quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Cadê ?

"Se o Triplex não é de Lula, esse julgamento não faz sentido"


Fonte: PT

Tudo a ver, tem muito pato.

"OMS inclui todo Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela"


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Elites do atraso

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Darcy Ribeiro: "O maior e único problema do Brasil são as suas elites: apátridas, parasitárias, vivem de vender o patrimônio nacional e manter o povo escravizado, ignorante, feito gado."

Pra cima




Dia 24 01 quem não for para POA vá para frente da Globo.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Os últimos Jedi

O curioso anticapitalismo de Os últimos Jedi

POR GUSTAVO HENRIQUE FREIRE BARBOSA– 09/01/201



Denúncia do “livre” comércio, da democracia sequestrada, dos impérios. Protagonismo de mulheres e negros. Que explica tantas concessões da Disney? Não diziam que o público havia se tornado decididamente conservador?

Por Gustavo Freire Barbosa

Uma pequena nação acossada por um embargo comercial promovido por uma grande entidade representativa de interesses empresariais que não apenas possui vasta influência na política local, mas tem à sua disposição um formidável exército para impor pela força o que não consegue pelas vias institucionais e diplomáticas.

O que aparenta ser a transcrição de alguma situação específica da geopolítica internacional dos séculos XX ou XXI é na verdade o pano de fundo onde se desenvolve o enredo de A Ameaça Fantasma, episódio da franquia Star Wars lançado em 1999. Nele, a Federação do Comércio, insatisfeita com a cobrança de tributos, promove um embargo comercial contra Naboo, pequeno planeta governado pela Rainha Amidala. O impasse passa a ser discutido no Senado, onde a Federação promove o seu lobby por meio de parlamentares comprados a peso de ouro – ou burocratas leais aos seus interesses pouco republicanos, conforme define um dos personagens.

Ao tomar conhecimento de que os embaixadores enviados para negociar uma saída pacífica fazem parte da Ordem Jedi, o vice-rei Nute Gunray, uma espécie de presidente da Federação, recebe do Lorde Sith Darth Sidious a ordem de enviar tropas militares a Naboo, causando uma crise na República. Em determinado momento, Gunray, em um lampejo de republicanismo, pergunta a Sidious se uma invasão militar seria legal. “Eu faço com que seja”, responde o Sith, que mais à frente afirma ter pleno controle do Senado, onde a própria Federação, embora seja uma organização privada (ou melhor: não seja um país, planeta ou nação), tem sua respectiva representação parlamentar.

Mesmo diante dos apelos de Amidala, em razão do sofrimento pelo qual vem passando o seu povo, a Federação resiste em levantar o embargo (será coincidência a semelhança com a situação de uma certa ilha caribenha?), aproveitando-se da fragilidade do planeta para propor um acordo oficializando a ocupação militar na certeza de que o Senado não se oporia a ratificar um tratado bilateral assinado sob a “livre” e soberana vontade de Naboo (atente-se aqui para o conceito de liberdade apenas em seu sentido formal, um dogma onde se encerram as democracias liberais). Se a invasão fora ilegal, com a assinatura do acordo e sua ratificação esta passaria a adentrar nos meandros da legalidade, conforme articulara Sidious. Amidala, contudo, recusa-se a assiná-lo, ouvindo de Gunray a chantagem de que “o sofrimento do povo fará com que mude ideia”.

É impossível fechar os olhos para a proximidade com questões atuais como a desumana narrativa do mercado financeiro principalmente em relação a países periféricos, onde crises fiscais e endividamentos tornam-se verdadeiros álibis para a extorsão por meio de medidas que comprometem a realização de direitos essenciais de suas populações, enquanto o andar de cima permanece protegido pela bolha plutocrática das democracias modernas. Convém observar que, uma vez que se tratam de álibis, os propósitos não declarados – porém indisfarçáveis – destas medidas costumam dizer respeito à asseguração da rapina exploratória, seja pelo uso de forças militares (vide guerras do Golfo, Vietnã, Iraque e Síria), seja por meio da violência simbólica de artifícios coercitivos e institucionais (vide dívida pública, políticas de austeridade e juros).

A aproximação dos fatos narrados em Star Wars com práticas imperialistas também é notória, a exemplo das mencionadas invasões norte-americanas, alvos declarados das críticas de George Lucas (1 2). No Brasil, medidas como as contrarreformas trabalhista e previdenciária e a emenda constitucional do teto de gastos, todas realizadas conforme a agenda do mercado financeiro, conferem à saga uma verossimilhança que se consolida com o lobby contrário à arrecadação tributária e a direitos trabalhistas protagonizado por entidades como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), equivalentes à Federação do Comércio, e figuras degeneradas como Paulo Skaf, Robson Braga de Andrade e Flávio Rocha. No plano internacional, temos a troika, formada pela Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu, entusiastas da adoção de políticas de “austeridade” incompatíveis mesmo com a noção mais vulgar de democracia.

