sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Poste Que Fez Xixi No Cachorro

O Poste Que Fez Xixi no Cachorro

O apresentador José Luiz Datena voltou a falar do sequestro que negociou ao vivo no "Brasil Urgente", da Band, nesta quinta-feira (29).


O programa exibiu uma reportagem sobre a repercussão do caso pela CNN, rede internacional de notícias, que acabou servindo para endossar a versão da história sustentada pela Band. Ou seja, de que o pedido para Datena intermediar o diálogo partiu da polícia.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo informou que vai "apurar as circunstâncias" e ressaltou que "o mais importante é preservar vidas".

O editor internacional para América Latina da CNN falou que Datena é uma "celebridade muito conhecida no Brasil" e estava ao vivo nesta quarta quando recebeu telefonema pedindo que negociasse com um homem que ameaçava a mãe e a irmã com uma faca.

O âncora do canal internacional se espantou ao saber que o brasileiro disse ter se arrependido após o encerramento da transmissão, porque suspeitava que a audiência crescera com o caso.

De fato, o "Brasil Urgente" chegou ao seu pico no Ibope no momento em que o sequestrador se entregou, encerrando o caso sem nenhuma vítima.

Datena deixou o resto do comando da atração com Marcio Campos, dizendo estar "emocionalmente abalado". 

obs. texto publicado no Folha online de 30.11.12


Realmente a Segurança Pública de São Paulo está caótica, sem direção, sem rumo.

A cidade de São Paulo e também algumas cidades do estado estão mergulhadas em uma onda sem fim de crimes e violência.  Os números de vítimas de crimes , assassinatos, roubos, roubos com morte, etc  apresentados diariamente são alarmantes.
A Faixa de Gaza é aqui, cantaria Caetano Veloso , isso se o velho compositor não resolvesse dizer que os crimes não existem e que  são apenas invensões de petistas.

A situação é muito grave e o governo federal deveria intervir em São Paulo para garantir a ordem e a civilidade, já que o governo estadual está a deriva em perfeita harmonia com todo o ideário político e econômico defendido e aplicado pelos barões de alta plumagem durante longos anos em São Paulo.

O apresentador da tv bandeirantes afirmar que recebeu um pedido da polícia para atuar como negociador de um sequestro é o mesmo que um poste fazer xixi em um cachorro. O surrealismo invadiu São Paulo em uma triste, assustadora e crônica bienal em céu aberto, revelando a falência da segurança pública.

O trabalho de negociar com bandidos  em situações de sequestro exige pessoas treinadas e capacitadas para tal, como se espera das polícias. Não é o caso do apresentador, que se utilizou do pedido policial para alavancar índices de audiência  e, com isso , colocando todos os envolvidos no sequestro em alto risco.
A obsessão por índices de audiência na tv aberta brasileira já levou o mesmo apresentador da tv bandeirantes  a se esconder em sua residência por conta de uma criminosa armação produzida por concorrente seu, em que um suposto bandido armado aparecia no vídeo ameaçando de morte o apresentador da tv bandeirantes. Tudo isso para aumentar índices de audiência.
Recentemente a apresentadora Xuxa disparou contra um concorrente seu que estaria a sua frente na audiência. O detalhe que o concorrente era um pássaro, personagem principal de uma animação. Mais uma vez um poste fez xixi no cachorro.
Cabe lembrar que acontecimento semelhante ocorreu no programa de Sônia Abrão , da rede tv, em um passado bem próximo. Um repórter da emissora, entrou ao vivo no programa de Soninha, com imagens de um sequestro com ameaça de morte. Não satisfeitos, o intrépido repórter e a apresentadora , concordaram que o repórter deveria conversar com o sequestrador para negociar uma solução pacífica, tudo isso ao vivo, em horário vespertino.  Na ocasião a trapalhada jornalística foi duramente criticada em todas as mídias e também pelos órgãos de Segurança Pública da cidade de São Paulo.

Os programas da tarde nas tv brasileiras, em sua maioria, são de péssima qualidade, sensacionalistas, explorando o crime e a barbárie, independente se são veiculados na rede tv, bandeirantes, record, e outros. Aos apresentadores desses programas espera-se que fiquem restritos, já que os programas continuam,  a apresentação das barbaridades diárias, falando suas asneiras costumeiras, e que a segurança pública não misture atribuições e cumpra com eficácia suas funções.

Quanto a tv brasileira, diante dos casos citados , ficam as perguntas :

-  ancorado em liberdade de expressão, um apresentador de um programa pode    inventar uma falsa entrevista em que um suposto bandido ameaça de morte um colega seu de profissão ? Se é ilegal tal comportamento não deveria existir punição para os envolvidos, inclusive a emissora ?

- ancorado em liberdade de expressão, pode um apresentador, ao vivo, participar como negociador em um sequestro mesmo não tendo qualificação para tal ? 

- ancorado em liberdade de expressão pode a animação de um pássaro sofrer agressões de concorrente ?

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Brasiiiiiiiiiiiiiiiiil !

Brasiiiiiiiiiiil ! 


O Brasil parou ontem por causa do anúncio do novo técnico da seleção brasileira de futebol, e para não ficar apenas ouvindo  as opiniões de nossos briosos especialistas da imprensa esportiva, resolvi também botar minhas asas para fora.

A seleção brasileira de futebol será comandada por Felipão com a coordenação técnica de Parreira.

A maioria da imprensa esportiva no Brasil, e até mesmo correspondentes em outros planetas, gritavam por mudanças e evolução no futebol brasileiro e, para  tanto, pediam o espanhol Pepe Guardiola, vitorioso no comando do Barcelona, a frente da seleção nacional. Faltando um pouco mais de um ano e meio para a realização da copa do mundo, a escolha de Guardiola seria de alto risco.

Concordo com nossos briosos e empolgados jornalistas esportivos de que o Brasiiiiiiiil precisa evoluir, pelo menos, ou principalmente, no campo de jogo.  Novos estilos e táticas já se fazem necessárias na maneira de jogar o antigo esporte bretão por aqui em nossas terras escaldantes. Entretanto, a mudança não deve partir de uma seleção nacional, mas sim dos clubes, da base de todos os clubes. Foi assim em 1974 quando a seleção holandesa de futebol encantou o mundo com seu futebol total. A base daquela maneira de jogar foi o Ajax, campeão da europa em anos anteriores a copa. Foi com a seleção espanhola campeã mundial em 2010, que seguiu o estilo Barcelona. Foi assim com as seleções brasileiras de 1958, 1962 e 1970, que seguiram o futebol arte de Santos, Botafogo e Cruzeiro. Logo o trabalho deve partir dos clubes, e Guardiola, no momento, seria muito bom para o futebol brasileiro, dirigindo um time de um clube brasileiro.

No tocante a escolha da dupla Felipão- Parreira, me parece acertada assim como tambem seria se fosse outro nome em atividade no futebol brasileiro.  Zagallo e Parreira e depois Felipão, são os responsáveis pelos  três títulos mundiais do Brasil desde 1970, como também pela colocação da seleção nacional entre os quatro primeiros colocados em mundiais, o quarto lugar em 1974, o segundo lugar em 1998, com exceção de 2006 ,já que o terceiro lugar em 1978 teve no comando Claudio Coutinho que também trabalhou em 1970 com Zagallo e Parreira. Isso é fato. São os maiores vencedores no comando da seleção brasileira, o que talvez não agrade uma grande parcela de nossa imprensa que gosta de elogiar e incensar os perdedores.

 O comando da sinistra CBF optou pela escolha de treinadores vencedores  e que possam ganhar a copa de 2014. O objetivo da CBF, deixa claro, a conquista da copa , independente de futebol arte, futebol show e renovação na maneira de jogar.

