sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Tá vendo aquele colégio, moço


Fabiana Agra: 
Carta aberta de uma nortista para os sulistas

publicado em 10 de outubro de 2014 às 13:34




Jair Bolsonaro não foi invenção do Nordeste


CARTA ABERTA DE UMA NORTISTA PARA OS SULISTAS


por Fabiana Agra*, via França Oliveira de Medeiros, no Facebook


Meus irmãos sulistas – sim, queiram vocês ou não, somos irmãos, somos filhos de uma nação chamada Brasil, que vem sendo construída há 514 anos – como nortista de nascimento e por convicção, sinto-me obrigada a escrever para vocês após os últimos acontecimentos, em que vimos reacender a mais vil xenofobia endereçada a nós, do Norte e do Nordeste, devido os resultados do primeiro turno das Eleições 2014.

Em primeiro lugar, meus irmãos, não somos nem melhores nem piores do que vocês, somos fruto de um país continental, cheio de diferenças e de contrastes e que, por circunstâncias históricas, nós daqui de cima fomos explorados através de uma colonização vil e de uma política perversa, que retiraram o melhor de nós, que foi usufruído por vocês; sem contar que houve uma imigração planejada para os estados do Sul e Sudeste, onde vocês tiveram a oportunidade de desenvolver-se de uma forma bem mais organizada.

Sim, nós daqui de cima já passamos fome, já fomos muito ignorantes, uma massa de milhões de analfabetos, que vivia das esmolas que os governos anteriores vez por outra mandavam, governantes esses que nunca se importaram em preparar o nosso povo para conviver com as intempéries do clima e nem de diminuir o abismo social em que vivíamos.

Somente após 2002, meus irmãos, é que esse quadro começou a mudar e, hoje em dia, o Norte/Nordeste é também uma terra de amplas possibilidades: seu povo está melhorando de vida, a educação chegou através de dezenas ou até mesmo de centenas de estabelecimentos educacionais federais, obras estruturantes estão sendo erguidas e, se os bons ventos continuarem favoráveis para nós, a geração nascida neste novo século estará em pé de igualdade econômica com vocês, que tiveram a “sorte” de receber a maior fatia do bolo até bem pouco tempo atrás.

Meus amigos sulistas, sinceramente eu não entendo o porquê de tanto ódio direcionado a nós.

Eu nasci e cresci ouvindo dizer que o Brasil era a terra da gentileza, uma nação de povo amigo e hospitaleiro – quer dizer que tal máxima só se aplica para os gringos que aqui chegam para usufruírem das nossas belezas naturais, do nosso clima e, muitos deles, das nossas mulheres e crianças?

Quer dizer que vocês se consideram uma “gente diferenciada” e se acham no direito de tratarem a nós, daqui de cima, como uma “sub-raça”?

Eu gostaria muito de ter esses meus questionamentos respondidos de forma coerente.

Outra coisa: vocês estão alardeando, do Oiapoque ao Chuí, que nós, do Norte/Nordeste, não sabemos votar. Ah, é?

E o que vocês me dizem da votação esmagadora recebida por Tiririca, Bolsonaro, Feliciano, Coronel Telhada e Delegado Olim? Como vocês explicam esses votos tão conscientes e inteligentes?

Quem não sabe mesmo votar, hein? Nós daqui, votamos majoritariamente em Dilma porque somente a partir dos governos de Lula e Dilma a classe mais pobre desse imenso Brasil saiu da linha da miséria, são mais de 40 milhões de pessoas que hoje em dia tem a mesa farta, roupas compradas com o seu próprio dinheiro, e milhares de pessoas que estão tendo a oportunidade de estudar, de viajar, de trocar experiências…

Eu votei e votarei em Dilma, meus amigos sulistas, porque, entre outros avanços, o Brasil não é mais devedor do FMI – pelo contrário, nosso país agora empresta dinheiro –, e caso vocês ainda não saibam, o Brasil saiu do mapa da fome, algo que somente 35 países do mundo foram capazes de realizar.

Pois é, meus irmãos. Eu continuo sem entender o motivo de tanto ódio da parte de vocês – será o stress dessa vida caótica? Pode ser.

Então, para acabarmos de vez com essa coisa horrível, chamada “cultura do ódio”, da minha parte eu perdoo as ofensas gratuitas que recebi nos últimos dias e convido-os a nos visitar.

Venham para cá passar uns dias, garanto a vocês que serão muito bem recebidos! Venham para cá que nós daqui faremos questão de mostrar para vocês o nosso lugar, a nossa gente, a nossa gastronomia. Vocês irão perceber que o Norte/Nordeste é um lugar repleto de encantos e com um povo que sempre foi receptivo – mas que, agora, além de receber bem, também está tendo as mesmas oportunidades que vocês sempre tiveram.

Mas caso vocês não possam dar uma esticadinha até aqui, há outras formas de conhecer a nós, nortistas: basta pegarem uma das milhares de obras escritas por um de nós; vocês irão deliciar-se com os livros de Jorge Amado, Rachel de Queiros, Ariano Suassuna, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar…

E se não gostam muito de ler, que tal ouvir uma boa música daqui dessas bandas? Temos de todos os estilos, de Zé Ramalho, Raul Seixas, Alceu, Djavan, Gil, Caetano, Bethânia, Fagner, a Zeca Baleiro, Ivete, Pitty, Herbert Viana, Chico César, Elba…

Finalmente, sem querer aprofundar-me na política, creio que já justifiquei meu voto para vocês – apesar de desnecessário, faço questão.

Já vocês, meus irmãos, sintam-se à vontade para elegerem quem vocês bem entenderem, o nome disso é democracia. Infelizmente, a escolha de vocês, caso não seja a melhor, refletirá em todo o país que, até o momento, está tomando um rumo certo e confiável.

Ah, ia esquecendo de uma coisa: nós daqui temos a maior admiração pelos jumentos, animais inteligentes e que desde o início da colonização, foram companhia de todos os desbravadores dessa terra. Portanto, eu particularmente, não me sinto ofendida em ser chamada de burra, de jumenta, de maneira alguma. Fiquem à vontade.

É isso, meus amigos do Sudeste/Sul. A nossa bandeira é uma só, e o nosso pavilhão verde-e-amarelo não pode agasalhar esse tipo de ódio pela sua própria gente nem por povo nenhum do planeta! Vamos deixar de propagar essa raiva gratuita, que só faz diminuir moral e eticamente quem a espalha. Vamos sim, ajudar a construir a grande nação que merecemos! Quem se habilita?

