terça-feira, 23 de agosto de 2016

A munição pesada do golpe


Fonte: BRASIL DE FATO

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Pobres, pretos e mulheres continuam sendo as vítimas de uma guerra sem fim.

A polícia, em se tratando desses grupos, não pergunta, atira para matar. Assim sendo, muitos policiais também são mortos, muitas vezes não por estarem em serviço, mas por serem policiais.

O chumbo cruzando o céu da cidade, balas tracejantes, já é parte da paisagem do Rio, assim como o Cristo Redentor que recebe todos de braços abertos.

A cidade dos contrastes luta , por décadas, para se tornar menos desigual, menos feia em sua beleza.

No entanto, a munição pesada contra tudo e contra todos aumenta, a cada dia, a cada ano.

Educação e condições dignas de habitação, que certamente ajudariam a diminuir tamanha desigualdade, são apenas figuras de retórica no discurso das autoridades.

Nos tempos sombrios em que vivemos, investimentos pesados em saneamento básico, educação e saúde, são considerados utopias de grupos saudosos do passado, como gostam de dizer os defensores da "modernidade civilizatória", nos dias atuais representados pelo grupo que está prestes a assaltar a presidência da república através de um golpe organizado e patrocinado por interesses externos.

Os míseros recursos destinados a Educação, a Saúde e ao Saneamento , sofrerão cortes pesados, tal qual a munição que corta o céu da cidade que a todos recebe de braços abertos.

O governo do golpe não é para o povo, pelo povo e com o povo.

O governo do golpe é para uma pequena elite endinheirada, pelo dinheiro e contra a maioria da população, apesar das aparências.

Isso significa mais chumbo, em forma de balas de armas de fogo, em forma de corte nos recursos, em forma de extinção dos direitos de trabalhadores, assalariados, aposentados.

Isso também significa mais desigualdade, mais violência, mais mortes, retrocesso na qualidade de vida de um país que neste século cometeu o "crime" de trilhar o caminho da distribuição de renda e diminuição da pobreza.

A nova novela e a selfie de um gordo tonto

O que está em jogo é a própria ideia de país
22 de agosto de 2016 às 16h03


Truculência

por Eleonora de Lucena, na Folha de S. Paulo, em 22/08/2016

O Brasil entrou no centro da disputa geopolítica mundial. Tem riquezas naturais, mercado interno, posição estratégica. Construiu economia diversificada e complexa, terreno para grandes empresas nacionais e ambiente potencial para desenvolvimento de tecnologias de ponta.

Os Estados Unidos, acostumados a nadar de braçada no continente, começaram a ver o avanço chinês no que consideram seu quintal. Investimentos, comércio, parcerias com os orientais cresceram de forma exponencial.

Não parece ser coincidência a intenção norte-americana de voltar a ter bases militares na América do Sul (na sempre sensível tríplice fronteira e na Patagônia, que vigia o estreito de Magalhães, curva entre dois mundos). Nem parece ser ao acaso a escolha dos alvos do momento: a Petrobras, as grandes empresas e até o programa nuclear.

Nos últimos anos, o país mostrou zelar por sua autonomia e buscou alianças fora da influência dos EUA. Com China, Rússia, Índia e África do Sul, o Brasil ergueu os Brics e um banco de desenvolvimento inovador.

Aqui, reforçou o Mercosul -alvo imediato de ataque feroz do interino, afoito em mostrar serviço para o Norte e ressuscitar relações subalternas.

Esse contexto maior escapa da verborragia conservadora, ansiosa em reduzir a crise atual a um confronto raso entre supostos corruptos e hipotéticos éticos.

Bastaram poucas semanas para deixar evidente a trama hipócrita e podre do bando que tenta abocanhar o poder.

O que está em jogo é muito mais do que uma simples troca de governo. É a própria ideia de país.

Falar de luta de classes e de projeto nacional deixou alguns leitores ouriçados. Mas, apesar da operação de marketing em curso, os objetivos do atropelo à Constituição são claros: concentrar riqueza, liberar mercados, desnacionalizar a economia, desmantelar o Estado.

O discurso dos sem-voto que se aboletaram no Planalto tenta editar um macarthismo tosco, elegendo um inimigo interno. Agridem os de vermelho (sempre eles!), citados como os culpados de todo o mal, numa manobra conhecida dos movimentos fascistas desde o início do século 20.

Quem se atreve a discordar do rolo compressor elitista é logo tachado de “maluco” pelos replicantes da direita raivosa. Dizem que os que apontam as contradições atuais são saudosos do século 19.

Viúvos do século 19 são os que querem agora surrupiar direitos e restabelecer condições de exploração do trabalho daqueles tempos. Com a retórica de uma suposta modernidade, atacam conquistas sociais e pregam o desmonte da corajosa Constituição de 1988.

Alegam que a matemática não permite que o Estado cumpra suas funções perante os cidadãos. Para eles, a matemática deve servir apenas aos mais ricos e a seus juros maravilhosos. Num giro chinfrim, mandam às favas o tal controle do deficit público: gastam tudo para atender corporações, amigos e ganhar votos.

