sendo investigados


Uma investigação sobre as transações bancárias da filial suíça do HSBC revelou que várias personalidades mundiais tiveram ajuda para cometer fraude fiscal. A denúncia publicada pelo jornal francês "Le Monde" afirma que esse foi um trabalho inédito e que envolve cifras milionárias.
O periódico mostrou que 180,6 bilhões de euros transitaram em Genebra nas contas de 100 mil clientes e de 20 mil empresas offshore entre os dias 9 de novembro de 2006 e 31 de março em 2007. O período corresponde àquele chamado de "lista Falcioni", o arquivo de informação francês que fornece ao Fisco os dados de milhões de evasores e que foi corrompido por hackers. Outros 5,7 milhões de euros foram dissimulados pelo HSBC em paraísos fiscais.

Os famosos que pertencem ao esquema, segunda a publicação, são o ator John Malkovich e Gad Elmaleh - marido de Charlotte, filha da princesa de Mônaco, Carolina - e o rei do Marrocos, Mohamed VI. Já o jornal italiano "La Repubblica" afirma que sete mil italianos estão envolvidos no esquema e cita outros famosos investigados: a modelo Elle MacPherson, o ator Christian Slater, o músico Phil Collins, a cantora Tina Turner, o estilista Valentino Garavani, o empresário Flávio Briatore e o piloto de Fórmula 1 Fernando Alonso.

Segundo os detalhes revelados pela imprensa internacional, a denúncia analisou dados os clientes com informações obtidas em Washington, Bruxelas, Genebra e Paris. O "Le Monde" destacou que entre os fraudadores estão também traficantes de armas e de drogas.

O HSBC Private Bank e as autoridades políticas e judiciárias suíças contestam desde o início essa investigação da Justiça francesa. De acordo com eles, esses dados estão sendo usados de maneira ilícita e são provenientes de um furto. (ANSA)


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Moro, o HSBC é a maior lavanderia do mundo !


Nenhum jornal brasileiro co-patrocinou a investigação. Por que será ?​


De amigo navegante:

Olha isso aí! Foi o Le Monde que capit​a​n​e​ou a ​investigação.​
​ ​
A ​rede ​CBS ​de televisão ​vai dar também. Aparentemente, não tem nenhum jornal brasileiro, no consorcio da ​investigação​. Por que será?


HSBC FILES SHOW HOW SWISS BANK HELPED CLIENTS DODGE TAXES AND HIDE MILLIONS



HSBC’s Swiss banking arm helped wealthy customers dodge taxes and conceal millions of dollars of assets, doling out bundles of untraceable cash and advising clients on how to circumvent domestic tax authorities, according to a huge cache of leaked secret bank account files.

The files – obtained through an international collaboration of news outlets, including the Guardian, the French daily Le Monde, BBC Panorama and the Washington-based International Consortium of Investigative Journalists – reveal that HSBC’s Swiss private bank.

(…)


Em tempo:​

A reportagem mostra que o HSBC na Suíça:

- permitia que clientes sacassem toneladas de dinheiro em espécie, em moedas que não têm nenhuma serventia na Suíça;

- ​​era cúmplice em esconder depósitos de fontes ilícitas;

- abria conta de criminosos internacionais e empresários corruptos, no período de 2005 e 2007;

Esse é o maior vazamento da história do sistema bancário do mundo.

O hacker entrou em 30 mil contas e vasculhou o correspondente a US$ 120 bilhões.

A terra treme na Pauliceia Tucana !

Em tempo2: o Conversa Afiada recomenda também à turma do Dr Moro – aquela que toma depoimento do Barusco e divulga mais tarde, e mantém acesa a chama do jornal nacional – uma série de reportagens do New York Times.

As torres do sigilo.

O maior comprador de imóveis no mercado de Nova York, hoje, são empresas registradas em paraísos fiscais, sem identificação dos proprietários.

Quase 70% dos apartamentos no Hotel Plaza, por exemplo, na Quinta Avenida e no Central Park, depois de remodelado, pertencem a empresas com sede em paraísos fiscais.

