quinta-feira, 18 de junho de 2015

Coca Cancer

A Coca-Cola no Brasil possui nove vezes mais substância cancerígena

Bebida vendida no Brasil é a que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena. São nove vezes o limite estabelecido na Califórnia


Idec (via Outras Palavras)
reprodução
Brasil é o país que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena na Coca-Cola, nove vezes o limite estabelecido pelo governo da Califórnia (EUA)

A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração da substância 4-MI (4-metil-imidazol), presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. O resultado é de um teste do CSPI (Centro de Ciência no Interesse Público, em tradução livre), da capital norte-americana, Washington D.C. Eles avaliaram também a quantidade da substância nas latas de Coca-Cola vendidas no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.

Um estudo feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos já havia apontado efeitos carcinogênicos do 4-MI em ratos, e fez com que a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), da OMS (Organização Mundial da Saúde), incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.

Concentrações
O Idec fez um pesquisa sobre os refrigerantes e energéticos que possuem o corante Caramelo IV em sua fórmula. O levantamento verificou que a regulação brasileira sobre o tema é falha e que os fabricantes de refrigerantes e bebidas energéticas não estão dispostos a informar ao consumidor a quantidade da substância tóxica em seus produtos.

Diante dos estudos que apontam para o perigo desse aditivo, o Instituto questionou se as empresas parariam de utilizá-lo. Na ocasião, o Idec enviou cartas à diversas empresas e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) questionando-os sobre a periculosidade do Caramelo IV e sua associação com o câncer.

De acordo com o CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) de 4-MI em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa é uma concentração muito grande quando comparada com a segunda maior, vendida no Quênia, com 170 cmg/355ml. Confira os demais resultados na tabela abaixo:

A Coca-Cola do Brasil traz nove vezes o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia, que estipulou a necessidade de uma advertência nos alimentos que contiverem mais que 29 mcg da substância. Além dessa quantidade diária, o risco de câncer seria maior do que um caso em 100 mil pessoas.

Os limites atuais para a quantidade de Caramelo IV nos alimentos, estabelecidos pelo Jecfa (um comitê de especialistas em aditivos alimentares da FAO/OMS), são baseados em estudos da década de 1980. Além disso, aqueles estudos foram gerados pela International Technical Caramel Association. Com os estudos que agora vem à tona, espera-se que os limites e a legislação atuais, tanto internacional como nacional, sejam alterados.

Fonte: CARTA MAIOR
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No dia 1º de abril de 2013, o PAPIRO publicou a matéria abaixo sobre a Coca-Cola com o seguinte título:

O Refrigerante que dá barato.

Vale a pena a releitura.

O Refrigerante que dá barato


27 de setembro de 2012



Você sabe o que o refrigerante faz com seu corpo?

Além de possuir muitas substâncias artificiais em sua composição, o refrigerante contém valor nutricional quase nulo. As variações cola, em especial, contam com uma grande quantidade de fosfatos, que em excesso provocam o enfraquecimento dos ossos através da liberação do cálcio. Dessa forma, é facilitada a incidência de doenças ósseas, como a osteoporose. A bebida ainda é rica em açúcar, que além de prejudicar a boa forma, propicia o surgimento de cáries, principalmente nas crianças. Mesmo as versões diet, que não contêm glicose, expõem os dentes a ácidos capazes de estragar o esmalte.

E não se pode esquecer dos corantes, também perigosos. Vários deles possuem substâncias cancerígenas. O consumo de refrigerantes também faz com que as pessoas diminuam significativamente a ingestão de bebidas saudáveis como a água, o leite e os sucos naturais, perdendo nutrientes importantes.
Por causa das diversas substâncias químicas que entram em sua composição, os refrigerantes são prejudiciais à saúde se bebidos com freqüência. É o que diz Marilane Dionísio, coordenadora de nutrição do Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. “Na composição dos refrigerantes, estão conservantes, acidulantes, antioxidantes, corantes, estabilizantes, umectantes, aromatizantes, entre outras substâncias não saudáveis se ingeridas com excesso”, explica.
Os refrigerantes ganham cada vez mais adeptos em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes, em que os níveis de obesidade deram um salto nos últimos tempos. Em média, cada brasileiro ingere 35 litros da bebida ao ano. Nos Brasil, o consumo cresceu mais de 450% nos últimos 50 anos.

Pesquisas recentes revelam que o refrigerante não dietético aumenta em 80% o risco de diabetes. De acordo com estes estudos, o risco de desenvolver a doença chega a quase dobrar nas pessoas que consomem este tipo de bebida pelo menos uma vez por dia. Os refrigerantes também aumentam os riscos de câncer no esôfago. “Eles incham o estômago e causam refluxo gástrico, o que está associado com o câncer de esôfago”, explica a Drª Marilane.
Os malefícios do consumo exagerado de refrigerantes não param por aí. A bebida agrava quadros de gastrite e flatulência (gases), além de aumentar os níveis de colesterol. É responsável também por uma maior incidência de cáries – dependendo da sensibilidade e predisposição de cada indivíduo – e erosão dental, processo caracterizado pela perda do tecido duro da superfície dos dentes.
Outra preocupação dos especialistas é que o consumo excessivo de refrigerantes tem deixado em segundo plano bebidas saudáveis como a água, sucos naturais, água de coco e leite. “Beber refrigerantes com freqüência só faz aumentar o consumo de calorias inúteis, que não acrescentam nenhum nutriente ao organismo. São as chamadas calorias vazias. Em média, um litro de refrigerante tem cerca de 400 calorias, que poderiam ser obtidas por meio de alimentos bem mais saudáveis”, diz a nutricionista.
No ano passado, a Associação Pro Teste analisou 24 marcas de refrigerantes e constatou que 7 delas contém benzeno, uma substância cancerígena! Além disso, foram encontrados corantes ruins para as crianças e altos níveis de açúcar, adoçante, sódio e conservantes.

Níveis de benzeno acima do aceitável foram vistos nas marcas Fanta Laranja Light e Sukita Zero. Amostras de Fanta Laranja e Sukita, normais, diet e light, tinham o corante amarelo crepúsculo, que pode causar hiperatividade em crianças.

Já o amarelo tartrazina, que pode causar alergias, foi encontrado em todas as versões do Grapette. A Pro Teste alertou que o ácido fosfórico dos refrigerante à base de cola reduz a absorção de cálcio, podendo causar osteoporose.

Veja o que acontece em seu corpo:

1. Após os primeiros 10 minutos

Uma latinha de refrigerante tem aproximadamente o equivalente a 10 colheres (chá) de açúcar (a Associação Americana de Cardiologia recomenda que esse consumo seja de 9 colheres diárias para os homens e 6 para as mulheres). Essa quantidade de doce, tomada de uma só vez, seria o suficiente para sobrecarregar seu corpo e deixá-lo enjoado, porém, o ácido fosfórico contido nessas fórmulas corta parte do sabor do açúcar e você, consequentemente, consegue engolir.

2. Após 20 minutos, aproximadamente

Há um pico de açúcar na sua corrente sanguínea e sua insulina – hormônio responsável pela redução da glicemia, a taxa de glicose no sangue, e que promove o ingresso de glicose nas células – vai às alturas.

Seu fígado responde a isso queimando qualquer açúcar disponível no organismo – e há muito disso nesse momento – e transforma boa parte em gordura.

3. Após os 40 minutos

Se seu refrigerante preferido tem cafeína, ela foi toda absorvida. Suas pupilas estarão mais dilatadas, sua pressão sanguínea mais alta e como resposta seu fígado libera mais açúcar no seu sangue. Os receptores de adenosina – agora ligados à cafeína – não “enxergam” a adenosina, um hormônio responsável pela diminuição do ritmo do corpo. Agora você não consegue relaxar e os vasos sanguíneos do seu cérebro estão comprimidos.

4. Após os 45 minutos iniciais

Seu corpo aumenta a produção da dopamina – um dos hormônios envolvidos na sensação de prazer. Fisiologicamente, o processo é muito similar ao que acontece com os usuários de heroína.

5. Após uma hora

O ácido fosfórico do refrigerante se liga ao cálcio, ao magnésio e ao zinco que estão no seu intestino. Isso, combinado com as altas doses de açúcar ou de adoçantes artificiais, aumenta a excreção do cálcio via urina.

6. Ao final da primeira hora, aproximadamente

A cafeína tem propriedades diuréticas. Nesse momento, se você for ao banheiro, seu corpo vai passar excretar junto com a urina, uma parte do cálcio, magnésio e zinco que deveria servir para manter seus ossos saudáveis, além de uma boa parte de eletrólitos – cargas elétricas que facilitariam diversas funções celulares, incluindo as ligações entre os neurônios – e água.

7. Finalmente, após mais de uma hora

Nesse momento você já foi ao banheiro e mandou embora todas aquelas substâncias do refrigerante, junto com diversos minerais, eletrólitos e água. O pico de glicose está em uma curva descendente e seu corpo quer mais (afinal, isso ativa os centros de prazer no cérebro). Você começa a ficar irritado. Alguém pode sugerir que é hora de fazer uma pausa e ir à lanchonete tomar um refrigerante. O ciclo, então, recomeça.

