sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Dodeskadem

Milani: Trens zerados de Nova York custaram menos que os reformados de São Paulo

publicado em 6 de dezembro de 2013 às 7:34

Suspeitas

Investigação aponta superfaturamento de R$ 1 bi em reforma do Metrô
Há indícios de ilegalidade, segundo o Ministério Público, em contratos para a reforma de trens assinados duranta a gestão de José Serra no governo de São Paulo
por Redação — publicado 03/12/2013 19:20, última modificação 03/12/2013 19:26 da Carta Capital
Após um ano e meio de investigações, o Ministério Público de São Paulo divulgou nesta terça-feira 3 o relatório sobre o superfaturamento de quase 1 bilhão de reais em contratos para reforma de trens do Metrô da capital.
De acordo com o promotor de Defesa do Patrimônio Público Marcelo Milani, foram constatadas ilegalidades em quatro contratos iniciais firmados entre 2008 e 2010, durante a gestão do tucano José Serra para a reforma de 98 trens das linhas 1-azul e 3-vermelha do metrô paulistano.
Milani afirmou que 1,622 bilhão de reais do valor inicial dos quatro contratos saltaram para cerca de 2,5 bilhões de reais graças ao acréscimo de 875 milhões gerados com o fracionamento em dez contratos. O fracionamento, de acordo com Milani, era ilegal.
“Isso é um escândalo total, um prejuízo total aos cofres públicos. Não existe fora de São Paulo outra cidade em que esses trens sejam reformados.”
Segundo o promotor, dos 98 trens a serem reformados, 36 estarão parados até o ano que vem.
O promotor afirmou ainda que, durante as investigações, foi comprovada a participação das empresas Alstom e Siemens, investigadas por suposta prática de cartel em outras investigações relacionadas a contrato de reforma de trens. Sempre de acordo com Milani, um ex-diretor da Siemens forneceu à Promotoria a cópia de um e-mail enviado por um funcionário do Metrô convocando representantes das duas empresas a uma reunião na qual teriam sido convidadas a fazer um consórcio. Para o encontro, foram chamados os diretores de transporte das duas empresas.
“Ao menos nesse contrato, orçado em 708 milhões de reais, o cartel operou. Porque não houve competitividade”, disse. “Uma das empresas envolvidas na licitação, e que também trabalha na reforma dos trens, recentemente fechou um contrato com o metrô de Nova York. E os trens novos lá de Nova York vão ter um preço menor do que os trens reformados aqui.”
De acordo com o MP, três trens reformados já entregues ao Metrô, e já em funcionamento, foram pivôs em acidentes nos últimos anos: em 1º de dezembro de 2012 (quando um trem andou sozinho na Estação do Jabaquara e colidiu com outro); em 5 de agosto de 2013 (uma composição descarrilou na linha vermelha devido a um problema em uma peça); e em 16 de maio de 2013, (quando ocorreu, na linha vermelha, a colisão entre dois trens).
O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, foi convocado para responder, em um prazo de 30 dias, uma recomendação administrativa com a solicitação para que os contratos sejam suspensos. A Promotoria estuda ajuizar na Justiça uma ação de improbidade administrativa contra os suspeitos.
 *Com informações do portal Terra e da Agência Brasil
FONTE:  VI O MUNDO
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IstoÉ: Máfia dos trens superfaturou contratos em quase R$ 1 bi durante gestão Serra

publicado em 7 de dezembro de 2013 às 0:53
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O trem da corrupção. E agora, Serra?
Pedro Marcondes de Moura, Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues, em ISTOÉ
A primeira reação da maioria dos políticos que se tornam alvo de denúncias de corrupção é negar enfaticamente sua ligação com os malfeitos. A partir do surgimento de novas evidências, em geral as justificativas vão sendo readaptadas. Quase todos agem assim. O ex-governador de São Paulo, José Serra, cumpriu o primeiro passo da má liturgia política, mas não o segundo.
Mesmo com o escândalo do Metrô de São Paulo chegando cada vez mais próximo dele, Serra mantém as alegações iniciais. O ex-governador tucano diz que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço.
Mas Serra não poderá mais entoar por muito tempo esse discurso, sob o risco de ser desmoralizado pelas investigações do Ministério Público. Novos documentos obtidos por ISTOÉ mostram que a máfia que superfaturou contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não só agiu durante o governo Serra como foi incentivada por agentes públicos a montar um cartel.