Com Felipão e Parreira teremos a volta do futebol pragmático , de eficaz esquema defensivo jogando no erro do adversário. Nenhuma inovação tática ou artística , mas que já deu dois títulos mundiais para o Brasil, garantindo lucros para muitos e preservando o emprego de muitos profissionais da imprensa.
O único que não lucra com as conquistas da seleção brasileira é o torcedor. Atualmente, inclusive, são com os impostos dele que estádios como o Maracanã, um patrimônio do povo brasileiro, estão sendo reconstruídos, para depois serem entregues a iniciativa privada
.
Quanto a renovação de nosso futebol, também toco meu trombone. Se faz necessária pois podemos jogar um futebol  bonito, competitivo, eficaz e vitorioso. Entendo, porém, que passa pelos clubes, pela formação de atletas, pela base, a mudança de filosofia e estilos.

A renovação , também , deve passar pelas mídias. Atualmente temos visto a tv globo, detentora de direitos de transmissão de todos os eventos de futebol, exigindo mais regalias no contacto com clubes e jogadores. O que mais quer a tv globo ? Fazer das preleções dos treinadores e das rodas de conversa dos jogadores antes dos jogos um reality show ? Ou será , ainda, que deseja mais espaço para que seus repórteres e jornalistas possam assistir os atletas se banhando depois dos jogos ? Se faz necessário e urgente que a exclusividade na transmissão de partidas de futebol também acabe por aqui, até mesmo para que o torcedor tenha opções de escolha e que os horários das partidas sigam uma racionalidade que não esteja condicionada aos acontecimentos e eventos retratados na avenida Brasil.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Surfando em Wall Street



 Surfando em Wall Street



Elevação do Nível do Mar

A elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global tem ocorrido 60% mais rapidamente do que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo que será publicado esta quarta-feira (28).
Atualmente, os mares subiram 3,2 mm ao ano, em média, segundo o estudo realizado por três especialistas em clima e publicado no periódico científico Environmental Research Letters.
A projeção "mais confiável" do IPCC, em 2007, baseada em dados de 2003, previa uma elevação de 2 mm ao ano atualmente.
A nova cifra converge com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação do nível do mar de um metro até o fim do século, declarou Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, co-autor do estudo.
"Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas" a respeito, disse Foster.
"Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos, e isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos", acrescentou.
"Para grandes cidades costeiras, como Nova York, provavelmente o principal efeito seria o que vimos com o furacão Sandy", prosseguiu.
"Toda vez que temos uma forte tempestade, você tem uma intensidade maior e isto traz um risco maior de inundações", prosseguiu.
O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.
Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009, e ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.

O novo estudo estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia "um consenso muito bom" do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16ºC por década.
Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.
A previsão do painel para o futuro - uma elevação de até 59 cm até 2010 - "pode também estar tendenciosamente baixa", alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos.
Foster disso que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.
Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações entre 1999 e 2003, e desde então tem havido mais dados, que têm ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar.
O Quinto Relatório de Avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.

obs. artigo retirado do JB online em 28.11.12


Efeito Estufa

experimentou a sensação de entrar em um carro que ficou muito tempo exposto ao sol? O calor que se sente é resultado do “efeito estufa” dentro do veículo. O calor entra, mas não pode sair e assim, o interior do automóvel fica aquecido. Nosso planeta está sujeito à mesma lei da física e graças aos gases de efeito estufa (que promovem a retenção do calor), podemos viver!   
A falta de vapor de água e gases de estufa e até mesmo da própria atmosfera, leva outros planetas a terem diferenças de temperatura de 200 graus Celsius das áreas expostas ao sol para as áreas de sombra. Assim, o dia é escaldante e a noite gélida, sendo a vida impossível.  

O aquecimento global possibilita extremos mais próximos e homogeneização das temperaturas, sendo condição fundamental para a manutenção da vida. O problema que se vive hoje é que, o ideal projetado de concentração de CO2 na atmosfera para a manutenção da vida é da ordem de 250 a 280 ppm (partes por milhão) - níveis verificados antes da revolução industrial. 
A revolução industrial nos ensinou, entre outras coisas, a obter energia pela queima de combustíveis fósseis e em pouco mais de cem anos a concentração de CO2e na atmosfera passou para 390 ppm. Estima-se que a partir da concentração de 450 ppm existe o risco de entrarmos em um ciclo irreversível, chamado de “feedback positivo”. Nele o aumento de temperatura impede que mares e florestas absorvam CO2 da atmosfera, consequentemente a temperatura aumenta, o que leva a dificuldade maior da natureza sequestrar o carbono e assim por diante.

O assunto é de extrema urgência. Desde o estabelecimento da UNFCCC e do Protocolo de Quioto - criados internacionalmente para combater o aquecimento global, as emissões de gases de efeito estufa não diminuíram. As previsões do IPCC são de que as emissões médias do planeta durante esse centenário, não sejam superiores a 18 GToneladas ano a ano. As emissões atuais são superiores a 40 Gtoneladas. Esse é o tamanho do desafio que os negociadores enfrentam ano a ano na Conferência das Partes
Para piorar, o efeito não é sentido uniforme ou regularmente. Ao contrário de colocar o dedo na tomada, onde facilmente aprende-se a lição, nas questões climáticas, quando se sente o choque pode não haver mais tempo para reagir. 

Fato é que o mundo não vai acabar. A decisão que devemos tomar é se queremos aprender com nossos próprios erros e agir racionalmente para aumentar nossas chances como espécie de sobreviver ou se vamos lançar à sorte nossa própria existência e continuar negando os fatos.

obs. artigo retirado do Portal IG em 28.11.12



E Agora, Michael Jackson ?  

Uma verdade inconveniente volta a circular.  O assunto sobre mudanças climáticas vem sendo discutido  há décadas e ignorado por governos e pela mídia alinhada. Os argumentos contrários, inicialmente, diziam que o planeta não estava passando por alterações no clima.  Sem sustentação, os contrários admitiram as alterações no clima mas , ainda hoje, se recusam a admitir que a interferência do homem seja a causa principal. 

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera não é uma causa natural, ele se deve a interferência humana com seus modos e meios de extração de recursos e produção de bens. Mais uma vez foram obrigados admitir, porém argumentam que essa interferência humana pode não ser a causa para as alterações climáticas. Ciclos naturais desconhecidos, podem estar operando e causando as alterações no clima, dizem os defensores do status quo que até admitem um resfriamento do planeta e não um aquecimento. Apelar para ciclos que sequer se tem conhecimento  em detrimento de dados científicos comprovados, não me parece racional, nem científico, nem honesto.

 É certo que uma área com nove metros quadrados, dimensão de um cômodo residencial, com temperatura controlada ,quando ocupada por apenas uma pessoa  vai manter aquela temperatura inicial. Se são adicionadas mais nove pessoas no cômodo, a temperatura subirá em função do metabolismo humano. Desde o início da revolução industrial, com seus modos e meios de produção que agridem violentamente a atmosfera, o planeta deu um salto significativo em sua população, chegando hoje a 7 bilhões de pessoas, além dos animais, no cômodo Terra, que consomem, aquilo que se extrai, se processa , se fabrica, exigindo cada vez mais extração, processamento, produção e consumo.

Tudo isso não necessáriamente deveria se constituir em um problema, se fosse feito com racionalidade e critérios de sustentabilidade, uma vez que o cômodo tem espaço para abrigar toda a população confortávelmente.

 Aí se encontra o conflito. Produzir e consumir com racionalidade e sustentabilidade, inquestionávelmente não é o que acontece com o modelo vigente e, uma mudança nos padrões, não interessa aos países ricos, que desfrutam de estilo de vida incompatível para a realidade do planeta, seja no tocante as necessidades dos povos, seja também na necessidade de recursos naturais. Isso é um golpe fortísssimo para uma ideologia, um modelo econômico e estilo de vida, que se auto declarou vencedor e hegemônico  em pouco mais de duas décadas. Isso porém não significa um retorno à outras ideologias , mas deixa claro o fracasso do modelo atual. 

