sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Golpistas em fuga

O governo golpista gastou dinheiro público em pesquisas para descobrir que é golpista. 

Postado em 09 Sep 2016
por : Kiko Nogueira


Quanto custaram as pesquisas inúteis, pagas por você, para Michel Temer descobrir que o carimbo de golpista colou em sua testa?

20 mil? 30 mil? 100 mil?

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, os levantamentos indicam que “o governo deveria ter reagido mais cedo”.

Temer, diz ela, “tentou fazer isso num de seus primeiros discursos como presidente efetivo, em que disse que os ministros deveriam responder ‘golpista é você’ para rebater a acusação” (como se fosse adiantar alguma coisa).

Duas frentes de reação institucional foram esboçadas: o publicitário Elsinho Mouco surgiu com um “Fora, Ladrão” — de resto, perfeito para os governistas berrarem em frente a um espelho. Mouco, vale lembrar, é o gênio que se inspirou num desenho de Michelzinho para fazer o símbolo da vilegiatura temerista.

Outra opção, igualmente idiota, é um tal “Bora, Temer”. Esse dinheiro público jogado no lixo poderia ter sido economizado se não se tratasse de um bando incompetente de canalhas acossados.

Venderam um peixe velho e estragado, com a cumplicidade e a publicidade dos de sempre, e agora não conseguem entregar. A bateção de cabeça é evidente.

Um caso claro de “ganhou, mas não levou”. O “mercado” não reagiu conforme prometeu a consultora Empiricus. Não brotaram leite ou maná do chão. O repúdio internacional chegou ao G20.

Diminuir moralmente os protestos tornou-os maiores. Fugir das vaias na Olimpíada fez com que elas triplicassem de intensidade na Paraolimpíada. A porradaria da polícia sobre os manifestantes resultou em mais manifestantes com mais vontade de ir para a rua.

Caiu a máscara de Temer como “grande articulador”, “político hábil” — o oposto de Dilma, uma senhora rabugenta que, segundo o jornalismo chapa branca, batia em camareiras e corria de deputados e senadores quando os via dobrando a esquina.

Sua gestão é campeã do recuo, do desmentido, dos tiros no pé. E olha que eles estão lidando com uma mídia amplamente a favor. A última investida da propaganda é o clichê da “herança maldita”, encampado por Miriam Leitão. Não vai colar também.

Temer era decorativo, virou interino, tornou-se efetivo e agora é clandestino. Vai do gabinete para casa em carro fechado. Fez o que fez para passar pouco mais de um ano se escondendo.

Agora, no desespero, um animal sugere utilizar o erário para descobrir o que a humanidade sabe há milênios: se você não quer ser chamado de golpista, não dê um golpe.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Lula Marques: Sobre colegas que não querem ser chamados de golpistas

09 de setembro de 2016 às 01h12

Foto Lula Marques

Os coleguinhas fotógrafos não querem ser chamados de golpistas

por Lula Marques, em seu perfil no Facebook

São golpistas sim e agora aguentem as consequências!

Quando começou todo o processo do impeachment, eu era a única voz entre os fotógrafos que cobrem o Palácio do Planalto que dizia que era um golpe.

Chegava todos os dias para trabalhar e, em alto e bom som, soltava um “bom dia mídia golpista!”. No começo, os coleguinhas levavam na brincadeira, mas o tempo foi passando e o golpe se consolidando.

Quando o processo passou na Câmara, eu virei alvo de piadinhas nos corredores, coberturas jornalísticas e nos bares. Fui chamado de louco, disseram que eu precisava tomar remédio.

Ouvi muita piadinha dentro do Planalto e no Congresso dos fotógrafos machões, homofóbicos, preconceituosos, arrogantes e misóginos.

São analfabetos políticos. E, ainda se acham melhores do que qualquer trabalhador por ter uma credencial para entrar nos Palácios.

Nos anos do PT, ouvi frases como: “Como o ar esta fedido hoje aqui”, referindo-se aos integrantes de movimentos sociais que participavam de cerimônias. Que nojo! Para esse tipo de gente, pobre não tem direito a frequenter aeroporto.

Isso sem falar dos comentários misóginos sobre a presidenta Dilma. É de dar asco!

O que esperar de um fotógrafo que fala que o maior problema do casamento são as mulheres?! A misoginia ajudou a derrubar a primeira mulher eleita desse País. Se fosse um homem no lugar dela, não teria passado pelo que Dilma passou. Para esse tipo de gente, as suas mulheres devem ser lindas, recatadas e do lar.

Ouvi também dos coleguinhas jornalistas que eu estava remando contra a maré. Era maluco de ser uma voz solitária no meio daquele massacre midiático. Olhares de reprovação.

É como se falassem: o que esse petista está fazendo aqui? O jornalismo que idealizamos morreu e um novo jornalismo alternativo está surgindo e expondo as “grandes”redações, que transformaram fotógrafos em meros apertadores de botão. Recebem uma pauta e sequer sabem o que está por trás dela. Há uma grande diferença entre petista e jornalista e espero que procurem no dicionário a resposta.

