quarta-feira, 16 de abril de 2014

Perfuração profunda e o petróleo

CPI contra a corrupção? É o pré-sal, estúpido!

publicada quarta-feira, 16/04/2014 às 00:14 e atualizada quarta-feira, 16/04/2014 às 00:14
Da Federação Única dos Trabalhadores-FUP
A cerrada campanha com que a mídia partidarizada vem sangrando a Petrobrás nas últimas semanas segue incólume, sem as devidas reações por parte dos gestores da empresa. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade. “É o pré-sal, estúpido!”, como diria o marqueteiro de Bill Clinton, que nas eleições norte-americanas de 1992, resumiu a vitória dos democratas com uma frase ácida que tornou-se célebre em todo o mundo: “É a economia, estúpido!”.
A última edição da revista Veja não deixa dúvidas sobre as reais intenções da campanha que tenta desmoralizar a gestão estatal da Petrobrás, visando sua privatização. “Como o PT está afundando a Petrobras” é a matéria de capa da  revista,  cuja linha editorial é claramente tucana. Detalhe: o presidente da editora Abril, Fábio Barbosa, foi conselheiro da Petrobrás entre 2003 e 2011 e um dos que mais defendeu na época a compra da refinaria de Pasadena.
O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o  principal articulador da campanha contra a Petrobrás, também reafirmou aos empresários paulistanos suas intenções em relação à empresa: “Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos”, declarou no dia 31 de março durante um almoço no Grupo de Líderes Empresariais.
Provável candidato tucano à Presidência da República, Aécio já havia defendido o regime de concessão para o pré-sal em outubro do ano passado, após o leilão de Libra. “A Petrobras não terá condições, sei lá, sequer de participar com os 40% devidos desse leilão de agora, como poderá pensar em participar daqui a dois anos, se fosse necessário, estratégico para o Brasil fazer outros leilões?”, discursou na época no Plenário do Senado.
FHC é outro tucano que voltou a defender publicamente as privatizações do seu governo. Em artigo recente, ele conclama a oposição a “tomar à unha o pião dos escândalos da Petrobras”, “reafirmando a urgência de mudar os critérios de governança das estatais”.
É por essas e outras que precisamos alertar a sociedade e o povo brasileiro para as reais intenções dos setores conservadores que atacam a Petrobrás, inclusive por dentro da empresa, tentando retomar a agenda neoliberal que nos anos 90 sucateou e privatizou parte considerável da estatal.  A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!
Fonte : ESCREVINHADOR
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O pré-sal do PT é uma revolução. Daí, a CPI

Até o Cromangnoli entende que vai precisar de outra barriga de aluguel​.
O ansioso blogueiro comoveu-se às lágrimas ao assistir a participação de ínclitos membros da Oposição na audiência da presidente Graça Foster, no Senado – clique aqui para ler “À luz do tempo”, a Tele Montecarlo também foi um bom negócio”.

Um, do Nordeste, é suspeito de receber propina na garagem de casa.

Outro, do Sudeste, de tomar empréstimo de um operador de empreitagens.

Do Norte inscreveu-se um que é do ramo do Carlinhos Cachoeira – e faz deste, em Goiás, um Congregado Mariano.

A fina flor da Ética – por falar nisso, clique aqui para ler “Dilma vai vetar ‘contrabando’ de Cunha para os Planos de Saúde.

Estavam todos ali movidos por interesses de curto prazo: aparecer no jornal nacional, cuja audiência desaba; arranjar uns votos para o Aécio, que rasgou a fantasia e vai entregar o pré-sal à Chevron; e instalar uma CPI para derrubar a Dilma.

Claro que, naquele melancólico desfile, destacaram-se os destemidos senadores do PT – com exceção de Alcides Diniz, do Acre -, que defenderam o Governo Dilma com menos entusiasmo com que defenderiam o Daniel Dantas.

(O ansioso blogueiro não assistiu à participação da Senadora Gleisi Hoffmann, mais corajosa que todos os do sexo masculino, naquela turma flácida.)

Mas, no subterrâneo, está um objetivo muito mais amplo, de geopolítica eleitoral, diria aquele colonista (*) do PiG (**), que um amigo do Mino Carta chama de “Cromangnoli”.

É não deixar o PT governar o Brasil quando o dinheiro do pré-sal começar a entrar na Educação e na Saúde.

Não se trata apenas de entregar o pré-sal à Chevron, como querem o Cerra, o genro e, pelo jeito, o Aécio.

É mais amplo e tem alcance maior.

A hegemonia trabalhista pode solidificar-se por um largo período, ainda, quando os investimentos maciços em Educação e Saúde amadurecerem.

Lula tomou a Petrobrax do Príncipe da Privataria, ao estabelecer o regime de partilha – “o que eles querem é acabar com a partilha”, disse ele aos blogueiros; refundou a Indústria Naval com a Dilma; e vai dar o salto, o salto do Deng na China: o da Educação e da Tecnologia, com o dinheiro do pré-sal.

É por isso que eles querem desmanchar a Petrobras.

Desacreditar a Dilma.

Voltar ao regime de concessão.

É mais do que entreguismo.

É impedir que um governo trabalhista mexa na estrutura geológica do Brasil, lá no fundo mais fundo que o pré-sal.

A estrutura da Educação.

Ainda mais que será por causa desse maldito metalúrgico, um Nunca Dantes qualquer !, que não tem título universitário, não fala inglês, e fez 14 universidades – e o Sociólogo, nenhuma.

(O Deng não falava inglês. O Mao também não.)

O dinheiro do pré-sal vai dar nova dimensão às reformas trabalhistas.

Com a vitória da Dilma em outubro, esse projeto se fortalece.

E o que será da Oposição ?

Ela não vai acabar, claro.

Mas, terá que arranjar outra barriga de aluguel.

A serventia do PSDB de São Paulo se terá concluído – ainda mais se perder em São Paulo e em Minas …

Os conservadores e a Globo vão ter que bater em outra porta.

Provavelmente a do Dudu.

Se o Dudu vencer em Pernambuco.

E se Mamãe deixar.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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 O politicídio contra o PT
 
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A ideia de que só existe uma coisa a fazer em termos de política econômica - ‘a coisa certa’ - é um daqueles mantras com os quais o conservadorismo elide as escolhas e conflitos inerentes à luta pelo desenvolvimento.

O ardil para desautorizar a discussão do que importa - desenvolvimento para quem, desenvolvimento para o quê e desenvolvimento como? - passa pela desqualificação moral do adversário.

A criminalização do agente contamina sua agenda.

O escritor e jornalista Bernardo Kucinski –autor do premiado ‘K’, romance apontado como uma das grandes vozes do ciclo ditatorial brasileiro-- resgata o termo ‘politicídio’ para expressar o espanto com o que se passa no país.

Politicídio, grosso modo, é o extermínio de uma comunidade política.

Kucinski enxerga uma mobilização em marcha para exterminar o PT da sociedade brasileira, a começar pela sua presença no imaginário da população.

A aspiração não é nova nas fileiras conservadoras. Em 2005, já se preconizava livrar o país ‘ dessa raça pelos próximos trinta anos’.

Jorge Bornhausen, autor da frase, reúne credenciais e determinação para levar adiante seu intento. Hoje ele os exercita na articulação da campanha de Eduardo Campos e Marina Silva.

A verdadeira novidade é a forma passiva como um pedaço da própria intelectualidade progressista passou a reagir diante dessa renovada determinação de exterminar o PT da vida política nacional.

Doze anos de presença do partido no aparelho de Estado, sem maioria no Congresso, por conta do estilhaçamento intrínseco ao sistema político , explicam um pedaço do desencanto.

O ex-ministro Franklin Martins, em entrevista nesta página, resumiu em uma frase a raiz da desilusão: ‘o PT elege o presidente da República há três eleições e não elege 20% dos deputados federais (...) Se não se resolver isso, teremos uma crise permanente e o discurso de que o Brasil não tem mesmo jeito só se fortalecerá’.

