quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quem tem medo da democracia ?

         O ocaso da democracia nos EUA


Qualquer governo que tenha capacidade para monitorar seus cidadãos e tenha capacidade para descartar o debate público sobre fatos é totalitário

Por Chris Hedges*, Truthdig, em “The Last Gasp of American Democracy”. Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu e publicado em redecastorphoto
Se os norte-americanos não desmantelarmos imediatamente o aparelho de segurança e vigilância, não haverá jornalismo investigativo ou supervisão judicial que detenha o abuso de poder. Não haverá contraditório organizado. Não haverá pensamento independente. A crítica, por morna que seja, será tratada como ato de subversão. O aparelho de segurança amortalhará o corpo político como mofo negro, até que o mais banal e ridículo seja convertido em questão de segurança nacional.
Os EUA vivemos nossos últimos estertores como democracia. A intrusão do estado na vida de cada um e todos, e a obliteração da privacidade já são agora fatos. O desafio para todos nós – dos desafios finais, suspeito eu – é nos levantarmos ultrajados e pôr fim ao assalto aos nossos direitos à liberdade e à livre expressão. Se não o fizermos, nos veremos convertidos numa nação de cativos.
Os debates públicos sobre medidas do governo para impedir o terrorismo, o assassinato de reputação contra Edward Snowden e seus apoiadores, as garantias, pelos poderosos, de que ninguém estaria dando mau uso à quantidade massiva de dados coletados e armazenados das nossas comunicações eletrônicas não visam ao alvo alegado.
Qualquer governo que tenha capacidade para monitorar seus cidadãos; qualquer estado tenha capacidade para descartar o debate público sobre fatos; qualquer estado que tenha ferramentas suficientes para calar instantaneamente a oposição discrepante é estado totalitário.
Hoje, o estado-empresa [orig. corporate state] norte-americano pode talvez não estar usando todo esse poder. Mas o usará, se se sentir ameaçado por uma população tornada impotente pela corrupção entre os próprios cidadãos, pela incapacidade para organizar-se para agir, ou por repressão galopante. No instante em que surja um movimento popular – e algum surgirá – que realmente confronte nossos patrões na imprensa-empresa ou no estado-empresa, o venal sistema-empresa norte-americano de vigilância total será posto a trabalhar a pleno vapor.
O mal mais radical, como Hannah Arendt apontou, é o sistema político que efetivamente esmaga seus oponentes marginalizados e abusados e, pelo medo e pela obliteração da privacidade, incapacita todos os demais. O sistema norte-americano de vigilância de massa é a máquina pela qual esse mal radical será ativado.
Se os norte-americanos não desmantelarmos imediatamente o aparelho de segurança e vigilância, não haverá jornalismo investigativo ou supervisão judicial que detenha o abuso de poder. Não haverá o contraditório organizado. Não haverá pensamento independente. A crítica, por morna que seja, será tratada como atos de subversão. O aparelho de segurança amortalhará o corpo político como um mofo negro, até que o mais banal e ridículo seja convertido em questão de segurança nacional.
Conheci mal dessa qualidade, quando trabalhei como repórter no estado-Stasi(al. no orig., “Ministério da Segurança do Estado”) da Alemanha Oriental. Era seguido por homens de cabelo cortado à militar, metidos em jaquetas de couro, que eu presumia que fossem agentes do Stasi, que eram apresentados como “escudo e espada” da nação. As pessoas que eu entrevistava eram visitadas por agentes do Stasi, imediatamente depois de eu sair da casa delas. Meu telefone era “grampeado”. Alguns dos que trabalhavam comigo eram pressionados para tornar-se informantes. O medo descia como gelo duro, sobre cada conversa.
Stasi não criou massivos campos de morte e gulags. Não precisou. O Stasi, com rede de dois milhões de informantes, numa população de 17 milhões, estava em todos os cantos. Havia 102 mil funcionários da polícia secreta que trabalhavam em tempo integral para monitorar a população – um, para cada 166 alemães do leste. Os nazistas quebraram ossos; o Stasi quebrou almas. O governo da Alemanha Oriental foi pioneiro da desconstrução psicológicaque os torturadores e interrogadores nos buracos negros da CIA pelo mundo, e dentro do sistema prisional norte-americano, elevaram à mais aterrorizante perfeição.
O objetivo da vigilância total, como Arendt escreveu em Origens do Totalitarismo, não é, no fim, descobrir crimes, “mas estar a postos, quando o governo decide prender uma dada categoria da população.
E porque os e-mails, as conversas telefônicas, as pesquisas na Web e os deslocamentos geográficos são gravados e armazenados para sempre nos bancos de dados do governo dos EUA, haverá sempre “provas” em quantidade suficiente para nos encarcerar, caso o estado considere necessário. A informação espera, como um vírus mortal, nos cofres do governo, para ser usada contra nós. Não importa o quanto a informação seja trivial ou inocente. Em estados totalitários, a justiça, como a verdade, é irrelevante.
O objetivo de estados totalitários eficientes, como George Orwell compreendeu, é criar um clima no qual as pessoas não pensem em rebelar-se, um clima no qual a tortura e a matança praticadas pelo governo são usadas só contra um punhado de renegados inadministráveis. O estado totalitário obtém esse controle, Arendt escreveu, mediante o esmagamento sistemático da espontaneidade humana e, por extensão, da liberdade humana. Espalha o medo incansavelmente, para manter a população traumatizada e imobilizada. Converte os tribunais, como os corpos legislativos, em mecanismos para legalizar os crimes do estado [e os crimes das classes e grupos de força dominantes, como os crimes da imprensa-empresa (NTs)].
O estado-empresa norte-americano, no caso dos EUA, usou a lei para silenciosamente abolir a 4ª e a 5ª Emendas da Constituição, estabelecidas para nos proteger contra intrusão do governo-empresa em nossa vida privada, sem mandado judicial. A perda da representação e da proteção judicial e política, parte do coup d’état engendrado pelo estado-empresa, implica que não temos nem voz nem proteção legal contra os abusos do poder. A recente sentença judicial que apoia e legaliza a espionagem pela Agência de Segurança Nacional dos EUA, emitida pelo Juiz Distrital dos EUA, William H. Pauley III, é parte de uma longa e vergonhosa lista de sentenças e decisões judiciais que repetidas vezes sacrificaram nossos mais caros direitos constitucionais, no altar da segurança nacional, desde os ataques de 11/9.