Com uma cortina de fumaça, arriscam confundir esquerda com autoritarismo. Projetam, assim, no adversário, os seus desejos ocultos. Afinal, o programa dos não eleitos só poderá ser implantado integralmente num regime de força, que censure e elimine a voz dos mais fracos.

As exibições de truculência absurda nos estádios da Olimpíada, proibindo manifestações de “Fora, Temer!” e rasgando os direitos constitucionais de livre manifestação e opinião, parecem ser uma terrível amostra de tempos sombrios pela frente.

O Senado vai enfrentar o julgamento da história

Fonte: VIOMUNDO
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Um procurador messiânico e um apresentador de boa fé

Jô, se pessoas, com seu alto nível cultural, não sabem distinguir o que é avanço e o que é regresso de civilização, estamos em maus lençóis.

J. Carlos de Assis


Carta a Jô Soares:

Vi a gravação de sua entrevista com o procurador-chefe da força tarefa da Lava Jato, Dalton Dallagnol. Decidi procurá-la na rede depois que, em entrevista posterior, você apresentou uma carta do advogado de Lula protestando contra o uso de provas ilegítimas em processo penal. Você desqualificou o advogado subscrevendo integralmente os conceitos do procurador, dados na véspera, segundo os quais provas obtidas ilicitamente poderiam ser aceitas no processo desde que produzidas de “boa fé”.

Argumento idêntico já havia sido adotado pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, numa de suas palestras sensacionais. Neste caso, tratava-se de legítima defesa da audácia dado que o magistrado pretendia obviamente legitimar o uso judicial da gravação de Lula com a Presidenta Dilma, que ele liberou para a imprensa ilegalmente, agora incluída no processo de suposta obstrução da justiça. Temos agora três instâncias da legitimação da prova ilícita: o juiz, o procurador e a imprensa, esta representada por você, Jô Soares, em seu candente editorial. Poder-se-ia dizer que isso retrata uma conspiração para a obstrução não da justiça, mas da lei.

Não somos juristas. Sou jornalista, economista, doutor em Engenharia de Produção, hoje quase totalmente dedicado à economia política. Você é um dos homens sabidamente mais cultos do país. Entretanto, somos iguais num ponto: pertencemos a um mesmo ambiente histórico cujas raízes estão cravadas no início da era moderna da qual a característica mais marcante, no processo de construção de cidadanias, foi a consagração absoluta dos princípios jurídicos do habeas corpus, da presunção de inocência e do devido processo legal. Era a forma do cidadão escapar do sufocamento do Rei ou do Estado.

Não é difícil identificar no devido processo legal o imperativo inescapável da legalidade da prova. Isso não é Direito. Isso é civilização. O contrário seria deixar ao arbítrio do juiz, e na dependência de sua “boa fé”, aquilo que é a base factual dos julgamentos, ou seja, a prova material inequívoca. O juiz Moro e o procurador Dalton, e agora você, Jô, se tiverem realmente boa fé, devem à sociedade brasileira um esclarecimento franco sobre o que entendem por boa fé, e quem a determina num processo penal.

Sua explicação para acolher o argumento do promotor foi a imensa audiência que seu programa alcançou na data do programa. Trata-se de uma tautologia. Sua audiência lhe devolveu o que você deu a ela. Foram seus conceitos, e os conceitos expostos pelo procurador sem qualquer questionamento de sua parte, que refletiram na plateia e na tevê e lhe voltaram na forma de uma ovação geral. Pusesse você alguém de menos boa fé, que a sua, para entrevistar o procurador, alguém que não fosse dessa grande mídia sórdida, e ele seria massacrado.

Vou lhe dar apenas um exemplo da simplicidade idiota desse procurador de ares messiânicos. Ele disse ter estudado pós-graduação em Harvard e ali aprendeu métodos eficientes de combater a corrupção. Bom, terá ele aprendido em Harvard alguma coisa dos processos movidos, depois da crise de 2008, contra os fraudulentos Bank of America e o Citigroup, os maiores bancos norte-americanos? Acaso foi preso algum dos dirigentes desses maiores bancos americanos pelos golpes dados no mercado de subprime?

Bom, para que esse procurador, ou você mesmo não digam de novo que o escândalo da Petrobrás é o maior do mundo, vou lhe dar alguns dados que a grande imprensa omite: os dois bancos citados, para livrar seus executivos da cadeia, pagaram, cada um, cerca de R$ 70 bilhões, ou um total de R$ 140 bilhões em multas. Não é só isso. Ninguém pagou pela fraude da Libor, administrada pelos 14 maiores bancos do mundo, a despeito de bilhões e bilhões de dólares em prejuízos. Ninguém pagou pelas fraudes do Deutsche Bank e o UBS nos mercados mundiais de câmbio, também representando quantias bilionárias.

Se você me perguntasse se gostaria de ver esses bancos quebrarem da noite para o dia por causa da corrupção eu diria que você está louco. O grau de sofrimento no mundo seria intolerável. Aqui, entretanto, esses promotores messiânicos, movidos sobretudo por vaidade e nenhum escrúpulo social, não tomaram qualquer providência para salvar a parte sadia das empresas de engenharia, com centenas de milhares de empregos, envolvidas no escândalo. Ao contrário, embaraçaram como puderam os acordos de leniência. Que fizessem o que os americanos fazem: punam os executivos e salvem as empresas. De fato, eles salvam as empresas e sequer punem os executivos, que se safam com multas.