Em Os Últimos Jedi, novo filme da franquia, essa perspectiva crítica também possui espaço cativo no desenrolar do enredo. Pablo Villaça, crítico de cinema e editor do site Cinema em Cena, realça em sua análise a tradição da série em retratar alegorias políticas, a exemplo da representação de uma elite predatória que enriqueceu com a venda de armamentos e que não se constrange em superexplorar mão-de-obra na extração de recursos naturais e maltratar animais para servir ao seu entretenimento. O emprego de trabalho infantil e a apropriação de espaços públicos para realizar seus convescotes também são retratados na sequência.

A biópsia desta natureza predatória é feita com detalhes por Karl Marx, para quem o capital não apenas tem “boas razões” para negar os sofrimentos das gerações de trabalhadores e trabalhadoras que o circundam, como também é, em seu movimento prático, tão pouco condicionado pela perspectiva do apodrecimento futuro da humanidade e seu irrefreável despovoamento final quanto pela possível queda da Terra sobre o Sol1. Ainda, o completo desprezo pela soberania de Naboo e pela situação de seu povo demonstram não apenas a falta de humanidade desta tecnocracia globalitária – para utilizar uma expressão de Milton Santos – na perseguição do lucro e da acumulação, mas também o indiscutível desprezo pela democracia, alimentado pelo modo de produção capitalista principalmente em sua forma financeirizada.

Assim como invasões militares, financiamento de ditaduras, sabotagens econômicas e suspensão de direitos fundamentais são realizados em nome da acumulação, no contexto de subjugação de soberanias nacionais por forças externas, o consequente desprezo à democracia também se faz presente em vários e emblemáticos momentos da saga – a exemplo do golpe que derrubou a República em A Vingança dos Sith e fez surgir o Império Galáctico, fruto da aliança entre a Federação do Comércio e a Confederação dos Sistemas Independentes e seus grupos paramilitares separatistas. Em mais uma “coincidência” com o Brasil contemporâneo, o primeiro ato da queda do regime republicano se deu com o impeachment do Chanceler Valorum ainda em A Ameaça Fantasma, acusado de inabilidade política e administrativa pela mesma pessoa que, ao assumir seu lugar, sepultou a Ordem Jedi e pôs uma pá de cal nas liberdades democráticas.

Em uma das cenas do novo filme, um dos personagens se auto-intitula “escória rebelde” em resposta à ofensa de “escória” que lhe é dirigida por uma alta patente da Primeira Ordem. Star Wars, como toda e qualquer obra cinematográfica, não se encontra desgarrada de seu tempo, ainda que o déficit cognitivo e o conservadorismo de um punhado de fãs os façam inclusive ir na contramão da franquia, a exemplo de quando tentaram boicotar o episódio anterior por trazer uma mulher e um negro como protagonistas. A série também não se propõe a, na esteira de conhecidas fórmulas de entretenimento, promover críticas genéricas a tiranias de qualquer natureza, mas sim a uma tirania específica contra a qual não faltam exemplos reais de alianças rebeldes e representações em carne e osso de personagens tão transgressores quanto Finn, Rey, Leia Organa e Luke Skywalker. Basta olhar ao redor, identificá-las e, afora maniqueísmos ginasiais, escolher o seu lado da história.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Cadê a prova ?

Huck, fanfarrão mentiroso e golpista

Faustão poderia fazer novo convite a Huck e abrir o Arquivo Confidencial dele

Por Helena Sthephanowitz
Por Diario do Centro do Mundo
15 de janeiro de 2018
Fake news

Publicado na Rede Brasil Atual

POR HELENA STHEPHANOWITZ

Passados alguns dias da repercussão da entrevista – interpretadas como fala de candidato, em “campanha eleitoral” antecipada – de Luciano Huck, no palco do programa do Faustão no domingo (7), o apresentador negou que irá se candidatar à Presidência da República em 2018. Não foi uma negativa categórica por meio de nota oficial à imprensa – apenas um comentário pelas redes sociais, mas sem efetivamente descartar sua candidatura. Disse ainda que continuará atuando em movimentos cívicos para “oxigenar a política brasileira com novas cabeças, novas ideias e, principalmente, novas práticas”.

Já a TV Globo levou três dias para informar em nota oficial, que cumpre a legislação eleitoral e que não apoia qualquer candidato nas eleições de 2018. A afirmação só veio após parlamentares do PT entrarem com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a emissora por abuso dos meios de comunicação e de poder econômico.

