sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Construção do Caos

O PAPIRO selecionou, hoje, sexta-feira, 27.12.13, os artigos abaixo.

Oriundos de diferentes sites, portais e blogues, porém todos publicados no mesmo dia.

A leitura em conjunto desses artigos revela um sentimento, uma percepção, um sentido comum sobre algo que ainda está em estado líquido e que se pretende se solidificar no próximo ano, ano de eleições.

Não, eu não estou vendo fantasmas.

Alguns, apesar do engajamento total revelam um desânimo quanto ao sucesso que desejam, e já se imaginam na luta em 2018 para tentar capturar o poder. Um ato falho, falou mais alto.

Entretanto não se pode desprezar o que essa gente está planejando. Seja por aqui ou pelo oriente médio o importante é saber exatamente com quem o caro e atento leitor samba. Se com os endinheirados que não suportam o povo  e a democracia, ou com os trabalhadores que trabalham o ano inteiro e vivem de seus salários.

Se justo aqueles que detestam o povo e a democracia convocam o povo para às ruas é um sinal de que somente um caos social pode alterar a percepção do  eleitor e, quem sabe, mudar um quadro que se desenha com mais uma vitória do povo, com Dilma ou Lula.

A copa do mundo de futebol, em 2014, evento que o endinheirados , como globo, irão se encher ainda mais de dinheiro, pode ser o estopim tão desejado por setores que historicamente não tem capacidade para colocar o povo nas ruas. Esperam ansiosamente pela copa, de forma que consigam o caos.

Repetir, repetir, repetir as mentiras sem parar, tal qual seus ídolos do nazismo, de maneira que , pelo menos, alguma coisa fique para que alguns incautos possam acreditar.

Políticos, escritores com data de validade, artistas decadentes, humoristas, jornalistas, todos empenhados e afinados em uma só voz , como o caro e atento leitor verá ao final da leitura dos artigos abaixo.

Por outro lado, sites, portais , blogues e internautas, atentos aos movimentos de retrocesso em marcha trazem a tona suas legítimas preocupações como o ano que se inicia.

Aproveite o feriado de final de ano e tenha uma boa leitura.
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Ato falho do Globo
mostra desânimo da direita

Pessimismo já tomou conta da oposição e do PiG (*).
O Conversa Afiada reproduz post do Blog do Saraiva, que flagrou o pessimismo de um dos integrantes do PiG (*):

Ato falho de O Globo mostra desânimo da direita



2014 já era para os Marinho

Em tempo: este não é o primeiro ato falho vindo da Globo Overseas.

Antes, o próprio Noblat chamou Gilmar Mendes de Gilmar Dantas. Veja aqui, em vídeo, e aqui, em um texto.

Depois foi a vez do Ataulfo Merval (**).

O imortal colonista (***) chamou o mesmo ministro de Gilmar Mentes.

E sobrou até para o Fux, que passou a ser conhecido como Luis Fucks.

Fonte: CONVERSA AFIADA

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Em novela, Globo deturpa informações sobre conflito na Palestina

Minha ressaca pós-Natal foi interrompida pelo orientalismo. Pois bem, agora toma... Dançando o dabkeh na cara da Globo!


Por Moça, você é orientalista*


Eu não tinha a menor ideia de que houvesse uma judia e um palestino na novela das 9 (e ainda não entendi o que eles foram fazer no Rio, se o resto dos brimos estão em SP), mas graças a eles, a Moçx, você é orientalista dedica à Rede Globo o prêmio Orientalista 2013.

O pouco que consegui ler sobre as personagens e a revelação bombástica (trocadilhos infames) de que o palestino havia sido um terrorista (?) me levou a identificar três graves e recorrentes problemas:

1) Reforçar estereótipos: todo árabe é ou já foi um terrorista (e as causas para tal decisão são ignoradas, dando a entender que a violência faz parte desse povo)

2) Equiparar a violência do opressor com a resistência do oprimido: a violência só é admitida para “manter a ordem”, ou seja, para preservar a atual estrutura da sociedade e o privilégio dos poderosos.

3) Impedir o acesso à informação: mostrar a questão da Palestina como um conflito sem causa e sem fim, fruto das mais completa falta de civilidade de um povo atrasado.

A ideia da Globo não é esclarecer a questão: parecem, inclusive, desconhecerem o assunto. Mencionam várias vezes sobre a guerra da Palestina, enquanto na verdade o país se vê oprimido por um duro sistema de colonização, ocupação e apartheid. Logo, se ninguém sabe nada sobre o assunto, vamos fazer o que sabemos fazer de melhor: um romance proibido água com açúcar.

Para a Globo, a questão da Palestina baseia-se em uma confusão étnico-religiosa entre judeus e palestinos, generalizando e descaracterizando esse povo, ignorando, inclusive, que palestinos possam ser judeus, como o mano Jesus. Ou seja, a melhor forma de solucionar o conflito é através do amor e da não-violência (lindo sqn). Cometem o descalabro de dizer que judeus e palestinos podem se casar em Israel, o que é proibido pela Lei da Cidadania, que pune o cônjuge judeu com a perda de sua cidadania israelense. Pérsio diz ter lutado na guerra da Palestina: mas que guerra? Primeira ou Segunda Intifada? Setembro Negro? Yom Kippur? Revoltas de 36? De que cazzo você está falando, manolo? Também diz ter participado de uma célula terrorista, mas não menciona o grupo e nem quais eram suas atividades, o que faz com que qualquer ato de resistência possa ser enquadrado enquanto terrorista. Afinal, o que é e quem decide o que é terrorismo?

A definição oficial de terrorismo é: uso da violência física ou psicológica, através de ataques localizados, com o intuito de incutir o medo na população. Esse método já foi aplicado tanto por grupos de esquerda quanto de direita. Porém, na prática, qualquer atitude que desagrada a ideologia dominante costuma ser enquadrada enquanto uma prática terrorista, fazendo que atirar pedras em um tanque seja igual a um ataque suicida. Não se trata de uma ode à violência ou achar que toda forma de resistência é válida, mas quem decide e reavalia os meios de luta são os oprimidos. Outro fator oportuno é o silêncio a respeito do terrorismo de Estado, sobre a mão de ferro com que governos reprimem seus dissidentes para garantir a tal da governabilidade. Logo, se não sabemos o ataque cotidiano que um povo sofre na mira de um governo ou regime, não seremos solidários quando esses se levantarem com as ferramentas que tem nas mãos, sejam elas pedra, paus, câmeras ou kalashnikova.

É um crime negar à população o direito à informação. Pior, estimular a banalização de preconceitos como a arabofobia e islamofobia. O medo todo é que, uma exposição sincera dos fatos poderia trazer simpatia ao povo palestino e nenhum grande meio de comunicação quer isso, afinal, eles são bancados pela classe dominante para espalharem suas ilusões na classe trabalhadora. É verdade que a internet democratizou a disseminação de conteúdo, mas ainda é pouco e muito marginal.

Considerando que as televisões no Brasil funcionam a base de concessão pública, a tv pertence ao povo e não às empresas que se apropriam dos canais. Num primeiro momento a vontade que dá é de tocar fogo na Globo, mas isso é ingênuo. O que seria bonito mesmo era que a classe trabalhadora e os oprimidos pudessem se ver na tv, que o alvo das piadas fossem os banqueiros e os barões, não as mulheres, os negros e os homossexuais. Taí, certo mesmo era a Globo na mão dos trabalhadores!

A página Moçx, você é orientalista deseja a todos muita serenidade e vontade de romper com preconceitos, para conquistarmos em 2014 tudo que ainda ficou entalado na garganta. Para muito além de línguas, religião ou posição geográfica, a divisão mais profunda e irreconciliável que existe é a da burguesia e a classe trabalhadora. E você? De que lado você samba?

