terça-feira, 27 de junho de 2017

O pato amarelo amarelou

Maior Retweeted
CartaCapital ✔ @cartacapital
Sim, é o mesmo Skaf, da mesma Fiesp, que se engajou na campanha pelo impeachment de Dilma 


"Não cabe à Fiesp falar de renúncia", diz Skaf, líder de atos anti-Dilma.
A auto intitulada "casa do impeachment de Dilma", que ofereceu filé mignon aos antipetistas, agora diz desejar "discutir economia e não política"


Fonte: CARTA MAIOR
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CHEGOU A HORA DE DESMASCARAR OS FALSOS MORALISTAS

27 DE JUNHO DE 2017


Para o Brasil se livrar de Michel Temer, presidente ilegítimo que causa vergonha dentro e fora do país, os 513 deputados federais terão que autorizar o prosseguimento da denúncia de corrupção passiva oferecida pela Procuradoria Geral da República.

Ao menos 342 terão que ouvir as vozes das ruas, dizer sim à continuidade do processo.

Será fácil e animada a votação como foi a que autorizou o processo de impeachment da presidenta eleita, Dilma Rousseff?

Os deputados farão questão de discursar na hora do voto embalados na bandeira do Brasil?

Será que lotarão o plenário com parentes pra lhes dedicar o voto favorável? Muitos levaram a sogra e teve um que até queria colocar o filho pra votar.

A sessão que autorizou a montagem do cadafalso de Dilma foi a mais longa da história, durou 9 horas e 47 minutos, das quais 6 horas foram ocupadas com a votação.

Houve mais de 40 debates e das 249 inscrições à falas, 170 a favor do impeachment e 79, contra. Só 60 deputados abriram mão de usar o microfone pra acelerar a votação.

Até o resultado final, 367 votos favoráveis e 137 contrários, o Brasil assistiu um espetáculo dantesco de hipocrisia.

Mais da metade dos parlamentares que votaram a favor do golpe com vestimenta jurídica, tinha pendências na justiça e mais de vinte eram investigados na Lava Jato.

Alguns se tornaram réus após a votação ou tiveram parentes presos, como o filho que citou a honestidade pai e esposa que homenageou o marido.

A moralidade e o combate à corrupção deram a tônica aos discursos na hora do voto.
Foi uma palhaçada nunca antes vista na história.

“Pelo povo que foi às ruas de verde e amarelo, pelo Brasil livre do PT, pelo Paraná, pela república de Curitiba”, disse o tucano Paulo Martins.

A deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) votou em nome de sentimentos que nunca estiveram tão em falta no país desde a redemocratização: pela dignidade, autoestima, pelos sonhos.



“Contra a corrupção, venha ela de onde vier!”, disse o deputado Expedito Netto (PSD-RO).

A expectativa é grande para ver como os deputados mais entusiasmados no processo de impeachment de Dilma vão se comportar contra Temer.

É maior ainda sobre os que irão se ausentar ou se abster de votar. Contra Dilma, só 7 não disseram nem sim, nem não e só dois arrumaram desculpas para faltar.

Se o caos acentua o falso moralismo, preparam-se para fortes emoções.

O processo contra Temer só segue ao STF se 2/3 dos deputados corresponderem ao apelo das ruas, com ou sem máscaras.

Parece fácil, afinal, o país vai de mal a pior e o governo que se formou com um golpe só tem uma agenda: defender-se de denúncias por corrupção.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Cinismo, deboche e escárnio dominam a cena entre os golpistas, incluindo, claro, Globo e toda a grande mídia.

A multidão que aparece na foto apoiando o golpe, pedindo o fim da corrupção, com a camisa da corrupta CBF de Ricardo Teixeira e Globo, ao lado do pato amarelo da vergonha, lá esteve insuflada pela mídia tal qual uma boiada sendo conduzida. Uma prova inequívoca e indelével para a história de uma parcela da população
brasileira acometida de séria descompensação cognitiva quanto a compreensão da realidade. Resultado de um aparato midiático concentrado, homogêneo que produz versões da realidade que interessam aos seus patrões. Mais uma prova da necessidade urgente de se reformular de forma profunda os meios de comunicação no país de maneira que a população desfrute de toda a diversidade de conteúdos informativos,

No entanto, enquanto o pato da FIESP é depenado, os patos que por lá estiveram durante os protestos já começam a reproduzir as notícias e opiniões da grande mídia que sugere, induz, conduz que a solução para o país, a solução para a crise, estaria na figura de não políticos, o que garantiria os objetivos e a agenda da quadrilha de golpistas salafrários que assaltou o país.

