Em protesto global, organizações denunciam violações trabalhistas do McDonald´s
Ações acontecem nesta quinta-feira (06) e estão
previstas em ao menos 33 países em todo o mundo. Em nota, empresa diz
que valoriza e respeita empregados
05/06/2013
Daniel Santini,
Cartaz de convocação para o protesto global contra o McDonald´s |
Organizações
não-governamentais, sindicatos e associações de defesa de direitos de
imigrantes organizam um protesto global, nesta quinta-feira, 6, para
denunciar violações trabalhistas por parte da rede de restaurantes
McDonald´s. Ações devem acontecer em pelo menos 33 países (veja o site do protesto, em inglês).
A campanha foi chamada de “Não Amo Tudo Isso”, uma alusão ao slogan da
empresa “Amo Muito Tudo Isso”, e foi coordenada pela associação
norte-americana National Guestwork Alliance (ou Associação Nacional de
Trabalhadores Imigrantes, em português).
Entre as
principais reclamações das diferentes organizações que participam do
protesto estão abusos trabalhistas recorrentes, violações de direitos
básicos de trabalhadores imigrantes (clique aqui para ver vídeo em
inglês) e práticas de restrição à livre associação sindical. O protesto
global teve início com mobilização de trabalhadores imigrantes nos
Estados Unidos. Em nota, a assessoria de imprensa do McDonald´s afirma
que o grupo valoriza e respeita seus empregados e que eles recebem
salários “competitivos”.
No Brasil, estão
previstas ações em São Paulo, com apoio da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Gastronomia e
Hospedagem de São Paulo e Região (Sinthoresp). A empresa Arcos Dourados,
maior franquia do McDonald´s no país, enfrentou problemas trabalhistas
recentes. Em março, a juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia, da 11ª Vara do
Trabalho do Recife, determinou que em todo o país a empresa parasse de
adotar jornadas móveis variáveis e deixasse de proibir que cada um leve
sua própria alimentação para consumir no refeitório.
A
ação que originou no processo foi movida pelo procurador do Trabalho
Leonardo Osório Mendonça. Para o MPT, a “jornada móvel variável não
permite que o trabalhador tenha qualquer outra atividade, até mesmo
porque, durante uma mesma semana de trabalho, ocorrem variações no que
diz respeito ao horário de início e término do expediente”. Isso, ainda
segundo o órgão, “faz com que o empregado esteja, efetivamente, muito
mais tempo à disposição da empresa do que as oito horas de trabalho
diárias previstas nos contratos ‘normais’ de trabalho, além de não
garantir o pagamento sequer de salário-mínimo ao final do mês”. O
McDonald´s, por sua vez, defende que a jornada variável é totalmente
lícita, insiste que há decisões favoráveis na Justiça neste sentido e
que alterações no regime estão sendo adotadas voluntariamente pela
empresa tendo em vista favorecer os trabalhadores.
Mapa com as ações previstas em todo o mundo. Clique para obter mais informações no site da mobilização |
Trabalho escravo
Além
de apontar irregularidades trabalhistas, o Sinthoresp chegou a
denunciar a empresa por exploração de trabalho escravo, o que culminou
na abertura pela Polícia Federal (PF) do inquérito policial 0233/2012 em
16 de outubro de 2012. O assunto foi encaminhado para a Justiça e, em
maio de 2013, retornou para mais investigações. A PF afirma que
“investiga a suposta prática de crime previsto no artigo 149 do Código
Penal, que trata de crime contra a organização do trabalho, crime de
competência da Justiça Federal e atribuição de investigação da Polícia
Federal” e que não informa detalhes sobre inquéritos em curso.
A
PF ressalta que “se os fatos apurados indicarem a prática de
irregularidades de ordem trabalhista – relação trabalhista
empregado/empregador – tais como, falta de pagamento, péssimas condições
de trabalho e afins, mas que não se enquadrarem na condição análoga à
de escravo (trabalhos forçados, jornada exaustiva, condição degradante,
restrição de locomoção etc.), não será da competência da Justiça Federal
e sim da Justiça do Trabalho”. Ainda não há comprovação da prática por
autoridades.