O Dr Janot, como se sabe, mandou também uma equipe aos Estados Unidos para “apurar” os crimes da Lava Jato.

Que tal tocar umas campainhas no Plaza, Dr Janot ?

“Alô, quem fala ?” “Do you speak Portuguese ?”

Ou num outro prédio, um quarteirão acima, no Central Park South, incorporado pelo genial Donald Trump ?

Quem sabe o senhor não tem uma surpresinha ?

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Tudo o que se comentava sobre o papel criminoso de instituições financeiras, como os bancos, agora se revela de forma clara com o vazamento da ajuda do HSBC  para fraude fiscal de seus clientes vips.

Ainda na lista de clientes que recebem ajuda estão grandes traficantes de armas e de drogas.

São os bancos, os mesmos em qualquer lugar do mundo, que também atuam aqui no Brasil e que no ano passado tiveram lucros exorbitantes.

Os bancos, que de certa forma, comandam o destino da economia no governo Dilma.

Na lista de clientes vips do HSBC existe um grande número de brasileiros, algo em torno de nove mil milionários, envolvidos em fraudes de sonegação que, por outro lado, devem estar empenhados em dar um golpe de estado no governo Dilma, e, como isso se apropriar  ainda mais das riquezas do país.

Como também já foi dito aqui no PAPIRO, por diversas vezes, o mundo é governado por organizações criminosas, terroristas, ladrões de alta periculosidade e outros delinquentes vips, todos travestidos de CEO's de grandes corporações, mesmo através de grandes corporações, conglomerados midiáticos, organizações terroristas e organizações do  crime organizado - narcotráfico, tráfico de armas, tráficos de pessoas , tráfico de órgãos e outros -

No momento em que estamos assistindo, aqui no Brasil,  os representantes do sistema financeiro mundial e da plutocracia  - toda a velha mídia brasileira e internacional, partidos de oposição à direita e setores do empresariado e do judiciário - em intensa campanha para retirar do Poder um governo legítimo e democraticamente eleito pelo voto , esse vazamento sobre o HSBC deve ser repercutido diariamente nos sites, blogues, portais e redes sociais, de maneira a ajudar a população no esclarecimento  dos interesses envolvidos e , também , para esclarecer , com fatos, quem são de fato os corruptos , sonegadores de impostos, criminosos de alta periculosidade  e ladrões, tanto pelo mundo, como, principalmente, aqui no Brasil.

A velha mídia, certamente, pode até noticiar o vazamento de clientes do HSBC, mas , com certeza, não dará o destaque ao assunto , mesmo porque , muitos  executivos da mídia nacional devem estar envolvidos  nas fraudes.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Uma ocupação permanente

Lula pede ao partido que denuncie manobras: “Critério da mídia é o da criminalização do PT”; leia a íntegra do discurso

publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 21:34
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por Luiz Carlos Azenha
O ex-presidente Lula disse esta noite, na festa do aniversário de 35 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado em Belo Horizonte, que o critério da mídia para a cobertura da Operação Lava Jato é o da “criminalização do PT”.
Segundo ele, “estamos assistindo a um filme com final conhecido”: acusações sem provas, falta de contraditório e julgamento pela imprensa. O ex-presidente não fez menção ao escândalo do mensalão.
Lula disse que não existe uma única acusação provada contra o partido até agora na Operação Lava Jato. Para ele, o que se pretende é condenar o PT por doações obtidas legalmente.
Lula se disse indignado com a condução coercitiva do tesoureiro do PT para depor à Polícia Federal, afirmando que João Vaccari Neto teria comparecido se tivesse sido intimado.
Segundo Lula, a mídia está construindo uma versão, uma narrativa que criminaliza o PT, com o vazamento seletivo dos fatos.
Referindo-se à oposição como antinacional e excludente, o ex-presidente disse que “foi o governo deles que tentou destruir a Petrobras”.
Lembrou também que “eles nunca investigaram nada, varreram tudo para debaixo do tapete”.
Para Lula, foi a quarta derrota consecutiva “que despertou os mais baixos instintos dos nossos adversários”.
O ex-presidente afirmou que “eles não querem esperar por outra derrota”, por isso “investem na crise, apostam no caos”.
Para Lula, “cabe ao PT denunciar essas manobras”.