Durante a invasão dos EUA no Iraque no ano de 2003, e em seguida as dúvidas se realmente existiriam as tais armas de destruição em massa que serviram para justificar a invasão, um alto escalão do governo americano de George Bush, quando questionado por um jornalista que insistia na tese de que o argumento sobre as tais armas não refletiam a realidade dos fatos, assim se manifestou:

-" somos os EUA, criamos as realidades que desejarmos e que os outros aceitem e sigam"

Assim se comporta a grande mídia no Brasil, principalmente o Grupo Globo que manipula uma multidão de inocentes e ingênuos.


E não se escuta nenhuma panela, porra !

marcia denser @mdenser
Pela primeira vez na história o Brasil tem um presidente denunciado por CORRUPÇÃO. E não se escuta NENHUMA panela, porra!

Fonte: CARTA MAIOR
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PGR acusa o presidente da república de ladrão

Fonte: O CAFEZINHO
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“Aqueles que foram pra rua derrubar a Dilma agora estão com vergonha de aparecer”, diz Lula

Legalistas de ocasião deveriam chamar Dilma de volta e pedir desculpas. 
Por Luís Felipe Miguel.
Por Joaquim de Carvalho
- 27 de junho de 2017



Eduardo Oinegue escreve hoje na página de opinião da Folha: “Diretas já é quebra de contrato”. O olho do texto explica o argumento: “Aceitar a emenda das diretas é anunciar que a vontade da maioria do Parlamento de hoje se sobrepõe à vontade da maioria dos eleitores de ontem”. Até daria para discutir, se não fosse por um pequeno detalhe, que o autor convenientemente ignora: o governo que aí está foi fruto de um golpe, não de qualquer vontade majoritária.

Por outro lado, é claro que as diretas representam uma alteração das regras em vigor. Essa mudança se justifica pela gravidade da crise política em que estamos metidos, que só se agravará com a continuidade do governo Temer ou sua substituição por um presidente escolhido por um Congresso igualmente carente da confiança popular.

A lei vigente não pode ser uma camisa de força que impeça a solução de crises agudas – nas quais, em geral, o chamamento à participação cidadã é a única maneira de prover novamente a legitimidade necessária ao exercício do poder.

Por outro lado, se quisermos manter o apego total à letra da lei, então o único jeito é chamar de novo a presidente Dilma Rousseff, com um pedido de desculpas, e de quebrar revogar os mandatos de todos os deputados, senadores e ministros do Supremo que não cumpriram o dever de proteger a Constituição.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Por onde anda a turma que foi para as ruas pedir o impeachment de Dilma alegando corrupção ? Por onde anda a turma que foi para as varandas bater panelas contra a corrupção ? O golpe que derrubou Dilma, assim como todos que o apoiaram, envergonha o país, revela o pouco caso e o desprezo que essa podre elite brasileira tem pela democracia e pelo povo. O objetivo claro do golpe, como foi dito por diversas vezes aqui neste blog, era de romper, terminar, com o ciclo de governos do PT, e ainda implementar uma agenda econômica e de governo que em hipótese alguma seria aprovada pela maioria da população brasileira em eleições livres. Uma farsa que não se sustentou e em um ano de governo Temer desaba aos olhos do mundo. No entanto, setores que apoiaram o golpe, como o Grupo Globo, por exemplo, fazem cara de paisagem na janela, e nada publicam sobre a verdade dessa tenebrosa transação que mancha a história do país. Se o caminho foi a legalidade, como os golpistas afirmavam para ouvidos ingênuos por meses com o intuito de justificar o impeachment de Dilma, essa mesma legalidade deve ser usada agora para exigir o retorno ao cargo de uma presidente eleita e afastada ilegalmente do exercício da presidência. No entanto, nada disso irá acontecer.