Infelizmente, para a maioria das pessoas, o assunto não é debatido e apresentado de forma clara e esclarecedora pelos meios de comunicação, haja visto que a maioria dos meios se coloca ao lado daqueles que não desejam alterações no modelo atual.  No Brasil a emissora de TV bandeirantes, porta voz do agronegócio, defende a tese de que não se pode afirmar que as alterações climáticas sejam fruto da ação humana. Para tanto se utiliza de "estudos" de um Físico brasileiro, que com frequencia deita falação nos telejornais da emissora. Assim sendo  a TV Bandeirantes, coloca no mesmo patamar o estudo de milhares de cientistas do IPCC com o de uma única pessoa. Seria rídiculo, se não fosse cômico e também uma fraude intelectual . 
Os demais veículos de mídia abordam o assunto das alterações climáticas, porém o fazem propositalmente com o conceito da vala comum, banalizando-o, assim como no que concerna aos assuntos relativos a  violência,  as drogas, por exemplo. Para o leitor  e telespectador fica a compreensão que " é assim mesmo", " fazer o quê ", "está aí todos os dias" , "deixa ficar", deixar rolar e vamos ver como é que fica". Ontem, na rádio cbn, do grupo globo, o apresentador fazia questão de dizer que as reuniões , agora em curso , sobre as questões climáticas, não tinham muito fôlego por causa da importância da crise financeira mundial, como se fossem dissociadas. A imprensa mundial tem sido um grande impecílio, com omissão e desinformação, para que os povos tenham uma conscienciência ativa sobre o problema em questão.

 Os artigos acima deixam bem claro que os estudos do IPCC não estavam superstimados, como afirmavam em maioria os meios de comunicação, mas sim subestimados, já que o problema é mais grave do que se supunha. O aumento dos níveis dos oceanos, em níveis superiores aos estudos apresentados, revela que o aquecimento do planeta é uma realidade. Não apenas as incertezas no processo de medição , ou o derretimento de geleiras acentuado tem  acarretado esse aumento.  O aumento da temperatura global, influencia no aumento da temperatura dos mares, expandindo as moléculas de água e , consequentemente, elevando o nível dos oceanos. Todos esses fatores contribuem para as alterações no clima. 

Já o show de Madona....


Danuza Vai ao Show de Vanuza

Danuza Vai ao Show de Vanuza



Danuza Leão, que foi esposa de Samuel Wainer, o criador do Última Hora -- principal veículo de resistência ao cerco udenista contra Vargas nos anos 50, lamenta a ascensão do consumo de massa no Brasil. Não por ter restrições ao consumo. Mas porque ficou difícil 'ser especial' nesses tempos em que 'todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais', explica na coluna que assina na Folha.

Musicais na Broadway perderam a graça, afirma, não pelo gosto duvidoso do que se oferece ali. "Por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir", lamenta-se.

"Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros - não é melhor ficar por aqui mesmo?", questiona desolada diante das cancelas decaídas.

As raízes desse desencanto com o Brasil, personificado na elite caricatural assumida por Danuza, encontram uma explicação resumida no relatório da consultoria Boston Consulting Group (BCG)', divulgado nesta 3ª feira.

O estudo compara meia centena de indicadores econômicos e sociais de 150 países , coletados junto ao Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE.

O Brasil emerge desse mosaico como a nação que melhor utilizou o crescimento econômico dos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar do seu povo.

O PIB brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011. Mas os ganhos sociais obtidos no período se equiparam aos de um país que tivesse registrado um crescimento explosivo de 13% ao ano, diz a análise. Ou seja, para efeito de redução da pobreza as coisas se passaram como se o Brasil tivesse crescido bem mais que a China nos últimos cinco anos.

O salto na qualidade de vida da população, segundo a consultoria, decorre basicamente da prioridade implementada à distribuição de renda no período. Algo que Danuza Leão intui em meio às dificuldades crescentes para se distinguir do porteiro de seu prédio.

As diferenças entre eles naturalmente continuam abissais. Mas registraram a queda mais rápida da história brasileira nos anos Lula, quando a pobreza recuou à metade e 97% da infância foi para a escola. É o que demonstram também os dados do IBGE divulgados nesta 4ª feira: o índice de Gini que mede a desigualdade encontra-se hoje no menor nível em 30 anos. Ainda assim os 40% mais pobres tem apenas 11% do total da riqueza do país. Mas o deslocamento da seta na década Lula é um fato: entre 2001 e 2011, a renda dos 20% mais ricos -- equivalente a 24 vezes a dos 20% mais pobres,em 2001-caiu para 16,5 vezes em 2011.

Nada disso é captado no visor histórico de quem está obcecado em preservar espaços de um privilégio socialmente patológico, incorporado à rotina da classe dominante como se fora a extensão da paisagem tropical.

O desencanto inconsolável com o Brasil deixado por Lula inclui outras versões igualmente elitistas, mas de apelo não tão exclusivista.

O porteiro do prédio neste caso é a 'corrupção de massa' que o PT teria promovido, segundo os críticos, num aparelho de Estado antes depenado com elegância pelos donos do país.

Assim como o porteiro de Danuza, a corrupção no aparelho público agora comandado pelo PT também é real.

Não é o caso do que se convencionou chamar de Ação Penal 470 - ainda que a prática do caixa 2 de campanha, é disso que se trata, tenha igualmente nivelado o partido aos adversários, que todavia desfrutam da tolerância obsequiosa nos circuitos escandalizados com os forasteiros.

A atual operação Porto Seguro, a exemplo de outras desencadeadas pela Polícia Federal desde 2003, desnuda com generosa difusão midiática isso que antes era encoberto, pouco investigado e raramente punido.


Não é necessário revisitar o personagem do 'engavetador geral da
República', de bons serviços prestados à causa tucana, para contrastar o silencio de gavetas que agora são reviradas em agudos decibéis e cortantes editoriais.

Porém há nuances que a esquerda não pode mais ignorar.

A virtude que se cobra do campo progressista não é um dote imanente a porteiros que conquistaram o legítimo direito de viajar a prestação, tampouco a qualidade intrínseca de governantes eleitos pelos pobres.

Virtuosas --educativas-- devem ser as instituições, ancoradas em leis justas e indutoras da convivência solidária; no serviço público digno e transparente; na escola capaz de preparar cidadãos para o livre discernimento; nos bens comuns valorizados e desfrutados coletivamente; na informação plural e isenta etc.

Para isso, o partido que pretende mudar a sociedade tem a obrigação de associar à luta econômica o combate por ideias emancipadoras que ampliem o horizonte subjetivo para além do consumismo individualista. Do contrário sobra o vale tudo por dinheiro.

Entenda-se por vale tudo aquilo que leva um jovem ao crime por um par de tênis de marca. Ou o funcionário público subalterno que concede 'favores' em troca de um cruzeiro à Ilha Grande, com direito ao show da dupla 'Bruno e Marrone'.

O mais difícil na luta pelo desenvolvimento é produzir valores que não aqueles negociados em Bolsas. Não apenas esse, mas sobretudo esse passo a esquerda deve ao Brasil. E não parece recomendável adiá-lo ainda mais.

(*) Atualizado com os dados do IBGE em 28-11, às 12h06.

Postado por Saul Leblon às 16:44


No comício pelas Diretas Já, em 1984 na cidade do Rio de Janeiro, quando a TV globo não podia mais esconder a grande mobilização popular e passou a noticiar como uma uma grande "festa" do povo, a maioria da população se movimentou para a Candelária, local do comício. Um milhão de pessoas, talvez mais, estiveram alí, na rua, acompanhando o comício.

