Essa é a capa de hoje do jornal francês LIBÉRATION.
Acertou no alvo.
Enquanto os EUA anunciam a aproximação com Cuba com possibilidade de por fim ao bloqueio à ilha, ao mesmo tempo tentam encurralar a Rússia.
Deslocado nas Américas, os EUA que viram surgir e crescer nos últimos 15 anos a UNASUL ( União das Nações Sul americanas), a CELAC ( comunidade dos Estados latino americanos e caribenhos), a ALBA ( Aliança Bolivariana para as Américas ), o fortalecimento do MERCOSUL, a TELESUR, a PETROCARIBE, o financiamento pelo Brasil do porto de Mariel em Cuba , o acordo entre China, Rússia e Nicarágua para construção do canal interoceânico e o acordo entre o MERCOSUL e a comunidade euroasiática - Rússia ,Bielorússia e Cazaquistão - resolveram trilhar o caminho do pragmatismo antes que fiquem cada vez mais deslocados.
Também viram morrer sua proposta de criação da ALCA ( Acordo de livre comércio das Américas ) e a crescente irrelevância da OEA ( Organização dos estados americanos ).
De tudo fizeram, fazem e muito farão para estancar o avanço dos BRIC'S.
As eleições passadas no Brasil, os EUA apostaram alto - e perderam - em uma derrota do PT, o que significaria um enfraquecimento de todos os blocos citados.
Passadas as eleições no Brasil, o alvo americano se volta para a Rússia.
Cabe lembrar que a Venezuela sofre pesadas sanções econômicas por parte dos EUA, e que vários golpes de estado foram tentados em países na América Latina nas últimas duas décadas, sendo que em Honduras e no Paraguai, as ações golpistas foram bem sucedidas.
Vale ainda recordar que logo após o golpe parlamentar no Paraguai, a diplomata americana que servia por alguns anos naquele país foi transferida para o Brasil.
O gesto americano com Cuba, visa, em primeiro lugar, recuperar o terreno perdido nas Américas.
Não se deve criar ilusões quanto a uma mudança de postura dos EUA.
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