Avião de carreira

AVIÃO COM 500 KG DE COCAÍNA DECOLOU DA FAZENDA DE BLAIRO, MINISTRO DE TEMER


26 DE JUNHO DE 2017 POR LUCIANA OLIVEIRA


247 – O avião bimotor interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nesta quinta-feira (25), carregado com mais de 500 quilos de cocaína, no interior de Goiás, decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT) com destino a Santo Antonio Leverger (MT). A fazenda está arrendada ao Grupo Amaggi, de propriedade do ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi (PP).

O bimotor foi interceptado por um caça A-29 Super Tucano da FAB no âmbito da Operação Ostium, desenvolvida de forma conjunta com a Polícia Federal, visando coibir crimes nas fronteiras do país. A fazenda ocupa uma parrea total de 200,4 mil hectares e divididos em 19 unidades própria da Amaggi e outros 51,9 mil hectares arrendados do grupo Itamarati, pertencente ao empresário Olacyr de Moraes.

O bimotor somente pousou em uma área rural após o caça da FAB disparar um tiro de advertência após o piloto se recusar a cumprir uma ordem de pouso em um aeródromo próximo. O avião pousou em na zona rural do município de Jussara, interior de Goiás. O piloto fugiu do local e até o momento não foi localizado. A droga apreendida no interior da aeronave será encaminhada para a sede da Polícia Federal em Goiânia

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Resultado de imagem para imagem de bico de pena para escreverUm avião com 500 kg de cocaína na fazenda de um político, ministro da agricultura do governo, sabe de quem ?

Isso mesmo, ministro de Temer, o presidente golpista flagrado em corrupção. Ao que tudo indica, trata-se tráfico da droga. E por onde anda o ministro ? Acertou quem disse que continua trabalhando normalmente no ministério, cuidando da agricultura, cuidando da comida na mesa do povo. Opps ! Comida na mesa do povo ou cocaína na mesa das elites ? Enquanto o ministro cuida de sua agricultura , qualquer cidadão do povo que for flagrado com um reles cigarrinho de maconha será demonizado pela grande mídia, acusado de maconheiro, dependente químico - na melhor das acusações possíveis - e outras coisas mais. Poderá ser condenado a prestar algum serviço social, ou mesmo trabalhar por alguns dias como faxineiro de aeronaves usadas na agricultura, por exemplo.

Um flagrante de uma aeronave transportando 500 kg de cocaína é algo muito sério que pode apontar para grandes esquemas , com conexões e ramificações internacionais do tráfico de drogas. Mais sério ainda se o flagrante aponta para a propriedade de um ministro de um governo que estuprou a democracia através de um golpe de estado, com apoio amplo e irrestrito dos grandes meios de comunicação do país que perseguem o povo quando esse comete pequenos delitos. O país está nas mãos de uma quadrilha, nas mãos de organizações criminosas e a maioria da população brasileira já tem conhecimento. Sendo assim, braços da quadrilha, como a grande mídia, alinham-se ao povo pedindo a saída do presidente, que se consolidada abre portas para que a quadrilha mantenha um representante no poder. A população, em sua maioria ao se comportar dessa forma pedindo apenas a saída do presidente, em nada altera as estruturas de poder. A mudança que se deseja não se resume apenas na saída de um corrupto, e sim em uma mudança de modelo econômico, profunda, que seja voltada para beneficiar a totalidade da população brasileira.

Você precisa rejuvenescer

Uso de carvão cresce 19% nos EUA durante o governo Trump. 
Na China e Índia consumo aumentou 6% este ano. 
Terra, adeus.



Fonte: CARTA MAIOR
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Com essa aí do carvão voltando, o caro leitor entende os motivos que levam Temer a chamar os russos de soviéticos.