Coube a Maria Inês Nassif, em coluna também nesta página (‘Como um parlamentar adquire poder de chantagem?) debulhar o mecanismo através do qual o sistema de financiamento de campanha alimenta a chantagem do Congresso contra o Executivo e delega a “pessoas com tão pouco senso público credenciais para nomear ministros ou diretores de estatais”.

O politicídio contra o PT faz o resto ao descarregar nos erros do partido –que não são poucos-- a tragédia da democracia brasileira.

Uma inestimável contribuição à chacina foi providenciada pelas togas do STF ao sancionarem uma leitura rasa, indigente, das distorções implícitas à construção de maiorias parlamentares na esfera federal.

Espetar no coração do ex-ministro José Dirceu a indevida paternidade --‘chefe de quadrilha’-- pela teia que restringe a soberania do voto é o ponto alto da asfixia do esclarecimento pelo politicídio contra o PT.

O passo seguinte do roteiro conservador é estender a desqualificação do partido aos resultados do governo Dilma na economia.

A transfusão é indispensável para emprestar aromas de pertinência –‘fazer a coisa certa’-- ao lacto purga que o PSDB tem para oferecer às urnas de outubro: retomar aquilo que iniciou nos anos 90, o desmonte completo do Estado brasileiro.
A prostração de uma parte da intelectualidade progressista diante dessa manobra subtrai da sociedade uma de suas importantes sirenes de alerta quando a tempestade congestiona o horizonte.

Por trás das ideias, melhor dizendo, à frente delas, caminham os interesses.
Cortar a ‘gastança’, por exemplo, é a marca-fantasia que reveste a intenção de destroçar o pouco da capacidade de fazer política pública restaurada na última década.

Subjacente à panacéia do contracionismo-expansionista (destruir o Estado para a abrir espaço ao crescimento privado) existe um peculato histórico.

É justamente ele que está na origem de boa parte dos impasses enfrentados pelo desenvolvimento brasileiro nos dias que correm.

O principal déficit do país não é propriamente de natureza fiscal, como querem os contracionistas, mas um déficit de capacidade de coordenação do Estado sobre os mercados.

As empresas estatais, cujos projetos e orçamentos, permitiram durante décadas manter a taxa de investimento nacional acima dos 22%, em media, contra algo em torno de 18% atualmente, perderam o papel que desempenharam até a crise da dívida externa nos anos 80, como ferramenta indutora da economia.

Nos anos 90, o governo do PSDB promoveu sua liquidação.

Sem elas não há política keynesiana capaz de tanger o mercado a sair da morbidez rentista para o campo aberto do investimento produtivo.

Sobretudo, não há estabilidade de horizonte econômico que garanta a continuidade dos investimentos de longo prazo, aqueles que atravessam e modulam os picos de bonança e os ciclos de baixa.

O que sobra são espasmos e apelos bem intencionados, fornidos de concessões de crédito e renúncias fiscais, frequentemente respondidos de forma decepcionante por uma classe dominante que se comporta, toda ela, como capital estrangeiro dissociado do país.

Não há contradição em se ter equilíbrio em gastos correntes e uma carteira pesada de investimentos públicos, como faz a Petrobrás, que deve investir quase US$ 237 bilhões até 2017.

A cota de contribuição da estatal para mitigar as pressões inflacionárias decorrentes de choques externos --vender gasolina e diesel 20% abaixo do preço importado—não a impediu de fechar 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano, o dobro da média mundial do setor, o que a tornou campeã mundial no decisivo quesito da prospecção de novas reservas.

O conjunto explica o interesse conservador em destruir esse incomodo paradigma de eficiência estatal, antes que ele faça do pré-sal uma alavanca industrializante demolidora das teses dos livres mercados.

À falta de novas Petrobras –elas não nascem em gabinetes, mas nas ruas-- a coerência macroeconômica do desenvolvimento terá que ser buscada em um aprofundamento da democracia participativa no país.

A chegada do PT ao governo em plena era da supremacia das finanças desreguladas, deixou ao partido a tarefa de fazer da justiça social a nova fronteira da soberania no século XXI.

Essa compreensão renovada da âncora do desenvolvimento orientou prioridades, destinou crédito, criou demandas, gerou aspirações e alimenta as expectativas de uma fatia da população que compõe 53% do mercado de consumo do país.

Ficou muito difícil governar o Brasil em confronto com esse novo protagonista.

Daí o empenho em desqualificar seu criador.

E em desacreditar suas políticas e lideranças diante da criatura.

É o politicídio em marcha.

Se a construção de uma democracia social for entendida pelo PT –e pelos intelectuais progressistas que ora se dissociam de sua sorte-- como a derradeira chance de renovar o desenvolvimento e a sociedade, ficará muito difícil para o conservadorismo levar a cabo o politicídio.

A menos que queira transformá-lo em um democídio: um governo contra toda a nação.
Fonte: BLOG DO MIRO
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Algumas capas da revista veja














Assim como aconteceu em 2005, e principalmente nas eleições de 2006, o foco principal é atacar o partido ,no caso o PT .
Seus quadros vem a reboque dos ataques.
É o que vem acontecendo agora, demonstrar a incompetência do PT.
Em bloco, oposição e velha mídia repetem um mantra repleto de profundas superficialidades .
Na mída de globo, veja, folha, band e Sherazade, o que predomina  é um falatório alucinante, que pouco informa, mas que repete em palavras evocativas  o PT,, seus principais quadros e a Petrobras, o principal objeto de desejo da oposição visível e principálmente da oposição invisível.
Em paralelo, a propaganda eleitoral do PSDB derrama nas telas de TV um  pré candidato a presidência da república , Aécio Neves,com expressão ansiosa e apressada, quase saindo pela tela de TV, mas que certamente está desfrutando de uma oportunidade tão esperada para conversar com o eleitor e apresentar suas propostas  de governo.
E que propostas apresentou Aécio neste entrudo oposicionista de abril, certamente deve estar se perguntando o caro leitor.
Objetivamente, Aécio, descabelado, nada apresentou de relevante.
Procurou apenas atacar o PT, seguindo o enredo elaborado pela velha mídia.  
Partindo de um conceito equivocado e fictício, Aécio, o descabelado, diz que com ele o Brasil e a Petrobras tem jeito, sem dizer absolutamente nada sobre o que significa o jeito dos tucanos de governar
Ora, o caro e atento leitor sabe que os governos do PSDB, quando na presidência da república, foram um fracasso para o pais e para o povo brasileiro, marcando um período, os anos da década de 1990, como uma grande e escura noite de predomínio da agenda neoliberal. 
Qualquer comparação dos indicadores econômicos e socias com os governos do PT,  faz com que o livro do PSDB não passe da página dois.
O que se vê é apenas retórica, que também tem como foco a privatização da Petrobras, defendida pelo PSDB , em benefício de interesses estrangeiros nocivos ao projeto de desenvolvimento do país.

charge do PAPIRO  -  O Politicídio

                                                                                                                                                       

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A guerra está apenas começando