Como se tratava de uma "festa', segundo a TV globo,  o engajamento político foi diluído com a presença de muitos sempre prontos para os grandes eventos festivos. Danuza Leão foi uma delas. Alugou um apartamento em um hotel bem próximo ao palco montado  na Av. Presidente Vargas para assistir e se emocionar ao ouvir o Hino Nacional Brasileiro sendo cantado pelo povo, como ela declarou a uma emissora de TV. Assim como Danuza, outros descendentes do Brasil Império também ocuparam os apartamentos do hotel, certamente com muita champagne, para ouvir o Hino Nacional  Brasileiro e , quem sabe, aparecer nas precisas reportagens da TV globo. 

Os remanescentes do Brasil Imperial são assim. Rejeitam o povo, a cultura popular mas não perdem uma oportunidade de se juntarem ao povo para aparecer nas telas de TV exibindo suas jóias.

Ainda é assim no carnaval por ocasião dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. " na tela da TV no meio desse povo, a gente vai se ver na globo" diz a vinheta da TV globo sobre o carnaval em uma clara mensagem  para seus pares de sangue especial. Danuza, hoje, sente-se desmotivada e sem vontade de viajar para Nova York já que não existem mais os bailes da Ilha Fiscal, negros e pardos ganham espaço nas universidades e a classe média brasileira tem um pouco mais da metade da população brasileira. Assim sendo, com mais e mais pessoas inseridas na sociedade as diferênças que antes saltavam aos olhos, hoje são menos alarmantes. As diferenças de classes , antes tão marcadas e evidenciadas pelas viagens para o exterior, por exemplo,  não mais se constituem em poder. Restou o quê ?

Pelo visto, o desencanto de Danuza, revela a superficialidade de uma elite econômica, pobre em cultura e conhecimento, mas ainda ávida pelos holofotes em função, apenas, de suas generosas contas bancárias. Para tanto vale se deslocar para assistir Brunos & Marrones, desde que as lentes de TV registrem as ilustres presenças na platéia, em camarotes, claro.

Infelizmente, uma grande parcela da população brasileira, alienada pelo poder midiático, acredita que tem sangue azul e , devido a isso, não mede esforços em aparecer nas mídias. Para tanto, vale participar de games shows, mesmo que respondam que a capital da Bolívia é Bogotá, ou conseguir um lugar como destaque em uma escola de samba. 

Decadence avec elegance é o título de uma canção de Lobão que retrata muito bem o desencanto de Danuza e de toda uma cultura escravocrata, racista, elitista que não viu, ou não quer ver, que a República já chegou no Brasil.
Para de uma vez por todas jogar essa cultura no lixo, se faz necessário e com urgência a democratização de todos os meios de comunicação no país, de maneira que o povo brasileiro possa se reconhecer nas mídias e todas as vozes e nossa riquíssima cultura tenham espaço.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Liberdade de Expressão

 Liberdade de Expressão




Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa.

Apesar do trabalho desenvolvido há décadas por pessoas e/ou entidades da sociedade civil, e apesar do inegável aumento da consciência coletiva sobre a centralidade da mídia na vida cotidiana, não tem havido resposta correspondente dos poderes da República no sentido da proposta e/ou implementação de políticas públicas que promovam a universalização do direito à comunicação em nosso país.

Ao contrário. Ações que representariam avanços relativos, muitas vezes, não são cumpridas, se descaracterizam ou se transformam em inacreditáveis recuos – alguns, com apoio em decisões do Judiciário.

São muitos os exemplos. O principal deles é certamente a própria Constituição de 1988, cuja maioria dos artigos relativos à comunicação social não logrou ser regulamentada decorridos 24 anos de sua promulgação.

Outros, não menos importantes, incluem:

- O decreto que criava o serviço de retransmissão de TV institucional (RTVIs), que foi revogado dois meses depois (2005);

- O resultado do trabalho de duas comissões criadas no âmbito do governo federal para propor uma nova regulamentação para as rádios comunitárias (GT 2003 e GTI 2005), que nunca foi levado em conta;

- O primeiro decreto sobre o modelo de TV digital (2003), que foi substituído por outro apontando para a direção inversa (2006);

- O pré-projeto que transformava a Ancine em Ancinav (2004) que nunca chegou sequer a se tornar projeto, mas seus opositores foram contemplados com a criação do Fundo Setorial do Audiovisual (2006) e, mais recentemente, com a polêmica Lei 12.485/2011;

- As diretrizes originais para a comunicação constantes da primeira versão do III Programa Nacional de Direitos Humanos, PNDH3 (2009) foram alteradas menos de cinco meses depois por novo decreto (2010): excluíram-se as eventuais penalidades previstas no caso de desrespeito às regras definidas; e exclui-se a proposta de elaboração de “critérios de acompanhamento editorial” para a criação de um ranking nacional de veículos de comunicação.

- A convocação e realização da 1ª Confecom – Conferência Nacional de Comunicação, que produziu mais de 600 propostas que jamais saíram do papel (2009);

- Os três decretos que finalmente geraram um anteprojeto de marco regulatório para a comunicação eletrônica (2005, 2006 e 2010) que nunca se tornou público

E por aí vai.

Temas recorrentes
Há de se registrar ainda decisões do poder Judiciário como:

1. A improcedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que sustentava a inconstitucionalidade de quatro artigos do decreto 5820/2006 (TV Digital);

2. A não regulamentação do “direito de resposta” em função da inconstitucionalidade total da antiga Lei de Imprensa;

3. O estabelecimento de uma hierarquia de liberdades que privilegia o direito das empresas sobre o direito do cidadão; e,

4. A recente criação de um Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa no Conselho Nacional de Justiça – onde terão assento as principais entidades representantes da grande mídia – com o objetivo de monitorar as ações judiciais que envolvem o que tem sido chamado de “censura judicial”. Na prática, mais uma proteção à liberdade das grandes empresas de mídia em detrimento do direito do cidadão.

Muitas dessas questões têm sido tratadas neste Observatório mais de uma vez, ao longo do tempo. Não há qualquer novidade nisso.

Os conselhos de comunicação
Há, todavia, um exemplo que merece referência especial pela constatação da incrível impotência de atores da sociedade civil – inclusive, de partidos políticos e parlamentares – além da imensa frustação que representa para aqueles que lutam pela universalização da liberdade de expressão no nosso país: os conselhos de comunicação.

A história é conhecida, mas vale um breve resumo. Ponto principal de disputa na Constituinte de 1987-88, a criação de uma agência reguladora nos moldes da FCC americana se transformou, na undécima hora, no Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional (artigo 224). Regulamentado por lei em 1991, só foi instalado 11 anos depois, em 2002. Funcionou por quatro anos e ficou desativado por cerca de seis anos. Recentemente foi reinstalado de forma autoritária e sob protesto da Frentecom e do FNDC. Sua composição não traduz a ideia da Constituição de 1988, de um órgão plural com representação diversa. Há um claro predomínio de interesses empresarias.

Na primeira sessão do novo CCS, um representante da grande mídia propôs reduzir suas funções regimentais para que sua ação de assessoramento se restrinja apenas às demandas do Congresso Nacional, excluindo, por exemplo, a possibilidade de debate e encaminhamento das propostas aprovadas na 1ª Confecom.

Nos 10 estados (e no Distrito Federal) onde as Constituições e a Lei Orgânica preveem conselhos estaduais de comunicação – a exemplo do CCS –, até hoje apenas na Bahia ele foi instalado (2012) e, mesmo assim, com funcionamento precário.