Velha Roupa Colorida - Belchior

Você não sente e não vê 
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo Que uma nova mudança em breve vai acontecer O que algum tempo era novo, jovem Hoje é antigo E precisamos todos rejuvenescer Nunca mais seu pai falou: ?- she's living home E meteu o pé na estrada like a rolling stone...? Nunca mais você convidou sua menina Para correr no seu carro... (loucura, chiclete e som) Nunca mais você saiu à rua em grupo reunido O dedo em ?v?, cabelo ao vento Amor e flor, que é de cartaz No presente a mente, o corpo é diferente E o passado é uma roupa que não nos serve mais Você não sente e não vê Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo Que uma nova mudança em breve vai acontecer O que algum tempo era novo, jovem Hoje é antigo E precisamos todos rejuvenescer Como Poe, poeta louco americano Eu pergunto ao passarinho: ?- blackbird o que se faz?? E raven never raven never raven Blackbird me responde: ?- tudo já ficou trás? E raven never raven never raven Assum preto me responde: ?- o passado nunca mais? 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

O carro de boi da ditadura

De carros a gado: o polêmico agronegócio da Volkswagen na Amazônia

Em 1973, montadora alemã, com apoio do regime militar, iniciou projeto para criar o "gado do futuro" na Floresta Amazônica

dw.com


Uma fazenda-modelo para criar o "gado do futuro" e resolver parte do problema mundial da fome era o grande plano da montadora alemã Volkswagen em sua estratégia de ramificação de negócios no Brasil. Ao receber uma oferta do regime militar para participar do projeto de desenvolvimento da Amazônia, a empresa não perdeu a oportunidade de investir no agronegócio.

O projeto que, na década de 1970, parecia um ótimo investimento, com lucros garantidos, tornou-se, poucos anos, depois um pesadelo para o grupo alemão. Além de enfrentar acusações de ambientalistas sobre o desmatamento, a empresa se viu envolvida num escândalo sobre a exploração de trabalhadores em suas terras.

"Todas essas polêmicas que aconteceram na fazenda da montadora nos anos 1970 e 1980 ajudaram a construir a Amazônia como um espaço político nacional e internacional. A Volks acabou se tornando um símbolo da invasão da Amazônia por grandes empresários e grupos locais e estrangeiros", afirma o historiador Antoine Acker, cujo livro Volkswagen in the Amazon: The Tragedy of Global Development in Modern Brazil será lançado em julho.

Acker acrescenta que, apesar de a montadora alemã não ser a única que desmatava a região, ela era o nome mais conhecido. "Por isso, o escândalo da Volkswagen foi uma oportunidade para que muitas associações, partidos políticos e ativistas chamassem a atenção internacional para a Amazônia", ressalta.

"Integrar para não entregar"


Apesar de tentativas de desenvolvimento da Amazônia ocorrerem desde o final do século 19, com os ciclos de exploração da borracha, somente após o golpe militar de 1964 foi posto em prática um plano extensivo para a ocupação e "modernização" da região.

Com o lema "integrar para não entregar", o regime militar fez do desenvolvimento da Amazônia uma de suas prioridades. Para isso criou a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), responsável por colocar em prática essas ideias e administrá-las, além de buscar investidores interessados em negócios na região.

Mesmo propagando o discurso de proteger a Amazônia para evitar sua internacionalização, os militares faziam vista grossa, e até promoviam, investimentos estrangeiros na região. Nesse contexto surgiu a fazenda-modelo da Volkswagen no sul do Pará.

Na época, duas versões sobre o pontapé inicial da iniciativa circularam. No Brasil, divulgava-se que a empresa alemã e principalmente seu presidente no Brasil, Wolfgang Sauer, faziam questão de cooperar com o projeto de colonização da Amazônia.

Na Alemanha, para conquistar o aval do conselho de administração, o presidente do grupo na época, Rudolf Leiding, alegou que o negócio foi um pedido do regime militar. Mesmo sem consultar o conselho, ele havia comprado parte do terreno onde seria a fazenda em 1973.

"Na reunião do conselho, a compra acabou sendo validada, pois já havia ocorrido. Como não conhecia muito bem a situação brasileira, o conselho simplesmente aprovou porque não sabia do que se tratava. Leiding tentou explicar que a Volkswagen teria muito lucro se investisse na Amazônia", disse Acker.

Nessa controvérsia surgiu a Companhia Vale do Rio Cristalino (CVRC) e, com ela, os planos da montadora de exportar o gado produzido no Brasil para Europa, Japão e Estados Unidos.