Milenarismo eleitoral: Revista da família Marinho vê Brasil sob tempestade de granizo, pestes, trevas e mortandade

publicado em 13 de abril de 2014 às 20:24


Um clima de desencanto se espalhou pelo país com a enxurrada de más notícias que se abatem sobre o país, como as pragas do Egito. Alta na inflação, falta d’água, risco de apagão, atraso nas obras da Copa, intervenção na Olimpíada, corrupção na Petrobras e em tantas outras esferas de governo – a situação realmente não está fácil.
         de Hélio Gurovitz, em editorial da revista Época
As dez pragas do Egito, segundo a Wikipedia: conversão de águas em sangue, invasão de rãs, piolhos e moscas, doenças nos animais, úlceras e tempestade de granizo, nuvens de gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos. 
Da Pesquisa Indicadores de Progresso Social 2014:
Impressionante os Estados Unidos, com um PIB quatro vezes e meia maior do que o Brasil, terem um indicador de saúde e de bem estar (esperança de vida, morte por doenças entre 30 e 70, taxas de obesidade, mortes por poluição do ar, taxa de suicídios) significativamente pior do que o Brasil. Situação pior ainda em sustentabilidade, devido em particular à massa de emissões de gases de efeito de estufa, uso da água além das reservas e redução de biodiversidade e habitat natural. A Argentina, aliás, fica pior ainda neste quesito. Os itens críticos para o Brasil, naturalmente, são os de segurança, com 37,50 pontos, e de acesso à educação superior, com 38,09 pontos.  Na análise dos autores, “entre os países dos BRICS, o Brasil apresenta o perfil de progresso social mais forte e mais “equilibrado”. Apresenta alguma fraqueza em Necessidades Humanas Básicas (puxada pelo score muito baixo de 37,50 para Segurança Pessoal), mas apresenta uma performance consistentemente boa em todos os componentes tanto dos Fundamentos de Bem Estar como de Oportunidades, com exceção de Educação Superior (38,09, 76º).” Comparando com o conjunto dos BRICS, o relatório considera que “quatro dos cinco BRICS fazem parte do quarto nível, inclusive Brasil 46º com um score de 69,97, África do Sul 69º com 62,96, Rússia 80º com 60,79, e China 90º com 58,67. A Índia fica fora dos 100 primeiros em termos de progresso social, com um score mal superando 50. Os países da América latina estão bem representados no quarto grupo. Argentina 42º, Brasil 46º, e Colômbia, México e Peru colocados nos lugares 52º, 54º e 55º respectivamente”.
Dilemas da mídia na democracia
O dilema, na democracia, não é entre uma imprensa calada ou essa que temos. Uma imprensa monopolizada por algumas famílias, que atua como um partido político.
por Emir Sader em 07/04/2014 às 06:22, na Carta Maior
A Presidente Dilma Rousseff costuma dizer que “prefere a imprensa barulhenta que calada”. Só que esse dilema se colocava na ditadura, quando a imprensa podia ser calada pela ditadura e era preferível que, qualquer que fosse sua orientação, permanecesse livre para expressá-la.
Na democracia as opções são outras. Ninguem quer calar a imprensa. Essa é a versão que ela busca dar das propostas de democratização dos meios de comunicação. Estas, ao contrário, não querem que ninguém deixe de falar, mas que muito mais gente, oxalá todos, possam se expressar.
O dilema, na democracia, não é, então, entre uma imprensa calada ou essa que temos. Uma imprensa monopolizada por algumas famílias, que define o que diz, como, quando, que pretende ser o partido de oposição, que distorce e/ou esconde a verdade. Uma imprensa financiada pelas agências de publicidade e, através destas, pelas grandes empresas, que colocam publicidade e, por meio delas, condicionam o funcionamento da imprensa.
Uma imprensa que escolhe quem vai escrever, como e quando, alinhando-se abertamente – conforme confissão explicita disso – como partido politico da oposição. Uma imprensa que, apenas dos índices econômicos revelarem o oposto: a economia cresce, aumenta o nível de emprego, os salários sobem acima da inflação, a inflação está controlada – cria um clima de incerteza, de preocupação, de insegurança, que por sua vez, se reflete em pesquisas manipuladas. Essa a imprensa que temos hoje, que condiciona as chamadas “agências de risco”, que pressiona sistematicamente o governo pelo aumento da taxa de juros, que representa não a população, mas o capital financeiro.
A alternativa a essa mídia antidemocrática não é calá-la. É democratizar a formação da opinião publica, limitando o poder monopolista dos meios atuais, abrindo canais alternativos da mídia – TV, rádio, jornais, internet. Ao não avançar em nada nessa direção, o governo é vitima da monopolização antidemocrática da mídia.
A mídia criou um clima de “terrorismo econômico”. E no marco de um modelo hegemonizado pelo capital especulativo, sumamente volátil e sensível a movimentos bruscos, esse clima tem efeito, aqui e lá fora. E o governo assiste impassível a essas manobras que anulam as tentativas do governo de canalizar recursos para os investimentos produtivos. O governo reage defensivamente, aumentando sucessivamente a taxa de juros diante do fantasma artificialmente construído do risco inflacionário. Reage exatamente como os especuladores e seus ventríloquos na mídia desejam – aumentando as tendências recessivas, pela atração dos capitais para a especulação.
Os boatos, o pânico forjado, o terrorismo da inflação, ao não ter respostas politicas, se tornam forças materiais e as auto profecias se cumprem, deixando o governo em um circulo vicioso. Sem democratização dos meios de comunicação, quebrando essa cadeia antidemocrática e especulativa, nem sequer a retomada do crescimento econômico será possível e sustentável. O dilema da mídia na democracia não é entre mídia monopolista ou silêncio, mas entre terrorismo econômico da ditadura midiática ou democratização dos meios de comunicação.
Fonte: VIOMUNDO
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Dois telespectadores que se espantaram com o Jornal Nacional

