A onda mundial de ódio
POR FERNANDO BRITO · 19/07/2016
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É impressionante como as homepages dos portais de notícias trazem cinco, dez, vinte chamadas relativas à brutalidade.
Terror na França, pena de morte na Turquia, assassinatos raciais nos EUA, agorinha um homem com um machado fazendo 21 feridos em um trem na Alemanha…
O “Estado Islâmico” pode ser um horror, uma aberração fanática, mas a onda de ódio que se espalha sobre o mundo – aqui, inclusive – vai muito além de uma mera manifestação de um grupo de fundamentalistas.
Porque o fundamentalismo não é só islâmico e está por toda a parte na era da intolerância que se construiu.
Ontem, o El País, publicou uma reportagem sobre a intolerância na Polônia, uma país onde nada menos que 92% da população declara-se católica:
Você pode começar o dia na Polônia sendo um patriota ou um traidor de acordo com o seu café da manhã e pelo seu meio de transporte ao sair de casa. Se comer salsichas e pegar o carro, tudo bem. Se optar pelos cereais e a bicicleta, péssimo. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Witold Waszczykowski, sua missão é acabar com “a Europa apodrecida de vegetarianos e ciclistas”. Acrescentou a mistura de raças e culturas e as energias limpas. Preservar a identidade nacional polonesa, entendida como os valores da tradição cristã, é uma prioridade do Executivo ultraconservador do Lei e Justiça (PiS), presidido por Beata Szydlo e dirigido politicamente por Jaroslaw Kaczynski, o líder do partido. Trata-se do primeiro partido da história moderna da Polônia a conquistar a maioria absoluta, nas últimas eleições de outubro. Nessa cruzada é essencial controlar a imprensa para separar os poloneses “bons” dos “maus”.
E nós, aqui?
Será que não estamos assistindo “cruzadas” entre brasileiros “bons” e “maus”?
Não é este o discurso que se ensaia há dois anos ou mais?
O maniqueísmo é a pedra angular do fascismo e da brutalidade.
Tudo o que é diferente de mim – ou do que me fazem acreditar que sou – deve ser exterminado.
Este quase pré-histórico sentimento tribal vai brotando por toda a parte, transformando a política, que é a arte de conviver, em algo sórdido.
A sociedade passa a ser vista como “confessional”, onde a adesão a valores inquestionáveis determina o “direito” de viver e se expressar.
Não é preciso mais que uma visita aos comentários nos portais da grande imprensa para se defrontar com o “morram!”.
Vai ficando como verdade a profecia de Joseph Pulitzer, sempre citada pelo Nassif, de que “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.
Se as forças do fascismo fossem apenas um Bolsonaro, ficariam contidas nos patamares da sociopatia.
O problema é quanto e quando elas servem aos interesses da manutenção do status-quo.
A cruzada nacional pela moralidade está aí, vitoriosa sobre as ruínas de um país paralisado, representada por homens das velhas elites parlamentares, corruptos como sempre e poderosos como não se via há 15 anos.
A primeira etapa do neoliberalismo quis levar-nos à era do “pensamento único”.
Agora, leva-nos à era do ódio a tudo que represente a velha máxima da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
Dela, só querem mesmo a guilhotina.
POR FERNANDO BRITO · 19/07/2016
É impressionante como as homepages dos portais de notícias trazem cinco, dez, vinte chamadas relativas à brutalidade.
Terror na França, pena de morte na Turquia, assassinatos raciais nos EUA, agorinha um homem com um machado fazendo 21 feridos em um trem na Alemanha…
O “Estado Islâmico” pode ser um horror, uma aberração fanática, mas a onda de ódio que se espalha sobre o mundo – aqui, inclusive – vai muito além de uma mera manifestação de um grupo de fundamentalistas.
Porque o fundamentalismo não é só islâmico e está por toda a parte na era da intolerância que se construiu.
Ontem, o El País, publicou uma reportagem sobre a intolerância na Polônia, uma país onde nada menos que 92% da população declara-se católica:
Você pode começar o dia na Polônia sendo um patriota ou um traidor de acordo com o seu café da manhã e pelo seu meio de transporte ao sair de casa. Se comer salsichas e pegar o carro, tudo bem. Se optar pelos cereais e a bicicleta, péssimo. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Witold Waszczykowski, sua missão é acabar com “a Europa apodrecida de vegetarianos e ciclistas”. Acrescentou a mistura de raças e culturas e as energias limpas. Preservar a identidade nacional polonesa, entendida como os valores da tradição cristã, é uma prioridade do Executivo ultraconservador do Lei e Justiça (PiS), presidido por Beata Szydlo e dirigido politicamente por Jaroslaw Kaczynski, o líder do partido. Trata-se do primeiro partido da história moderna da Polônia a conquistar a maioria absoluta, nas últimas eleições de outubro. Nessa cruzada é essencial controlar a imprensa para separar os poloneses “bons” dos “maus”.
E nós, aqui?
Será que não estamos assistindo “cruzadas” entre brasileiros “bons” e “maus”?