Abaixo, a íntegra do discurso, publicada no site do Instituto Lula:

Companheiros e companheiras,
No dia 10 de fevereiro de 1980, algumas centenas de brasileiros e de brasileiras começaram a escrever uma das mais belas páginas da história política do nosso País.
Naquele dia, companheiros vindos de todas as regiões, trabalhadores da cidade e do campo, intelectuais, estudantes, religiosos, militantes de esquerda, militantes sociais, nos reunimos para debater e aprovar o Manifesto de Fundação do Partido dos Trabalhadores.
Era um tempo em que lutávamos por Democracia, enfrentando uma repressão que recaía de forma especialmente dura sobre os trabalhadores e nossos aliados. Um tempo em que estávamos conquistando, na prática e no aprendizado das lutas cotidianas, o direito de livre organização sindical e política da classe trabalhadora.
Nesse ambiente de lutas, com os pés firmes no chão e grandes sonhos na cabeça, nasceu o PT.
Quero recordar as primeiras palavras do nosso Manifesto de 1980:
“O Partido dos Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do país para transformá-la.
A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá. (…)
As grandes maiorias que constroem a riqueza da nação querem falar por si próprias. Não esperam mais que a conquista de seus interesses econômicos, sociais e políticos venha das elites dominantes. (…)
O PT nasce da decisão dos explorados de lutar contra um sistema econômico e político que não pode resolver os seus problemas, pois só existe para beneficiar uma minoria de privilegiados.”
É importante recordar essas palavras, 35 anos e muitas lutas depois, para fixar duas características essenciais do nosso partido:
O PT nasceu para mudar.
O PT nasceu para ser diferente.
É isso que explica a nossa trajetória desde a fundação, por um punhado de idealistas comprometidos com as causas populares, até os dias de hoje, quando estamos governando este País que se tornou uma das maiores democracias e uma das maiores economias do mundo.
Quantos partidos políticos chegaram aos 35 anos de existência com uma história de lutas e conquistas tão rica como a do Partido dos Trabalhadores?
E quantos partidos no Brasil, tendo conquistado o governo, conseguiram transformar de maneira tão intensa a realidade social, econômica e política em nosso País? Certamente, nenhum como o PT.
Podemos falar com muito orgulho do nosso partido, porque fizemos e continuamos fazendo História neste País.
Companheiros e companheiras,
É muito comum hoje em dia as pessoas falarem em “nova política”, como se estivessem anunciando a invenção da roda.
Por isso, quero lembrar outra passagem do nosso Manifesto de fundação:
“O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.”
Quem foi capaz de construir um partido de baixo para cima, organizando núcleos nas fábricas, nos bairros e nas escolas, sabe muito bem o que foi fazer uma nova política nesse País.
Desde a primeira prefeitura que elegemos, o PT introduziu uma nova forma de governar, com a participação direta da população nas decisões.
O PT criou o Orçamento Participativo e abriu novos caminhos para a Democracia, por meio dos conselhos e das conferências para debater e efetivar políticas públicas.
A sociedade apropriou-se dessas práticas, aprendeu e cresceu com elas, qualificando sua relação com o poder público em todos os níveis.
Nova política foi combinar a atuação dos nossos deputados e vereadores com a presença nas ruas, nas greves e nas lutas populares.
O PT participou da organização de movimentos sociais autônomos, que dinamizaram a Democracia e o processo político em nosso País.
Estivemos na linha de frente do movimento pelas Diretas-Já e pela plena redemocratização do País. Levamos à Assembleia Constituinte as propostas mais avançadas do campo popular e democrático.
Elegemos prefeitos em grandes cidades, elegemos governadores, aprendemos a construir alianças, ampliando o diálogo com os diversos setores da sociedade.
Disputamos três eleições presidenciais antes de alcançar a primeira vitória, acumulando ensinamentos e ampliando nossa articulação social em cada processo eleitoral.
Foi a prática coerente dessa nova política, nas instituições e nas ruas, que consolidou o caminho para a vitória eleitoral de 2002, quando o País escolheu o PT para liderar as mudanças.