Agora não querem ser chamdos de golpistas?

SÃO GOLPISTAS e a nossa imprensa está na lata de lixo da história, ao contrário da mídia internacional, que enxergou o golpe. Quando estavam batendo na presidenta Dilma não queriam saber o que viria depois, agora aguentem as consequências de ter que ir para as ruas e serem escrachados durante as coberturas das manifestações contra o governo golpista, contra a mídia golpista e contra os corruptos que vocês ajudaram a colocar no poder.

Aguentem e paguem pelas mentiras ditas, mentiras fotografadas e por ter ajudado a derrubar uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos. Não é por acaso que a credibilidade da imprensa vai ladeira abaixo.

Os leitores/eleitores estão cobrando. Fizeram agora paguem. Não venham com a desculpa de que são trabalhadores e a culpa é dos donos dos jornais.

Vocês são os jornalistas que estiveram na linha de frente na hora buscar as informações e sabiam muito bem o que seus editores queriam e fizeram direitinho para manter seus empregos. Ligaram o foda-se para o País e a democracia.

Não tentem arrumar um culpado pelo seus erros, vão ser chamados de golpista sim. Seus chefes golpistas, que ajudaram o golpe, vão continuar nas suas salas com ar condicionado e vocês vão ter que ir para ruas e as ruas os esperam.

Estou na profissão há 35 anos, cobri a redemocratização, reforma constitucional, impeachment do Collor, anões do orçamento e fiz tantas outras matérias maravilhosas.

Nos últimos anos, no entanto, a parcialidade virou rotina, omissão, manipulação… dois pesos e duas medidas.

O objetivo era tirar o PT do poder. Não vi nada parecido com outros partidos. E hoje, a mídia altenativa, como os jornalistas livres, mídia ninja e tantos outros surgiram com o compromisso com a verdade e a democracia.

Ontem fui acusado de viver para ter likes. Nós, verdadeiros jornalistas queremos divulgar a verdade e os likes são resultado do nosso trabalho sério e honesto.

Mostramos a verdade, sem manipulação, ao contrário dos veículos tradicionais.

Não concordo com a violência e me solidarizo com meus colegas, Lula da Record e Kleiton do UOL, profissionais que respeito.

Venceram na profissão e foram atacados por radicais de esquerda.

Sigo na luta para acabar com a corrupção e desigualdade social. Minha escola de jornalismo sempre foi a liberdade e democracia.

Não faço e nunca vou fazer parte de grupinhos que se comunicam e trocam mensagens pelo WhatsApp para não perderem uma foto e serem demitidos.

Meu compromisso é com o leitor. Não tentem arrumar o culpado de tudo que vocês provocaram. Um dia espero que a consciência mostre o quando foram pequenos.

Fonte: VIOMUNDO
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O governo golpista, insatisfeito e triste por ser chamado de golpista, encomendou uma pesquisa de opinião para saber se a população o considera golpista.

O resultado foi demolidor:

GOLPISTA

Como o presidente é, comprovadamente, golpista, chamá-lo-ei de golpista.

Se não fosse golpista, chamá-lo-ia de Outra Coisa, já que chegou a presidência sem o voto direto da população.

Golpistas e Outras Coisas desestabilizam a Nação, forjam conflitos, sintetizam retrocessos, evaporam esperanças e precipitam o caos.

Por outro lado, a narrativa sobre a realidade do país, a grande mídia, dilui o golpe, apresentando-o como um processo supostamente legal e democrático.

Como essa narrativa já deu, ou seja, se revela insustentável, a grande mídia, assim como o governo comprovadamente golpista, não quere ser chamada de golpista.

Não sendo golpista, também não é Outra Coisa, já que sempre foi o que tem sido ao longo de décadas, ou seja, um jornalismo engajado politicamente para defender interesses nocivos à esmagadora maioria da população brasileira.

No entanto, no longo processo de defesa desses interesses desde tempos distantes, o golpe sempre se fez presente, de fato  e em tentativas frustradas.

Diante da realidade, governo e grande mídia são, de fato, aquilo que a maioria da população brasileira percebe de forma muita clara, transparente e translúcida.

Tal percepção, por outro lado, não passa pelas narrativas do governo nem da grande mídia, o que confere ao conceito Golpista de ambos uma credibilidade pétrea.

Não gostar do conceito pétreo é normal.

Ignorá-lo, também é normal.

No entanto, tentar rejeitá-lo como falso significa uma fuga ante o real.

Curiosamente, governo golpista e mídia golpista, nos dias atuais, vivem fugindo do povo, ou seja, da realidade.

Verde amarelo delirante nas ruas

Os farsantes que definham a democracia brasileira

A elite brasileira verde e amarelo segue com seu discurso despolitizado de ódio à esquerda e aos 'perigosos comunistas'.

Luciana Burlamaqui : jornalista, cineasta, diretora do longa-metragem Entre a Luz e a Sombra e produtora da Zora Mídia, voltada para produção de filmes focados em temáticas humanistas.