Não é este o discurso que se ensaia há dois anos ou mais?
O maniqueísmo é a pedra angular do fascismo e da brutalidade.
Tudo o que é diferente de mim – ou do que me fazem acreditar que sou – deve ser exterminado.
Este quase pré-histórico sentimento tribal vai brotando por toda a parte, transformando a política, que é a arte de conviver, em algo sórdido.
A sociedade passa a ser vista como “confessional”, onde a adesão a valores inquestionáveis determina o “direito” de viver e se expressar.
Não é preciso mais que uma visita aos comentários nos portais da grande imprensa para se defrontar com o “morram!”.
Vai ficando como verdade a profecia de Joseph Pulitzer, sempre citada pelo Nassif, de que “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.
Se as forças do fascismo fossem apenas um Bolsonaro, ficariam contidas nos patamares da sociopatia.
O problema é quanto e quando elas servem aos interesses da manutenção do status-quo.
A cruzada nacional pela moralidade está aí, vitoriosa sobre as ruínas de um país paralisado, representada por homens das velhas elites parlamentares, corruptos como sempre e poderosos como não se via há 15 anos.
A primeira etapa do neoliberalismo quis levar-nos à era do “pensamento único”.
Agora, leva-nos à era do ódio a tudo que represente a velha máxima da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
Dela, só querem mesmo a guilhotina.
Fonte: TIJOLAÇO
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CONSUMIR MAIS FRUTAS E VERDURAS TRAZ FELICIDADE, DIZ ESTUDO
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Por Patricia Machado.
Inúmeros estudos já comprovaram os benefícios que o consumo de frutas e vegetais pode proporcionar à saúde a longo prazo. No entanto, um novo estudo publicado no periódico American Journal of Public Health descobriu que esses alimentos são capazes de promover a sensação de felicidade e satisfação com a vida.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e da Universidade de Queensland, na Austrália. Eles contaram com a ajuda de 12.385 australianos adultos durante a fase de pesquisa de campo.
Os voluntários anotaram em um diário a sua rotina alimentar, além de descreverem as suas impressões em relação à sua saúde física e mental. O projeto queria descobrir quais eram os benefícios das frutas e vegetais para pessoas que não comiam os alimentos e passaram a consumir oito porções diárias dos mesmos.
Ao analisar o diário dos voluntários e comparar as descrições com os índices de saúde das pessoas, os cientistas concluíram que o aumento do consumo diário de frutas e vegetais é capaz de promover a sensação de felicidade e satisfação.
Para conseguir ilustrar a sensação de felicidade, os pesquisadores disseram que ela é equivalente ao bem-estar gerado quando uma pessoa desempregada consegue arrumar um emprego.
“A motivação das pessoas para comer frutas e verduras é baixa porque você não vê um resultado a curto prazo. No entanto, os benefícios desses alimentos para a promoção da felicidade podem ser observados em pouco tempo”, explicou Andrew Oswald, pesquisador da Universidade de Warwick, ao Huffington Post
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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A onda de ódio toma conta do mundo, e ao que parece chegou para ficar, pelo menos por alguns anos.
O ódio não aceita bicicletas, ciclovias, vegetarianismo, energias limpas, mulheres, LGBT, pobres, pretos, indígenas, cultura, debates...
No mundo atual confrontar ideias, de forma civilizada, está se tornando algo raro.
O fundamentalismo dita as regras, independente se em nome de Deus ou de Alah.
O mundo caminha célere para a era medieval, justo em um momento da História em que a revolução copernicana vive seu crepúsculo. Talvez o governo polonês, conforme o texto acima, esteja querendo se vingar de Nicolau Copérnico, polonês religioso que adiou a divulgação de suas descobertas até próximo de sua morte para não contrariar os dogmas e conceitos vigentes no mundo. A tarefa ficou para Galileu, que como todos sabem, bateu de frente, arrumou muita encrenca, porém,venceu.
Em um momento da História em que a revolução copernicana já começa a se despedir para dar lugar a revolução ecológica - ecologia em todas as dimensões da vida -, o mundo resolve punir e se vingar de Copérnico e voltar para o início da era medieval.
Se de fato a cultura do ódio for o futuro da humanidade e do planeta, humanidade e planeta não terão futuro.
A cultura do ódio se caracteriza por negar, com veemência, quaisquer ideias que não estejam alinhadas com o pensamento estreito dominante. Por outro lado, tal cultura de ódio e negação revela um medo incontrolável em assumir como corretas e verdadeiras o arcabouço de ideias oriundas da revolução emergente, a revolução ecológica. Com o apoio visceral das grandes mídias pelo mundo, a cultura do ódio ganhou força e, atualmente, começa a dominar a cena mundial. Os povos, contaminados pelo medo e pela descrença - efeito da formatação de consciências promovida pela mídia mundial - encontram nos arautos do medievalismo o caminho de uma suposta salvação, e, quem sabe, até mesmo a absolvição no dia do juízo final.