* Fabiana Agra é advogada, jornalista, escritora e paraibana com muito orgulho.

Oscar Buturi: “Tá vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar”

publicado em 10 de outubro de 2014 às 13:45
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Cidadão
Nesta semana, após o primeiro turno das eleições presidenciais e a vitória parcial da candidata Dilma Rousseff com expressiva votação no norte e nordeste, uma onda de insultos aos nordestinos tomou conta de boa parte das redes sociais, vinda principalmente do sul e sudeste, especialmente do estado de São Paulo.
Segundo a maioria das expressões discriminatórias, o resultado das eleições revela que os eleitores nordestinos são desprovidos de inteligência (para ser bem leve em meu exemplo).
Essa coluna normalmente é inspirada na cidade; sua dinâmica, problemas e desafios, curiosidades, etc., mas esse movimento reacionário que, aliás, também ocorreu após as eleições de 2010, me deixou mais uma vez perplexo e com dores de estômago, literalmente.
E retornando para casa após uma jornada de trabalho, me lembrei da música de Zé Ramalho, cujo título é bastante apropriado – CIDADÃO, que significa “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado livre”.
Por se tratar de uma típica história de migrante nordestino, a quem devemos muito, deixo a sua letra para breve reflexão, e também registrada minha indignação com essa postura contra nossos irmãos.

CIDADÃO (Zé Ramalho)

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar”
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer

Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar
Minha filha inocente veio pra mim toda contente
“Pai vou me matricular”
Mas me diz um cidadão:
“Criança de pé no chão aqui não pode estudar”
Essa dor doeu mais forte
Porque que é qu’eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a colher

Tá vendo aquela igreja moço, onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
“Rapaz deixe de tolice, não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar”

Fonte: VIOMUNDO
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Essa canção é fantástica.

Uma obra de arte.

Apenas uma correção:

A canção é  de 1979, o autor é Lúcio Barbosa e o primeiro a gravar foi Zé Geraldo, até que o contrário se prove.

Devido ao sucesso na época de lançamento, Zé Geraldo é conhecido, até hoje, como o autor desse belo documento.

Recentemente Zé Geraldo esteve no programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin, na TV do Brasil.  Cantou um monte  de canção, mas foi aplaudido de pé, com emoção, quando cantou Cidadão.

Essa música fazia muito sucesso nos bares com música ao vivo, principalmente aqui no Rio de Janeiro,  era sempre tocada e muito pedida pelo público o ano inteiro.

Já na velha mídia a canção  foi praticamente ignorada, não tocava, uma obra de arte abandonada.

Tem tudo a ver com essa onda de preconceito de ignorantes que sequer conhecem a força daqueles que construíram esse país, os nordestinos e os imigrantes.

Tá vendo aquele colégio, Seu moço bicudo.  É pra agora, sem depois nem antes, que o  Sr. deve ir pra lá ser educado.  Mas não é pra ser um erudito diletante, mas, principalmente, pra curar seus preconceitos ignorantes.


Velha Mídia e Oposição = Ladrões e corruptos em defesa da ética

Tarso:
há uma conspiração em curso.
Campanha Dilma deve denunciar golpismo midiático

O governador do Rio Grande do Sul denunciou na manhã desta sexta-feira, uma conspiração política em curso para manipular a vontade eleitoral no 2º turno.


O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) denunciou na manhã desta sexta-feira, por meio de sua conta pessoal no twitter uma "conspiração política em curso para manipular a vontade eleitoral no segundo turno". 
Diante disso, Tarso defendeu que a campanha Dilma deve reagir e denunciar o golpismo midiático que embala essa conspiração.
E acrescentou: 
"Acusações sem provas à beira da eleição, feita por ladrão confesso é manipulação do processo eleitoral com ajuda da mídia que protege Aécio". 
Para o governador gaúcho, novo caso envolvendo a Petrobras foi preparado para estourar agora, reforçar Aécio, abafar o caso do aeroporto envolvendo o candidato tucano e esquecer o episódio da compra de votos para a reeleição de FHC.

Fonte: CARTA MAIOR
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A armação tresloucada para colocar Aécio bem a frente de Dilma nas pesquisas desta semana não funcionou.

Os candidatos aparecem em empate técnico.

Entrou em cena, ontem, de forma escancarada, a armação no caso da Petrobrás.

O jornal nacional , da TV globo, dedicou um tempo desproporcionalmente absurdo para falar sobre corrupção na Petrobrás.

Acusações sem prova, feitas por um ladrão, é armação explícita.

Já se sabia que a mídia iria agir dessa forma.

Por outro lado, não se pode ignorar que corrupções existem, em todos os governos, ao longo de décadas, talvez séculos.

Petrobrás, outras empresas estatais - federais ou estaduais - e o serviço público, da maneira como estão estruturados  e não pelo simples fato de serem órgãos estatais, são fontes de corrupção, assim como as empresas privadas, que também estimulam todo tipo de corrupção.

A corrupção existe e é dever dos governos criar mecanismos para combatê-la.

Quando um governo cria meios para combater a corrupção de forma eficaz, os esquemas criminosos vem à tona, aparecem para o público.

Por um lado é bom que a corrupção é punida, e prova que o governo está agindo para combater.

Cabe lembrar ao caro leitor que os órgãos de fiscalização e investigação, como a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União ( TCU ) , a Controladoria Geral da União( CGU) e Procuradoria Geral da República, são órgãos do governo federal com alguns de seus representantes indicados pela Presidência da República.

E aí o que faz a velha mídia, dá destaque para os casos de corrupção investigados e descobertos pelos órgãos do governo, fazendo um escândalo sempre que são descobertos,  e ainda coloca a culpa da corrupção no governo atual e no estado, ou seja, no serviço público e nas empresas estatais.

Manipula os fatos e a realidade, tentando passar para a população que os inúmeros casos de corrupção que aparecem, são todos  devidos ao governo atual.

Não é verdade.

Eles aparecem por que o governo criou estruturas para combatê-los.

O fato de em um governo não aparecer denúncias sobre corrupção na máquina estatal, é preocupante e também sinal de que estão escondendo algo, seja por não investigar, ou mesmo por participar e acobertar casos de corrupção.

Durante um governo inteiro não se descobrir nenhum  caso de corrupção, como aconteceu nos oito anos do governo de FHC do PSDB, é sinal de armação, já que e impossível pela estrutura do estado que a corrupção não exista.