Vivemos uma grande farsa no Brasil encenada por políticos, mídia, juízes, advogados e a sociedade civil de direita.

A TV Globo finge que noticia de forma imparcial, mas não dá voz equilibrada a Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores, além de diminuir o espaço e o tom quando a denúncia atinge o governo golpista e o PSDB. Muitos jornalistas da emissora agem como atores e atrizes a serviço de seus chefes para preservarem o gordo salário no final do mês.

Juízes do Supremo Tribunal Federal dificultam qualquer investigação contra Aécio Neves e só se manifestaram contra Eduardo Cunha, depois do impeachment consumado no Congresso.

A Constituição é aviltada pelo governo golpista na destituição, por duas vezes, do presidente da EBC Ricardo Melo, e no desrespeito ao poder legal de voto negado ao Conselho Curador da emissora, fulminando-o novamente com sua destituição.

A perseguição movida pelo medo da conspiracão - o alimento da alma destes políticos – começou de forma espúria, contra o garçom do Planato José Catalão demitido sumariamente sem qualquer justa causa e seguiu implacável na destituição de vários nomes de peso em todas as áreas do executivo federal.

José Serra, ministro golpista das relações exteriores finge que se preocupa com o Brasil e lança uma política internacional que revela seu preconceito contra os países mais vulneráveis e sua visão anti-América Latina, subjugada aos interesses do capital americano.

Os ministérios dos homens brilhantes, que Temer elogiou em entrevista a Sônia Bridi na TV Globo, logo após assumir interinamente, é de horrorizar qualquer ser humano lúcido neste país. Mas a farsa, dá voz a voz de Temer, pela emissora. Uma roda de farsantes que dá as mãos e finge que nada de errado está acontecendo. O áudio do ex-ministro e presidente do PMDB, Romero Jucá desenhando de forma cristalina o golpe contra a presidenta Dilma é abrandado pela emissora. Segundo os comentaristas da Globo News; Merval Pereira, Renata Lo Prete e a turma que os acompanha, o áudio do senador e ex-ministro, não tem nada a ver com golpe. O mesmo grupo de jornalistas passou todo o período do impeachment dando risadas desreipetosas sobre a presidenta Dilma e fazendo fofocas ao vivo sobre a destituição dela.

Temer finge que foi eleito pelo povo brasileiro e que vai unir o país. A Globo finge que não tem nada a ver com a manipulação que fez para criar e intensificar a crise econômica, e tenta demonstrar que não há nenhum protesto relevante (milhares de pessoas nas ruas todos os dias) pedindo a saída do golpista Michel Temer. O objetivo das organizações Globo é a saída do poder em definitivo do PT, Lula e Dilma. Para alcançar este objetivo, vale tudo.

As lideranças dos movimentos de direita fingem que está tudo bem e desapareceram diante das notícias de corrupção e golpe desmascarados desde o áudio de Jucá que tinha a intenção de levar Michel Temer ao poder para estancar a Lava Jato.

As notícias internacionais do golpe trazem a verdade. Os movimentos de rua gritam com a alma e o coração. Os artistas que ocuparam os escritórios do MINC em todo país se mantém leais a causa e, a partir deles, começam a surgir os primeiros documentários desta farsa histórica.

A Polícia Militar segue barbarizando em todo o país, com o apoio do governo golpista do Temer, e em São Paulo a mando também do governo fascista de Geraldo Alckmim.

A elite brasileira verde e amarelo segue com seu discurso despolitizado de ódio à esquerda e aos “perigosos comunistas”. E as eleições para prefeitos seguem com seus candidatos da direita fortemente despreparados, fazendo política à moda antiga: promessas vazias, sorrisos falsos, pouquíssima realidade, nenhum conhecimento sistêmico das cidades e suas fichas sujas jogadas debaixo do tapete por milagres inexplicáveis da mão da “justiça”.

Estamos em um salve-se quem puder!

Só a união de todos os grupos e indivíduos progressistas em diferentes frentes com o objetivo de fortalecer a pressão popular no Brasil e junto aos orgãos internacionais de peso pode, talvez, nos salvar das nuvens de trevas que intoxicam nossa alma com o gosto amargo da opressão e do riso sarcástico dos ladrões de votos.

Somos milhões ao lado da verdade.

Chega de farsa!

Fonte: CARTA MAIOR
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Ex-senador italiano prevê mais protestos e não exclui guerra civil no Brasil

"Sindicatos vão se unir na luta contra ofensiva de patronato escravocrata", diz José Luiz Del Roio

O ex-senador italiano José Luiz Del Roio, autor de “A história de um dia: 1º de Maio”, destacou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que as propostas do presidente Michel Temer são anti-histórias, embutem violência social e forçarão a união das centrais sindicais para combatê-las.

Del Roio destaca que a mobilização contra Temer será muito forte. Ele avalia o grupo no poder tem pouco tempo, não quer eleições e virá como um trator. "Trator que vai se encontrar com as praças, as ruas e as greves", afirma.