“É claro que o tempo de absorção e excreção dessas substâncias pode variar de pessoa para pessoa”, observa Marcela Kotait, nutricionista do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Ambulim – IPq/HC-FMUSP). Fatores como peso, altura e se houve consumo alimentar junto com o refrigerante – entre outros – podem influenciar nessa dinâmica
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Agora vamos falar sobre a fabricação: 

Composição do refrigerante

Os ingredientes que compõem a formulação do refrigerante têm finalidades específicas e devem se enquadrar nos padrões estabelecidos. São eles:

Água: Constitui cerca de 88% m/m do produto final. Ela precisa preencher certos requisitos para ser empregada na manufatura de refrigerante (Palha, 2005):

- Baixa alcalinidade: Carbonatos e bicarbonatos interagem com ácidos orgânicos, como ascórbico e cítrico, presentes na formulação, alterando o sabor do refrigerante, pois reduzem sua acidez e provocam perda de aroma;

- Sulfatos e cloretos: Auxiliam na definição do sabor, porém o excesso é prejudicial, pois o gosto ficará demasiado acentuado;

- Cloro e fenóis: O cloro dá um sabor característico de remédio e provoca reações de oxidação e despigmentação, alterando a cor original do refrigerante. Os fenóis transferem seu sabor típico, principalmente quando combinado com o cloro (clorofenóis);

- Metais: Ferro, cobre e manganês aceleram reações de oxidação, degradando o refrigerante;

- Padrões microbiológicos: É necessário um plano de higienização e controle criterioso na unidade industrial, que garantam à água todas as características desejadas: límpida, inodora e livre de microorganismos.

Açúcar: É o segundo ingrediente em quantidade (cerca de 11% m/m). Ele confere o sabor adocicado, “encorpa” o produto, juntamente com o acidulante, fixa e realça o paladar e fornece energia. A sacarose (dissacarídeo de fórmula C12H22O11 - glicose + frutose) é o açúcar comumente usado (açúcar cristal).

Concentrados: Conferem o sabor característico à bebida. São compostos por extratos, óleos essenciais e destilados de frutas e vegetais (Palha, 2005). Sabor é a experiência mista de sensações olfativas, gustativas e táteis percebidas durante a degustação (Goretti, 2005).

Acidulante: Regula a doçura do açúcar, realça o paladar e baixa o pH da bebida, inibindo a proliferação de microorganismos. Todos os refrigerantes possuem pH ácido (2,7 a 3,5 de acordo com a bebida). Na escolha do acidulante (Tabela 1), o fator mais importante é a capacidade de realçar o sabor em questão (Palha, 2005).

O ácido cítrico (INS1 330) é obtido a partir do microorganismo Aspergillus niger, que transforma diretamente a glicose em ácido cítrico. Os refrigerantes de limão já o contêm na sua composição normal.

O ácido fosfórico (INS 338) apresenta a maior acidez dentre todos aqueles utilizados em bebidas. É utilizado principalmente nos refrigerantes do tipo cola.

O ácido tartárico (INS 334) é usado nos refrigerantes de sabor uva por ser um dos seus componentes naturais.

Antioxidante: Previne a influência negativa do oxigênio na bebida. Aldeídos, ésteres e outros componentes do sabor são susceptíveis a oxidações pelo oxigênio do ar durante a estocagem. Luz solar e calor aceleram as oxidações. Por isso, os refrigerantes nunca devem ser expostos ao sol. Os ácidos ascórbico e isoascórbico (INS 300) são muito usados para essa finalidade. Quando o primeiro é utilizado não é com o objetivo de conferir vitamina C ao refrigerante, e sim servir unicamente como antioxidante.

Conservante: Os refrigerantes estão sujeitos à deterioração causada por leveduras, mofos e bactérias (microorganismos acidófilos ou ácido-tolerantes), provocando turvações e alterações no sabor e odor. O conservante (Tabela 2) visa inibir o desenvolvimento desses microorganismos (Palha, 2005).

O ácido benzoico (INS 211) atua praticamente contra todas as espécies de microorganismos. Sua ação máxima é em pH = 3. É barato e bem tolerado pelo organismo. Como esse ácido é pouco solúvel em água, é utilizado na forma de benzoato de sódio. O teor máximo permitido no Brasil é de 500 mg/100mL de refrigerante (expresso em ácido benzoico).

O ácido sórbico (INS 202) ocorre no fruto da Tramazeira (Sorbus aucuparia). É usado como sorbato de potássio e atua mais especificamente sobre bolores e leveduras. Sua ação máxima é em pH = 6. O teor máximo permitido é 30 mg/100mL (expresso em ácido sórbico livre).

Edulcorante: É uma substância (Tabela 3) que confere sabor doce às bebidas em lugar da sacarose. As bebidas de baixa caloria (diet) seguem os padrões de identidade e qualidade das bebidas correspondentes, com exceção do teor calórico.

Dióxido de carbono: A carbonatação dá “vida” ao produto, realça o paladar e a aparência da bebida. Sua ação refrescante está associada à solubilidade dos gases em líquidos, que diminui com o aumento da temperatura. Como o refrigerante é tomado gelado, sua temperatura aumenta do trajeto que vai da boca ao estômago. O aumento da temperatura e o meio ácido estomacal favorecem a eliminação do CO2, e a sensação de frescor resulta da expansão desse gás, que é um processo endotérmico (Palha, 2005).

Processo de fabricação

O processo de fabricação é feito sem qualquer contato manual e sob rigoroso controle de qualidade durante todas as etapas.

Elaboração do xarope simples: É o produto da dissolução do açúcar em água. A concentração varia entre 55 e 64% m/m (Rodrigues e cols., 2000). A dissolução do açúcar cristal em água quente reduz o risco de contaminação microbiana. O xarope é tratado com carvão ativado, que por adsorção remove compostos responsáveis por paladares e odores estranhos e reduz a cor desse xarope. Ele é armazenado em tanques esterilizados a vapor, e um filtro microbiológico evita a entrada de ar.

Elaboração do xarope composto: É o xarope simples acrescido dos outros componentes do refrigerante. Essa etapa é feita em tanques de aço inoxidável, equipados com agitador, de forma a garantir a perfeita homogeneização dos componentes e evitar a admissão de ar. A adição dos ingredientes deve ocorrer de forma lenta e cuidadosa e de acordo com a sequência estabelecida na formulação. O conservante é o primeiro componente a ser adicionado. Em caso de adição após o acidulante, forma-se uma floculação irreversível (o benzoato de sódio precipita). A adição do antioxidante ocorre minutos antes da adição do concentrado (Palha, 2005).

Concluídas as adições, mantémse o agitador ligado por 15 minutos. Ao final, retira-se uma amostra para as análises microbiológicas e físicoquímicas (como turbidez, acidez e dosagem de açúcar ou edulcorante). Somente após essas análises, o xarope pode ser liberado para o envasamento (Palha, 2005).

A preparação do xarope composto para bebidas do tipo diet ocorre em tanques específicos para tal. Elas possuem baixa susceptibilidade à contaminação por microorganismos por não conter açúcares.

Envasamento: Para as garrafas retornáveis, há uma inspeção prévia para que sejam retiradas aquelas que estejam trincadas, bicadas, lascadas, lixadas, quebradas ou com material de difícil remoção como tintas ou cimento. Após essa seleção, as garrafas são pré-lavadas com água. Elas depois são imersas em soda cáustica quente para retirada de impurezas e esterilização. Em seguida, passam pelo enxágue final com água. Uma nova inspeção e seleção são feitas nessa fase. No caso das embalagens descartáveis, não há necessidade da pré-lavagem.

A etapa final consiste no envio, por tubulações de aço inox, do xarope composto até a linha de envasamento (enchedora), na qual são adicionados água e CO2 em proporções adequadas a cada produto. O refrigerante é envasado em baixa temperatura (3 a 12 ºC) e sob pressão para assegurar uma elevada concentração de CO2 no produto (Palha, 2005). As linhas de CO2 têm um filtro microbiológico e são esterilizadas a vapor. Após o enchimento, a garrafa é imediatamente arrolhada e codificada com data de validade, hora e linha de envasamento. O lacre e o nível de enchimento das garrafas são inspecionados. O ar é uma contaminação nas bebidas carbonatadas. Ele deve ser eliminado ou mantido ao mínimo. Isso se consegue trabalhando com água desaerada e desclorada e mantendo o nível do líquido em níveis corretos na embalagem. Piso, paredes, superfícies externas dos equipamentos e esteiras devem ser periodicamente tratados com desinfetante ou água quente (Palha, 2005).

A Tabela 4 mostra as embalagens usadas para refrigerantes. No passado, a embalagem universal para bebidas, de um modo geral, era o vidro. Basta recordar o conceito da embalagem (casco) retornável, que era devolvida na aquisição de um novo refrigerante. Hoje predomina a embalagem plástica descartável, pois o plástico passou a ter competitividade frente ao vidro em termos de custo, além de ser mais leve, reduzindo o risco de acidentes em caso de queda.