Conforme a documentação em poder do MP, as irregularidades ocorreram entre 2008 e 2011. No período em que a maior parte dos contratos irregulares foi assinada, Serra era governador (entre 2007 e 2010).
Os superfaturamentos estão relacionados a um controverso projeto de modernização de 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. A reforma dos veículos, com cerca de quatro décadas de operação e considerados “sucata” pelas autoridades que investigam o caso, custam ao erário paulista R$ 2,87 bilhões em valores não corrigidos, um prejuízo de quase R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia, os valores se assemelham aos desembolsados pelo Metrô de Nova York na aquisição de trens novos. E quem vendeu os trens ao Metrô nova-iorquino foi justamente uma das companhias responsáveis pela modernização em São Paulo.
Além do flagrante superfaturamento, o promotor Marcelo Milani, do Patrimônio Público, já confirma a prática de cartel. O conluio, segundo ele, foi incentivado por agentes públicos em pelo menos um dos dez contratos relacionados à modernização. Trata-se do contrato do sistema de sinalização, o CBTC. Em depoimento ao MP, o engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da divisão de transportes da Siemens, relatou que representantes da multinacional alemã e da concorrente Alstom foram chamados para uma reunião por dirigentes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos.
Na época, o órgão era comandado por José Luiz Portella, conhecido como Portelinha, braço direito de Serra. Durante o encontro, as companhias foram incentivadas a montar cartel para vencer a disputa pelo contrato do sistema de sinalização dos trens das linhas 1, 2 e 3 do Metrô. Os executivos das empresas ainda sugeriram que o governo licitasse a sinalização linha por linha, o que triplicaria a concorrência. Mas o governo foi enfático ao dizer que gostaria que um consórcio formado por duas empresas vencesse os três certames. A Alstom acabou vencendo sozinha o contrato para o fornecimento do CBTC para as três linhas do Metrô.
Em outro depoimento prestado à Polícia Federal, Marchetti já havia relatado que as pressões do governo paulista eram constantes. “No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF (empresa espanhola) não possuía. Mesmo assim, o então governador do Estado (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, declarou ele sobre o contrato para fornecimento de vagões pela CPTM em que o ex-governador e Portella teriam sugerido que Siemens e CAF se aliassem para vencer a licitação. A prática narrada acima acrescenta novos elementos ao escândalo na área de transporte, que Serra, apesar das constantes negativas, não tem mais como refutar.
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Novos documentos e depoimentos em poder do Ministério Público também reforçam que o esquema criminoso teria o apoio de políticos e funcionários públicos beneficiados pelo recebimento de propina.
Na última semana, outro executivo da Siemens, além de Everton Rheinheinmer, confirmou a existência de pagamento da comissão para agentes públicos de São Paulo. Em depoimento à Polícia Federal, o vice-chefe do setor de compliance da multinacional alemã, Mark Willian Gough, relacionou uma conta em Luxemburgo de Adilson Primo, ex-presidente da companhia no Brasil, no valor de US$ 7 milhões, aos subornos.
À ISTOÉ, um ex-dirigente da MGE, outra empresa envolvida no cartel, também confirmou que representantes da Siemens cobraram de sua companhia o pagamento de propina a autoridades, em troca da obtenção de contratos com o governo paulista. A cobrança teria partido do próprio Rheinheinmer. O dinheiro, segundo o ex-executivo da Siemens, teria como destinatários parlamentares da base aliada ao governo tucano na Assembleia Legislativa.
Ainda de acordo com o ex-dirigente da MGE, Rheinheinmer também teria o procurado para abrir uma conta no banco suiço Credit Suisse, em Zurique. O ex-dirigente da MGE afirma que era para lá que a Siemens mandaria parte do dinheiro desviado. “Fui procurado por Everton da Siemens tanto para pagar propina para a base aliada quanto para abrir a conta na Suíça”, confirmou à ISTOÉ o executivo da MGE.
O Ministério Público paulista investiga o superfaturamento na modernização dos 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô paulista há pelo menos um ano e meio. Um dos fatos que chamaram a atenção do promotor Milani foi a falta de competitividade na licitação dos quatro lotes de veículos reformados. Cada um deles foi disputado por um único consórcio, que reunia uma ou mais empresas. Ao final, sagravam-se vencedores com propostas acima dos valores estabelecidos pelo Metrô em consulta de tomada de preço feita com as próprias empresas.
Tamanho disparate nos preços fez com que até dirigentes das companhias oferecessem descontos para a estatal. Um deles foi assinado pelo ex-presidente da Siemens Adilson Primo. As apurações, no entanto, esbarravam em um obstáculo. A iniciativa de reformar veículos com cerca de quatro décadas em operação só existe no Estado de São Paulo. Em outros lugares do mundo, esses veículos seriam aposentados e trocados por novos por questão de segurança dos usuários e desempenho do sistema. Sem parâmetro de comparação de preços, ficava inviável concluir se a decisão tomada pela gestão de José Serra lesava ou não os contribuintes paulistas.
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Após realizar 30 oitivas, porém, o promotor pôde confirmar as irregularidades.
Ao contrário do que se pensava inicialmente, quando o Metrô de São Paulo justificou que a opção pela reforma aconteceu porque ela sairia 60% mais barato do que o valor a ser desembolsado para compra de trens novos, os altos custos da modernização dos trens não apareciam apenas nos quatro contratos de reforma. Em um claro movimento de despiste, o governo paulista fracionou o serviço e acrescentou outros seis contratos à reforma. O serviço foi, oficialmente, orçado em R$ 1,6 bilhão. Só que, na verdade, a modernização dos 98 trens, com 588 vagões, teve um custo de R$ 2,87 bilhões. Sem contar as correções monetárias.
Segundo o Ministério Público, o Metrô de Nova York realizou a compra de 300 vagões, neste ano, por US$ 600 milhões, o equivalente a RS 1,4 bilhão. Pagou proporcionalmente menos pelos veículos novos do que São Paulo está desembolsando na revitalização daquilo que o MP classifica como sucata. Procurado, o Metrô nega problemas com os trens e irregularidades nos contratos.
Em depoimento ao MP em 9 de setembro ao qual ISTOÉ teve acesso, o ex-diretor do Metrô e signatário de contratos da reforma dos trens Sérgio Correa Brasil confirmou que a estatal não previa no orçamento “o chamado truque, bem como a caixa que importariam em 40% do custo final”. No entanto, esses e outros itens, de acordo com seis contratos extras analisados pelo MP, foram licitados e estão sendo trocados. Diante das irregularidades, o promotor Marcelo Milani deu, na terça-feira 3, um prazo de 30 dias para que o presidente do Metrô de São Paulo suspenda os dez contratos de modernização
Fonte: VI O MUNDO
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Dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem....piuííííííííííííííííí´Oi, olha o trem, vem chegando das nuvens, é o trem...
Da Bahia à Minas estrada natural, caminho de ferro mandaram arrancar.
Estava parado, pensando e fui preso. Metrô, linha 743.
Se eu perder esse trem, que sai agora às 11 horas...
Expresso do Oriente, trem da morte, etc...
Ou simplesmente, para os mineiros, trem, que significa qualquer coisa.
O caro e atento leitor já percebeu que esse trem não passa na velha mídia.
Filmes , canções, peças de teatro estão repletas de citações ao trem.
Já os trens de São Paulo são um mistério.
Não o mistério que assusta, infantil, do trem fantasma.
E sim o mistério impenetrável,  a margem dos trilhos sociais  e democráticos.
O trem é democrático, rápido, ecológico.
Atende, diariamente, as necessidades de milhares de pessoas nas grandes cidades brasileiras.
Em São Paulo, durante mais de uma década, nas plataformas de governos de aves coloridas, o trem não veio, não chegou, ou, quem sabe, passou por outros lugares  para outros interesses.
O som inconfundível de sua aproximação - dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem... - não é ouvido.
Em seu lugar, políticos e corporações enriqueceram, ainda mais, seus robustos e abarrotados cofres.
Na velha mídia, o trem é censurado, talvez pela indecência em que está envolto.
Talvez pelo fortísssimo lobiie das montadores de veículos automotivos, que chegou a mandar arrancar os trilhos.
No mundo atual do deus mercado, andar nos trilhos é um crime, e quem assim se atrever pode ser duramente punido, como foi o condutor do bondinho do bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, que descarrrilou matando várias pessoas.
Automóveis não descarrilam, gritam "racionalmente" os adoradores de fetiches .
Utilizam trens e transportes coletivos aquelas pessoas de baixo QI,  grita o prefeito de Londres em defesa do automóvel.
Já pessoas corretas, com um patrimônio compatível com as funções públicas que exerceram, estão encarceradas pela opção de luta por um trem nos trilhos.
No mundo desrregulado, anárquico e fundamentalista a justiça é seletiva, a democracia é uma arma quente, e o trem uma inesgotável fonte de renda.
Dodeskadem, dodeskadem, dodeskadem......
 

