sexta-feira, 18 de agosto de 2017

LULA, o homem mito

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joão mikhail @joomikhail

Namore alguém que te admire .
Igual esta senhora baiana admira Lula !

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Toni Bulhoes @ToniBulhoes

Quem é este homem, que arrasta multidões por onde passa, que todos querem tocá-lo, como a um herói, um Robin Hood moderno? 
Quem é este homem?



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Jornalistas Livres @J_LIVRES

#CaravanaLula Lula no Recôncavo Baiano, na cidade de Cruz das Almas. 
Foto de Guilherme Imbassahy, dos Jornalistas Livres



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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil


Lula em Cruz das Almas (BA). Foto: Ricardo Stuckert



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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Ninguém governa comprando deputado, ninguém governa cortando investimento na saúde e na educação. #LulaPelaBahia


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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Eu digo pra vocês: guardem o meu título, que eu virei aqui pela quinta vez para receber meu título.
#LulaPelaBahia
1h


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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Fico triste por não ganhar o título, mas fiquei sabendo que tem uma filha de quilombola que conseguiu chegar na universidade.



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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil

Quando ela se formar e ganhar seu diploma, esse será meu título. #LulaPelaBahia


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Lula pelo Brasil
✔@LulapeloBrasil






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Mídia NINJA
✔@MidiaNINJA

A secundarista Ana Julia está hoje em Cruz das Almas, na Bahia, acompanhando a caravana do ex-presidente Lula. Foto: Mídia NINJA



UERJ abandonada


O GOLPE QUE  DEMOLIU UMA NAÇÃO

hospital universitário da UERJ, RJ, tem 512 leitos; hoje só atende em 160 deles por falta de verba (Valor)

Fonte: CARTA MAIOR

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Perdeu, Globo

Perdeu, Globo





ESMAEL MORAIS

O jornal espanhol El País traz uma reportagem alvissareira, no que diz respeito à pluralidade de fontes de notícias, e devastadora para o império em ruínas da Rede Globo: a juventude brasileira já não assiste mais à TV como antigamente.

O Blog do Esmael vem acompanhando atentamente essa evolução. Para que o leitor tenha ideia da mudança na forma como as pessoas se comunicarão, até 2020, ou seja, daqui apenas três anos, 80% do tráfego de vídeos dar-se-á pela internet.

A feira de tecnologia Mobile World Congress, realizada no fim de fevereiro de 2017, em Barcelona, na Espanha, apontou que em dez ou 20 anos, 90% do que as pessoas vão assistir estará online.

Volto, então, à reportagem de El País.

De acordo com estudo apresentado num recente evento do Youtube, as chamadas geração Z e os millennials, não assistem à TV.

O conteúdo da Internet já é mais procurado que o da televisão a cabo: enquanto 82 milhões de brasileiros, 42% da população, têm costume de assistir a vídeos na rede, os que assistem a TV por assinatura representam 37%.

Embora a TV aberta continue sendo campeã de audiência no Brasil, o tempo que o brasileiro passa assistindo a vídeos na Internet vem crescendo em maiores proporções, segundo um estudo de 2016 apresentado pelo YouTube em parceria com o site Meio&Mensagem e a consultoria Provokers.

A pesquisa, que ouviu 1.500 pessoas entre 14 e 55 anos, das classes A, B e C, revela também que entre os adolescentes a televisão recebe cada vez menos atenção: 89% declarou estar conectado enquanto está diante da tela tradicional.

Os pop-stars de uma geração que não assiste mais TV, portanto, são os youtubers, os blogueiros, vloggers, etc.

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA


https://www.brasil247.com/pt/colunistas/esmaelmorais/311922/Perdeu-Globo.htm
Postado há 10 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ninguém nasce odiando



Ninguém nasce odiando


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“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela , “Long Walk to Freedom”, (1995).

Fonte: Blog da Luciana Oliveira

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Os invisíveis geram medo

Os invisíveis geram medo

São mais de 160 pessoas assassinadas por dia. Na Síria, por exemplo, em quatro anos de guerra morreram 256 mil pessoas. No Brasil, no mesmo período, quase 279 mil.2 Não é uma guerra civil declarada, mas este é o país em que os policiais mais matam e mais morrem no mundo. Se de um lado estão os policiais e o Estado, do outro lado quem é o inimigo?
Por: Silvio Caccia Bava
2 de agosto de 2017
Crédito da Imagem: Claudius

A situação ainda não está fora de controle, mas há riscos de entrarmos em um período de confrontos e violência muito mais agudos do que vivemos atualmente. O que acontece hoje no Rio de Janeiro é sinal do que vem por aí. Já assusta todo mundo o fato de que o Brasil atingiu a marca recorde de 59.627 homicídios por armas de fogo em 2014, uma alta de 21,9% em comparação aos 48.909 óbitos registrados em 2003, segundo o Mapa da violência divulgado em 2016.1

São mais de 160 pessoas assassinadas por dia. Na Síria, por exemplo, em quatro anos de guerra morreram 256 mil pessoas. No Brasil, no mesmo período, quase 279 mil.2 Não é uma guerra civil declarada, mas este é o país em que os policiais mais matam e mais morrem no mundo. Se de um lado estão os policiais e o Estado, do outro lado quem é o inimigo?

O que as classes dominantes nos querem passar – e para isso se utilizam da TV – é que o confronto se dá entre criminosos, malfeitores, bandidos, vagabundos, narcotraficantes, corruptos e os que defendem a ordem e a lei. Usam para isso programas como Cidade Alerta.