Del Roio é um ativista político, e reuniu seis centrais sindicais para a reedição, agora em setembro, de seu livro "Primeiro de Maio, sua Origem, seu Significado, suas Lutas"


Entrevista da 'Folha' com José Luiz Del Roio

Veja as principais declarações de José Luiz Del Roio na entrevista:

"Aumentou a exploração. A tecnologia tende a isolar os trabalhadores. E agora estamos com uma velha batalha de quando acabou a ditadura: a questão da jornada de trabalho." "A desculpa é sempre a mesma. É a desculpa que já davam em 1886: não pode porque o lucro do patrão cai a um ponto tal que ele fecha tudo. É a mesma desculpa que era usada no Império: acabar com a escravidão seria o fim da lavoura no Brasil."

"Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, falou em chegar a 80 horas. É a mesma coisa que dizer que tem que voltar a escravidão. Um pouco pior. Porque na escravidão o escravo era um instrumento de trabalho e o patrão tinha que dar de comer para ele, se não perdia o dinheiro."

"Não existe possibilidade que uma central sindical possa aprovar uma PEC 241 ou a destruição da CLT."

"Se se propõe o bloqueio de todo o investimento social, está se propondo o canibalismo. É uma irracionalidade, uma violência social, uma crueldade, um desmanchar a esperança de um povo de forma violenta."

"É demais a violência da oligarquia escravocrata brasileira."

Sobre a unificação das centrais sindicais

"Eles têm um inimigo que é feroz demais. Eles têm que lutar contra. Eles vão se unificar na luta contra essa ofensiva de um patronato escravocrata. Não é um patrão moderno. Nunca rompemos de verdade com o escravismo no Brasil. As relações de trabalho foram escravistas durante 350 anos e não houve uma ruptura como nos EUA. Para a maioria dos descentes dos escravos continua havendo discriminação. Isso marcou sempre as relações de trabalho no Brasil. A chamada hoje Polícia Militar, tão violenta, nasce já na colônia para reprimir escravos, negros. Há uma linha de continuidade, não tem ruptura, ela continua reprimindo negros."

Enfrentamento

"É a questão de sobrevivência. Central que não fizer isso não sobreviverá. Porque a mobilização será muito forte. Esse governo quer ficar 20 anos no poder. É evidente que não quer eleições; fará de tudo para ficar. O tempo legal que ele tem é muito pequeno: dois anos. Não dá para fazer tudo isso. Para fazer tudo, tem que vir com um trator. Trator que vai se encontrar com as praças, as ruas e as greves."

Governo Temer

"Vai ser instável pelo conjunto de forças que deram o golpe, que são contraditórias e ávidas. Querem privatizações, Estado mínimo e aumento da mais valia. Há uma brutal concentração de riqueza no mundo, o tal 1%, que na verdade é 0,1%. O governo Temer vai ajudar o 0,1%, vai dar muito milho para o pato. Muita gente vai querer ganhar algum milhinho, e não tem milho para todo mundo. Haverá divisão. Alguns vão querer a privatização de tudo; outros, não. Surgirão contradições no grupo, que não é estabilizado e que é muito envelhecido."

"Esse governo não tem projeto, a não ser a exploração violenta de seu próprio povo. São muito atrasados na análise mundial. Pensam que estão na época da guerra fria, do pujante desenvolvimento do capitalismo ocidental. Mas esse modelo está com um problema insolúvel e teórico: a taxa de lucro do capitalismo é decrescente há mais de 10 anos. Não adianta ampliar a exploração da mão de obra que isso não se inverte. É preciso mais ciência sem fronteira O inverso do que está sendo feito. Isso vai nos levar à barbárie, pois é o contraposto do que tem que ser feito. É anti-histórico."

"Esse governo não sabe o que é nação. Não sabe onde está no mundo. Está muito preocupado com suas igrejinhas, quanto eu vou ganhar, como eu escapo de ser processado. Onde estão os projetos? A questão nacional é fundamental para todos."

Guerra civil

"Longinquamente, não excluo. No bem ou no mal, com grandes infâmias e grandes lances patrióticos, as Forças Armadas têm um projeto nacional. Podemos discuti-lo, mas está escrito, foi feito no governo Lula. Até quando essa força vai suportar a destruição do Estado brasileiro e da sociedade? Queremos crescer e ser povo feliz, mas a as contradições que essa classe dominante tem abraçado pode levar a esse tipo de coisa."

"Estou preocupado com a crise objetiva econômica do país, resultante da crise internacional e da crise política. Estou preocupado com a falta de visão total desse governo, com a sede de vingança social contra o povo. Como eles estão fora da história e do quadro internacional, eles não têm condições de recolocar esse país minimamente no caminho do desenvolvimento e do equilíbrio social. Suas contradições internas são fortes. Não é um governo com um projeto como o dos militares. Esse governo não tem força nem projeto. É muito a curto prazo e não vai resolver os problemas da energia, da indústria, da tecnologia, das relações internacionais, de como tratar a população, a sociedade civil. Esse governo que não dura."