Prazos de validade: Eles se diferenciam entre produtos e entre embalagens do mesmo produto (Tabela 5). Estes são determinados por meio de teste de estabilidade do produto quanto às análises físicoquímicas, microbiológicas e sensoriais (Puglia, 2005). As embalagens PET tendem a ter menor validade devido à sua maior porosidade frente ao vidro e ao alumínio, levando à perda de CO2 em menos tempo (a propriedade de os gases escaparem por pequenos orifícios se chama efusão).
O refrigerante é uma ferramenta versátil e de baixo custo para aulas práticas ou demonstrativas, facilitando o aprendizado de diversos conceitos, tais como solubilidade dos gases em água, interações químicas (dipolo permanente – dipolo induzido), pKa, pH e efeito da pressão e da temperatura no comportamento dos gases.

Referência:
1. ABIR - Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas. Histórico do setor.
2. CANTO, E.L. e PERUZZO, T.M. Química na abordagem do cotidiano, vol. 2 – Físico- Química. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
3. GORETTI, M. Manual de treinamento – análise sensorial. São Paulo: AmBev, 2005.
4. MACEDO, H. Físico-Química I. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.
5. PALHA, P.G. Tecnologia de refrigerantes. Rio de Janeiro: AmBev, 2005.
6. PUGLIA, J.E. Padrão de codificação da data de validade. São Paulo: AmBev, 2005.
7. ROSA, S.E.S.; COSENZA, J.P. e LEÃO, L.T.S. Panorama do setor de bebidas no Brasil.BNDES Setorial, v. 23, p. 101-149, 2006.
8. RODRIGUES, M.V.N.; RODRIGUES, R.A.F. e SERRA, G.E. Produção de xarope de açúcar invertido obtido por hidrólise heterogênea, através de planejamento experimental.Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 20, p. 103-109, 2000.
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Verniz interno de latas feito com bisfenol A reage com alimentos e cerveja



Estudo revela como substância usada no revestimento interno de enlatados aumenta a exposição de humanos a interferentes endócrinos
Pesquisadores da Holanda e Grã Bretanha descobriram que resíduos de bisfenol reagem com açúcares, proteínas e outras pequenas moléculas como, por exemplo, o etanol da cerveja. A pesquisa publicada no
Journal of Agricultural and Food Chemistry, de março de 2010, explica que essa reação do bisfenol dá origem à formação de novas moléculas que podem ser absorvidas pelo corpo e prejudicar o sistema endócrino.
O bisfenol encontrado nas latas é do tipo badge (abreviação para bisfenol A diglicidil éter). Assim como o bisfenol A, o badge também interfere no bom funcionamento do organismo. Estudos científicos já associaram o bisfenol A à doenças como o câncer de mama e de próstata, distúrbios no coração, obesidade e hiperatividade. Além disso, os pesquisadores também apontaram problemas para os fetos, afetados durante a gestação, e para crianças pequenas que podem ter suas funções endócrinas prejudicadas.
O novo estudo avaliou a reação do badge em dois tipos de alimentos enlatados, atum em óleo de girassol e purê de maçã, e em três tipos de cervejas. A descoberta revela como é crítico entender a extensão da migração de químicos de revestimento de embalagens alimentares para o conteúdo interno da lata e para compreender o que acontece com esses compostos ao interagirem com alimentos e bebidas.
“Este estudo é importante por causa das implicações para a segurança alimentar”, diz Evan Beach, cientista químico da Universidade de Yale. De acordo com Beach, a União Europeia baseia sua regulamentação no quanto o badge pode migrar para alimentos a partir de sua reação com a água. Mas só 26% das moléculas de badge que desapareceram da lata foram encontradas na água. “O que significa que o restante continuava nos alimentos e na cerveja, contaminando-os.”
Há dez anos a indústria japonesa retirou voluntariamente o BPA do revestimento interno de latas e com isso conseguiu reduzir em 50% a exposição dos consumidores ao bisfenol A. Canadá, Dinamarca, França e Costa Rica, além de cinco estados americanos, três cidades do estado de Nova York e a cidade de Chicago restringiram o uso de BPA em certos produtos infantis como mamadeiras e no revestimento interno de latas de leite infantil.
No Brasil, a Anvisa afirma que recentemente discutiu com os países membros do Mercosul o uso de aditivos em embalagens e equipamentos plásticos. “O limite estabelecido foi o de 0,6 miligramas do produto para cada quilo da embalagem. Dentro desse parâmetro, a substância não oferece risco para a saúde da população”, disse, em nota.
A utilização do bisfenol A para a fabricação de recipientes de plástico, como mamadeiras e copos para bebês, está sendo questionada pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com informações da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, divulgadas nesta segunda-feira, foi instaurado um Inquérito Civil Público para investigar os efeitos nocivos à saúde das pessoas expostas à substância. Segundo o MPF, o objetivo do inquérito é solicitar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informações sobre a regulamentação da utilização do bisfenol A, além de um levantamento de estudos sobre os aspectos que podem trazer danos à população.
Alternativas – Pesquisadores já identificaram vários substitutos para o BPA no revestimento interno de latas. Algumas empresas como Eden Foods, fabricante de produtos naturais e orgânicos já oferecem enlatados BPA-free. A General Mills, outra grande empresa americana do ramo de alimentos, começou a vender tomates em latas sem bisfenol. Também existem outras embalagens livres de BPA, como o vidro e alguns plásticos não tóxicos. Essas substituições mais seguras ajudariam a quebrar o ciclo de contaminação química e a enorme quantidade de problemas de saúde associadas à exposição crônica e diária ao BPA.
Textos originalmente publicados no Environmental Health News, Greenbiz.com e Sience Daily
Environmentalhealthnews.org
Sciencedaily.com
Greenbiz.com
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PROTESTE pediu fim de corante da Coca

27 junho 2012 


A Coca Cola do Brasil tem maior concentração de corante potencialmente cancerígeno. Há refrigerantes que já usam o Caramelo natural, mais seguro.


A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração do 4-metil-imidazol (4-MI), subproduto presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. A análise do Centro de Pesquisa CSPI (Center for Science in the Public Interest), de Washington, nos Estados Unidos incluiu também os refrigerantes vendidos no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.
Em março último a PROTESTE Associação de Consumidores havia solicitado aos fabricantes e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a substituição do “Caramelo IV” por corantes mais seguros na formulação de refrigerantes, energéticos, sucos, cereais matinais e outros produtos alimentícios.
Usado para dar cor aos produtos, esse aditivo será retirado da fórmula da Coca-Cola e da Pepsi nos Estados Unidos após o estado da Califórnia por na lista de substâncias cancerígenas, componentes químicos presentes no corante caramelo. A alteração será feita para que os fabricantes não tenham de colocar um alerta de risco de câncer em suas embalagens.
De acordo com o Centro de Pesquisa CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) do corante cancerígeno em 350 ml. Essa concentração é muito maior em comparação com a Coca-Cola vendida no Quênia. A Coca-Cola do Brasil fornece nove vezes mais o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia que estipulou a quantidade máxima de 39 ml do refrigerante por dia.
O estudo que apontou os riscos do Caramelo IV à saúde das pessoas foi feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos e fez com que a IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer) da OMS (Organização Mundial da Saúde) incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.
De acordo com o Centro de Pesquisa CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) do corante cancerígeno em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa concentração é muito maior em comparação com a Coca-Cola vendida no Quênia, que ficou na segunda posição, com 170 cmg/355ml.
A PROTESTE também pediu a atuação do Ministério Público Federal de Minas Gerais que já conseguiu anteriormente fechar um termo de ajustamento de conduta com os fabricantes de refrigerantes para tirar da fórmula o benzeno, outra substância potencialmente cancerígena.
No Brasil alguns produtos da Pepsi como a Pepsi tradicional e a Light utilizam o corante INS 150a, que é o caramelo natural, mais seguro. Isso demonstra que a troca na formulação para garantir a saúde do consumidor é possível. Mas a Pepsi Twist e a Pepsi Twist Light ainda têm o corante INS 150d.
Ao analisar a lista de ingredientes da rotulagem de alguns refrigerantes do mercado brasileiro a PROTESTE havia constatado que produtos da Coca-Cola e alguns da Pepsi apresentam o corante Caramelo IV na composição. Também encontrou no Guaraná das marcas Antártica, Kuat e Schin.
Veja o teor do subproduto do corante na Coca-Cola em nove países 

País4-MI em microgramas (mcg) em cada 355 ml
Brasil267
Canadá160
China56
Japão72
Quênia177
México147
Emirados Árabes Unidos155
Reino Unido145
Estados Unidos (Washington DC)144
Estados Unidos (Califórnia)4
Quanto a presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela PROTESTE ao realizar exames em 24 amostras de diferentes marcas. O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado em 2011, dois após o MPF instaurar inquérito civil público para apurar o caso. Para a Associação esta é uma vitória e garantia para a saúde da população brasileira. Só é uma pena o prazo de até cinco anos dado para a mudança.
A legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a fornecer as informações necessárias e adequadas a respeito.
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O Barato Alimentício

O caro leitor, após ter lido os artigos acima, deve estar se sentindo assustado e também se perguntando como essas informações não são divulgadas pela grande imprensa, já que dizem respeito a saúde de todos nós e, mais ainda, falam daquilo que a maioria das pessoas consome diariamente como "alimentos".