Os tribunais e corpos legislativos do estado-empresa invertem agora, rotineiramente, nossos mais básicos direitos, para justificar a pilhagem-empresa e a repressão-empresa. Declaram que doações secretas massivas para campanhas eleitorais – que é uma forma de legalizar a propina – são ações protegidas pela 1ª Emenda. Definem a empresa-lobby – mediante a qual empresas privadas fazem chover dinheiro sobre funcionários eleitos e escrevem nossas leis – como direito do povo, de agir como governo. E podemos, conforme as leis norte-americanas, ser torturados ou assassinados ou presos por tempo indefinido pelos militares; e podemos não receber o devido processo legal; e podemos ser espionados sem mandado judicial.
Cortesãos obsequiosos, servis, que se apresentam como jornalistas, santificam o poder da empresa e do estado-empresa e amplificam suas mentiras – a redeMSNBC faz isso tão caninamente quanto a rede Fox News – ao mesmo tempo em que enchem nossa cabeça com a imbecilidade das fofocas sobre “celebridades” e “notícias” que nem notícia são.
Nossas “polêmicas”, que permitem que políticos e jornalistas de futrica falem sem parar sobre questões que nem questões são, mascaram um sistema político que deixou de funcionar. História, arte, filosofia, investigação intelectual, nossas lutas sociais e individuais passadas, por justiça; o próprio mundo das ideias e da cultura, com a compreensão do que significa viver e participar numa democracia funcional, foram jogados nos buracos negros do que se deve esquecer, apagar.
O filósofo político Sheldon Wolin, em seu livro indispensável, essencial, Democracy Incorporated” [“Democracia-empresa”, sem edição no Brasil, “esgotado no fornecedor”, cf. webpage da Livraria Cultura (NTs)] chama o sistema de governo-empresa [orig. corporate governance] nos EUA, de totalitarismo invertido, que representa “a nova era de política-empresa e de desmobilização política da cidadania”.
O totalitarismo da política-empresa difere das formas clássicas do totalitarismo, que giram em torno de um líder carismático ou demagogo; sua expressão é o anonimato do estado-empresa [orig. “the anonymity of the corporate state” (NTs)]. As forças da empresa [orig. corporate forces] ativas por trás do estado-empresa inverteram o totalitarismo, para não substituir estruturas decadentes, como fazem os movimentos totalitários clássicos, por novas estruturas.
Em vez disso, fingem honrar a política eleitoral, a liberdade de manifestação e a imprensa democrática, o direito à privacidade e as garantias legais.
Mas manipulam a política eleitoral de tal modo, corrompem-na de tal modo, tão completamente – como também corrompem juízes, tribunais, a imprensa e todas as alavancas essencial do poder – que tornam impossível a genuína participação democrática das massas [isso está para acontecer também aqui no Brasil com a USURPAÇÃO pelo Poder Judiciário de prerrogativas dos Poderes Executivos e Legislativos (Nrc)].
A Constituição dos EUA não foi reescrita, mas já foi capada, nas interpretações que lhe dão juízes e corpos legislativos. E cá ficamos, com uma frágil capa democrática e um duro núcleo totalitário.
A âncora desse totalitarismo-empresa são os sistemas norte-americanos de segurança interna, que nada e ninguém supervisiona ou controla.
Nossos governantes totalitários-empresa se autoenganam, com tanta frequência quanto enganam o público. Política, para eles, é pouco mais que RP (Relações Públicas). Contam-se mentiras, não para obter algum resultado discernível de política pública, mas para proteger a imagem do governante e do governo dos EUA. Essas mentiras tornaram-se uma grotesca modalidade de patriotismo.
A capacidade do governo dos EUA, mediante vigilância total, para impedir qualquer investigação externa sobre o poder, engendra apavorante esclerose intelectual e moral, que se dissemina no interior da elite governante.
Noções absurdas, como a de implantar alguma “democracia” em Bagdá pela força, para que essa “democracia” se espalhasse pela região, ou a ideia de que os EUA poderiam aterrorizar o Islã radical no Oriente Médio para forçá-lo à submissão, já não são mantidas sob equilíbrio pela ação da realidade ou pela experiência ou por discussão social racional baseada em fatos. Dados e fatos que não se encaixem nas teorias-fantasias-alucinações das elites políticas norte-americanas, dos generais, dos gerentes do aparelho de inteligência são ignorados e ocultados para que os cidadãos não os vejam. A capacidade dos cidadãos para tomar medidas autocorretivas é frustrada, para todos os efeitos. E no final, como em todos os sistemas totalitários, os cidadãos norte-americanos tornam-se vítimas da loucura do governo norte-americano, de mentiras monstruosas, de corrupção avassaladora e do terror de estado.
O poeta romeno Paul Celan capturou a lenta ingestão de um veneno ideológico – no caso dele, o fascismo – em seu poema “Fuga da Morte” [1]:
Leite negro da madrugada nós o bebemos de noite
nós o bebemos ao meio-dia e de manhã
nós o bebemos de noite nós o bebemos bebemos
cavamos um túmulo nos ares lá não se jaz apertado
Nós, os norte-americanos, como em todos os estados totalitários emergentes, fomos mentalmente inseminados por uma amnésia histórica cuidadosamente orquestrada; uma imbecilidade induzida pelo estado-empresa norte-americano. Cada dia menos nos recordamos do que seja ser livre. E porque esquecemos, não reagimos com a ferocidade apropriada quando afinal toma-se conhecimento de que nossa liberdade nos foi roubada. As estruturas do estado-empresa têm de ser derrubadas. Seu aparato de segurança tem de ser destruído. E os que pregam e defendem o totalitarismo-empresa – incluídos aí os líderes dos dois principais partidos dos EUA, os fátuos acadêmicos norte-americanos, jornais, televisões, imprensa-empresa e jornalistas-empresa corruptos – têm de ser expulsos dos templos do poder.
Protestos em massa, nas ruas, e prolongada desobediência civil são a única esperança que nos resta aos norte-americanos. Se esse nosso levante fracassar – fracasso com o qual o estado-empresa conta – os norte-americanos estaremos escravizados.

