sábado, 14 de dezembro de 2013

Pesadelo americano

Sonho americano? Conheça 10 fatos chocantes sobre os EUA
Maior população prisional do mundo, pobreza infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no acesso à saúde… bem-vindos ao “paraíso americano”
Por Pragmatismo Político


(Imagem: Divulgação)
Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia ocidental.

1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.
O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.

4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.

5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.

7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.

9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.

Fonte: REVISTA FÓRUM

Definitivamente não se pode chamar isso de democracia.
Menos ainda de América livre .
Predomina nos EUA a prática do salve-se quem puder, o autoritarismo e a exceção.
Interessante que em um país regido pelo darwinismo social, a maioria da população americana rejeita as teorias de  Darwin e enaltece o diabo. 
Definitivamente é uma regressão do processo civilizacional.
Tudo é baseado na propaganda, nas aparências e na quase total submissão dos meios de comunicação ao discurso oficial.
Na década passada, o ex-presidente Bush e o presidente Putim , em encontro público, tiveram o seguinte diálogo:
Bush  -  Os EUA estão exportando democracia para o mundo 
Putim -  não estou interessado no seu modelo de democracia ( rs. )
No país da propaganda, o mac lanche é feliz enquanto o refrigerante é pura emoção.
A escravidão voltou com toda força e a tão sonhada eugenia de Hitler ganha contornos reais.
Com 4,5% da população mundial, os EUA consomem, de forma irracional, 45 % dos recursos naturais do planeta. Isso para privilegiar a minoria da população do país.
Prender e encarcerar arbitrariamente pessoas virou um negócio lucrativo.
A alimentação das pessoas visa apenas o lucro das empresas, o que acaba por gerar um grande número de doenças relativas aos hábitos nutricionais.
As indústrias médica e farmacêutica, com seus conceitos e classificações de doenças, não mais permitem que qualquer pessoa possa ser considerada saudável. Tudo é doença, enquanto  que as doenças que o americam way of life produz  não são  sequer debatidas.
Esse modelo fracassado de barbárie civilizacional, ainda é amplamente difundido  aqui no Brasil como um modelo a ser seguido. 
Quem faz essa tarefa diária são os meios de comunicação privados, tv's, jornais e emissoras de rádio, que em tempos de decadência do modelo de negócio do jornalismo , preferem manter correspondentes internacionais basicamente nos EUA. Seria interessante se mudassem de lugar para a China, Rússia, por exemplo, porém isso é impossível, pois mais do que correspondentes, essas mídias são porta-vozes dos interesses americanos aqui no Brasil e também pelo mundo.
Tudo é propaganda e as notícias que o povo brasileiro recebe  através dessas mídias são cuidadosamente escolhidas para enaltecer os EUA.
Ao sucesso com Hollywood. 
Não é de se estranhar, também, que as celebridades e executivos de globo, por exemplo, tenham também residências em Miami ou Nova York. 
Barcelona, Roma e Paris são lugares muito cultos para a cultura de globo.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Samba da Comunicação

Apos criticas ao samba Beija Flor emite comunicado

By   dezembro 11, 2013
O enredo de 2014 da agremiação nilopolitana aborda a importância e a história da comunicação, considerando as necessidades da humanidade, desde os mais remotos estágios da civilização, até os dias atuais. Seu ápice é uma homenagem ao multimídia José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni – ‘O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira’.
O nosso samba, que não se prende a um cronograma pré-determinado, será responsável por contar, em versos, o que será apresentado na Avenida Marquês de Sapucaí, através de fantasias e alegorias.
Algumas duras críticas foram feitas ao nosso hino para o carnaval 2014 e, cabe ressaltar, aceitamos sim críticas construtivas. Refletimos muito sobre elas, lembrando inclusive que a música é uma questão de gosto particular. Logo, as pessoas têm o direito de aprovar ou não.
Entretanto, ficaríamos deveras gratos se alguns estudiosos e profissionais da imprensa, formadores de opinião, fossem mais sérios, mais cuidadosos e mais responsáveis ao fazerem suas avaliações. Salientamos isso por observar colocações que consideramos realmente absurdas.
Certos críticos comentam que versos do samba, como “…Vem, a festa é sua, a festa é nossa, de quem quiser…” exaltam uma famosa emissora de televisão, associando-a ao Boni e explorando uma questão de mídia. Na verdade, tais versos são de autoria do próprio homenageado que, na época, de fato, trabalhava na citada empresa e emprestou sua criatividade e talento para a feitura dos jingles dela.
Cabe ressaltar que a referida empresa hoje é uma potência e que Boni muito contribuiu para isso, junto à sua equipe. Ele, aliás, imprimiu um alto padrão de qualidade nos lugares por onde passou e, principalmente, na implícita emissora de televisão que hoje é referência mundial no que tange à qualidade e à comunicação.
O samba, que foi escolhido criteriosamente após três meses de audição, é melodicamente lindo e harmonicamente perfeito. A opção pela forma poética e a utilização de figuras de linguagem em nada deixa a desejar. A obra, feita primordialmente em primeira pessoa, reflete exatamente o que foi pedido na data da entrega da sinopse e o sentimento que desejamos transmitir. Ela possibilita a comunicação direta com o público, um de nossos grandes objetivos para o próximo carnaval.
Fonte: MANCHETE ON LINE