Dito isto, a questão que se impõe passa pela criação de mecanismos de combate eficazes contra a corrupção.

O governo atual propôs , corretamente, uma série de medidas para minimizar a corrupção:.
- em primeiro lugar uma reforma política, através de um plebiscito, com consequente criação de um                 assembléia constituinte exclusiva, onde os deputados eleitos para fazer a reforma política, encerrados os       trabalhos não poderiam se candidatar;
- em paralelo a criação de mecanismos de participação popular para discussão da aplicação dos recursos        públicos e também para fiscalização eficaz da aplicação desses recursos;
- a otimização do já existente e criado pelo governo atual , Portal da Transparência,
- a criação de um legislação mais dura e eficaz para os corruptores, em sua maioria empresas privadas.

Muito bem, e qual foi a reação da maioria esmagadora dos partidos políticos - todos de oposição - e da velha mídia diante das medidas propostas pelo governo atual ?
Foram contrários.
Isso mesmo, caro leitor, foram todos , sem exceção, contrários às medidas para minimizar em níveis civilizados a corrupção.

Diante dessa realidade, os partidos de oposição  e a velha mídia se posicionaram favoráveis a manutenção das estruturas atuais que favorecem a corrupção e, ainda mais, rejeitaram uma maior participação popular.

No entanto, de forma cínica, hipócrita e com objetivos de enganar a população com fins eleitorais, fazem um tremendo escarcéu  com denúncias pra lá de estranhas e , quem sabe, até mesmo com conteúdos combinados para incriminar o governo e os partidos da base aliada.

No caso da velha mídia, como globo e as demais , tudo é apresentado com sendo notícia, jornalismo, onde os "escândalos de corrupção avassaladora e sem fim" são insumos para que proliferem  comentários de jornalistas e colunistas dessa velha mídia em nome da , pasme, caro leitor,...ética.

Já está pra lá de surrada e manjada essa manipulação de véspera de eleição, onde denúncias escandalosas de corruptos, aloprados, montanhas de dinheiro, aparecem com o objetivo de alterar e confundir a percepção do eleitor.

O combate a corrupção deve ser discutido com seriedade, não em função da campanha eleitoral com escândalos armados para prejudicar o candidato A ou B.

No entanto, essa discussão séria, ao que parece de forma cristalina, nenhuma empresa privada, nenhum partido político de oposição e nem a velha mídia  desejam fazer, isso pelo fato que todos os citados  se alimentam e se beneficiam da corrupção existente nas estruturas atuais.

E justo quem propõe medidas contra corrupção é atacado, pelos corruptos, como corrupto.

É muita cara de pau.





quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Lunáticos na campanha eleitoral

Lua Crescente   - 1 outubro -   20 :14 :16
Lua Cheia            - 8 outubro  -   20 : 14: 07
Lua Minguante   - 15 outubro  - 20 :14 :16
Lua Nova             - 23 outubro -   20 :14 :19

Fonte: Rádio CBN( a rádio que troca notícia)
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Como é de conhecimento do caro leitor, o PAPIRO disponibiliza também postagens sobre assuntos relativos  aos aspectos sutis da natureza.

A lua, o satélite de nosso planeta, tem grande influência sobre a  vida na Terra.

Os ciclos  lunares afetam as marés nos oceanos, determinam momentos adequados para plantio e colheita na agricultura , períodos adequados para a  pesca, determinam as gestações e também influenciam  os humores dos seres vivos.

Os animais , em momento de lua cheia ficam mais agitados e alguns , como cachorros e lobos , uivam com mais  frequência.

Nos locais onde o bambu é usado na construção de casas, o corte do bambu usado na construção só pode ser feito em uma determinada lua, que assim sendo, garante que o bambu dure por décadas.

Com os humanos acontece o mesmo, e costuma-se afirmar que pessoas com problemas mentais ficam mais agitados em períodos de lua cheia.

Isso é verdade, porém todos , sem exceção ficam mais excitados em períodos de lua cheia, estejam ou não conscientes  sobre isso.

A lua afeta os líquidos terrestres e também os líquidos dos seres vivos, que no caso do homem, produz alteração dos humores.

Todos sem exceção, conscientes  ou não, sofrem modificação nos humores a cada três dias, mais ou menos .
Alguns, deixam transparecer de forma mais intensa, outros não. 

No período que antecedeu a eleição em primeiro turno, uma onde se formou 72 horas antes do dia do voto, exatamente em período de lua crescente.
A onda que  cresceu  estimulou todo tipo de preconceito que acabou por se exteriorizar no período da lua cheia. 
Os lunáticos menos conscientes soltaram os bichos e demônios, com destaque para a velha mídia e pessoas nas redes sociais 
Basta observar o pronunciamento de FHC, em proximidade com a lua cheia.

A parir de 8 de outubro ,  auge da lua cheia, o movimento tende a atingir o pico e pode entrar em queda acentuada a partir da lua minguante, na próxima quarta-feira.

Cabe lembrar, que na eleição de 2010, partidos  de oposição ao governo contrataram a assessoria de marketing de um conceituado especialista indiano, que dentre várias sugestões alertava para as fases lunares no sentido de iniciar ondas de ataques em momentos que estivessem em sintonia com a receptividade do psiquê do homem.

Isso significa, segundo a lunação que vai até  23 outubro, quando se inicia um outra lunação, que muitas alterações ainda vão acontecer na campanha eleitoral.
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Dilma acusa FHC de ser preconceituoso por ligar voto no PT a desinformados


Fonte: VIOMUNDO
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Dilma está parcialmente correta.
Todas as pessoas , sem exceção, são preconceituosas.
Isso significa que guardam dentro de si algum tipo de preconceito.
Algumas pessoas exteriorizam esses preconceitos, de forma consciente ou não.
No caso de FHC, o preconceito transbordou por conta da lua cheia.

Progressismo vs Conservadorismo

Dilma x Aécio; Lula x FHC; Jango x ditadura; Juscelino x UDN; etc.