Fonte: VERMELHO
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Lassance: Enquete mostra que vem chumbo grosso em 2014

publicado em 26 de dezembro de 2013 às 22:21

Merval Pereira no Instituto Millenium: preparando a artilharia
24/12/2013 – Copyleft


Velha mídia quer a Presidência de presente de Natal

Enquete feita entre colunistas do mais tradicional veículo da velha mídia mostra o que eles pretendem em 2014: mandar na política e ditar a opinião pública
por Antonio Lassance, na Carta Maior 

O jornalista Ancelmo Góis fez uma enquete junto a outros colunistas do jornal O Globo para saber o que eles esperam de 2014. Merval Pereira espera que as coisas continuem ruins no ano que vem, mas acha que vão piorar. Carlos Alberto Sardenberg, Míriam Leitão e Zuenir Ventura torcem por mais protestos – “protestos vigorosos”, quer Sardenberg. Ricardo Noblat pediu a Papai Noel que dê discernimento aos brasileiros para escolher o próximo presidente da República. Se é para dar, supõe-se que é porque ainda não temos.
A enquete deixa claro o que o mais tradicional veículo da velha mídia está preparado para fazer em 2014. É o mesmo que fez em 2013: pegar carona na insatisfação popular para tentar influir decisivamente no mundo da política. Desgastar aqueles de quem não gosta para dar uma força àqueles que são seus prediletos.
A mídia que foi escorraçada das ruas e teve que mascarar as logomarcas de seus microfones quer repetir o que sempre fez em eleições presidenciais: entrar em campo e desempenhar o papel de partido de oposição.
As corporações midiáticas se organizam para, mais uma vez, interferir no resultado das eleições porque disso depende o seu negócio. De novo, entram em campo para medir forças. Já estão acostumadas a partir para o tudo ou nada. Vão testar, pela enésima vez, a quantas anda seu poder sobre a política. Disso fazem notícia e assim agem para deixar os políticos e os partidos de joelhos, estigmatizados, envergonhados e obsequiosos.
Como nos ensinou Venício Lima, uma Presidência, um Congresso e partidos achincalhados são incapazes de propor uma regulação decente da mídia, nem mesmo para garantir a liberdade de expressão, a diversidade de fontes de informação, a pluralidade de opiniões e um mercado da comunicação não cartelizado.
Em 2013, as corporações midiáticas, mais uma vez, anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. E não é que o tal do mundo não se acabou? Quando os protestos de junho tomaram as ruas, o preço do tomate tinha ido às alturas. O PIB de 2012 se tornou conhecido e seu crescimento havia sido próximo de zero. Os reservatórios estavam bem abaixo do normal e “especialistas” recomendavam rezar para que não houvesse apagão. O caso Amarildo fez derreter a quase unanimidade que havia em defesa do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (as UPPs).
Parecia que o país ia mal das pernas e que um modelo de governança estava esgotado e ruindo. Tudo levava a crer que a presidência Dilma havia entrado em um beco sem saída. Mas saiu. Ela recuperou sua popularidade, enquanto seus adversários potenciais caíram em preferência de voto e aumentaram sua rejeição.
O ano terminou melhor do que começou, para o governo e para o País. A inflação vai fechar dentro da meta. Assim deve permanecer no ano que vem, por mais que alguns analistas queiram, usando razões que a própria razão desconhece, nos fazer crer que o limite da meta é algo fora da meta (quem sabe os dicionários, no ano que vem, tragam um novo sentido para a palavra “limite”). Não houve apagão e as térmicas foram desligadas mais cedo do que se imaginava.
O crescimento do PIB, em 2014, deve ser maior do que o deste ano. Educação e saúde terão mais recursos e têm saído melhor na percepção aferida em pesquisas. O Brasil, no ano que vem, continuará com um dos maiores superávits primários do mundo, ainda mais com a entrada de novos recursos vindos da exploração do pré-sal e das concessões de infraestrutura.
Mas os pepinos continuam sendo muitos. Alguns serão particularmente difíceis de se descascar no ano que vem. Um é a ameaça de as agências de avaliação de risco rebaixarem a nota do Brasil. Outro é o descrédito das políticas de segurança pública, em todos os estados, mas respingando no Governo Federal.
O terceiro e, possivelmente, o mais explosivo, seria o mesmo de 2013: uma nova onda de aumento das tarifas de ônibus, o que tradicionalmente acontece no primeiro semestre de cada ano. A derrota do aumento do IPTU em São Paulo, na Justiça, tirou do mapa a única situação que se imaginava sob controle. O eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte é o que mais preocupa o Planalto. Se algo der errado, no ano que vem, terá como epicentro provável essas três capitais, podendo alastrar-se para as demais.
Os protestos de 2013 foram uma tempestade perfeita. Várias questões mal resolvidas e acumuladas no estresse diário dos cidadãos se transformaram em revolta nas ruas, juntando alhos e bugalhos. Imprevisíveis, tempestades perfeitas, como foram as jornadas de junho, são também difíceis de se repetirem. Difíceis, mas não impossíveis.
Basta um pequeno risco para se ter uma grande preocupação. Os três problemas mais sensíveis do momento (a percepção internacional sobre a economia do país, a segurança pública e as tarifas de ônibus) conformam a agenda prioritária do primeiro trimestre de 2014 a ser toureada diretamente pelo Palácio do Planalto. Os meses de janeiro a março de 2014 serão mais agitados do que o normal, pelo menos, na Esplanada dos Ministérios.
O trimestre seguinte, de abril a junho, será o período mais crítico. Ali se concentram as datas-base da negociação trabalhista de várias categorias; a briga de foice de muitos interesses para entrarem na pauta do esforço concentrado do Congresso; o período final do acerto das candidaturas presidenciais e estaduais; finalmente, claro, a Copa do Mundo de Futebol.
Que venha 2014. Que venha mais ousadia de todos os governos e partidos. Que venham mobilizações em favor dos mais pobres e com os mais pobres nas ruas, com suas organizações sociais, populares e seus partidos — até para que os partidos possam abrir menos a boca e mais os ouvidos. Que os brasileiros mostrem que a voz das ruas não é aquela fabricada pelas manchetes das corporações midiáticas. Que a opinião pública mostre, ao vivo e em cores, que a sua verdadeira opinião é normalmente o avesso da opinião publicada. Que venham surpresas, pois são delas que surgem as mudanças.
(*) Antonio Lassance é cientista político.

Fonte: CARTA MAIOR
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Hildegard Angel: “Não estou vendo fantasmas; o Projeto do Mal de 64 ganha corpo”

publicado em 26 de dezembro de 2013 às 23:27

Stuart e Zuzu Angel, irmão e mãe de Hildegard assassinados pela ditadura civil-militar

A GENTE NUNCA PERDE POR SER LEGÍTIMO, MAS QUEM CONTA A HISTÓRIA SÃO OS VENCEDORES, NÃO ESQUEÇAM!