Panamá Lustrosão

Cafezinho e Tijolaço acham a Globo no Panamá

Dois filhos estão lá. O Velho sabia ? O outro irmão sabia 
O Conversa Afiada reproduz do Tijolaço trabalho impecável do Miguel do Rosário, no Cafezinho.

(Rosário, sozinho, vale mais do que todos os “investigativos” do jornal nacional – aquele que, na praça de São Paulo, dá mais dez do que vinte).

Dois filhos de Marinho e um do general no Panamá? E o outro irmão? O velho sabia?



O Miguel do Rosário, parceiro deste Tijolaço, não descansa.

Aceitou a provocação da polêmica sobre o emprego oferecido ao ex-ministro Jose Dirceu por um empresário com negócios no Panamá – um paraíso fiscal – e foi buscar os documentos que provam que também os irmãos Marinho também andaram fazendo seus negócios por lá – e na época em que o velho Roberto ainda estava vivo e mandando muito.

Você vai ler a história, mas, como sou mais velho e conheço esta turma, dou logo uma informação: neste ano da Graça de 1984 em que a empresa foi registrada no Panamá, o executivo de confiança de Marinho na área financeira – com poder até sobre o Boni – era Miguel Pires Gonçalves, cujo pai, Leônidas, era o poderoso Ministro do Exército do Governo Sarney.

Miguel era o homem que cuidava da grana e achei estranhíssimo que José Roberto – o mais low-profile dos três Marinhos – estar fora do negócio. O velho não era de fazer isso: o dinheiro era igual, embora o poder não fosse repartido por igual entre os três.

Leia a reportagem de Rosário.

A empresa da Globo no Panamá!



Já que a Globo, por causa do hotel onde Dirceu irá trabalhar, está tão interessada nas empresas do Panamá, seria bom aproveitar a viagem e explicar ao distinto público porque os irmãos Marinho figuraram como diretores de uma firma naquele país. Trata-se da Chibcha Investment Corporation, presidida por José Manuel Aleixo.



Os irmãos Marinho, todo mundo conhece. Vamos ver quem são os outros.

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Miguel Coelho Netto Pires Gonçalves é hoje diretor-executivo da Fides Ações. Iniciou sua carreira no mercado financeiro em 1979 como Diretor do Banco do Estado do Rio de Janeiro – Banerj. Possui vasta experiência na área de finanças corporativas, na qual atuou como Superintendente Executivo da área administrativo-financeira da TV Globo de 1980 a 1991, e, posteriormente, como Superintendente Executivo da Globopar, de 1991 a 1994. Foi sócio responsável pela idealização e criação do Banco ABC-Roma e participou do conselho de diversas empresas como: Editora Globo, NEC do Brasil, Seguradora Roma e Globo Agropecuária.

Esta parece ser a figura chave para se entender a razão de ser desta empresa panamanenha. Em julho deste ano, o blog do Mello, publicou um post no qual ele é citado.
Nenhuma outra quadrilha lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo’ – O Pasquim

A edição de 29 de setembro de 1983 do jornal carioca O Pasquim não fez por menos. Chamou o então presidente das Organizações Globo Roberto Marinho de “o maior assaltante de bancos do Brasil”.

“Nos dias 28 de fevereiro e 29 de maio de 1980, sem nenhum registro na crônica policial, foram praticados os dois maiores assaltos a banco da história do Brasil. Em duas operações distintas, o grupo do Sr. Roberto Marinho levantou no Banerj, a juros de dois por cento ao mês, a importância de 449 milhões e 500 mil cruzeiros [aproximadamente US$ 613 mil, BdoM]“.

Na reportagem, O Pasquim demonstrou que, caso Roberto Marinho sacasse o dinheiro na boca do caixa e fizesse uma aplicação financeira no próprio Banerj receberia US$ 3 milhões, em valores da época.

“Nenhuma outra quadrilha, inclusive movimentos terroristas, lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo. Só no Banerj expropriou um bilhão e oitocentos milhões de cruzeiros. Em retribuição, Roberto Marinho levou toda a diretoria do Banerj para trabalhar na Globo: Miguel Coelho Neto Pires Gonçalves, Diretor Superintendente do Banerj virou Superintendente da Rede Globo; Antônio Carlos Yazeji, Paulo Cesar da Silva Cechetti e Pedro Saiter (ex-vice-presidente, ex-diretor, ex-gerente geral, todos do Banerj) foram agraciados com pomposas diretorias na Rede Globo.”
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Harry Strunz, aparentemente, é o herdeiro de uma empresa importadora situada no Panamá, especializada em importar produtos norte-americanos.

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Quem é o presidente da firma, Jose Manuel Aleixo? Não descobri nada sobre ele? Será um laranja?

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A ICAZA, GONZALEZ-RUIZ & ALEMAN é uma firma de advocacia que prestou consultoria para a firma.

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Pelo que entendi dos documentos, a empresa foi criada em 1985, logo após o fim da ditadura e dissolvida em 1995, quando o governo FHC assume o poder.

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Domingo Diaz Arosemena é, certamente, o herdeiro de um famoso político panamenho, de mesmo nome, conhecido por ter assumido a presidência da república em 1948 após uma eleição notoriamente fraudada.

