Motorista de caminhão-pipa vira “Robin Hood” da água em São Paulo
15 de outubro de 2014 | 14:07 Autor: Fernando Brito
Motorista desvia caminhão e distribui água para vizinhos
Como é que a gente diz que não há gente boa no Brasil
Leiam esta matéria sensacional do Agora São Paulo sobre Fábio Bahia, motorista de um caminhão- pipa, e seu patrão, Anderson Hudson, dono da Hudson Entulhos.
O motorista encheu o tanque do caminhão com água, pagando do próprio bolso, para distribuir aos vizinhos de um bairro modesto. E seu patrão, que não gostou de ver o caminhão desviado do serviço, parou, pensou e achou que sua empresa fazia muito bem ajudando as pessoas e ainda reembolsou o gasto do motorista.
Gente bacana, de bom coração, tem muita em São Paulo, gente que está muito longe do ódio doentio que alguns manejam na rede.
E da irresponsabilidade com que o povo de São Paulo está sendo tratado pelos seus governantes
Fabio Pagotto e Rafael Ribeiro, do Agora
15 de outubro de 2014 | 14:07 Autor: Fernando Brito
Motorista desvia caminhão e distribui água para vizinhos
Como é que a gente diz que não há gente boa no Brasil
Leiam esta matéria sensacional do Agora São Paulo sobre Fábio Bahia, motorista de um caminhão- pipa, e seu patrão, Anderson Hudson, dono da Hudson Entulhos.
O motorista encheu o tanque do caminhão com água, pagando do próprio bolso, para distribuir aos vizinhos de um bairro modesto. E seu patrão, que não gostou de ver o caminhão desviado do serviço, parou, pensou e achou que sua empresa fazia muito bem ajudando as pessoas e ainda reembolsou o gasto do motorista.
Gente bacana, de bom coração, tem muita em São Paulo, gente que está muito longe do ódio doentio que alguns manejam na rede.
E da irresponsabilidade com que o povo de São Paulo está sendo tratado pelos seus governantes
Fabio Pagotto e Rafael Ribeiro, do Agora
O motorista de uma empresa que trabalha com destinação de resíduos da construção civil desviou um caminhão-pipa da firma e pagou cerca de R$ 78 do seu próprio bolso para distribuir 16 mil litros de água mineral a seus vizinhos, no Jardim Novo Pantanal (zona sul), na manhã de ontem.
O bairro está há três dias sem água.
Inicialmente, o proprietário da empresa, Anderson Herrmann Hudson, 37 anos, pensou em demitir o funcionário, chamado de Fábio Bahia.
“Fiquei bravo duas vezes. Primeiro ao ver pelo rastreador do caminhão que ele desviou da rota. Depois, porque ele não me disse o que iria fazer”, disse.
Após o motorista explicar a atitude desesperada para garantir água a sua vizinhança, Hudson mudou de ideia e disse que vai reembolsar o funcionário.
“Minha empresa tem que servir à comunidade. E não vejo melhor maneira que essa, de levar água a quem precisa, em meio a essa crise que estamos vivendo”, disse.
SABESP frauda nível dos reservatórios.
Situação é pior que o admitido
O motorista de uma empresa que trabalha com destinação de resíduos da construção civil desviou um caminhão-pipa da firma e pagou cerca de R$ 78 do seu próprio bolso para distribuir 16 mil litros de água mineral a seus vizinhos, no Jardim Novo Pantanal (zona sul), na manhã de ontem.
O bairro está há três dias sem água.
Inicialmente, o proprietário da empresa, Anderson Herrmann Hudson, 37 anos, pensou em demitir o funcionário, chamado de Fábio Bahia.
“Fiquei bravo duas vezes. Primeiro ao ver pelo rastreador do caminhão que ele desviou da rota. Depois, porque ele não me disse o que iria fazer”, disse.
Após o motorista explicar a atitude desesperada para garantir água a sua vizinhança, Hudson mudou de ideia e disse que vai reembolsar o funcionário.
