TAS rejeita apelo de atletas russos para competir na Rio2016
Isinbayeva e outros 67 atletas haviam solicitado a permissão
O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) rejeitou nesta quinta-feira (21) o recurso apresentado por 68 atletas russos que solicitavam o direito a participar das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Por nunca terem sido flagrados em exames antidoping, eles questionavam a decisão da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) de banir todos os atletas do país pelo escândalo de "doping sistêmico" revelado por um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada). Os atletas, incluindo a campeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva, usaram como base a questão da "responsabilidade subjetiva", que foi rechaçada. Para Isinbayeva, a decisão "política" é um "funeral para o atletismo".
Os juízes afirmaram que os 68 atletas "não estão aptos" aos Jogos Olímpicos porque competem sob as regras da Iaaf - que excluiu toda a delegação. Porém, "alguns atletas que demonstrarem respeito pleno aos critérios estabelecidos pela Iaaf, devem ser admitidos pelo COI" sob bandeira neutra. Trata-se dos casos já aprovados pela entidade olímpica no caso das meio-fundista Yulia Stepanova - que denunciou todo o esquema de doping - e da saltadora em distância Darya Klishina.
"Contudo, o tempo para seguir por essa estrada [das atletas aprovadas] é muito curto", concluiu o TAS.
A decisão do máximo tribunal esportivo pode ter influência em outra questão que será definida até o domingo (24) pelo Comitê Olímpico Internacional (COI): a suspensão total da Rússia da Rio 2016. "Agora estudaremos e analisaremos a decisão do TAS, que rejeitou o recurso dos 68 atletas russos contra o banimento das Olimpíadas do Rio. A nossa decisão sairá em alguns dias", escreveu o COI em comunicado.
O governo russo, através do porta-voz Dimitri Peskov, lamentou com "profundo pesar" a decisão do TAS. "O assunto da responsabilidade coletiva, do nosso ponto de vista, dificilmente pode ser aceito. Tratam-se de atletas que estavam se preparando para as Olimpíadas e que nada tem a ver com doping. Os testes deles eram realizados regularmente por agências antidoping estrangeiras", afirmou Peskov em declaração à imprensa.
Já o ministro russo do Esporte, Vitali Mutko, afirmou que a decisão do tribunal "é politizada e não tem bases jurídicas".
Mutko, de acordo com o relatório da Wada, era o líder do esquema que fraudava os exames antidoping nas agências do país em Moscou e em Sóchi - ambas descredenciadas.
O presidente da Iaaf, Sebastian Coe, afirmou que "hoje não é um dia de declaraçõestriunfais". "Não estou guiando o atletismo mundial para excluir atletas, mas a Iaaf tem suas regras antidoping e hoje o TAS confirmou que elas serão respeitadas", destacou. Coe ainda agradeceu aos juízes por "terem apoiado nossa batalha contra o doping". (ANSA
Isinbayeva e outros 67 atletas haviam solicitado a permissão
O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) rejeitou nesta quinta-feira (21) o recurso apresentado por 68 atletas russos que solicitavam o direito a participar das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Por nunca terem sido flagrados em exames antidoping, eles questionavam a decisão da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) de banir todos os atletas do país pelo escândalo de "doping sistêmico" revelado por um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada). Os atletas, incluindo a campeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva, usaram como base a questão da "responsabilidade subjetiva", que foi rechaçada. Para Isinbayeva, a decisão "política" é um "funeral para o atletismo".
Os juízes afirmaram que os 68 atletas "não estão aptos" aos Jogos Olímpicos porque competem sob as regras da Iaaf - que excluiu toda a delegação. Porém, "alguns atletas que demonstrarem respeito pleno aos critérios estabelecidos pela Iaaf, devem ser admitidos pelo COI" sob bandeira neutra. Trata-se dos casos já aprovados pela entidade olímpica no caso das meio-fundista Yulia Stepanova - que denunciou todo o esquema de doping - e da saltadora em distância Darya Klishina.
"Contudo, o tempo para seguir por essa estrada [das atletas aprovadas] é muito curto", concluiu o TAS.