Nota dos tradutores
(trad. Modesto Carone, do livro: “Quatro mil anos de poesia”, J. Guinsburg e Zulmira Ribeiro Tavares, Ed. Perspectiva, 1969, SP, em:
Leite negro da madrugada nós o bebemos de noite
nós o bebemos ao meio-dia e de manhã
nós o bebemos de noite nós o bebemos bebemos
cavamos um túmulo nos ares lá não se jaz apertado
Um homem mora na casa bole com cobras escreve
escreve para a Alemanha quando escurece teu cabelo de ouro Margarete
escreve e se planta diante da casa e as estrelas faíscam ele assobia para os seus Mastins
assobia para os seus judeus manda cavar um túmulo na terra
ordena-nos agora toquem para dançar
Leite negro da madrugada nós te bebemos de noite
nós te bebemos de manhã e ao meio-dia nós te bebemos de noite nós bebemos bebemos
Um homem mora na casa e bole com cobras escreve
escreve para a Alemanha quando escurece teu cabelo de ouro Margarete
Teu cabelo de cinzas Sulamita cavamos um túmulo nos ares lá não se jaz apertado
Ele brada cravem mais fundo na terra vocês aí cantem e toquem
agarra a arma na cinta brande-a seus olhos são azuis
cravem mais fundo as pás vocês aí continuem tocando para dançar
Leite negro da madrugada nós te bebemos de noite
nós te bebemos ao meio-dia e de manhã nós te bebemos de noite nós bebemos bebemos
um homem mora na casa teu cabelo de ouro Margarete
teu cabelo de cinzas Sulamita ele bole com cobras
Ele brada toquem a morte mais doce a morte é um dos mestres da Alemanha
ele brada toquem mais fundo os violinos vocês aí sobem como fumaça no ar
aí vocês têm um túmulo nas nuvens lá não se jaz apertado
Leite negro da madrugada nós te bebemos de noite
nós te bebemos ao meio-dia a morte é um dos mestres da Alemanha
nós te bebemos de noite e de manhã nós bebemos bebemos
a morte é um dos mestres da Alemanha seu olho é azul
acerta-te com uma bala de chumbo acerta-te em cheio
um homem mora na casa teu cabelo de ouro Margarete
ele atiça seus mastins sobre nós e sonha a morte é um dos mestres da Alemanha
eu cabelo de ouro Margarete
teu cabelo de cinzas Sulamita.
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[*] Chris Hedges, cuja coluna é publicada às segundas-feiras emTruthdig, passou quase duas décadas como correspondente internacional na América Central, no Oriente Médio, na África e nos Bálcãs. Escreveu reportagens em mais de 50 países e trabalhou paraThe Christian Science MonitorNational Public RadioThe Dallas Morning News e The New York Times, para o qual foi correspondente internacional por 15 anos.
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Fonte: REVISTA FÓRUM
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Em 14 de dezembro de 2013, PAPIRO publicou o artigo abaixo também de Revista Fórum e em seguida o comentário do blogue.
Leia os textos abaixo: 
Sonho americano? 
Conheça 10 fatos chocantes sobre os EUA
Maior população prisional do mundo, pobreza infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no acesso à saúde… bem-vindos ao “paraíso americano”
Por Pragmatismo Político



(Imagem: Divulgação)
Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia ocidental.

1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.
O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.

4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.

5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.

7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.

9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.

Fonte: REVISTA FÓRUM

Definitivamente não se pode chamar isso de democracia.
Menos ainda de América livre .
Predomina nos EUA a prática do salve-se quem puder, o autoritarismo e a exceção.
Interessante que em um país regido pelo darwinismo social, a maioria da população americana rejeita as teorias de  Darwin e enaltece o diabo. 
Definitivamente é uma regressão do processo civilizacional.
Tudo é baseado na propaganda, nas aparências e na quase total submissão dos meios de comunicação ao discurso oficial.
Na década passada, o ex-presidente Bush e o presidente Putim , em encontro público, tiveram o seguinte diálogo:
Bush  -  Os EUA estão exportando democracia para o mundo 
Putim -  não estou interessado no seu modelo de democracia ( rs. )
No país da propaganda, o mac lanche é feliz enquanto o refrigerante é pura emoção.
A escravidão voltou com toda força e a tão sonhada eugenia de Hitler ganha contornos reais.
Com 4,5% da população mundial, os EUA consomem, de forma irracional, 45 % dos recursos naturais do planeta. Isso para privilegiar a minoria da população do país.
Prender e encarcerar arbitrariamente pessoas virou um negócio lucrativo.
A alimentação das pessoas visa apenas o lucro das empresas, o que acaba por gerar um grande número de doenças relativas aos hábitos nutricionais.
As indústrias médica e farmacêutica, com seus conceitos e classificações de doenças, não mais permitem que qualquer pessoa possa ser considerada saudável. Tudo é doença, enquanto  que as doenças que o americam way of life produz  não são  sequer debatidas.
Esse modelo fracassado de barbárie civilizacional, ainda é amplamente difundido  aqui no Brasil como um modelo a ser seguido. 
Quem faz essa tarefa diária são os meios de comunicação privados, tv's, jornais e emissoras de rádio, que em tempos de decadência do modelo de negócio do jornalismo , preferem manter correspondentes internacionais basicamente nos EUA. Seria interessante se mudassem de lugar para a China, Rússia, por exemplo, porém isso é impossível, pois mais do que correspondentes, essas mídias são porta-vozes dos interesses americanos aqui no Brasil e também pelo mundo.
Tudo é propaganda e as notícias que o povo brasileiro recebe  através dessas mídias são cuidadosamente escolhidas para enaltecer os EUA.
Ao sucesso com Hollywood. 
Não é de se estranhar, também, que as celebridades e executivos de globo, por exemplo, tenham também residências em Miami ou Nova York. 
Barcelona, Roma e Paris são lugares muito cultos para a cultura de globo.
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09.01.14 :
É essa " democracia americana" que a velha imprensa brasileira enaltece diariamente e deseja para o Brasil.
Aos poucos, com o passar dos dias e noites, na mudança constante dos ponteiros do relógio, e mesmo com a repetição diária de mentiras na velha mídia , mais e mais pessoas vão tomando consciência do que é de fato  a democracia nos EUA e como ela é exportada e difundida para outros países.
No Brasil, a democracia-empresa é defendida pela imprensa-empresa, como as trombetas de globo a frente.
Outras mais, da imprensa-empresa, trabalham incansávelmente para que a "democracia-empresa americana" tenha amplo sucesso no Brasil. 
O totalitarismo já e uma realidade na velha imprensa-empresa brasileira, que a qualquer iniciativa, de fato democrática, de se criar um novo marco regulatório para as comunicações no país, grita que sua liberdade de expressão e a democracia estão sendo ameaçadas. 
Atualmente, em São Paulo, a imprensa-empresa , aliada de empresas e federações de empresas, em conjunto com partidos de oposição-empresa e com amplo apoio do judiciário-empresa, tentam barrar todas as iniciativas de políticas públicas verdadeiramente democráticas e civilizatórias do governo municipal que tenham por objetivo melhorar a mobilidade urbana da cidade de São Paulo, como por exemplo a criação de corredores exclusivos para ônibus que irão aliviar a vida de milhares de paulistanos.

