COMO PENSA A ELITE BRASILEIRA
“A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade”
COMO PENSA A ELITE BRASILEIRA
A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade.
A elite brasileira é engraçada. Gosta de ser elite, de mostrar que é elite, de viver como elite, mas detesta ser chamada de elite, principalmente quando associada a alguma mazela social. Afinal, mazela social, para a elite, é coisa de pobre.
A elite gosta de criticar e xingar tudo e todos. Chama isso de liberdade de expressão. Mas não gosta de ser criticada. Aí vira perseguição.
Quando a elite esculhamba o país, é porque ela é moderna e quer o melhor para todos nós. Quando alguém esculhamba a elite, é porque quer nos transformar em uma Cuba, ou numa Venezuela, dois países que a elite conhece muito bem, embora não saiba exatamente onde ficam.
Ideia de elite é chamada de opinião. Ideia contra a elite é chamada de ideologia.
A elite usa roupas, carros e relógios caros. Tem jatinho e helicóptero. Tem aeroporto particular, às vezes, pago com dinheiro público – para economizar um pouquinho, pois a vida não anda fácil para ninguém.
A elite gosta de mostrar que tem classe e que os outros são sem classe.
Mas, quando alguém reclama da elite por ser esnobe, preconceituosa e excludente, é acusado de incitar a luta de classes.
Elite mora em bairro chique, limpinho e cheiroso, mas gosta de acusar os outros de quererem dividir o país entre ricos e pobres.
O negócio da elite não é dividir, é multiplicar.
A elite é magnânima. Até dá aulas de como ter classe. Diz que, para ser da elite, tem que pensar como elite.
Tem gente que acredita. Não sabe que o principal atributo da elite é o dinheiro. O resto é detalhe.
A elite reclama dos impostos, mesmo dos que ela não paga. Seu jatinho, seu helicóptero, seu iate e seu jet ski não pagam IPVA, mesmo sendo veículos automotores.
Mas a elite, em homenagem aos mais pobres e à classe média, que pagam muito mais imposto do que ela, mantém um grande painel luminoso, o impostômetro, em várias cidades do país.
A elite diz que é contra a corrupção, mas é ela quem financia a campanha do corrupto.
Quando dá problema, finge que não tem nada a ver com a coisa e reclama que “ninguém” vai para a cadeia. “Ninguém” é o apelido que a elite usa para designar o pessoal que lota as cadeias.
A elite não gosta do Bolsa Família, pois não é feita pela Louis Vuitton.
A elite diz que conceder benefícios aos mais pobres não é direito, é esmola, uma coisa que deixa as pessoas preguiçosas, vagabundas.
Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.
A elite gosta de levar vantagem em tudo. Chama isso de visão. Quando não é da elite, levar vantagem é Lei de Gérson ou jeitinho.
Pagar salário de servidor público e os custos da escola e do hospital é gasto público. Pagar muito mais em juros altos ao sistema financeiro é “responsabilidade fiscal”.
Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer “contabilidade criativa”.
Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de “Desvinculação das Receitas da União” - inventaram até uma sigla (DRU), para ficar mais nebuloso e mais chique.
A elite bebe água mineral Perrier. Os sem classe se viram bebendo água do volume morto do Cantareira.
A elite gosta de passear e do direito de ir e vir, mas acha que rolezinho no seu shopping particular é problema grave de segurança pública.
A elite comprou o livro de um francês, um tal Piketty, intitulado “O Capital no Século 21″. Não gostou. Achou que era só sobre dinheiro, até descobrir que o principal assunto era a desigualdade.
A pior parte do livro é aquela que mostra que as 85 pessoas mais ricas do mundo controlam uma riqueza equivalente à da metade da população mundial. Ou seja, 85 bacanas têm o dinheiro que 3,5 bilhões de pessoas precisariam desembolsar para conseguir juntar.
A elite não gostou da brincadeira de que essas 85 pessoas mais ricas do mundo caberiam em um daqueles ônibus londrinos de dois andares.
Discordou peremptoriamente e por uma razão muito simples: elite não anda de ônibus, nem se for no andar de cima.
A elite brasileira é engraçada. Gosta de ser elite, de mostrar que é elite, de viver como elite, mas detesta ser chamada de elite, principalmente quando associada a alguma mazela social. Afinal, mazela social, para a elite, é coisa de pobre.
A elite gosta de criticar e xingar tudo e todos. Chama isso de liberdade de expressão. Mas não gosta de ser criticada. Aí vira perseguição.
Quando a elite esculhamba o país, é porque ela é moderna e quer o melhor para todos nós. Quando alguém esculhamba a elite, é porque quer nos transformar em uma Cuba, ou numa Venezuela, dois países que a elite conhece muito bem, embora não saiba exatamente onde ficam.
Ideia de elite é chamada de opinião. Ideia contra a elite é chamada de ideologia.
A elite usa roupas, carros e relógios caros. Tem jatinho e helicóptero. Tem aeroporto particular, às vezes, pago com dinheiro público – para economizar um pouquinho, pois a vida não anda fácil para ninguém.
A elite gosta de mostrar que tem classe e que os outros são sem classe.
Mas, quando alguém reclama da elite por ser esnobe, preconceituosa e excludente, é acusado de incitar a luta de classes.
Elite mora em bairro chique, limpinho e cheiroso, mas gosta de acusar os outros de quererem dividir o país entre ricos e pobres.
O negócio da elite não é dividir, é multiplicar.
A elite é magnânima. Até dá aulas de como ter classe. Diz que, para ser da elite, tem que pensar como elite.
Tem gente que acredita. Não sabe que o principal atributo da elite é o dinheiro. O resto é detalhe.