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Rodolfo Ramon Chiari Correa é/era presidente da Hercules Entreprise, Inc, empresa sediada no Panamá, aparentemente também já dissolvida.  Número da ficha da empresa no site de Registro Público do Panamá: 336763.

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Talvez não haja nada de ilegal na presença dos irmãos Marinho no quadro diretivo de uma empresa do Panamá. No entanto, como eles são proprietários da mais importante concessão pública de TV do país, creio que é de interesse jornalístico saber em que eles estão investindo no exterior. Ainda mais considerando que, alguns anos depois, os mesmos personagens protagonizaram uma tremenda fraude nas Ilhas Virges Britânicas, ao usarem um artifício ilegal para não pagar imposto de renda.

Além do mais, se a imprensa está tão interessada nos donos de um hotel desconhecido de Brasília, só porque Dirceu vai trabalhar lá, a ponto de viajar ao Panamá para descobrir quem é o presidente da empresa proprietária do hotel, bem poderia usar o mesmo esforço para levantar mais informações sobre os negócios no Panamá da família mais rica do país.

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Talvez o outro filho do velho estivesse resolvendo questões paralelas nos EUA, vestido, claro, com um bom terno panamá, conforme a foto abaixo:
Vamos combinar? Algo lustroso assim faz a cotação de qualquer terno cair, né não?
Lustrosão e marrom?
Esses caras de globo são, com certeza, a maior quadrilha do país.
Não se pode deixar de dizer que são competentes, pelo menos na área do banditismo, já que conseguem roubar por décadas e permacerem impunes.
Na apuração do CAFEZINHO, isso sim é jornalismo investigativo, aparece na sociedade dos marinhos o filho de um milico, que na época era nada menos que ministro do exército.
Na extensa folha de "assaltos"a bancos efetuadas por globo, ainda consta o BNDES.
Como de costume, o alvo dessa gente é o dinheiro público.
Aliás, por quantas anda a dívida biolionária de globo com o BNDES ?
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Demóstenes Torres, Marconi Perillo, Roberto Marinho. Deu zebra: Terno de grupo do grupo de terno

No jogo de bicho, terno de grupo é a modalidade em que você escolhe três animais e vence, caso eles sejam sorteados entre os cinco primeiros.

Demóstenes Torres, Marconi Perillo e Roberto Marinho não são animais, nem grupos de animais do jogo de bicho. Ao contrário, são seres éticos, têm em comum a defesa da moral e dos bons costumes. São contra a contravenção, a corrupção, verdadeiros vestais num mundo em degradação.

Mas não é que agora a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo e descobriu que Demóstenes Torres (senador do DEM) e Marconi Perillo (tucano governador de Goiás) têm ligações estreitas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira?

Demóstenes Torres (aquele do grampo sem áudio com Gilmar Mendes) ganhou de presente de casamento do bicheiro uma cozinha completa (segundo a investigação), ou apenas fogão e geladeira, segundo o senador. Curiosa é a explicação do senador para justificar por que aceitou os mimos:

“Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais” [Fonte].

A ingenuidade do senador nos espanta porque ele já foi Secretário de Segurança de Goiás. E diz que é amigo do bicheiro há anos. Desde a época da Secretaria? Como Procurador e Secretário, não poderia estar tão mal informado assim sobre as atuais atividades de Carlinhos Cachoeira.

Mas a operação da PF não flagrou apenas o senador. Descobriu também que o atual governador de Goías, o tucano Marconi Perillo, vendeu uma casa de sua propriedade para o mesmo bicheiro.

Aqui, fecha-se o terno de grupo com o falecido fundador da Rede Globo, que também vendeu sua cobertura na Av. Atlântica para um bicheiro.
Como separar o dinheiro sujo da contravenção e de sangue dos homicídios (geralmente envolvidos nesse tipo de negócio) do usado para comprar casa, cobertura e a cozinha completa (ou apenas o fogão e a geladeira) do senador?
Fonte: BLOGUE DO SARAIVA

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

E o Domínio do Fato ?

A conta da família de Eduardo Paes no Panamá

Empresas do pai e da irmã do prefeito tem lá fora R$ 20 milhões


Brasil 24/7  - Na noite de terça-feira, o Jornal Nacional, editado e apresentado pelo jornalista William Bonner, divulgou, em tom de escândalo, que o hotel brasiliense St. Peter, o mesmo que ofereceu um emprego ao ex-ministro José Dirceu, já foi controlado por uma empresa offshore no Panamá, cujo dono, Jose Eugenio Silva Ritter, seria um laranja. Embora não tenha conseguido estabelecer uma conexão direta entre Dirceu e a empresa no Panamá, uma vez que o contrato do St. Peter envolvia o empresário Paulo Abreu e o suposto laranja, o JN deixou no ar a insinuação de que o St. Peter talvez pertencesse ao próprio ex-ministro. Ou seja: Dirceu estaria sendo contratado por ele próprio, o que seria um argumento a mais para que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal negasse a ele o direito ao regime de prisão semiaberto - ao qual, diga-se de passagem, foi condenado.
Um dia depois, no entanto, o Brasil 247  revelou com exclusividade que Jose Eugenio Silva Ritter atuou em outras transações importantes no Brasil. Uma delas, a compra de três operações da TVA vendidas pelo grupo Abril, que edita a revista Veja - a mesma cujo colunista mais notório, Reinaldo Azevedo, vinha usando o caso panamenho para pressionar juízes a negar a oferta de emprego a Dirceu.


Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá
 Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá

Um caso muito mais explosivo, no entanto, acaba de chegar à redação do Brasil 247. O mesmo personagem, Jose Eugenio Silva Ritter, já foi dono de duas empresas offshore que hoje pertencem à família do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. As empresas se chamam Conval Corporation e Vittenau Corporation. A primeira foi constituída em 12 de junho de 2008 e a segunda uma semana depois, em 19 de junho daquele ano - o mesmo em que Eduardo Paes se elegeu pela primeira vez para governar a cidade. Hoje elas pertencem a Valmar Souza Paes, pai do prefeito, Consuelo da Costa Paes, a mãe, e Letícia da Costa Paes, a irmã caçula.
Cada uma delas tem um capital social de US$ 4 millhões, ou seja, US$ 8 milhões, que, hoje, equivaleriam a cerca de R$ 20 milhões. Ambas foram constituídas pelo escritório Morgan y Morgan, um dos mais atuantes no Panamá, que, ao que tudo indica, tem farta clientela no Brasil. Informações trazidas ao Brasil 247 revelam que Jose Eugenio Silva Ritter é ou foi "dono" de mais de 1,5 mil empresas - a maioria delas no País.
A dúvida que fica no ar é: será que a Globo, que mantém boas relações com o prefeito do Rio de Janeiro, irá se aprofundar na investigação dos negócios do Morgan y Morgan e do laranja panamenho? A resposta será dada na noite de hoje por William Bonner.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A lógica torta da Globo no caso de José Dirceu

publicado em 4 de dezembro de 2013 às 21:28

por Luiz Carlos Azenha
Dezenas de milhares de presos brasileiros, que cumprem pena em regime semiaberto, trabalham.
Não é nenhum privilégio: está previsto na legislação. Assim como está prevista a remissão de pena, ou seja, a redução da pena em função dos dias trabalhados.
Não há nada de excepcional nisso.
Pergunta básica sobre um preso hipotético: José da Silva é responsável pelas ações daquele que o emprega?
Se a empresa que acolheu José da Silva for condenada por tráfico de drogas, se sonegar Imposto de Renda ou se for de propriedade de um laranja, José da Silva deve pagar também por isso?
Resposta óbvia: não.
Qualquer tentativa em sentido contrário significa punir por associação.
Diz, com razão, o advogado de José Dirceu:
“A constituição societária do hotel St. Peter não diz respeito a meu cliente. Por que 400 pessoas podem trabalhar no hotel e o ex-ministro não? Esse hotel é antigo em Brasília, tradicional, mas para alguns parece que foi inaugurado ontem. Juntamos toda a documentação necessária para que meu cliente possa trabalhar e espero a decisão da Justiça”.
O que o Jornal Nacional está tentando fazer é “punir” um hotel que ofereceu um emprego a José Dirceu. É punir o preso por práticas supostamente ilícitas do hotel, o que é um absurdo jurídico.
Ou isso, ou a Globo está tentando lançar no ar uma ilação: José Dirceu seria o dono oculto do hotel que pretende empregá-lo, através de um laranja num refúgio fiscal, o Panamá.
Mas, aí, eu também posso fazer uma ilação: José Dirceu comprou parte da Abril, com o objetivo de calar Victor Civita.
Sim, porque como revelou um sítio, a mesma empresa do “laranja” envolvido com o hotel Saint Peter — que ofereceu emprego a José Dirceu — comprou parte da TVA, da Abril.
Já pensaram nisso? José Dirceu compra a Veja para torná-la uma publicação esquerdista!
Por falar em ironia, o blogueiro Mello desafiou a Globo  a ir fundo não apenas no Panamá, mas também nas ilhas Virgens Britânicas, onde uma certa Globo Overseas comprou os direitos de transmissão das copas de 2002 e 2006 usando uma empresa de fachada. A palavra não é minha, é da Receita Federal.

O que a Globo está tentando fazer no caso de Dirceu equivale ao Mello pedir que William Bonner seja punido por eventual sonegação fiscal dos empregadores dele, os irmãos Marinho!
Hoje, a Globo mobilizou três pessoas para fazer valer sua tese de que o escândalo diz respeito ao preso José Dirceu: Álvaro Dias e “ministros” do Supremo Tribunal Federal. Nem Gilmar Mendes, nem Marco Aurélio Mello, ouvidos, foram assim tão enfáticos. Mello, aliás, lembrou que não falava como juiz do caso. Por motivos óbvios: a decisão de permitir ou não que José Dirceu trabalhe não tem relação alguma com o fato de o hotel pertencer a um laranja ou a marcianos.
O que a Globo quer é vingança. É evitar que José Dirceu tenha os mesmos direitos de dezenas de milhares de outros presos que cumprem pena em regime semi aberto. Direito ao trabalho. À ressocialização.
A Globo não quer que a lei seja cumprida. Ou quer que ela seja cumprida seletivamente. É isso o que se esconde por trás do “jornalismo” do Ali Kamel.

Fonte: VI O MUNDO
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Ao que parece a globo deu mais um tiro no próprio pé.
Em sua perseguição alucinada aos políticos do PT foi procurar a origem do hotel onde José Dirceu irá trabalhar, legalmente, já que a lei assim permite.
Esqueceu-se, ou ainda não sabe, que aquilo que  "publica e informa"  imediatamente é checado por sites e portais, de jornalismo ou não, que existem já por mais de uma década na internete.
A propósito, seria interessante que se  criasse um movimento nas redes sociais com o objetivo de avisar às organizações globo  que  estamos no ano de 2013, mais precisamente no mês de dezembro.
O resultado da "reportagem" do jornal nacional de ontem, tendo em vista os conteúdos dos artigos acima, começa a emitir claros sinais de mais uma desastrada armação, dentre muitas outras de notório saber, onde toda a munição disparada se volta contra a própria globo e também contra seus aliados. 
No caso os atingidos foram a editora Abril, que edita a revista veja, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além de um laranja panamenho graúdo, que tem nome de geléia,  com mais de um mil e quinhentas empresas.
A globo, que pelas abundantes informações disponíveis em sites e portais da internete tem grande afinidade com empresas offshore, foi mexer onde se sente a vontade, porém não teve os devidos cuidados  para que a armação fosse bem sucedida.
As águas do canal do Panamá subiram, sujas, e podem transbordar a qualquer momento, justo sobre globo e seus aliados.
O que emerge de forma clara e transparente, além das sujas águas panamenhas, é uma campanha criminosa inquestionávelmente direcionada para atingir os condenados na ação penal 470.
Isso não é, nunca foi e jamais será considerado como jornalismo.
O que globo deseja é impedir que  José Dirceu possa trabalhar, como permite a lei, já que foi condenado em regime semi aberto. Para isso vale ameaçar e intimidar todos aqueles que, de alguma forma, auxiliam  Dirceu, como no caso o hotel St. Peter.
É perseguição explícita.
Já passou da hora da sociedade organizada  dar uma grande lição para globo, colocando-a no seu devido , insignificante e irrelevante lugar que  hoje ocupa no campo do jornalismo e da informação.
Enquanto isso, os escândalos de roubalheira nos transportes sobre trilhos no estado de São Paulo  ficam em stand by, nas plataformas das redações, descarrilados, a espera de ajustes para um take off tranquilo e sereno, onde as aves coloridas possam voar e passear impunes.
Nos higiênicos noticiários da velha e decadente mídia, seja em emissoras de rádio , jornalões, revistonas e em emissoras de  tv's , o "noticiário" sobre os trens paulistanos fora dos trilhos se utiliza de expressões suaves, ensaboadas, cuidadosas  para se referir  ao assalto aos cofres públicos.
Sempre que citado, o escândalo dos trens é apresentado como um "suposto cartel envolvendo a empresa Siemens" , sem nenhuma rcitação aos políticos envolvidos assim como seus respectivos  partidos.
É perfeitamente natural que uma empresa jornalística tenha uma orientação política. Também é natural que a alta direção de uma empresa jornalística não simapatize com determinados políticos. O que é inaceitável é uma , ou mais, empresas de jornalismo criarem fatos  e "notícias", que são ainda apresentadas de cunho investigativo, para apenas atacar obsessivamente seus adversários, de maneira que os asuntos relevantes para o conjunto da soiedade fiquem em segundo plano.
A propósito, já que a munição se voltou para globo e aliados cabe uma inocente e romântica pergunta:
Valeria a teoria de domínio do fato para o prefeito Eduardo Paes e para a Editora Abril ? 