Nova política foi acabar com a fome neste País.
Foi garantir uma renda básica, um patamar de dignidade e cidadania para cada brasileiro, por meio do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria.
Estes poucos, mas significativos, exemplos honram a memória daqueles que viram na criação do PT a oportunidade histórica do povo brasileiro para tomar o destino em suas mãos.
Companheiros da qualidade de Sérgio Buarque de Holanda, Apolônio de Carvalho, Mário Pedrosa, Lélia Abramo, Henfil, Helena Grecco, Luiz Gushiken, Marcelo Déda e tantos outros que sonharam conosco desde o início da jornada.
O PT é motivo de orgulho para cada militante, das primeiras e das novas gerações.
Cada um de nós pode andar de cabeça erguida e afirmar: nós contribuímos para mudar este País.
Participamos diretamente da maior transformação política, social e econômica da história do Brasil.
Caminhamos junto com o povo brasileiro para uma nova era de desenvolvimento e inclusão social.
A história do PT é nosso maior patrimônio, e essa história ninguém pode nos tirar.
Companheiros e companheiras,
Há pouco mais de 12 anos o PT começou a enfrentar seu maior desafio – que era também seu destino de partido nascido para mudar.
Governar o Brasil, com as complexidades de um país historicamente marcado pela desigualdade, foi a missão que a sociedade nos confiou, em um voto carregado de esperança.
A direção a seguir estava apontada, mais uma vez, em nosso Manifesto fundador, onde ele diz:
“O PT pretende chegar ao governo e à direção do Estado para realizar uma política democrática, do ponto de vista dos trabalhadores, tanto no plano econômico quanto no plano social.”
Seguimos essa orientação desde o primeiro dia de governo. Houve medidas duras, para corrigir os muitos problemas que herdamos. Houve medidas amargas, quando foi necessário para garantir os avanços. Foi preciso reavaliar expectativas para lidar corretamente com a realidade do País e as responsabilidades de governo.
Mas nunca deixou de haver diálogo democrático com todos os setores. Nunca um governo se abriu tanto às propostas e reivindicações da sociedade.
E nunca – jamais – traímos o compromisso com as camadas mais amplas da população, as que sempre foram relegadas no curso da História.
Nesses 12 anos o povo brasileiro participou conosco do mais amplo processo de inclusão social desse País, no mais duradouro período de crescimento econômico com estabilidade.
Nós temos de nos orgulhar de um governo que tirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, que criou mais de 21 milhões de empregos com carteira assinada, que conseguiu incluir mais de 40 milhões na classe média.
Temos de nos orgulhar de um governo em que o salário mínimo cresceu 74% em termos reais, em que a renda das famílias mais pobres cresceu mais de 60%.
De um governo que herdou um desemprego de 12,5% e reduziu esse índice a 4,8% em 2014, o menor desemprego de todos os tempos.
Temos de nos orgulhar de um governo em que o país dobrou a produção agrícola, garantiu comida farta na mesa do trabalhador e tornou-se um dos maiores exportadores mundiais de alimentos.
Um governo que abriu as portas da universidade para os filhos dos trabalhadores, para os negros, para os que jamais tiveram essa oportunidade.
Esses 12 anos de grandes mudanças marcarão para sempre a história do Brasil.
Mas não podemos nos acomodar. Temos de compreender que foram os primeiros passos de uma jornada que vai nos levar muito longe; que é preciso avançar para consolidar as conquistas.
Companheiros e companheiras,
O PT acaba de conquistar o quarto mandato consecutivo na Presidência da República.
Foi talvez a mais difícil campanha eleitoral que já enfrentamos. Certamente, a mais suja; aquela em que nossos adversários utilizaram as piores armas para tentar nos derrotar. Tentaram fraudar a vontade política da maioria, usando todos os seus recursos de comunicação para manipular, distorcer, falsear e até inventar episódios contra nosso partido, nosso governo e nossa candidata.
A quarta derrota eleitoral consecutiva despertou os mais baixos instintos dos nossos adversários.