Em todos os textos acima, fica claro que as substâncias utilizadas nos alimentos e também nas embalagens dos mesmos, leva as pessoas a estados de hiperatividade, dentre outras alterações não menos nocivas no organismo humano.

Sabe-se atualmente que por conta das tecnologias disponíveis nos equipamentos, as crianças, principalmente, vem apresentando estados de hiperatividade intercalados por outros estados de indolência.

O diagnóstico médico, em nenhum momento leva em consideração os novos hábitos que vem sendo adquiridos pelas pessoas assim como os "alimentos e bebidas" ingeridos diariamente, preferindo rotular novas doenças como a hiperatividade e uma espécie de desatenção, chegando, inclusive, a falar em autismo hiperativo. 

Claro que novos medicamentos e terapias são amplamente divulgadas  pela grande imprensa, sempre com a presença de "especialstas" e médicos midiáticos de grande desenvoltura diante das câmeras de tv, que alí se aprsentam para "orientar" as pessoas em como  tratar as novas "doenças".

Nada, ou muito pouco se fala sobre os venenos contidos nos alimentos e embalagens.

O texto que trata das alterações que acontecem no organismo humano após a ingestão de refrigerantes, mais precisamente a coca-cola, é assustador e criminoso. 

Estamos falando de produtos "alimentícios" vendidos livremente nos supermercados, de grande consumo e propaganda voltados  principalmente para crianças que produzem no organismo humano as mesmas reações de drogas ilícitas como heroína, cocaína e maconha.

Esses refrigerantes fazem o organismo aumentar a produção da substância dopamina, substância que produz a sensação de prazer, fazendo com que a pessoa deseje mais e mais o refrigerante. 

Não por acaso uma propaganda da coca-cola, existente em supermercados, bares e restaurantes diz o seguinte:
" beba sem parar".

A questão principal é que a dopamina é liberada no organismo humano de pessoas usuárias de drogas, como a heroína e a cocaína, principalmente, o que leva o usuário a querer mais e mais a droga.

A maioria dos usuários de drogas ilícitas, quando consultados sobre o que motiva a utilização das drogas, refere-se a sensação de prazer proporcionada pelas drogas. 

A coca-cola e outros refrigerantes não são drogas ilícitas e nem mesmo são considerados  como drogas, aliás , são considerados como  alimentos e bebidas.

A crueldade toda reside no fato de o refrigerante produzir no organismo os mesmos efeitos fisiológicos de drogas ilícitas inclusive variando, em pouco tempo, o estado de ânimo das pessoas , passando por uma hiperatividade inicialmente, uma depressão e por fim uma irritação que se caracteriza pela vontade de consumir mais que, nos usuários de droga é similar a uma crise  de abstinência.

Se não bastasse este lado monstruoso de alimentos e bebidas que são produzidos para viciar as pessoas, já sua ingestão altera o meio químico do cerébro devido a existência de substâncias químicas legais, mas que quando combinadas com outras substâncias da formulação e do organismo humano produzem o mesmo efeito de drogas , como a heroína , por exemplo, tem-se , ainda, o problema das embalagens que liberam substâncias que , dentre outras coisas, também contribuem para um estado de hiperatividade nas pessoas.

Cada vez mais fica claro que as principais doenças das pessoas  neste "mac mundo feliz" são proporcionadas por hábitos de consumo de alimentos e bebidas, sendo o mais grave nisto tudo, o silêncio de governos e da imprensa sobre os assuntos.


Há poucos dias, na edição do Fórum Social Mundial que aconteceu em Túnis , na Túnisia, foi apresentada uma proposta para criação de um Tribunal Internacional Penal para avaliar e julgar as Corporações em todo o mundo.


Se a proposta vingar, o que considero difícil, essas corporações que fabricam venenos travestidos de alimentos e matam milhares de pessoas anulamente , certamente seriam condenadas com o mesmo status dos monstros nazistas da segunda guerra mundial.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Cro Maat

Novela "Os Dez Mandamentos" bate recorde de audiência.

Por iG Gente |  
 
Novela bíblica da Record, "Os Dez Mandamentos" tem batido recordes de audiência e os atores agradecem.
 

A primeira novela bíblica brasileira, "Os Dez Mandamentos", tem batido recordes de audincia pela Record. O sucesso é tanto que a novela já foi vendida para a Angola, de acordo com a emissora.
A novela, que é transmitida no mesmo horário do "Jornal Nacional", da Globo, tem marcado entre 16 e 17 pontos de média na audiência, com picos de 18 pontos, assustando a concorrente. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.
Em Recife, na capital de Pernambuco, a novela conquistou o primeiro lugar isolado e os atores agradeceram aos telespectadores.
 
Fonte: IG
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A Paraisópolis que nem todos amam

17 junho, 2015 - 11:10 — Simone


 
  
 
Moradores contam suas histórias, denunciam problemas e criticam novela que, para eles, não retrata uma das maiores favelas de São Paulo
17/06/2015
Por José Coutinho Júnior,
De Paraisópolis (SP)Branca de Neve passeava calmamente pela rua da Jangada. Seguia de mãos dadas com sua mãe, que guiava um cachorro, deixando para trás os barracos – assim são chamadas as casa pelos próprios moradores –, bares, pessoas e o córrego entupido da parte baixa da favela de Paraisópolis, na capital paulista.
Assim como a garotinha fantasiada como princesa numa tarde de quarta-feira, a segunda maior favela de São Paulo, com quase 43 mil habitantes segundo o IBGE ou 100 mil, de acordo com a União em Defesa da Moradia (UDMC), parece, aos olhos da sociedade, um conto de fadas graças à novela I Love Paraisópolis (Eu amo Paraisópolis, tradução livre), da Rede Globo.
A realidade da favela, no entanto, não poderia ser mais distante do que a telinha mostra diariamente. A começar por um elenco que, em sua maioria, tem atores paulistanos e cariocas. O que se contrapõe a uma comunidade com raízes nordestinas, que vieram para São Paulo na esperança de melhorar de vida.
Outra representação externa à realidade são os problemas criados pelos vilões cartunescos, que desejam acabar com a comunidade por serem simplesmente “do mal”. Porém, o que de fato se passa é um histórico de negligência por parte do poder público e de atuação dos interesses do capital privado. O que resulta na não realização de projetos de urbanização efetivos, além da remoção de pessoas de suas moradias, sem dar-lhes um novo lar efetivamente.
“Se 100 pessoas aqui gostarem da novela, é muito”, afirma Zé Maria, líder comunitário e um dos membros UDMC. A frase, que parecia exagerada inicialmente, foi se confirmando ao conversar com os moradores.
Sobre a novela, Teomila, uma moradora e vendedora de comida baiana em Paraisópolis, é curta e grossa. “A novela não fala a verdade. Não tenho muito tempo de assistir, mas todo mundo que chega aqui fala isso”.
Zé Maria, indignado, diz o que pensa sobre o folhetim. “A gente trabalhou duro pra mostrar para as pessoas que a favela não é um lugar violento, que pode entrar quem quiser. E no primeiro capítulo, tem uma cena em que um taxista tem que pagar pedágio pra traficante pra entrar aqui dentro. Isso não é verdade, mas um monte de taxista ficou com medo de entrar aqui depois disso”.
O motoqueiro Luiz Cézar, que estava parado na barraca de Teomila pedindo um acarajé, ao ouvir a conversa, completou. “Teve outro capítulo também que deixou muita gente brava. Eles foram falar de briga de galo, e do jeito que mostraram, parece que todo mundo que cria galo na favela é para brigar e é bandido. Muita gente cria galo na favela para preservar a raça. Eu sou nordestino, crio galo e nunca botei nem vou botar nenhum deles pra brigar”.
  
  
   
Moradias e despejos
 
A avenida Hebe Carmago, construída em 2012, foi responsável por remover uma parte da comunidade de Paraisópolis. “Aqui onde passa a avenida costumava ser uma área fechada, cheia de gente morando”, diz Zé Maria.
É no meio da avenida, na passagem para pedestres, que Teomila, mais conhecida como Baiana, abriu sua barraca para vender acarajé. Ela está em São Paulo há mais de 13 anos. Mora na favela da Nova Esperança, formada por moradores que foram expulsos de Paraisópolis.
No seu caso, ela foi removida da área do Grotão, junto com mais 600 famílias, para a construção de uma escola de música na área que, segundo os moradores, tem um investimento privado de R$ 11 milhões. “Por que não investir esse dinheiro em moradias pra população?”, indaga Zé Maria.
Baiana já trabalhou em padarias e lanchonetes; ano passado resolveu abrir a barraca de acarajé. Tem dois filhos, que leva de manhã para a creche, depois prepara as comidas que vende e, às 15 horas, abre a venda, voltando para sua casa apenas às 21h.
Sobre a situação de vida dos moradores da Nova Esperança, Baiana diz que está longe de ser coisa de novela. “O esgoto está a céu aberto. Quando chove, a água sobe e vem pra dentro do barraco. Tem muitos casos de dengue, leptospirose, ratos por todos os lados e gatos com infecções. Um dia desses, um garoto foi arranhado por um gato e apareceu um caroço no pescoço dele. Ele teve que ir pro hospital”, conta.
Baiana gasta pelo menos R$ 90 por mês só com veneno para ratos. Seu barraco é no andar de cima de um outro barraco, conectado a um terceiro por meio de uma cozinha e banheiro comunitários. “Mas não tem problema ser comunitário, todo mundo trabalha e volta pra casa só à noite”.
Os moradores da Nova Esperança perdem tudo quando chove e seus barracos alagam. “Tem um vizinho meu que está com um colchão fedido, que molhou na última enchente. Não tem como colocar do lado de fora porque os cachorros, gatos e ratos iam acabar com ele. E do lado de dentro da casa não seca. Quando você entra, o cheiro é insuportável”, relata.
 