A história mostra que mais além de partidos políticos, a principal disputa na política é entre progressismo e conservadorismo; no dia 26, o Brasil vai decidir se continua a arrancada rumo ao futuro que começou em 2002 ou se a interrompe, como aconteceu em 1964
07/10/2014 - Finalmente chegou a hora. Depois de uma abrupta guinada para o conservadorismo em 1964, gradualmente o Brasil conseguiu sair das trevas para chegar à predominância do progressismo a partir da eleição de Lula em 2002. Nestes 12 anos, o Brasil conseguiu avanços extraordinários, como retirar 36 milhões de pessoas da miséria e ascender 40 milhões de seres humanos para a classe média. Saímos do mapa da fome no mundo. Reduzimos o desemprego à metade com aumentos consideráveis de salários. Estamos conseguindo realizar o sonho de muitas gerações de brasileiros. Estamos deixando de ser um país pobre e virando um país de classe média! Não era isso o que queríamos?
Já houve outro momento assim. Entre 1945 e 1964, finalmente tivemos um período duradouro de democracia no Brasil. Ao longo destas duas décadas, passando pelos governos de Dutra, Getúlio, Juscelino e Jango (com alguns meses de Jânio antes deste) gradualmente as forças progressistas foram conquistando mais e mais votos, inclusive no parlamento nacional. Getúlio criou a Petrobras, Juscelino criou Brasília e Jango impulsionava as reformas de base. O Brasil era uma das maiores democracias do mundo. Mas isso acabou em 1964, quando o governo dos Estados Unidos, junto com os setores mais conservadores do Brasil, inclusive nos meios de comunicação e nas Forças Armadas, organizaram um golpe de Estado que acabou com a democracia e instaurou a predominância do conservadorismo no país que só veio a ser vencida com a eleição de Lula em 2002, depois de um crescimento do progressismo através do movimento pelas Diretas Já, da Constituição de 88 e do crescimento eleitoral dos partidos mais progressistas.
Chegamos a 2014, quando o conservadorismo apresenta um candidato sedutor, com boa lábia, talvez até simpático pessoalmente, mas que traz a carga da história às suas costas, com décadas sendo um elemento central no espectro mais conservador da política brasileira. Aécio foi presidente da Câmara de Deputados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, na coalizão conservadora liderada pelo PSDB que governou o Brasil entre 1995 e 2002. Em 1994, o presidente Itamar Franco havia implementado o Plano Real, que estava controlando a inflação, e como Fernando Henrique Cardoso era ministro de Economia de Itamar, acabou surfando no fim da inflação e se elegendo presidente em 1994. De 1995 a 2002, apesar da inflação ficar controlada, o país assistiu ao aumento vigoroso do desemprego, com a venda a preços baixíssimos de inúmeras empresas estatais, inclusive de grande parte das ações da Petrobras. Do ponto de vista da redução da pobreza, o país caminhava lentamente, endividando-se exponencialmente em relação ao PIB e tendo que apelar a um empréstimo de grande valor do Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu fortemente de maneira temporária a liberdade do Brasil para escolher sua política econômica.
Quando Lula venceu as eleições em 2002, iniciou um extraordinário esforço de comércio exterior, multiplicando nosso saldo comercial e reconquistando aos poucos a nossa liberdade para decidir nossa política econômica, ao devolver ao FMI o dinheiro que este havia emprestado. Ao mesmo tempo, o governo Lula colocou o Estado para aliviar o sofrimento de dezenas de milhões de pessoas que não tinham o suficiente para comer e viviam na miséria, enquanto diminuía o desemprego e aumentava o salário mínimo. A Petrobras aumentou exponencialmente de valor e a Caixa Econômica Federal passou a permitir a muito mais brasileiros e brasileiras ter uma casa própria, pois o volume de empréstimos habitacionais também se multiplicou. Um turbilhão de ascensão social tomou conta do Brasil, elevando para a classe média 40 milhões de pessoas, tirando o Brasil do mapa mundial da fome e tornando nosso país uma esperança para o mundo, que sofreu com a crise econômica mundial de 2008 e olhava para o Brasil tentando entender como nosso país passou pela crise gerando empregos e distribuindo renda.
O governo Dilma manteve a coalizão política e os princípios norteadores progressistas do governo Lula, com o aprofundamento da redução da miséria e da redução do desemprego, e a continuação do aumento da renda das famílias, mesmo com o crescimento do PIB sendo atingido pela maior crise econômica mundial em mais de 80 anos. Com Dilma, o Brasil protegeu a liberdade na Internet aprovando um marco legal para o setor que abre caminho para que o mundo crie instituições democráticas para gerir a Internet, para que ela não continue basicamente sendo gerida pelos Estados Unidos e alguns países próximos. Com Dilma, a Petrobras começou a gerar bilhões, que se tornarão trilhões de reais, para que o Estado democrático brasileiro possa investir naquilo que a sociedade ainda não consegue fazer sem ele, que é garantir o acesso a todos ao conhecimento em escolas e universidades, um atendimento à saúde para todos de boa qualidade, empréstimos para compra de casas e apartamentos, avanços na ciência e tecnologia, assistência emergencial a quem estiver na miséria e não tiver o que comer, crédito e seguro para a produção agrícola, policiamento e segurança pública, proteção do meio ambiente e tantas outras áreas.
Nossa democracia nos dá a maravilhosa possibilidade de somente eleger uma presidenta ou um presidente se esta ou este tiver mais de 50% dos votos, diferentemente de muitos outros países em que os sistemas políticos permitem que um chefe de governo chegue ao poder com 35% ou 40% dos votos. Assim, Dilma e Aécio disputarão essa maioria. O progressismo e o conservadorismo disputarão aos olhos da história, e os olhos da história somos nós. Junte-se à jornada daqueles que acreditam na Humanidade. Vamos progressismo! Vamos Dilma! 
Fonte: CULTURAPOLÍTICA.INFO
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O excelente texto acima segue os assuntos abordados pelos palestrantes do PAPIRO, neste período eleitoral.
Como é do conhecimento  do caro leitor, O PAPIRO, além de suas postagens diárias, vem realizando quase que diariamente um ciclo de palestras sobre os principais temas da atualidade e, claro, focando assuntos relativos as eleições.
As palestras acontecem logo após o programa da TV brasil, Brasil Caipira,  por volta das 19 horas e podem ser assistidas, em tempo real , pela internete.
No assunto de ontem , 8 de outubro, o palestrante do PAPIRO abordou a questão Progressismo X Conservadorismo, em sintonia com o texto  acima.
O PAPIRO vem convidando para as palestras  profissionais de várias  áreas do conhecimento e reconhecidamente pessoas de notório saber. 
A próxima palestra está prevista para sexta-feira, dia 10 de outubro.