por Hildegard Angel, em seu blog, sugerido por Messias Franca de Macedo

O fascismo se expande hoje nas mídias sociais, forte e feioso como um espinheiro contorcido, que vai se estendendo, engrossando o tronco, ampliando os ramos, envolvendo incautos, os jovens principalmente, e sufocando os argumentos que surgem, com seu modo truculento de ser.
Para isso, utiliza-se de falsas informações, distorções de fatos, episódios, números e estatísticas, da História recente e da remota, sem o menor pudor ou comprometimento com a verdade, a não ser com seu compromisso de dar conta de um Projeto.
Sim, um Projeto moldado na mesma forma que produziu 1964, que, os minimamente informados sabem, foi fruto de um bem urdido plano, levando uma fatia da população brasileira, a crédula classe média, a um processo de coletiva histeria, de programado pânico, no receio de que o país fosse invadido por malvados de um fictício Exército Vermelho, que lhes tomaria os bens e as casas, mataria suas criancinhas, lhes tiraria a liberdade de ir, vir e até a de escolher.
Assim, a chamada elite, que na época formava opinião sobre a classe média mais baixa e mantinha um “cabresto de opinião” sobre seus assalariados, foi às ruas com as marchas católicas engrossadas pelos seus serviçais ao lado das bem intencionadas madames.
Elas mais tarde muito se arrependeram, ao constatar o quanto contribuíram para mergulhar o país nos horrores de maldades medievais.
Agora, os mesmos coroados, arquitetos de tudo aquilo, voltam a agir da mesma forma e reescrevem aquele conto de horror, fazendo do mocinho bandido e do bandido mocinho, de seu jeito, pois a História, meus amores, é contada pelos vencedores. E eles venceram. Eles sempre vencem.
Sim, leitores, compreendo quando me chamam de “esquerdista retardatária” ou coisa parecida. Esse meu impulso, certamente tardio, eu até diria sabiamente tardio, preservou-me a vida para hoje falar, quando tantos agora se calam; para agir e atuar pela campanha de Dilma, nos primórdios do primeiro turno, quando todos se escondiam, desviavam os olhos, eram reticentes, não declaravam votos, não atendiam aos telefonemas, não aceitavam convites.
Essa minha coragem, como alguns denominam, de apoiar José Dirceu, que de fato sequer meu amigo era, e de me aprofundar nos meandros da AP 470, a ponto de concluir que não se trata de “mensalão”, conforme a mídia a rotula, mas de “mentirão – royalties para mim, em pronunciamento na ABI – eu, a tímida, medrosa, reticente “Hildezinha”, ousando pronunciamentos na ABI! O que terá dado nela? O que terá se operado em mim?
Esse extemporâneo destemor teve uma irrefreável motivação: o medo maior do que o meu medo. Medo da Sombra de 64. Pânico superior àquele que me congelou durante uma década ou mais, que paralisou meu pensamento, bloqueou minha percepção, a inteligência até, cegou qualquer possibilidade de reação, em nome talvez de não deixar sequer uma fresta, passagem mínima de oxigênio que fosse à minha consciência, pois me custaria tal dor na alma, tal desespero, tamanha infelicidade, noção de impotência absoluta e desesperança, perceber a face verdadeira da Humanidade, o rosto real daqueles que aprendi a amar, a confiar…
Não, eu não suportaria respirar o mesmo ar, este ar não poderia invadir os meus pulmões, bombear o meu coração, chegar ao meu cérebro. Eu sucumbiria à dor de constatar que não era nada daquilo que sempre me foi dito pelos meus, minha família, que desde sempre me foi ensinado. O princípio e mandamento de que a gente pode neutralizar o mal com o bem. Eu acreditava tão intensamente e ingenuamente no encanto da bondade, que seguia como se flutuasse sobre a nojeira, sem percebê-la, sem pisar nela, como se pisasse em flores.
E aí, passadas as tragédias, vividas e sentidas todas elas em nossas carnes, histórias e mentes, porém não esquecidas, viradas as páginas, amenizado o tempo, quando testemunhei o início daquela operação midiática monumental, desproporcional, como se tanques de guerra, uma infantaria inteira, bateria de canhões, frotas aérea e marítima combatessem um único mortal, José Dirceu, tentando destrui-lo, eu percebi esgueirar-se sobre a nossa tão suada democracia a Sombra de 64!
Era o início do Projeto tramado para desqualificar a luta heroica daqueles jovens martirizados, trucidados e mortos por Eles, o establishment sem nomes e sem rostos, que lastreou a Ditadura, cuja conta os militares pagaram sozinhos. Mas eles não estiveram sozinhos.
Isso não podia ser, não fazia sentido assistir a esse massacre impassível. Decidi apoiar José Dirceu. Fiz um jantar de apoio a ele em casa, Chamei pessoas importantes, algumas que pouco conhecia. Cientistas políticos, jornalistas de Brasília, homens da esquerda, do centro, petistas, companheiros de Stuart do MR8, religiosos, artistas engajados. Muitos vieram, muitos declinaram. Foi uma reunião importante. A primeira em torno dele, uma das raras. Porém não a única. E disso muito me orgulho.
Um colunista amigo, muito importante, estupefato talvez com minha “audácia” (ou, quem sabe, penalizado), teve o cuidado de me telefonar na véspera, perguntando-me gentilmente se eu não me incomodava de ele publicar no jornal que eu faria o jantar. “Ao contrário – eu disse – faço questão”.
Ele sabia que, a partir daquele momento, eu estaria atravessando o meu Rubicão. Teria um preço a pagar por isso.
Lembrei-me de uma frase de minha mãe: “A gente nunca perde por ser legítima”. Ela se referia à moda que praticava. Adaptei-a à minha vida.
No início da campanha eleitoral Serra x Dilma, ao ler aqueles sórdidos emails baixaria que invadiam minha caixa, percebi com maior intensidade a Sombra de 64 se adensando sobre nosso país.
Rapidamente a Sombra ganhou corpo, se alastrou e, com eficiência, ampliou-se nestes anos, alcançando seu auge neste 2013, instaurando no país o clima inquisitorial daquela época passada, com jovens e velhos fundamentalistas assombrando o Facebook e o Twitter. Revivals da TFP, inspirando Ku Klux Klan, macartismo e todas as variações de fanatismo de direita.
É o Projeto do Mal de 64, de novo, ganhando corpo. O mesmo espinheiro das florestas de rainhas más, que enclausuram príncipes, princesas, duendes, robin hoods, elfos e anõezinhos.
Para alguns, imagens toscas de contos de fadas. Para mim, que vi meu pai americano sustentar orfanato de crianças brasileiras produzindo anõezinhos de Branca de Neve de jardim, e depois uma Bruxa Má, a Ditadura, vir e levar para sempre o nosso príncipe encantado, torturando-o em espinheiros e jamais devolvendo seu corpo esfolado, abandonado em paradeiro não sabido, trata-se de um conto trágico, eternamente real.
Como disse minha mãe, e escreveu a lápis em carta que entregou a Chico Buarque às vésperas de ser assassinada: “Estejam certos de que não estou vendo fantasmas”.
Feliz Ano Novo.
Inclusive para aqueles injustamente enclausurados e cujas penas não estão sendo cumpridas de acordo com as sentenças.
É o que desejo do fundo de meu coração.

Fonte: VI O MUNDO

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        sex, 27/12/2013 - 1:26

  1. LTI – A Linguagem do Terceiro Reich (excertos)
    Por William Mendes, no Refeitório Cultural
    (http://blog-do-william-mendes.blogspot.com.br/search/label/Victor%20Klemperer)

    “Não, o efeito mais forte não foi provocado por discursos isolados, nem por artigos ou panfletos, cartazes ou bandeiras.
    O efeito não foi obtido por meio de nada que se tenha sido forçado a registrar com o pensamento ou a percepção conscientes.
    O nazismo se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas inconsciente e mecanicamente.”
    “O domínio absoluto que esse pequeno grupo… exerceu na normatização da linguagem se estendia por todo o âmbito da língua alemã, levando-se em conta que a LTI não fazia distinção entre linguagem oral e escrita.
    Para ela, tudo era discurso, arenga, alocução, invocação, incitamento.”
    “A LTI pretende privar cada pessoa da sua individualidade, anestesiando as personalidades, fazendo do indivíduo peça de um rebanho conduzido em determinada direção, sem vontade e sem ideias próprias, tornando-o um átomo de uma enorme pedra rolante.
    A LTI é a linguagem do fanatismo de massas.
    Dirige-se ao indivíduo – não somente à sua vontade, mas também ao seu pensamento -, é doutrina, ensina os meios de fanatizar e as técnicas de sugestionar as massas.”

 
Fonte: FRANCO ATIRADOR
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27/12/2013 - 

A vez dos amigos do povo

Quando os amigos do povo convocam as ruas é porque as instituições já não bastam para assegurar o poder do conservadorismo.

por: Saul Leblon

Arquivo

 
 
 
 
 
 
 A hora dos amigos do povo


O  conservadorismo brasileiro percorreu todo um alfabeto de alternativas ao longo de 2013 até se convencer de que, isoladamente, nenhuma das vogais ou consoantes lhe daria o que procura.

O caminho da volta ao poder.