Fonte: Jornal do Brasil
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ilegítimo, golpista e acuado

A trombeta do Apocalipse soa para Temer na abertura da Paralimpíada – O que virá agora?



abertura-das-paralimpiadas-rio-2016
Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho

Apavorado, como se nota na idiotia gritante da frase que grunhiu, Temer abriu as Paralimpíadas embaixo de uma estrondosa onda sonora de repúdio com as palavras: “Paralímpicos Rio 2016”. O que foi isso? Uma frase sem sujeito, sem verbo, sem corpo gramatical. Um atestado de indigência deixado à posteridade.

A matéria da Globo afirma que Temer pronunciou a seguinte frase: "Declaro abertos os Jogos Paralímpicos de 2016". Não é verdade, como qualquer um pode ver e rever ali no link. O que ele conseguiu pronunciar foi apenas “Paralímpicos Rio 2016”. Um vexame extraordinário.

O mínimo que se poderia esperar, mesmo num caso de extrema covardia, seria algo como “Em nome do governo brasileiro parabenizo os organizadores dos jogos, dou as boas vindas aos atletas de todos os países aqui representados e declaro abertos os Jogos Paralímpicos Rio 2016”. Isso seria o mínimo, mesmo considerado um governo esmagado por enorme pressão hostil a sua existência.

Mas Temer conseguiu uma espécie de “efeito verme”, que se encolhe ao temer ser pisado, chegando a uma extrema contração mental como se revela em sua frase.

Na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 no Maracanã, a presença de Michel Temer foi certamente a maior vergonha pública já passada por um presidente do Brasil e, não menos, o mais esmagador vexame que um presidente brasileiro já fez o Brasil oferecer ao exterior. Temer era o representante do estado brasileiro na abertura, e o responsável por declarar a abertura oficial. As vaias dirigidas a ele foram dirigidas diretamente à legitimidade do governo golpista instaurado com o impeachment aprovado no Senado.

A situação foi tão crítica que a Globo não pôde evitar, em matéria do G1 dar nomes aos bois: “Temer recebe muitas vaias e poucos aplausos na abertura da Paralimpíada”. Eis um caso interessante do ditado “Filho feio não tem pai”. A Globo, o verdadeiro dr. Frankstein pai da criatura, renega o rebento e o aponta como bastardo.

Mas quem vaiou Temer? O preço dos ingressos é um bom indicativo. Enquanto na abertura das Olimpíadas, esteve presente a classe média mais endinheirada, com ingressos já caros ficando ainda mais salgados com a atuação dos cambistas – segundo matéria do Estadão chegou-se a vender ingressos por US$ 8 mil (aproximadamente R$ 25,4 mil) – na abertura dos Jogos Paralímpicos, com ingressos a partir de R$ 100.00 reais, tudo indica que predominou o segmento de menores rendimentos salariais da classe média.

É isso que talvez explique que na abertura das Olimpíadas, em que predominou a classe média alta, as vaias tenham dividido o palco com os aplausos. Mas com o segmento da base da pirâmide da classe média, os mais pobres, o giro foi total, e as vaias ensurdecedoras estamparam em Temer, em seu rosto e na sua frase desestruturada, a marca muito visível da covardia.

Depois de ironizar os 40 que quebravam carros, depois que o seu ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, no mesmo dia 07, ontem, durante o desfile da Independência, ironizou as vaias da manhã dizendo que eram só “18 pessoas em 18 mil. A dimensão está boa”, chegamos à noite com um Maracanã lotado, talvez com mais de 70 mil pessoas, em vaia uníssona.

É possível que esse público indignado seja formado, em bom número, por aquela parte da população que ascendeu durante os governos de Lula, tendo acesso pela primeira vez aos bens modernos da sociedade de consumo. E, certamente, uma parcela expressiva desse público é de cidadãos da classe média baixa que repudiam as medidas econômicas de Temer, seu golpe na Previdência e nas aposentadorias, e sua associação íntima com a corrupção.

As vaias expressaram um repúdio muito convicto a Temer e tudo que ele representa. O que pode vir agora?

As vaias deixaram claro que a repulsa ao governo Temer é muito ampla e que uma outra aliança, oposta a das elites que o levaram ao poder, está se formando para derrubá-lo. Não será surpresa nenhuma se, a partir de agora, novos contingentes inundarem as ruas em manifestações de massa contra o governo usurpador. A trombeta do apocalipse parece que soou ontem para o governo Temer.

Fonte: O CAFEZINHO
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Temer se faz de surdo, mas é tratado como penetra na abertura das Paralimpíadas
8 de setembro de 2016 por Luciana Oliveira

Não deu pro presidente empossado, Michel Temer, fingir que é dele o mérito pela emocionante abertura das Paralimpíadas no feriado de 7 de setembro.

Parafraseando Carlos Imperial, a vaia da multidão que abafou o microfone de Temer, consagrou o artista do golpe parlamentar.