A elite reclama dos impostos, mesmo dos que ela não paga. Seu jatinho, seu helicóptero, seu iate e seu jet ski não pagam IPVA, mesmo sendo veículos automotores.
Mas a elite, em homenagem aos mais pobres e à classe média, que pagam muito mais imposto do que ela, mantém um grande painel luminoso, o impostômetro, em várias cidades do país.
A elite diz que é contra a corrupção, mas é ela quem financia a campanha do corrupto.
Quando dá problema, finge que não tem nada a ver com a coisa e reclama que “ninguém” vai para a cadeia. “Ninguém” é o apelido que a elite usa para designar o pessoal que lota as cadeias.
A elite não gosta do Bolsa Família, pois não é feita pela Louis Vuitton.
A elite diz que conceder benefícios aos mais pobres não é direito, é esmola, uma coisa que deixa as pessoas preguiçosas, vagabundas.
Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.
A elite gosta de levar vantagem em tudo. Chama isso de visão. Quando não é da elite, levar vantagem é Lei de Gérson ou jeitinho.
Pagar salário de servidor público e os custos da escola e do hospital é gasto público. Pagar muito mais em juros altos ao sistema financeiro é “responsabilidade fiscal”.
Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer “contabilidade criativa”.
Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de “Desvinculação das Receitas da União” - inventaram até uma sigla (DRU), para ficar mais nebuloso e mais chique.
A elite bebe água mineral Perrier. Os sem classe se viram bebendo água do volume morto do Cantareira.
A elite gosta de passear e do direito de ir e vir, mas acha que rolezinho no seu shopping particular é problema grave de segurança pública.
A elite comprou o livro de um francês, um tal Piketty, intitulado “O Capital no Século 21″. Não gostou. Achou que era só sobre dinheiro, até descobrir que o principal assunto era a desigualdade.
A pior parte do livro é aquela que mostra que as 85 pessoas mais ricas do mundo controlam uma riqueza equivalente à da metade da população mundial. Ou seja, 85 bacanas têm o dinheiro que 3,5 bilhões de pessoas precisariam desembolsar para conseguir juntar.
A elite não gostou da brincadeira de que essas 85 pessoas mais ricas do mundo caberiam em um daqueles ônibus londrinos de dois andares.
Discordou peremptoriamente e por uma razão muito simples: elite não anda de ônibus, nem se for no andar de cima.
ALCKMIN:
JÁ FALTA ÁGUA EM BAIRRO DE RICO
O Fasano vai ter que servir champanhe em copo de plástico !
Segundo a CBN da Globo, a rádio que troca a noticia, já falta água na Vila Madalena, bairro chic da Chuíça (*).
Na Vila Madalena, onde brasileiros e turistas se divertiram durante a Copa, em franca harmonia, os bares sao agora obrigados a usar copos de plástico, porque não há água para lavar os copos de vidro !
Segundo notavel colonista (**) da que troca a noticia, a culpa é do consumidor, que não sabe economizar água.
Lembra, amigo navegante, quando transbordava o rio Tietê e o governador (sic) Cerra dizia que a culpa era do morador, que jogava lixo no rio ?
Ele não construía os piscinões e a culpa era da vitima.
Lembra do retumbante apagao do FHC ?
A culpa também era o consumidor, que não sabia ecomizar.
A coisa já esteve melhor para o Alckmin: já imaginou faltar agua em Higienopólis, na véspera da eleição ?
O Fasano ter que servir champanhe em copo de plástico ?
O Padilha vem aí, de jaleco branco e lata d’água na cabeça.
Em tempo: se a CBN já fala em apagão da água, imagine lá em Itaquera …
Na Vila Madalena, onde brasileiros e turistas se divertiram durante a Copa, em franca harmonia, os bares sao agora obrigados a usar copos de plástico, porque não há água para lavar os copos de vidro !
Segundo notavel colonista (**) da que troca a noticia, a culpa é do consumidor, que não sabe economizar água.
Lembra, amigo navegante, quando transbordava o rio Tietê e o governador (sic) Cerra dizia que a culpa era do morador, que jogava lixo no rio ?
Ele não construía os piscinões e a culpa era da vitima.
Lembra do retumbante apagao do FHC ?
A culpa também era o consumidor, que não sabia ecomizar.
A coisa já esteve melhor para o Alckmin: já imaginou faltar agua em Higienopólis, na véspera da eleição ?
O Fasano ter que servir champanhe em copo de plástico ?
O Padilha vem aí, de jaleco branco e lata d’água na cabeça.
Em tempo: se a CBN já fala em apagão da água, imagine lá em Itaquera …
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Imagine, justo em São Paulo, a Milão das elites brasileiras, ficar sem água.
Mais uma incompetência gigantesca dessa turma que vive falando em competência.
E o aeroporto do titio ?
Tudo com dinheiro público.
Falando em aeroporto, o avião malaio que caiu, ou foi abatido lá na Ucrânia, vem sorrateiramente sumindo do noticiário. E isso foi na quinta-feira da semana passada.
Quando nossas elites, nossa uma ova, sua, descobriram que a confusão com o avião malaio pode ser obra de seus amiguinhos, fizeram a tradicional e batida cara de paisagem e aos poucos vão deixando o assunto de lado.
A prioridade hoje, pelo menos nas manchetes, é para a declaração do chanceler de Israel, que pelo tom e pela agressividade ao governo brasileiro e ao país, agradaram em muito as elites.
No cenário eleitoral as suas elites estão com sérios problemas de teto , o que dificulta os voos.
Um grande número de textos oriundos dos mais respeitados colunistas da velha mídia, tentam de todas as formas e malabarismos linguísticos, referendar a importante obra em terras de Claudio, motivo de sérias preocupações no ninho tucano.
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