“Minha empresa tem que servir à comunidade. E não vejo melhor maneira que essa, de levar água a quem precisa, em meio a essa crise que estamos vivendo”, disse.
Situação é pior que o admitido
15 de outubro de 2014 | 20:49 Autor: Fernando Brito
É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.
Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador - às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o verão e que a água acaba em “meados de novembro”. O que é tão óbvio que está sendo dito aqui por um simples blogueiro que acompanha dos dados do Sistema Cantareira.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997,, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que repsenta uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 biçhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
15 de outubro de 2014 | 20:49 Autor: Fernando Brito
É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.
Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador - às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o verão e que a água acaba em “meados de novembro”. O que é tão óbvio que está sendo dito aqui por um simples blogueiro que acompanha dos dados do Sistema Cantareira.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997,, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que repsenta uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 biçhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
16 de outubro de 2014 | 13:53 Autor: Fernando Brito
E se fosse a sua mãe ?
Em 2001, durante o “apagão” de Fernando Henrique Cardoso, eu morava numa localidade, o Engenho do Mato, em que não havia água canalizada e o abastecimento dependia de um poço (muito bom, aliás), que por sua vez dependia de energia elétrica.
Era a realidade de todos, pobres ou classe média, na Região Oceânica de Niterói.
E todos tivemos de apelar para corda, balde e força física para ter água, porque sem energia, água não havia.
Um dia, passando de carro em frente à subestação elétrica da Cerj, já privatizada e nomeada agora de Ampla, vi diversos carros parados, e parei também.
Era uma manifestação, espontânea, de cidadãos de classe média, que estacionavam seus carros e exigiam a volta da eletricidade.
O responsável pela subestação, muito nervoso, chamou a polícia e vieram dois “camburões” com policiais militares.
No comando, um capitão, pele clara, corpulento, meio “alemão”, que pediu calma e foi conversar com o sujeito da Cerj, que aos berros falava para tirar dali “aqueles vagabundos”.
E o capitão, diante de todos disse ao homem: olha, então o senhor está me chamando de vagabundo também, porque minha mãe mora em Pendotiba (bairro próximo, dependente de poços também, na época) porque antes de vir para o serviço eu estava carregando balde para ela, que está velha e não tem como carregar água”…
Lembrei da cena hoje ao ver a imagem, na Folha, de dona Mirella Maria Hespanhol, de 57 anos, tirando com baldes água de sua piscina, num bairro da Zona Oeste de São Paulo.
D. Mirella diz ao jornal: ”Passou a eleição e as torneiras secaram. Recebi água por duas horas no último domingo. Mas foi só”.
Ela é, em tese, uma “felizarda”. Tem o seu “volume morto” particular na piscina de sua casa.
Mas há centenas, milhares de outras pessoas que não têm.
Que passaram a depender dos baldes carregados dos caminhões-pipa ou dos lugares que têm água para suprir suas casas.
Na capital, em Campinas, em Itu e em dezenas de outras cidades.
Antes restrita aos mais pobres, a falta d’água, como acontece com as desgraças sociais, já atinge a classe média.
Ninguém culpa o governador Geraldo Alckmin pela seca, que não é obra sua e é grande, intensa e terrível.
E que era comemorada, em fevereiro deste ano, por Aécio Neves, na esperança que uma falta de capacidade de geração de energia elétrica lhe rendesse frutos na eleição.
Como foi a eleição que fez Geral Alckmin agir com uma criminosa imprudência e não decretar medidas de restrição do consumo, ficando nos “bônus” que agora todos vão ganhar, porque não há mais água a consumir normalmente e o racionamento chega pelas torneiras secas.
Uma economia de 10% a mais da água neste período poderia ser a ponte até a volta das chuvas, que vão chegar, hão de chegar.