Entre 1974 e 1986, Volkswagen criou gado no sul do Pará

Fazenda de alta tecnologia

Em 1974, com o aval da Sudam, a Volkswagen deu início ao projeto para transformar o espaço de 140 mil hectares no sul do Pará numa fazenda-modelo. O primeiro passo foi desmatar a área para a criação do pasto. De acordo com a legislação da época, a empresa poderia botar abaixo as árvores em metade do território.

Os planos da Volkswagen eram ambiciosos. Na CVRC deveria ser criado o gado do futuro. Assim, a iniciativa mostraria que, com o uso de novas tecnologias, seria possível ter uma pecuária tão eficiente e lucrativa numa região de clima tropical como em climas temperados. O projeto tinha ainda intenções sociais. Leiding dizia que a fazenda forneceria proteína para nutrir a população do Terceiro Mundo, como na época eram conhecidos os países pobres.

Para isso, a montadora não economizou em tecnologia e pesquisa, investiu em estudos do solo e dos animais, monitorou pastagens e rebanho com um sistema computadorizado. Tudo parecia seguir o rigoroso padrão alemão de qualidade.

Porém, logo após as primeiras queimadas, ambientalistas começaram a denunciar a devastação promovida pela empresa e os impactos incalculáveis que o desmatamento poderia causar no clima global. Além disso, a Volks foi acusada iniciar a derrubada da floresta sem a autorização de todos os órgãos brasileiros responsáveis.

No final da década de 1970, essas denúncias chegaram à Alemanha e à Europa por meio de reportagens publicadas na imprensa internacional. O desmatamento causado pela Volkswagen no Brasil foi tema de debate no Bundestag e no Parlamento Europeu.

A montadora, no entanto, alegava que respeitava a legislação brasileira e derrubava somente o permitido, além de argumentar que usava os métodos utilizados por todos na região e que estava investindo no progresso do Brasil. As críticas dos ambientalistas, porém, estavam longe de ser as únicas enfrentadas pela empresa.

Condições análogas à escravidão

Apesar de promover que havia tirado da pobreza vários dos cerca de 400 empregados da fazenda e lhes proporcionado o acesso à saúde e educação, a realidade dos terceirizados era bem diferente. Em 1983 vieram à tona as primeiras denúncias de casos de condições de trabalho análogas à escravidão dentro dos limites da CVRC.

"Houve casos de detenção e até assassinato de trabalhadores que prestavam serviço para a Volks", conta Ricardo Rezende, que na época era o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Araguaia-Tocantins e foi responsável por denunciar as violações cometidas contra os terceirizados na fazenda da montadora alemã.

Com promessas mentirosas, os trabalhadores eram recrutados por "gatos", como eram chamados os empreiteiros, pessoas físicas transformadas em jurídicas, contratadas pela Volks para desmatar a fazenda e fazer o pasto. Na fazenda, os recrutados eram obrigados a trabalhar para pagar supostas dívidas, sofriam violência e eram ameaçados, além der serem impedidos de deixar a região. As condições de trabalho, moradia e alimentação eram insalubres.

O escândalo foi amplamente noticiado pela imprensa internacional. Na Alemanha, algumas ONGs lançaram uma campanha de boicote aos produtos da empresa. A Volkswagen não negava as acusações, mas argumentava que não era a responsável pelos maus-tratos e péssimas condições de trabalho, que seriam de responsabilidade das empreiteiras contratadas.

Além dos escândalos, no decorrer dos anos, a CVRC se revelou um investimento deficitário. A montadora nunca alcançou a meta de produzir 56 mil cabeças de gado por ano. Em 1981, foram apenas 27,5 mil. O projeto dava prejuízo, sendo 75% financiado pelo governo brasileiro por meio de incentivos fiscais. Diante disso, a Volkswagen resolveu se livrar do "problema-modelo".

"Devido às condições gerais econômicas difíceis, assim como os investimentos volumosos no Brasil, a empresa decidiu, em 1986, vender a Companhia Vale do Rio Cristalino, também por não alcançar os lucros esperados", afirmou um porta-voz da Volkswagen à DW.