Tiveram a ousadia de pedir recontagem dos votos, como se o Brasil ainda fosse aquela república das eleições a bico de pena.
Tentaram impugnar a prestação de contas da campanha e barrar a diplomação da presidenta.
Tentaram criar um ambiente de inconformismo com o resultado que se recusam a aceitar democraticamente.
Vencemos; o Brasil venceu mais uma vez, mas a luta não acabou.
Nossos adversários não podem dizer qual é o seu projeto; porque é antinacional, contrário ao desenvolvimento, é um projeto que exclui milhões de pessoas do processo econômico e social.
Eles só podem atacar o PT e o nosso governo com as armas da irracionalidade e do ódio.
Não têm, nunca tiveram, autoridade para falar em nome da ética, mas é nesse campo que tentam desesperadamente nos atingir. Eles, que jamais investigaram a fundo uma denúncia de corrupção. Eles, que varriam escândalos para debaixo do tapete. Eles, que alienaram o patrimônio da Nação “no limite da irresponsabilidade”.
Foi o governo do PT que acabou com a impunidade que eles cultivaram por tanto tempo. Nenhum outro governo fez mais para combater a corrupção nesse País, conforme a presidenta Dilma deixou claro na campanha eleitoral.
Mas vejam o que está ocorrendo em torno da Petrobrás. Desde o início da campanha eleitoral, nossos adversários manipulam uma investigação institucional, com o objetivo de criminalizar o PT.
Esta investigação, como todas as outras iniciadas em nosso governo, deve ser levada até o fim, esclarecendo os fatos, apontando os responsáveis e levando seja quem fora a julgamento. É isso que a sociedade espera e é isso que vem ocorrendo nos governos do PT – ao contrário do que ocorria no tempo deles.
Mas estamos assistindo a repetição de um filme com final conhecido. Pessoas são acusadas, por meio da imprensa, com base em vazamentos seletivos de uma investigação à qual somente alguns têm acesso. Não há contraditório, não há direito de defesa. E quando o caso chegar às instâncias finais da Justiça, o pré-julgamento já foi feito pela imprensa, os condenados já foram escolhidos e bastará apenas executar a sentença.
Nossos adversários não se incomodam que essa campanha já tenha causado enormes prejuízos à Petrobrás e ao País. O que eles querem é paralisar o governo e desgastar o PT, a qualquer custo.
Mais uma vez eles falharam na tentativa de voltar ao poder pelo voto. Ao que tudo indica, não querem mais esperar outra derrota: partem claramente para a desestabilização, investem na crise, apostam no caos. Na falta de votos, buscam atalhos para o poder, manipulando a opinião pública e constrangendo as instituições.
Eles vão prestar contas à História sobre a maneira antidemocrática como vêm agindo.
Cabe ao PT denunciar essas manobras com firmeza. Repelir a mentira, esclarecer a sociedade, agir de acordo com a gravidade da situação.
A verdade é que foi o governo deles que tentou destruir a Petrobrás. E foi o nosso governo que a resgatou, retomou os investimentos que levaram à descoberta do Pré-Sal e fizeram da Petrobrás a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto.
A verdade – e isso está nos autos da investigação, mas não está nos jornais nem na TV – é que havia corrupção nos contratos que a Petrobrás assinou com empresas estrangeiras no tempo deles. E isso nunca foi investigado.
A verdade é que, apesar de todo o alarido, não há nenhuma prova contra o PT nesse processo, nenhuma doação ilegal, nenhum desvio para o partido. Nada!
E se algo de concreto vier a ser encontrado, se alguém tiver traído a nossa confiança, que seja julgado e punido, dentro da lei, porque o PT, ao contrário dos nossos adversários, não compactua com a impunidade.
Companheiros e companheiras,
O resultado eleitoral nos obriga também a uma reflexão sincera sobre as dificuldades do PT para manter sua sintonia histórica com os anseios da sociedade brasileira. Não é possível ignorar esse desgaste.
Não e verdade que o PT tenha se transformado num partido pior do que os outros, mais fisiológico ou mais sujeito aos desvios.
O verdadeiro problema do PT é que ele se tornou um partido igual aos outros.
Deixou de ser um partido das bases para se tornar um partido de gabinetes.