  
  
 
 
Coração de Paraisópolis
 
A UDMC e os moradores de Paraisópolis acreditam que é preciso urbanizar a área para garantir melhores condições de vida à comunidade. Por isso, questionam o tipo de urbanização feita até hoje. “Precisamos de projetos de urbanização que melhorem a vida das pessoas. O que acontece é a remoção de moradores, que passam a viver com o auxílio aluguel (cerca de R$ 400,00 por mês) e não se criam habitações dignas”, afirma Zé Maria, líder comunitário.
Basta olhar para cima para entender o porquê de não se construir moradias populares em Paraisópolis. Vizinha do Morumbi, a favela está cercada pela especulação imobiliária. Os moradores denunciam que muitas áreas que seriam destinadas para moradias populares acabaram se tornando prédios e condomínios de luxo.
 
 Zé Maria olha o Antonico, na área da Caixa Baixa
As áreas de Paraisópolis que foram urbanizadas, segundo Zé Maria, sempre tiveram um interesse econômico por trás. “Depois que urbanizaram algumas áreas, entraram lojas da Casas Bahia e alguns supermercados, o que acabou com muitos comerciantes locais”.
Para o professor de caratê Francisco de Assis Diniz, “a urbanização seria boa se fosse feita no total e pensando na comunidade. Tinham que pegar prioridades e resolver o problema. Urbanizar não é só moradia: é saúde, educação e cultura também”.
Uma destas prioridades é o córrego do Antonico. Ele passa pelo menos por metade da favela, e, há anos, é uma fonte recorrente de problemas. É no Antonico que o esgoto da Sabesp (empresa de tratamento e distribuição de água de São Paulo) de toda a comunidade é despejado ali, além de entulhos fruto de despejos. Ainda há barracos construídos em áreas de risco, em cima do córrego.
Tudo isso entupiu o Antonico e, por causa disso, alagamentos são constantes. “A última chuva que teve, no começo do mês, durou 15 minutos, mas alagou um monte de barraco, e a água chegou ao nível do peito”, diz Zé Maria.
Muitos moradores criaram muros ou escadas, elevando o nível das portas dos barracos, para tentar evitar os alagamentos. Mas nem isso é o suficiente. “Nesse dia da enchente, a minha mãe tinha acabado de fazer as compras do mês. Perdemos tudo. A água também entra no barraco pela privada e encanamentos, não tem o que fazer”, lamenta a moradora Elcilene.
Para Francisco, outro morador, não é de interesse do poder público resolver a situação do córrego. “Falta boa vontade. Os engenheiros já vieram aqui e sabem dos problemas, mas nada nunca foi feito”. O professor pernambucano, que dá aulas gratuitas para 50 crianças e se orgulha de ter formado 15 faixas pretas ao longo dos anos, conta que canalizou e asfaltou a rua em que vive por conta própria.
“Nessa rua corria esgoto 24 horas por dia, só lama. Os meus alunos chegavam nas aulas com os quimonos sujos. Como a prefeitura nunca fez nada, comprei canos e asfaltei a rua com o tempo. O Antonico é o coração de Paraisópolis, e ele está morrendo”.
Uma das áreas de risco do córrego Antonico é chamada de Caixa Baixa. Para chegar nela, é preciso passar por diversas vielas e pontes improvisadas com tábuas de madeira. A viela Mário Covas é “pavimentada” com entulhos de móveis e barracos já destruídos por alagamentos na chuva.
A água corre ao lado dos entulhos, e o cheiro do esgoto contamina a viela. É difícil andar pelos corredores estreitos sem enroscar a roupa em algum prego. Na Caixa Baixa, os barracos são do tamanho de um quarto, cerca de 2x3 metros cada.
 
  
  
   
Cotidiano
 
Flávia Félix da Silva é pernambucana e veio para São Paulo ainda criança. “Se amigou” com um homem da comunidade, e hoje mora em um barraco dele na viela Mário Covas, com sua filha de um ano. Está grávida de outra filha.
Flávia trabalha como faxineira e recebe o Bolsa Família para complementar sua renda. O barraco é do marido. O pequeno quarto é lugar para uma cama de casal, uma estante onde fica um microondas e uma TV, um armário com roupas empilhadas, fogão e banheiro, com chuveiro e privada. Uma pequena banheira verde, para dar banho no bebê, está ao lado do fogão.
Todos os dias Flávia cuida da filha pela manhã, às vezes deixa ela com o marido, limpa seu barraco e vai trabalhar.
“É horrível morar aqui. Quando chove alaga tudo. Perdi minha geladeira na última chuva. Levo as minhas roupas para a minha sogra lavar. A prefeitura nunca tomou nenhuma atitude, vieram aqui, fizeram um cadastro e até agora 'névis'”.
A paulistana Soraia, de 33 anos, é moradora da Caixa Baixa há dois anos. Mudou-se para Paraisópolis depois de se divorciar do seu marido. Para chegar no seu barraco é preciso subir uma escada íngreme de madeira. “Cuidado com essa escada, ela já derrubou muita gente!”
O barraco onde Soraia mora tem praticamente o mesmo tamanho do de Flávia. Ele pertencia a uma amiga. Soraia morava logo abaixo, mas a sua casa foi atacado por ratos, que comeram seus móveis. Hoje, ela não tem geladeira ou fogão, e procura alguém que possa doar os eletrodomésticos para ela. “Desculpem a bagunça, não tive tempo de arrumar nada ainda. Querem um suco?”, oferece.
 
 Soraia, moradora da região da Caixa Baixa | Fotos: José Coutinho Jr. 
Ao lado da porta há o banheiro, que não tem água. “Não tem encanamento aqui, então preciso pegar água lá embaixo e trazer pra cá”. No canto esquerdo há um tanque de lavar e uma TV antiga, que não funciona direito.
Em frente à janela, pela qual entra um sol forte e esquenta o barraco todo, há uma máquina de lavar, algumas tábuas de madeira e nove garrafas de refrigerante com água potável.
No fundo, fica a cama onde Soraia e os filhos, um menino e uma menina, dormem, e um armário com roupas. Ela cuida sozinha das crianças. Penduradas na parede, algumas toalhas e cobertas, e um cabide com a mochila de uma das crianças. “Viver aqui só por Jesus mesmo”.
Ela faz bicos, como trabalhar de faxineira ou lavar roupas, quando surge a oportunidade. Nem sempre o dinheiro é suficiente para passar o mês, “mas a gente faz o possível, né”. As crianças vão sozinhas para a escola, porque a mãe não tem tempo para levá-las.
O maior medo de Soraia é se o barraco pegar fogo. “Não tem como sair daqui. Já deixo a chave na porta, porque se começar um incêndio, tenho que sair correndo”.
E a novela, Soraia? “Tá tendo muita mentira com essa novela, Paraisópolis não é assim. Devia passar a realidade, o dia a dia. Tá difícil pobre viver, imagina ainda mais achar alguém rico pra viver um romance”.
 
Fonte: BRASIL DE FATO
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Globo, quem diria, agoniza no deserto de ideias em que se tornou a emissora.

Com a  favelização de sua grade de programação, o rebanho diminui em meio a pastores atônitos.

O império que durante décadas escravizou a  população brasileira, hoje sente medo com as pragas do mundo digital e da concorrência.

O êxodo  de telespectadores  cresce a cada segundo.

A novela da TV Record ainda tem potencial para crescer ainda mais na  preferência do público, deixando a TV Globo preocupada com a possibilidade de não entrar no mundo dos mortos.

Rá brilha  na novela bíblica, enquanto Maat faz justiça mostrando as mentiras de Globo sobre a realidade da vida da favela paulistana.
 

Cada dia mais patético

vetoven

Mentira da Globo sobre Venezuela é desmascarada


Para variar, era mentira da Globo.
A Venezuela nunca pensou em proibir a entrada dos senadores brasileiros de oposição no país.
Que ditadura fulera essa, hein!
Permite que senadores da oposição ao governo do Brasil entrem em seu país para visitar “presos políticos” da oposição ao governo venezuelano.
Quando os EUA vão autorizar que aviões com parlamentares do PSOL pousem em Guantanamo para visitar os “presos políticos” de lá?
Leia a matéria do Opera Mundi, confirmando o que o Cafezinho já tinha publicado aqui ontem: era mentira e factoide da Globo e do PSDB, um jogo sujo armado para descrever a Venezuela como “ditadura” e promover midiaticamente Aécio Neves como o novo “libertador” das Américas.
Só que não: Aécio não é Simón Bolívar.

