segunda-feira, 26 de junho de 2017

Presidente anacrônico

Temer chama empresários russos de "soviéticos"

A gafe cometida pelo Palácio do Planalto na semana passada, às vésperas da viagem de Michel Temer à Rússia, se refletiu nesta segunda-feira (26) em um discurso do presidente, que voltou pelo menos ao ano de 1991, ao chamar os empresários russos de "soviéticos".

"Estive agora recentemente em Moscou, na Rússia, e depois na Noruega, e verifiquei o interesse extraordinário dos empreendimentos soviéticos, o deputado Perondi lá esteve em nossa comitiva, e nós pudemos verificar o interesse extraordinário de empresários soviéticos e noruegueses no nosso país", disse Temer, que não corrigiu a denominação.

No último dia 19, o governo federal divulgou, no site do Palácio do Planalto, a agenda de Michel Temer com a divulgação da viagem para a "República Socialista Federativa Soviética da Rússia", nome que foi abolido há 25 anos, com a queda do campo socialista.

"Temer é uma catástrofe diplomática", diz professor de relações internacionais
Temer: "Pudemos verificar o interesse extraordinário de empresários soviéticos no nosso país"

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Gafes acontecem, são normais. Temer, no entanto, já esgotou sua cota. Já foram tantas em tão pouco tempo. Ao que se revela, os soviéticos não saem de sua cabeça talvez por influência americana do período da guerra fria. A União Soviética não mais existe, desde 1991, quando no Brasil ainda nem existia a internete e os telefones celulares apareciam em forma e tamanho de tijolos. Hoje os russos são russos, de etnia eslava, e os soviéticos ficaram no passado, assim como Temer. Temer se reuniu com empresários russos, e não com um grupo de russos, uzbeques, bielorrussos, ucranianos, letões e outros, que caso fosse verdade, ainda poderia chamá-los de ex-soviéticos, mas, jamais de soviéticos. Recentemente, em entrevista com o jornalista Boris Casoy, José Serra, ex- aliado do governo Temer e paulista como o presidente se referiu ao Brasil como Estados Unidos do Brasil, algo que também faz parte de um passado distante. De alguma forma, o atraso tomou de assalto o poder do país. Em 1991 Collor era o presidente do Brasil, os Estados Unidos atacaram o Iraque no que ficou conhecido como Guerra do Golfo ,grande parte dos brasileiros assistia novelas da TV Globo, o gênero musical sertanejo conquistava os grandes centros urbanos, Silvio Santos distribuía dinheiro em seus programas de TV, Francis Fukuyama um ano antes declarava o fim da História e ainda no mesmo ano foi criada no lugar da URSS a CEI - Comunidade dos Estados Independentes.

De alguma forma, diante dos fatos históricos, o passado de Temer ainda vive, ainda que anacrônico, ultrapassado, cansativo e necessitando com urgência de uma grande revolução inovadora e criativa.

O golpe morreu

Um ano de golpe: Temer e Aécio mortos, Lula e PT crescendo e Janaína Paschoal limpando banheiro

Por Kiko Nogueira
- 25 de junho de 2017

Ele

Um ano depois do golpe, o cenário para seus artífices é de terra arrasada e falta de perspectiva.

Para resumir: Temer e Aécio destroçados, Lula favorito para 2018 e a popularidade do PT crescendo juntamente com ele.

Segundo todas as pesquisas, Lula lidera isolado nas intenções de voto para presidente. A mais recente, encomendada pelo Poder360, traz o petista em primeiro com 27% nos 2 cenários testados.

O desempenho, diz o site, é “estável, com ligeira tendência de alta – ele teve pontuações positivas em relação a estudos anteriores, mas sempre dentro da margem de erro”.

Em abril, Lula amealhou 24% e 25% da preferência do eleitorado, sendo que, em maio, o número era também 25%.

O Datafolha de domingo, 25, crava que o PT atingiu a maior popularidade desde a segunda posse de Dilma. É o partido preferido de 18% das pessoas ouvidas.

Voltou a crescer em maio, quando alcançou 15%, de acordo com o instituto. Em segundo lugar, empatados com 5%, estão o PSDB e o PMDB.

Fica patente também o fracasso da dobradinha de Sergio Moro com a mídia. Três anos de perseguição a Lula e o que temos? Procuradores viciados em aparecer a qualquer custo enquanto sua nêmesis cresce na foto.

A fraude da derrubada de Dilma foi um péssimo negócio para os sócios.

Há um recado esperançoso da democracia para essa canalha: você consegue enganar alguns parte do tempo, mas não todo mundo o tempo todo.

Talvez nada represente melhor esse fiasco do que Janaína Paschoal, a pomba gira que ainda vive de seus 15 minutos de fama do pedido de impeachment: tuiteira e fiscal de banheiro.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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O golpe fracassou. Um ano depois, o fracasso é notório.

No entanto, os golpistas, articuladores e apoiadores do golpe controlam o Poder.

Não será surpresa a saída de Temer e alguém indicado pelo golpe assumir o posto de presidente.