Em pleno século 21, na contramão de países vizinhos e das democracias liberais consolidadas, permanecemos praticamente sem um único espaço democrático institucionalizado onde questões relativas à universalização da liberdade de expressão possam ser sequer debatidas.

No Brasil, no que se refere à regulação democrática da mídia, o ruim pode sempre piorar. E tem piorado.


(*) Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, pesquisador visitante no Departamento de Ciência Política da UFMG (2012/2013), professor de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentando) e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros


Mais um dia, assim como tem ocorrido em muitos dias ao longo de muitos anos, o assunto sobre a regulação da mídia volta a aparecer nas mídias autoreguladas pela democracia e  pela liberdade de expressão. Sendo considerado , até o momento, como o grande passo que o governo popular do PT ainda não foi capaz de dar o assunto , apesar do estado de inércia governamental, vai conquistando , a cada dia, a cada minuto,  um número maior de simpatizantes da causa. Com boa visibilidade somente na internete e com campanhas de mobilização popular, o assunto ainda tem muito a reverberar . Independente das campanhas e participando ativamente de todas,de minha mídia na internete, que sofre censura e perseguição por parte de grandes meios de comunicação através da ação de hackers,  volto ao tema. Já que o assunto é censurado pelas grandes emissoras de TV, pela maioria das emissoras de rádio e também pelos grandes jornais e revistas impressos, que aliás defendem a liberdade ( ?) de expressão, dependemos apenas da praça para que vozes sejam ouvidas. A liberdade de expressão é diariamente violentada pelos grandes veículos de comunicação do país, seja na censura interna no tocante aos assuntos definidos para mediação, seja na forma de divulgação de infomações e também de  entretenimento. A TV, como sendo a mídia de maior alcance, produz, pela esmagadora maioria de suas emissoras, conteúdos de péssima qualidade, onde o país é censurado no país, e as pessoas não se reconhecem nos programas das grades. O leitor atento, e eles existem,  sabe que na programação das emissoras de TV, o que se chama de grade, tudo é programa independente do formato e  conteúdo. Um jornal e uma revista vendem notícia, um filme para cinema é arte cinematográfica, na TV vende-se programa, distração, entretenimento.  Assim sendo, um telejornal, um programa de auditório, uma novela, um filme, são veiculados na linguagem televisiva como programas. Uma linguagem que atua no visual, no auditivo e no cinestésico  do receptor, logo a mais completa e poderosa em comparação com as demais, no caso o rádio e os impressos. Por ser assim, o jornalismo na TV, na maioria esmagadora das emissoras, é também um programa. Para tal, são utilizados os recursos principalmente visuais na apresentação das notícias. A aparência, a postura e a voz dos apresentadores são cuidadosamente produzidas para atender as exigências da linguagem do veículo em questão, no caso a TV. Em segundo lugar a escolha dos assuntos a serem abordados, que sempre segue orientações políticas, doutrinárias e mercantis das emissoras e , no caso brasileiro, as emissoras de TV que dominam o espaço seguem, praticamente, as mesmas escolhas. A liberdade de expressão e pluralidade de informações é escancaradamente deixada de lado. A TV  comercial não é, e não deve ser, a principal fonte de obtenção de conteúdos informativos, pois não se presta para esse fim. Os assuntos são apresentados de forma supercial, com extrema velocidade, quase que superpostos, sem quaisquer debates e muito menos ainda visões que contrariem a ideologia das emissoras. Isso se deve ao fato que o jornalismo na TV é apenas um programa a mais, programa com jornalistas ( em um passado próximo os apresentadores de telejornais eram apenas locutores, nem jornalistas eram ) que eventualmente podem até ter opiniões próprias, e mesmo externá-las, desde que não contrariem a ideologia da emissora. Nessa linha um programa de auditório, também é apenas um programa já que a platéia é cuidadosamente escolhida ( pessoas bonitas e muitas coxas na primeira fila ) e se comporta em sintonia com o apresentador , sem contraditório, sem questionamentos profundos, passando para o telespectador a falsa idéia de participação popular  e democrática. Em muitas emissoras, a platéia , inclusive, recebe alguma coisinha para participar "democráticamente". A bronca livre,  a arena com participação popular, o debate, a liberdade de expressão, não existe nos chamados "auditórios". As atrações desse programa ,principalmente artistas e cantores, também seguem a linha mercantil de fácil consumo e arte comportada  e enquadrada nos padrões das emissoras. Os apresentadores, todos simpáticos , falantes, de aparência jovem ( independente de idades bem avançadas) são , na realidade, os mestres de cerimônia do grande circo, da grande palhaçada. Um outro programa diz respeito as artes dramáticas, a dramaturgia, o humor. São as novelas e programas de humor. Usando e abusando, na maioria dos produtos, de atores , ou melhor , de caras jovens que representam a si mesmos nos papéis vividos, as tramas , na maioria, abordam a luta do bem contra o mal. Nas tramas dos últimos dez anos prá cá o bem continua vencendo , mas com uma peculiaridade; não mais vence avalors , práticas e percepções través da justiça , mas sim através da vingança com excessos de violência e crueldade. Seria uma formatação na sociedade de valores , práticas e percepções ?  Um outro programa são os filmes, que em TV, não abordam a  arte da sétima arte, mas somente a ação , coisas explodindo, projéteis para todos os gostos, e muita violência, isso na maioria das emissoras comerciais.  Em todo o universo da TV o visual predomina, devido a caracaterística da linguagem. Assim sendo , os profissionais , de diferentes programas de todas as emissoras, se encaixam nos padrões de estética, amplamente difundidos pelas próprias emissoras, para a grade, admitindo apenas algumas exceções com Marisa Orth, Luiz Fernando Guimarães e Regina Casé, por exemplo. No caso de programas humorísticos, os desvios da estética são  aceitos, já que se constintuem na única forma de expressão de muitos "artistas", o que é lamentável pois se trata de uma redução   aos esteriótipos. Assim, é necessário e urgente que o governo popular do PT, coloque na pauta de prioridades, e implemente os critérios de funcionamento das mídias no Brasil , para que possamos ter diferentes conteúdos na informação e no entretenimento e com isso , garantir a plena liberdade de expressão.

















quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A Civilização Suja


No dia 19 de novembro de 2012 o Jornal Nacional, decerto concorrendo com pautas reiteradas da Record, levou ao ar uma reportagem que denuncia o extermínio de cães no hospital veterinário da ULBRA, uma universidade privada do Rio Grande do Sul. A matéria gerou comoção não apenas dentre os protetores de animais, mas entre aqueles que não costumam se envolver no assunto. Denunciar maus tratos contra animais sempre é bem vindo e devido, mas é preciso levar a sério o problema. Pois o problema, como se sabe, são os perros, os cães. Os gatos, coitados, esses sequer são mencionados, mas agora, quando vem o calor, as infinitas ninhadas largadas ao léu, cevadas pelo obscurantismo que não obriga nem oferece as condições para castração de animais domésticos pelas famílias de baixa renda nos lembram que eles estão nessa.

O que fazer, diga lá você, que ficou indignado com a reportagem que saiu no Jornal Nacional, com o problema dos cães e dos gatos abandonados e em reprodução indiscriminada, sobretudo nas regiões metropolitanas das grandes cidades? Você já pensou que saúde pública passa por um centro de controle de zoonoses republicano, isto é, esclarecido e de preferência não franciscano, mas darwinista? Já se engajou politicamente no tema? Já, alguma vez na vida, considerou a hipótese de pagar alguma castração de um gato ou de um cão num abrigo ou na casa de alguém sem recursos para tanto?

Você não quer "moralizar" a coisa? Ótimo. É bom mesmo não moralizar, porque se o fizermos o resultado é adoecedor. Agora bem, vamos politizá-lo, sim, porque se trata, antes de mais, de uma questão civilizatória, sob todos os aspectos.