Seu procurador, Jô, não passa de um vaidoso. Ele se vê em vestes messiânicas para salvar o Brasil da corrupção. Sua entrevista é do tipo que agrada, pois ele se coloca na situação de um puro, um justo, um incorruptível e, sobretudo, como alguém que está sempre e absolutamente certo, combatendo os absolutamente maus com perfeita maestria. Você se revelou surpreendido com a audiência. Você se surpreenderia também, se estivesse lá, com Hitlter e Mussolni, ambos anunciando a grande solução para a Alemanha e Itália. Não passavam, como seu procurador messiânico, de demagogos ingênuos, talvez demagogos de boa fé.

Talvez as partes mais extraordinárias da entrevista, você se deve lembrar, foram aquelas em que o procurador se descreveu como alguém que não tem poder econômico ou poder político, e justamente por isso a forma que encontrou para avançar nas investigações foi uma aliança com a imprensa. Você percebeu o que isso significa? Fora nas ditaduras, onde no mundo o processo judicial se inicia com uma aliança entre a promotoria e a imprensa? É justamente isso que nos leva à investigação-espetáculo, em muitos casos configurando a mais abjeta violação de direitos humanos. É esta aliança a matriz da exibição pública de simples suspeitos, destruindo injustamente reputações, assim como a escolha “científica e democrática” entre as grandes mídias dos documentos e depoimentos que serão vazados, a isso se chamando liberdade de imprensa.

Jô, se pessoas, com seu alto nível cultural, não sabem distinguir o que é avanço e o que é regresso de civilização, estamos em maus lençóis. Vivemos uma situação mundial de crise aguda, com guerras em andamento, fricções entre grandes potências, dramas de refugiados. No nosso caso, vivemos um quadro legislativo podre, uma presidência ilegítima e virtual ditadura judicial que ignora o sistema econômico combalido – 8% de contração em dois anos, 13% de taxa média de desemprego -, e até mesmo o avanço sobre o pré-sal pondo em risco a nossa própria soberania. Sabe-se como começam as revoluções. Nunca como terminam. Para que ninguém se sinta impune ao abusar de autoridade, lembrem-se da experiência turca recente: em face de um golpe judicial instigado pelos americanos, promoveu-se um contragolpe que acabou com mais de 2 mil juízes e promotores na cadeia, sob risco de pena de morte por alta traição.

*Jornalista, economista, professor, doutor em Engenharia de Produção, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

Fonte: CARTA MAIOR
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Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Os jornais são aparelhos ideológicos cuja função é transformar uma verdade de classe num senso comum, assimilado pelas demais classes como verdade coletiva. Isto é, exerce o papel cultural de propagador de ideologia. Ela embute uma ética, mas a ética não é inocente: ela é uma ética de classe.” - Antonio Gramsci


De fato, o que está em jogo é um projeto-ideia de país.
O mesmo projeto-ideia que tem sido derrotado nas urnas, desde 2002, em eleições livres e democráticas.

Pelo voto livre, esse projeto anacrônico não passou, não passa, não passará. Cabe lembrar que até mesmo o FMI o considera anacrônico.

Como não passa pelos caminhos democráticos, a turma jurássica do golpe tenta empurrar pelos caminhos autoritários, truculentos, fascistas.

E para empurrar se faz necessário a construção de uma narrativa que convença a maioria da população, principalmente grande parte da classe média, tradicionalmente inculta, desinformada e preconceituosa.

A essência da narrativa construída, e ainda disseminada pelos meios de comunicação, tem na corrupção governamental e no desprezo pela política e políticos, os elementos de formatação das consciências. Agregado a esses elementos, também são disseminados conceitos de classe, de forma a incutir na parcela desejada da população a ideia de que representantes do povo no Poder denigrem a imagem do país e rebaixam o status de grande parcela da classe média ao redistribuir a renda e diminuir a pobreza e a miséria.


Despertar demônios, através da difusão de preconceitos, tem sido o trabalho da grande mídia nos tempos atuais, não apenas no Brasil como em todo o ocidente. Isso se explica, em parte, pelo fato do projeto-ideia em questão atingir um nível alto de rejeição em todo o mundo. Mais do que um posicionamento à extrema direita, esse projeto-ideia é uma aberração civilizatória que, comprovadamente, vem causando estragos e retrocessos em todo o mundo.

O Brasil atual, o país do golpe, com o apoio inestimável de uma parcela da classe média alienado-midiática, mergulha em turvas águas do século XIX, registrando narcisicamente, diariamente e obsessivamente, o próprio retrocesso.

A evolução da humanidade necessita, com urgência, acompanhar a evolução tecnológica, pois do contrário, teremos, como já presenciamos, uma legião de macacos brincando com aparelhinhos luminosos e coloridos.

É bom que se diga que a grande imprensa ocidental, deixou, já por mais de uma década passada, de cumprir o papel de informar para assumir o papel de guardião do projeto-ideia, enquanto a grande mídia promove a alienação da sociedade através de um entretenimento rasteiro e visual que visa interditar qualquer tipo de pensamento crítico e analítico.