A decisão do máximo tribunal esportivo pode ter influência em outra questão que será definida até o domingo (24) pelo Comitê Olímpico Internacional (COI): a suspensão total da Rússia da Rio 2016. "Agora estudaremos e analisaremos a decisão do TAS, que rejeitou o recurso dos 68 atletas russos contra o banimento das Olimpíadas do Rio. A nossa decisão sairá em alguns dias", escreveu o COI em comunicado.
O governo russo, através do porta-voz Dimitri Peskov, lamentou com "profundo pesar" a decisão do TAS. "O assunto da responsabilidade coletiva, do nosso ponto de vista, dificilmente pode ser aceito. Tratam-se de atletas que estavam se preparando para as Olimpíadas e que nada tem a ver com doping. Os testes deles eram realizados regularmente por agências antidoping estrangeiras", afirmou Peskov em declaração à imprensa.
Já o ministro russo do Esporte, Vitali Mutko, afirmou que a decisão do tribunal "é politizada e não tem bases jurídicas".
Mutko, de acordo com o relatório da Wada, era o líder do esquema que fraudava os exames antidoping nas agências do país em Moscou e em Sóchi - ambas descredenciadas.
O presidente da Iaaf, Sebastian Coe, afirmou que "hoje não é um dia de declaraçõestriunfais". "Não estou guiando o atletismo mundial para excluir atletas, mas a Iaaf tem suas regras antidoping e hoje o TAS confirmou que elas serão respeitadas", destacou. Coe ainda agradeceu aos juízes por "terem apoiado nossa batalha contra o doping". (ANSA
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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(Foto: PHIL NOBLE/AFP)
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21/07/2016
10:34
Rio de Janeiro (RJ)
Um dos principais nomes do atletismo russo, Yelena Isinbayeva não perdeu tempo e criticou duramente a decisão da Corte Arbitral do Esporte, que, na manhã desta quinta-feira, rejeitou a apelação feita pelo Comitê Olímpico Russo e por 68 competidores do país para que a Rússia seja liberada para disputar as provas de atletismo nos Jogos Olímpicos Rio-2016, a serem realizados a partir do dia 5.
- Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político - disse à agência de notícia russa TASS.
Em seu Instagram, a bicampeã olímpica do salto com vara atacou os rivais dos russos na modalidade, usando um tom de deboche na postagem.
- Era, sim, uma esperança. Vão todos esses atletas estrangeiros "amigos" exalar o alívio em ganhar suas medalhas, pseudo-ouro, na nossa ausência. O poder sempre temido - escreveu Isinbayeva na legenda de imagem, em que ela aparece com uma toalha na cabeça e um semblante de frustração.
Isinbayeva dispara contra veto ao atletismo russo: 'Puramente político'
Lenda, a atleta do salto com vara não aceitou a decisão e, revoltada, se pronunciou após CAS rejeitar o apelo feito pelo Comitê Olímpico Russo e por alguns competidores
Yelena Isinbayeva disparou criticas
Lenda, a atleta do salto com vara não aceitou a decisão e, revoltada, se pronunciou após CAS rejeitar o apelo feito pelo Comitê Olímpico Russo e por alguns competidores
Yelena Isinbayeva disparou criticas
(Foto: PHIL NOBLE/AFP)
21/07/2016
10:34
Rio de Janeiro (RJ)
Um dos principais nomes do atletismo russo, Yelena Isinbayeva não perdeu tempo e criticou duramente a decisão da Corte Arbitral do Esporte, que, na manhã desta quinta-feira, rejeitou a apelação feita pelo Comitê Olímpico Russo e por 68 competidores do país para que a Rússia seja liberada para disputar as provas de atletismo nos Jogos Olímpicos Rio-2016, a serem realizados a partir do dia 5.
- Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político - disse à agência de notícia russa TASS.
Em seu Instagram, a bicampeã olímpica do salto com vara atacou os rivais dos russos na modalidade, usando um tom de deboche na postagem.
- Era, sim, uma esperança. Vão todos esses atletas estrangeiros "amigos" exalar o alívio em ganhar suas medalhas, pseudo-ouro, na nossa ausência. O poder sempre temido - escreveu Isinbayeva na legenda de imagem, em que ela aparece com uma toalha na cabeça e um semblante de frustração.