A rua emerge como a derradeira aposta de quem, sucessivamente, ancorou o seu futuro no julgamento da AP 470, na explosão da inflação, no apagão  das hidrelétricas, no abismo fiscal e, ainda há pouco, na hecatombe decorrente da redução da liquidez nos EUA.

Cada uma dessas alternativas, mesmo sem deixar de impor constrangimentos objetivos ao país e ao governo,  mostrou-se incapaz de destruir  o contrapeso  de acertos e conquistas acumulados ao longo dos últimos 12 anos.

A irrupção de protestos em plena Copa do mundo tornou-se assim a nova bala de prata acalentada por aqueles que, corretamente, ressentem-se de um amalgama capaz de injetar torque e dinamismo  ao acerto de contas que buscam com a agenda progressista brasileira.

Não se espere  passividade a partir dessa avaliação.

Está em curso o vale tudo  para mobilizar uma classe média eterna aspirante a elite, ademais de segmentos que consideram indiferente ter na chefia da nação  Dilma,  Aécio  ou Campos. 

Juntos eles compõem o novo rosto da velha agenda banqueira.

Importa reter desse mutirão  aquilo que ele informa sobre a singularidade da campanha eleitoral de 2014.

Junho de 2013 encerra lições nesse sentido.

Delas,  o conservadorismo tem a pretensão de  ser o aprendiz mais aplicado na prova de fogo que se avizinha.

Apostar a reeleição de Dilma em uma estratégia essencialmente publicitária, como tem objetado Carta Maior, pode reduzir  a campanha progressista  a um sino de veludo, diante dos decibéis convocados, manipulados  e magnificados pela estridência  do carrilhão  midiático.

O que se desenha para 2014 está mais próximo de um  2002 radicalizado, do que  daquilo  que se assistiu nas disputas de 2006 e 2010.

Mobilizações de massa  não são a primeira escolha de elites mais afeitas a golpes e arranjos de  cúpula.

Seu medo atávico às ruas remonta às revoluções burguesas do século XVIII, sendo a contrarrevolução  francesa um exemplo clássico do empenho em resgatar o poder  para a segurança de um diretório armado, se preciso.

As reticências empalidecem, no entanto, em momentos  da história  em que a rua é o que de mais palpável  se apresenta à regeneração de um domínio  conservador espremido em uma correlação de forças que ameaça escapar ao seu controle.

Hoje, não por acaso, o chão firme  desses interesses no país se equilibra  em duas hipertrofias insustentáveis: a do judiciário e a da mídia.

A campanha do PT  em 2014 não pode hesitar diante dessa mistura de esgotamento  e desespero.

Se o conservadorismo  se inclina  às ruas , a resposta progressista  não pode ser a defesa retrógada de instituições ultrapassadas pelo avanço da sociedade.

Instituições não são neutras.

Elas cristalizam  uma correlação de forças de um dado momento  histórico.

A representação da  sociedade  no atual sistema político  --a exemplo de seu ordenamento de mídia,  já não expressa o aggiornamento ecumênico  verificado na correlação de forças nos últimos anos.

É justamente a urgência dessas atualizações institucionais  que a agenda petista deveria incorporar à campanha eleitoral de 2014.

Não como recurso ornamental de um cuore publicitário.

Mas como diretrizes efetivas de mobilização e engajamento político de amplos setores  em torno da candidatura Dilma.

Não se trata de criar uma antídoto  às ruas.

Mas de levar às ruas uma referência efetiva de renovação histórica, em resposta  a expectativas sistematicamente fraudadas pela cepa dos que hoje se fantasiam de amigos do povo.

Se eles convocam as ruas é porque o extraordinário bate à porta.

E quando o extraordinário acontece  não bastam as receitas da rotina.


Fonte: CARTA MAIOR - Editorial
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Bláblá sem voto
incita o caos

A Globo e Gaspari também trocam voto pela “rebelião das massas”.
Saiu na Folha (*) colona (**) da Bláblárina:

Personalidade do ano



É comum, ao final de cada ano, que os veículos de comunicação façam enquetes e consultas para escolher –e, às vezes, premiar– as personalidades que se destacaram e influenciaram o rumo dos acontecimentos no país. Exponho aqui o meu voto e o justifico.

Em 2013, o Brasil se encontrou nas ruas. Este não é apenas o fato mais significativo do ano, mas se estende ao futuro e influencia todas as expectativas para o próximo ano.

(…)

Por essa emergência que surpreendeu aos desatentos e, principalmente, por essa permanência que se anuncia para o futuro, pela ruptura com os velhos falsos consensos estabelecidos, pelo reencontro de uma utopia de justiça que parecia esquecida, voto nessa bela multidão que foi às ruas como personalidade do ano de 2013 e desejo-lhe mais força e criatividade para renovar a democracia no Brasil em 2014.



A Bláblá não é a primeira a pregar a rebelião das massas em 2014.

O colonista (**) de múltiplos chapéus já havia sido proclamado o guru dos coxinhas, após colona (*) publicada nesta semana:

“Em 2014 a turma que paga as contas irá às urnas. Elas poderão ser um bom corretivo, mas a experiência deste ano que está acabando mostra que surgiu outra forma de expressão, mais direta: ‘Vem pra rua você também’.”
, escreveu Elio Gaspari.

Vale lembrar que os protestos no mês de junho começaram com o Movimento Passe Livre, que foi capturado pela Globo.

É o que sobrou para a Bláblárina, que não tem voto e destila fel por não ter sido a escolhida de Lula para sucedê-lo.



Fonte: CONVERSA AFIADA

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Caminho deve ser sempre pela esquerda

Qual esquerda? Os dois tipos de esquerda na Europa

Há dois tipos de esquerda na França e na Europa, que não são apenas diferentes, mas irreconciliáveis. Uma esquerda oficial e uma esquerda radical.


Michael Löwy Arquivo

Há dois tipos de esquerda na França e na Europa, que não são apenas diferentes, mas irreconciliáveis.

A primeira é a esquerda oficial, institucional, representada por certos governos de centro-esquerda – na França, por exemplo – e pelos grandes partidos de centro esquerda. Quer esses governos e partidos sejam « honestos » ( ?) ou corrompidos, partidários do « crescimento » ou da « austeridade », social-liberais ou neoliberais, eles não representam mais do que variantes da mesma política, a do sistema.

Como seus adversários de centro-direita – com os quais frequentemente governam em (Grécia, Alemanha, Itália) – sua política é a do capitalismo globalizado. Uma política que perpetua e agrava as desigualdades, que perpetua e acelera a destruição do meio ambiente, que conduziu à presente crise econômica e que conduzirá, em algumas décadas, a uma catástrofe ecológica.

Mas existe também outra concepção de esquerda : aquela da esquerda radical. « Esquerda » significa aqui combate permanente contra a desigualdade, a injustiça, a dominação, em defesa da criação de uma comunidade política livre e igualitária.

O ponto de partido dessa outra política de esquerda é a « indignação ». Celebrando a dignidade da indignação e a incondicional recusa da injustiça, Daniel Bensaïd escreveu : « A corrente fervente da indignação não é solúvel nas águas mornas da resignação consensual. (...) A indignação é um começo. Uma maneira de se erguer e se por a caminho. Nós nos indignamos, nos insurgimos, e depois vemos o que fazer » (1)

Sem indignação nada de grande, de profundo, se fez na hisyória humana. Para dar um exemplo recente, o movimento zapatista de Chiapas, México, começou em 1994 com um grito : Basta ! Mas o mesmo vale para a Primavera Árabe, para a revolta dos Indignados na Espanha e na Grécia, para o movimento Occupy Wall Street, para as jornadas de junho no Brasil. A força dessses movimentos vem, em primeiro lugar, desta negatividade radical, inspirada por uma profunda e irredutível indignação. Se o pequeno panfleto de Stéphane Hessel, « Indignez-vous ! », teve tanto sucesso é porque ele correspondia ao sentimento profundo, imediato, de milhões de jovens, de excluídos e oprimidos pela mundo.