Nem deu pra ouvir a frase que tanto ensaiou: “Declaro abertos os Jogos Paralímpicos de 2016”.

A orientação deve ter sido para em caso de aplauso, mostrar sua cara. Do contrário, não.

O presidente do comitê brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que tentou atribuir ao atual governo a responsabilidade pela organização tanto das Olimpíadas quanto das Paralimpíadas, foi igualmente vaiado e teve que suspender seu discurso.

O público fez justiça: a Temer, o que é de Temer


"FORA TEMER" na cerimônia de abertura Paraolimpíadas

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Mídia Livre

Grito dos Excluídos: Desmentir e transformar a mídia, porque comunicação é direito e direito se conquista

Diante desse cenário, é preciso afirmar a comunicação como um direito humano fundamental


Por Helena Martins e Iara Moura
Do Intervozes

No ano de 2015, o lema do Grito dos Excluídos trouxe à tona o debate sobre o direito à comunicação para o diálogo entre os movimentos sociais que se organizam para fazer frente ao avanço dos conservadorismos, das reformas neoliberais e das violações de direitos humanos, as quais se processam em diversos âmbitos da vida de homens, mulheres, indígenas, quilombolas, campesinos, jovens, crianças, adolescentes, população LGBT, negros e negras de todo o Brasil.

A partir do lema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”, levamos para as ruas e rodas de conversas discussões sobre a importância da mídia na sociedade contemporânea. Falamos dos riscos que a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos grupos privados representa, dada a capacidade que eles têm de produzir um discurso hegemônico e, com isso, influenciar a sociedade.

Nos meses que se seguiram ao Grito dos Excluídos, esse potencial mostrou-se de forma nítida. A mídia foi usada largamente na disputa do imaginário social e dos rumos da crise política que o Brasil vivencia. Com horas de cobertura de determinados protestos, invisibilização de outros, apresentação de saídas conservadoras e muitas outras estratégias que beneficiaram os grupos afinados com a leitura política dos donos do poder e da comunicação, os meios conseguiram reduzir o debate sobre nossos problemas e conduziram a opinião pública contra o governo e contra aqueles/as que afirmavam que a saída para a crise não poderia ser fruto de um golpe, mas sim da ampliação da democracia e da garantia de direitos.

Se os exemplos do passado, como o golpe de 1964 e as Diretas Já, não deixavam esquecer a centralidade da mídia na política, o que vimos nos últimos meses e o que veremos nos próximos, no contexto da intensa polarização política que vivenciamos, devem ser lidos à luz de uma questão: qual o papel atual da mídia na democracia brasileira? Isso está em jogo e pode ser determinante. Seja para garantir a vitória de uma reação mais conservadora ou para alargar os horizontes da nossa pobre democracia, carente de participação direta, de controle popular sobre os mandatos, de transparência e de espaços para que as diversas opiniões sejam conhecidas e problematizadas de fato, formando e informando a todos/as sobre o mundo que nos cerca.

Diante desse cenário, é preciso afirmar a comunicação como um direito humano fundamental. Isso significa dizer que todas as pessoas devem ter condições para se expressar livremente, ser produtoras de conteúdo e fazer circular essas manifestações, sejam elas opiniões, informações ou produções culturais. Para tanto, é fundamental que o Estado adote medidas contra as diferenças que limitam a condição de produtor e difusor de informações a tão poucos grupos e garanta o exercício do direito à comunicação de forma plena e em linha com o direito à informação e à expressão, já que os direitos humanos são complementares e indivisíveis.

No Brasil, o direito à comunicação tem sido negado para a maior parte da população. A liberdade de expressão é tratada como liberdade de empresa. Essa situação está na raiz do nosso sistema de comunicação, quando se privilegiou a exploração desse bem pela iniciativa privada. Hoje, os meios de comunicação eletrônicos – rádio e televisão – embora sejam concessões públicas, têm um caráter eminentemente comercial, uma vez que estão em posse de grupos empresariais voltados à disputa de audiência e à conquista do lucro. Essa conformação foi viabilizada pela concentração da propriedade, pela presença dominante de grupos familiares, pela vinculação dos donos dos meios às elites políticas nos diferentes estados daqueles e, por outro lado, pela redução dos meios públicos e comunitários à periferia do sistema.

A Globo, pertencente à família Marinho, é um dos principais símbolos desta situação. Formado por revistas, jornais, rádios e TVs (somente ela possui 122 emissoras, sendo 117 afiliadas), o Grupo Globo garante a essa família o patamar de mais rica do país, com uma fortuna avaliada em US$ 28,9 bilhões. Violando o artigo 54 da nossa Constituição Federal, vários políticos, Senadores e Deputados são concessionários de rádio e TV, sendo muitos dessas emissoras afiliadas do sistema Globo. Os casos são bastante conhecidos: a família Sarney, no Maranhão; a família Magalhães (ACM), na Bahia; Collor, em Alagoas; Jader Barbalho, no Pará; e por aí vai.