Mais sobre o caso
Em seu anúncio, feito por meio de nota oficial, a CAS informou que sequer julgou o mérito das apelações protocoladas. Os russos queriam que o tribunal revisse os termos legais em que a proibição da Iaaf foi feita, e também pediram que os atletas que não foram envolvidos diretamente com casos de doping fossem liberados para competir na Rio-2016. E, do grupo de 68 atletas, 67 deles (incluindo a saltadora Yelena Isinbayeva, campeã olímpica e mundial, e recordista mundial da prova) também entraram com um outro pedido na CAS, recorrendo da decisão da Iaaf em libera os russos na Olimpíada do Rio, desde que competissem como atletas neutros, sem ser sob a bandeira da Rússia.
Em sua avaliação do caso, a CAS considerou procedente as ações tomadas pela Iaaf, pois estão de acordo as regras de competição da própria entidade que rege o atletismo mundial. Além disso, informou que, pelo fato do Comitê Olímpico Internacional (COI) não ter sido envolvida na apelação, avaliou não ter jurisdição para determinar o que o COI deveria fazer em relação à suspensão da Rússia no atletismo, assim como sobre a opção dos russos competirem de forma neutra. Em outras palavras, a CAS deixou nas mãos do próprio COI para decidir estas questões.
Em seu anúncio, feito por meio de nota oficial, a CAS informou que sequer julgou o mérito das apelações protocoladas. Os russos queriam que o tribunal revisse os termos legais em que a proibição da Iaaf foi feita, e também pediram que os atletas que não foram envolvidos diretamente com casos de doping fossem liberados para competir na Rio-2016. E, do grupo de 68 atletas, 67 deles (incluindo a saltadora Yelena Isinbayeva, campeã olímpica e mundial, e recordista mundial da prova) também entraram com um outro pedido na CAS, recorrendo da decisão da Iaaf em libera os russos na Olimpíada do Rio, desde que competissem como atletas neutros, sem ser sob a bandeira da Rússia.
Em sua avaliação do caso, a CAS considerou procedente as ações tomadas pela Iaaf, pois estão de acordo as regras de competição da própria entidade que rege o atletismo mundial. Além disso, informou que, pelo fato do Comitê Olímpico Internacional (COI) não ter sido envolvida na apelação, avaliou não ter jurisdição para determinar o que o COI deveria fazer em relação à suspensão da Rússia no atletismo, assim como sobre a opção dos russos competirem de forma neutra. Em outras palavras, a CAS deixou nas mãos do próprio COI para decidir estas questões.
Fonte: LANCE
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Não é de hoje que a Russia sofre uma perseguição política. Correta ou não, o fato é que a perseguição existe.
Nos jogos olímpicos de inverno de 2014, em Sochi, na Russia, ameaças de boicote, por vários motivos, não faltaram. Por fim o boicote aconteceu por conta de um lei russa antigay. Não consta que competições esportivas em países no mundo árabe - com forte repressão aos grupos LGBT e também às bebidas alcoólicas -, como a fórmula-1, por exemplo, tenham proclamado boicote. E o que dizer da copa do mundo de futebol em 2022, que teve um país árabe escolhido como sede. Cabe lembrar que a copa do mundo de futebol de 2018, na Russia, já teve notícia na mídia de possíveis boicotes.
Sobre o boicote em Sochi, leia a matéria, abaixo, da agência Estado, de 03 de fevereiro de 2014:
03 Fevereiro 2014 | 14h49 - Agência Estado (Jornal Estado de SP)
Secretário-geral da ONU fura boicote e vai à Olimpíada de Sochi
Importantes líderes internacionais decidiram boicotar o evento em resposta à polêmica lei antigay russa
NOVA YORK - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o coreano Ban Ki-moon, confirmou nesta segunda-feira que estará presente à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi/2014, na próxima sexta-feira. Assim, vai na contramão de importantes líderes internacionais que decidiram boicotar o evento, numa resposta à polêmica lei antigay russa.