Parece que as críticas ao samba da escola de Nilópolis mexeram na comunicação do samba.
Lendo o comunicado da escola, não se pode deixar de ressaltar que de fato a tv globo tem um excelente padrão de comunicação. 
Entretanto, isso não é tudo.
Grandes bandidos tem elevado QI, inteligência.
A questão que se impõe não é a inteligência ou o excelente padrão de comunicação, mas , sim, a maneira e propósitos como são usados. 
No caso da tv globo, é sabido que a emissora explora com eficácia as nuances da comunicação em benefício próprio e em interesse de sua ideologia, algo que é deplorável e inaceitável para uma concessão pública . Isso pode ser verificado não apenas na comunicação jornalística das empresas globo, mas também se faz presente em toda a programação da grade da emissora, passando por programas humorísticos, novelas e até mesmo na escolha cuidadosa de enlatados que serão exibidos.
Atuando em um segmento em que se torna possível formatar a consciência do público, a comunicação eficaz é um ingrediente indispensável, e a qualidade dessa comunicação deveria ser o compromisso público.
Infelizmente, o que se vê em globo, e na maioria esmagadora de mídias privadas  , é uma comunicação que atende interesses privados.
Assim sendo, o conceito de alto padrão de qualidade cai por terra.
Considerando-se que a definição de Qualidade pode ser entendida com  "Adequação ao Uso", a comunicação de uma concessão pública, necessariamente, deveria se voltar, através de todas as suas formas de comunicação, ao interesse público.
Dito isto, conclui-se que a comunicação é excelente, porém a qualidade é sofrível e inaceitável.
No tocante a Excelência, esta contempla a boa comunicação, a qualidade correta e a assertividade, padrão raro em mídias privadas.
O texto da escola não poupa elogios a emissora.
Cabe lembrar que a tv globo  detêm os direitos de transmissão dos desfiles, e em alguns anos  próximos passados, influenciou na escolha dos enredos das escolas.
O homenageado, também é sabido, tem saúde fragilizada e uma vitória da escola de Nilópolis no carnaval de 2014 seria um reconhecimento público , popular, mas que não revela, de fato, os males que uma comunicação seletiva fez ao país nas últimas décadas.
Lendo o comunicado da escola, diante de tantos elogios à rede globo, imaginei que em algum momento leria que a escola de Nilópolis teria decidido transferir seu desfile do carnaval de  2014 para as instalações do Projac 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Canarinho no Espaço