A estrutura à disposição de um deputado é maior do que a de um diretório estadual do partido.
A estrutura dos cargos de governo, também.
Ao longo do tempo, isso alterou a vida interna do partido. Há muito mais preocupação em vencer eleições, em manter e reproduzir mandatos, do que em vitalizar o partido.
As direções, tanto as regionais quanto a nacional, ficaram prisioneiras dessa lógica. Tornaram-se burocráticas, pouco representativas da nossa base social, ou então apresentam uma representação meramente artificial de setores sociais.
Militantes e dirigentes tornam-se profissionais da política e dos governos.
Falando francamente: muitos de nós estão mais preocupados em manter – e se manter – nessas estruturas de poder do que em fazer a militância partidária que estava na origem do PT.
Essa é a origem de vícios como a militância paga, a disputa por cargos em gabinetes, o investimento de grandes recursos em campanhas eleitorais, enfim: vícios que nós sempre criticamos na política tradicional.
É nesse ambiente que alguns, individualmente, cometem desvios que nos envergonham diante da sociedade e perante a história do PT.
É dessa forma que o exercício do poder, ao invés de fortalecer, acaba fragilizando um partido.
Não é fenômeno é inédito. Aconteceu historicamente com grandes partidos populares ao redor do mundo. Mas penso que esse processo chegou ao limite no PT.
Não podemos esquecer que o PT, como já disse, nasceu para ser diferente.
Resgatar esse espírito é o nosso grande desafio nesse momento.
Não se trata de propor, ingenuamente, a volta a um passado que não existe mais. O País mudou nesses 35 anos. Mudou graças ao PT, não aos que nos criticam de fora. Mudou porque cumprimos os objetivos que levaram à criação do partido.
Hoje o País é outro, a realidade da classe trabalhadora é outra, a juventude é outra, as reivindicações e interesses da população estão em um novo patamar, assim como as demandas para a ampliação de direitos e da Democracia.
O PT precisa responder a essa nova realidade. Articular as demandas dos milhões de brasileiros que conquistaram emprego digno, que têm novas oportunidades, que aprenderam a usar a renda e o crédito para realizar sonhos antigos – e que têm, portanto, sonhos novos.
Precisa ouvir e dialogar com toda uma geração de brasileiros que ainda era criança quando o povo nos levou à Presidência da República. Uma geração que não conhece a nossa história e não vai conhecê-la se não tivermos a inciativa de contar a eles como era este País nos tempos da ditadura, como era este País no governo neoliberal dos nossos adversários.
Precisamos dialogar com as novas demandas democráticas, no plano dos direitos das pessoas, demandas que acompanham a evolução da sociedade e que não eram tão claras há 35 anos.
É necessário ter muita clareza das mudanças que ocorreram, para elaborar um novo pacto político com a sociedade brasileira, um pacto que atenda às exigências de hoje e que aponte para o futuro.
Não há respostas fáceis para essa questão. Temos de buscá-las em nossas raízes, porque se chegamos até aqui foi pelo que fizemos desde o começo da caminhada.
Não há dirigente ou liderança individual capaz de apontar o caminho. Não em um partido democrático de massas, como o PT sempre se propôs a ser.
O PT não é o seu presidente, não é sua direção, não é tal ou qual liderança. O PT são dois milhões de filiados, centenas de milhares de militantes. São os setores da sociedade que se consideram representados pelo partido, participam do debate político e têm sido decisivos nos embates eleitorais.
É aí que vamos encontrar a energia renovadora, para recriar o sonho original do PT.
Creio que esse é o debate que devemos fazer agora, quando iniciamos o processo de renovação da direção partidária.
Temos a oportunidade histórica de elaborar um novo Manifesto do PT, capaz de traduzir nossos compromissos para os dias de hoje e para os próximos 35 anos.
Isso exige humildade e coragem de cada um. Humildade para reconhecer o que é preciso mudar, e coragem para continuar mudando.
Temos a história ao nosso lado e o futuro diante de nós. O PT precisa estar, mais uma vez, à altura de suas origens, porta-voz da esperança, da democracia, da ética e da igualdade.
Muito obrigado.