Fonte: O CAFEZINHO
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Vai pra Guantánamo, Aécio Neves

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves embriagou-se de vez. Derrotado nas eleições presidenciais no Brasil e escorraçado de Minas Gerais, ele agora tenta interferir no processo político da Venezuela. Já que as marchas golpistas pelo impeachment de Dilma deram xabu, o senador mineiro-carioca parece que decidiu infernizar o presidente Nicolás Maduro. Junto com uma comitiva de demotucanos velhacos e hidrófobos e aproveitando-se do show pirotécnico da mídia colonizada, o presidente do PSDB chega a Caracas com a missão de "denunciar as prisões políticas e promover os direitos humanos no país vizinho". Haja hipocrisia do novo candidato a líder do grupo direitista Tea Party dos EUA.
Quando do golpe militar em Honduras, em 28 de junho de 2009, Aécio Neves não prestou qualquer solidariedade às vítimas da orquestração tramada pela oligarquia local, com o apoio da mídia venal, do corrompido Poder Judiciário e dos EUA. Até a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução condenando a derrubada do presidente Manuel Zelaya, que foi retirado a força de sua residência em Tegucigalpa, ainda de pijama, e levado a uma base aérea nas imediações da capital do país. Já alguns tucanos, que até parecem agentes de quinta categoria da CIA, festejaram o golpe militar e criticaram o governo Lula por conceder asilo político ao presidente deposto na embaixada de Honduras.

Já quando do golpe judicial-midiático no Paraguai, em 22 de junho de 2012, Aécio Neves também não viajou às pressas ao país vizinho para prestar solidariedade ao presidente deposto Fernando Lugo e aos presos políticos. O patético Alvaro Dias, então líder do PSDB no Senado, inclusive foi à capital do país para legitimar a posse do vice-presidente golpista, Federico Franco. Logo na sequência, Aécio Neves criticou a exclusão do Paraguai do Mercosul, aprovada por todos os países membros, e ainda fez escândalo contra o ingresso da Venezuela no organismo de integração regional. Deve ter recebido inúmeros elogios dos falcões imperialistas do Departamento de Estado dos EUA.

Já que o cambaleante tucano está tão preocupado com os "presos políticos e os direitos humanos", ele podia aproveitar a viagem a Caracas e dar uma esticadinha até Guantánamo, a base militar dos EUA que fica bem próxima da Venezuela. Lá ele encontrará várias pessoas que foram presas sem qualquer julgamento e que sofreram bárbaras torturas. Nos últimos anos já passaram pelo local 775 prisioneiros sem acusação formal. Definidos como terroristas pelo terrorista George Bush, ex-presidente ianque, estes presos não são protegidos nem pela Convenção de Genebra.

Vários deles já morreram nestas masmorras dos EUA. Em 2009, a National Geographic Channel divulgou um documentário, intitulado "Inside Guantanamo", sobre as atrocidades praticadas no local, como o transporte dos detentos em jaulas, abusos sexuais, desrespeito às práticas religiosas e outros cruéis tipos de tortura.  Vai pra Guantánamo, senador Aécio Neves! Mas cuidado para não ficar por lá. Os ianques, que você tanta admira e venera, são barra pesada e mestres na violação dos direitos humanos. Na viagem à base militar, aproveite e leia o excelente artigo do Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo, sobre o seu papel ridículo na Venezuela.

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Que deu na cabeça de Aécio para se meter na vida dos venezuelanos?

Que deu na cabeça de Aécio para ir se meter nos negócios alheios na Venezuela?

É uma das ideias mais imbecis dos últimos anos na cena política. Tem a mesma quantidade de tolice da viagem que Kim Kataguiri empreendeu a Brasília para derrubar Dilma.

A diferença é que Kim é mirim, e Aécio já ultrapassou os 50, embora faça força para parecer um garotão.

Cada país que cuide de seus problemas.

A direita brasileira é a segunda pior do mundo, no quesito apego a mamatas e privilégios estatais. Só é batida pela direita venezuelana.

Desde que Chávez chegou ao poder – pelos votos – a direita tenta derrubar a nova ordem que nada mais fez que incluir uma vasta porção de venezuelanos relegados à miséria ao longo dos séculos.

Até um golpe foi dado. Durou pouco, e Chávez acabou reconduzido pela reação do povo e de seus antigos companheiros militares.

Neste trabalho de sabotagem contra a inclusão social e contra a democracia, a elite venezuelana tem o amparo permanente dos Estados Unidos.

Era assim com Bush e continuou assim com Obama, de quem se esperavam, em vão, mudanças.

Numa de suas grandes frases, Chávez disse que a diferença entre Bush e Obama era a mesma que existe entre seis e meia dúzia.

Chávez governou para os pobres, e recebeu deles o reconhecimento na forma de um amor irrestrito.

Ele cansou de ganhar eleições, pelo apoio popular. Mesmo quando a oposição, tradicionalmente fragmentada, se uniu com Capriles Chávez, sozinho, bateu os que queriam o retorno da velha ordem.

Doente, ele pediu que os venezuelanos votassem em Maduro caso morresse. Já não era Chávez que enfrentaria a oposição reunida, mas um semidesconhecido indicado por ele, Maduro.

E Maduro venceu, em eleições cuja lisura foi atestada por Jimmy Carter e diversos outros insuspeitos observadores internacionais.

A oposição começou a tramar contra Maduro imediatamente. O primeiro passo foi a acusação, disparatada e cínica, de fraude eleitoral.

E a sabotagem não parou mais.

Querem tirar Maduro? Que vençam nas urnas.

Mas não. A direita venezuelana, como a brasileira, quer atalhos que prescindam de uma coisa chamada voto.

O 1% venezuelano não tem nada a mostrar. Governou por séculos a Venezuela e construiu uma das sociedades mais iníquas do mundo.

Se você acha que a mídia brasileira é canalha, é porque não viu a venezuelana. Até a mãe de Chávez era constantemente xingada nas redes de tevê da Venezuela.

E é dentro desse quadro tão complicado, de boicote sistemático da plutocracia contra a democracia, que Aécio acha que tem alguma contribuição a dar aos venezuelanos.

É cômico e é trágico ao mesmo tempo.

Aécio, definitivamente, não se enxerga.

Vi, nas redes sociais, reações que contam muito sobre o caso. Várias pessoas perguntaram quanto custaria a viagem aos cofres públicos.

Até o avião da FAB seria utilizado. Pagar passagens com o próprio bolso não faz parte dos hábitos de Aécio.

Terminou em piada, claro.

O jornalista Pedro Alexandre Sanches, no Twitter, pediu a Maduro que aceitasse Aécio na Venezuela.

Para sempre.

 
Fonte: Blog do Miro
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Como já se tornou  rotina, Globo mentiu e foi desmascarada.

A mentira foi para inflar mais uma travessura do cambaleante Aécio, pois, ao que parece, o aviador de Cláudio deseja conquistar  a América do Sul , talvez atordoado ainda com os resultados das eleições de outubro último, ou, quem sabe, querendo competir com o estratosférico prestígio que Lula desfruta na região e em todo o mundo.

Seja o que que for em mais um surto megalomaníaco do cambaleante e intrépido político das Minas Gerais, o fato é que estamos diante de mais um factóide montado pelas oposições e a velha mídia, já que o suposto impulso humanitário e de defesa dos direitos humanos  do tucano, revela-se incorreto e , mesmo se fosse verdadeiro seria seletivo e oportunista, uma vez que questões gravíssimas de violação das liberdades civis e dos direitos humanos proliferam pelo mundo, sem que esse tema , em algum momento, estivesse presente no discurso político das oposições.

Por que Aécio não faz coro com o  bispo Nobel da Paz, Desmond Tutu, para que Caetano Veloso e Gilberto Gil não compareçam em evento artístico em Israel, como represália ao posicionamento de Israel contra o Estado Palestino ?

De minha parte, já que Gil e Caetano desejam participar do evento em Israel, que usem o evento para criticar em alto e bom som para todo o mundo a postura do estado de Israel.

Quanto a Aécio, seu comportamento  e suas escolhas fazem do político cambaleante uma figura cada dia mais patética.

Até o diabo está assustado

Mão que apedreja crianças só tem fé na maldade

16 de junho de 2015 | 17:33 Autor: Fernando Brito
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Do jornal O Dia:

“Com apenas 11 anos de idade, K. conheceu a intolerância religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina, iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha, quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião de matriz africana.
“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’. Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi”.

Está na hora de as igrejas protestantes de gente de bem – e não de picaretas fanatizadores – lembrarem o que fez a intolerância religiosa contra eles próprios. A Noite de São Bartolomeu, na França, a Grande Expulsão, na Inglaterra, os conflitos armados na Alemanha e as que envergonham – como envergonha a Católica a barbárie da Inquisição – a própria história do protestantismo, como o massacre de Salem, no século 18, no EUA.
Porque, seja qual for a religião ou a não-religião, quem apedreja uma criança não o faz em nome da fé.
E que, se disser que tem alguma, certamente não é em algum deus que deva ser cultuado.

Fonte: TIJOLAÇO
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A mão dos malafaias e felicianos na agressão da menina que saía de uma festa do candomblé

A menina Kailane
A menina Kailane

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Os homens que apedrejaram a menina carioca Kailane Campos, de 11 anos, que saía de uma festa do candomblé têm um segredo. Se não um segredo, algo que preferem fazer longe de olhos curiosos.