publicado em 12 de abril de 2014 às 19:51


do Muda Mais
2 DE ABRIL DE 2014
ERRARAM
Plim plim: dois pesos, duas medidas
O equilíbrio é um princípio importante para o bom jornalismo. Especialmente quando está baseado em critérios objetivos e pode, de alguma forma, ser verificado. Junto à busca pela verdade e à pluralidade de opiniões, ele forja os princípios da atividade jornalística moderna.
Se você tem a impressão de que este equilíbrio é muitas vezes colocado de lado na cobertura dos casos mais rumorosos da política nacional, você está certo. O Muda Mais fez os cálculos do noticiário do Jornal Nacional sobre as denúncias de formação de cartel e pagamento de propinas no Metrô de São Paulo e os comparou com a cobertura da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás. Resultado: a média de exposição diária do caso Petrobrás é nada menos do que 13 vezes maior do que o caso Alstom/Metrô de SP.
Entre 7 de novembro de 2013 e 25 de março último, ou seja, em 130 edições do JN, as denúncias e investigações sobre corrupção no Metrô de SP ocuparam cerca de 77 minutos do telejornal. Foram divulgadas 23 matérias. A mais longa teve 8 minutos e 15 segundos. Cinco delas duraram menos de 1 minuto. Em todas, o assunto era bem ponderado. Todos os acusados tinham direito de resposta para rebater as acusações. E todos, claro, refutaram. As expressões usadas nos textos das reportagem também são bem suaves. Para o Jornal Nacional, não há quadrilha, mas um “suposto cartel”. E não há acusados, mas suspeitos.
Em comparação, desde que o caso Petrobras/Pasadena eclodiu, há 11 dias, o Jornal Nacional dedicou a ele 64,5 minutos de cobertura. Foram 10 matérias, três delas com pelo menos 10 minutos cada. Nenhuma com menos de 3 minutos. E em todas não há suspeitos, mas acusados. E não há supostas questões contratuais no processo de aquisição da refinaria, mas irregularidades na compra da refinaria.
Vale a pena destrinchar os dados relativos às exposições dos dois casos no telejornal – que vai ao ar de segunda a sábado. Desde que surgiram as primeiras denúncias do caso do Metrô de São Paulo, os telespectadores ouviram “boa noite” da bancada do JN cerca de 130 vezes. Durante cinco meses completos, o tema foi abordado em 23 edições. Por outro lado, em apenas 11 dias – ou seja, 10 edições, excluindo-se o domingo – o caso Petrobras foi abordado em todas as oportunidades, ininterruptamente.
Portanto, se dividirmos o tempo total de exposição de cada um dos temas pelo número de edições que foram ao ar do telejornal desde a primeira aparição deles no noticiário, teremos algo curioso. Para o Metrô de São Paulo, nas 130 edições, houve 77 minutos de cobertura, ou seja, uma média de exposição diária de 35 segundos. Já o caso Petrobras chegou ao horário nobre da TV Globo por 64,5 minutos nas 10 edições, o equivalente a uma média de 6 minutos e 30 segundos de exposição diária. Os cálculos apontam para uma cobertura, proporcionalmente, 13 vezes maior do caso Petobrás em comparação ao do Metrô.
É compreensível que, em 130 edições, a temática acabe por se diluir e, portanto, apareça menos frequentemente ao longo do tempo. Chama a atenção, no entanto, que em apenas 10 edições, o caso Petrobras já tenha um tempo de exposição tão próximo ao caso do Metrô.
O tratamento desproporcional dado pelo Jornal Nacional a temas ligados ao PSDB e ao PT, ou, se você preferir, ao governo federal e ao governo do estado de São Paulo, não é propriamente uma novidade. Mas é sempre bom ir para a prancheta e colocar os pingos nos is. Se “ouvir os dois lados” é um princípio do bom jornalismo, que nome se dá quando eles são tratados com dois pesos e duas medidas?
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A resposta da Globo a Dilma
Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania, em 14.02.2014
A coluna da jornalista Monica Bergamo na Folha de São Paulo da última quinta-feira feira (10) deu uma informação algo surpreendente: na segunda-feira (8), a presidente Dilma Rousseff recebeu o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, que foi a ela com pleitos sobre a suposta interferência da rede de telefonia celular 4G na transmissão de tevê digital.
Segundo a jornalista em questão, Dilma teria manifestado a Marinho desconforto com o noticiário da Globo contra o governo federal. A matéria, tal como foi veiculada na coluna de Bergamo, deixa entender que a presidente teria, de alguma forma, vinculado o atendimento do pleito do barão da mídia a maior comedimento no partidarismo político da Globo.
Não se sabe se houve mesmo algo nesse sentido, mas não parece verossímil que Dilma propusesse tal barganha. O mais provável é que ela apenas tenha aproveitado a oportunidade, mas sem proposição de qualquer troca de favores. Até porque, para os barões da mídia seria uma troca muito aquém de suas pretensões hegemônicas.
Seja como for, Dilma teria ponderado com Marinho que sua emissora vem “carregando nas tintas” do noticiário contra o governo federal, e não só no caso Petrobrás. O Jornal Nacional da mesma terça-feira em que o vice-presidente da Globo e a presidente da República se encontraram teve 16 minutos de pancadaria contra o governo.
O telejornal em questão tem duração de pouco mais de 30 minutos. Ou seja: a Globo gastou metade de seu principal telejornal para atacar o governo com atraso nas obras da Copa, críticas à economia e, claro, com ataques à Petrobrás.
Naquele mesmo dia, enquanto Dilma e Marinho se encontravam, Lula dava entrevista a blogueiros…
Na noite do mesmo 8 de abril, o Jornal Nacional começou a artilharia com uma matéria sobre atraso em obras da Copa que durou 4:01 minutos. Mais 2:27 minutos foram gastos com o tema que levou Marinho a Dilma, a interferência da rede 4G na TV digital. E mais pancadaria sobre o governo com matéria sobre baixo crescimento da economia que durou 35 segundos, com o caso do deputado André Vargas por 2:47 minutos, com ataques à Petrobrás por 3:08 minutos, com a CPI da Petrobrás por mais 2:36 minutos. No total, foram 15 minutos e 56 segundos de espancamento do governo.
Até aí, a ponderação de Dilma com Marinho talvez não pudesse ter surtido efeito; tinham conversado horas antes da edição massacrante do JN. Vejamos, então, o que ocorreu nos dias seguintes.
Em 9 de abril, em 5 minutos de Jornal Nacional, durante 21 segundos o primeiro ataque ao governo Dilma se dá na questão da energia elétrica, supostamente subfaturada aos brasileiros por razões políticas. Eis que, como que para afetar “isenção”, o JN apresenta uma reportagem de 1:05 minuto desfavorável ao PSDB, sobre o racionamento de água que já ocorre na grande São Paulo, mas a Globo não diz. E a reportagem não toca na responsabilidade do governo Alckmin, apenas apresenta o problema que pode se abater sobre a grande São Paulo. Porém, logo o telejornal retoma o ataque ao governo. Foram 2:38 minutos para o deputado André Vargas, 2:04 minutos para a inflação, 2:58 minutos para a CPI da Petrobrás. Ao total, foram 7:23 minutos contra o governo do PT e 1:05 minuto contra o do PSDB.
Em 10 de abril, dia da nota na Folha sobre a queixa de Dilma a Marinho, mais 2:19 minutos para inflação, 2:02 minutos para incentivar as pessoas a economizarem água em São Paulo (uma bela ajuda a Alckmin), 2:39 minutos para criticar atraso nas obras das Olimpíadas de 2016, 38 segundos (isso mesmo, 38 segundos) para noticiar que o ex-ministro de FHC e candidato de Aécio ao governo de Minas Gerais (Pimenta da Veiga) foi indiciado por lavagem de dinheiro, 43 segundos contra o deputado André Vargas, 4:25 minutos para vincular Dilma e Lula a compra por FHC em 2001 de usinas termelétricas da Alstom (o que obrigou os petistas a manterem contratos que o tucano assinou), 23 segundos contra a Petrobrás e 1:44 minutos para dar razão à oposição contra o governo na ampliação do escopo da CPI da Petrobrás, atacando decisão de Renan Calheiros de permitir a investigação, também, de escândalos envolvendo PSDB e PSB. No total, foram 12:23 minutos contra o governo, 2:02 minutos a favor de Alckmin e 43 segundos contra o PSDB.
Em 11 de abril, o JN começa com Dilma na defensiva, dando explicações sobre a inflação em matéria de 52 segundos. Em seguida, notícia distorcida de 2:21 minutos de duração sobre recuo na atividade econômica, reportagem de 23 segundos sobre problemas nas obras da Copa, reportagem de 1:57 minuto sobre corrupção na Petrobrás, mais 1:36 minuto sobre o mesmo tema e mais 33 segundos sobre o doleiro envolvido com o deputado André Vargas. Desta vez, foram “só” 7:10 minutos, mas só contra o governo Dilma e o PT, sem nada contra a oposição.
Em ano eleitoral, quando a mídia escolhe maioria tão avassaladora de matérias desfavoráveis a um lado e gasta tão pouco contra o outro lado, provoca efeitos eleitorais. Alguns dirão que tudo que o JN noticiou contra o governo Dilma e o PT tinha que ser noticiado. Só que não existem problemas só desse lado.
O caso de Pimenta da Veiga, candidato do presidenciável Aécio Neves ao governo de Minas e que foi indiciado por lavagem de dinheiro, por certo mereceria bem mais do que 38 segundos. O racionamento de água no maior centro urbano da América Latina – bem como as responsabilidades pelo problema – mereceria muito mais atenção de um jornalismo sério. O escândalo do cartel de trens em São Paulo, já em fase adiantada de investigação, inclusive com políticos do PSDB sendo investigados pelo STF, esse sumiu de vez.
Ao deputado André Vargas poder-se-ia contrapor Robson Marinho, homem forte do tucanato paulista no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e que está envolvido até o pescoço no escândalo dos trens paulistas, mas continua trabalhando normalmente. Ou poder-se-ia contrapor o caso de Pimenta da Veiga, muito mais grave. Mas o JN faz suas escolhas…
O que impressiona é a presidente Dilma ter achado – se é que a matéria de Monica Bergamo é verdadeira – que poderia chamar um dos irmãos Marinho à razão. Aliás, melhor dizendo, chamá-lo à responsabilidade, já que, por ser uma concessão pública, a faixa do espectro radioelétrico que a Globo ocupa não pode ser usada com fins político-partidários.
PS do Viomundo: Surpresos? Agora vocês entendem o que foi que revoltou um grupo de jornalistas da TV Globo de São Paulo, durante a campanha eleitoral de 2006. Além dos escândalos produzidos pelo serviço de inteligência da campanha tucana, que passam a dominar o noticiário, o viés do Jornal Nacional torna-se completamente amargo alguns meses antes das eleições. Mera coincidência.
Fonte: VIOMUNDO
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jn tem a pior média de audiência de sua história

Bye bye PiG !

O “Jornal Nacional” (Globo) bateu seu recorde negativo nesta sexta-feira (11), segundo a prévia do Ibope. O principal telejornal da emissora registrou 18,3 pontos —cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo.

Até então, a mais baixa audiência do jornalístico havia sido em 31 de dezembro de 2013, quando registrou 19 pontos na média consolidada.