Mas poderia comprometer os votos de um governante que se esmerou, com a colaboração da imprensa, em ocultar dos paulistanos que o que era ruim seria a única forma de evitar o pior.
E que contou, para isso, com a cumplicidade de uma imprensa que jamais insistiu na gravidade da situação.
Aos que acham que isso não têm importância, que é do jogo político, faço a mesma pergunta que o capitão da PM fez naquele dia ao camarada da concessionária:
-E se fosse a sua mãe que estivesse tendo de carregar baldes?
Fonte: TIJOLAÇO
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16 de outubro de 2014 | 13:53 Autor: Fernando Brito
E se fosse a sua mãe ?
Em 2001, durante o “apagão” de Fernando Henrique Cardoso, eu morava numa localidade, o Engenho do Mato, em que não havia água canalizada e o abastecimento dependia de um poço (muito bom, aliás), que por sua vez dependia de energia elétrica.
Era a realidade de todos, pobres ou classe média, na Região Oceânica de Niterói.
E todos tivemos de apelar para corda, balde e força física para ter água, porque sem energia, água não havia.
Um dia, passando de carro em frente à subestação elétrica da Cerj, já privatizada e nomeada agora de Ampla, vi diversos carros parados, e parei também.
Era uma manifestação, espontânea, de cidadãos de classe média, que estacionavam seus carros e exigiam a volta da eletricidade.
O responsável pela subestação, muito nervoso, chamou a polícia e vieram dois “camburões” com policiais militares.
No comando, um capitão, pele clara, corpulento, meio “alemão”, que pediu calma e foi conversar com o sujeito da Cerj, que aos berros falava para tirar dali “aqueles vagabundos”.
E o capitão, diante de todos disse ao homem: olha, então o senhor está me chamando de vagabundo também, porque minha mãe mora em Pendotiba (bairro próximo, dependente de poços também, na época) porque antes de vir para o serviço eu estava carregando balde para ela, que está velha e não tem como carregar água”…
Lembrei da cena hoje ao ver a imagem, na Folha, de dona Mirella Maria Hespanhol, de 57 anos, tirando com baldes água de sua piscina, num bairro da Zona Oeste de São Paulo.
D. Mirella diz ao jornal: ”Passou a eleição e as torneiras secaram. Recebi água por duas horas no último domingo. Mas foi só”.
Ela é, em tese, uma “felizarda”. Tem o seu “volume morto” particular na piscina de sua casa.
Mas há centenas, milhares de outras pessoas que não têm.
Que passaram a depender dos baldes carregados dos caminhões-pipa ou dos lugares que têm água para suprir suas casas.
Na capital, em Campinas, em Itu e em dezenas de outras cidades.
Antes restrita aos mais pobres, a falta d’água, como acontece com as desgraças sociais, já atinge a classe média.
Ninguém culpa o governador Geraldo Alckmin pela seca, que não é obra sua e é grande, intensa e terrível.
E que era comemorada, em fevereiro deste ano, por Aécio Neves, na esperança que uma falta de capacidade de geração de energia elétrica lhe rendesse frutos na eleição.
Como foi a eleição que fez Geral Alckmin agir com uma criminosa imprudência e não decretar medidas de restrição do consumo, ficando nos “bônus” que agora todos vão ganhar, porque não há mais água a consumir normalmente e o racionamento chega pelas torneiras secas.
Uma economia de 10% a mais da água neste período poderia ser a ponte até a volta das chuvas, que vão chegar, hão de chegar.
Mas poderia comprometer os votos de um governante que se esmerou, com a colaboração da imprensa, em ocultar dos paulistanos que o que era ruim seria a única forma de evitar o pior.
E que contou, para isso, com a cumplicidade de uma imprensa que jamais insistiu na gravidade da situação.
Aos que acham que isso não têm importância, que é do jogo político, faço a mesma pergunta que o capitão da PM fez naquele dia ao camarada da concessionária:
-E se fosse a sua mãe que estivesse tendo de carregar baldes?