Quando questionada pela imprensa a emissora justificou que a participação de Luciano Huck e Angélica no Domingão do Faustão havia sido gravada antes de o apresentador afirmar que não concorreria à Presidência. Mas isso sem explicar por qual razão a entrevista só foi ao ar agora, “fora do tempo”, e nem por que o telespectador não foi avisado de que se tratava de uma gravação.

A argumentação não convenceu. Negações como essa são como a fumaça que confirma o fogo.

Se ainda restava alguma dúvida de que a aparição de Huck no programa tinha discurso de candidato, uma notinha de sexta-feira (12), da jornalista Daniela Lima, da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, deixou evidente a candidatura.

De acordo com a jornalista, “informação de que a entrevista de Luciano Huck ao “Domingão do Faustão” foi gravada em 11 de novembro esbarra em um dado. Durante a conversa, Fausto Silva diz que Huck ‘deixou bem claro em comunicado enviado a todos os jornais que não seria candidato’ a presidente.”

O artigo em que o apresentador afirmou que não concorreria em 2018 foi publicado nos jornais no dia 27 de novembro. Portanto, o marketing político da Globo, no primeiro domingo do ano, foi quase dois meses depois de o apresentador anunciar que não seria candidato.

Além disso, a entrevista também ocorreu depois da divulgação de uma pesquisa Ipsos, no dia 23 de novembro, na qual Huck aparecia com e melhor avaliação de imagem junto ao eleitor.

Luciano Huck nunca abandonou o sonho de ser presidente da República.

No programa, o apresentador posou de bom moço, bom marido, o “novo”, o “não político”. Em relação à ideologia, Huck afirmou não ser de direita – e nem de esquerda.

Não é de hoje que o todo queridinho da Globo mostra pretensões políticas. Em 2007, durante o governo do presidente Lula, o apresentador que hoje se diz representar “o novo”, o “não político”, nem esquerda e nem direita, se engajou ferozmente na campanha para retirar R$ 40 bilhões (valores da época) por ano do orçamento do SUS, detonando a CPMF.

Fazendo a vez do pato amarelo, Huck se apresentou como mestre de cerimônia “voluntário” para um show gratuito promovido pela FIESP – de Paulo Skaf – em São Paulo, contra a CPMF. Recheado de atrações famosas, a imprensa anunciava que os organizadores esperavam atrair um público de dois milhões de pessoas, mas só sete mil apareceram. Ao ser avisado sobre o público pífio, Luciano Huck cancelou sua participação na última hora, pouco antes de subir ao palco, alegando “problemas de agenda”.

Mesmo assim, a bancada demotucana (DEM e PSDB) no Senado, com ajuda do Psol, conseguiu detonar a CPMF e o empresário Luciano Huck ficou um pouco mais rico, ao manter em sua conta o dinheiro que pagava de CPMF e era usado para financiar a saúde pública.

Voltando ao Programa do Faustão, ao discorrer sobre o atual cenário político, Huck falou sobre ética com declarações como “pequenas corrupções levam às grandes corrupções”.

Aparentemente, o apresentador não deve ter lembrado – ou terá tentado se aproveitar da tradicional “memória curta” do brasileiro – que em 2003, teve sua pousada em Fernando de Noronha (PE) interditada pelo Ibama, por ter sido construída em área de preservação ambiental.

Pela lei da época, só moradores que possuíam autorização de ocupação de solo poderiam construir em Fernando de Noronha, declarada pela ONU Patrimônio Natural da Humanidade.

Mas isso não foi problema: Huck, deu um “jeitinho” e a Pousada Maravilha foi construída pelo apresentador juntamente com os empresários João Paulo Diniz, Pedro Paulo Diniz e Ed Sá, no terreno onde morou o ex-chefe do Parque Nacional Marinho, José Gaudêncio Filho, o dono formal do empreendimento. Em 2011, Huck e os sócios, venderam a pousada ao cientista político filiado ao PSDB, Antonio Lavareda.

Luciano Huck também falou no programa sobre combate à corrupção. Ao mesmo tempo cobrou mais ética. “Os brasileiros estão envergonhados da classe política”, disse. Isso tendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), criado o Decreto 41.921, que ficou conhecido como “Lei Luciano Huck”, para alterar a legislação sobre Áreas de Proteção Ambiental, e manter “protegida” uma mansão do apresentador numa reserva ambiental de Angra dos Reis-RJ, construída sobre rochas e um espelho d’água.

Faustão bem que poderia fazer novo convite a Luciano Huck e abrir o Arquivo Confidencial dele.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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