Telê não ouviu o conselho do João

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Selo do compacto que tocou horrores em 1982
Tempos atrás, relembrei aqui no Futepoca a época em que o samba ainda dominava as ondas do rádio, pouco antes da explosão do chamado "Rock Brasil" e de centenas de bandas pop, em 1982, detonada pelo lançamento de "Você não soube me amar", da trupe carioca Blitz. Naquele mesmo ano, um dos sucessos mais tocados tinha sido "Meu canarinho", de Luiz Ayrão, composta especialmente para a Copa da Espanha. Curioso é que, recentemente, li "Meus ídolos e eu", livro que compila causos bem humorados escritos por Ayrão, sobre colegas de música - e, entre eles, um ocorrido no período de disputa daquele mundial de futebol. Vamos ao causo:
João Gilberto: bronca
Fagner: ligação fatídica
"Apaixonado por futebol, meu amigo Fagner resolveu ir à Espanha torcer in loco pela Seleção Brasileira de 82. Exatamente, no dia de viajar, mais precisamente na hora de sair para o aeroporto, recebeu um telefonema. Mal disse alô, a voz do outro lado apresentou-se em tom grave e solene: 'Fagner, é João Gilberto!' João, àquela hora e daquele jeito? Logo a seguir veio aquele pedido inusitado e quase que premonitório: 'Diga ao Telê pra não colocar no time nem Valdir Peres nem Serginho Chulapa, tá bom? Boa viagem!' E, simplesmente, desligou.
Como todos sabemos de cor e salteado, passados os três jogos [sic] cheios de euforia, veio o desastre diante da Itália. Fagner permaneceu uns dias na Espanha, e depois foi dar um giro pela Europa na esperança de curar a ressaca. Ao retornar, quase um mês depois, chegou em casa, arriou as malas, abriu as cortinas e o telefone tocou. Mal disse alô, e de novo aquela voz grave, solene, triste, mas peremptória: 'Fagner, você não falou com o Telê!!!' E, simplesmente, desligou."

Fagner, Sócrates e Telê, na Espanha: o cantor teve oportunidade de dar o recado
Figurinha da Copa de 1982
Realmente, se não podem ser apontados como responsáveis pela derrota, o goleiro Waldir Peres (a grafia correta de seu nome é com W) e o centroavante Serginho Chulapa, que compunham o trio de sãopaulinos titulares da seleção com o zagueiro Oscar, não fizeram nada que justificasse suas convocações e escalações. Como comentou comigo o camarada Frédi, se Waldir não chegou a falhar ou "frangar", também não fez uma partida ou uma defesa digna de lembrança. E, quando o time vai mal, sempre se espera que o goleiro salve a situação - Barbosa que o diga! Waldir não conseguiu parar Paolo Rossi. E hoje, três décadas depois, pode parecer absurda a opção de Telê por ele, numa época em que jogavam Raul (Flamengo), João Leite (Atlético-MG), Marola (Santos), Leão (Grêmio) e mesmo os reservas naquela Copa, Carlos (Ponte Preta) e Paulo Sérgio (Botafogo). Acontece que o treinador tirou suas últimas dúvidas e "fechou" o grupo em 1981, quando Waldir estava, provavelmente, na melhor fase de sua carreira. E teve uma oportunidade na qual, literalmente, agarrou com as mãos.
João Leite durante o Mundialito
Telê testou outros goleiros. Em janeiro de 1981, o titular no Mundialito do Uruguai foi João Leite - mas o Brasil perdeu a decisão justamente para os donos da casa. Logo depois, em fevereiro, o goleiro do Atlético-MG atuou pela última vez em um amistoso contra a Colômbia, em Bogotá (empate em 1 x 1), e Telê Santana decidiu apostar em Waldir Peres para a disputa das Eliminatórias da Copa da Espanha. Ele tinha se destacado na conquista do Paulistão de 1980 e seria bi naquele ano, além de vice do Brasileirão. Deu sorte: foram cinco vitórias seguidas do Brasil nas Eliminatórias e mais uma num amistoso contra o Chile, em março. Mas a confirmação de Waldir como titular viria em maio, quando a seleção viajou para fazer três importantes e difíceis amistosos na Europa. Ali, o "futebol arte" do time de Telê começou a encantar o mundo, com vitórias sobre a Inglaterra, em Wembley (1 x 0), a França, em Paris (3 x 1), e a Alemanha, em Stuttgart (2 x 1). Nesta última partida, em 19 de maio, o goleiro do São Paulo viveu talvez o seu momento máximo no futebol.
O cabeludo Breitner, da Alemanha
Os brasileiros já venciam por 2 x 1 quando o zagueiro Luizinho, do Atlético-MG, cortou um cruzamento de Rummenigge com mão e o juiz inglês Clive Withe marcou pênalti (esse mesmo defensor cometeria duas penalidades não marcadas pela arbitragem na partida de estreia na Copa da Espanha, contra a União Soviética). O lateral-esquerdo alemão Paul Breitner, campeão mundial em 1974, foi para cobrança. E Waldir Peres defendeu! Porém, o árbitro mandou voltar, alegando que o goleiro tinha se adiantado. Na segunda tentativa, o alemão trocou de lado. E Waldir pegou mais uma vez, garantindo a vitória brasileira! (clieque aqui para ver reportagem sobre esse jogo - e repare no manguaça alemão que dá entrevista em português, segurando uma garrafa de cerveja). O consagrado Breitner ficou atônito. A torcida alemã também. E Telê Santana "bateu o martelo" sobre o goleiro titular na Copa de 1982.
Waldir voa para agarrar o pênalti batido por Breitner e assegurar a vitória do Brasil
Chulapa, que 'entrou numa fria'
Já Serginho Chulapa era apenas um "Plano B", que virou "A" por acaso. Prova disso é que foi reserva durante todo o Mundialito, em janeiro de 1981, e nem entrou na decisão contra o Uruguai. Chegou a ser testado como titular na estreia das Eliminatórias, mas logo em seguida perdeu a vaga para Reinaldo, do Atlético-MG. Serginho não esteve nos três amistosos disputados em maio na Europa e nem nos quatro outros disputados até o fim daquele ano. Mesmo assim, sob a promessa de que se comportaria em campo, evitando confusões e expulsões (o que realmente cumpriu), terminou sendo incluído no grupo que disputou a Copa de 1982. “Na verdade, o Serginho entrou numa fria. A seleção brasileira formada pelo Telê era muito técnica. O time foi montado para jogar com o Careca ou com o Reinaldo como centroavante. O Careca sofreu uma contusão e o Telê não quis levar o Reinaldo. Aí, o time teve de se moldar ao estilo do Serginho. E o estilo dele não tinha nada a ver com o resto da Seleção. Serginho era um atacante finalizador, de choque. Por isso que digo que, para ele, a seleção de 82 foi uma fria”, resumiu o Doutor Sócrates, em depoimento para o livro "O artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa", escrito por Wladimir Miranda.
Jorge Mendonça: desafeto de Telê
Buenas, seja como for, a bronca do baiano João Gilberto, que já morava no Rio de Janeiro naquela época (assim como o cearense Fagner), tem muito a ver com a rixa bairrista entre cariocas e paulistas. No time do Flamengo que seria bicampeão brasileiro em 1982 e que tinha conquistado a Libertadores e o Mundial no ano anterior jogavam o já citado goleiro Raul Plassman e o centroavante Nunes, ambos em grande fase - e nenhum foi convocado sequer para a reserva na Copa de 1982 (apesar de a seleção ter como titulares os laterais Leandro e Júnior e o meia Zico). Fora isso, Leão, titular nas Copas da Alemanha e da Argentina, foi um dos destaques do Grêmio, campeão brasileiro de 1981 e vice no ano seguinte. Mas era desafeto declarado de Telê após a passagem do treinador pelo Palmeiras, entre 1978 e 1980, assim como o centroavante Jorge Mendonça, que "comeu a bola" jogando pelo Guarani em 81 (foi o artilheiro do Paulistão, com 38 gols), fazendo dupla justamente com Careca. Ou seja, mais um bom goleiro e um ótimo centroavante que haviam sido preteridos. Por isso, mesmo antes da Copa, Waldir Peres e Serginho Chulapa já eram questionados por grande parte da torcida brasileira. Incluindo João Gilberto.
Waldir e Paolo Rossi, 1982: mesmo sem culpa, goleiro ficou marcado pela eliminação