Se faz necessário derrotar todos aqueles que controlam o Poder, e , a partir de então, realizar eleições livres e diretas para presidente.


Compaixão

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Sobre a compaixão



Minha formação é cristã, mas eu, ao longo do caminho fui desbravando outros caminhos da fé. Ainda assim, algumas coisas ficam impregnadas na alma. Minha mãe tinha por prática ir, todos os sábados, à missa das sete na igreja matriz de São Borja. Ele entrava, e nós ficávamos com o pai, passeando na praça, ou dando uma volta pelo Passo. Mãe nunca obrigou a seguirmos sua fé, daí essa opção pagã enquanto ela rezava. Mas, havia também a missa na capelinha do hospital, próximo à nossa casa, no sábado à tarde. A gente ia e curtia, porque era uma missa diferente. O padre instigava as pessoas a falar e fazia interpretações bem diferentes dos textos dos evangelistas. Era criativo e prazeroso.

Uma das interpretações que mais me marcou ao longo da vida era a do bom samaritano. O cara que levanta o homem caído na estrada para Jericó, e o leva a uma estalagem para que seja cuidado. Varias pessoas haviam passado, mas só aquele homem da Samaria teve compaixão. A estrada, uma das mais perigosas da região, era cheia de ladrões e as pessoas temiam umas às outras. Mas o samaritano não temeu. Enquanto as pessoas pensavam “O que poderá me acontecer?”, aquele homem pensou: “o que poderá lhe acontecer?” Então, generoso, o transportou até um lugar seguro.

Essa é a postura que persigo desde então. O sentimento sobre o outro, caído. O que poderá lhe acontecer? E nessa aflição, estender a mão, cuidar, acolher, independentemente dos riscos.

Não vi os vídeos sobre o tal ator que teve uma recaída e foi filmado na queda. Mas acabei lendo alguns comentários na rede. De doer. Há os que comparam os caídos da cracolândia com o atorzinho branco e rico, tripudiando do segundo. Há os que condenam. Há os que fazem chacota. Há de tudo. Desde a maldade mais pura até a hipocrisia mais fecunda. O ser humano na sua face mais vil. De fato, ali estava um ser humano em escombros, tenha ele a cor que for. Assim como estão em escombros os negros pobres da cracolândia. Unificados na dor e na condição de ser um ser perdido nesse doloroso mundo capitalista.

“O ser humano é a pior pessoa que existe”, dizia, brincando um amigo meu. E outro amigo, o Danilo, é o primeiro a bramir o dedo, negando isso. Não. Não é que o humano é ruim. São as condições históricas que o fazem assim. É o modo capitalista de produção que torna o humano egoísta, insensível, competitivo, invejoso, desprovido de compaixão. Afinal, nesse sistema, para que um viva, outro precisa morrer. Então, o pensamento da maioria é simplista: se um tem que morrer, que seja o outro. E aí, vale tudo.

E essa máxima é bombardeada o tempo todo pela indústria cultural. No cinema, na televisão, nos livros, em tudo. Basta pensar que um programa como o Big Brother está no ar há quase 20 anos. E que sua lição fundamental é basicamente a possibilidade de eliminar o outro. Ah, não gostei da risada dela: elimina. Não gostei do cabelo: elimina. Não gostei que ele disse: elimina. E as pessoas, milhões e milhões – já houve pico de 35 milhões – gastam dinheiro para eliminar o outro. É chocante. Mas, ainda que chocante, é a realidade cotidiana. Assim o sistema capitalista nos ensina fazer. Sempre eliminando o outro, o diferente, o desigual, o que nos ameaça, o que nos obscurece.

Eu prefiro seguir como o homem da Samaria ou mesmo como El Che, que dizia que enquanto houver uma pessoa injustiçada no mundo, temos de ser companheiros. Pois é. Pode ser branco, pode ser preto, azul, vermelho, amarelo. Pode ser rico ou pobre. Mas se tiver caído, fragilizado, oprimido, o melhor a fazer é levantá-lo, levar à estalagem e deixar protegido. Mesmo que seja um inimigo.

Lembro Fidel Castro que criticou as secretárias que vibravam com o atentado contra Ronald Reagan. Ele as chamou e disse: “Não façam isso. Aos inimigos, temos de enfrentar de frente. Não podemos nos regozijar porque ele está caído. Essa não é uma conduta ética”.

Então, Fidel faria o mesmo que o samaritano na estrada para Jericó. E eu também prefiro fazer. Compaixão, empatia, o coração leve.