Fonte: TIJOLAÇO
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Desabastecimento de água já afeta 34 escolas de SP
Levantamento feito com a Prefeitura de São Paulo na tarde desta quarta-feira (15), relata problemas de desabastecimento em 34 das 2.768 escolas da rede municipal de ensino e em 15 unidades de Saúde – de unidades básicas e clínicas especializadas a centros de atenção psicossocial para crianças.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas que estão com problemas têm informado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e feito pedidos de caminhões-pipa. “Todas as escolas têm caixa d’água. O reservatório permite que desabastecimentos temporários não impeçam o funcionamento normal da unidade” diz a secretaria, em nota. Entretanto, a pasta admite que os alunos de ao menos uma unidade – a Escola Municipal de Educação Infantil Almirante Tamandaré, na Mooca, zona leste – já dispensou os alunos por falta de água.
O cenário esperado, entretanto, não é animador. “O diagnóstico foi realizado entre os dias 13 e 14 de outubro, com alguns casos pontuais, e deve ser estendido para todas as unidades a partir do dia 20, quanto se encerra o recesso, por causa do Dia do Professor”, informa a Prefeitura.
Já entre os equipamentos públicos de Saúde, as unidades com problemas estão sendo orientadas a receber os usuários e “realizar os procedimentos possíveis”.
Entretanto, a Coordenação de Vigilância em Saúde diz que “por questões sanitárias não é permitido o funcionamento de um serviço de saúde – seja este público ou privado -, se não há fornecimento de água”, porque as equipes precisam, por exemplo, lavar as mãos antes do atendimento. As unidades também têm usado caminhões-pipa.
Fonte: MANCHETE ON LINE
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Levantamento feito com a Prefeitura de São Paulo na tarde desta quarta-feira (15), relata problemas de desabastecimento em 34 das 2.768 escolas da rede municipal de ensino e em 15 unidades de Saúde – de unidades básicas e clínicas especializadas a centros de atenção psicossocial para crianças.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas que estão com problemas têm informado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e feito pedidos de caminhões-pipa. “Todas as escolas têm caixa d’água. O reservatório permite que desabastecimentos temporários não impeçam o funcionamento normal da unidade” diz a secretaria, em nota. Entretanto, a pasta admite que os alunos de ao menos uma unidade – a Escola Municipal de Educação Infantil Almirante Tamandaré, na Mooca, zona leste – já dispensou os alunos por falta de água.
O cenário esperado, entretanto, não é animador. “O diagnóstico foi realizado entre os dias 13 e 14 de outubro, com alguns casos pontuais, e deve ser estendido para todas as unidades a partir do dia 20, quanto se encerra o recesso, por causa do Dia do Professor”, informa a Prefeitura.
Já entre os equipamentos públicos de Saúde, as unidades com problemas estão sendo orientadas a receber os usuários e “realizar os procedimentos possíveis”.
Entretanto, a Coordenação de Vigilância em Saúde diz que “por questões sanitárias não é permitido o funcionamento de um serviço de saúde – seja este público ou privado -, se não há fornecimento de água”, porque as equipes precisam, por exemplo, lavar as mãos antes do atendimento. As unidades também têm usado caminhões-pipa.
Fonte: MANCHETE ON LINE
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Estelionato eleitoral:
falta d’água em toda SP
As descrições contrastam com o discurso oficial da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que nega racionamento.
FALTA DE ÁGUA SE ESPALHA E JÁ AFETA TODAS AS REGIÕES DA CAPITAL PAULISTA
Antes circunscritos a determinadas áreas, em períodos específicos, os casos de falta de água se espalharam pela cidade de São Paulo nos últimos dias, atingindo todas as regiões da capital por intervalos que variam entre algumas horas a vários dias.
Relatos feitos por leitores à Folha e colhidos nas ruas indicam uma piora generalizada do quadro.
Nas últimas 24 horas, a reportagem identificou ao menos 30 pontos de desabastecimento em 24 bairros.