E assim, multidões caminham pela ruas defendendo mudanças, impeachment, que quando consolidados, irão destroçar as vidas dessas mesmas pessoas que tanto defendiam as mudanças.

No entanto, nem tudo está perdido, já  que está chegando uma nova novela na TV Globo e em breve mais uma edição do big brother brasil, agora sem o bobalhão do Pedro Bial.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Uma alternativa ao EUA

Uma alternativa ao poder imperial dos EUA?

Putin e Rouhani, presidentes da Rússia e Irã: há semanas, pela primeira vez desde Revolução Islâmica, Irã autorizou outra nação a usar seu território para operação militar
Putin e Rouhani, presidentes da Rússia e Irã: há semanas, pela primeira vez desde Revolução Islâmica, Irã autorizou outra nação a usar seu território para operação militar
Rússia e Irã advertem – agora com apoio da China: não permitirão que potências ocidentais reduzam Síria a uma Líbia. Qual o significado, para a geopolítica global?
Por Pepe Escobar
Os bombardeiros russos Tu-22M3 Backfire – além dos jatos Sukhoi-34 – decolam do campo de pouso iraniano em Hamadan para bombardearjihadistas e sortimento variado de “rebeldes moderados” na Síria, e imediatamente nos vemos diante de movimento geopolítico da mais alta importância, não previsto, que muda tudo.
Os registros mostram que a última vez que a Rússia esteve militarmente presente no Irã aconteceu em 1946; e essa é a primeira vez, desde a Revolução Islâmica de 1979, que o Irã autoriza outra nação a usar território iraniano para operação militar.
Pode-se apostar que o Pentágono enlouquecerá completamente, feito gangue de adolescentes mimados furiosos. Já começou, com reclamações de que o aviso que os russos distribuíram não permitiu tempo suficiente para “preparação” – quer dizer, para se porem a bradar por todo o planeta que teria acontecido mais um episódio da “agressão russa”, e, para piorar, em conluio com “os mulás”. Na sequência, ainda mais desespero, com Washington a pretender que o Irã teria violado resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O trabalho e a divulgação feitos por Moscou, por sua vez, foi uma beleza; trata-se exclusivamente de logística e de reduzir despesas. O almirante Vladimir Komoyedov, presidente da Comissão de Defesa do Parlamento e ex-comandante da Frota do Mar Negro, explicou belamente o modus operandi:
“É muito caro e exige muito tempo voar a partir de bases localizadas na parte europeia da Rússia. A questão do custo de atividades militares de combate é, atualmente, alta prioridade. Não podemos ultrapassar o orçamento atual do Ministério da Defesa. Voar Tu-22s a partir do Irã significa menos combustível e maior capacidade para carga (…) A Rússia não poderia encontrar país mais adequado e mais solidário, do ponto de vista da segurança, nessa parte do mundo; e podemos realizar todos os ataques necessários para pôr fim a essa guerra (…) Campos de pouso na Síria não são adequados, porque essa localização exigiria sobrevoo em áreas onde há atividade de combate.”
Não se metam com a Organização de Cooperação de Xangai (OCX)
Assim sendo, tudo ótimo. O Pentágono continuará a espernear. Sionistas enfurecidos em Israel e wahhabistas fanáticos na Arábia Saudita farão muito barulho e turbinarão até níveis apocalípticos a proverbial “ameaça existencial” que lhes viria do Irã. Esses “fatos nos céus” não podem ser alterados. Especialmente porque, se abrirem caminho para uma vitória decisiva na batalha por Aleppo Leste, a guerra civil – imposta de fora para dentro aos sírios – logo estará acabada.
Ali Shamkhani, presidente do Conselho de Segurança Nacional do Irãabsolutamente não se engana ao dizer que tudo aí tem a ver com cooperação estratégica Irã-Rússia, numa luta – real – contra o terror deISIS/ISIL/Daech terror, e não, como a mídia-empresa ocidental não se cansa de repetir, com alguma volta do Irã como “agente militar” de uma grande potência.
O primeiro-ministro iraquiano, por sua vez, fez questão de esclarecerque “Autorizei o sobrevoo dos bombardeiros porque recebemos informação clara sobre eles. Fazem ataques precisos, evitam baixas entre os civis. Pode-se ter certeza de que está assegurada a segurança dos civis na Síria“.
Foi a senha para que Bagdá liberasse sem sobressaltos o acesso dos bombardeiros TU-22M3s russos ao espaço aéreo iraquiano. Passo seguinte inevitável será a frota russa no Cáspio disparar mísseis cruzadores que atravessarão espaço aéreo iraniano e iraquiano, para alcançar os tais “rebeldes” que a av. Beltway em Washington protege na Síria.