Postado por elaine tavares às 09:14

Fonte: PALAVRAS INSURGENTES
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Lendo seu belo texto lembrei de uma passagem da canção Vincent, de Don McLean, que fala sobre a vida de Vincent Van Gogh:

This world was never meant for one as beautiful as you - esse mundo nunca foi desenvolvido para pessoas tão bonitas quanto você -

Dia de greve

#OBrasilVaiParar

26 DE JUNHO DE 2017 POR LUCIANA OLIVEIRA



O que desejo para essa semana é união. 
Que dia 30, sexta-feira, os brasileiros se juntem pra despejar Michel Temer e os golpistas corruptos do poder.
#oBrasilVaiParar pra que volte aos trilhos.
A ‘Ponte Pro Futuro’ erguida sem democracia, nos levou ao inferno.
Atenda ao chamado à mobilização na sua cidade.
São dezenas de sindicatos unidos em defesa dos direitos dos brasileiros. As reformas dos golpistas não passarão!
Todos nas ruas, pelos direitos de todos

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Trinta anos atrás, junho de 1987.
Um governo detestado pelo povo resolveu aumentar as passagens de ônibus.
Av. Rio Branco, centro do Rio de janeiro, dezenas de ônibus incendiados.
Estava lá, com a antiga CS, coquetel molotov nas mãos vivendo toda a adrenalina daquele dia.
Depois daquele dia fantástico, o governo recuou e os trabalhadores venceram aquela batalha.


Ônibus foram incendiados durante protesto contra aumento da passagem em junho de 1987 no Rio | Arquivo O Globo
Junho de 2017, a história se repete, trinta anos depois, e coloca em cena os mesmos personagens, um governo detestado pelo povo e os trabalhadores em luta.
Participe, lute.


Reis e rainhas

Lula e Mariza sendo recebidos pela Rainha e pelo Rei da Noruega. E não da Suécia, viu Temer? Quanta diferença!



Fonte: CARTA MAIOR
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Somente pouquíssimos brasileiros tem esse privilégio, viu Globo ?


O analfabeto político

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“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que  o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

Bertold Bretch


Fonte: CARTA MAIOR

Dia internacionall de apoio às vítimas de tortura

Dia Internacional em Apoio às Vítimas de Tortura foi instituído pela ONU em 1997

Data visa criar condições de amparo solidário, material e psicológico às vítimas de torturas e maus-tratos
Carmen Lúcia

Manifestação em 2012, em São Paulo, para expor publicamente ex-militar reformado acusado de ter comandado sessões de tortura / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Hoje é o Dia Internacional em Apoio às Vítimas de Tortura. O dia 26 de junho foi escolhido pelas Nações Unidas em 1997. Neste dia em 1987 entrou em vigor a Convenção contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes da qual o Brasil é signatário.

A comunidade internacional já tinha condenado a tortura na Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, mas a prática continuava.

A prisão, a tortura, o assassinato e o desaparecimento forçado continuam sendo registrados na história da Humanidade. O acesso à educação, à tecnologia e o avanço da ciência não foram suficientes para acabar com essa violência que busca aniquilar a personalidade da vítima e nega a dignidade do ser humano.

Na América do Sul, ela foi adotada por todos os regimes comandados por militares durante o Século XX.

No Brasil a proibição à tortura foi incluída na Constituição Federal de 1988 e deve ser observada por todos os cidadãos e autoridades de direito público ou privado.

A Comissão Nacional da Verdade apurou que durante o período do regime militar a tortura foi utilizada das mais diversas formas, com agressões físicas e psicológicas, prisões irregulares e desaparecimentos de ativistas políticos.

A violência foi traço constante na construção deste momento histórico. Prisões, sumiços, além de outros meios de manutenção do poder envolveram agressões físicas e psicológicas.

Apesar de todo esforço da comunidade internacional para combater essa prática, ela ainda ocorre em diversos países sendo aplicada sistematicamente como política repressiva e de investigação.

Fonte: BRASIL DE FATO
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A tortura é com certeza a pior de todas as covardias que se pode praticar contra outra pessoa. O torturado, sempre, é uma pessoa
em condições de não poder se defender, e, em assim sendo, é dominado pelo torturador que se delicia com atrocidades que comete. Durante o período da ditadura militar mulheres que foram presas e torturadas tiveram seus seios arrancados com mordidas dadas pelos torturadores. A barbárie da tortura infelizmente ainda se faz presente nos dias atuais, com o agravante de receber apoio de uma considerável parcela da população brasileira, que vê em tais práticas uma maneira válida de se extrair informações. Por outro lado, o torturador enquanto uma pessoa perversa, na maioria das vezes assim se revela devido a negação de si próprio, algo quase sempre relacionado com uma orientação sexual não aceita. A violência extrema contra o outro submisso, indefeso, é o momento de rejeitar a si próprio, torturar-se, negar-se pelo auto flagelo e dor que acompanham sua vida. O torturador é um psicopata, uma pessoa doente com gravíssimos transtornos psicológicos, que como tal deveria viver à margem do convívio social em centros especializados de tratamento. Quanto as pessoas vítimas da tortura, o amparo, a solidariedade e em alguns casos até mesmo o apoio psicológico se fazem necessários, pois em não existindo sequelas físicas o trauma psicológico pode acompanhar a pessoa, paralisando-a, impedindo-a de agir e viver, ainda que livre de tais práticas, uma vez que sonhos, planos, projetos de vida desparecem da vida de pessoas torturadas que lutam apenas para que se mantenham vivas