O caro leitor deve se lembrar que a proposta do governo federal, popular e democrático do PT, em criar um plebiscito para dar início a uma reforma política e como isso avançar  com transparência e participação popular no processo democrático, foi criticada, bombardeada e rejeitada pela imprensa-empresa e partidos e de oposição-empresa. 
A copa está chegando e uma pergunta não quer calar:
Quem tem medo da verdadeira Democracia, com ampla participação popular ? 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A Desesperada Defesa de um Pai

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Antinho na Globo


.O virtuosismo vocal estéril é o legado do The Voice à música brasileira


Torturam as notas até não sobrar nada delas, ignoram as letras em prol de um exibicionismo obtuso, matam a pauladas a gentileza
Por Kiko Nogueira, no DCM


Sam Alves (Foto: Reprodução/TV Globo)

O programa “The Voice” deixa como legado uma praga sinistra na música brasileira: o oversinging, a exibição de musculatura vocal e virtuosismo estéril que destrói qualquer canção.
Não era uma tradição brasileira. É uma herança bastarda do gospel. É o que já fazem há algum tempo, lá fora, Christina Aguilera, Mary J. Blige, Jessica Simpson, Josh Groban, Beyoncé, a insuportável Céline Dion, entre outros. Torturam as notas até não sobrar nada delas, ignoram as letras em prol de um exibicionismo obtuso, matam a pauladas a gentileza.
O ganhador do karaokê da Globo, Sam Alves, começou sua epopeia esfaqueando a delicada “Hallellujah”, de Leonard Cohen, e terminou gritando alguma outra música. É um retrocesso para o Brasil. João Gilberto e Tom Jobim — e depois seus seguidores Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Roberto Carlos e outros –, haviam atirado no século 18 o vozeirão de canastrões como Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves e Ângela Maria. Perto desse pessoal do The Voice, Cauby, Ângela e Agnaldo Timóteo são silenciosos como a brisa.
Não é agradável. Não é cantar. É gritar mais ou menos no tom. Não que não tenhamos tido intérpretes exagerados. Elis Regina, para ficar num exemplo, era derramada, dramática. Mas nunca em detrimento da canção. Ela estava a serviço dela. Elis se descabela em “Atrás da Porta”, de Chico, mostrando todos os seus dotes, sem abrir mão do que a composição está falando. Você pensa em cortar os pulsos, nem que seja por dois segundos.
O oversinging virou um padrão da indústria. O nível de intoxicação é tão grande que, aparentemente, não há mais o que fazer. A moça que interpreta forró é obrigada a dar cambalhotas vocais. O que esses caras fazem com Tim Maia é uma maldade. Tim, que inventou o soul brasileiro, era econômico com seus vastos recursos vocais. No final de “Gostava Tanto de Você”, ele se solta um pouco mais. É uma aula de contenção e feeling.
A nova histeria musical nacional quer que a melodia original se dane. O que importa é colocar o máximo possível de confetes num bolo até ele perder o gosto. É a globalização da ruindade. O rapaz de Fortaleza canta exatamente como o da Nova Zelândia. E eles vêm em série. É um ciclo vicioso que entope o mercado de vocalistas que berram, sempre a um passo de imolar suas gargantas.
Se você quiser culpar alguém, culpe Whitney Houston. Foi ela quem popularizou a técnica por trás do oversinging, chamada de melisma, a capacidade de emitir várias notas numa sílaba. Aretha Franklin fazia uso  disso antes dela, mas Whitney levou a coisa a um outro patamar. No início dos anos 90, ela estourou com “I Will Always Love You”, em que o “I” durava seis segundos. Fazia estrepolias com o “You”, também. Sem desafinar, faça-se justiça. Na esteira dela, vieram seus clones modernos.
Suas acrobacias eram resultado de treino árduo e, claro, dom. O piro virtuoso de Whitney e seus asseclas é uma espécie de aviso aos autores: “Ok. Vocês bolaram essa harmonia, escreveram essa letra — mas agora a coisa está comigo e eu farei o que eu quiser”. Uma espécie de apropriação indevida, muito lucrativa em alguns casos.
Por trás de cada refrão estuprado por esses Godzillas, há um autor pedindo socorro. Os mortos não têm saída. Os vivos podem achar que vão ganhar dinheiro com isso. O oversinging é uma doença estética que, graças ao The Voice, vai ganhar o país. Como dizia Agnaldo Timóteo, a plenos pulmões: “Ai, ai, mamãe, eu te lembro chinelo na mão, o avental todo sujo de ovo. Se eu pudesse, eu queria começar tudo, mamãe, tudo de novo”.
Fonte: REVISTA FÓRUM, em 30.12.13
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Esse estilo é de matar. 
Meio gospel aos berros é dose prá leão.
Só podia vir mesmo de globo.
Aliás, a programação da tv globo ainda é a mesma criada por Boni, lá em décadas obscuras.
Naturalmente que a audiência de globo vai envelhecendo, alguns ficam mais burros e outros morrem. 
E assim se faz necessário a renovação para que as audiências se mantenham nos mesmos patamares.
E  isso em globo não aconteceu.
O novo de globo, veio em 2000 com o Big Brother Brasil. 
Cá pra nós, reality show enquanto renovação  é dose.
O  reality show veio já com Boninho, o filho de Boni, no lugar do pai.
Até hoje se discute se a mudança foi uma consequência de dinastia  ou se o menino Boninho teria algum talento como tinha o pai.
Parece que foi mesmo um caso de família.
Além do reality show, Boninho, o filho do pai, lançou essa aberração ou berração do The Voice.
Cabe lembrar que foram apenas as duas "grandes novidades " de globo no período pós Boni.
Ambas foram cópias de programas de outras emissoras, no caso o reality show veio da Holanda e o The Voice dos EUA.
Não houve nenhum processo criativo voltado para a nossa cultura, no tocante as "novidades".
Ambos os programas são excrescências de tv's de outros países.
Não é por acaso que a audiência de tv globo não para de cair.
Ao que parece, o filho do pai é uma anta.
Fonte: PAPIRO em 30.12.13
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Marinho tem razão:
a Globo despenca