Não por acaso, as redes de televisão e rádio estão nas mãos de grupos econômicos e políticos que lucram com as desigualdades sociais, com o agronegócio e com a falência da segurança pública. Esses grupos se utilizam dos meios para defender os seus interesses, por isso, diariamente, proliferam discursos de ódio contra movimentos sociais da cidade e do campo e defensores/as de direitos humanos, criminalizam jovens negros e reforçam estereótipos em relação a outros setores oprimidos da sociedade.

Os que são hoje donos da mídia querem que a sociedade não compreenda os meios de comunicação como bens públicos, desconheça seu direito a ter acesso a um conjunto diversificado de informações e opiniões e não possua espaços para fazer denúncias e cobrar reparação diante de notícias falsas, distorções, preconceitos ou do silêncio imposto aos movimentos sociais. Com isso, eles também limitam a discussão, a participação da sociedade e suas possíveis conquistas. Afinal, uma sociedade que não conhece seus direitos não pode reivindicá-los.

Recentemente, muitos dos países vizinhos ao nosso fizeram avançar, cada um a seu modo, a participação popular, a promoção da diversidade de opiniões e o combate às violações de direitos humanos na mídia. Uruguai, Argentina e Bolívia, por exemplo, estabeleceram regras que limitam a formação de monopólio e oligopólios no setor de radiodifusão (rádio e TV); fortalecem a comunicação pública e os meios comunitários; afirmam a necessidade de respeito e promoção da diversidade regional, cultural e ideológica nos veículos.

Inspirados por esses exemplos e pelas décadas de luta da sociedade brasileira pela democratização da comunicação, organizações da sociedade civil do nosso país elaboraram o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática que prevê, entre os seus artigos, o veto à propriedade de emissoras de rádio e TV por políticos e define regras para impedir a formação de monopólio. Além de defender essa mudança estrutural, também lutamos por medidas que podem ser tomadas, desde já, entre as quais: o fortalecimento da Comunicação Pública em sua sustentabilidade financeira e sua autonomia, com destaque para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC); a proibição dos arrendamentos de canais de rádio e TV, que ocorre quando um concessionário vende parte de sua programação a terceiros; e o respeito aos direitos humanos na mídia, com o fim das violações em programas que se utilizam de preconceitos, discursos de ódio e incitação à violência para obter audiência e lucro.

Se, no campo dos movimentos de esquerda, há muito se percebeu que direito não se negocia, não se compra, mas se conquista, e que não há outro mundo possível se não renovarmos e disputarmos também o campo das ideias, aproveitamos este espaço para fazer um chamamento: é chegada a hora de pressionar o Estado brasileiro a fazer avançar a democracia e, para isso, é necessário e urgente democratizar as comunicações.

Fonte: MST 
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A imprensa e o simulacro da realidade
09 de setembro de 2016 Redação

Foto: Reprodução/ O Globo

por Claudia Versiani, especial para O Cafezinho

O recém-eleito presidente da Associação Nacional de Jornais, Marcelo Rech, no discurso de posse semanas atrás, declarou que jornais são certificadores da realidade. Discursos pedem frases bombásticas, de alto efeito retórico, passíveis de serem publicadas na primeira página dos jornais - como efetivamente ocorreu.

Mas de qual realidade estaria falando Rech? Cláudio Abramo, um dos luminares do jornalismo brasileiro, formador de gerações de profissionais, escreveu que a grande imprensa é ligada aos interesses da classe que pode mantê-la. E completa: “(a grande imprensa) pertence a pessoas cujos interesses estão ligados a um complexo econômico, político e institucional”. Não se trata de simples opinião: a promiscuidade entre os barões da imprensa e os intestinos do poder é fartamente documentada, por exemplo, no livro “O quarto poder”, de Paulo Henrique Amorim.

Jânio de Freitas, em entrevista para o filme “Mercado de notícias”, de Jorge Furtado, disse que jornais são editados não para fazer jornalismo, mas para publicar publicidade. É a pura expressão da verdade. Nada mais pragmático: empresas de comunicação são negócios pra lá de promissores, pois publicidade rende muito dinheiro. Nesse cenário, notícias são subproduto, grande parte das vezes servindo a interesses outros que não o interesse público – entendendo-se por isso responsabilidade social, bem comum, direitos sociais.

No melhor dos mundos, o jornalismo serviria ao interesse público e os jornais talvez fossem certificadores ao menos de parte da realidade. Não estamos no melhor dos mundos: em 2010, Judith Brito, executiva da Folha de São Paulo, assumiu a presidência da ANJ, entidade hoje presidida por Marcelo Rech. No discurso de posse, ela declarou candidamente que os meios de comunicação estavam fazendo a posição oposicionista no país, já que a oposição estava profundamente fragilizada.

Destaque-se que essa posição oposicionista não foi propugnada por um ou outro jornal, o que poderia ser considerado legítimo, mas pela presidente de uma associação que congrega no país dezenas de publicações da grande mídia.