Fonte: FUTEPOCA

A  rivalidade entre cariocas e paulistas só existe de um lado.
Os paulistas, diariamente, fazem comparações com o Rio de Janeiro.
Seja no futebol, na economia, nas belezas naturais, na criminalidade, na riqueza, etc...
Já os cariocas não dão a mínima para comparações, de quem quer que seja.
Também é comum aqui na cidade maravilha mutante  não se comparar com ninguém.
Assim como também é de praxe receber e conviver com pessoas de todos os cantos do planeta, até mesmo de São de Paulo.
Isso não significa que tudo por aqui seja maravilha.
Ao contrário, também temos alguns problemas, mas nada que impeça o carioca de ser o que ele mais gosta de ser, ou seja, carioca, independente da nacionalidade  ou origem de estados brasileiros.
Ser carioca não é apenas uma questão de nascer no Rio de Janeiro.
É poder vivenciar diariamente o centro do universo.
Infelizmente temos marcas na nossa cidade que sujam nosso estilo de vida.
A pior delas talvez sejam as organizações globo, que por um acidente do destino foram configuradas no Rio de Janeiro.
Aliás , a famosa frase " o povo não é bobo, abaixo a rede globo" surgiu por aqui.
Quanto a copa de 1982, concordo com  o texto, porém faltou uma análise sobre o clima de ôba - ôba que se formou após a vitória de nossa seleção contra a Argentina, tida por toda a alegre e complacente imprensa esportiva como o adversário a ser batido. 
O adversário seguinte foi a Itália, e a história todo mundo sabe.