E há muito mais.
Um acordo de 2015 firmado entre Moscou e Damasco acaba de ser ratificado agora pela Rússia. Graças a ele, a base aérea russa em Khmeimim é convertida em base militar permanente no leste do Mediterrâneo.[1]
Pequim e Damasco, por sua vez, acabam de firmar laços militares mais próximos, a partir da ajuda humanitária que os chineses oferecem. E o pessoal do Exército Árabe Sírio receberá eventualmente instrutores militares chineses.
Pequim está agora diretamente envolvida na Síria por uma razão chave de segurança nacional: centenas de uigures uniram-se aos terroristas do Daech ou se alistaram nas fileiras de Abu Muhammad al-Julani, comandante da al-Qaeda, e muito prestigiado em Washington como líder do Exército da Conquista da Síria; esses uigures sempre podem voltar a Xinjiang como jihadistas.
Há ainda uma deliciosa cereja para esse cheesecake, como o professor de Estudos do Oriente Médio na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, Zhao Weiming, disse ao Global Times: essa nova jogada de poder de Pequim na Síria é o revide, contra a interferência do Pentágono no Mar do Sul da China.
Assim sendo… o que fará Hillary?
Tudo que acima se lê aponta para nova evidência de que, o que antes foi um elefante branco no meio da sala, a Organização de Cooperação de Xangai (OCX), passa agora a significar assunto sério.
Quando os “4+1″ (Rússia, Irã, Iraque, Síria, plus Hezbollah) começaram a partilhar inteligência e procedimentos operacionais, ano passado, incluindo um centro de coordenação em Bagdá, analistas como Alistair Cooke e eu vimos naquela ação um embrião do que seria a OCX em ação. Foi, sem dúvida, já desde o início, uma alternativa ao imperialismo “humanitário” e à obsessão com mudança de regime, da OTAN. Pela primeira vez a OTAN já não andava solta e livre pelo mundo, feito um Robocop descontrolado.
Embora só Rússia e China fossem membros da OCX, com o Irã como observador, a cooperação envolvida – a pedido de um governo que lutava contra jihadistas e continuava como alvo de ataque para mudança de regime – já marcou um importante novo fator geopolítico em campo.
Agora, essa variante das Novas Rotas da Seda – Novas Rotas Aéreas da Seda? – que reúne Rússia, Irã, Iraque e Síria contra, precisamente, o salafismo-jihadismo, aparece como, mais uma vez, ação acelerada de integração na Eurásia. Os dois pesos-pesados da OCX, China e Rússia, não apenas admitirão o Irã como membro pleno, logo no início de 2017; ambos contam com o Irã como ativo estratégico chave numa batalha contra a OTAN, e absolutamente não permitirão que a Síria seja convertida numa nova Líbia. Paralelamente, os movimentos estratégicos da Rússia na Crimeia e na Síria passam a ser objeto de análise, até os mais ínfimos detalhes, nas academias militares chinesas.
Progressivamente, a integração da Eurásia vai-se entretecendo com a OCX.
Sejam quais forem os temores de Telavive e Riad – com seus massivoslobbies em Washington – sobre essa cooperação russo-iraniana de segurança, é a OTAN quem está lívida. E ainda mais lívida que a OTAN está Hillary “Rainha da Guerra” Clinton.
Os registros mostram que Hillary manifesta acentuada queda para tentar despachar Assad como despacharam Gaddafi. No caso de governo Hillary, pode-se apostar que ela forçará o Pentágono a impor uma zona aérea de exclusão no norte da Síria e a armar quaisquer remanescentes, por misturados que sejam, dos tais “rebeldes”, até o Juízo Final.
E há também o Irã. Na campanha eleitoral de 2008 nos EUA, assisti da plateia ao discurso que Hillary fez na Conferência do AIPAC em Washington, espetáculo realmente aterrorizante. Partindo da premissa – falsa – de que o Irã atacaria Israel, disse ela: “Quero que os iranianos saibam que, se eu for presidenta, atacaremos o Irã. Nos próximos dez anos, durante os quais podem considerar a loucura de atacarem Israel, seremos capazes de contê-los totalmente.”
Ah, é?! É mesmo?! E passará por cima da cooperação estratégica Rússia-Irã? E passará por cima de uma Organização de Cooperação de Xangai cada vez mais integrada? É? Então venha, Rainha da Guerra.
[1] Parece que esse detalhe está mais claramente explicado em “Eixo Teerã-Pequim-Moscou muda tudo”, 21/8/2016, Ruslan Ostashko,PolitRussa (trad. ru-ing. J. Arnoldski) Fort Russ News, traduzido noBlog do Alok [NTs].
Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Medalha de ouro para Lula e Dilma