Trancados em uma sala, enchem-se de coragem e se entregam a um ritual bem ensaiado.
Sob a liderança de um homem de temperamento febril, exaltam histórias envolvendo crimes violentos, tortura, morte de crianças, escravidão, incesto e banhos de sangue.
As histórias são saudadas com urros desumanos. Uma das mais populares é sobre um alguém espancado que sangrou até a morte atado a pedaços de pau.
Olhado assim, um culto baseado na história de Jesus Cristo – seja ele católico, ou protestante, ou de qualquer outra denominação cristã –, não parece ele alguma coisa torpe e repulsiva?
Senão, vejamos. Qual é, então, a diferença entre o que foi dito acima e acompanhar o que prega uma mulher vestida de branco que dança rodando e fumando um charuto e fala com a voz grossa? O charuto que ela fuma durante o culto, talvez.
O que dá o direito a este grupo de pessoas, então, de jogar uma pedra na cabeça de uma criança de 11 anos? A Lei, certamente, não é. Em vigor desde 5 de janeiro de 1989, a lei nº 7.716 considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões no país.
“O que chamou a atenção foi que eles começaram a levantar a bíblia e chamar todo mundo de ‘diabo’, ‘vai para o inferno’, ‘Jesus está voltando’”, disse a avó de Kaliane, a mãe de santo Kátia Marinho, de 53 anos.
Kaliane, segundo a avó, foi criada nesta religião e até já frequentou a escola pública com a indumentária típica do candomblé, que usava naquele dia: um pano de cabeça e a saia de ração branca.”Continuo na religião, nunca vou deixá-la. É a minha fé. Mas não saio de mais de branco. Nem no portão eu vou. Estou muito, muito assustada. Tenho medo de morrer. Muito, muito medo”, disse Kaliane.
Como dormir em paz sabendo-se que somos uma sociedade em que um bando de adultos pusilânimes é capaz de atirar pedras na cabeça de uma criança por causa de sua religião?
Que sejam encontrados e punidos. Mas fico pensando: a razão não lhes falta à toa. Ela foi tirada, a golpes de falácia fundamentalista, por pastores que não fazem senão incitar o ódio.
Vou soltar uma frase dita em um culto evangélico e que acabou vazando para a imprensa. Tentem adivinhar o autor.
“Eu profetizo a falência do reino das trevas. Profetizo o sepultamento dos pais de santo. Profetizo o fechamento dos terreiros de macumba. Profetizo a glória do Senhor na Terra.”
Nosso deputado federal Marco Feliciano.
O notório pastor Silas Malafaia já ordenou a seus fiéis que boicotassem a novela “Salve Jorge”, de 2012, porque esta seria uma expressão usada para invocar a entidade Ogum, presente em religiões de matriz africana. Disse, na TV, que se um pastor invadisse um centro da macumba, deveria ser metido na cadeia.
No discurso ladino dos pastores milionários, as religiões trazidas pelos escravos são a representação do inimigo, e seus seguidores, perigosos enviados do demônio.
Tal é a situação que quando Malafaia quer bater em Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e da Rede Record, diz que não há diferença entre um templo da IURD e um terreiro de macumba. “Como exemplos, podemos citar a sessão dos descarrego, o culto da rosa branca, os banhos de arruda, a sexta-feira forte, o culto dos empresários, sem contar a utilização do sal grosso”, escreveu Malafaia.
A questão que nos está posta, como sociedade, é uma de responsabilidade. Somos chamados a agir mais.
A mensagem de tolerância, de aceitação do diferente, que está chegando a lugares em que nunca chegou, não pode vir desacompanhada de ação.
Quem é diferente está colocando a cara no sol. A menina Kailane se sentiu segura a ponto de desfilar suas roupas do candomblé na rua. Levou pedradas.
O menino Rafael Barbosa de Melo, de 14 anos, foi espancado até a morte no fim de semana no Espírito Santo porque se vestia com roupas chamativas e tinha trejeitos “diferentes”.
Na medida em que a discussão avança e mais gente aceita a diversidade do mundo, quem toma coragem para se assumir como o que é corre mais perigo na mão de monstros estimulados pela pregação psicopata de malafaias e felicianos.
Enquanto tudo isso acontece, os homens que fazem leis com bíblias debaixo do braço rezam um Pai Nosso contra a parada gay na Câmara de Deputados, uma das mais nobres casas de nosso Estado laico.
E o sangue das crianças escorrendo.


Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Desde que existe religião, a intolerância religiosa está presente.

Atos de intolerância religiosa acontecem com frequência, sendo que em determinados períodos com mais ou menos intensidade.

O momento atual do mundo favorece atos de intolerância religiosa.

A decadência civilizacional  em curso ainda irá produzir muitos outros atos de barbárie, seja por religião ou por outros motivos, até mesmo fúteis.

A negação do diferente parece que se consolida como um valor universal, fazendo com que negros, pobres, indígenas, comunidade LGBT, mulheres, idosos, defensores dos direitos humanos, socialistas,   religiões e imigrantes, sejam vistos pela sociedade como diferentes e, assim percebidos, devem ser atacados e rejeitados de todas as formas, tal qual ocorreu com os judeus durante a segunda grande guerra.

O pensamento único decorrente da vitória do capitalismo no início da década de 1990, certamente é o maior responsável por esse estado da arte.

Por outro lado, esse retrocesso civilizacional pode ser entendido como a agonia de algo que se aproxima de seu fim.

Seja lá o que for e independente do que se pense sobre o assunto, agredir com uma pedrada uma menina de apenas 11 anos  pelo fato de pertencer a uma outra religião diferente da religião  do agressor, revela o estado de insanidade coletiva que vem tomando conta do mundo.

Evangélicos teriam sido os responsáveis pela barbárie contra a menina candomblecista, no entanto poderiam ter sido  católicos e outros.

O certo é que no Brasil, as religiões de matriz afrodescendente são sempre as vítimas das agressões.

Essas agressões ganham mais destaque a partir do momento em que correntes religiosas passaram a ocupar de forma ostensiva os meios de comunicação de massa.

É uma indecência, ou melhor, um pecado, o grande número de emissoras de rádios e de TV's  que operam exclusivamente em prol de determinadas correntes religiosas, fazendo do proselitismo religioso o fio condutor de toda a programação dessas emissoras.

Agressões explícitas contra outras correntes religiosas, principalmente contra a umbanda e o candomblé, são vistas e ouvidas diariamente em emissoras de TV e de rádio, onde supostos religiosos descarregam ensandecidos sermões contra tudo que for diferente de seus pensamentos.

E tudo isso acontece, a qualquer hora do dia, em concessões públicas que tem por objetivo zelar pelo interesse público.

O governo federal se omite e a barbárie caminha a passos largos, em meio a cenas de exorcismo, diabos ameaçadores e até mesmo distúrbios neurovegetativos de fiéis em transe.

Um horror que deve deixar assustado até mesmo o capeta.

Por outro lado, não se pode afirmar que a orgia de proselitismos religiosos em veículos de comunicação de massa seja a principal causa da barbárie civilizacional, mas que ajuda a consolidar a violência, isso ajuda e muito.

Se a liberdade para tais sermões em emissoras de rádio e TV são permitidas, pode-se imaginar o tipo de sermão preconceituoso e violento proferido em templos, igrejas e similares.

Algumas correntes religiosas, diante dessa realidade, já possuem em seus rebanhos grupos de fiéis treinados que se manifestam como guerreiros ou exércitos, tudo, claro, em nome de Jesus e do Senhor, para combater o Diabo no inferno da vida diária da sociedade decadente e agonizante, justamente por conta desses valores.

Atos como a agressão a uma menina deveriam ter uma resposta imediata de todas as correntes religiosas e mesmo de toda a sociedade, porém, nada disso acontece já que para a maioria das pessoas isso não é um problema delas, uma vez que  que o individualismo é também  mais um valor universal do mudo atual.

Assim sendo, e em nome do Senhor ou de Jesus, se joga pedra contra quem bate tambores, em total ignorância quando a presença da música, do som, do canto, dos mantras, em todas as expressões religiosas.

Não se pode acusar todas as correntes evangélicas  de ignorância profunda, ao contrário, a maioria do evangélicos não aprova tais atos.

No entanto, o proselitismo evangélico nas mídias é diabólico e contribui de forma significativa para a violência na sociedade brasileira.

O governo federal deve agir , imediatamente, para criar regras claras para as concessões de rádio  e de TV .

Quanto a sociedade, espera-se que acorde e se mobilize para protestar , mesmo com frequência, contra o estado de barbárie que ameaça se solidificar no país, onde até o diabo está assustado.