Fonte: VIOMUNDO
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É importante que se explique exatamente o que está em jogo.

Tudo o que foi construído nos últimos doze anos de governo de PT , a oposição e a velha mídia querem tomar, destruir e entregar para empresas estrangeiras.

Querem criar um clima para dar um golpe de estado , tirar Dilma do governo e  destruir  Lula e o PT. 

O estado de Direito , se ainda não foi para o espaço, está na plataforma de lançamento.

A popularidade de todos os políticos despencou, sinal que as ruas podem voltar a gritar.

Teremos uma grande gritaria, festiva,  no carnaval, claro, porém o que virá depois é uma incógnita.

É hora, e não se pode adiar mais, de uma organização, de  uma grande frente de esquerda e de movimentos sociais, tomar as ruas do país para alertar a população sobre as operações em jogo e, também, para exigir o cumprimento da agenda vitoriosa nas urnas.

Uma ocupação permanente, pró ativa, que venha a desmascarar a estratégia da velha mídia.

Os entreguistas e o "Fim do Brasil"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos.
Na análise econômica, mais do que a onda de terrorismo antinacional em curso, amplamente disseminada pela boataria rasteira de botequim, o que interessa são os números e os fatos. Segundo dados do Banco Mundial, o PIB do Brasil passou, em 11 anos, de US$ 504 bilhões em 2002, para US$ 2,2 trilhões em 2013. Nosso Produto Interno Bruto cresceu, portanto, em dólares, mais de 400% em dez anos, performance ultrapassada por pouquíssimas nações do mundo.
 
Para se ter ideia, o México, tão “cantado e decantado” pelos adeptos do terrorismo antinacional, não chegou a duplicar de PIB no período, passando de US$ 741 bilhões em 2002 para US$ 1,2 trilhão em 2013; os Estados Unidos o fizeram em menos de 80%, de pouco mais de US$ 10 trilhões para quase US$ 18 trilhões.

Em pouco mais de uma década, passamos de 0,5% do tamanho da economia norte-americana para quase 15%. Devíamos US$ 40 bilhões ao FMI, e hoje temos mais de US$ 370 bilhões em reservas internacionais. Nossa dívida líquida pública, que era de 60% há 12 anos, está em 33%. A externa fechou em 21% do PIB, em 2013, quando ela era de 41,8% em 2002. E não adianta falar que a dívida interna aumentou para pagar que devíamos lá fora, porque, como vimos, a dívida líquida caiu, com relação ao PIB, quase 50% nos últimos anos.

Em valores nominais, as vendas nos supermercados cresceram quase 9% no ano passado, segundo a Abras, associação do setor, e as do varejo, em 4,7%. O comércio está vendendo pouco? O eletrônico – as pessoas preferem cada vez mais pesquisar o que irão comprar e receber suas mercadorias sem sair de casa – cresceu 22% no ano passado, para quase US$ 18 bilhões, ou mais de R$ 50 bilhões, e o país entrou na lista dos dez maiores mercados do mundo em vendas pela internet.

Segundo o Perfil de Endividamento das Famílias Brasileiras divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2014 fechou com uma redução do percentual de famílias endividadas na comparação com o ano anterior, de 62,5%, para 61,9%, e a porcentagem de famílias com dívidas ou contas em atraso, caiu de 21,2%, em 2013, para 19,4%, em 2014 (menor patamar desde 2010). A proporção de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também diminuiu, de 6,9% para 6,3%.

É esse país – que aumentou o tamanho de sua economia em quatro vezes, cortou suas dívidas pela metade, deixou de ser devedor para ser credor do Fundo Monetário Internacional e quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, que duplicou a safra agrícola e triplicou a produção de automóveis em 11 anos, que reduziu a menos de 6% o desemprego e que, segundo consultorias estrangeiras, aumentou seu número de milionários de 130 mil em 2007 para 230 mil no ano passado, principalmente nas novas fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste – que malucos estão dizendo que irá “quebrar” em 2015.