No entanto, a média tão baixa é alarmante, já que a atração contava com 58% de participação no número de aparelhos de TV ligados e a data de hoje não é feriado, muito menos véspera de Ano Novo. 
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Fabio Venturini: Ódio social é componente que estimula golpe

publicado em 12 de abril de 2014 às 14:14


Tudo sob controle
por Luiz Carlos Azenha

Recentemente entrevistei Fabio Venturini para falar sobre o golpe civil-militar de 1964.
Ele fez mestrado estudando o papel dos empresários em 1964 e faz a doutorado sobre os empresários e a Constituição de 1988.
Um dos aspectos mais importantes da entrevista acabou não sendo gravado: foi quando debatemos sobre a possibilidade de um novo golpe no Brasil.
Fabio discorda de minha posição e acha que é possível. Por que? O estudioso afirma que as soluções extra-constitucionais são frequentes no país. Neste momento, concorda, não há consenso entre as elites econômicas internacionais e nacionais para golpear Dilma Rousseff.
Porém, Fabio acrescentou um dado que fugia ao meu radar: o ódio social.
Hoje, ao contrário de em 64, há um tremendo ódio disseminado inclusive pelas redes sociais.
É o ódio de classe.
Traduz a insegurança da classe média quanto a seu próprio status, quando pobres, mulheres e negros ameaçam os tradicionais papéis sociais na conservadora sociedade brasileira.
Fabio acredita que a exploração deste ódio tem forte potencial político e pode descambar para a violência em caso de frustração.
O ódio se expressa, digo eu, no antipetismo doentio que podemos encontrar em qualquer bolsão de classe média urbana. Ele é responsável e ao mesmo tempo ecoa o ódio que se lê, ouve e vê nos jornais, emissoras de rádio e TV.
Hoje, ouvindo o noticiário da rádio Jovem Pan, ele estava lá de forma cifrada.
A certa altura, o texto do radiojornal falou que as eleições poderiam preservar “tudo que está aí” ou escolher alguém “para consertar”.
Um comentarista entrou para descrever os horrores que tomam conta de empresas públicas, mencionando o IPEA, o IBGE, a Eletrobras e a Petrobras.
Tudo em crise!
Um bloco terminou com a notícia de que a Bovespa tinha fechado a semana em alta, apesar das péssimas notícias no front econômico, por causa da possibilidade de Dilma Rousseff perder a eleição.
É a Jovem Pan em campanha mas, ao mesmo tempo, expressando o que seus funcionários de classe média pensam e querem para o Brasil.
A possibilidade de um racionamento de água em São Paulo não foi noticiada. Falou-se na represa de Guarapiranga quase vazia, sim, mas fiquem tranquilos: o governador Geraldo Alckmin já resolveu tudo.
Nos intervalos, anúncios da Sabesp.
Fonte: VIOMUNDO
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Deu a louca na velha mídia.
As empresas globo estão em histerismo crônico.
É um vale tudo que não se resume apenas ao jornalismo das empresas globo.
Ontem no programa da Regina tiro onda de favelada Casé, a apresentadora começou a falar de política e eleições, isso ao lado de um Parreira sambando e de um Felipão cantando uma música de Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar, vida leva eu....
Impagável a cena.
O jornal Nacional e a Revista época anunciam o final dos tempos, espalhando um medo irracional sobre a população, porém, ao mesmo tempo, incitando a população para praticar atos de violência contra , claro, o governo federal.
O jornal folha de SP, que também é doentio, vem dando espaço em suas notícias para categorias de trabalhadores sindicalizados que deveriam e poderiam se manifestar com protestos , durante a copa do mundo. 
Um estranho alinhamento com setores da extrema esquerda que fazem oposição ao governo federal.
Na carona da violência e  do medo  que a velha mídia tenta espalhar na população, também seguem a pauta a  Bandeirantes e o SBT da apresentadora  ku klux klan.
Nas emissoras de rádio pode-se verificar o  mesmo movimento.
A mentira e a manipulação são escancaradas.
Há algo de muito estranho acontecendo no país.

Essa obsessão da velha mídia com as eleições e as mentiras  e manipulações decorrentes , ao que tudo indica, faz parte de plano bem definido para criar um caos no país e , como isso , derrotar o governo Dilma.
Nos últimos meses de 2013, ano passado, se ouvia  com frequência e quantidade na velha mídia, informações e insinuações de que o ano de 2014 e a proximidade da copa trariam um caos para país, isso devido as manifestações que voltariam para as ruas.
No último mês de 2013, praticamente sem manifestações de rua,  o assunto diminui significativamente , quase sumindo do noticiário, porém , sem que houvesse nenhum fato que o justificasse, voltou com força no mês de janeiro deste ano, quando notícias e mesas de debates discutiam o caos .
O mais impressionante é que não aconteceu nada que justificasse tamanho interesse sobre o assunto. 
Para as pessoas mais atentas a antenadas, o que acontecia nada mais era que uma ansiedade incontrolável dando vazão aos seus desejos, ou planos, concebidos para este ano.
Foi um atitude tão estranha da velha mídia no começo de janeiro deste ano, que mereceu comentários nas redes sociais , sites e blogues.
O assunto deu uma resfriada em fevereiro, já que um astro iluminado de globo seria homenageado por escola de samba, mas voltou  a partir de março e agora  ganha contornos nítidos de uma operação orquestrada , haja visto a desenvoltura e organização do conteúdo informativo apresentado, e uma performance jornalística que revela de forma inequívoca ansiedade e desejos represados, que explodem no momento .
Por uma lado uma atitude de quem não tem nada a perder, ou, por outro lado, uma atitude de quem sabe muito bem sobre o plano que coloca em prática.
Não existe meio termo e muito menos neutralidade no comportamento da velha mídia.
Com toda essa pancadaria injustificável no governo federal, algo também acontece com a população, tendo em vista a queda de audiência dos telejornais, principalmente jornal nacional de globo, além da queda nas vendas dos principais jornais e revistas.
A guerra está apenas começando.

sábado, 12 de abril de 2014

Desmascarada a armação





1 -  A realidade
O racionamento de água na região metropolitana de São Paulo já é uma realidade que afeta milhares de pessoas, residências e estabelecimentos comerciais e industriais.

2 -  A fantasia
Enquanto a população sofre com a falta d'água, a velha mídia noticia que o governo de São Paulo estuda fazer um rodízio na distribuição de água.

3 -  A realidade
O aquecimento do pĺaneta e as alterações climáticas decorrentes se baseiam em estudos científicos sólidos e são uma realidade.

4  - A fantasia
Durante muitos anos a velha mídia ou nega ou tenta diminuir o aquecimento global e as alterações climáticas  que se intensificaram com o início da era industrial.

5  - A realidade
Os vinte anos dos governos do PSDB no governo do estado de São Paulo, contribuíram negativamente para que a situação calamitosa de racionamento de água se concretizasse.

6  - O oportunismo
Diante da realidade, a velha mídia nas últimas duas semanas ressuscitou com força e saúde  o assunto sobre o aquecimento global  e as  mudanças climáticas, uma vez que o assunto pode ser útil para  tentar justificar e com isso minimizar a incompetência dos governos do PSDB de SP no tocante ao racionamento de água.

7 - A armação
Em meio  as trapalhadas dos governos de SP, o problema da água se transformou em energia, de dimensão nacional, com direito a um repertório de críticas ao governo federal, estando a  velha mídia na vanguarda das manipulações, armações  e factóides. O aquecimento global ganha força e até novos Messias são citados pela velha mídia por terem alertado, há décadas,  sobre as mudanças climáticas.