Auditoria externa

Em 1986, a Volkswagen colocou a fazenda à venda por 80 milhões de dólares. Em dezembro, a empresa decidiu vendê-la por 20 milhões de dólares à família Matsubara – imigrantes japoneses do Paraná que plantavam algodão e criavam gado.

Os Matsubara, porém, não arcaram com todos os pagamentos, e a Volks acabou ficando com a hipoteca da CVRC. Somente em 1997, a montadora conseguiu se livrar completamente da fazenda, que foi leiloada e adquirida por empresários brasileiros. No ano seguinte e em 2015, partes da CVRC foram desapropriadas e destinadas à reforma agrária. Atualmente, a região é palco de violentos conflitos agrários. No episódio mais recente, em maio, quatro pessoas morreram.

Questionada sobre como a Volkswagen avalia atualmente a CVRC e as denúncias envolvendo o projeto, a montadora alemã afirmou à DW que espera o resultado de uma investigação externa, que apura possíveis colaborações com a ditadura militar, para se posicionar sobre o tema.

Fonte: CARTA MAIOR

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Terra

A caminho do espaço
26 de junho de 2017 às 14h34


por Marco Aurélio Mello

O drama do fim do mundo voltou desta vez pelas lentes do professor Stephen Hawking.

Para ele, ou os humanos deixamos a terra nos próximos 100 anos, ou o superpovoamento e as questões climáticas vão acabar com a humanidade inteira, advertiu.

Temos que começar colônias na lua e em marte com bichos, plantas, fungos e insetos, afirma o gênio das ciências astrofísicas.

Estamos ficando sem espaço aqui embaixo e o tempo é curto.

Muitos vão sucumbir, certamente os que já não têm nada, sequer esperança.

Quem não tiver dinheiro para a passagem vai morrer na fila do sorteio.

Na corrida para povoar o espaço o que para uns será remédio, para outros será castigo.

O quê fazer?

Qualquer coisa, menos desistir.

Aliás, o que os donos do poder querem é que a gente desista.

Mas jamais nos daremos por vencidos; coragem minha gente!

Não vamos ficar esperando que nossa esperança morra.

Porque sempre foi assim, sempre há os que pregam o apocalipse, enquanto outros seguem em busca da “terra prometida”.

Lembrei-me da canção O Sal da Terra, do Beto Guedes: “…Vamos precisar de todo mundo (…) para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor.”

Para os imortais Lennon, Gandhi, Madre Teresa e Chico Xavier: “All we need is love.”

E para os mortais, como nós outros, também.

Fonte: VIOMUNDO
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Lendo o artigo lembrei-me de uma cena do cult movie Blade Runner, em que a vida em uma grande cidade dos EUA tornava-se inviável. Chovia todos os dias e pelas ruas grandes anúncios luminosos ofereciam uma vida melhor em outros planetas.
Certamente em um futuro próximo o homem irá colonizar outros astros no universo, isso se a humanidade sobreviver até lá.

O Sal da Terra
Beto Guedes
  
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

Globo. Uma ameaça à soberania nacional

Globo tornou-se ameaça à soberania nacional

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A título de introdução – o que estava em jogo

Como abordamos em vários Xadrez, havia um mundo em transformação, a China e os BRICs irrompendo como poderes alternativos, a crise de 2008 comprometendo o modelo neoliberal. Ao mesmo tempo, uma acomodação da socialdemocracia nos anos de liberalismo, queimando-a como alternativa econômica.

Por seu lado, os Estados Unidos garantiam seu papel hegemônico no campo financeiro e nas novas tecnologias de informação, já que a manufatura se mudou para a Ásia.

É nesse contexto que, a partir de 2002, monta-se uma nova estratégia geopolítica fundada no combate à corrupção. Envolvem-se nela o Departamento de Estado, as instituições de espionagem (CIA e NSA), os órgãos policiais (FBI e Departamento de Justiça) e as ONGs ambientais e anticorrupção.

Para consumo externo, a intenção meritória de melhorar o mundo. No plano estratégico, a tentativa de impedir as potências emergentes de percorrer o caminho trilhado pelas potências atuais: no campo político, a promiscuidade inevitável entre campeões nacionais e partidos políticos; na expansão externa, o uso inevitável do suborno para penetrar em nações menores.