O pior é no horário nobre, onde rola mais grana …

Saiu na Folha (*):

Globo e SBT encerram 2013 com pior audiência da história


Globo e SBT não terão saudade de 2013. As duas emissoras registraram no ano que está partindo as piores audiências de sua história.

De 1º de janeiro a 26 de dezembro, a média diária (das 7h à meia-noite) da Globo na Grande São Paulo foi de 14,3 pontos. Em 2012, a rede marcou 14,7 pontos. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo.

O SBT está encerrando o ano com 5,3 pontos de média diária, ante 5,6 pontos do mesmo período no ano passado.

Esses são os piores índices já registrados por essas emissoras durante um ano.

(…)

Na faixa nobre (das 18h à meia-noite), onde estão os anunciantes, a Globo caiu de 24,6 pontos (2012) para 23,2 pontos (2013). O SBT passou de 6,7 para 6,5 pontos. A Band foi de 3,7 para 3,5 pontos. A Rede TV! marcou 1,2 ponto neste ano, ante 1,3 em 2012.

Apenas Record e TV Cultura cresceram na faixa nobre. A Record foi de 7,7 para 7,9 pontos, e a Cultura, de 0,9 para 1,4 ponto. 
Fonte: CONVERSA AFIADA 
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Vamos torcer pelos dois, lembrando que a Copa passa, mas a televisão permanece”

Para Boni, executivo que durante 30 anos comandou os rumos da Rede Globo e criador do “padrão Globo de qualidade”, 2014 será riquíssimo para a televisão. "É hora de renovação"

iG Gente , por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho 




Divulgação/Cláudio Augusto
Boni, ex-comandante geral da Globo, prevê um ano dinâmico para a TV em 2014

2014 - a televisão entra em campo.
Com a Copa do Mundo no Brasil, o ano será de um agito sem precedentes na nossa mídia. Em especial na televisão. Do ponto de vista de polarização, televisão e Copa do Mundo serão uma coisa só. Programas, promoções e eventos vão marcar o primeiro semestre. E em junho, quem não estiver nos estádios estará fazendo reuniões em casa para transformar cada jogo do Brasil em festa. Haja coração. Salgadinhos, cervejinha, foguetório e gritaria. Mas, senhores narradores, só em casa, tá bom? Nelson Rodrigues estava certo. Na Copa do Mundo, a seleção é “a pátria de chuteiras”, mas não precisamos exagerar. Não gritem com a gente. Somos inocentes.
Além do mais, como gritar não vai transformar um gol em dois, a prática é inútil.
Útil é a movimentação que Copa do Mundo traz para o mercado abrindo centenas de oportunidades de negócios. Uma delas, do ponto de vista da televisão, é a alavancagem da venda de aparelhos de TV HD – de alta definição. Como o apagão do sistema de televisão analógico foi antecipado pelo governo, na maioria das cidades , para 2015, a contribuição da Copa do Mundo para o aumento de televisores digitais nos lares brasileiros é importantíssima.
É hora de renovação. Momento que as emissoras de televisão devem aproveitar para rever seus posicionamentos e a grade de programação. Eu estou cheio de esperanças. Para a Globo, em particular, eu vejo um momento único. Sinto renascer o espírito de corpo e o profissionalismo que reinou na Globo por tanto tempo.
A Copa no Brasil vai possibilitar um desvio histórico no foco da programação e, quando a fartura de futebol acabar, estou convicto de que o segundo semestre trará uma televisão nova e revigorada. É minha aposta para o próximo ano. A televisão brasileira tem, no exterior, uma reputação tão grande quanto a do nosso futebol. Vamos torcer pelos dois, lembrando que a Copa passa, mas a televisão permanece no nosso dia a dia, na nossa vida, na nossa cultura. 2014, ano da Copa do Mundo. Ano da televisão brasileira.
Fonte: IG em 06.01.14
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O artigo sobre o programa The Voice, da TV globo, foi publicado pela Revista Fórum em 30,12.13.
A gritaria em uma canção, ou canção gritaria, foi a tônica do artigo que mereceu um comentário do PAPIRO no mesmo dia, que abordou  também a mediocridade atual dos programas da TV comercial no Brasil. 
Citou a renovação como necessidade, e não apenas a renovação nas emissoras existentes, porém uma renovação com a criação de um novo marco para as comunicações no país. 
Citou ainda  a fragilidade profissional que se vê hoje no comando de globo, fazendo referência ao simpático mamífero que é a anta.
Ontem, 06.01.14, o ex-diretor da globo,também citado no artigo do PAPIRO escreveu artigo publicado no portal IG, onde faz referências a gritos e renovação na TV brasileira. 
Fica claríssimo que mandou recibo.
Para escamotear o recibo, seguiu a pauta dominante na mídia no início desta semana, que é  nada mais que um terrorismo sobre atrasos nas obras e possíveis, desejados e tão esperados protestos populares que possam mudar o quadro para as eleições de outubro.
Ao melhor estilo Cid Moreira, no jornal nacional da década de 1970, Boni, ao falar da copa , diz o que o cidadão brasileiro deve fazer, claro, diante de um aparelho de TV ligado na TV globo, emissora que detêm os direitos de transmissão dos jogos.
Diz ainda que todo e qualquer foco no semestre deve ser única e exclusivamente para a copa, sem explicitar se somente com o espírito esportivo ou com motivações políticas.
Cita ainda Nelson Rodrigues, dizendo que em copa do mundo a seleção é a pátria de chuteiras.
Já que toda unanimidade é burra, como citou Nelson, o conceito de pátria de chuteiras não só  não é unânime como já vem se mostrando ultrapassado.  
Já se foi o tempo em que o brasileiro necessitava de uma conquista da seleção para elevar sua auto estima.
Existem motivos de sobra, atualmente, para que o brasileiro se projete de forma afirmativa no mundo. Entretanto, para as mídias, a pátria de chuteiras é um catalizador imprescindível para alavancar audiências e resultados em períodos de copa do mundo.
Para globo, que detém os direitos de transmissão das competições que envolvem a seleção brasileira de futebol, quanto maior a mobilização pelos jogos da copa, mais dinheiro para a emissora. 
Isso é fato. Logo, que se incite o "patriotismo".
 É sabido por todos que o esporte na TV globo é algo voltado apenas para as competições em que a emissora detém os direitos de transmissão. 
Programas como globo esporte, na hora do almoço e esporte espetacular, aos domingos pela manhã, tem como público alvo adolescentes idiotas, refeitórios de empresas e tédio dominical em locais remotos do país, respectivamente.
Não há nenhum compromisso o esporte.
Continuando sua "análise", Boni fala em renovação na TV brasileira  e mais especificamente na TV globo, onde deixou de trabalhar no século passado. 
Diz que após a copa, a TV estará pronta para renovação, sem explicar as razões para tal. 
Sabe-se que após a copa, teremos as eleições presidenciais, tão esperadas por globo. 
Se a renovação citada por Boni é apenas uma metáfora das eleições, já que uma renovação em grade de TV não acontece de um dia para o outro, cabe lembrar que o Brasil vem se renovando desde a chegada dos governos populares e democráticos do PT, em 2003 e, pelo cenário atual, tal renovação deve continuar pois muitos anos, pois assim percebe e entende o povo brasileiro. 
A renovação nas emissoras de TV, deve ser entendida como um processo, longo, que não é explicitado ou determinado com uma data de início.. 
Devemos, todos torcer pelos dois, a seleção brasileira e o novo marco regulatório das comunicações que esperamos dê a largada em 2014
Diante dos fatos, Boni é o retrato da globo atual
Diz ainda que vê renascer em globo o espírito de corpo e profissionalismo do passado.
Se vê renascer, mesmo não trabalhando em globo, é porque teria morrido ?
Confuso, dissimulado e ultrapassado.
A grade de globo contempla programas que não tem o menor interesse de um público jovem e  adulto jovem.. 
Programas ultrapassados, cafonas, bregas e de forte inclinação para lobbies americanos no país.
Dito isto, o artigo de Boni não pode ser considerado algo oriundo de um profissional bem sucedido em TV..
Fica claro que é apenas a defesa de um pai , o que, de certa forma, reforça , o conceito que se tem sobre o filho.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Médico da Periferia e General da Favela

