A turma do Cunha
13 de setembro de 2016 às 00h51
POR FERNANDO BRITO · 13/09/2016
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sM9JLnbv2-w9DHaC24eLJaG45lbji2EfVqEWnYym6Om9rvx_KCsfFa-TYanbpNIYtC3N-K7ZPUhEWX7SSPqPPQLonUwpDNhgG5kLC3WbONOjsXhJ6QT95vQEj7ksbLh_NvLcQ=s0-d)
A foto acima, de maio de 2015, na entrega do pedido de impeachment a Eduardo Cunha reunia a fina flor dos moralistas que o cassaram ontem.
Não se diga que eram inocentes, pois as contas de Cunha na Suíça já tinham sido bloqueadas.
Eram “todos Cunha”.
E e Cunha deu-lhes o prometido, 11 meses depois, numa circense sessão da Câmara dos Deputados, onde lhe choviam elogios, embora o soubessem tão ladrão como sabem hoje.
Aliás, o STF, que o afastaria do comando da Câmara e do mandato – algo essencial para erodir sua influência – também o sabia tão vilão quanto o sabe agora, quando vai enviá-lo a Moro, sob as fanfarras da Globo.
Esta é uma história de hipocrisia nacional que ficará daqui a 50 anos, na conta das coisas inacreditáveis, mas ainda assim reais.
Mesmo a tal “delação premiada” de Cunha, ao que parece, ficará mais dependente de quererem ouvir do que de ele querer falar.
Depende de até onde vá o apetite de poder das parcelas do Judiciário que nutrem a pretensão de serem os “déspotas esclarecidos” que deveriam tutelar a Nação.
Ontem, embora com o sinal trocado, porque Cunha é a antítese de qualquer visão sadia que se possa ter da política, o que se filtra do episódio, após o desfecho do Fora Cunha que este país gritou, é que a política não é apenas um lugar para canalhas, mas para canalhas que manipulam as suas artes sob um único comando: o da mídia.
Foi ela que deixou apenas 10 votos a Cunha.
É a ela que teme o presidente sem votos.
Os personagens da foto, exceto o que lhe está no centro da imagem, estão anistiados de terem sido “todos Cunha”.
Talvez, como ocorreu com ele depois de cumprida a serventia de desestabilizar o governo Dilma e abrir o processo de impeachment, outros pudessem ver que realizar a degola social e trabalhista é papel igual ao que teve o agora desgraçado “ex-todo-poderoso”.
Cumpra, como fez Cunha com o impeachment, e estará a um passo da morte.
A direita brasileira é uma “viúva negra”. Os seus machos de ocasião, são todos minúsculos e devoráveis, cumprido seu papel.
Essa mesma turma saiu às ruas , de verde e amarelo, em defesa de um suposto nacionalismo onde Cunha, Moro e outros eram tidos como ícones.
A defesa do nacionalismo era a defesa de um Brasil sem corrupção, onde Cunha representava tudo aquilo que livraria o Brasil da corrupção, através do impeachment de Dilma.
Hoje, passados apenas alguns meses das panelas em transe, Cunha foi cassado, a Democracia foi estuprada através do golpe travestido de impeachment, o nacionalismo foi para o espaço com o governo vendendo o Brasil a preço de banana, e o novo -velho governo é um ninho de ratos e ladrões.
Cassado Cunha inicia-se uma caça a Lula, enquanto a classe média assiste novela na televisão.
13 de setembro de 2016 às 00h51
Fonte: VIOMUNDO
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A viúva negraPOR FERNANDO BRITO · 13/09/2016
A foto acima, de maio de 2015, na entrega do pedido de impeachment a Eduardo Cunha reunia a fina flor dos moralistas que o cassaram ontem.
Não se diga que eram inocentes, pois as contas de Cunha na Suíça já tinham sido bloqueadas.
Eram “todos Cunha”.
E e Cunha deu-lhes o prometido, 11 meses depois, numa circense sessão da Câmara dos Deputados, onde lhe choviam elogios, embora o soubessem tão ladrão como sabem hoje.
Aliás, o STF, que o afastaria do comando da Câmara e do mandato – algo essencial para erodir sua influência – também o sabia tão vilão quanto o sabe agora, quando vai enviá-lo a Moro, sob as fanfarras da Globo.