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Manda-chuva da Siemens é o
homem-bomba do trensalão

Como se sabe, para a Justiça (?) brasileira, crime de tucano é “uma quimera”, não é, Bessinha ?
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
 


Figura marginal no noticiário sobre a investigação do pagamento de propinas a dirigentes dos governos tucanos nos negócios dos trens do Metrô, o ex-presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, acaba de aparecer onde de fato está: no centro desta teia de interesses e negócios obscuros.

Mark Gough, um australiano que é subchefe da auditoria interna da matriz alemã disse, há um mês, em depoimento à Polícia Federal brasileira que  a conta secreta mantida pelo ex-presidente da empresa no Brasil, Adílson Primo, indicava a possibilidade de “pagamento de propinas a funcionários públicos” aqui.

Primo, por sua vez, disse, numa ação trabalhista que moveu contra a empresa, que não tinha conhecimento da conta.

Como a gente previu no sábado, vem muita coisa aí.

Enquanto Aécio Neves grita dizendo que a investigação está acontecendo por razões políticas, o Banco Mundial  – será uma instituição “esquerdista”? – pediu oficialmente às autoridades brasileiras acesso à  ”cópias de depoimentos e outros documentos”  da investigação do cartel dos trens para abrir apuração  interna da instituição sobre financiamentos que concedeu a projetos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Será que o PSDB também vai dizer que o Banco Mundial é petista?

E, assim como critica a mídia quando encobre os fatos, também tem de elogiar o excelente trabalho dos repórteres do Estadão, que estão obtendo e divulgando os documentos deste escândalo.



Clique aqui para ler “Metrô de Cerra superfaturou R$ 1 bilhão”.

E aqui para ler “Ódio de FHC a Lula atinge o paroxismo”.
 
Fonte: CONVERSA AFIADA

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Eu já sabia

Depois de censores togados, jornais-censores

Por Alberto Dines em 03/12/2013 na edição 775
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) estuda a possibilidade de acionar o grupo espanhol Prisa, editor do diário El País – um dos melhores do mundo –, por infringir os preceitos constitucionais do artigo 222 da Carta Magna de 1988, que impõe um limite de 30% à participação estrangeira no capital das empresas de comunicação sediadas no país.
A notícia saiu praticamente igual – quase um release – na Folha de S. Paulo (27/11) e no Estadão (29/11), motivada pelo lançamento, no dia 26/11, do esplêndido e oportuno site do jornal em português.
Na pátria do corporativismo até mesmo a grande imprensa é contra a livre concorrência e a favor da reserva de mercado. A ANJ é uma intransigente defensora da liberdade de expressão – exceto quando esta liberdade confronta os interesses comerciais dos associados.
Manobra
O artigo 222 da Constituição foi alterado às pressas em 28/05/2002 porque o empresariado de comunicação temia que o assunto fosse decidido no eventual mandato de Lula da Silva, àquela altura cotado para sair vitorioso no pleito presidencial de outubro seguinte (ver "Reforma do Artigo 222 abriu setor ao capital estrangeiro").
O texto da emenda foi supervisionado pelas entidades corporativas (ANJ, ANER, ABERT) e, graças a esta vigilância, previa que os limites para a participação estrangeira estendiam-se aos veículos de comunicação social “independente da tecnologia utilizada”. Para contentar a FENAJ foi incluída uma cláusula oriunda do artigo 221 que exigia a presença de brasileiros natos no comando e nos quadros intermediários dos veículos com capital estrangeiro.
Àquela altura, grandes grupos jornalísticos brasileiros já haviam negociado com grupos internacionais a venda de seus ativos em áreas não-essenciais, especialmente gráficas. Capitalizaram-se confortavelmente sem ferir a lei que patrocinavam com tanto empenho.
Ao denunciar a manobra neste OI este observador foi acusado de “mentiroso” por um jornalão. Ganhou a questão na justiça, mas abriu mão de qualquer indenização por danos morais. Como castigo o OI foi obrigado a mudar de provedor.
Práticas inquisitoriais
É possível que a bela iniciativa do El País tenha amparo legal. À primeira vista não tem. O mais importante é que tem um poderoso amparo moral, social e político.
Além de xenófoba e mesquinha, a ameaça da ANJ fere os legítimos anseios da sociedade brasileira por uma imprensa pluralista e diversificada. Fere os princípios da solidariedade institucional que ao longo de quatro séculos garantiu a sobrevivência do chamado “Quarto Poder” nos quatro cantos do mundo. Fere, sobretudo, os jornalistas brasileiros contratados para produzir e adaptar o material em português, hoje na rua da amargura depois das demissões em massa ocorridas a partir de abril.
Neste país tão afeito às práticas inquisitoriais não será de estranhar que 
depois de juízes favoráveis a mordaças agora apareçam jornais-censores.
Fonte : OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Abaixo excerto de uma postagem do PAPIRO de 22.11.13:
 
...o estado democrático de direito está sofendo um ataque, com nuances bem parecidas com o que ocorreu há quase 50 anos.
Justo por setores que ainda não passaram pelo processo de democratização, como a mídia e o judiciário...