Mais Médicos evidencia distância histórica entre profissionais e usuários

Formados no exterior criticam preconceito e corporativismo da classe médica brasileira
06/01/2014
Por Daniele Silveira,
de São Paulo (SP)
A imagem do médico cubano Juan Delgado sofrendo ofensas e recebendo vaias ao desembarcar na cidade de Fortaleza (CE), em agosto de 2013, foi um dos momentos mais marcantes do ano. Na cena clicada pelo repórter fotográfico Jarbas Oliveira, o médico negro é insultado por um grupo de médicas brasileiras, com características bem parecidas: jovens e brancas.
O lançamento do Programa Mais Médicos pelo governo federal, um mês antes, colocou em debate não só a situação da saúde pública no país, mas também a própria formação e atuação dos profissionais brasileiros. A política de “importação” de médicos estrangeiros foi amplamente combatida por setores conservadores da classe médica.
Perfil oposto ao da maioria dos estudantes de medicina no Brasil, Cíntia Santos Cunha, que faz o curso em Cuba, afirma que um dos motivos que a levaram a estudar no país caribenho foi a falta de oportunidades. Ela lamenta a realidade brasileira, na qual cursos de medicina são extremamente elitizados.
“Eu já desde muito nova queria fazer medicina. Acho que com 16 anos já queria fazer medicina. Só que medicina é um curso impensável para as pessoas de onde eu venho, para as pessoas como eu, negra, mulher, pobre. No Capão Redondo [zona sul paulistana] ninguém sonha em ser médico.”
Através de uma amiga já inserida no sistema educacional de Cuba, Cíntia pode conhecer as características do modelo  de saúde daquele país, “de caráter mais humanitário”. O encantamento foi instantâneo e em pouco tempo chegava sua vez de embarcar.
Antes da chegada dos primeiros médicos cubanos ao Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) deu início a uma campanha que buscava colocar em dúvida a credibilidade dos profissionais que seriam contratados. De imediato, o órgão anunciou que o Programa Mais Médicos “desrespeita a legislação, fere os direitos humanos e coloca em risco a saúde dos brasileiros, especialmente os moradores das áreas mais pobres e distantes”.
Sobre a postura do CFM, Cíntia avalia que a classe médica brasileira teme perder o controle sobre as vagas que estão desocupadas, o que permite a pressão por altos salários. Além disso, ela considera que o combate ao programa acontece por medo que o contato com os médicos cubanos desperte na população brasileira um novo entendimento da medicina.
“É o medo de que comece a mudar a mentalidade da população em relação ao que deve ser um médico e como deve ser o tratamento médico. Porque o que eu vejo tanto no atendimento que minha família recebe aqui no Brasil é que o paciente chega no consultório e o médico não olha para ele. O paciente diz o que já está sentindo, o médico sem olhar para a cara dele, muito menos tocar no paciente, dá alguma receita de medicamento ou manda fazer alguma análise diagnóstica complementar.”
Cíntia questiona um aspecto fundamental presente na mentalidade das escolas de medicina brasileiras que, segundo a estudante, tratam a saúde como um negócio. “A gente deve além de examinar, tocar o paciente, a gente deve ensinar o paciente diabético, hipertenso, por exemplo, a cuidar da própria saúde. Ou seja, eu ensino o paciente a cuidar da própria saúde, a manter equilibrada a sua diabetes, a sua hipertensão. Ele não precisa voltar mais comigo e isso não é interessante para quem faz a medicina um comércio”, afirma Cíntia.
Além de melhorar a infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, o Mais Médicos tem como objetivo levar médicos para as regiões mais carentes do país. O Ministério da Saúde estabeleceu como meta fechar o ano de 2013 com 6,6 mil médicos atuando no programa.
Nesse contexto, o cubano vaiado, Juan Delgado, reagiu aos críticos que não aceitaram os termos da contratação, que é feita por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Com vasta experiência, Delgado já atuou no Haiti e disse que veio ao Brasil por vontade própria. “Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário. Os médicos brasileiros deveriam fazer o mesmo que nós: ir aos lugares mais pobres prestar assistência.”