A radicalidade dessas revoltas resulta, em larga medida, dessa capacidade de insubmissão, dessa disposição inegociável a dizer : Não ! Os críticos oportunistas e os medios de comunicação insistem fortemente no caráter excessivamente « negativo » desses movimentos, em sua natureza « puramente » contestatória e na ausência de proposições alternativas « realistas ». É preciso recusar categoricamente essa chantagem : mesmo que esses movimentos não tenham uma proposição a fazer – e eles têm ! -, sua indignação e revolta não serão menos justificáveis.

O outro ingrediente da esquerda, no melhor sentido – ou seja, plebeu - do termo, é a utopia. O sociólogo Karl Mannheim cunhou uma definição « clássica » de utopia, que ainda hoje é a mais pertinente que temos : todas as representações, aspirações ou imagens de desejo, que se orientam na direção da ruptura da ordem estabelecida e exercem uma « função subversiva » (2).

Sem indignação e sem utopia, sem revolta e sem isso que Ernest Bloch chamava de « paisagens do desejo », sem imagens de um outro mundo, de uma nova sociedade, mais justa e mais solidária, a política de esquerda torna-se mesquisa, vazia de sentido e ôca.
Fonte: CARTA MAIOR

A esquerda atual de Hollande, assim como a direita de Sarkosy, não passam de variações sobre um mesmo tema.
Nada tem de esquerda e enquanto direita tem muito de interesses de corporações.
Não seria improvável um cenário nas próximas eleições francesas com a extrema esquerda disputando com a extrema direita.



Caminhar pela Esquerda

O Brasil “invisível” começou a ser visto, e é isto que o conservadorismo brasileiro não vê.




Saiu no Tijolaço, artigo de Fernando Brito:


Força de Lula e Dilma no interior está longe de ser só o “Bolsa Família”



Brizola contava, volta e meia, seu diálogo com o líder da independência de Moçambique, Samora Machel, quando perguntou-lhe quantos eram, afinal, os moçambicanos, já que havia incerteza quanto à população do país.

Machel disse-lhe: bem, os das cidades sabemos. Os outros são como os elefantes: só os vemos quando saem da selva.

O Brasil das metrópoles – imenso – não conhece mais o Brasil das pequenas cidades, dos sertões e matas, que é imenso também.

Tornaram-se escondidos e seguiam esquecidos.

A ausência do poder público federal – nas grandes cidades, município e estado suprem, em parte este vácuo – deixou fora do processo de modernização da vida do país.

Os governos Lula e Dilma impulsionaram as parcerias diretas com os mais de 5.500 municípios brasileiros.

90% deles têm menos de 50 mil habitantes e, somados, reúnem um terço da população brasileira.

Em entrevista publicada hoje no Estadão, o cientista político Vitor Marchetti diz que é um erro atribuir a popularidade de ambos, nas pequenas cidades – os famosos “grotões” – ao Bolsa- Família.

Para ele, é “pouco verdadeiro atribuir ao Bolsa Família o avanço que o PT teve em regiões mais pobres, em municípios pequenos e médios do interior do País.”
- O que tem impacto eleitoral é um conjunto de políticas públicas que começaram a ser adotadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que são focadas em regiões onde a presença do Estado sempre foi muito fraca, como o Norte e o Nordeste do País. Falam do Bolsa Família mas esquecem do Luz Para Todos, que leva energia elétrica para o sertão nordestino, para as regiões mais esquecidas da região Norte. Esse programa é um exemplo do movimento que intensificou a presença do governo federal nas regiões mais carentes. O fenômeno político importante a ser analisado no momento é esse: o gigantesco aumento das parcerias do governo federal feitas diretamente com os municípios. Isso aconteceu porque os municípios tinham assumido várias prerrogativas que não tinham condições de cumprir. (…) Os municípios assumiram a responsabilidade, entre outras coisas, pela construção de creches e os serviços básicos de saúde. Mas eles não têm condições para isso. O que o Lula fez, então? Intensificou as alianças do governo federal com os municípios. O repasse direto de recursos federais para eles, nas áreas da saúde e educação, aumentou muito. Quase todos os municípios estão construindo creches atualmente, mas quem verificar com atenção a origem dos recursos irá constatar, quase invariavelmente, que provêm de algum programa específico do governo federal para o setor. Eles revelam o quanto o governo federal pegou atalhos para se tornar mais presente na vida do cidadão, no seu cotidiano. Isso aconteceu principalmente em municípios do Norte e Nordeste.

O Brasil “invisível” começou a ser visto, e é isto que o conservadorismo brasileiro não vê.

Num país com a nossa extensão e complexidade, o Governo Federal não pode ser apenas o gestor da macropolítica ou da macroeconomia, como querem os tecnocratas e mero repassador de recursos para os municípios.

Tem de fazê-lo, mas, ao mesmo tempo, tem de ser o indutor da aplicação destes recursos, direcionando-os de forma exclusiva, com contrapartidas administrativas e direcionamento de projetos.

O “Mais Médicos” é um dos muitos exemplos de programas operacionalizados pelas prefeituras, com recursos federais, e regras definidas.

Do contrário, a simples descentralização de recursos e da administração será, como sempre foi, um mero processo de cooptação de chefes políticos locais.

Fonte: CONVERSA AFIADA 

É provável que o conservadorismo e a velha mídia de fato não vejam o que acontece no país. 
Caso enxerguem alguma coisa, também não informam à população. Porém a população se beneficia dos programas do governo federal, vivencia as mudanças, porém não vê, lê ou ouve qualquer notícia sobre os avanços .
A cegueira ou manipulação midiática acaba por ter um preço alto para a velha mídia.
Considere-se também o fato de que mais da metade da população brasileira está conectada à internete  e, assim sendo, os que não estão conectados , de alguma forma, sofrem a influência, no tocante a formação de opinião, de familiares e amigos conectados na internete.
A informação e sua difusão está mudando de mãos. 
Isto pode ser confirmado pela queda constante na audiência  de telejornais e programas de tv, principalmente nas emissoras globo. 
Isto é fato, independente do que se pense ou diga sobre o assunto.
Quanto aos programas do governo federal, além do bolsa família e do luz para todos , citados no artigo acima pode-se ainda citar o mais médicos, minha casa minha vida, incentivo a agricultura familiar, transporte escolar gratuito ( bicicleta, ônibus e barcos ) para as crianças, merenda escolar, prouni, pronatec e muitos mais que o governo federal atua diretamente junto a população, através de parcerias com os municípios.
É uma mudança significativa na qualidade vida de mais de um terço da população brasileira que sempre viveu a margem de qualquer programa de crescimento e desenvolvimento social.
Enquanto essas transformações positivas acontecem no país, contribuindo para diminuir uma brutal desigualdade social, a velha e anacrônica mídia passa, quase toda semana, discutindo o que é ser de esquerda. 
Independente das conclusões, o povo não só sabe como também não mais quer o que venha a ser de direita.
No interior do país a força de Dilma e Lula está longe de ser batida.
Nos grandes centros urbanos,  o voto ideológico, de esquerda e bem informado, garantirá mais uma vitória para o PT nas eleições de 2014. 
O que pode acontecer, inclusive, em primeiro turno.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Idade Média, Joaquim e Mídia - Tudo a ver

Papuda proíbe leitura por mais de duas horas

Acredite, amigo navegante. A leitura é tratada como grande regalia.



O Conversa Afiada publica post de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

O horror que é proibir que se leia livro por mais de duas horas na Papuda


Está no site do PSDB de São Paulo: “Mensaleiros presos na Papuda perdem regalias”.

É a reprodução, bovina e automática, de um texto do Estadão.

Bem, quais as regalias?

A resposta mostra, ao mesmo tempo, a estupidez do Estadão e o desapreço que existe no Brasil pelo hábito da leitura.

A grande regalia subtraída é, acredite, poder ler. Segundo o Estadão, os presos do PT agora só poderão ler duas horas por dia, e na biblioteca.