Lula e dilma
Olimpíadas de FHC à Dilma. De 0 a 7 medalhas de ouro





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Como esquecer o Brasil retornando das Olimpíadas de Sydney sem uma medalha de ouro?
O resultado pífio que colocou o país na posição de número 52 no ranking geral refletia a falta de investimento do governo no esporte.
Na Austrália foram 12 pódios, quase a metade do alcançado nos jogos do Rio.
Foi um salto olímpico da Lei Piva sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Programa Bolsa-Atleta e a Lei de Incentivo Fiscal para o Desporto dos governos petistas.
O que havia era o patrocínio privado e a destinação de 2% do total bruto arrecadado com as loterias para o Comitês Olímpico (85%) e Paraolímpico (15%) brasileiros.
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De Lula pra cá, a política de incentivo ao esporte bateu um recorde atrás do outro e só com o Bolsa Atleta alcançou mais de 17 mil competidores de modalidades olímpicas, não-olímpicas e paraolímpicas.
Dos 465 atletas, o equivalente a mais de 70% dos inscritos nas Olimpíadas do Rio, receberam patrocínio do estado.
Os medalhistas reconhecem a importância dos programas e incentivo ao esporte implantados por Lula e Dilma e a imprensa comprometida com o golpe parlamentar-midiático-judicial, tem dificuldades pra esconder os elogios.
Como consta na matéria do Portal Brasil 247, “Na edição do Jornal Nacional, a apresentadora Renata Vasconcellos quis saber como dois atletas, Isaías Queiroz, nascido em Ubaitaba (BA), e Erlon Silva, de Ubatã (BA), começaram a praticar um esporte tão pouco conhecido, a canoagem, mesmo longe dos centros mais desenvolvidos do País. A resposta foi um tapa com luva de pelica.”
Ambos, deixaram muito claro que oportunidade é imprescindível ao mérito.
“A gente começou com um programa do governo federal, o Segundo Tempo, que tinha vôlei, futebol e canoagem. Como eu gostava de água, fui para a canoagem”, disse Erlon.
“Mesma coisa, foi no Segundo Tempo, um programa do governo federal e do Ministério do Esporte”, disse Isaquias, o maior medalhista brasileiro em todos os tempos.
As Olimpíadas do Rio terminam com a melhor campanha do Brasil, com sete medalhas de ouro e a 13ª posição no quadro geral.
Curiosamente, número 13, de Lula e Dilma.
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A bem da verdade, as Olimpíadas do Rio são fruto do prestígio que Lula tinha como presidente.

Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Valeu, Lula e Dilma, essa Olimpíada é de vocês…
21 de August de 2016

Lula e Dilma é que levaram o Brasil a organizar dois grandes eventos esportivos questionados por alguns com certa razão e por muitos por absoluto ódio anti-nacional.

Por uma lógica besta do “imagina na Copa”, que foi estimulado por veículos de comunicação, em especial pela Globo.


E por uma elite Maimeira que adora desfilar de camisa verde e amarela, mas que não gosta do país em que vive.

O fato é que deu tudo muito mais certo do que errado.

Porque o brasileiro adora esporte.

E porque isso não é um problema, ao contrário.

E porque não é nada contraditório investir em grandes eventos e em esporte. E ao mesmo tempo tentar mudar as estruturas sociais do país.

Mas na esquerda, resiste ainda o péssimo hábito de tentar misturar as coisas.

De achar que uma vitória no esporte é algo que amplia o espaço do lado de lá.

Isso só acontece quando se abre mão da disputa de narrativas.

A direita valoriza esse ufanismo babaca do “sou brasileiro, com muito orgulha, com muito amor…”.

E nós deveríamos gritar, o Brasil não deve ser um quintal deles. E deve disputar sempre que possível para ter seu espaço.

Como na canoagem, no futebol, no vôlei, no atletismo, no judô…

Lula e Dilma disputam hoje uma narrativa histórica.

De sobrevivência política.

E nós de só xingar o Temer, o golpista, precisamos gritar que foram eles que fizeram isso acontecer.

Se hoje muitos brasileiros estão felizes. É preciso dizer que isso tem a ver com eles.

Que Lula e Dilma apostaram que era possível fazer essa festa aqui.

Como também apostaram no Bolsa Família, no Pré-Sal, no Pro-Uni, no Mais Médicos, numa diplomacia de cabeça erguida etc. e tal.

Valeu, Lula e Dilma.

Fonte: Blog do Rovai
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A Dilma o que ela merece: 19 medalhas!

Presidenta lembra ao PiG quem fez o programa #BrasilMedalhas

publicado 22/08/2016

Crédito: deputado Rogerio Correia

Da Presidenta Dilma Rousseff, em seu Facebook:

Os Jogos Rio 2016 chegam ao fim com mais uma bela vitória brasileira. Parabéns ao time tricampeão, que arrasou no voleibol ganhando por 3x0.

Nossos atletas se superaram e o Brasil bateu o recorde de medalhas em Jogos Olímpicos, totalizando 19 nos Jogos Rio 2016. O número de medalhas de ouro do Time Brasil nestes Jogos também é o maior já conquistado em Olimpíadas: são 7.

Subir da 22ª posição, em Londres, para a 13ª, em casa, é motivo de muito orgulho para o Brasil. Parabéns a todos os atletas, treinadores, equipes técnicas, familiares e torcedores!

Fico feliz por ter participado, desde o início, da construção dessa festa, contribuindo para que o País e nossos atletas estivessem preparados.