Por outro lado, o avanço da espionagem eletrônica conferiu um poder imbatível aos órgãos norte-americanos. A pretexto de combater o crime organizado, amplia-se a cooperação internacional, entre MPs e policias federais dos diversos países. Através desse duto, os EUA passam a levantar seletivamente informações contra políticos não-alinhados em diversos países, como Brasil, Portugal, Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul.

O impeachment de Dilma Roussef teve três personagens centrais com laços estreitos com os Estados Unidos:

· Juiz Sérgio Moro

· A Globo

· Movimentos de rua.

Na última 5a, publiquei o post “Xadrez de como a Globo caiu nas mãos do FBI”.

Vamos avançar com mais informações que surgiram nos últimos dias.


Peça 1 – Sérgio Moro e o FBI

No GGN há um amplo levantamento sobre a cooperação internacional, o sistema de cooperação penal entre países, dos quais o Brasil é signatário. A cooperação deve ser formalizada através do Ministério da Justiça, Itamaraty ou Procuradoria Geral da República.

No caso Banestado, houve uma aproximação informal entre o juiz Sérgio Moro, procuradores e delegados da PF com o FBI, NSA e Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Havia vários indícios dessa ligação e da maneira como Moro foi abastecido por informações das autoridades norte-americanas, para, mais tarde, conseguir transformar um processo contra uma lavadora de carros em um escândalo nacional.

Na semana passada, o Jornalistas Livres apresentou a evidência mais forte dessa cumplicidade, um caso de 2007, no qual Moro autorizou um agente do FBI criasse um CNPJ falso para uma ação controlada contra um falsário. Não informou sequer o Ministério Público, denotando uma cumplicidade muito mais ampla e mais antiga do que até então se imaginava.

O fato revelado reforça as suspeitas sobre a ação deliberada de Moro e dos procuradores de Curitiba de destruição de empresas brasileiras que competiam globalmente com multinacionais norte-americanas e de imposição da agenda liberal da Ponte para o Futuro.

Peça 2 – a Globo e o FBI

Por volta de 2014, o patriarca da Odebrecht, Emilio, indicava a impossibilidade de qualquer forma de negociação com a Globo: ela estaria refém do FBI. À medida que foram revelados detalhes da Operação Rimet - conduzida pelo Ministério Público espanhol e pelo FBI - sua previsão fez sentido.

Há vários anos, os escândalos da FIFA eram tratados por um grupo restrito de jornalistas, correspondentes internacionais, entre os quais o britânico Andrew Jennings e o correspondente do Estadão em Genebra, Jamil Chade.

Em 2014, o jornalista-empresário brasileiro J. Hawilla foi preso nos Estados Unidos e negociou um acordo de delação. Era o principal contato da Globo com a CBF.

Uma pequena cronologia para se entender o quadro atual:

18 de setembro de 2014 – entrevistado pelo GGN, o jornalista Andrew Jennings desafiava: brasileiros, cadê vocês? Forcem a CBF a abrir as contas”. Crítico da copa do Mundo no Brasil, Jennings afirmou que “há muito o que a democracia brasileira poderia ter feito que não fez. Legalmente, cuidar dos interesses do próprio país e do interesse no futebol. O governo falhou, foram covardes contra um exército desarmado”.

12 de dezembro de 2014 – J.Hawila acerta o acordo de delação com o FBI.

No acordo, devolveu US$ 151 milhões de dólares, sendo US$ 25 milhões foram pagos no momento do acordo, segundo o documento divulgado pela Justiça dos Estados Unidos. Segundo a Justiça americana, Hawilla foi indiciado e culpado por extorsão, conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

O teor da delação tornado público não mencionava a Globo e pouco se referia aos contratos da CBF. Concentrava-se mais nas operações com a FIFA e nos Estados Unidos.

27 de maio de 2015 – o FBI cerca um hotel em Zurique e prende vários executivos da FIFA. Explode o escândalo tendo como epicentro da brasileira Traffic, de J. Hawilla, principal instrumento da Globo para garantir a primazia nas transmissões de futebol no país, além de dono de várias afiliadas da rede.