E quem está dizendo que a mídia e o judiciário não são democráticos não é nenhum radical de esquerda, e sim um jornalista  bem afinado com o próprio sistema.
A velha mída brasileira continua em sua queda lenta, gradual e irreversível.
Atingiu um estágio de irrelevância e insignificância comparável com o barulho inócuo que produz diariamente.
O barulho é tanto que essas empresas de mídia  deveriam ser multadas pelo IBAMA por crime ambiental.

sábado, 30 de novembro de 2013

Index Librorum Prohibitorum

“Minha vida se tornou um inferno”, reclama educadora, alvo de articulista do Millenium
“Não existe professor que não entre em sala de aula com a sua visão de mundo”, afirma Cléo Tibiriçá, acusada por Miguel Nagib de incutir nos alunos sua “visão esquerdista” 
Por Igor Carvalho

Artigo de Miguel Nagib (Imagem: Escola Sem Partido)

Alvo de perseguição ideológica, a educadora CléoTibiriçá passou a última semana se defendendo dos ataques incitados pelo advogado e articulista do Instituto Millenium Miguel Nagib, que coloca a professora da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) como alvo de um artigo, no qual é acusada de desenvolver uma “visão esquerdista” em seus alunos.
Para Nagib, em seu artigo publicado no site Escola Sem Partido, a educadora é uma “ameaça” pois incute nos alunos “a maior aversão possível a tudo o que não se identifique com uma visão esquerdista ou progressista da sociedade, da cultura, da economia e da história.”
Entre os autores recomendados pela docente a seus alunos estão o historiador Eric Hobsbawn, o linguista Marcos Bagno e o sociólogo Ruy Braga, além de uma canção de Chico Buarque e documentários sobre Milton Santos e a participação dos Estados Unidos no golpe militar.
O texto do advogado provocou discursos inflamados nas redes sociais. “Tenho verdadeiro nojo das pessoas que tem me procurado anonimamente na internet”, afirmou Tibiriçá.
Tudo começa quando a Cléo, em conversa privada com os alunos em um grupo de e-mails, discorre sobre a produção de uma atividade extra-sala, pedida por ela. “Não sei como, isso foi parar no artigo do Sr. Nagib, completamente deturpado e descontextualizado”, afirma a educadora, que não sabe dizer se há alunos seus fornecendo informações do curso ao membro do Millenium
A campanha contra a professora foi condenada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sintesp), que promete apoio jurídico à educadora caso ela deseje levar o caso aos tribunais. Confira entrevista na íntegra com Cléo Tibiriçá.
Fórum - Como a senhora tomou conhecimento de que estava sendo perseguida?
Cléo Tibiriçá - Recebi dois e-mails do coordenador do blogue [Escola Sem Partido]. No primeiro e-mail, ele me dizia que publicaria nas semanas seguintes alguns artigos denunciando uma suposta “prática doutrinária” da minha parte. Achei que fosse alguma brincadeira e nem respondi. Quatro dias depois, recebi um segundo e-mail dele dizendo que estava publicado o primeiro artigo e que eu tinha o direito de resposta.
Bom, aí percebi que era algo sério. Fui pesquisar quem era esse cara [Miguel Nagib] e o que significava esse blogue, aí fiquei apavorada, óbvio.
Fórum – Algumas pessoas, nas redes, defendendo o Nagib, afirmam que a Fatec, como instituição pública, não pode difundir orientações políticas em seus cursos. O que a senhor pode dizer sobre isso?
Tibiriçá - Isso é um absurdo. O que eles chamam de orientação política? A Fatec é sim uma instituição pública, mas em educação não existe professor que não entre em sala de aula com a sua visão de mundo e não existe instituição de educação em cujo espaço não conviva diferentes visões, tanto na gestão, como nos docentes e nos alunos.
Fórum – Houve divulgação de mensagens particulares suas com os alunos?
Tiibiriçá - Quase todo professor constrói, no Yahoo, um grupo de e-mails com os alunos, para discutir questões da disciplina. No grupo de uma determinada turma, nós trocamos informações sobre uma atividade que solicitei aos estudantes, de produção textual. Essa atividade tinha como base um artigo publicado pela Carta Capital, que falava de quando os alunos do curso de Economia de Harvard, do professor Mankiw [Gregory] se recusaram a assistir a aula dele. O epsódio acontece no auge da crise americana e os alunos queriam que Mankiw abordasse outras teorias econômicas. Eles saíram e deram apoio aos manifestantes do “Occupy. Pedi a leitura desse artigo e que lessem, também, sobre as referências citadas no texto. Os alunos precisam saber quem é Gregory Mankiw, o que foi o “Occupy”, o que é liberalismo clássico, neoliberalismo, enfim, nosso curso é de Comércio Exterior, e esses alunos têm que saber sobre esses assuntos.
Alguns alunos fizeram a recomendação de um livro, que eu desconhecia, e fui perguntar para alguns professores da área de Economia, e esses colegas me desaconselharam a usar o livro. Na correspondência interna, com os alunos, eu desancoselhei a leitura e pedi que lêssemos gente boa, os clássicos mesmo. Não sei como, isso foi parar no artigo do senhor Nagib, completamente deturpado e descontextualizado.
Fórum – Ele chama o material utilizadode “subversivo”. Isso lhe remete a outras épocas?
Tibiriçá - Sem dúvida. Me leva para épocas horrorosas, em que até o “Pequeno Princípe” era considerado “subversivo”.
Fórum – Desde a publicação do artigo, como tem sido sua rotina?
Tibiriçá - Minha vida se tornou um inferno, meu telefone não para de tocar em nenhum momento. Na Fatec, meus alunos tem falado muito sobre isso. Tenho visto meu nome envolvido com acusações das quais não posso me defender. Me chamam de marxista, meu Deus, peço desculpas aos meus amigos marxistas, isso é de uma ignorância tão grande, pois é tão difícil se encontrar um de verdade, e eu não sou. Tenho verdadeiro nojo das pessoas que tem me procurado anonimamente na internet…
Fórum – Você já foi ameaçada?
Tibiriçá - Não, tenho sido intimidada. São ofensas e também há pessoas que dizem que vou para o inferno, que vou pagar em outras vidas, enfim…
Fórum – A senhora pretende processar Miguel Nagib?
Tibiriçá - Não sei ainda, tenho refletido sobre isso. Alguns advogados me procuraram sugerindo que eu o processe, mas estou pensando.