O apoio do ‪#‎BrasilMedalhas‬ foi fundamental para nossos atletas, assim como do Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas. A rede de centros de treinamento de várias modalidades, espalhados por todo o País, com certeza auxiliará na formação de novas gerações campeãs.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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sábado, 20 de agosto de 2016

A alegre e cômica imprensa esportiva

Galvão comete gafe ao pedir para todos ficarem em pé com cadeirante no estúdio

Narrador deixou os atletas paralímpicos Lars Grael e Fernando Fernandes constrangidos na noite desta quinta-feira

Fonte: O DIA
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CLÉBER MACHADO NARRA OURO PARA O BRASIL ANTES DA HORA E INTERNET NÃO PERDOA

A empolgação por poder narrar um ouro do Brasil fez o narrador Cléber Machado, da Rede Globo, se precipitar na manhã deste sábado. Ele acabou comemorando e anunciando a medalha dourada antes do final da prova de canoagem na categoria C2 1000m, em que a dupla brasileira formada por Isaquias Queiroz e Erlon de Souza liderou praticamente todo o percurso, mas perdeu no final. Na reta decisiva, os alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey deram um gás a mais e partiram para o ouro

Fonte: IG
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Galvão diz que Tande não jogava bem na praia e ele rebate: 'Fui campeão mundial'

Fonte: O DIA
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Já era de se esperar que nossa alegre, cômica e icônica imprensa esportiva, aprontasse das suas durante a realização dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro.

Galvão, como sempre, saiu na frente na modalidade mancada.

Já o narrador Ulisses Costa, da TV Bandeirantes, não conseguia se achar ao narrar uma partida de volei de praia em que uma das duplas era da Letônia. Em determinado momento o narrador se referia a dupla como sendo da Lituânia, em seguida como sendo da Letônia. E assim seguiu até que, em um ponto da dupla da Letônia, o vibrante narrador decretou ponto da Letoânia.

Um outro narrador, do sistema globo de rádio, comentou a medalha de ouro de Fiji, como sendo de Fuji. Como é de conhecimento do caro leitor, Fiji é um país da Oceania, e Fuji, um monte ,montanha, do Japão, na Ásia.

Ainda na Bandeirantes, o conhecidíssimo Datena narra as partidas de volei como se estivesse narrando uma perseguição policial em seu assustador programa diário de fim de tarde. Proliferam expressões do tipo enfia a porrada, pega, larga o braço, derruba, sangue nos olhos e outras mais.

Quem resistiu ao golpe militar, resistirá ao golpe parlamentar

Com Dilma, Brasília gritará "Fora Temer" dia 24

"Quem resistiu à Ditadura resistirá ao Golpe Parlamentar


publicado 19/08/2016
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Brasília receberá, na próxima quarta-feira (24), o Ato em Defesa da Democracia, a partir das 19h, no Teatro dos Bancários.

A mobilização contará com a presença da presidenta Dilma Rousseff
Além dela, participarão do ato João Pedro Stédile, do MST; o presidente nacional da CUT, Vágner Freitas; o senador Lindbergh Farias (PT-RJ); o pré-candidato à Presidência Ciro

Gomes(PDT); o secretário-geral da UNE, Thiago Pará; o ex-presidente da OAB Marcelo Lavenere; e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Além do impeachment, o golpe visa conter a democracia, destruir direitos dos trabalhadores e alienar a soberania do país

O golpe em curso não é só parlamentar, mas institucional. Ele envolve desde o empresariado, banqueiros, a grande mídia, setores do Judiciário e da PF.

Fórum 21



A derrubada da presidente eleita por mais de 54 milhões de votos é uma parte necessária de um golpe Muito Maior que está em andamento no Brasil hoje. É um golpe para destruir os direitos sociais que o povo brasileiro conquistou depois que derrubou a ditadura. Para acabar com o regime político que se iniciou com a Constituição de 1988 e garantiu a eleição de líderes populares. Para impedir que futuros líderes comprometidos com o povo possam vir a ser eleitos não só para a presidência da república, mas também para os governos estaduais e para milhares de prefeituras pelo país afora.

A mudança do regime político que os golpistas pretendem implantar significa a revogação da eleição direta para cargos executivos. Ou seja, se o golpe se consumar, todo prefeito, governador e presidente da república terá uma espada sobre sua cabeça: se os donos do poder não gostarem de quem foi eleito, declaram que o vencedor cometeu alguma irregularidade ou não tem apoio político, e cassam seu mandato. Revogam a soberania popular expressa nas urnas. O voto do povo não terá mais valor e suas vozes serão caladas pela repressão policial e pela censura promovida pelos próprios meios de comunicação controlados pelo grande capital.

Isso poderá ser feito em surdina, através da aplicação distorcida de dispositivos legais em vigor, como vem acontecendo há tempos, e de forma avassaladora no ambiente criado pela operação Lava Jato. Mais adiante, quando as circunstâncias permitirem, a mudança assim produzida será consolidada em fórmulas jurídicas novas, muitas delas de natureza constitucional.

Os magos do regime em formação dão tratos à bola na busca da combinação perfeita de ingredientes conhecidos: parlamentarismo; voto distrital, não obrigatório; redução do tempo e restrições ao acesso à propaganda eleitoral gratuita; restauração do financiamento privado às campanhas. Podem não estar de acordo quanto a meios e modos exatos, mas estão firmemente unidos em torno do objetivo comum: ampliar as esferas de decisão “independentes”, isto é, blindadas contra os controles democráticos, bloquear a participação popular, expulsar as grandes massas da vida política.