8 - A realidade
As mudanças climáticas irão se intensificar e tão logo se encerre o período das eleições, no final deste ano,   a velha mídia voltará a tratar o assunto como ficção científica.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A realidade não sai nos jornais

Repórter da Globo: “a ordem é ouvir só o Paulinho”

publicada quinta-feira, 10/04/2014 às 01:21 e atualizada quinta-feira, 10/04/2014 às 20:35

Jornalista da Globo se esconde em agência bancária...

por Rodrigo Vianna
A informação apareceu primeiro no facebook de Marize Muniz, assessora de imprensa da CUT. Ela contou o que aconteceu nesta quarta-feira (9/abril) quando uma repórter da Globo, destacada para cobrir a manifestação das centrais sindicais no centro de São Paulo, teve um infeliz ataque de sinceridade. Vejam:
(por Marize Muniz, via facebook)
“Deu dó. Sempre tenho pena de pessoas inocentes.
Foquinha da TV Globo gravou sonora com os caras da Força Sindical (do Aécio Neves), na Praça da Sé, durante manifestação de seis centrais sindicais.
Aí, um militante cutista foi lá e perguntou: e a CUT, você não vai ouvir ninguém da maior central da America Latina?
A pobrezinha respondeu: Tenho ordens da redação para só ouvir os caras da Força.
Foi um quiprocó danado e a bichinha teve de ir embora do local.” 
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Paulinho da Força: a ordem da chefia era falar só com ele

Resolvi checar a informação com outros manifestantes. E aí vieram mais detalhes. A jovem repórter da Globo – movida por ingenuidade, como sugere Marize (ou, quem sabe, por arrogância) - teria dito, com todas as letras, que estava ali só para entrevistar o “Paulinho da Força”. Essa teria sido a instrução recebida, ao sair da Redação.
Como se sabe, Paulinho é o presidente de central sindical mais crítica ao governo Dilma. Rompeu com o governo, e declarou que vai apoiar Aécio (PSDB) a presidente.
Não há problema nenhum em entrevistar o Paulinho. Afinal ele é o presidente legítimo de uma central sindical importante. O problema é a repórter de uma TV que é concessão pública revelar que tinha instruções claras para entrevistar apenas Paulinho da Força.
Um militante da CUT teria insistido, apresentando: “olha, essa aqui é nossa vice-presidenta, a Carmen, você não quer ouvir a CUT?”
A jovem repórter teria respondido: “não, a orientação é ouvir só o Paulinho da Força”.  A jornalista foi então vaiada e hostilizada pelos manifestantes – que passaram a gritar o tradicional “o povo não é bobo, fora a Rede Globo”.
“Ela não fez a entrevista. Ficou com medo e correu para uma agencia do Bradesco do outro lado da rua”, contou-me um manifestante com quem conversei há pouco.
Os manifestantes registraram a cena da jornalista escondida na agência – como mostram as fotos que o Escrevinhador publica com exclusividade.
Poucos minutos depois, Paulinho chegou e foi dar a entrevista, dentro da agência bancária. Manifestantes ligados à CUT seguiram vaiando e fotografando. Um segurança (da Globo? da Força Sindical?) teria se aproximado de uma manifestante que fazia as fotos, e tentado tomar o celular das mãos dela. Não conseguiu. Aparentemente, a jornalista também não conseguiu gravar com Paulinho da Força…
O caso revela algumas coisas:
- a Globo (sob comando de Ali Kamel – aquele que adora processar blogueiros) segue pretendendo controlar a realidade; se é inevitável cobrir a manifestação, que se dê voz só aos amigos da casa e aos inimigos do governo petista;
- os jornalistas da Globo já foram mais espertos; por que a jovem repórter teve aquele ataque de sinceridade? Podia ter feito a entrevista com a dirigente da CUT, e a Redação depois se encarregaria de cortar…
Mas jornalistas criados no ar-condicionado, sem  vivência de rua, talvez acreditem que ao carregar o microfone da Globo podem qualquer coisa; vão-se distanciando do mundo real, e acabam surpreendidos quando enfrentam uma situação dessa.
A Marize (que foi chefe da pauta da Globo, tem experiência de sobra) ficou com pena da moça. Eu também fiquei.
Por outro lado, fiquei feliz porque agora uma história dessa não passa em branco. A Globo mente sem parar no JN, JG etc. Mas, pelo menos nesse caso, as fotos e o relato completo estão na internet. A mídia velhaca já não fala sozinha…
Em tempo: o ato das centrais foi um sucesso em São Paulo; reuniu 10 mil pessoas segundo a PM, ou 40 mil segundo os manifestantes.
Entre as reivindicações, estão: redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, manutenção da política de valorização do salário mínimo, fim do fator previdenciário, redução da taxa básica de juros e correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda.

Fonte : ESCREVINHADOR
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Globo faz o que sempre fez.  Novidade é o PT
O jn, absurdamente governista na ditadura militar, foi para a direção oposta quando o PT chegou ao poder.


O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:



Sobre a alardeada queixa de Dilma a João Roberto Marinho



Segundo Mônica Bergamo, da Folha, Dilma se queixou do Jornal Nacional numa conversa que teve com João Roberto, o segundo dos três filhos de Roberto Marinho e responsável pelo conteúdo editorial das Organizações Globo.

Faz sentido, é claro.

O Jornal Nacional, absurdamente governista na ditadura militar, foi para a direção oposta quando o PT chegou ao poder.

Se o JN existisse sob Jango, é provável que ele seria mais ou menos como é hoje: uma ênfase extraordinária nas más notícias, reais ou imaginárias.

O que não faz sentido é a atitude de Dilma, e do PT no poder, diante da Globo. A Globo faz o que sempre fez: sabota governos populares e intimida o mundo político para que seus privilégios imensos sejam preservados.

E o que tem feito o governo em resposta? Nada. Repito: nada.

A evidência mais notável disso está nas verbas publicitárias que o governo destina à Globo. Em dez anos, foram 6 bilhões de reais, isso mesmo com a queda notável da audiência da emissora. (A Globo perdeu cerca de um terço do público na última década.)


Este dinheiro alimenta a máquina da Globo destinada à sabotagem de medidas favoráveis ao “Zé do Povo”, como o patriarca da Globo, Irineu Marinho, se referia aos cidadãos comuns.

O Secom, que administra a verba governamental, afirmava sob Helena Chagas que esse paradoxo – um dinheiro brutal para uma empresa que faz campanha contra – se devia a uma coisa chamada “mídia técnica”.

Pausa para rir. Ou chorar.

Nada justifica você premiar quem sabota você, ou numa visão mais ampla, a sociedade.

As mensagens oficiais veiculadas na Globo chegariam a um número maior de pessoas. Era mais ou menos o que dizia Helena Chagas.

Mas um momento. Que pessoas são mesmo estas? Elas verão – ou zapearão para fugir – comerciais que promove um governo que nas reportagens é brutalmente atacado sempre.

Pela lavagem cerebral a que é submetido, o típico admirador da Globo – ou da Veja – abomina o governo petista e estatais como Petrobras e Banco do Brasil.

Há lógica em gastar bilhões de reais para levar a este grupo publicidade de estatais que ele detesta?

Não. Não há.

Outro dia, vi uma publicidade da Petrobras na página de Reinaldo de Azevedo na Veja. Alguém já viu o que Azevedo e seus leitores dizem a respeito da Petrobras?

Um dos maiores erros do governo é exatamente a “mídia técnica”, que favorece quem age para corroê-lo ou mesmo, como se viu no julgamento do Mensalão, para destruí-lo.

Helena Chagas saiu e Thomas Trauman entrou. Haverá alguma mudança numa estratégia não apenas errada como suicida?

Os fatos dirão.

A recente pesquisa da Secom sobre consumo de notícias mostrou o avanço extraordinário da internet.


Testemunhamos isso de um lugar privilegiado. O DCM, em um ano de vida, saiu de pouco mais 100 mil visualizações mensais para 2,5 milhões. Passamos a barreira de 1 milhão de visitantes únicos por mês.

O fato de Lula ter escolhido blogueiros para dar uma entrevista é também revelador de que o PT parece ter acordado para a realidade: a internet é cada vez mais influente e a mídia tradicional cada vez menos. Fora tudo, é na internet que você encontra vozes alternativas à velha visão de mundo pró 1% defendida agressivamente pelas grandes corporações jornalísticas.

No caso da alardeada queixa de Dilma a João Roberto Marinho, muito mais efetivo que palavras seria um ajuste imediato e profundo na distribuição das verbas oficiais.