Revalidação
No mês de agosto, em entrevista ao repórter da página do MST, José Coutinho Júnior, a médica brasileira formada em Cuba Andreia Campigotto questionou o modo como as provas de revalidação do diploma são feitas. Segundo ela, os testes não refletem o nível de conhecimento de um médico recém-formado.
“Há um grande preconceito da categoria médica com os profissionais que se formam em outros países, o que é um entrave grande para a revalidação dos nossos diplomas. Acabam fazendo provas injustas. São provas que seriam de nível de especialistas, o que acaba refletindo numa desaprovação considerável dos estudantes que fazem essa prova de revalidação.”
Andreia revela que os estudantes de medicina da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais tradicionais do Brasil, tiveram mau desempenho em uma prova do CFM. No entanto, o resultado foi ignorado por veículos da grande imprensa, que já estavam empenhados em uma campanha anticubanos.
“Uma prova para médico generalista, que não é aplicada para nós, uma prova muito mais fácil que a de revalidação dos diplomas, onde quase 50% dos estudantes reprovaram porque não sabiam tratar uma meningite bacteriana”, pontua Andreia.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 400 médicos cubanos que chegaram na primeira etapa do acordo entre o órgão e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), todos já atuaram em outras missões internacionais, além de possuírem especialização em medicina familiar. Em relação à experiência, 84% deles têm mais de 16 anos de atuação.
Os profissionais vindos do exterior têm autorização especial para trabalhar por três anos exclusivamente nos serviços de atenção básica e devem receber um registro provisório dos conselhos regionais de medicina. O registro só é concedido após aprovação na etapa de avaliação, que inclui aulas de saúde pública brasileira e Língua Portuguesa.
Os médicos estrangeiros que participam do Mais Médicos atuam em postos indicados pelo programa e que não foram escolhidos por profissionais brasileiros. Na primeira chamada do programa, divulgada no início de agosto, apenas 6% dos médicos brasileiros que haviam se inscrito confirmaram a participação.
Recebido com simpatia pelos usuários do Sistema Único de Saúde, o Mais Médicos ainda está longe de resolver as demandas do setor. Entre os principais problemas da saúde pública no Brasil identificados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no final de 2010, estão a falta de médicos (58,1%), a demora em ser atendido (35,4%) e a dificuldade em conseguir consulta com especialista (33,8%). Os números foram obtidos em pesquisa de opinião realizada em unidades de saúde de todo o país.
Fonte: BRASIL DE FATO

sábado, 4 de janeiro de 2014

Democratizar a Mídia


Publicado em 02/01/2014

As derrotas do PiG (*) na América Latina

Ley de Medios da Argentina e exemplos de Equador e Uruguai

O Conversa Afiada reproduz artigo de Miro Borges, extraído do seu blog:

As derrotas da mídia na América Latina


Por Altamiro Borges

Em 2013, a América Latina se manteve na vanguarda da luta pela regulação da mídia. A região conhece bem os estragos causados por uma mídia concentrada e manipuladora. Os golpes e ditaduras que infelicitaram o continente foram bancados pelos veículos de impressa. O neoliberalismo que dizimou a região também foi apoiado por este setor. Já os governos progressistas nascidos da luta contra as chagas neoliberais tiveram como principal opositor o “Partido Imprensa Golpistas (PIG)”. Nada mais natural, portanto, que a regulação se tornasse uma exigência democrática.

Ley de Medios da Argentina

A derrota mais sentida pelos barões da mídia no ano passado se deu na Argentina. Em outubro, finalmente a Suprema Corte do país declarou a constitucionalidade de quatro artigos da “Ley de Medios” que eram contestados pelo Grupo Clarín, principal império midiático da nação vizinha. Esta decisão histórica permitiu que o governo de Cristina Kirchner prosseguisse com a aplicação integral da nova legislação, considerada uma das mais avançadas do mundo no processo de desconcentração e democratização dos meios de comunicação.

Pelas regras agora em vigor, os grupos monopolistas tem um prazo definido para vender parte de seus ativos com o objetivo expresso de “evitar a concentração da mídia”. O Grupo Clarín, maior holding multimídia do país, terá de ceder, transferir ou vender de 150 a 200 outorgas de rádio e televisão, além dos edifícios e equipamentos onde estão as suas emissoras. A batalha pela constitucionalidade dos quatro artigos durou quatro anos e agitou a sociedade argentina. O Clarín – que fez fortuna durante a ditadura militar – agora não tem mais como apelar.

Aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional e sancionada por Cristina Kirchner em outubro de 2009, a nova lei substitui o decreto-lei da ditadura militar. Seu processo de elaboração envolveu vários setores da sociedade – academia, sindicatos, movimentos sociais e empresários. Após a primeira versão, ela recebeu mais de duzentas emendas parlamentares. No processo de debate que agitou a Argentina, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a sua aprovação. A passeata final em Buenos Aires contou com mais de 50 mil participantes.

Mesmo assim, os barões da mídia tentaram sabotá-la, apostando suas fichas na Suprema Corte da Argentina. Isto explica porque a sentença de outubro abalou tanto os impérios midiáticos da região, reunidos na Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Num discurso terrorista, eles afirmaram que a nova lei é autoritária. Mas até o Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, reconheceu que a Ley de Medios da Argentina – com seus 166 artigos – é uma das mais avançadas do planeta e visa garantir exatamente a verdadeira liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade dos monopólios midiáticos.