Isso quer dizer que os presos na Papuda – não estou falando de Dirceu e Delúbio – estão submetidos a um regime no qual lhes é proibido ler além de duas horas, e não na cela.

Não se incentiva a leitura. Ela é cerceada como uma coisa má.

Que idiota estabeleceu aquela regra? E por que os editores do Estadão – e todos os demais que replicaram a perda das “regalias” – não denunciaram esta violência do Estado?

É tão grande a preocupação do Estadão em construir uma imagem monstruosa de Dirceu que se agarra a uma desumanidade – pois que outra coisa é proibir ler? – como se fosse um ato de justiça exemplar.

Visitei, na Noruega, o presídio de Bastoy, em que os detentos são tratados como seres humanos. Moram em chalés decentes, recebem familiares todo final de semana, têm à sua disposição um campo impecável de futebol, andam a cavalo quando querem – e podem ler 24 horas, caso desejem.

Conversei em Bastoy com assassinos, traficantes, estupradores. Estão lá, confinados dignamente, para cumprir suas penas. A lógica em Bastoy, como em toda a Noruega, é recuperar as pessoas.

Anders Breivik, o assassino de dezenas de jovens, não está em Bastoy. Mas vi, em detalhes, suas acomodações. Ele está num apartamento de dois cômodos. Tem um laptop para escrever e aparelhos de ginástica para se exercitar. Pode ler todos os livros que quiser, na hora em que desejar.

Isto se chama civilização.

Na Papuda os presos só podem ler duas horas? E a mídia não fala nada? E quando descobre, por acaso, não percebe a monstruosidade disso?

Pobre o país que tem uma mídia tão ruim.

Outra regalia, ficamos sabendo, é possuir livros. Isso quer dizer que os “mensaleiros” são coagidos a doar seus livros para uma biblioteca cujo uso é estritamente limitado.

Vai demorar para sermos a Noruega, se é que um dia seremos. Mas não temos que ser o oposto. Não há razão para tratar os presos da Papuda – ou de qualquer outra prisão – como animais.

Daqui a pouco podem impor limites para as respiração, ou para o uso de banheiro.

Um dia, vamos olhar para trás – para a mídia e para as condições a que são submetidos os presos da Papuda, se é verdade o que o Estadão deu – e vamos nos perguntar: “Deus, como isso pode ter acontecido?”

Fonte: CONVERSA AFIADA

O início é a proibição de leitura por mais de duas horas.
Em seguida os temas para  leitura serão selecionados pela administração joaquim Papuda .
E logo mais  a frente, a leitura será proibida.
Os detidos também deverão doar seus livros para bibliotecas.
A  idade média é agora.
O STF é o Santo Ofício de Roma.
Joaquim é um atentado à razão e à vida.
A velha imprensa é o instrumento de controle a alienação social.
Para combater toda censura e alienação estamos assistindo o retorno dos mimeógrafos, hoje em forma de plataformas digitais.
A democracia atual, made in USA, legitima a exceção, o que é mais cruel do que um regime de exceção.
A história se repete.
Os blogues sujos ,portais   e sites de informação fidedigna  são os novos aparelhos , armados com teclados para a luta.
Os telejornais, revistonas, jornalões e emissoras de rádio , são os porões da tortura
O entretenimento disponibilizado para o povo é o exílio , no tocante a desinformação e a idiotice prestada.
A cultura e o conhecimento são nossas armas.
Joaquim e Dona Solange. Tudo a ver.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Focus de globo

Inflação: A briga das letras grandes contra as letras pequenas por 0,02%

publicado em 23 de dezembro de 2013 às 12:17
Observação do Leandro Fortes, no Facebook, sobre a manchete do G1, da Globo: “Fujam para as montanhas!”

Essa turma do globo não mede esforços para manipular os fatos.
Essa briga com letras grandes e pequenas para dar maior ou menor ênfase nas notícias  vem de longa data e já foi motivo de manchete de primeira página no inesquecível Pasquim. Em uma de suas edições o jornal saiu com a seguinte manchete ocupando toda a primeira página:
" Todo Paulista  não  é Bicha " 
Foi um sucesso e deu muito o que falar. 

 



sábado, 21 de dezembro de 2013

Retrospectiva ornitorrínica

Wanderley Guilherme: Jornalismo, Judiciário e a herança maléfica de 2013

publicado em 20 de dezembro de 2013 às 16:59

O jornalismo ornitorrinco e a herança maléfica de 2013
por Wanderley Guilherme dos Santos.

O recorde mais espetacular do ano de 2013 foi o número de previsões fracassadas. Dia sim, outro também, os jornalões estamparam notícias recebidas com surpresa pelo famoso mercado, que as esperava o oposto.
De boca aberta também andaram seus renomados especialistas, a inventar explicações fora da curva para os furos especialmente enormes. Erros que, imediatamente, soterraram com pompa, circunstância e virgens anúncios de futuras tempestades. É intrigante a permanente charlatanice com que os periódicos, diários e semanais, afagam o ego dos conservadores sem que estes se sublevem contra a falcatrua. Ou, talvez, os conservadores desconfiem de que a realidade seja bastante diferente, mas aspiram, tal como os jornalistas e especialistas, a vê-la materializar-se conforme a aspiração.
Este parece o sonho derradeiro dos colunistas e pitonisas da oposição: obter o condão de pronunciar profecias que se auto-cumprem. Daquelas que, uma vez proclamadas, contribuem para a realização do desastre. Uma corrida a um banco disparada por falsa previsão de que vai quebrar pode, de fato, levar à bancarrota um estabelecimento sólido. Mas é impossível evitar uma estupenda safra agrícola escondendo-a sob pragas e tormentas apenas verborrágicas.
Criam, contudo, uma espécie ornitorrinco de jornalismo – aquele que retrata o que lhe apeteceria acontecesse efetivamente, não o que, com modesta realidade, ocorre. Daí a freqüente discrepância entre as manchetes e o conteúdo, ainda que este venha narrado como que sob tortura, tão tortuosa é a narrativa.
Diverso é o caso do jornalismo a soldo. Não há como perdoar àqueles que sabem o que fazem. Omitem informações relevantes, adulteram outras, inventam terceiras. Cada um dos desvios é serviço prestado. Digamos que eles fabricam um tipo especial de caixa dois, recursos contabilizados como salário, quando, contudo, resultam de um efetivo domínio do fato inventado ou distorcido.
Essa cumplicidade entre fiéis ingênuos e deliberados bandoleiros que assaltam a reputação alheia, maculam o estafante trabalho de legislar ou de executar tarefas de interesse geral, enriquecendo ao longo da labuta, dificulta identificar a composição da quadrilha que, diariamente, vende engodo à população. Estamos de acordo que as matérias impressas, tanto as assinadas quanto as editorializadas, constituem atos de ofício e aceitável evidência dos crimes assinalados, certo?
Sendo assim, uma legislação democrática, que proteja os cidadãos comuns contra os achaques e calúnias dessa quadrilha de mistificadores e inventores de escândalos, deve ser uma das preocupações de qualquer governo de origem popular. Os antigos gregos já puniam severamente os  propagadores de infâmias e em alguns casos de indução de outros a atos perversos, aplicavam a pena do ostracismo, da multa e, eventualmente, impunham até a pena de morte.
O Brasil nunca ultrapassou essa fase porque nunca esteve nela.  O jornalismo ornitorrinco e o jornalismo adversativo (o que acrescenta um mas, porém, todavia, contudo a toda notícia positiva) ainda são  os controladores do mercado de notícias. O mercado de notícias é o único que os conservadores não desejam livre.
Qualquer iniciativa de soltá-lo das garras oligárquicas é, ornitorrincamente, apresentada como seu oposto, o de invadir a liberdade da notícia. Ora, o que não existe no país é justamente uma imprensa livre, plural e competitiva o suficiente para que o cidadão possa optar.  O mercado de notícias está cativo de tiranetes sem escrúpulos, de colunistas a soldo, sem  mencionar o inacreditável nível de desinformação e de cultura da média das redações desses jornais.
O Judiciário, por sua vez, além da adoção do discurso de ódio, inaugurou uma etapa bastante peculiar em nosso constitucionalismo. Dizem seus arautos que o Supremo Tribunal Federal representa a vanguarda iluminada das sociedades contemporâneas. Ainda com mais fulgor no Brasil, entendem, em vista da podridão de que estariam acometidos os demais poderes da República. Entre suas atribuições abrigar-se-ia a de estabelecer prazos para que o Legislativo legisle sobre matérias que ele, Judiciário, considera inadiáveis. Isso, como todos sabem, inclusive os senhores ministros do STF, não está escrito na Constituição. Os únicos prazos legitimamente impostos ao Legislativo, salvo engano, são aqueles hospedados por seu Regimento Interno e pelos estatutos de urgência e medidas provisórias, ambas emanadas do Poder Executivo. De uma penada os atuais e transitórios ministros do STF ofendem o Executivo e o Legislativo.
É cautelar, em conclusão, que se observe como os conflitos por vir não deverão ser debitados à conta de um confronto direto entre  o capital e o trabalho, mas entre o jornalismo ornitorrinco e o Judiciário e os demais poderes. O ano de 2014 promete.
Fonte: CARTA MAIOR