Desde 2009, o McDonald´s integra o
Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e pode ser suspenso
se for comprovada a submissão de trabalhadores à escravidão. Na época,
ao Comitê de Gestão do Pacto, a empresa afirmou que as alegações do
Sinthoresp não têm qualquer suporte “fatídico ou legal”.
Prática de trabalho escravo em uma rede de lanchonetes que influencia uma grande parcela da população no tocante a hábitos alimentares.
Se não bastasse o envolvimento do mcdonald's em város escândalos e processos por explorar os trabalhadores da rede, cabe lembrar que os produtos vendidos pela rede são de péssima qualidade nutricional.
A propaganda diária de seus produtos tem contribuido para alterar hábitos saudáveis de nutrição, desencadear doenças como a obesidade, e intoxicar pessoas com seus alimentos de origem transgência contaminados com os piores agrotóxicos.
O fast food, contexto onde se situa a alimentação do mcdonald's ,nada mais é que uma extensão da excresência da cultura ocidental decadente, idiotizante e imbecilizante.
Não é por acaso que toda e qualquer notícia envolvendo o mc donald's não aparece na velha mídia , seja pelos crimes que a rede comete ou mesmo sobre um protesto mundial contra a rede de lanchonetes.
Em sendo um dos maiores anunciantes das redes de tv, as emissoras privadas omitem toda e qualquer informação que possa denegrir a imagem do palhaço subnutrido da criminosa rede de lanchonetes.
Ocultar, omitir, mudar o foco, manipular.
Independente do assunto estar relacionado com o protesto contra o palhaço fast food, não se pode analisar a situação sem mencionar o envolvimento da velha imprensa e de seu aparato midiático.
Essa mesma velha imprensa, independente se do Brasil ou de todo o mundo, se transformou em um exército de manipulação dos fatos contribuindo para que milhões e milhões de pessoas tenham uma compreensão equivocada da realidade.
Enquanto o povo nas ruas da Turquia emite claros e inequívocos sinais de uma primavera, a imprensa daquele país ignora os fatos das manifestações de rua e, pela televisão, apresenta documentários sobre pinguins.
Enquanto proliferam notícias, nas mídias digitais, sobre a manipulação criminosa produzida pelo STF para conduzir o julgamento da ação penal 470 com o objetivo de condenar os réus pautados pela velha imprensa, nada, ou quase nada, sobre esse gravíssimo crime contra a democracia brasileira é abordado nos jornais, revistas e telejornais da velha imprensa.
Enquanto o povo brasileiro convive com uma inflação civilizada por mais de uma década, a velha imprensa se agarra a elevação sazonal do preço do tomate para disseminar o caos da inflação.
Transformada em suco, a manipulação do noticiário, não o tomate, a bola da vez agora é o feijão, depois será o arroz, depois a farinha.... O objetivo é tocar as camadas da sociedade que podem influenciar o resultado das eleições de 14.
A grande manipulação mundial da informação, tem na velha imprensa brasileira seus principais atores.
O boato do bolsa família, assunto que saiu do noticiário da velha imprensa mas que continua nas mídias digitais, teve em seguida uma grande campanha da velha imprensa contra os programas sociais do governo, o que permite uma inclinação na percepção da realidade de que teriam sido ações orquestradas para criar um discernimento na opinião pública desfavorável ao país e ao governo bem sucedido do PT.
A grande manipulação está em curso e não é apenas no Brasil, com o tomate, o STF, a ação penal 470, a seleção de futebol, a inflação, o Brasil como o pior dos mundos, o terrorismo, etc...
Essa manipulação é mundial e parte de uma estratégia de desinformação sobre os principais temas da realidade, tanto que em todos os protestos pelo mundo, como mais uma vez agora na primavera turca, o direito a uma informação livre, democrática e plural aparece como reinvidicação pelos povos.
Compreender corretamente a realidade atual passa , necessariamente, pela obtenção de informações em meios descolados da velha imprensa e do seu aparato midático.
Omitir, ocultar, mudar o foco e manipular as informações que ajudam a compreender a realidade, também é uma forma de escravizar as pessoas.
Talvez a pior das modalidades de escravidão.
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