Enquanto confabulam, os golpistas fazem uso sistemático da violência policial para calar o protesto, reforçando a tendência já antes visível de transformação da força policial em polícia política.

O golpe em curso não é só parlamentar, mas institucional. Ele envolve várias atores e instituições, desde o empresariado, os banqueiros, a grande mídia, setores do Judiciário do Ministério Público, da Polícia Federal, formando um campo de poder unificado contra as mudanças ocorridas no país desde os governos populares de Lula e Dilma: a elevação do salário mínimo de forma sistemática, durante 13 anos e inúmeras políticas sociais que diminuíram a desigualdade social e reduziram a pobreza.

O programa econômico desse bloco antidemocrático é conhecido. Arrocho fiscal dramático a fim de liberar recursos para a remuneração de uma dívida pública permanentemente onerada por taxas de juros indecorosas, aliado a uma política radical de privatização, que no contexto atual significa entregar, a preços aviltados, setores essenciais da economia nacional ao capital estrangeiro. Desprovido de projetos e estratégias de desenvolvimento plausíveis, o programa em questão acena, no longo prazo, com a miragem da integração nas cadeias produtivas globais e advoga a adesão acrítica aos mega-acordos comerciais liderados pelos Estados Unidos. Ele é, portanto, recessivo, antinacional e desindustrializante.

A contra-face desse projeto econômico nefasto é o ataque maciço aos direitos dos trabalhadores. A ofensiva começou na Câmara Federal com o projeto de lei sobre a terceirização, logo no início do segundo governo Dilma. Agora ela é comandada diretamente do Planalto, e se traduz em inúmeras propostas em discussão na Câmara e no Senado visando a restringir direitos previdenciários, reduzir despesas com salários e retirar a proteção legal a todas as conquistas dos trabalhadores.

Essa coalizão também se movimenta contra o novo realinhamento que o Brasil assumiu no cenário internacional adotando posição de maior protagonismo, especialmente na América Latina e nas alianças com os BRICs.

No equilíbrio frágil que marca no presente as relações internacionais, a pretensão de autonomia exibida por um país de tamanho continental e peso econômico expressivo situado na área de influência direta dos Estados Unidos torna-se inaceitável para os donos do poder em escala global. Os golpistas brasileiros se aprestam a servi-los. Por isso, seus passos estão sendo acompanhados de perto e com grande interesse pelas empresas estrangeiras e por estrategistas da geopolítica internacional.

Mas eles estão sendo seguidos também, com atenção crescente, pelo povo brasileiro, que há vinte anos gritou “Diretas-já” e agora voltará a gritar: “Diretas, sempre”. A resistência popular saberá vencer os golpistas e construir uma pátria mais justa, democrática, livre e soberana.

Fonte: CARTA MAIOR
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O vampiro Temer quer o sangue do povo

No Dia da Independência, castigo para o povo brasileiro

POR FERNANDO BRITO · 19/08/2016



É uma cruel ironia que o povo brasileiro vá receber, no dia 7 de setembro, tamanho castigo.

Vai se anunciar que, em pleno século 21, na era da informática e da automação, a quantidade de trabalho que cada homem e mulher terá de dar até ter o direito de descansar será maior.

Diz O Globo que Michel Temer irá à televisão, no Dia da Independência, dizer que “para o país voltar a crescer, serão necessárias “medidas amargas”, entre elas a perda de benefícios e direitos, especialmente, previdenciários”.

Fez a promessa aos tucanos, num regabofe palaciano e ouviu a sugestão de que diga que “é proibido gastar”.

Claro, com aposentados, doentes, portadores de deficiências, com saúde, com Educação.

Não com juízes, promotores, com especuladores dos títulos públicos…

A história de Temer com os tucanos é um jogo de hipocrisias.

Querem que ele “limpe a área” para que eles, os legítimos representantes da elites brasileira assumam em 1998.

Temer, que depende do PSDB para não apenas lhe dar número de votos no Congresso mas, sobretudo, com a “bancada dos colunistas” da mídia, certamente não está disposto a servir de mordomo ao PSDB.

Como se acha o homem mais esperto do mundo, conta ir cozinhando o galo. Ou o tucano.

Vai, no movimento inverso, empurrar a versão de que as maldades são exigências de Aécio e companhia.

Afinal de contas, sempre haverá um bobalhão como Rodrigo Maia que se disponha a ser vaiado em seu lugar.

Fonte: TIJOLAÇO
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Empresários aderem ao Fora Temer
Eles semearam o vento e colheram o desastre econômico

publicado 19/08/2016


No PiG Cheiroso:
“Empresas têm queda real de receitas no 2o. trimestre.
… redução do lucro líquido, piora no desempenho operacional e aumento das receitas inferior ao da inflação.”

No Estado, em comatoso estado:
“Recessão deve levar carga tributária ao menor patamar desde 2001”

No Globo Overseas Investment BV:
"PSDB quer limitar Meirelles.
Partido exige (sic) ministro da Fazenda fora da politica para evitar concorrência em 2018”

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Sandro Rogério: Quando a classe média começa a perceber a burrada que fez
18 de agosto de 2016 às 21h25

Fonte: VIOMUNDO
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