Quem ganharia com isso, na verdade, seria a sociedade – e com ela o projeto de um Brasil justo, algo que a Globo e as grandes empresas de mídia sempre combateram ferozmente.


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Definitivamente essa velha mídia já virou uma grande piada.
A maior de todas as piadas em se tratando de empresas que pensam que fazem jornalismo.
Globo, folha, estado, veja , bandeirantes e outras menores mas não menos cômicas ,acreditam que o que publicam é a realidade, e mais, acreditam que a maioria da população confia e confere crédito para suas notícias diárias, ou melhor, para suas mentiras e manipulações diárias já que a verdade é sistematicamente omitida.
Com a proximidade das eleições, ainda bem distantes para a maioria da população, a velha mídia produzirá uma crise por dia, um escândalo por hora, um factóide por segundo.

Todos sabem, até mesmo a parcela da classe média inocente e reacionária, que a perseguição com requintes inequívocos de obsessão é contraproducente no tocante aos objetivos desejados, podendo , inclusive como sempre acontece, gerar um efeito contrário.
E de fato é que o vem acontecendo com os governos do PT de Lula e Dilma.
Quanto maior a perseguição, as mentiras  e as "crises", mais Lula e Dilma  ganhavam em aceitação de seus governos, já que, para a população a realidade fala mais alto que a notícia de jornal.
A satisfação da gente não sai nos jornais, ou como diz a letra do samba, a dor da gente não sai nos jornais.
De fato, independente da notícia, porém como mais força , reside a realidade do dia a dia, seja ela de alegria ou de dor.
E é justo essa realidade que define, em grande parte o humor da população , do eleitor.
Também não é por acaso, ou por ingenuidade, ou por calor dos trópicos, que o brasileiro tem aparecido em pesquisas de opinião em vários países nos últimos dez anos como o povo mais alegre e otimista do planeta.
A realidade não sai nos jornais, a realidade nunca foi notícia e, sempre que a velha mídia tenta construir uma realidade própria que seja antagônica a realidade da maioria da população, o resultado é um grande tombo para o jornalismo- com direto a descrédito , perda de audiência e queda nas vendas de impressos - ou um golpe de estado como o ocorreu em 1964.
As cenas  em emissoras de TV, ou jornais impressos, de pessoas sendo desalojadas de terrenos ocupados  mostram apenas um fragmento da realidade, qual seja,  a ação das forças policiais na desocupação, que sempre para  velha mídia atuam em defesa do patrimônio público ou privado.
A realidade de uma desocupação de famílias é bem maior que a ação policial.
O caro e atento leitor sabe que a velha mídia é majoritariamente composta por burros  e embotados, mas não por estúpidos.
Existem pessoas na caverna midiática que pensam, e mais , pensam em como criar a tão desejada realidade que iria mudar radicalmente o humor do cidadão.

CPI's, corrupção, doleiros, mesadas são ineficazes e não alteram o humor, desde que esse humor esteja banhado em contextos de otimismo.
Logo essa gritaria da velha mídia, para os leitores atentos, já é motivo de riso.
O humor da população é atacado pela velha mídia diariamente com doses de pessimismo, tendo o medo como componente principal.
Quem não se lembra da patética Regina Duarte, na campanha de 2002, dizendo que tinha muito medo do Lula ?
Isto dito, e independente do que se pense sobre o assunto, a burrinha repórter da globo , acima, apenas estava cumprindo ordens de um diretor não estúpido.
Quanto a presidenta Dilma não acho que agiu corretamente ao se queixar com a velha mídia sobre os delírios de realidade publicados diariamente.
A presidenta tem ferramentas de gestão apropriadas para  eliminar o atraso em que se encontra  o setor midiático e de  jornalismo do país.

Água nos trilhos

Muy isenta
Folha noticia na primeira página a CPI sobre a Petrobras e o metrô tucano sem mencionar a palavra metrô, trocada gentilmente por trem. 
Tudo pela causa
Fonte: CARTA MAIOR
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SÃO PAULO PEDE ÁGUA

A seca seletiva da Sabesp

Por Luciano Martins Costa em 10/04/2014 na edição 793. Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 10/4/2014

 Os jornais anunciam nas edições de quinta-feira (10/4) que o governo paulista poderá admitir a necessidade de um racionamento de água na região metropolitana de São Paulo, se as condições climáticas continuarem desfavoráveis. A imprensa também noticia a troca do titular da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, com a posse do engenheiro Mauro Arce, que ocupou o cargo entre 1998 e 2006.

Há um forte componente político envolvendo essa questão, mas os jornais dão voltas ao problema. Até aqui, a imprensa, principalmente os dois principais diários de São Paulo, vem acompanhando a crise de abastecimento com um olho no governador e outro em São Pedro. Uma lista de declarações feitas pelo chefe do governo paulista sobre o risco da falta de água, desde fevereiro, publicada na quinta-feira peloEstado de S. Paulo, mostra que o agravamento do problema foi acompanhado por manifestações oficiais que revelam pouca disposição para admitir o inevitável: a maior aglomeração urbana do país está sob ameaça de ficar sem água.
As reportagens começam a apresentar um quadro muito mais preocupante do que o cenário desenhado até aqui e acomodado pelas medidas e pelas declarações do governador. A presença do engenheiro Arce, que deixou a presidência da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) para assumir o comando da secretaria e montar um gabinete de crise, é uma declaração implícita de que a tática usada até aqui funcionou apenas como cortina de fumaça, com o beneplácito da imprensa.
Mauro Arce é considerado um quadro de governo que alia alta qualificação técnica com sensibilidade política. Em sua primeira manifestação na volta à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, ele faz um corte na linha de discursos tranquilizadores e afirma que a situação é mais “delicada” do que a crise de energia elétrica.
Portanto, o cidadão pode esperar uma mudança no discurso oficial, mais assertividade e o fim das meias-medidas. Só não se pode garantir que a imprensa paulista vai admitir que houve muita irresponsabilidade por parte do governo do Estado.
Chove na horta do acionista
No período em que o Brasil passou pela sucessão de “apagões” no sistema elétrico, entre meados de 2001 e o final de 2002, a opinião de Mauro Arce foi importante para convencer o governo federal a assumir a necessidade de racionamento e convocar a população a colaborar com a redução do consumo. Naquela ocasião, o núcleo político do governo Fernando Henrique Cardoso e seu candidato à Presidência da República, José Serra, resistiam a admitir que os cortes de energia provocados pela falta de investimentos e pela seca eram sintomas de uma crise grave.
Em plena campanha eleitoral, que acabou vencida pelo candidato petista Lula da Silva, o governo federal optou por esclarecer a população, obtendo uma adesão surpreendente que produziu uma economia média de 20% no consumo, além de estimular uma série de mudanças no setor industrial, com o surgimento de lâmpadas e aparelhos eletrodomésticos mais econômicos. Doze anos depois, o componente eleitoral volta a interferir na adoção de medidas adequadas.
O Globo também noticia que o governador de São Paulo começa a admitir a possibilidade do racionamento de água, mas destaca outros aspectos da questão que têm sido evitados pelos jornais paulistas. Por exemplo, o diário carioca informa que, em relatório distribuído em março para seus acionistas, a Sabesp já alertava que poderia ser obrigada a “tomar medidas drásticas, como o rodízio de água”.
Outro trecho da reportagem do Globo poderia causar indignação nos leitores paulistas:
“Enquanto isso, os acionistas da Sabesp comemoram os resultados dos lucros da companhia, que é uma empresa mista e tem ações sendo negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York. Nos últimos dez anos, a Sabesp pagou R$ 3,6 bilhões de dividendos, metade dos quais vai para o Tesouro estadual.”.
Segundo o jornal carioca, o valor distribuído aos acionistas é suficiente para financiar todas as obras que teriam garantido o abastecimento de São Paulo.
A Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo evitam o quanto podem expor a falta de planejamento e a perversidade da distribuição de recursos da Sabesp, que, segundo o Globo, prioriza os lucros dos acionistas.
Enquanto falta água para a maioria, chove na horta de alguns.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Alckmin, não é rodízio.   É   r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o



Saiu no Tijolaço artigo de Fernando Brito:

Alckmin, a imprensa e a água. Um show de incompetência, irresponsabilidade e politicagem

Hoje se completam dois meses que este blog, cá do Rio de Janeiro, vem azucrinando seus leitores sobre a situação dramática do abastecimento de água em São Paulo, quase que diariamente.