Se você deseja impedir o retorno do conservadorismo, entre nessa onda.
levante (1)Nós somos mulheres e homens que acreditamos que só a luta muda a vida. Por isso, sempre estivemos nas batalhas por justiça social e direitos humanos. Pelos direitos das mulheres, pelas causas LGBT, contra a discriminação de negras e negros, enfrentamos patrões em greves por salários, lutamos contra grileiros no campo, defendemos o Marco Civil da Internet e a liberdade pelo conhecimento, queremos a democratização da mídia, fazemos cultura nas periferias e grotões, defendemos a integração da América Latina, a regulamentação das terras indígenas e somos contra a violência policial e o massacre de jovens negros e pobres da periferia. Somos muitas, somos muitos. Somos plurais e diversos.
Não temos ilusão com o nosso atual sistema de representação política e por isso defendemos a sua reforma em uma constituinte popular exclusiva e soberana. Também sabemos das dificuldades que temos para ampliar conquistas numa sociedade pautada pelo poder dos lobbys e do dinheiro. Mas também temos convicção que o avanço do conservadorismo é um risco para os movimentos sociais e para as lutas das trabalhadoras e dos trabalhadores. E por isso vamos ter lado nesta eleição.
Somos contra Aécio Neves. Somos contra a volta do PSDB ao governo federal por tudo que sua política neoliberal e anti-direitos representa. Seus principais líderes têm defendido, entre outras coisas, a redução da idade penal,a criminalização de movimentos sociais, a censura a blogueiras, blogueiros e veículos de comunicação, a perseguição a ativistas, propostas privatizantes, políticas internacionais contrárias a países da África e da América do Sul e subalterna aos interesses dos EUA e redução de direitos trabalhistas.
Não há como não ter posição num momento tão delicado como este da história do país e do mundo. Num momento de crise internacional, não só econômica, mas também de valores. Há por todas as partes o avanço de uma direita que não se constrange em violentar direitos humanos e democráticos. E no Brasil essa direita defende a candidatura de Aécio Neves.
Por isso somos Dilma. Muitos de nós estivemos com outras candidaturas no primeiro turno. Mas sabemos que num segundo turno a disputa não tem meio termo. Ou se está de um lado ou de outro. E nós, mesmo podendo ter críticas sérias ao atual governo, não abrimos mão de oferecer nossa história e nossa militância para o lado que tem compromissos muito mais sólidos com o campo progressista e os movimentos sociais.
Nosso levante das cores quer fazer brotar das ruas e das redes a resistência. Vamos nos dedicar nesses últimos dias e a partir de São Paulo, onde houve um grande avanço do conservadorismo no primeiro turno, a organizar um grande movimento para impedir o retrocesso no Brasil. Com Aécio o Brasil vai ser bem pior. E nós vamos nos organizar e trabalhar o quanto for preciso para que isso não aconteça.
Vamos ao Largo do Arouche, neste sábado, a partir das 15h, organizar nossa ação.
Somos muitos e muitas e sabemos da responsabilidade que temos!
PS: Como pessoa física estou contribuindo na organização deste ato e como organização a Fórum também está apoiando-o, como várias outras entidades e pessoas físicas.Até o final da tarde de hoje teremos uma lista para divulgação. Mas já adianto que a professora Marilena Chaui acaba de confirmar por e-mail que vai estar lá para dar uma aula pública. A resistência começa a se organizar em São Paulo e não apenar para disputar o voto, mas para reagir ao conservadorismo.
Fonte: Blog do Rovai

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O imortal tresloucado e o junho de 2013