A negação, a força, o ódio, o autoritarismo, a tentativa de calar vozes contrárias. são expressões de um Poder que não tem mais argumentos para negar o novo, e , assim sendo, tenta se manter vivo e dominante em um lugar que não mais lhe pertence.
Em se tratando de curso e tempo histórico, essa Poder ainda vai durar alguns anos, para que então ou seja substituído pelo novo, ou destrua toda a vida.
Como disse Carl Sagan, astrônomo, astrofísico, escritor, o momento atual da humanidade é de dor e de sofrimento, que podem ser oriundos do parto de uma nova civilização, ou da desgraça da destruição de todas as formas de vida.
CONSUMIR MAIS FRUTAS E VERDURAS TRAZ FELICIDADE, DIZ ESTUDO
Por Patricia Machado.
Inúmeros estudos já comprovaram os benefícios que o consumo de frutas e vegetais pode proporcionar à saúde a longo prazo. No entanto, um novo estudo publicado no periódico American Journal of Public Health descobriu que esses alimentos são capazes de promover a sensação de felicidade e satisfação com a vida.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e da Universidade de Queensland, na Austrália. Eles contaram com a ajuda de 12.385 australianos adultos durante a fase de pesquisa de campo.
Os voluntários anotaram em um diário a sua rotina alimentar, além de descreverem as suas impressões em relação à sua saúde física e mental. O projeto queria descobrir quais eram os benefícios das frutas e vegetais para pessoas que não comiam os alimentos e passaram a consumir oito porções diárias dos mesmos.
Ao analisar o diário dos voluntários e comparar as descrições com os índices de saúde das pessoas, os cientistas concluíram que o aumento do consumo diário de frutas e vegetais é capaz de promover a sensação de felicidade e satisfação.
Para conseguir ilustrar a sensação de felicidade, os pesquisadores disseram que ela é equivalente ao bem-estar gerado quando uma pessoa desempregada consegue arrumar um emprego.
“A motivação das pessoas para comer frutas e verduras é baixa porque você não vê um resultado a curto prazo. No entanto, os benefícios desses alimentos para a promoção da felicidade podem ser observados em pouco tempo”, explicou Andrew Oswald, pesquisador da Universidade de Warwick, ao Huffington Post
Fonte: IG
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2016 e continuam sacaneando as mulheres
18 DE JULHO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA
2016 e continuam sacaneando as mulheres
18 DE JULHO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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A onda de ódio toma conta do mundo, e ao que parece chegou para ficar, pelo menos por alguns anos.
O ódio não aceita bicicletas, ciclovias, vegetarianismo, energias limpas, mulheres, LGBT, pobres, pretos, indígenas, cultura, debates...
No mundo atual confrontar ideias, de forma civilizada, está se tornando algo raro.
O fundamentalismo dita as regras, independente se em nome de Deus ou de Alah.
O mundo caminha célere para a era medieval, justo em um momento da História em que a revolução copernicana vive seu crepúsculo. Talvez o governo polonês, conforme o texto acima, esteja querendo se vingar de Nicolau Copérnico, polonês religioso que adiou a divulgação de suas descobertas até próximo de sua morte para não contrariar os dogmas e conceitos vigentes no mundo. A tarefa ficou para Galileu, que como todos sabem, bateu de frente, arrumou muita encrenca, porém,venceu.
Em um momento da História em que a revolução copernicana já começa a se despedir para dar lugar a revolução ecológica - ecologia em todas as dimensões da vida -, o mundo resolve punir e se vingar de Copérnico e voltar para o início da era medieval.
Se de fato a cultura do ódio for o futuro da humanidade e do planeta, humanidade e planeta não terão futuro.
A cultura do ódio se caracteriza por negar, com veemência, quaisquer ideias que não estejam alinhadas com o pensamento estreito dominante. Por outro lado, tal cultura de ódio e negação revela um medo incontrolável em assumir como corretas e verdadeiras o arcabouço de ideias oriundas da revolução emergente, a revolução ecológica. Com o apoio visceral das grandes mídias pelo mundo, a cultura do ódio ganhou força e, atualmente, começa a dominar a cena mundial. Os povos, contaminados pelo medo e pela descrença - efeito da formatação de consciências promovida pela mídia mundial - encontram nos arautos do medievalismo o caminho de uma suposta salvação, e, quem sabe, até mesmo a absolvição no dia do juízo final.
A negação, a força, o ódio, o autoritarismo, a tentativa de calar vozes contrárias. são expressões de um Poder que não tem mais argumentos para negar o novo, e , assim sendo, tenta se manter vivo e dominante em um lugar que não mais lhe pertence.
Em se tratando de curso e tempo histórico, essa Poder ainda vai durar alguns anos, para que então ou seja substituído pelo novo, ou destrua toda a vida.
Como disse Carl Sagan, astrônomo, astrofísico, escritor, o momento atual da humanidade é de dor e de sofrimento, que podem ser oriundos do parto de uma nova civilização, ou da desgraça da destruição de todas as formas de vida.
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