Ninguém precisa ter um gato ou um cão, se não o quiser. E é melhor, infinitamente melhor, não ter e não adotar - e não comprar - se não se tiver no peito e na alma o espaço para esse tipo de relação. E a razão é muito simples e biológica: cães não sobrevivem sem humanos. Cães não existem e não teriam nunca vindo à existência se nós não os tivéssemos selecionado. Qualquer abordagem evolutiva minimamente consistente pode inferir disso que nós também fomos humanizados em função de nossa relação com canídeos. O processo de domesticação dos grandes felinos é mais tardio, mas também se torna inteligível com uma lente darwinista.

Não é preciso ser refletida e consistentemente darwinista para saber que o modo como tratamos os cães reflete o modo como tratamos a nós mesmos, como sociedade. Uma sociedade que não cultiva a coleta seletiva de lixo, que não toma parte na fiscalização das prefeituras a respeito dessa atribuição elementar é uma sociedade que trata cães e gatos como lixo, esta é outra inferência de natureza darwinista. E que o faz, bem entendido, porque vive e depende de famílias inteiras que sobrevivem catando e se alimentando de lixo; essas mesmas famílias que não são mais fomentadas a se cooperativarem, mas a usarem carroças, com cavalos esquálidos e maltratados, carregando os restos dos indignados de ocasião.

Junto com a estupidez da abundância e da orgia consumista vem a cegueira necessária para o que fica pelo caminho. E os cães e gatos, nesse enredo cruel do desperdício e da falta de educação, são como tubarões-tigre que seguem os esgotos dos navios cargueiros e de turismo que empodrecem os oceanos e que, sempre que possível, dão uma voltinha nos litorais. Assim como tubarões-tigre arrancam pernas nas praias dos desavisados da miséria ambiental que assola os litorais do Brasil, os cães e gatos podem matar com a transmissão de doenças e com mordidas.

Matá-los, assim como assassinar tubarões, é uma maneira de agir como um grupo de extermínio, que sai atirando no guri negro da periferia, para não deixar mais um marginal imaginado ganhar idade. Em termos estritamente racionais, isto é, darwinistas, não há diferença alguma de tratamento. A bestialidade e a antijuridicidade é a mesma: mata-se o problema imaginário, independente de qualquer inquérito e menos ainda de qualquer compromisso com a causalidade, a natureza, as perspectivas dos problemas que a própria sociedade produz, consome e reproduz, sobretudo os imaginários, como o racismo, o machismo e o especismo.

Na Índia, hoje, há aproximadamente 10 milhões de cães abandonados. No Brasil, 20 milhões. Problema: durante décadas a fio, quando a fome endêmica e a miséria geral levavam consigo os cães ainda filhotes e os gatos, além, é claro, das crianças (de cada 4, 1 no nordeste do Brasil), não havia "o problema dos cães e dos gatos". Não havia, porque ninguém via e ninguém via porque eles morriam a rodo. Hoje, não por acaso, com a diminuição da miséria, tanto aqui, como na Índia, com a redução da mortalidade infantil e com as políticas de saneamento tendo saído, sobretudo no Brasil, da estagnação, os cães que estariam mortos há décadas atrás estão vivinhos da silva. E os gatos, idem. Cada lata de atum ou de sardinha que vai para o lixo pode alimentar uma gata prenhe e os seus filhotes. A proliferação de ratos ao redor das embalagens de yogurte que passaram a ser adquiridas pela nova classe média é um dado empírico, a ser registrado nas melhores pesquisas (que eu tenho fé virão a ser feitas) do ramo.

Eles estão aí, como os esquizofrênicos recém largados nas ruas depois da reforma psiquiátrica (que, embora bem vinda, fechou hospitais e não criou ambulatórios de qualidade), a interpelar a concepção e os limites da neurose cidadã funcional. Estão aí como os moradores de rua, psicóticos ou não, que não têm laços a serem refeitos com a sociedade, independentemente do fato de ganharem ou não um salário mínimo ou um benefício social, ou restos de comidas e de ossos. Os cães e gatos estão aí, abundantes como a abundância, espelhando, biológica e sanitariamente, a nossa barbárie.

A maioria dos hospitais veterinários faz o que foi revelado pela reportagem que denunciou a ULBRA. A maioria dos CCZs do país o faz. A maioria das pessoas ligadas à proteção animal são religiosas e sentimentalizam o seu engajamento, no mais das vezes, mergulhando as relações com os animais num repulsivo vale de lágrimas. E, em tempo, a "Sociedade Protetora dos Animais" é um ramal inexistente da Casa do Papai Noel, deu para entender? As coisas são muito difíceis num mundo em que o especismo só é superado pela crença na vontade de Deus.

Se o Ministério Público vai fazer algo a respeito, que comece com uma ação civil pública, obrigando a todas as prefeituras do RS a oferecerem serviços de castração e microchipagem. Que o Ministério Público Federal aja, enquanto o lerdo e lamentável legislativo nada faz. Que se vincule os governos dos estados ao tema, por meio da urgência da criação de delegacias de proteção aos animais. Que nenhum beneficiário do Bolsa Família ou de qualquer outro programa social precise pagar pelo atendimento veterinário e pela castração dos seus animais. E que a castração seja política pública exigível de quem é beneficiário de programas sociais, assim como o são a frequência dos filhos à escola e a vacinação, entre outros.

A alternativa à eutanásia em massa é a castração, a consciência de que o problema é mais do que moral e mais do que de revolta pontual.

Pode-se fazer duas coisas com os ensinamentos de Darwin, neste tema como em qualquer outro: agir cinicamente e revoltar-se pontualmente, ou agir na dureza e na ordem das obrigações morais que o darwinismo impõe. O problema de agir cinicamente é que o darwinismo é, do ponto de vista moral, a perspectiva mais anticínica e socialmente consequente que há. A "grandeza de sua visão da vida" consiste em comprometer-se com a vida, sem hierarquias, sem misticismo, sem obscurantismo, sem o empréstimo misterioso de causas ad hoc para evadir-se das trevas cotidianas e da miséria em que a sociedade mergulha, sempre que lhe falta razão e sobra religião.

Parem de matar, parem de deixar procriar para depois abandonar, não abandone, não deixe de denunciar quem abandona, não jogue lixo na rua, não misture o lixo, não cultive ratos no seu quintal nem deixe que os gatos se reproduzam, mas não os mate. Mas não os matem, porque foram vocês que os criaram e eles são parte sua. Matá-los é como arrancar pedaços de si que seguem crescendo e causando dor. Não adianta e perpetua a ilusão de que o problema terá terminado. Ter quatro patas e latir não é índice de inferioridade ontológica ou ética frente à criança vítima de um pedófilo ou de um tiro.


Enquanto cães e gatos forem tratados como restos e lixo, e não como parte de nossa humanidade, pela qual todos devemos responder, esse tipo de coisa acontecerá, e às vezes, muito raramente, o Jornal Nacional, para competir com a Record que seja, contará algo que revirará os estômagos de quem deixa de seguir os feeds dos engajados na proteção animal.

Ajudar na adoção, resgatar, abrigar provisoriamente, pagar castrações, amadrinhar, participar de campanhas de arrecadação, tudo isso importa e é fundamental. Mas são ações contra a maré. E a maré é a da destruição, do descarte, do desprezo, do obscurantismo das causas finais da visão sombria de mundo, da abundância de imbecilidade.

Espero sinceramente que o Estado e os representantes políticos saiam desse mundo pré-darwinista que segue considerando o homem a imagem e semelhança de Deus e, enfim, possam começar a enfrentar essa chaga histórica-política-ética e longeva da cultura do extermínio.