Àquela altura, havia 19,8% de todo o volume possível nos reservatórios do Sistema Cantareira e o principal deles tinha 15,5% de seus 800 bilhões de litros de capacidade.

Hoje, tem 12% e a principal represa vai baixar, amanhã, para 4%.

Qual foi a providência tomada pelo Governador?

Dar desconto a quem consumir menos água, correto.

Mas insuficiente.

Saíam, há dois meses, pouco mais  de  30 m³/segundo do sistema.  Hoje, saem 26 m³, 15% a menos.

Entram, na média de março e de abril, 13,8 m³, dos quais 3,2 m³ saem para os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, ficando fora do balanço.

Não é difícil fazer a conta, não é?

Perde-se, todo dia, 1,6 bilhão de litros.

Na média, porque ontem, por exemplo, entrou muito menos água e a perda chegou pertinho de 2 bilhões de litros.

Hoje havia 118 bilhões de litros ainda, somadas todas as represas.

73 dias, isso se o sistema conseguisse funcionar até a última gota acima das comportas, o que não é provável que aconteça, porque as vazões passam a ser insuficiente para preencher os túneis de adução.

Que providência tomou o Governador?

Ressuscitar um projeto que já havia sido abandonado, por inadequado, pelos técnicos da Sabesp (quem testemunha é o engenheiro tucano Jerson Kelman, do Instituto FHC), o de tirar água do Rio Paraíba do Sul, porque isso permitia criar uma falsa disputa com o Rio de Janeiro e “federalizar” o problema.

No que o Datafolha o ajuda, agora, colocando “num balde só”  do risco de racionamento  o Cantareira, com 12% de água, e o Sistema Elétrico Nacional que, somando todas as regiões – que são interligadas e podem gerar, de forma quase indistinta, energia para qualquer região do país – que têm hoje, no total, 40,5% de sua capacidade de reserva.

Anteontem, este blog que não é, absolutamente, dotado de poderes paranormais, afirmou que a semana não terminaria sem que começasse, “de fato, o racionamento de água em São Paulo.”

Já começou, embora só hoje tenha sido feita uma reportagem com características de “curiosidade”.

Hoje, embora continue negando, Alckmin admitiu que pode partir para um “rodízio” no abastecimento.

Ora, “rodízio” é em churrascaria, Governador.

Entrar água por dois dias e secar em um é  r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o.

É essa a forma de racionar possível, porque de outra forma não é possível controlar o gasto.

O senhor não vai colocar estas simpáticas e prestativas senhoras que estão atuando como “guardiãs da água” do lado de cada torneira, de cada chuveiro, de cada vaso sanitário, não é?

Tão triste quanto este espetáculo de cinismo é o que a imprensa paulista faz.

Aceita qualquer versão.

Volume morto, que jamais foi usado e ninguém sabe o quanto poderá ser aproveitado, vira “reserva técnica”.

O racionamento vira “rodízio”.

As obras do bombeamento do Atibainha não mereceram um reportagem sequer. Ninguém sabe como andam.

As duas últimas saídas de água do Jaguari-Jacareí estão no estado que você vê na foto ao lado, publicada pela Folha sem nenhum tipo de informação.

Essa torre está 31 metros abaixo de seu nível máximo e resta 1,7 metro de água acima do final das grades da comporta gradeada que, como é obvio, admite cada vez menos líquido quanto mais o nível abaixa.

Este é o tamanho da cumplicidade da imprensa de São Paulo diante do problema e das atitudes de Geraldo Alckmin.

E da covardia da Agência Nacional de Águas, que não assumiu aos quatro ventos o que foi dito ao Governador em janeiro: racione, evite que isso tenha de ser feito de forma mais drástica e permanente.

Este blog, antes de defender ou atacar governos ou partidos, defende a responsabilidade para com a população e ataca tudo aquilo que possa submete-la a sacrifícios além do necessário.

E defende o jornalismo, que está num nível mais baixo que o do Cantareira.

Não é possível que, com todas as informações públicas, ao alcance de um clique de mouse , nem assim os jornais possam dar a dimensão de um problema que afeta e afetará por muitos e muitos meses oito milhões de paulistanos.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril

A CPI que irá investigar a Petrobras, o Metrô de SP e o porto de Suape em Pernambuco, na velha mídia ganha um tratamento diferenciado, principalmente para o metrô de SP que na CPI é chamado de investigação sobre o trem.
Ahhhh! Então tá.
Já no SECÃO do estado de São Paulo, a velha mídia não usa a palavra racionamento .
Em seu lugar entra rodízio.
Nessa onda sem água, ainda surfam as notícias diárias  de fim de mundo para a economia brasileira, claro, com direito a gráficos , índices e projeções apocalípticas que revelam a"total incompetência do governo Dilma e do PT".
Sabe-se, porém, que o que norteia a perseguição a Petrobras, além de motivações políticas, é a obsessão em privatizar a estatal, seguindo a lógica destrutiva de esfacelamento do estado brasileiro que  teve seu auge nos governos do PSDB, com o "esquerdista" FHC.
Como bem descrito no artigo do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, A SABESP, do estado de São Paulo, nos governos tucanos tornou-se uma empresa lucrativa, para felicidade de seus acionistas e desespero da imensa população da região metropolitana de SP que já sofre com o racionamento de água.
Querem fazer o mesmo com Petrobras.
As privatizações, em sua maioria, foram uma tragédia para o povo brasileiro.
Em muitos casos se os serviços não eram bons com as estatais, ficaram piores depois das privatizações.
O sistema de trens metropolitanos do Rio de Janeiro, depois de privatizado não só piorou os serviços como oferece um elevado risco aos seus usuários, com acidentes quase que diariamente.
Se não bastassem os acidentes, o serviço de segurança da SUPERVIA, a concessionária que opera o sistema de trens , age com extrema truculência e violência contra os usuários e transeuntes que circulam pelas estações.
São comuns relatos e cenas de violência explícita dos seguranças contra os usuários, sendo que ontem, 09.04.14, além de uma trombada entre um trem de carga e outro de passageiros na zona norte da cidade do Rio de janeiro, cenas de agressão com extrema violência forma vistas por todos na estação Central no centro da cidade.
Um segurança da SUPERVIA simplesmente atacou aos socos um usuário.
A velha mídia noticiou o fato , com direito a expressões de lamentação  por parte dos higiênicos apresentadores, que rapidamente irão esquecer mais uma barbaridade contra o  povo, já que a concessionária está inserida na lógica da economia defendida por essa mídia putrificada.
Assim é no Rio de janeiro, pior é no estado de São Paulo.
No Rio o povo não tem um serviço de qualidade e ainda apanha dos seguranças.
Já em São Paulo é o mesmo , com o agravante  que agora a população está sem água.
Os acionistas das empresas , no entanto, estão bem satisfeitos.
Assim como os acionistas da Vale do Rio Doce, privatizada, mas que não investe em uma fábrica para fabricar trilhos para as estradas de ferro , tão necessários para o país.
O Brasil importa trilhos.
A velha mídia encontra-se em um estado atual de total alucinação, isso devido a obsessão em criar uma realidade, fictícia,  de um Brasil aos cacos para tentar derrotar o PT nas próximas eleições.
Manchetes com letras garrafais, principalmente em Folha de SP, tentam criar um caos e pessimismo com uma inflação, dentro da meta do governo, "galopante" quando na verdade e de fato, porém ocultado até mesmo  de forma criminosa,  a sazonalidade a fatores climáticos contribuem para a elevação de preços de alguns produtos.
Enquanto loucos do tomate deliram em realidades fictícias, o IBGE informa que o país criou mais de 1,5 milhão de empregos em um ano.