As descrições contrastam com o discurso oficial da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que nega racionamento.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Moradores de Campinas (SP) e região buscam água
nesta quarta-feira (15), na fonte em Itupeva que fica às margens da rodovia
Miguel Melhado Campos, que liga Vinhedo ao aeroporto de Viracopos
Hélio Suenaga/Futura Press/Estadão Conteúdo
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![](https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQTqmCU1I_6nJRyZkIuBQy7ynDzmXvxkj6xxkakIoWLTllkAUCmZA)
Encerradas as eleições em São Paulo, a verdade aparece no fundo dos reservatórios de água, vazios.Durante meses, O PAPIRO e muitos outros blogues divulgavam estudos sobre a situação critica do abastecimento de água da cidade de São Paulo e da região metropolitana.
A velha mídia, aliada do PSDB e do governador reeleito Geraldo Alckmin, omitia o assunto e, quando divulgado, aparecia como resultado da estiagem , da seca, da falta de chuvas, sem jamais atribuir aos governos do PSDB - que governam São Paulo por vinte anos consecutivos - a incompetência pela gestão dos recursos hídricos no estado de São Paulo.
Essa omissão da velha mídia, inclusive, foi tema de um excelente artigo do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA que o caro leitor pode ler abaixo:
A imprensa dos escribas e fariseus
Um poço de cinismo
Por Luciano Martins Costa em 15/10/2014 no programa nº 2459 | 0 comentários
A imprensa dos escribas e fariseus
O cidadão que rastrear nesta quarta-feira (15/10) os principais jornais de circulação nacional, vai encontrar um texto interessante, por sua clareza incomum, considerando-se o personagem e a circunstância de que trata.
Diz o seguinte: "A estiagem recorde e o calor atípico talvez possam ser atribuídos às mudanças climáticas. O grave risco de desabastecimento da Grande São Paulo, entretanto, deve-se a outro fenômeno - a incúria das sucessivas gestões tucanas que comandam o Estado desde 1995".
Estamos diante de um editorial da Folha de S. Paulo, no qual se pode registrar um fato histórico: pela primeira vez, na longa e penosa crise da falta d'água, um dos grandes diários afirma, com todas as letras, que o governador é o principal responsável pelo problema.
Num texto sem meias-palavras, o editorialista afirma que o governador Geraldo Alckmin falhou em várias frentes que poderiam amenizar a crise: não protegeu mananciais, não cuidou do tratamento de esgotos e dejetos industriais, não atuou contra o desperdício e não aplicou os recursos destinados ao aumento da capacidade de "reservação".
Depois de observar que a recuperação do sistema de represas pode demorar quatro anos, isso se as chuvas voltarem à sua média histórica, o jornal afirma que o governador segue omitindo informações à população.
Falta transparência e coragem para admitir a gravidade da situação, conclui o editorial.
O texto chega a fazer blague, lembrando que Alckmin brincava com o problema, ao dizer que choveria em setembro, porque ele havia aprendido, na roça, que só chove nos meses com a letra "r".
O leitor ou leitora que coloca tento no que lê haverá de se perguntar: o que houve com a Folha de S. Paulo? Bandeou-se para a oposição, depois que a eleição estadual foi resolvida em primeiro turno? Decidiu, finalmente, tratar a falta de iniciativa do governador de São Paulo com "atitude crítica"?
Não.
A Folha vai pedir o impeachment do governador, ou, como os outros grandes diários, está apenas cobrando a conta do apoio descarado que ofereceu a ele durante a campanha eleitoral?
Um poço de cinismo
Se o jornal tivesse caráter, no sentido que se dá às qualificações morais de um indivíduo, não teria esperado o governador se reeleger para quebrar o silêncio e revelar o que seus editores sempre souberam sobre a falta d'água.