Ao produzir no imaginário dos brasileiros esse tipo de confronto, a TV oculta a pobreza, o desemprego, a falta de oportunidades para os jovens, a precariedade de nosso sistema educacional, a falta de moradia, os reais problemas da grande maioria dos brasileiros e brasileiras. Essa ocultação falseia o diagnóstico. Já que o que aparece na TV sobre os pobres é a perseguição aos bandidos, o imaginário do brasileiro acabou aceitando a percepção do pobre como um ser perigoso, que necessita ser controlado.

Na verdade, trata-se de repressão e controle policial sobre as grandes maiorias empobrecidas, controle que tem como imagem emblemática as Unidades de Polícia Pacificadora – as UPPs – instaladas em favelas do Rio de Janeiro e que, a pretexto de combater o narcotráfico, chegam a impor toque de recolher em certas áreas da cidade. Isso para não falar na política de encarceramento maciço sustentada pelo nosso Judiciário, hoje com mais de 200 mil presos “para averiguação”, em sua maioria jovens e negros, sem nenhuma acusação pesando sobre eles.

Numa sociedade organizada para facilitar os negócios e atender aos interesses das grandes empresas, a imagem construída da sociedade é a de um grande mercado onde se oferecem produtos e serviços para quem tem recursos para comprá-los. Consumismo e produtivismo são as molas do que se entende como progresso. A TV aberta é a vitrine desse mercado e se orienta para seduzir as classes médias e impor um padrão de consumo. O pobre, isto é, a grande maioria dos brasileiros, não existe na TV. E se é pela TV que a grande maioria se informa, então os pobres não existem para a sociedade em que vivem. Não se sabe como é a vida nas favelas, como funcionam as escolas públicas, como são as relações de rua e de bairro, o que fazem os jovens da periferia etc.

Ignorar os pobres tem como duplo propósito ignorar suas demandas, suas necessidades, e mantê-los sob controle, de preferência alimentando uma situação de apatia.

“A representação de si, neste contexto, é decisiva. Aqueles que não têm nome não podem se nomear, não podem existir enquanto pessoas e não podem agir coletivamente. Se tivermos essa preocupação no espírito, compreenderemos melhor o interesse dos dominantes de fazer desaparecer do campo das representações certas categorias sociais e de querer que outras ocupem todo o espaço, pois aqueles que se tornaram invisíveis aos olhos dos outros se tornaram também invisíveis para si mesmos. Ao contrário, as categorias sociais superexpostas, supervisíveis, podem fazer crer que a representação de si mesmas é a única realidade social efetiva. Assim se constrói o imaginário social coletivo e a ideia que cada um faz de si mesmo.”3

Não basta dizer que a solução para a violência presente na sociedade não é o encarceramento maciço nem o assassinato em massa, como vem sendo feito com os jovens negros da periferia. Soa quase impossível nesse cenário polarizado identificar as causas da violência com a falta de políticas públicas que ofereçam às maiorias as mínimas condições de vida, especialmente nas grandes cidades. A juventude que tem perspectivas de futuro (de emprego, moradia, mobilidade, saúde, educação) não adere à violência, à criminalidade.

As políticas do atual governo cerceiam o futuro de nossa juventude ao impor profundos cortes nas políticas sociais. É um ataque aos direitos humanos, aos direitos sociais, uma violência deliberada sobre a vida das maiorias.

Nessas condições, a única maneira de essas maiorias se tornarem visíveis para o conjunto da sociedade e verem suas necessidades e demandas inscritas na agenda política nacional é por meio da mobilização social, do protesto, da pressão sobre o sistema político.

Se essa pressão vai se radicalizar e assumir formas violentas ninguém sabe, mas parece que somente dessa forma, somando as demandas de diferentes grupos sociais em um movimento amplo de protesto e questionamento da ordem estabelecida, é que o povo sai do anonimato, pode se reconhecer na sua existência, nas suas demandas, tornar-se ator político, apresentar-se para o conjunto da sociedade em toda sua potência. E é disso que as classes dominantes têm medo.

*Silvio C. Bava é diretor do Le Monde Diplomatique Brasil

1 Julio Jacobo Waiselfisz, Mapa da violência 2016, Flacso Brasil.

2 G1, Jornal Nacional, 28 out. 2016.

3 Jean-Luc Mélenchon, L’Ère du peuple [A era do povo], Fayard/Pluriel, Paris, 2017, p.89.

ERRATA

As notas do editorial da edição anterior (n. 120) não foram publicadas. Seguem abaixo.

1 Ernesto Laclau, entrevista ao Le Monde, 9 fev. 2012.

2 Larry Diamond, cientista político e professor da Stanford University. Entrevista à Folha de S.Paulo, 17 maio 2017.

3 Francisco Panizza (org.), El populismo como espejo de la democracia, FCE, Buenos Aires, 2009.

4 Ibidem.

5 José Murilo de Carvalho, “Ecos do passado”, Folha de S.Paulo, 28 maio 2017.

6 Boaventura de Sousa Santos, A difícil democracia, Boitempo, São Paulo, 2016, p.160.

7 Evelyne Pieller, “Patologias da democracia”, Le Monde Diplomatique Brasil, jun. 2017.

8 Chantal Mouffe e Iñigo Errejón, Construir um povo. Por uma radicalização da democracia, Éditions du Cerf, Paris, 2017.

Fonte: Le Monde Diplomatique