"Parece que junho de 2013 não aconteceu", diz especialista

Mídia Ninja
Após virada conservadora nas eleições, diretor do Inesc, José Antonio Moroni, teme estagnação da luta por direitos com ascensão conservadora no Congresso e vê mobilização como essencial para avançar nas pautas sociais
07/10/2014
Integrante do colegiado de gestão do Instituto de Estudo Econômicos e Sociais (Inesc), José Antonio Moroni avalia que as manifestações de junho de 2013 tiveram pouquíssimo impacto no processo eleitoral, já que as candidaturas que pautavam reformas sociais e democráticas não foram eleitas. O especialista vê com pessimismo a ascensão conservadora no Congresso Nacional e teme estagnação na luta pela conquista de direitos.
“Em relação às eleições, parece que junho de 2013 não aconteceu. As manifestações tiveram pouco impacto no processo eleitoral. Isso porque, ou nosso sistema político é tão rígido que é impermeável a qualquer tipo de manifestação popular, ou por que foi um momento conjuntural que não tinha uma agenda política clara e não foi capaz de tensionar o sistema político”, diz.
A maior prova disso, para Moroni, é que as candidaturas mais progressistas, que pautavam reformas sociais, políticas e democráticas, e que tentaram dar voz as insatisfações da população saíram enfraquecidas do processo eleitoral. “As forças políticas que teriam mais condições de dialogar com o processo de junho de 2013 não saíram fortalecidas. As pautas extremamente conservadoras foram reforçadas. O Congresso do ano que vem será mais conservador que o de hoje e assim conseguirá dar menos respostas às demandas de junho. Cristalizou o velho, no pior sentido da palavra.”
Um dos questionamentos dos protestos, por exemplo, era a fragmentação do sistema político, com um número alto de partidos: 33 ao todo. No entanto, em 2015, o Congresso Nacional saltará dos atuais 22 partidos com representação para 28, em geral os mais ligados às oligarquias políticas, como observa Moroni.
“A governabilidade fica muito mais difícil com mais fragmentação, sem força hegemônica. A tendência vai ser de não enfrentar questões mais progressistas a não ser que tenhamos mobilização para enfrentar o Congresso”, diz. “Isso é reflexo da estratégia do PT de não ter enfrentado as reformas estruturais necessárias, como a reforma política, a democratização da mídia e a formação política da sociedade.”
No pleito eleitoral decidido ontem (5), parlamentares conservadores avançaram de maneira representativa no Legislativo federal. A bancada do PSDB na Câmara ganhou 11 cadeiras, passando de 44 para 55, um crescimento de 25%. Já a bancada do PT perdeu 20% dos deputados, passando de 88 para 70. Apesar disso, a ala petista ainda continua a maior.
No Senado, que renovou um terço da Casa, cinco dos novos 27 parlamentares são do PMDB. O PSDB e o PDT têm quatro cada, o PSB elegeu três, mesmo número do DEM, enquanto PT, PTB e PSD conseguiram eleger dois cada. PR e PP fizeram um. A maior bancada a partir de 2015 será a do PMDB, com 19. Em seguida, ficam o PT, com 13, e o PSDB, com 10.
Para o especialista, o segundo turno das eleições presidenciais tende a ser mais conservador do que o primeiro, porque tanto Aécio como Dilma vão disputar o eleitorado mais reacionário. “Independente disso, todos os direitos que avançamos na Constituinte de 1988 estarão ameaçados, seja a reforma da previdência ou a saúde e a educação pública, por exemplo. Acho que se apresenta uma conjuntura de restrições de direitos por causa do avanço conservador.”
“O conservadorismo se caracteriza por querer manter as estruturas da sociedade como estão, baseadas na desigualdade de gênero, de raça, de orientação sexual e, sobretudo, de renda. É não mexer nos mecanismos de concentração da riqueza. Os conservadores aceitaram, até certo ponto, alguma distribuição, como o Bolsa Família, contanto que não mexesse na estrutura dessa sociedade desigual”, analisa. “Com o fortalecimento desse ponto de vista nas eleições, a tendência não é só barrar qualquer avanço, mas retroceder, atacando a pauta de direitos sociais e trabalhistas, e fortalecendo o setor privado, que financia as campanhas.”
Fonte: BRASIL DE FATO
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Mais uma vez junho de 2013 está na berlinda.
Até hoje não se conseguiu um consenso sobre o que teria motivado as manifestações do ano passado.
Não foram organizadas por partidos políticos, por sindicatos, ou por qualquer organização representativa de setores da sociedade.
A multidão rejeitou os políticos - sem exceção -, os governos, a mídia, os partidos e , em sua maioria, exigiu serviços públicos de qualidade.
Sem governos, sem partidos  políticos e sem mídia  fica difícil.
O que se conclui dai, que a multidão está insatisfeita com os governos (todos os governos ), com os partidos políticos  ( todos os partidos ) , com a mídia ( toda a mídia tradicional )  e atribui a essas instituições  a baixa qualidade do serviços prestados.
O foco dos manifestantes estava nos serviços essenciais, transporte, saúde e educação públicas e, em menor escala , segurança pública. Alguns também protestaram contra a ...corrupção e também pediram mais democracia  
Nenhum manifestante protestou contra a falta de emprego, contra recessão econômica, contra a falta de oportunidades- como acesso a universidades e  ensino técnico, trabalho, emprego- contra investimentos do governo em infraestrutura  -portos, aeroportos, energia, rodovias, hidrovias - contra o déficit de moradias, contra a falta de crédito para aquisição de bens de consumo, contra políticas públicas para redução da pobreza e da miséria e outros temas não menos importantes.
Veja, caro leitor, que ao redor do mundo que segue os preceitos macroeconomicos do neoliberalismo, as multidões que foram às ruas , o fizeram para protestar contra tudo aquilo que por aqui no Brasil não se protestou. Foi assim na Espanha, nos EUA, em Portugal, na França, na Itália, na Irlanda , na Islândia, na Inglaterra e outros.
E porque aconteceu dessa forma aqui no Brasil, deve o caro e atento leitor estar se perguntando.
Por que aquilo pelo qual  se protestou na maioria dos países, no Brasil  a população é plenamente atendida pelas políticas do governo federal .
E então porque a multidão foi às ruas por aqui com toda aquela força ?
Difícil explicitar um só motivo, foram vários.
Primeiro o movimento de protestos  é mundial, e chegou a nossa vez.
Segundo deve-se a pauta da mídia dominante. Tudo aquilo pelo qual  que se reivindicou nas manifestações, faz parte da agenda diária dos meios de comunicação dominantes como uma estratégia de atacar e fazer sangrar o governo federal. A pauta de assuntos para protestos na maioria dos outros países, não aparece com frequência na mídia dominante aqui do Brasil, pelo motivo que são ações bem sucedidas do governo federal para a população.
De uma forma ou de outra, as reivindicações de junho de 2013, tem um viés progressista, que historicamente não são atendidos ou priorizados pelos partidos políticos  de centro  ou de direita.
No campo da direita, onde se situa a velha mídia e a candidatura de Aécio Neves, a educação , a saúde e  os transportes devem ser da esfera da inciativa privada, já que na ideologia de direita esses serviços são considerados como mercadorias e logo devem priorizar , em primeiro lugar, o lucro dos empresários, e não a necessidades básicas da população.
Nos governos do PSDB, e o caro leitor  tem vários exemplos na esfera estadual ou federal, esses serviços públicos  são de péssima qualidade, comparados com serviços prestados por governos a esquerda. Um bom exemplo é a expansão do metrô de São Paulo nos governos do PSDB  que  anda a passos de cágado, justo em uma cidade que agoniza nas questões de mobilidade e que o investimento na expansão do metrô deveria ser de prioridade máxima. E o que dizer do esfacelamento da USP, orgulho de todo brasileiro como um centro de excelência no ensino, que  nos governos do PSDB vem caindo cada vez mais  no ranking das melhores universidades publicas do mundo.
Por aí, reside toda a incongruência da multidão de junho de 2013 e o resultado das eleições do primeiro turno.
Um congresso nacional com um viés mais conservador, a direita, o que significa dizer menores possibilidades de atendimento as pautas do povo no tocante aos serviços públicos de qualidade, já que o conservadorismo, a direita, prioriza a privatização de todos os serviços públicos e a privatização de  empresas estatais.
Em meio a tudo isso , o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e imortal da academia brasileira de letras, vem a público atacar e xingar uma grande parcela da população brasileira, principalmente do Norte e Nordeste do país - mas não  apenas nessas regiões brasileiras - acusando cidadãos de ignorantes , desinformados e que não sabem votar, isso porque , segundo FHC , esses "ignorantes" votaram na candidata Dilma.
Ora, o caro e  inteligente leitor sabe, que 1/3 da população brasileira é de esquerda, 1/3 é de direita e 1/3 flutua entre a esquerda e a direita dependendo das eleições.
Com base na realidade dos fatos descritos neste artigo, FHC não está de todo errado em sua afirmação tresloucada, já que o  1/3 que oscila nas eleições esteve nas ruas em junho de 2013,  surpreendentemente votou no candidato Aécio e reelegeu um governador do PSDB de São Paulo -  que está há vinte anos no poder - que vem contribuindo para o empobrecimento do maior estado do país e ainda pode levar a população à um caos total com a escassez de água, fruto de incompetência no planejamento hídrico para o estado.
A declaração de FHC, que  tem amplo apoio da velha mídia no tocante a divulgação e a repercussão,  foi um tiro no próprio pé e certamente trará prejuízos gigantescos para a candidatura de Aécio Neves, já que em um primeiro momento e por alguns dias o preconceito  transborda e se espalha, porém, como é da característica  da sociedade brasileira - algo que como sociólogo FHC deveria saber - esse sentimento reflui, gerando um outro forte sentimento de repulsa e rejeição contra todo tipo de práticas discriminatórias.
De um sociólogo e imortal da ABL, espera-se mais que manifestações  e declarações contaminadas por um profundo emocionalismo.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Cadê a segunda via ?