Pode-se esperar o mesmo, caso o senador Aécio Neves venha a ser eleito presidente da República? Os jornais vão abrir suas caixas de ferramentas e revelar o que omitem durante a campanha eleitoral?
O súbito ataque de sinceridade da Folha reflete bem o poço de cinismo em que se transformou a imprensa hegemônica do Brasil.
Na reportagem em que o jornal relata a saída do colunista Xico Sá, citada neste espaço na terça-feira (13/10), a direção do diário anota que seu "manual de redação" recomenda aos colunistas que evitem, em suas colunas, proselitismo eleitoral ou declaração pública de voto.
Mas a grande pérola de farisaísmo pode ser apreciada na frase final: "A restrição não se aplica a críticas a partidos, políticos e candidaturas".
Isso significaria, por largueza de interpretação, que um colunista não pode dizer que vota em Dilma Russeff, mas os outros podem passar anos chamando os petistas de "petralhas" e achincalhando tudo que se refere ao partido e seus representantes.
Seria essa a interpretação para o que uma colunista do Estado de S. Paulo chama de "atitude crítica" da imprensa em relação ao grupo que se reelege no Executivo federal desde 2002?
A imprensa hegemônica do Brasil faria grandes benefícios à consolidação da nossa democracia e à educação cívica da população se realmente tivesse uma "atitude crítica" em relação a todos os poderes da República, indiscriminadamente.
Mas, infelizmente, o que se vê é o apoio explícito a um dos lados em que se divide o espectro político, e uma campanha sistemática para desqualificar e demonizar o outro lado.
Essa distorção foi demonstrada mais uma vez, na entrevista concedida pelo cientista político João Feres Jr., criador do Manchetômetro da Universidade do Estadual do Rio de Janeiro, ao programa Espaço Público, da TV Brasil, transmitido na terça-feira.
Aqui e ali, no noticiário desta quarta-feira sobre o primeiro debate entre os dois candidatos ao segundo turno da eleição presidencial, analistas da imprensa se referem ao clima de extrema beligerância que encobre os temas mais relevantes, e sua repercussão nas redes sociais, onde se percebe que as manifestações chegam a um alto nível de agressividade.
Os jornais apenas esquecem a grande contribuição que têm dado para que isso esteja acontecendo.
O que emerge no momento sobre o caos paulista, e não é água, diz respeito a fraudes cometidas sobre a real disponibilidade de água dos reservatórios, o que coloca a crise de abastecimento em um patamar ainda mais dramático para a população da grande São Paulo.
Impossível não associar a crise de São Paulo com o processo eleitoral em curso.
O maior estado do país, governado pelo PSDB que alardeia como marca a competência da gestão, o choque de gestão, que ainda não matou os paulistanos de choque, por que não tem água , o que não dobrou a carga elétrica que a população recebe diariamente.
O cidadão de São Paulo e região metropolitana foi enganado pelo governo do PSDB e pela velha mídia, e hoje vive de baldes pelas ruas, lata d'água na cabeça, voltando para um Brasil dos anos da década de 1930.
Filas nas ruas para pegar água é algo vergonhoso, um retrocesso sem precedentes.
O tal choque de gestão do PSDB, por outro lado, está presente no discurso do Aécio , agora para todo o Brasil, caso aconteça a tragédia de ser eleito.
Assim como São Paulo, o estado de Minas Gerais, governado por 12 anos por Aécio e pelo PSDB, encontra-se abandonado, entretanto, assim como na falta de água em São Paulo, a velha mídia omite e esconde a real situação de Minas.
Situação essa que começa a vir à tona com os debates entre os candidatos a presidência e também com a propaganda eleitoral, no rádio e na TV.
Curiosamente, e desesperadamente, o candidato do PSDB, acostumado a ter a blindagem dos meios de comunicação, sente-se " ofendido", indignado" com as críticas justas e precisas que vem sofrendo , que a bem da verdade são de extrema importância para eleitor, de maneira que se evite que o Brasil , por exemplo, fique sem água.