Equador e Uruguai dão exemplo

A Argentina não foi a única a avançar neste debate estratégico na região. Outros dois países deram passos significativos neste sentido em 2013. Em junho, o parlamento do Equador aprovou o projeto do governo de Rafael Correa que cria um órgão de regulação da mídia com poderes para sancionar econômica e administrativamente os veículos da imprensa e que definirá os critérios para as futuras concessões de rádio e televisão no país. O projeto tramitou por quatro anos na Assembleia Nacional e foi aprovado por folgada maioria – 108 a favor e 26 contra.

Além de criar a Superintendência de Informação e Comunicação, que terá o papel de “vigilância, auditoria, intervenção e controle”, a lei reserva 33% das futuras frequências de rádio e TV para a mídia estatal, 33% para emissoras privadas e 34% para os grupos indígenas e comunitários. Ela também garante amplo direito de resposta, contrapondo-se ao chamado “linchamento midiático”. Caso julgue que pessoa física ou jurídica foi “caluniada e desacreditada” pela mídia, a Superintendência pode obrigar o veículo responsável a divulgar um ou mais pedidos de desculpas.

Para o deputado Mauro Andino, relator do projeto, a nova lei com seus 119 artigos representa significativo avanço na democracia no Equador e na garantia da verdadeira liberdade de expressão. “Como cidadãos, queremos a liberdade de expressão com os limites dados pela Constituição e pelos instrumentos internacionais, além de uma liberdade de informação com responsabilidade… Propusemos uma lei que se constrói a partir de um enfoque de direitos para todos, não para um grupo de privilegiados”. Vale lembrar que a mídia equatoriana é controlada por banqueiros!

Para irritar ainda mais os barões da mídia do continente, em dezembro último a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a Lei dos Serviços de Comunicação Audiovisual, proposta pelo governo de José Pepe Mujica. Com 183 artigos, a nova “Ley de Meios” encara os meios de comunicação como um direito humano e define que “é dever do Estado assegurar o acesso universal aos mesmos, contribuindo desta forma com liberdade de informação, inclusão social, não-discriminação, promoção da diversidade cultural, educação e entretenimento”.

Em seu enunciado, a nova lei enfatiza que os monopólios dos meios de comunicação “conspiram contra a democracia ao restringir a pluralidade e a diversidade que asseguram o pleno exercício do direito à informação”. Visando corrigir esta distorção, o texto propõe “plena transparência no processo de concessão de autorizações e licenças para exerce a titularidade” nas emissoras de rádio e televisão. Ele também prevê a criação de um Conselho de Comunicação Audiovisual, com o intento de “implementar, monitorar e fiscalizar o cumprimento das políticas”.

A nova lei uruguaia ainda estabelece cotas mínimas de produção audiovisual nacional, institui o horário eleitoral gratuito nos canais e determina que as empresas telefônicas não poderão explorar concessões de rádio ou tevê. Ela também contempla a proteção à criança e ao adolescente, já que regula a veiculação de imagens com “violência excessiva”. Das 6h às 22h, esse tipo de conteúdo é proibido, com a exceção para “programas informativos, quando se tratar de situação de notório interesse público” e somente com aviso prévio explícito sobre a exposição dos menores.

A reação da máfia midiática da SIP

As recentes mudanças legais na Argentina, Equador e Uruguai se somam as que já estavam em vigor na Venezuela – o primeiro país da região a encarar este tema estratégico –, Bolívia e Nicarágua. Não é para menos que o rebelde continente latino-americano é hoje maior entrave ao poder dos monopólios da mídia. Em outubro passado, durante a 69ª Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), os poderosos empresários do setor confessaram que estão perdendo a batalha de ideias na América Latina e decidiram reforçar sua postura oposicionista.

Na maior caradura, o presidente da SIP, Jaime Mantilla, disse que “os governos latino-americanos têm se dedicado a semear o ódio e o medo” contra os meios de comunicação. O objetivo da entidade, sedeada em Miami, com famosos vínculos com a CIA e que sempre apoiou os golpes e as ditaduras, é evitar que as novas legislações sejam aplicadas em sua plenitude e que contagiem outros países da região. O Brasil inclusive foi citado como preocupação maior dos mafiosos da mídia do continente. Se depender da presidente Dilma Rousseff, porém, eles podem dormir tranquilamente.

Fonte : CONVERSA AFIADA 

O PIG da América Latina perdeu o tempo, parou no tempo, não viu o passar do tempo e, assim sendo, está em tempo de mudança.
Considerado como um dos segmentos mais reacionários e atrasados , talvez até mesmo do planeta,  o PIG sofre uma derrota a cada segundo.
Suas crises inventadas , factóides, manipulações e mentiras não passam nem da página dois.
Aliado de setores retrógrados da Igreja Católica, como o Opus Dei, os jornalistas e empresários do PIG devem estar passando por dias de intenso sofrimento, com dores adicionais,  para suportar as sucessivas derrotas.  
A América Latina aparece na vanguarda não apenas nos aspectos referentes as leis que regulamentam os meios de comunicação. 
No Uruguai o aborto foi legalizado e o uso da maconha deixou de ser crime e ainda é controlado pelo governo, dando um golpe certeiro no crime organizado.
Na Bolívia e Venezuela, principalmente na última já estão em pŕatica as iniciativas de propriedade social, criando desta forma novos meios de produção e distribuição.
O Papa Francisco, que até o momento inova e surpreende com suas declarações é argentino, sul americano, do fim do mundo, como ele gosta de se referir. 
O presidente do Uruguai foi eleito a personalidade do ano, e justo por uma revista careta. 
O descompasso da velha mídia do Brasil com a realidade brasileira e sul americana é assustador. 
Com discursos e práticas idênticas ao que existe de mais reacionário nos EUA, a velha mídia brasileira vai revelando seus patrões, seus interesses, suas cores.
As eleições estão chegando e um almofadinha que frequenta o instituo mileniun, escreveu, ontem, em o globo, que a política é uma caixinha de surpresas, talvez revelando as novas composições em curso na oposição, sempre em nome da família, da propriedade, de Deus , e da América livre e democrática para os americanos bilionários.