Herança do Papai ?


Boni e Ricardo Amaral lançam no Rio livro sobre gastronomia



Publicação elege os principais e mais conceituados restaurantes do mundo

O ex-diretor-geral da Rede Globo e hoje sócio da TV Vanguarda, Boni, e o empresário Ricardo Amaral lançaram nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, o livro "Boni & Amaral - guia dos guias", editado pela Casa da Palavra. A obra elege os principais e mais conceituados restaurantes do mundo, com comentários dos autores.



O lançamento ocorreu na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, que fica na Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, no bairro do Leblon. Foram vendidos mais de 300 livros e o lançamento contou a presença do presidente da Vale, Murilo Ferreira, da princesa Claudia de Orleans e Bragança, do neurocirurgião Paulo Niemeyer, e outros famosos.







Boni e a princesa Claudia de Orleans e Bragança
Boni e a princesa Claudia de Orleans e Bragança
Nesta quarta-feira (11), a noite de autógrafos será na Argumento, no Shopping Rio Design, na Barra da Tijuca, e no dia 12, no Shopping Iguatemi, em São Paulo.
Segundo Amaral, a escolha do título, "guia dos guias", se deve ao fato de os autores incluírem no livro as cotações que os principais guias do mundo dão aos restaurantes elencados. "O livro também conta com a categoria 'ver e ser visto', com lugares ótimos para comer, mas também para badalar". Neste quesito, Boni e Amaral incluíram dois paulistanos: o Spot e o recém-inaugurado Le Bilboquet.
São três grandes listas, com 378 restaurantes de 26 países. Na principal estão os 100+, os melhores do mundo na avaliação deles.
Oitenta foram visitados por Ricardo e Boni, e os demais, escolhidos a partir da sugestão de amigos, que formaram uma espécie de conselho consultivo.

Presidente da Vale, Murilo Ferreira, também compareceu ao lançamento do livro.

Na lista seguinte estão 185 restaurantes recomendados pela dupla. Foram escolhidos por sua grande qualidade, mas ainda precisam mostrar um quê de excepcionalidade para estar entre os 100+.
A terceira relação reúne 93 restaurantes para quem quer ver e ser visto. "Fui a todos", diz Amaral. "E eu provavelmente a nenhum, porque não gosto nem de ver, nem de ser visto", completa Boni.
Boni e Amaral deram notas de 1 a 10 aos restaurantes. Na lista dos 100+ entraram os que obtiveram mais de 17 pontos. No livro eles são apresentados em ordem alfabética, divididos por países. Onze restaurantes conseguiram os 20 pontos possíveis.
Além de dar suas notas, Boni e Amaral informam a cotação recebida pelos restaurantes em guias como o Michelin e o Gault&Millau, e contam histórias.

Noite de autógrafos contou com a presença do neurocirurgião Paulo Niemeyer.

SERVIÇO:
GUIA DOS GUIAS
Autores Boni e Ricardo Amaral
Editora Casa da Palavra
Preço: R$ 49,90 (332 págs.)

Fonte: JORNAL DO BRASIL


Um livro sobre gastronomia reuniu o caldo de uma sopa decadente chamada alta sociedade.
O cardápio é de luxo, sofisticado.
Enquanto isso, à margem do lançamento, mas coerente com o cardápio, o filho de Boni, que atende por Boninho,  entrincheirado em local também de acentuada decadência, comanda uma equipe de famintos por fígados humanos.
Coerente ou não com o passado do pai em épocas obscuras, o atual diretor da rede globo mantêm por onze anos  práticas de tortura, terrorismo , perseguições ideológicas e subtração de bens de pessoas inocentes, ou seja, roubalheira explícita.
Boninho apenas se expressa de acordo com o valores que norteiam as organizações globo e, certamente o faz  por concordar com a cultura das empresas dos marinhos.
Os crimes praticados pelos famintos da rede globo já ganharam repercussão internacional.
Envoltos em mentiras, trapalhadas, opções desastradas, modelo de negócio ao pior estilo gansgeter, falsas biografias, acusações infundadas e toda sorte  de delírios, boninho e seus famintos obedientes também se tornaram alvo da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, que , nesta semana, veio a público declarar um combate sem tréguas  contra todas as formas de tortura.
No lançamento do livro do papai, o  gordinho Boninho se fez presente
Também é herança do papai as práticas de tortura de globo ? 