A verdade que aos pouco vem à tona é de suma importância para que o eleitor não sofra mais um estelionato eleitoral, assim como o que correu com o eleitor de São Paulo.
Tentando de todas as formas se esconder no bunker midiático, Aécio já emite claros sinais de desespero, ao constatar que suas verdadeiras intenções e programas para o país estão sendo criteriosamente apresentados para a população através da candidata Dilma e também por uma parte da militância petista, sempre aguerrida e bem informada.
Como citei no início deste artigo, O PAPIRO vem alertando sobre os problemas da água em São Paulo desde o início deste ano e, somente agora, a velha mídia dá algum destaque para o caos paulista e, mesmo assim , ainda manipula a informação atribuindo única e exclusivamente a seca e a estiagem as causa para o problema.
As chuvas devem chegar, mesmo que com algum atraso em novembro, no entanto não serão suficientes para repor os níveis dos reservatórios paulistas de forma que ao mesmo tempo garantam o fornecimento de água e acumulem reservas para o próximo ano.
A situação dos reservatórios paulistas pode ser comparada a um copo de água cheio destinado a uma pessoa com sede. Bebe-se a água, esvazia-se o copo, porém necessita-se de mais água para encher um novo copo. Sempre que que o copo estiver cheio, toda a água será consumida. Isso significa que para se ter a segurança hídrica na região da grande São Paulo, as chuvas ,que certamente virão, devem proporcionar índices bem acima da média anual,o que , se não ocorrer, o problema de abastecimento será recorrente ao longo de muitos anos,caso não se tenha novos investimentos.
Tudo isso que o povo de São Paulo vivencia e sofre, é fruto da incompetência e da irresponsabilidade de governos que historicamente e ideologicamente, não tem o menor compromisso com as necessidades básicas das pessoas.
E é justo isso , que a campanha de Dilma vem mostrando através de debates e programas e que tanto tem desnorteado o candidato da oposição e seus cães de guarda da velha mídia.
A verdade que aos pouco vem à tona é de suma importância para que o eleitor não sofra mais um estelionato eleitoral, assim como o que correu com o eleitor de São Paulo.
Tentando de todas as formas se esconder no bunker midiático, Aécio já emite claros sinais de desespero, ao constatar que suas verdadeiras intenções e programas para o país estão sendo criteriosamente apresentados para a população através da candidata Dilma e também por uma parte da militância petista, sempre aguerrida e bem informada.
Como citei no início deste artigo, O PAPIRO vem alertando sobre os problemas da água em São Paulo desde o início deste ano e, somente agora, a velha mídia dá algum destaque para o caos paulista e, mesmo assim , ainda manipula a informação atribuindo única e exclusivamente a seca e a estiagem as causa para o problema.
As chuvas devem chegar, mesmo que com algum atraso em novembro, no entanto não serão suficientes para repor os níveis dos reservatórios paulistas de forma que ao mesmo tempo garantam o fornecimento de água e acumulem reservas para o próximo ano.
A situação dos reservatórios paulistas pode ser comparada a um copo de água cheio destinado a uma pessoa com sede. Bebe-se a água, esvazia-se o copo, porém necessita-se de mais água para encher um novo copo. Sempre que que o copo estiver cheio, toda a água será consumida. Isso significa que para se ter a segurança hídrica na região da grande São Paulo, as chuvas ,que certamente virão, devem proporcionar índices bem acima da média anual,o que , se não ocorrer, o problema de abastecimento será recorrente ao longo de muitos anos,caso não se tenha novos investimentos.
Tudo isso que o povo de São Paulo vivencia e sofre, é fruto da incompetência e da irresponsabilidade de governos que historicamente e ideologicamente, não tem o menor compromisso com as necessidades básicas das pessoas.
E é justo isso , que a campanha de Dilma vem mostrando através de debates e programas e que tanto tem desnorteado o candidato da oposição e seus cães de guarda da velha mídia.
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