Fica a pergunta para você, que leu esta mensagem: quantas castrações você é capaz de bancar por mês? Já procurou se informar? Já fez lar temporário? Já resgatou algum bicho? Já considerou a hipótese de amadrinhar algum? Saiba, o estado nosso ainda é obscurantista o suficiente para não fazer nada, e para quando o fazer, operar subrepublicanamente.

Com 70 reais você pode bancar a castração de uma gata em Porto Alegre. É um pouco mais do que duas garrafas de espumante e talvez não pague um corte de cabelo. É muito menos que duas garrafas de bons vinhos e decerto é mais barato que um bom jantar num restaurante. Resulta, apesar disso, em vidas salvas, em evitar a proliferação de doenças e interditar a barbárie dos maus tratos, do abuso, da fome, da proliferação do problema. Em breve, oxalá, haverá compensações tributárias e políticas públicas para enfrentar mais esta barbárie. Até lá, pelo menos haja uma consciência darwinista elementar, para além de indignações pontuais.

(*) Bacharela pela Faculdade de Direito do Recife, Mestre em Filosofia, Doutora em Filosofia, pela UFRGS, sub-editora e tradutora da Carta Maior.
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A Civilização Suja


O artigo trata de uma questão complexa. A relação dos humanos com os animais é próxima da barbárie. Não se trata apenas de cães e gatos, os domésticos, mas todos os animais. Animais são massacrados em touradas e rodeios, para delírio de uma platéia sedenta de sangue e sofrimento dos bichos, e tudo isso com amplo apoio dos meios de comunicação, como globo e record, que por outro lado apelam "sensibilidade" com a matança de cães e gatos em Porto Alegre. Cresce , nas grandes cidades, o convívio de humanos com animais domésticos. Talvez por solidão das pessoas ou até como uma forma de encontrar nos animais uma reciprocidade afetiva que o darwinismo social do mundo "civilizado" não proporciona nas relações interpessoais, principalmente em grandes centros urbanos. A autora coloca , de forma clara, a questão da proliferação de cães gatos nas grandes cidades. Quanto maior o consumo das pessoas maior é o lixo, e com isso aumentam as chances de sobrevivẽncia de animais de rua, como cães , gatos, ratos e humanos, que vivem nas calçadas como uma classe social única, independente do número de patas. A sociedade de consumo assim enxerga esses animais, e para resolver o "problema" mata os cães e gatos, incendeia os moradores de rua e até mesmo as residências de moradores de favelas. Implementar políticas públicas, gratuitas, para esterilização dos animais, melhor que castrá-los, e também com vacinas resolve o problema. Um outro aspecto fala sobre o lixo, e fala alto. A coleta de lixo nas grandes cidades ainda se utiliza, praticamente, das mesmas técnicas de 50/60 anos atrás. Há meio século, o lixo era composto, basicamente , de resíduos orgânicos, papel, madeira e poucos metais. Todo o vidro , na época , era retornável, os derivados da petroquímica, principalmente plásticos e borrachas, ainda engatinhavam na composição das embalagens que seriam descartáveis. Com a expansão da economia do descarte, tudo se transforma em lixo, criando um grande problema para os órgãos públicos. Até hoje, a coleta de lixo ainda é basicamente a mesma da década de 1950, sem levar em consideração a coleta seletiva para a recilagem de inúmeros materiais. Some-se a tudo isso, a própria ineficiência das práticas de coleta, o que agrava o acúmulo de lixo nas ruas. Ainda acrescente o péssimo hábito da população em jogar lixo nas ruas. Taí o ambiente perfeito para proliferação de animais de rua e consequentemente muitas doenças. Vale lembrar o famoso lixão de fresh kills, no estado de Nova York, que produzia uma montanha com 50 metros de altura que por um bom tempo serviu até de atração turística, onde as pessoas podiam admirar a irracionalidade do mundo "civilizado". O lixão foi desativado e a área recuperada, mas o problema não foi resolvido. Entre a Califórnia e o Havaí existe uma área de 1500 quilõmetros quadrados, em pleno oceano pacífico, repleta de lixo. Uma gigantesca ilha de lixo, onde plásticos, pneus, madeira, muita casca de batata e , eventualmente cadáveres de todos os tipos de animais, inclusive humanos , podem ser vistos no local. A lixo, jogado indiscriminadamente nas ruas rios e mares, é levado por correntes para esse lugar formando a gigantesca ilha. Coisas de um mundo "limpo e civilizado". Ainda sobre os animais, cabe também resaltar a maneira como muitos são criados e abatidos para o consumo humano. A criação em grande escala, com os animais confinados, é uma poderosa fonte de contaminação ambiental e proliferação de doenças. A título de exemplo, o estado de Santa Catarina tem uma população de 5,5 milhões de habitantes e uma população de suínos de 6 milhões. Os porcos , criados para o consumo humano, em grande escala, são responsáveis pela contaminação de rios e lençois freáticos devido a grande quantidade de fezes desses animais. As aves, também em criação confinada, geram inúmeras doenças e, se não bastasse, os produtores mantêm iluminação por toda a noite nas granjas para que as galinhas produzam mais ovos, praticamente sem dormir e comendo o tempo todo sem sair do lugar. Há ainda a criação do gado, que ocupa gigantescas áreas de terra, gerando sérios problemas para o ambiente. Alguns fazendeiros dos EUA resolveram o problema na fase final da engorda do gado
enviando os animais, por avião, para pastar em terras férteis e planas do Haiti e depois retornando, também de avião, para os EUA para abate. Enquanto isso os haitianos foram empurrados paras as montanhas , em terras nada férteis, vivendo como cabras. Estranho mundo "civilizado". Ainda sobre o gado, o famoso baby bife é obtido através de barbárie. O bezerro é separado da mãe, logo após o nascimento, é levado para um cubículo , na escuridão, sem luz solar onde não pode andar. Durante quatro meses o filhote é alimentado com ração líquida, isenta de ferro, para manter a carne macia. Desesperado, o animal passou a morder e lamber a armação do cubículo , feita de fero, para ter uma fonte desse nutriente. Os criadores, mudaram, então , a armação para madeira, impedindo o animal de buscar uma fonte de ferro. Desesperado , o filhote passa a comer as próprias fezes na tentativa de encontrar uma fonte de ferro. Depois de quatro meses nessa "criação", onde a mãe grita o dia inteiro procurando o filhote, o animal é abatido, sem ver a luz do dia. Sua carne é apreciada em grandes e chiques restaurantes por "civilizadas" e"limpas'pessoas . Devido a isso, cresce em todo o mundo a criação de critérios de certificação de produtos de origem animal. Para aqueles que apreciam os produtos de origem animal, mas que preferem produtos orgânicos com técnicas limpas, é possível consumir esses produtos de fontes ecologicamente corretas, onde os animais são criados livres, o tipo de pasto é controlado, assim como o uso de antibióticos e hormônios, que no caso de criação em grande escala são usados de forma indiscriminda, causando problemas de saúde para os consumidores. Ainda sobre o gado, é comum encontrar leite misturado com urina da vaca. O teste principal para avaliar a qualidade do leite é a densidade. Introduz-se um densímetro graduado em uma proveta com leite e se faz a leitura da densidade. Ocorre que a densidade do leite e da urina da vaca são as mesmas, daí ser prática comum misturar ambos para "aumentar os lucros" . Ainda sobre os produtos de origem animal, o hamburguer e embutidos podem trazer surpresas nada agradáveis. Os hamburguers são produzidos com restos dos animais, as partes menos nobres incluindo nervos e cartilagens que são moídos e prensados, formando o disco. Recentemente a rede Mac Donald's foi acusada de usar soja em seus hamburguers. O fato foi desmentido pela rede que assegurou que seus produtos são exclusivamente de carne bovina. Ora, se fossem de soja seriam mais nutritivos e limpos. Carne bovina e soja são fontes de protéina para nossas necessidades nutricionais, e ambos, em forma de hamburguer, não tem gosto de nada, e só adquirem paladar com os molhos e temperos adicionados. A soja ainda leva vantagem pois não tem o odor desagradável do hamburguer de carne bovina. O perigo dos hamburguer está na mistura. Qualquer coisa triturada , até mesmo de carne de rato, gato e cães, pode fazer parte de um hamburguer, dái a necessidade e preocupação de muitos consumidores com selos ecológicos. Em tempos de hegemonia do capital e das corporações, onde os órgãos de fiscalização governamentais estão fragilizados, o hamburguer que consumimos pode ser a solução para para redução de animais de rua. Vale lembrar que a prática vem de longa data. No século passado, durante obras do metrô da cidade de Paris, foi encontrado um cemitério com grande quantidade de ossos de gatos. O interessante é que no local, funcionou , no século 19 um famoso restaurante da elite parisiense que frequentava o lugar para degustar um cardápio onde a carne de coelho era apreciadíssima. É revoltante, que no "mundo civilizado e limpo" grandes extensões de terra sejam utilizadas para alimentar poucas pessoas. A questão da fome não passa pela falta de alimentos, mas sim pela distribuição e pelos hábitos alimentares , que se seguidos pela maioria da humanidade esgotariam os recursos do planeta. Em se tratando desses hábitos, vale lembrar o consumo do leite de vaca e seus derivados. O corpo humano, até o terceiro ano de vida, produz a enzima lactase, responsável pelo desdobramento da lactose presente no leite materno e principal fonte de alimentação no período. Após o terceiro ano, o organismo humano , sabiamente, deixa de produzir a enzima pois a alimentçaão muda e o leite não será mais necessário, logo é normal que a maioria das pessoas tenha rejeição a lactose, isso , inclusive, é um sinal saudável do organismo. Entretanto, por conta dos hábitos alimentares, a rejeição a lactose é tratada como doença e que deve merecer um tratamento adequado.Os alimentos que ingerimos estão diretamente relacionados com a nossa saúde e nossa higiene, não a higiene externa, mas a higiene nutricional. Os odores do corpo, produzidos pelo suor, dizem muito sobre a saúde das pessoas, assim com acnes pelo corpo, Os acnes, nada mais são do que o organismo, principalmente o sistema digestivo, trabalhando para eliminar as fezes, as vezes pelo rosto. Assim sendo, os metrôs das grandes cidades, com seus odores específicos , dizem muito, talvez digam tudo, sobre a verdadeira higiene das pessoas, principalmente no tocante a higiene alimentar. Estranho mundo"civilizado, limpo e de boas práticas de higiene ". Se tudo não bastasse some-se a poluição do ar, rios, oceanos e destruição de florestas. O ar que se respira é carregado de substâncias invasoras na composição do ar atmosférico. Essas substâncias são jogadas na atmosfera, a ruas dos pulmões, por indústrias e automóveis criando sérios problemas de sáude para uma multidão de pessoas e até mesmo em cães e gatos. Definitivamente sou inclinado a concluir que não vivemos em um mundo civilizado, muito menos limpo e que os hábitos de higiene nutricional e consequentemente de saúde ,da maioria das pessoas deixa muito a desejar, apesar das aparẽncias. Alías, as aparências são responsáveis por turbinar um mercado bilionário de perfumes e cosméticos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