O Estado não aceita tortura contra qualquer cidadão, diz Dilma


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Colonizados são Notícia nos EUA

Daniele Suzuki faz stand up paddle com o filho nos Estados Unidos

Atriz e Kauai estão curtindo uns dias de férias na Flórida

O Dia
Rio - Daniele Suzuki postou no Instagram, nesta terça-feira, fotos em que aparece fazendo stand up paddle com o filho, Kauai. A atriz e o filho estão em Palm Beach Gardens, na Flórida, Estados Unidos. "Meu amor", escreveu a atriz na legenda de uma das fotos.






Daniele Suzuki curte viagem com o filho
Foto:  Reprodução Internet



Fonte O DIA

Veja só, meu caro e atento leitor, que a prática de stand up paddle , nada mais é que ficar de pé em uma prancha larga e grande e remar.
Há alguns anos atrás, poucos anos, talvez uns três ou quatro, essa moda chegou por aqui no Brasil e foi um grande sucesso entre celebridades delirantes.
Talvez tenha se tornado moda porque o nome da prática veio em inglês, já que por aqui, tem muito cabra lá no nordeste que já faz isso há muitos séculos com suas jangadas, uma reunião de pedaços de madeira com um remo, e sem vela.
As celebridades colonizadas só descobriram que se pode remar, de pé, em uma prancha depois que americanos lançaram o stand up paddle .
Recebi informação que a próxima moda lançada pelos americanos será a de caminhar com os pés no chão, nas areias das praias da Califórnia .
Imagine, caro leitor, o sucesso que a prática originalíssima de caminhar nas areias das praias fará entre lucianos Hucks, e outros babacas de nossa ridícula constelação de idiotas colonizados.

Um cabra no Ceará praticando stand up paddle. Ou seria um jangadeiro ?

Prancha de stand up paddle. Ou seria jangada ?

Uma celebridade da globo que resolveu não se arriscar na prática de stand up paddle .

Globo na Lama

Gog esnoba convite da Globo e da Fifa: “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro”

Emissora carioca convidou Gog para se apresentar em evento da entidade máxima do futebol, durante a Copa do Mundo 2014
09/12/2013
da Revista Fórum
O rapper Genival Oliveira Gonçalves, o Gog, anunciou, na última sexta-feira (06), através de seu perfil no Facebook, que recusou um convite da Rede Globo para se apresentar em evento da Fifa durante a Copa do Mundo 2014. “Não aceito o convite, não negocio com vocês, não me procurem mais, esqueçam meu nome”, afirmou o músico.
O evento seria realizado, segundo Gog, na Esplanada dos Ministérios no dia 15 de junho de 2014. Exatamente nesta data, ocorrerá, em Brasília, o jogo entre as seleções de Suíça e Equador.
Em seguida, Gog explica sua decisão. “Vocês patrocinam o apartheid brasileiro. Bando de racistas!”. O rapper ainda pediu que a Globo retire “o nome de Nelson Mandela dos noticiários sujos” da emissora.
Fonte: BRASIL DE FATO E REVISTA FÓRUM

Muito bem !
Ainda temos esperança na classe artística brasileira.
A maioria dos artistas, alguns ainda tiram onda de moderninhos, não passa de um bando de vendidos, se curvando aos interesses de uma emissora racista e nazista.

A Cultura da Violência

Frente dos Torcedores: “Não aceitamos soluções midiáticas”

publicado em 10 de dezembro de 2013 às 0:03

Nota da Frente Nacional Dos Torcedores sobre os últimos acontecimentos do futebol brasileiro