Em artigo para o Observatório da Imprensa, Washington Araújo, mestre em Comunicação pela UnB, contestou magistralmente a postura da executiva. Entre outras questões, indagou: é função da Associação Nacional dos Jornais, além de representar legalmente os veículos, fazer oposição política, ou se trata de usurpação e deformação do rito democrático? É possível fazer sistemático papel de oposição e ao mesmo tempo praticar bom jornalismo, sem afetar a credibilidade? O exercício de oposição não deveria ser democraticamente concedido pelo voto? E o mais importante: onde fica o direito do leitor, de ser livremente informado da forma mais imparcial possível?

No Brasil, seis ou sete famílias são proprietárias dos grandes meios de comunicação. Pior: a propriedade cruzada desses meios – quando um mesmo grupo detém jornais, revistas, televisões, rádios, plataformas na internet - leva ao incauto consumidor de notícias um pensamento unívoco. A propriedade cruzada é proibida na maioria dos países democráticos, e também pela Constituição Brasileira de 88 – embora essa norma constitucional não tenha sido regulamentada, e consequentemente não é cumprida, como se sabe.

Com as conhecidas e raras exceções, inexiste o contraditório na imprensa brasileira. O público tem percebido isso com progressiva intensidade. A tiragem dos jornais cai ano a ano, assim como a audiência das televisões. E a responsabilidade não é só da concorrência da internet. É também da crescente falta de credibilidade da imprensa, cada vez mais escancaradamente vulnerável a conveniências alheias ao interesse público. “Se os jornais prussianos são pouco interessantes para o povo prussiano, isso sucede porque o povo prussiano é pouco interessante para os jornais”, escreveu Karl Marx. Desinteresse gera desinteresse. Ótimo tema de meditação para os barões da imprensa preocupados com a fuga de leitores.

Caro senhor Marcelo Rech, sua frase é bonita, mas vazia de sentido. No Brasil, a grande imprensa funciona dissociada da realidade. Transmite ilusão do real, já que não exprime a pluralidade das vozes existentes na sociedade. A selva da internet, com todos os perigos de um território de ninguém, é preferível à da grande imprensa, onde as armadilhas são menos visíveis, e os engodos, maiores.

O resultado dessa distorção da realidade é o atual momento político brasileiro: ao restringirem o direito dos cidadãos à informação, os meios de comunicação promoveram e ajudaram a consumar o violento atentado à democracia que abala e polariza o país. É uma responsabilidade da qual jamais poderão se eximir.

Cláudia Versiani é jornalista, fotógrafa e professora do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, além de autora dos livros “Os homens de nossas vidas” (crônicas) e “Bodas de Sangue: a construção e o espetáculo de Amir Haddad” (fotografias).
 Fonte: O CAFEZINHO
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Apenas a 1ª semana


Globo contra a verdade

A Globo é contra a inclusão ou foi só muleta para Temer? Veja a vaia…

POR FERNANDO BRITO · 08/09/2016


A atitude da Globo de não transmitir a bela festa de abertura das Paraolimpíadas não é só uma traição à luta das pessoas portadoras de deficiência que, dentro e fora do esporte, superam a discriminação e o preconceito de que são vítimas.

Também é um desrespeito à sua obrigação de concessionária de um serviço público, estabelecida na Constituição, de ter como princípio ter “finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas” e guardar “valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

É tudo isso, mas não foi por isso que ela privou os brasileiros de assistirem, na TV aberta, a celebração da igualdade humana para além das diferenças.

Foi para “esconder” Michel Temer – mais do que ele próprio e a organização do evento o fizeram – das vaias e do coro de “Fora Temer” que, por três vezes, tomou conta do estádio do Maracanã.

Como se ainda fosse possível, na era da internet, que um monopólio de televisão faça as coisas “não existirem”, por não serem vistas.

Para que se sustente o discurso de que os protestos são “mini”, de 40, de 50 pessoas?

Não é apenas odioso que se faça isso com um evento que tem tantas características de humanidade, mostrando o que o desprezo à democracia é, essencialmente, um desrespeito à diversidade.

É inútil, porque apenas retarda a percepção da realidade como ela é: o Brasil estar sendo governado por um presidente clandestino, incapaz de encarar seu povo.

Um presidente que não se sustenta e que precisa das muletas da manipulação midiática para se manter de pé é um rato, perto daqueles homens e mulheres que desfilaram, ontem, mostrando que a superação depende de coragem, não da covardia.

Fonte: TIJOLAÇO
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Mídia Ninja ultrapassa o PiG!

Quá, quá, quá!
publicado 08/09/2016
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Via Mídia Ninja:
Mídia NINJA ultrapassa Veja, Folha, Estadão e O Globo em engajamento no Facebook.
Uma semana após a consumação do golpe, a Mídia NINJA supera os principais veículos da imprensa corporativa brasileira na rede de Zuckerberg.

Fonte: CONVERSA AFIADA

terça-feira, 6 de setembro de 2016