Crise civilizacional

Em meio à crise migratória, Papa faz apelo a países

Francisco pediu perdão "aos que fecham a porta" aos imigrantes


Agência ANSA
 
 O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (17) que a comunidade internacional atue de maneira eficaz para prevenir as causas da imigração forçada.
O apelo do líder da Igreja Católica, feito na tradicional audiência geral no Vaticano, vem em um momento em que a Itália enfrenta uma crise imigratória que tem provocado debates na Europa.
De acordo com Francisco, é preciso "sempre respeitar a dignidade" dos que "buscam um refúgio em uma casa longe da terra natal". Relembrando o Dia Mundial do Refugiado, celebrado todo 20 de junho, o Papa pediu perdão a Deus para "as pessoas e instituições que fecham a porta aos imigrantes". Pelo quinto dia consecutivo, centenas de imigrantes estão na cidade de Ventimiglia, na fronteira entre a Itália e a França, país que tem barrado a entrada de estrangeiros ilegais. Ontem, a polícia italiana precisou organizar uma operação para desalojar os imigrantes e levá-los a centros da Cruz Vermelha.
A Itália serve como uma das principais portas de entrada para imigrantes na Europa, mas sofre diariamente com crises humanitárias e naufrágios no Mar Mediterrâneo.
Há meses, o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi tenta fazer a União Europeia adotar medidas de responsabilidade compartilhada e ajudar o país. Uma das propostas é a redistribuição de imigrantes pelo continente, mas tem gerado críticas da França e da Alemanha.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A crise migratória talvez esteja apenas começando, com potencial para se agravar em muito nos próximos meses e anos.

Fome, miséria, falta de trabalho e guerras formam as condições para que  uma legião de pessoas fujam de seus países em busca de vida em outro lugar.

Adicione-se a tudo isso as questões climáticas , que também contribuem para o caos humanitário.

Na Europa, principal destino dos refugiados do mundo globalizado, próspero, pós moderno e civilizado, as portas sempre se fecham, tal qual um grupo de pessoas, em um barco salva vidas após um naufrágio, que se recusa a aproximar o barco de náufragos  no mar com medo de  superlotação e consequentemente morte de todos.

No mundo globalizado, livre e democrático, prevalece a cultura  de cada um por si, tal qual a vida na selva.
Estando todos na selva, europeus e africanos se defrontam com um grupo de leões famintos. Juntos poderiam derrotar os leões, no entanto, os europeus calçam calçados especiais que permitem  que corram mais e fujam das feras, deixando os africanos a mercê dos felinos.

Enquanto a Europa cria dificuldades para a entrada de refugiados, países do continente europeu e de todo o mundo continuam explorando as riquezas da África.

E a versão do capitalismo atual, do mundo globalizado e civilizado.

 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Maraca 6.5

Palco de inúmeras glórias, Maracanã completa 65 anos nesta terça-feira, 16


Capitão tricolor, atacante Fred é o maior artilheiro do Novo Maracanã
Estádio mais famoso do mundo, sonho de dez entre dez jogadores, palco de duas finais de Copa do Mundo. Nenhuma descrição é mais perfeita para falar sobre o Maracanã do que a mais simples, porém mais significativa para toda a torcida tricolor: nossa casa. Nesta terça-feira, 16, o Maior do Mundo completa 65 anos desde a inauguração. O Fluminense Football Club não só parabeniza, como também agradece. Afinal de contas, quantas conquistas lá foram eternizadas em três cores que traduzem tradição?
Quis o destino que o Fluminense marcasse o primeiro gol da história do Maracanã mesmo sem estar em campo. O eterno Didi, defendendo a Seleção do Rio de Janeiro na derrota por 3 a 1 para a Seleção de São Paulo, em 16 de junho de 1950, marcou o gol que inaugurou as redes do Maior do Mundo. Na época, o Maestro era jogador do Tricolor, pelo qual brilhou intensamente e deu o pontapé inicial da história retumbante de glórias no estádio.

Primeiro título do Fluminense no Maracanã foi o Carioca de 1951
Já na década de 1950, a história do Fluminense no Maracanã começaria a ser escrita também com títulos. Em 1951, o primeiro título, o Carioca conquistado sobre o Bangu, com dois gols de Telê Santana, na final. Aquele time, comandado por Zezé Moreira, e que contava também com outros craques como o excepcional goleiro Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Carlyle, Orlando Pingo de Ouro, além de Didi, foi campeão Mundial em 1952, na final disputada contra o Corinthians, em dois jogos. Vitória por 2 a 0 na primeira partida e empate em 2 a 2 na decisão. Uma conquista histórica e inesquecível.
Palco de inúmeros clássicos, um deles marca o recorde de presença. Como diria o profeta tricolor Nelson Rodrigues, Fla-Flu é Fla-Flu e basta. Na final do Carioca de 1963, no jogo que terminaria 0 a 0, 194.603 pessoas estiveram no Maracanã para acompanhar a partida, naquele que é o maior público em jogos entre dois clubes no mundo. Com o time que era treinado por Fleitas Solich e liderado por Castilho, Carlos Alberto Torres e Escurinho, a torcida tinha motivos de sobra para lotar a nossa casa.

Tricolor conquistou o Mundial de 1952, no Maracanã, na final contra o Corinthians
A década de 1970 não poderia ter começado melhor para o Fluminense. Foi no Maracanã, na disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que o Tricolor conquistou seu primeiro título nacional. No jogo que decretou o título, diante de 112.403 pagantes, o atacante Mickey foi o responsável por, de cabeça, fazer o Maior do Mundo explodir em três cores no gol que abriu o placar, contra o Atlético-MG. O empate por 1 a 1 foi suficiente para o título e iniciou a montagem do time que posteriormente ficaria conhecido como a “Máquina Tricolor”. “Pra frente, Máquina”, dizia uma faixa na arquibancada do estádio naquele dia. Premonição?
Grande símbolo daquele timaço na década de 1970, Rivellino não poderia ter estreado em outro estádio. Foi no Maracanã que o craque encantou a torcida tricolor logo na estreia, ao marcar três gols sobre o Corinthians, sua ex-equipe, em pleno sábado de Carnaval. “Vencer ou vencer” era o lema, e o Maior do Mundo foi palco de inúmeras comemorações dos tricolores, encantados com um dos maiores times da história do futebol mundial. Sem esquecer, é claro, no fantástico drible elástico sobre o volante Alcir, do Vasco, que terminou com a bola no fundo da rede. Nessa o Maracanã é quem agradece ao clube das Laranjeiras em uma merecida placa pelo lance.

Mickey fez o Maracanã explodir em três cores ao marcar, de cabeça, o gol do título brasileiro de 1970
A Máquina Tricolor acabou e veio a década de 1980. Para quem pensou que o Fluminense estava por baixo, mais uma vez o clube deu provas de sua capacidade de contrariar os fatos. Paulo Victor, Aldo, Ricardo Gomes, Branco, Romerito, Assis e Washington. A base da escalação que faz parte do imaginário de todos os tricolores comandada por Carbone e Carlos Alberto Parreira fez do Maracanã ainda mais a nossa casa. Campeonato Brasileiro de 1984, tricampeonato carioca em 1983, 1984 e 1985, clássicos inesquecíveis, inúmeras vitórias e glórias mil. Vence o Fluminense!
Na década seguinte, um ano que valeu por dez, diria a torcida tricolor. Um gol. Um título. Renato Gaúcho. De barriga. Contra o Flamengo. No Maracanã. O Carioca de 1995 é uma conquista que entrou não só para a história do Fluminense, como também do Maior do Mundo. A jogada executada com maestria por Ailton não poderia ter outro destino se não o fundo da rede da meta que fica do lado esquerdo das cabines de imprensa.

Rivellino iniciou a jogada com um elástico e marcou um dos gols mais bonitos da história do Maracanã
Dez anos depois, em 2005, o Maracanã presenciou um feito e tanto do Fluminense. Dessa vez o zagueiro Antônio Carlos, um herói para lá de improvável, foi quem, de nuca, desviou a bola para o gol e deu ao 30º título estadual da história tricolor. Uma virada que muitos duvidaram. Mas o Tricolor se acostumou a negar o impossível. E o Maior do Mundo sempre ajudou nesse sentido. Nos anos seguintes, finais inesquecíveis como a Copa do Brasil de 2007 – vencida, porém, fora de casa -, decisão da Libertadores de 2008 e um dos gols mais bonitos do estádio, como o marcado por Dodô na goleada por 6 a 0 sobre o Arsenal-ARG.
Veio a reforma visando à Copa do Mundo e o Maracanã ficou fechado. O Fluminense foi obrigado a mandar partidas no Engenhão, onde conquistou dois Campeonatos Brasileiros, em 2010 e 2012, além do Carioca de 2012. Na reabertura do Maior do Mundo, mais uma vez o Tricolor presente. Foi de Fred o tento que reinaugurou as redes mais famosas do mundo. Ele vestia a camisa da Seleção Brasileira, no amistoso contra a Inglaterra, em 2013, mas o capitão do Flu é hoje o maior goleador do Novo Maracanã.

A década de 1980 foi eternizada no Maracanã graças aos feitos do Carrasco Assis
Maior artilheiro da história do Fluminense, com 319 gols, Waldo comemorou 94 deles no Maracanã. Histórias envolvendo o Tricolor e o Maior do Mundo não faltam. Neste dia 16 de junho, é motivo também para comemorarmos.
Muitas dessas conquistas serão lembradas na Flu Fest, um evento feito para a torcida tricolor, dia 18 de julho, nas Laranjeiras. Confira a programação aqui.
Texto: Vitor Pimenta – Comunicação Institucional FFC
Fonte: FLUMINENSE FC
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