Esta é uma história de hipocrisia nacional que ficará daqui a 50 anos, na conta das coisas inacreditáveis, mas ainda assim reais.
Mesmo a tal “delação premiada” de Cunha, ao que parece, ficará mais dependente de quererem ouvir do que de ele querer falar.
Depende de até onde vá o apetite de poder das parcelas do Judiciário que nutrem a pretensão de serem os “déspotas esclarecidos” que deveriam tutelar a Nação.
Ontem, embora com o sinal trocado, porque Cunha é a antítese de qualquer visão sadia que se possa ter da política, o que se filtra do episódio, após o desfecho do Fora Cunha que este país gritou, é que a política não é apenas um lugar para canalhas, mas para canalhas que manipulam as suas artes sob um único comando: o da mídia.
Foi ela que deixou apenas 10 votos a Cunha.
É a ela que teme o presidente sem votos.
Os personagens da foto, exceto o que lhe está no centro da imagem, estão anistiados de terem sido “todos Cunha”.
Talvez, como ocorreu com ele depois de cumprida a serventia de desestabilizar o governo Dilma e abrir o processo de impeachment, outros pudessem ver que realizar a degola social e trabalhista é papel igual ao que teve o agora desgraçado “ex-todo-poderoso”.
Cumpra, como fez Cunha com o impeachment, e estará a um passo da morte.
A direita brasileira é uma “viúva negra”. Os seus machos de ocasião, são todos minúsculos e devoráveis, cumprido seu papel.
Fonte: TIJOLAÇO
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Tomara que os livros de história não omitam: ‘Somos milhões de Cunhas’
Tomara que os livros de história não omitam: ‘Somos milhões de Cunhas’
13 DE SETEMBRO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_s5OhJpENgJ5-r3NACoztJLzqVCN1b6BVRwoCjXa-OY7ccWC8cdqwLtZC8zleUEajBrwvYE9fvx0EVEvzFaMzcTnHLlikyOj7rk12TW4VwcBz7dQE7lAEqUE77LWhU5a0MyvTfQVSt4ru7p1OhKpm-mpgR_NhVO8owvsqMxTTND1n661EuFK_bU5-yc=s0-d)
Por Mário Magalhães
Uma das características mais notórias da conspiração pelo impeachment de Dilma Rousseff foi a proteção, dita blindagem, de Eduardo Cunha.
A bem-vinda cassação do deputado pela Câmara não elimina da história a proteção a quem foi chamado de ”meu malvado favorito” por seus aliados.
Tomara que no futuro os livros escolares não se esqueçam de contar a história como ela foi, com faixas sinistras tipo ”Somos milhões de Cunhas”.
Podiam ser, mas ontem à noite não se ouviu barulho de panelas se queixando do cartão vermelho ao capo decaído.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
Por Mário Magalhães
Uma das características mais notórias da conspiração pelo impeachment de Dilma Rousseff foi a proteção, dita blindagem, de Eduardo Cunha.
A bem-vinda cassação do deputado pela Câmara não elimina da história a proteção a quem foi chamado de ”meu malvado favorito” por seus aliados.
Tomara que no futuro os livros escolares não se esqueçam de contar a história como ela foi, com faixas sinistras tipo ”Somos milhões de Cunhas”.
Podiam ser, mas ontem à noite não se ouviu barulho de panelas se queixando do cartão vermelho ao capo decaído.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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É bom lembrar que uma parcela significativa da classe média apoiou Cunha e ainda bateu panelas nas varandas e janelas.Essa mesma turma saiu às ruas , de verde e amarelo, em defesa de um suposto nacionalismo onde Cunha, Moro e outros eram tidos como ícones.
A defesa do nacionalismo era a defesa de um Brasil sem corrupção, onde Cunha representava tudo aquilo que livraria o Brasil da corrupção, através do impeachment de Dilma.
Hoje, passados apenas alguns meses das panelas em transe, Cunha foi cassado, a Democracia foi estuprada através do golpe travestido de impeachment, o nacionalismo foi para o espaço com o governo vendendo o Brasil a preço de banana, e o novo -velho governo é um ninho de ratos e ladrões.
Cassado Cunha inicia-se uma caça a Lula, enquanto a classe média assiste novela na televisão.