Como todo brasileiro fala sobre política nos dias atuais, vou na contra corrente, sempre remando contra a maré já que se exercitar faz bem  a saúde.

O que tem de gente dando explicações sobre tudo  não está no gibi.

Todo mundo explica tudo e no frigir dos ovos ,ninguém sabe o que está acontecendo, logo, também vou dar meus palpites.

A melhor de todas veio dos institutos de pesquisa de opinião, que atribuíram ao eleitor a culpa pelos erros grotescos que os institutos cometeram nesta eleição.

A outra pérola veio do candidato Aécio, na excitação pela conquista de uma vaga no segundo turno:
" a soma dos votos de todos os eleitores que não votaram no PT, significa que a maioria do povo brasileiro não quer o PT no governo"

A declaração do candidato playboy das Minas Gerais, também poderia ser assim:
" a soma dos votos de todos os eleitores que não votaram no PSDB, significa que a maioria do povo brasileiro não quer o PSDB no governo"

A pérola do playboy foi amplamente reproduzida pela velha imprensa, em uma campanha clara e explícita de se criar um clima anti-PT no país.
Isso é desinformação e manipulação. 
Porém, como disse ao caro e atento leitor,não vou escrever , hoje, sobre eleições e política.
Vou relatar um acontecimento comum nas grandes cidades brasileiras:

"um carro  com pneus carecas que trafegava por uma avenida  importante do centro de uma grande cidade brasileira, teve um dos pneus furado repentinamente. O motorista perdeu a direção do veículo que parou ao bater em um poste . O motorista teve ferimentos  leves, porém a batida causou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para grande parte de estabelecimentos  comercias do entorno do acidente. Na batida o carro ficou em uma posição que causou um gigantesco congestionamento por toda a cidade."

Certamente o leitor já teve conhecimento de casos  como esse, comuns no dia a dia das cidades.

Agora vejamos as notícias dos principais veículos da velha mídia:

" cidade vive mais um dia de grande  congestionamento"
" prefeito culpa acidente por mais um dia de transtorno para a população"
" comércio fica 12 horas  sem energia e tem grande prejuízo"

O leitor percebe que  as notícias dos principais veículos de mídia  colocam o foco no Prefeito, na defesa dos estabelecimentos comerciais,  e na interrupção do fluxo dos automóveis.
Verifica-se um viés político e econômico, quando de fato a realidade foi bem diferente.
O veículo  causou o acidente porque circulava com os pneus desgastados, o que não é permitido, porém acontece todos os dias. 
É de responsabilidade dos órgãos de fiscalização  do estado garantir que veículos não circulem em condições impróprias.

Ocorre que os principais veículos de mídia são aliados  políticos do governo do estado e adversários do Prefeito da cidade.
As três manchetes dos três principais  veículos de mídia são verdadeiras, no entanto tem seu viés político.
Até ai nada de errado, já que os veículos de mídia  também tem seu lado político, entretanto os três veículos se apresentam para a população como neutros politicamente, o que não é verdade e que  ainda  configura uma maneira de enganar e manipular a informação para a maioria  da população, já que as três mídias controlam a informação na maioria do território nacional.

Agora veja manchetes de mídias menores, de pouco alcance nacional:

" acidente que parou a cidade  tem como causa a ineficácia dos órgãos de fiscalização"
" veículo em péssimo estado de conservação causa acidente e para a cidade"
" mobilidade na cidade deve priorizar o transporte coletivo"
" excesso de automóveis na cidade prejudica o trânsito"
" prefeito vai investir na construção de ciclovias"

Nas mídia menores, as manchetes também tem seu viés político e também são verdadeiras.
Muitas dessas mídia informam aos seus leitores sua orientação política e , nem por causa disso, as manchetes deixam de ser verdadeiras.
Ocorre que as mídias menores não tem alcance nacional, como acontece com as três grande mídias que basicamente controlam a informação no país.
Ainda a título de exemplo, leia abaixo, um excerto de um artigo de hoje  publicado no OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA:


As sandálias da humildade
Neste momento de transição entre os dois turnos da eleição presidencial, por exemplo, os jornais tentam empurrar para a opinião do público a tese de que todos os votos destinados a Aécio Neves e Marina Silva retratam um desejo majoritário de mudança. Então, nos editoriais e nos artigos de seus colunistas mais engajados, dá-se uma nova definição para essa suposta manifestação dos eleitores, com o intuito de nominar o candidato que seria o depositário desse desejo.
Essa manipulação fica mais clara após a declaração explícita de apoio a Aécio Neves feita pelo jornal O Estado de S.Paulo. Para o leitor típico do tradicional diário paulista, não há estranheza: quem lê o Estado não apenas espera que ele se declare contra o governo do PT, mas se regozija com cada linha que reafirma essa orientação ideológica.
O jornal é conservador desde sempre, produz e realimenta uma visão de mundo típica da elite paulista, e não há mal nenhum nisso. O problema está em fingir-se uma expressão da vontade popular, coisa que nenhum dos grandes diários representa.
Isso transparece quando a imprensa alimenta preconceitos para obter certos efeitos eleitorais. Por exemplo, o debate sobre a redução da maioridade penal é impactado por um assalto ocorrido na Universidade de São Paulo, do qual participou um menino de nove anos de idade. Seria o caso de os jornais questionarem: “Então, a maioridade penal deve começar aos sete ou aos oito anos?” Não. Quando a realidade desmoraliza a tese reacionária, os jornais deixam o assunto de lado.
As pesquisas são importantes para esse processo de manipulação – porque sinalizam temores, desejos e aspirações difusas, que são interpretados segundo o viés ideológico da imprensa. Essa agenda é trabalhada nas redações e devolvida ao público alguns dias antes de cada nova rodada de pesquisa de intenção de voto, de modo que o material colhido pelos institutos dá novo impulso a esse círculo vicioso de manipulações.
Quando os institutos de pesquisa calçam as sandálias da humildade e admitem que não perscrutam o futuro, mas tentam explicar o passado, as distorções ficam escancaradas.