E se o excesso de números é monótono, basta o leitor observar a movimentação nas praças de alimentação dos shoppings, nos bares, cinemas, postos de gasolina, restaurantes e supermercados; ou as praias, de norte a sul, lotadas nas férias. E este é o retrato de um país que vai quebrar nos próximos meses?

O Brasil não vai acabar em 2015.
Mas se nada for feito para desmitificar a campanha antinacional em curso, poderemos, sim, assistir ao “fim do Brasil” como o conhecemos. A queda das ações da Petrobras e de empresas como a Vale, devido à baixa do preço do petróleo e das commodities, e também de grandes empresas ligadas, direta e indiretamente, ao setor de gás e de petróleo, devido às investigações sobre corrupção na maior empresa brasileira, poderá diminuir ainda mais o valor de empresas estratégicas nacionais, levando, não à quebra dessas empresas, mas à sua compra, a preço de “bacia das almas”, por investidores e grandes grupos estrangeiros – incluídos alguns de controle estatal – que, há muito, estão esperando para aumentar sua presença no país e na área de influência de nossas grandes empresas, que se estende pela América do Sul e a América Latina.

Fosse outro o momento, e o Brasil poderia – como está fazendo a Rússia – reforçar sua presença em setores-chave da economia, como são a energia e a mineração, para comprar, com dinheiro do tesouro, a preço muito barato, ações da Petrobras e da própria Vale. Com isso, além de fazer um grande negócio, o governo brasileiro poderia, também, contribuir com a recuperação da Bolsa de Valores. Essa alternativa, no entanto, não pode sequer ser aventada, em um início de mandato em que o governo se encontra pressionado, praticamente acuado, pelas forças neoliberais que movem – aproveitando os problemas da Petrobras – cerrada campanha contra tudo que seja estatal ou de viés nacionalista.

Com isso, o país corre o risco de passar, com a entrada desenfreada de grandes grupos estrangeiros na Bolsa por meio da compra de ações de empresas brasileiras com direito a voto, e a eventual quebra ou absorção de grandes empreiteiras nacionais por concorrentes do exterior, pelo maior processo de desnacionalização de sua economia, depois da criminosa entrega de setores estratégicos a grupos de fora – alguns de capital estatal ou descaradamente financiados por seus respectivos países (como foi o caso da Espanha) nos anos 1990.

Projetos que envolvem bilhões de dólares, e mantêm os negócios de centenas de empresas e empregam milhares de brasileiros já estão sendo, também, entregues para estrangeiros, cujas grandes empresas, no quesito corrupção, como se pode ver no escândalo dos trens, em São Paulo, em nada ficam a dever às brasileiras.
Para evitar que isso aconteça, é necessário que a sociedade brasileira, por meio dos setores mais interessados – associações empresariais, pequenas empresas, sindicatos de trabalhadores, técnicos e cientistas que estão tocando grandes projetos estratégicos que poderiam cair em mãos estrangeiras –, se organize e se posicione. Grandes e pequenos investidores precisam ser estimulados a investir na Bolsa, antes que só os estrangeiros o façam.
O combate à corrupção – com a punição dos responsáveis – deve ser entendido como um meio de sanar nossas grandes empresas, e não de inviabilizá-las como instrumentos estratégicos para o desenvolvimento nacional e meio de projeção do Brasil no exterior.

É preciso que a população – especialmente os empreendedores e trabalhadores – percebam que, quanto mais se falar que o país vai mal, mais chance existe de que esse discurso antinacional e hipócrita, contamine o ambiente econômico, prejudicando os negócios e ameaçando os empregos, inclusive dos que de dizem contrários ao governo.
É legítimo que quem estiver insatisfeito combata a aliança que está no poder, mas não o destino do Brasil, e o futuro dos brasileiros.

Fonte: Blog do Miro