Globo Esporte noticia as investigações do FBI sobre a CBD (Justiça dos EUA: contrato da CBF com fornecedora é investigado por propina). Mas se refere exclusivamente aos contratos de fornecedores.

2 de julho de 2015 –Segundo informou o colunista Ricardo Feltrin, da UOL, a pedido do FBI, a Polícia Federal passou a investigar os contratos da Globo com a CBF.

“A reportagem do UOL apurou que contratos assinados entre a TV e a entidade em anos passados serão submetidos ao escrutínio de especialistas da PF. Trata-se, inclusive, de parte da colaboração que o país vem fazendo com as investigações do FBI (...) A PF quer entender como funcionou a relação entre a gestão do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o Departamento de Esportes da Globo. Na TV aberta a Globo detém o monopólio de transmissão dos principais torneios de futebol há quase 40 anos”.

10 de fevereiro de 2016 – em entrevista ao GGN, Jamil Chade traz duas informações relevantes. A primeira, a de que o FBI se deu conta de que o Brasil já estaria preparado para encarar seus grandes escândalos a partir das manifestações de junho de 2013. Um deles, foi o que resultou na Lava Jato. O segundo, o da FIFA. Mas as autoridades norte-americanas não entendiam a razão do Ministério Público brasileiro ser o mais refratário a colaborar com as investigações.

Durante as próprias manifestações de 2013, a Globo fechara o acordo tácito com o MPF (Ministério Público Federal), transformando em tema nacional o veto à PEC 37 (que reduzia os poderes de iinvestigação do MPF) passando a partir de então a avalizar todas suas ações, incentivando o jogo político. Dessa parceria, monta-se a divulgação maciça de escândalos, com o MPF e a PF alimentando a mídia com vazamentos diários, gerando o clima de catarse que leva multidões às ruas pedindo o impeachment de Dilma Rousseff.

Peça 3 – a mão estrangeira nos movimentos de rua

O aparecimento de organizações como o Movimento Brasil Livre (MBL) colocou no foco os irmãos Kock, bilionários norte-americanos que resolveram investir na mobilização política nos Estados Unidos e em outros países, como templários do livre mercado. Seguem uma antiga tradição de grupos empresariais fundamentalistas, como o W.R.Grace, católicos de origem irlandesa que, nos anos 60, bancavam o padre Peyton e sua cruzada pelo “rearmamento moral”. No Brasil, também surgiram organizações bancadas com recursos de grandes grupos.

Hoje em dia, com os avanços do big data, tornou-se relativamente simples viralizar bandeiras, protestos, principalmente quando se cria o caldo de cultura adequado, através dos grandes veículos de comunicação.

Conclusão

Até agora, a concentração de mídia era vista como instrumento que desequilibrava o jogo político e social, impedindo as manifestações plurais, especialmente das faixas de menor renda.

A crise que culminou no impeachment de Dilma - e que poderá levar ao impeachment de Temer - tem desdobramentos muitos mais sérios: a destruição da engenharia nacional, os acordos de mercado com uma quadrilha que assume o poder, atacando as reservas de pré-sal, promovendo vendas de empresas estatais na bacia das almas, se propondo a autorizar a venda maciça de terras para estrangeiros.

Claramente o monopólio de mídia torna-se uma ameaça real à soberania nacional.

Nesses tempos de redes sociais, big datas e cooperação internacional, bastou a cumplicidade de um juiz de 1a instância junto com procuradores e delegados de um estado interiorano – , a cooptação do maior grupo de mídia do país, e a organização, via redes sociais, de movimentos de rua, para implodir o sistema político, proceder a uma queima irresponsável de ativos nacionais e impor uma agenda econômica sem negociação e sem aprovação da opinião pública.

A partir da reorganização política brasileira, em que base se der, a questão da regulação da mídia e das concessões, assim como o enquadramento do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, ao lado de formas modernas de combate à corrupção, terão que se converter em bandeiras prioritárias para a consolidação da democracia.

Postado por Altamiro Borges às 13:38

Fonte: Blog do Miro
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