Previsões fracassadas são uma constante no jornalismo da velha mídia.
Concordo que em 2013  a velha imprensa se superou em produzir erros e mancadas.
A lógica que predomina no jornalismo da velha mídia é que a realidade e as verdades factuais devem ser aquilo que  a velha imprensa deseja, independente se são ou não reais.
Essa lógica é amplamente utilizada pelo governo dos EUA.
Parte da premissa que a verdade e a realidade constiutem um poder em disputa e, aquele  que se  apropria desse poder define  o que é verdadeiro e real, de maneira que todos  os demais possam seguí-lo.
Tal prática remonta de tempos remotos e é uma forma de controle e aprisionamento social.
Esse é um aspecto de todas as grandes mídias ocidentais na atualidade, pós queda do muro de Berlim, , mas não é o único.
O controle e o  aprisionamento social estão, atualmente, intimamente ligados com o ideário capitalista que domina o mundo.
Logo , não se pode esperar da velha imprensa qualquer tipo de pensamento que venha a produzir um contraditório sobre o pensamento único  que diariamente é apresentado como infalível, insubstituível, modernizante e civilizatório.
Toda e qualquer iniciativa de governos e povos que trilhem caminhos diferentes do pensamento único é imediatamente e diariamente criticada e atacada pela velha mídia como sendo algo provisório, destinado ao fracasso e com data de validade para acabar.
A título de exemplo , nas empresas globo, logo após a morte de Hugo Chavez, era possível ouvir " analistas bem informados e de grande lastro cultural" dizerem que a primavera bolivariana na América do Sul tinha chegado ao fim , e que teria sido apenas um bom sonho, durante o tempo em que durou.
Porém, a realidade insiste em ser diferente do desejo da velha mídia e a primavera bolivariana da América do Sul emite claros e luminosos sinais, através de cenários bem elaborados, de que ultrapassará com folga  a segunda década.
O que se observa  de forma mais específica e escandalosa com a velha mídia brasileira é um cansaço de suas teses e teorias , que cada vez mais se revelam totalmente incompatíveis com a situação do país e do povo brasileiro e, mais, se revelam, também, inverídicas quanto as excelentes possibilidades futuras do país.
Muito se discute  nos meios de comunicação anacrõnicos o que teria de fato mudado no Brasil,na América do Sul e no mundo, após a emergência de ideías e governos de linhas de pensameno contrários , ou no mínimo pouco descolados, do pensamento único.
Talvez a simples discussão, em um ambiente de mudanças impossíveis sempre preconizado pela velha imprensa, já seja um revelador das mudanças que ocorreram e ainda acontecem no Brasil, na América do Sul e no mundo.
Em outras palavras, a velha imprensa discute atualmente a História, algo que há poucos anos atrás a mídia anacrõnica afirmava ter chegado ao fim.
Dito isto, ficam criadas as condiçoes necessárias para que as discussões sobre teses econômicas, científicas e socias  possam receber um tratamento profundo e específico.
Não é o objetivo deste artigo , analisar tais desdobramenos, já que em outras postagens  O PAPIRO vem disponibilizando excelentes conteúdos, de renomados autores, sobre os mais variados temas em todas as áreas do saber, tanto no enfoque acadêmico no campo da Prospectiva, como na abordagem da realidade do país e do povo.
Isto posto, todo e qualquer exercício de feitiçaria de linguagem produzido pelos "conceituadíssimos" analistas da velha e decadente imprensa , no tocante a tentativas de desmerecer as análises  corretas, exatas e precisas publicadas pela chamada imprensa alternativa e suja, não passa de um exercício corriqueiro, desprovido de densidade intelectual,  conforme citei neste texto.
Assim sendo, feitas tais considerações  quero abordar , de foram específica e original, as mancadas da velha e decadente imprensa no ano de 2013. Não no tocante as previsões fracassadas, já que isso não mais se constitui em novidade para a maioria dos mortais, e sim em comportamentos que acabaram por gerar  "notícas " na velha e decadente imprensa, que  ao meu entendimeno, cosntituiram-se em violentas agressões ao povo brasileiro. Vou iniciar a lista com alguns fatos e convido os caros e atentos leitores para incluir outros :

1 - a imprensa criou e incitou um clima de violência contra os médicos cubanos que chegaram ao Brasil para o programa 'Mais Médicos';

2 - logo apos os protestos de junho e com pesquisa que atestava a queda de popularidade da Presidenta Dilma, a revista época, das organizações globo,estampou uma matéria de capa agressiva e violenta  que fazia a seguinte pergunta " onde está a estadista ?"

3 - talvez o recorde de tempo disponibilizado para cobertura de um julgamento tenha sido batido com a cobertura da velha mídia sobre o chamado mensalão, onde quadros importantes do partido do governo estavam envolvidos;

4 - no julgamento do chamado mensalão a velha imprensa pressionou de forma violenta, agressiva e com contornos nítidos de intimidação quanto a  integridade física, o ministro do STF responsável pelo voto que produziria o desempate sobre a aceitação dos embargos infringentes;

5 - nos protestos de junho, inicialmente organizados e conduzidos por movimentos sociais de orientação de esquerda, a velha mídia se apropriou das manifestações de rua incluindo um tema difuso e oportunista de combate à corrupção e, com isso  incitou um clima de caos e violência pelas ruas das cidades brasileiras;

6 - no início de 2013, por conta de um pequeno , corriqueiro e normal atraso no período de chuvas  no país a velha imprensa espalhou o caos e o pânico no pais com a possibilidade de um apagão elétrico neste ano e no ano da copa, atribuindo ao governo toda e qualquer responsabilidade pelo que poderia acontecer.

7 - a revista época, das empresas globo, logo após as sentenças do julgamento do mensalão apresentou matéria de capa  "informando" que o país iniciava uma nova era de punição aos corruptos. Entretanto, os encândalos de corrupção  de políticos ligados ao PSDB em São Paulo recebem um tratamento bem diferente ao tratamento dado  aos políticos envolvidos com o caso do mensalão. Enquanto com o PT os políticos eram massacrados, com o PSDB pouco se fala, na velha mídia, sobre o envolvimento de políticos tucanos.

8 - o colar de tomates, nas manhãs de globo, e o protesto das atrizes de globo pelo resultado da votação dos embargos infringentes foram, com certeza, os maiores micos do ano de 2013 , já que estavam totalmente fora da realidade.

9 - "conceituadíssimo  e  importantíssimo " colunista de globo, de bigode grosso, analisando o escândalo de espionagem em que as práticas criminosas dos EUA foram desmascaradas , conduziu seus leitores, em artigo gorduroso e enviesado, para um entendimento de que o governo brasileiro seria o culpado por ter sido espionado e grampeado, inocentando e aprovando as práticas dos EUA.