A Frente Nacional dos Torcedores, movimento que busca um futebol justo-democrático-e-popular, lamenta profundamente as cenas protagonizadas por torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense no jogo de hoje, então válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.
Nosso movimento percebe a complexidade para resolver o problema da violência no futebol. E, infelizmente, há muito vem denunciando a omissão dos Governantes, da CBF e dos dirigentes dos clubes para solucionar o conflito; por outro lado, também faz tempo que denunciamos a incompetência e burrice do Ministério Público e da Polícia Militar de todos os estados brasileiros.
Contudo, é inadmissível, inaceitável e imperdoável que duas torcidas tão fortes e tão grandiosas como as dos clubes envolvidos protagonizem episódios de tamanho horror social. Sabe-se bem a capacidade de articulação política das duas maiores torcidas organizadas, tanto do Vasco quanto do Atlético PR, e justamente, por isso, tem-se ainda mais vexatório o acontecimento de hoje. E, sim nós apoiamos a punição de todos os torcedores envolvidos em qualquer briga! Afinal, torcer é festa, não é violência!
De qualquer modo, a Frente Nacional dos Torcedores segue esperando uma definição séria do Ministério dos Esportes e da CBF para começar a resolver o problema. O Ministério, lamentavelmente, continua rebaixando a importância do tema, e colocando nas mãos de um promotor com notória ineficiência e inaptidão para o cargo.
Inclusive, o que se tem visto é o avanço da violência e o fim da festa popular nos estádios. Tudo isso diante da flagrante incompetência dos funcionários públicos destacados para o tema.
Urge trocar o senhor Paulo Castilho da pasta de segurança dos torcedores! Urge dialogar com as torcidas verdadeiramente, urge debater exaustivamente para mudar a política da segurança dos estádios! Urge reformar o Estatuto do Torcedor!
Por outro lado, a omissão da CBF, diante do perplexo cenário de um jogo decisivo sem devida segurança, somente reforça a tese de que essa instituição é meramente lucrativa a serviço da máfia da bola, possuindo enorme desleixo com as condições dos estádios brasileiros.
Marin consegue realizar o sorteio da Copa do Mundo na Costa do Sauípe, mas não consegue garantir um jogo do campeonato brasileiro com segurança no estádio. Mesmo tratando de um jogo de alto risco com histórico não feliz de incidentes violentos entre as torcidas, nada foi feito.
Ao contrário, o estádio recebeu uma ridícula segurança privada, devido a uma decisão pouco inteligente do Ministério Público local. Talvez os mais de 6 milhões de reais oriundos dos cofres públicos para a realização do sorteio da Copa 2014 fossem suficientes para garantir um eficaz plano nacional de segurança dos estádios. Mas, quem deseja resolver de verdade o problema da violência nos estádios?
Por fim, conclamamos a todos os torcedores brasileiros para um 2014 de paz e luta social nos estádios. Pois, a nossa luta é contra a corrupção da máfia da bola; a nossa luta é por ingressos baratos e festa popular nos estádios; a nossa luta é contra a atual direção da CBF; a nossa luta é contra a imbecilidade generalizada do atual Ministério dos Esportes; a nossa luta é por um outro futebol, que é possível. A nossa luta não é contra o torcedor do time rival! Ele deve ser nosso companheiro na luta por um futebol melhor. Caso você ainda não entenda isso, a Justiça acabará fazendo com que você entenda.
Não aceitamos soluções imediatistas e meramente midiáticas para espetacularizar ainda mais a questão da violência no futebol, todavia, repudiamos a contínua ignorância de violentos torcedores. Futebol não é violência! Torcer é festa! Vamos lutar pela volta da festa popular nos estádios, vamos dar um basta nas brigas! Pois, violência nos estádios é o que a máfia da bola mais deseja para intensificar o nefasto processo de elitização do futebol.
Fonte: VI O MUNDO