Diante da realidade transparente, e como é bom vivenciá-la, o caro leitor já percebeu a importância de uma comunicação plural e democrática, assim como a necessidade de novas regras no campo da política, , incluindo as pesquisas de opinião de votos.

As pesquisas de opinião não podem ser usadas, como tem ocorrido, para induzir e conduzir o eleitor ao voto, em um sistema agregado ao controle da informação exercido pelos meios de comunicação.

A questão das pesquisas pode ser incluída em uma reforma política,onde novas regras devem ser criadas para elaboração e divulgação de pesquisas de intenção de votos, além claro, da reforma de partidos e a participação popular.

O sistema político brasileiro está defasado e o crime de boca de urna, hoje com as redes sociais, soa ridículo, já que o  eleitor na fila de votação conectado com seu tablete a internete, pode estar recebendo informações e propagandas sobre as eleições, dentro do estabelecimento de votação.

A outra reforma diz respeito aos meios de comunicação, a mídia.

As três mídias que controlam a informação no país , depois da reforma da mídia, continuarão com seu viés político e produzindo as mesmas informações que produzem hoje.

A diferença será no alcance dessas mídias, já que a reforma abrirá espaço para  que outras mídias -  mesmo com outros viés políticos , ou mesmos neutras , caso existam - possam se manifestar em condições equilibradas e democráticas para o conjunto da população brasileira, incluindo aí  aspectos de produções locais e regionais, além de produções culturais.
Isso significa fatiar o domínio da informação hoje existente.

As reformas da política e da mídia só poderão acontecer com uma vitória da candidata Dilma, já que o candidato Aécio é aliado dos meios de comunicação e deseja manter o status  quo , claro, já que se beneficia dos conteúdos produzidos pela velha mídia.

Uma outra questão relativa as manipulações midiáticas e a necessidade das reformas citadas, vem de declarações recentes na velha mídia sobre uma possível divisão no país.
Os principais "analistas" da velha mídia falam de um país dividido, o que não é verdade.

Os programas  de PT e PSDB, estão inseridos em um modelo macroeconômico idêntico, o liberalismo, estando o PT na centro esquerda e o PSDB na centro direita.

A divisão , citada erroneamente pela velha mídia, se dá na discussão se a refeição será com feijão preto ou feijão manteiga , e ainda tenta criar um clima de confronto entre PT e anti-PT, algo como um referendo, como se fosse de fato desejo da população.

Isso é péssimo para o convívio social.

A divisão do país alardeada pela velha mídia ainda  não chegou , mas pode vir mais rápido do que se imagina, considerando que quase 30% dos eleitores ou se abstiveram de votar ou votaram branco ou nulo.

Isso não significa dizer que esse percentual seja homogêneo nas motivações que conduziram ao não voto, porém, de certa forma, todos rejeitam o modelo existente, seja pelos políticos, seja pelo modelo econômico, ou outros.

No entanto, a velha mídia manipula mais uma vez a discussão, colocando toda a insatisfação do eleitor nos políticos, o  que não é verdade.

A mídia age assim para preservar o modelo econômico que apoia, não o colocando em discussão.

Essa polarização  em torno de um mesmo modelo é desejada pela velha mídia ,pelo conservadorismo e mesmo pelos partidos de centro esquerda, o que é péssimo , pois novas alternativas fora do neoliberalismo não tem espaço e, quando comentadas, são imediatamente tratadas como ilusões ou atos oriundos daqueles que ainda não perderam a inocência, passando para o população a inevitabilidade de mudança de modelo.

Por outro lado, os partidos políticos que tentam se apresentar com terceira via, que na realidade é a segunda via , não tem propostas claras e acabam por se inserir no mesmo modelo , como é o caso da candidatura de Marina.

Essa polarização centro esquerda com centro direita, reúne a maioria dos partidos políticos existentes, aliados de um lado ou de outro, o que não é muito diferente de republicanos  e democratas nos EUA.

Isso é péssimo, e romper com essa polarização se faz necessário.

O PAPIRO  se alinha com o campo da esquerda e com o ecossocialismo, que infelizmente ainda não se manifestou  através de partidos políticos.

Confesso que já estou de saco cheio de ficar apoiando um opção de centro esquerda inserida em   um modelo decadente, predatório , em crise agonizante pelo mundo e gerador de crises em todos os países, sendo que a crise comum em todos os povos, é a de expectativa para  com o futuro.
Na maioria do países existem crises de desemprego, recessão e de expectativa.
No Brasil do PT, a crise é apenas, o que não é pouco, de expectativa, não por acaso a população brasileira é considerada um das mais felizes no mundo atual.

O modelo econômico neoliberal não permite  antever um futuro saudável e tranquilo para os povos, e não é por acaso que as crises proliferam pelo mundo ceifando vidas.

Pior ainda, é ouvir dos candidatos da centro direita, como o  candidato Aécio, que se faz necessária a redução do estado brasileiro, citando como referência a Meca das políticas neoliberais , os EUA. 
Justo os EUA, que ainda respira por causa do  estado, o complexo industrial militar.
As guerras sem fim é que movem a economia dos EUA, para o bem ou para o mal.

Em meio a realidade ocultada e manipulada, a campanha se dá com acusações de corrupção ,como se o modelo mundial neoliberal não fosse  o maior incentivador dessas práticas, além de outras como recessões e desemprego, já que privilegia o parasitismo através de práticas especulativas que apenas favorecem os endinheirados pelo mundo.

Aí reside outra pequena diferença entre PT e PSDB.  
Enquanto os governos do PT reduzem a possibilidade de ganhos astronômicos da turma endinheirada - mas que mesmo assim ganham muito e  querem ganhar mais - o PSDB defende o ganho e a acumulação  sem limites para a turma do dinheiro, omitindo da população que para isso , a maioria do povo sofrerá com desemprego, crédito restrito e recessão.
Não por acaso, também, é chamado de arrocho.

Como disse no início ao caro leitor, não iria falar sobre política e eleições, e assim fiz, escrevendo esse artigo sobre mídias , manipulações, pesquisas e reformas.