10 - A folha de SP ,ao analisar a máfia dos fiscais da prefeitura da São Paulo disse , em manchete de letras garrafais que " o prefeito sabia de tudo" e era cúmplice na roubalheira. Ocorre que o prefeito citado por folha, é um ex-prefeito, e não o prefeito atual. Tal manchete tinha o objetivo de confundir o leitor e colocar o prefeito atual em crimes da gestão anterior.

11- por conta do falecimento de Mandela, a velha mídia produziu um pacotão de artigos e análises sobre o líder sulafricano. O sumo  que se extraiu de tais análises e reportagens induz o leitor e ouvinte ao entendimento de que Mandela era tucano, capitalista , branco e de olhos azuis, em uma manipulação grosseira sobre a história do líder.

12 - o portal UOL, do grupo folha, "noticiou" que a copa do mundo no Brasil será um problema, já que com o grande consumo de cerveja durante o evento o Brasil sofrerá um tsunami de xixi. o que acarretará em poluição ambiental.

13 - a imprensa esportiva brasileira, principalmente e majoritariamente a do estado de  São Paulo que sempre se vangloria do futebol paulistano no tocante a  organização e ao cumprimentos de regras e respeito as normas das competições, criou e incitou, neste mes de dezembro, um clima de extrema violência entre torcidas de times de futebol justo pelo fato de um time paulista ser punido na justiça desportiva por não cumprir as regras de uma competição nacional. Em uma atitude irracional e anti-democrática e de total desrespeito as regras da competição, a imprensa esportiva paulista, mas não a única,  inudou as mídias de ameaças de viradas de mesa e mudanças nas regras das competições previamente acordados entre os clubes participantes. Tudo isso aconteceu porque ao punir corretamente o time paulista, um time carioca se beneficiou na classificação da competição.  Ou seja, a lei somente para os outros. Qualquer semelhança  com o comportamento de setores endinheirados da sociedade brasileira não é coincidência.

14 - ao longo do ano, jornalistas das empresas globo afirmaram que asteroides e meteoritos não existem, logo , toda e qualquer especulação de choque entre astros e mesmo com a terra não passam de fantasias para assustar as pessoas.

15 - definitivamente o ano não foi  bom para a tv globo. Além de ter a entrada de suas instalações cobertas com estrume, a emissora sofreu ao longo do ano com uma série de denúncias que escancararam o lado criminoso da emissora. Pode-se dizer que foi o ano que a globo se estrepou.
Audiência em queda constante e credibilidade abaladísssima fizeram de 2013 o ano em que a globo mais se defendeu, do povo e de denúncias.
Seus repórteres inauguraram, no ano, a modalidade de cobertura nas alturas, tendo em vista a dificuldade de estar ao meio da população que sempre reagia com veemência à presença de repórteres da emissora. Dos fatos de grande repercussão , veio a tona a sonegação bilionária de impostos , remessa ilegal de divisas para o exterior e constiutição de empresas em paraísos fiscais. Acuada , a emissora se defendeu dizendo que pagou os impostos à receita federal, porém, no site da RF consta  a empresa como devedora. Surgiu, então, o que pode ser considerado como o bordão do ano, quando , nas redes sociais todos perguntavam:
CADÊ O DARF ?
A pergunta pedia para que globo apresentasse o comprovante de pagamento de impostos, algo que a emissora não se pronuncia.
 
Cabe ainda lembrar, que ao longo do ano de 2013, globo publicou uma nota humorísitica  onde se dizia arrependida por ter apoiado o golpe militar de 1964.  A comédia se consolida como o maior gênero nacional, isso quando a velha mídia fala sério.

16 - No natal deste ano , a velha mídia travou uma sangrenta batalha com os números. Enquanto todos os indicadores apontavam como o maior natal da história, a velha e já cômica imprensa dizia o contrário. O que era 8 virou 2, no delírio do jornalismo.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vegetarianismo

Cerca de 70% de novas doenças que infectam seres humanos têm origem animal, alerta ONU
Relatório de agência alerta sobre a relação entre indústria agropecuária e as doenças infecciosas que afetam o mundo

Por ONU Brasil

Foto: FAO/Giulo Napolitano

Cerca de 70% das novas doenças que infectaram os seres humanos nas últimas décadas têm origem animal, afirmou nesta segunda-feira (16) a agência alimentar das Nações Unidas, alertando que está se tornando mais comum que doenças mudem de espécies e se espalhem na população, em meio ao crescimento das cadeias de agricultura e de abastecimento alimentar.
A expansão contínua das terras agrícolas em áreas selvagens, juntamente com um ‘boom’ mundial da produção animal, significa que “o gado e os animais selvagens estão mais em contato uns com os outros, e nós mesmos estamos mais em contato com os animais do que nunca”, disse Ren Wang, diretor-geral assistente da área de agricultura e defesa do consumidor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
“Não podemos lidar com a saúde humana, a saúde animal e a saúde do ecossistema de forma isolada, temos de olhar para eles juntos, e abordar os condutores de surgimento de doenças, persistência e propagação, ao invés de simplesmente correr atrás das doenças depois que elas emergem”, acrescentou.
De acordo com o relatório ‘Pecuária Global 2013: Mudando as Paisagens das Doenças’, é necessária uma nova abordagem – mais holística – para a gestão de ameaças de doenças.
O relatório busca entender como as mudanças na forma como os humanos criam e comercializam animais têm afetado o modo como as doenças surgem e se espalham.
A globalização e as mudanças climáticas estão redistribuindo patógenos, vetores e hospedeiros, e os riscos de pandemia para os seres humanos causada por patógenos de origem animal são uma grande preocupação. Ao mesmo tempo, os riscos de segurança alimentar e resistência aos antibióticos estão aumentando em todo o mundo, diz a agência da ONU.
Fonte: REVISTA FÓRUM

A criação de animais para consumo não pode seguir a mesma lógica de uma fabricação industrial de parafusos, por exemplo.
Parafusos podem ser produzidos em alta escala e em grande velocidade em plantas industriais bem delineadas.
A criação de aves confinadas requer um controle higiênco sanitário de excelência para evitar a proliferação de doenças entre os animais e mesmo entre humanos.
Para os industriais, controles sanitários de excelência significam custos "elevadíssimos" e, assim sendo os controles deixam a desejar.
Porcos em grande escala poluem os lençois freáticos e quando criados próximo de rios e riachos também poluem os rios.
O gado destrói grandes áreas de vegetação.
Se não bastassem esses problemas na criação intensiva de animais, alguns produtores tentam criar técnicas de maior produtividade ( seguindo a lógica de plantas industriais) chegando ao ponto de alimentar o gado com ração animal.
O resultado foi desastroso e a vaca pirou.
A vaca maluca é fruto da irracionalidade , da loucura e  da ganância do homem. 
Em meio as técnicas de alta produtividade, os animais recebem, cada vez mais, altas doses de antibióticos e hormônios que , de forma direta, também são consumidos pelo homem.
Aves como o frango, estão sofrendo mutações por conta das técnicas de criação. A carne desses animais é cada vez mais esponjosa e sem sabor , e os próprios frangos estão cada vez mais inchados , quase do tamanho de patos grandes.
Os ovos de galinhas oriundas dessas granjas de produção em série, tem uma gema de coloração amarela cada vez mais clara, bem diferente das aves que vivem no campo.
Aliado a tudo isso, a maneira como os animais são criados e abatidos é algo que define muito bem o que venha a ser barbárie.
A nutrição humana não deveria priorizar os produtos de origem animal, mesmo porque as fontes de proteína e cálcio existem em abundância nos vegetais.
O consumo de produtos de origem animal deveria ser restrito e voltado apenas para pequenos segmentos das populações. 
Mudar os hábitos de nutrição não é algo da noite para o dia, porém ficar pelo menos dois dias na semana sem ingerir qualquer tipo de produto de  origem animal, qualquer um pode e deve fazer.
Uma nutrição vegetariana é vantajosa para a saúde do homem, para o meio ambiente e para os animais.