E Agora, Obama ? II


E Agora, Obama  - II
E agora, Obama ?
Vais apoiar a insanidade de Israel ?
E agora, Obama ?
Vais continuar negando um Estado Palestino livre ?
E agora, Obama ?
Vais aproveitar a insanidade de Israel para exibir novos armamentos ? Um bom evento com grande visibilidade, e também um grande palco, para vender materiais bélicos. Uma ótima oportunidade, não é ?
E agora, Obama ?
Vais apoiar incondicionalmente a ofensiva assassina de Israel e depois, em seguida, vais incentivar uma invasão no Irã ?
E agora, Obama ?
Seria a guerra nuclear tão esperada e desejada por EUA e Israel ? Na aventura de vocês no Iraque, a maioria da imprensa no Brasil fez grande propaganda dos armamentos que seriam utilizados. Para isso veiculou animações, produzidas por vocês, óbvio,  de diferentes tipos de armamentos. Mostrou, em tom de elogio e admiração, armas nucleares de efeito limitado. Essa é boa, não é Obama ? Pequenas bombas nucleares que teriam um efeito , "apenas" sobre algumas regiões.   Uma parcela da população do Brasil, também sofrendo de  desajustes cognitivos, assim como aí nos EUA, gostou da "bombinha".  Controle de expansão da radiação nuclear.  Grande tecnologia, não é , Obama ?
E agora, Obama ?
Não seria uma bom momento para que vocês pudessem exportar, com fazem questão de alardear pelo mundo, democracia para Israel ?
E agora, Obama ?
Vais agir em benefício da vida e da razão, ou sentes vergonha em ser gente ? Uma parcela , talvez a maioria, da mídia no Brasil sente vergonha em ter nascido humano. Gostariam  de ter nascido primatas. Isso também acontece por aí, não é, Obama ? Aqui em Aldebaran, corre uma notícia que por aí tem primata que gosta de chá. Chique, não é Obama ?
E agora, Obama ?
Vais ficar aí parado esperando a onda perfeita ?
E agora, Obama ?
O que fará o Obama, prêmio Nobel da Paz, pela paz no mundo ? Lembre-se, a paz é uma cultura, muito mais do que ausências de guerras. A cultura de vocês aí nos EUA é uma cultura civilizada e de paz ?
E agora, Obama ?
Lá no Brasil está na moda ser primata. A emissora de tv com maior audiência por lá, a tv globo, filial de uma emissora de vocês aí dos EUA, valoriza e incentiva uma cultura onde as pessoas incultas, ignorantes, violentas e agressivas são incensadas diariamente como expoentes de uma nova era. Aí nos EUA também é assim ?  Até estupro eles incentivam  através das novelas. Aqui em Aldebaran o pessoal não gosta disso.
E agora, Obama ?
Lá no Brasil, essa tv filial de uma emissora de vocês em conjunto com outros veículos de mídia, está implementando , de forma agressiva e violenta, o macartismo. Voces aí conhecem bem essa prática, não é ?
Lá no Brasil , segundo  a imprensa, ninguém pode ter opinião contrária ao modelo neoliberal agonizante . Está em prática uma grande perseguição  as pessoas que desejam democracia plena e participativa com justiça social. Aí também é assim, Obama ?
E agora, Obama ?
Ainda lá no Brasil, desculpe pois o pessoal aqui de Aldebaran gosta muito do Brasil, é moda o poder judiciário inventar teoria para condenar os adversários da imprensa e defensores do povo. Imagine, Obama, que o judiciário quer dar um golge de estado com base em verborragia. Por aí isso também continua a acontecer ? Eu usei o passado pois  teve um presidente aí que ganhou uma disputa eleitoral com ajuda do judiciário. Lembar dele, o presidente das guerras  ?
E agora, Obama ?
Aqui em Aldebaram o povo acha  que vocês aí na Terra são muito esquisitos. Você concorda, Obama ?
E agora, Obama ?
Sempre que surgem guerras e assuntos espinhosos, a mídia daí, e do Brasil também, enche o noticiário com notícias do Michael Jackson. Você gosta dele, Obama ? Aqui em Aldebaram tem uns covers dele. Lá no Brasil a tv globo gosta muito dele.
E agora, Obama ?
Quando a população aí da Terra vai acordar e evoluir ?