Como o caro leitor sabe, o instituo mileniunn é um espaço que foi criado e é financiado pela extrema direita do país, com o intuito de discutir alternativas, entenda-se golpes de estado e perseguições, aos projetos e práticas de seus adversários  políticos.
Lá estão os grandes veículos de mídia  e grandes corporações, além de alguns artistas que apóiam a "causa " do mileniunn.
Muitos são jornalistas , colunistas, comentaristas políticos de rádio e tv de grandes veículos da velha mídia.
Fazem um revezamento, diário, com crônicas em grandes jornais, como o globo , por exemplo.
Entre os mileniun's boys podemos encontrar  o almofadinha decadente Nelsinho Motta, o teatral Glauber frustrado Arnaldo Jabor  e o palhaço Marcelo Madureira.
Com posições e conceitos supostamente democráticos, se apresentam para seus leitores com textos impregnados de futilidades culturais, onde desejam passar a idéia de uma vanguarda do pensamento nacional, quando , de fato, são aliados do que existe de ideário mais reacionário do país.
Perseguir pessoas, por conta de posições políticas e ideológicas, é um retrocesso inaceitável que nos remete aos tristes e obscuros anos da ditadura militar.
Patrulhar o ensino em escolas públicas, justo por um segmento da sociedade onde se situa o instituto mileniunn que deseja banir todo tipo de serviço público ( saúde, educação, etc..) é algo que deve ser combatido. 
Para essa gente reacionária, saúde e educação são negócios, e deveriam ser todos privatizados.
Isso não significa dizer que a educação e a saúde pública vão as mil maravilhas, mas a questão principal para melhorar esses serviços não passa por perseguições políticas , mas sim pela criação , e alguns casos a ampliação, do que existe de melhor nesses serviços que são prestados gratuitamente à população.
Posições políticas e ideológicas de profissionais da saúde e da educação públicas, mesmo que se façam presentes em livros e conteúdos relativos a prática desses profissionais, são pontos fora da curva, exceções, que não merecem a atenção tendo em vista as reais carências e oportunidades de melhorias que tais serviços apresentam.
Enquanto isso, a velha imprensa e seu aparato midiático , doutrinam, ou tentam doutrinar, diariamente a população brasileira com um noticiário totalmente desfocado das conquistas nesses 11 anos de governos do povo.
Estariam os reacionários do milleniun querendo proibir livros ?

Os Maiores Bandidos do País

Pouco mudou em 50 anos

publicado em 30 de novembro de 2013 às 11:56
 
Mudou  um pouco, para pior, claro.
Atualmente globo rejeita até a existência de meteoritos no céu.
A verdade é dura.
Globo é contrário aos interesses do povo e apoiou a ditadura militar.
Trabalha, diariamente, de forma alucinada para que o PT, vitorioso no governo, não vença as próximas eleições.
O capitalismo , para globo, é sinônimo de exploração máxima com escravidão.
Na lista dos maiores bandidos do país, globo deve liderar com folga.
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

PAPIRO

Aviso Fúnebre.
Acaba de falecer a mídia impressa

A curva circulação é um tobogã em direção à irrelevância.



Amigo navegante que não lê jornal há uns dez anos envia esse gráfico e essa tabela que mostram a acelerada irrelevância da mídia impressa que, no Brasil, recorre ao Golpe de Estado como quem procura um salva-vidas no naufrágio.

Primeiro, percebe-se a vertiginosa curva pra baixo da circulação dos jornais americanos.

Não há junta médica da UNB que os ressuscite.

A outra tabela é mais reveladora ainda.

Trata do futuro, do potencial.

Perceba, amigo navegante, que há três informações para cada mídia.

O tempo gasto na mídia vs a porcentagem daquela mídia sobre o gastos com publicidade.

Observa-se, por exemplo, que as mídias móveis, o rádio e a mídia digital recebem, ainda, menos publicidade do que têm de audiência.

O mais importante, porém, é o potencial de crescimento da receita publicitária.

O potencial de crescimento da mídia impressa é negativo: 77% pro buraco.

Essas informações foram extraídas do site americano “Statista”.

 
Fonte: CONVERSA AFIADA

Como O PAPIRO vem afirmando em suas postagens, a velha mídia impressa, assim como os higiêncios telejornais com apresentadores vestidos como banqueiros, tornam-se a cada dia mais e mais irrelevantes.
Com a grande quantidade de sites informativos na internete, e muitos de excelente qualidade com um jornalismo crítico, é possível para qualquer pessoa montar o seu próprio jornal diário, ou seja, ler as notícias relevantes através de opiniões e artigos em diferentes sites, criando, desta forma, o seu próprio jornal diário, isso sem a necessidade de comprar impressos nas bancas ou assistir telejornais teatrais.
O ato de montar e ler seu jornal diário não tem nada a ver com criar um blogue para produzir informações, como afirmou uma certa mídia decadente carioca em referência a uma postagem do PAPIRO onde havia a citação para a máxima da internete:
"Monte, você mesmo, seu jornal diário"
Certamente, com o hábito de criar  e ler seu jornal diário na internete, o caro e atento leitor, com o passar do tempo, pode ter sensibilidade em determinados assuntos  e se interessar em criar um blogue para divulgação e troca de informações que julgue relevante.
Aliás, em tempos de decadência da velha mídia comercial, a internete  já se transformou em um dos principais palcos para debates sobre os grandes temas de interesse.
Assim, naturalmente, surgiu  O PAPIRO , que em seu ano II vem disponibilizando conteúdos em prol do avanço do processo democrático do país, sempre em concordância com a proposta de  emergência de um governança , local e mundial, que priorize a ética, a transparência , valores altruísticos e justiça social.