A questão é complexa e sendo assim as soluções midiáticas sempre tentam aparecer.
Ontem, no dia seguinte dos conflitos em Joinville, a imprensa deitou falação sobre o assunto.
Algumas idéias interessantes, bem poucas , é verdade, porém a maioria repetiu quase que um mesmo discurso  repleto de sentimentos de indignação, raiva e , principalmente, violência.
Era comum ouvir nas emissoras de rádio e ler nos jornais, declarações do tipo;
- " selvageria, tem que enfiar esses bandidos na cadeia até que apodreçam"
- " se existissse força policial dentro do estádio, duvido que eles criassem essa confusão. Iriam apanhar e muito "
- " eles ( os bandidos) devem ser punidos com todo o rigor da lei "
- " não são torcedores. são marginais que vão aos estádios para produzir atos de barbárie. Lugar dessa gente é na cadeia, sem blá, blá blá" 
Na alegre e indignada imprensa esportiva, o que predominou no day after foi um discurso carregado de violência. Para punir a violência, deve-se agir com violência, foi o que ficou pelo conteúdo apresentado pela maioria da mídia.
O caro e atento leitor já percebeu que a cultura da violência está ganhando, seja no futebol, nas relações  interpessoais, na política, nas relações internacionais, no aumento de crimes bárbaros como estupro, no comportamento no trânsito das grandes cidades, nos conflitos no campo, e até mesmo nas filas de casas lotéricas. 
O antigo mala das filas de casas lotéricas, aquele que ficava batendo no seu ombro para mostrar que quase ganhou na loteria esportiva da semana anterior, hoje não mais conversa com você e ainda o empurra para andar mais rápido, exigindo, com tom agressivo, para que você fique ligado na fila.
A violência se espalha na mesma proporção em que a ignorância e o conceito de sucesso pessoal a qualquer custo  avança.
E o sucesso pessoal , no bojo de valores da cultura contemporânea não contempla , necessariamente, uma boa educação com formação acadêmica e lastro cultural. O que vale é o  empreendedorismo com sucesso pessoal.
Sem sombra de dúvidas, há um nazismo emergente no mundo.
O surgimento de uma sociedade livre, democrática e moderna, tão cantada e enaltecida no início dos anos da década de 1990, claramente fracassou.
O que se verifica, e acredito que assim o leitor atento também se expresse,  é uma regressão em todos os valores  daquilo que se entende por civilização.
O que predomina, em todos os campos, é a cultura da violência.
Dito isto, resolver os conflitos que acontecem  dentro dos estádios de futebol não me parece uma tarefa tão complicada, desde que os organismos de segurança atuem de forma preventiva e inteligente para cadastrar, acompanhar - durante os jogos - e quando necessário deter indivíduos que pratiquem atos criminosos. 
Pelo menos dentro dos estádios/arenas, os novos coliseus do século XXI,  a tranqulidade pode ser obtida sem grandes investimentos . Entretanto, fora das arenas, os "torcedores" continuarão matando uns aos outros, em encontros de guerra previamente agendados entre as partes, onde as batalhas sangrentas serão travadas, assim como nos tempos de Roma antiga, com facas, paus e pedras.
Ruas e avenidas ficarão manchadas de sangue, o mesmo sangue que escorre de rostos e corpos de lutadores  de lutas tipo MMA, de grande apelo para um público sedento de cenas de horrror e morte e ainda trasmitidas por emissoras de tv com amplo patrocínio de grandes empresas e com apresentadores em estado de excitação máxima diante dos golpes mortais desferidos pelo gladiadores da idade moderna, civilizada , democrática e próspera. 
Enfiar todo mundo na cadeia, como gritam alguns excitados representantes de nossa alegra imprensa esportiva não resolve nada.
Elitizar o público de futebol nas arenas, como desejam setores da imprensa, também não me parece a solução ideal.
Os EUA tem a  maior população carcerária no mundo.
Lá ,naquelas terras conhecidas como o paraíso da liberdade, pessoas são detidas e presas sem qualquer justificativa racional e ainda sem direito a advogados. Por qualquer coisa  pessoas vão para a cadeia, entretanto a violência só aumenta, dia após  dia.
Como escrevi logo no início do texto a questão é complexa.
A cultura da violência, em curva de crescimento no Brasil e no mundo, não vai mudar de uma hora para outra.
Já a máfia que está envolvida com o futebol no Brasil ( emissoras de tv, CBF, federações, dirigentes de clubes, setores da imprensa, etc...)  pode ser extirpada do esporte, já que é bem conhecida de todos. 
Para que isso aconteça, é necessário uma ação política do governo com amplo apoio da sociedade organizada.
Entretanto, mais uma vez, a solução não será fácil, já que a plutocracia e o crime organizado comandam o mundo, com ramificações em todos os cantos do planeta.
Para terminar, sem a menor pretensão em esgotar um assunto tão complexo, hoje, o jornal extra, das organizações globo, estampou em primeira página manchete em que acusa o presidente do Vasco de ter pago as passagens para que uma facção da torcida vascaína, a força jovem, envolvida nos conflitos de Joinville, fosse assistir a partida na cidade catarinense. 
Aproveitando o mau momento do clube e de seu presidente, o jornal extra tenta desvirtuar o foco e apresentar uma linha de culpa, em uma ação "jornalística"covarde. 
Aliás a covardia é companheira inseparável da violência e do crime.
Isto posto reforço a posição da Frente Nacional de Torcedores:
' Não Aceitamos Soluções Midiáticas'