Entre os líderes que anunciaram que não vão a Sochi estão o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente francês Francois Hollande e o primeiro-ministro britânico David Cameron. A expectativa é que a cerimônia conte apenas com líderes importantes dos países alinhados a Mosco
Já a presença de Ki-moon está diretamente associada a uma aproximação histórica entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI). Em novembro, o presidente do COI, Thomas Bach, discursou na Assembleia Geral da ONU. Agora o coreano vai retribuir a visita durante a Assembleia Geral do COI, que acontece entre quarta e sexta-feira.
A polêmica atual envolve o escândalo de doping sistêmico de atletas russos do atletismo.
Os atletas que de fato usaram substâncias proibidas devem ser punidos, no entanto, o Tribunal Arbitral do Esporte, resolveu proibir a participação de todos os atletas russos, mesmo aqueles que nunca se envolveram com doping.
Alguns atletas tentam participar dos jogos do Rio competindo sob bandeira neutra - sem a bandeira da Russia - mas mesmo assim está difícil. Até na neutralidade, não se sabe sob que bandeira competiriam os atletas.
O fato é que atletas de primeira linha, como Isinbayeva, fora dos jogos ofuscam , mesmo que em parte, o brilho das competições.
Uma vez que a presença de tais atletas é garantia de visibilidade e público, consequentemente lucros, os mesmos poderiam competir sob a bandeira do Deus Mercado, que, como se sabe, não tem pátria, escrúpulos, ideologia, nada.
Tem apenas interesses.
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Não é de hoje que a Russia sofre uma perseguição política. Correta ou não, o fato é que a perseguição existe.
Nos jogos olímpicos de inverno de 2014, em Sochi, na Russia, ameaças de boicote, por vários motivos, não faltaram. Por fim o boicote aconteceu por conta de um lei russa antigay. Não consta que competições esportivas em países no mundo árabe - com forte repressão aos grupos LGBT e também às bebidas alcoólicas -, como a fórmula-1, por exemplo, tenham proclamado boicote. E o que dizer da copa do mundo de futebol em 2022, que teve um país árabe escolhido como sede. Cabe lembrar que a copa do mundo de futebol de 2018, na Russia, já teve notícia na mídia de possíveis boicotes.
Sobre o boicote em Sochi, leia a matéria, abaixo, da agência Estado, de 03 de fevereiro de 2014:
03 Fevereiro 2014 | 14h49 - Agência Estado (Jornal Estado de SP)
Secretário-geral da ONU fura boicote e vai à Olimpíada de Sochi
Importantes líderes internacionais decidiram boicotar o evento em resposta à polêmica lei antigay russa
NOVA YORK - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o coreano Ban Ki-moon, confirmou nesta segunda-feira que estará presente à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi/2014, na próxima sexta-feira. Assim, vai na contramão de importantes líderes internacionais que decidiram boicotar o evento, numa resposta à polêmica lei antigay russa.
Entre os líderes que anunciaram que não vão a Sochi estão o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente francês Francois Hollande e o primeiro-ministro britânico David Cameron. A expectativa é que a cerimônia conte apenas com líderes importantes dos países alinhados a Mosco
Já a presença de Ki-moon está diretamente associada a uma aproximação histórica entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI). Em novembro, o presidente do COI, Thomas Bach, discursou na Assembleia Geral da ONU. Agora o coreano vai retribuir a visita durante a Assembleia Geral do COI, que acontece entre quarta e sexta-feira.
A polêmica atual envolve o escândalo de doping sistêmico de atletas russos do atletismo.
Os atletas que de fato usaram substâncias proibidas devem ser punidos, no entanto, o Tribunal Arbitral do Esporte, resolveu proibir a participação de todos os atletas russos, mesmo aqueles que nunca se envolveram com doping.
Alguns atletas tentam participar dos jogos do Rio competindo sob bandeira neutra - sem a bandeira da Russia - mas mesmo assim está difícil. Até na neutralidade, não se sabe sob que bandeira competiriam os atletas.
O fato é que atletas de primeira linha, como Isinbayeva, fora dos jogos ofuscam , mesmo que em parte, o brilho das competições.
Uma vez que a presença de tais atletas é garantia de visibilidade e público, consequentemente lucros, os mesmos poderiam competir sob a bandeira do Deus Mercado, que, como se sabe, não tem pátria, escrúpulos, ideologia, nada.
Tem apenas interesses.
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