quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

É a mudança no clima, estúpído


Inhame – Combate a Dengue, a Febre Chikungunya e Ajuda a Emagrecer


Inhame – Combate a Dengue, a febre chikungunya e ajuda a emagrecer
No início da colonização na África, os conquistadores acabaram com as plantações de inhame para plantar a cana-de-açúcar. Isso coincidiu com uma grande epidemia de malária. Não se sabe exatamente como ele age na proteção contra doenças tropicais causadas por mosquitos, em especial o Aedes aegypti, mas pesquisadores afirmam que o inhame não só protege contra o ataque do mosquito da dengue, como também ajuda na recuperação dos doentes.
Rico em vitamina B, o inhame faz o organismo exalar um odor que repele o mosquito da dengue e febre chikungunya. Para esse efeito é preciso que se consuma o inhame com frequência.
E não para por aí, sua rica composição depura o sangue, e ajuda no tratamento de infecções.
E ainda tem mais, o inhame é uma grande fonte de energia, suas fibras proporcionam saciedade e por ser um carboidrato complexo (baixo índice glicêmico), é ótimo para dietas de emagrecimento.

Outros benefícios do Inhame.
  • Limpa o sangue: o inhame consegue fazer as impurezas saírem através da pele, dos rins e do intestino.
  • Fortalece o sistema imunológico: o inhame fortifica os gânglios linfáticos, responsáveis pela defesa do sistema imunológico.
  • Previne de doenças:  malária, dengue, febre amarela, febre chikungunya são evitadas com o consumo do inhame.
  • Aumenta a fertilidade da mulher: os fitoestrógenos e hormônios vegetais em sua composição, aumenta a fertilidade e reduz os efeitos da menopausa.
  • Diminui as cólicas menstruais e sintomas da TPM: aumenta a libido, melhora o humor, amenizando as terríveis cólicas menstruais e os efeitos devastadores da temida tensão pré-menstrual.
  • Anti-inflamatório: é um poderoso anti-inflamatório, e ainda diminui o acúmulo de líquidos e toxinas, evitando a formação de celulite.
  • E mais: absorve furúnculos, diminui quistos sebáceos, verrugas, espinhas, tira a inflamação de cicatrizes, dissolve o sangue pisado de contusões, evita inchaço e dor após fraturas e queimaduras; também auxilia no combate ao processo inflamatório de hemorroidas, apendicites, artrites, reumatismo, sinusite, neurites, etc.


Fonte: GOOGLE
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SAIGA: Caso você nunca tenha visto uma saiga se apresse, ou talvez nunca veja. Esses animais estão criticamente ameaçados de extinção, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, e o clima pode ser o responsável. Um micro-organismo no sangue das saigas que costumava ser inativo, "despertou" com o aumento das temperaturas e virou venenoso. Uma pesquisa mostrou que ao menos 88% de saigas morreram apenas em maio de 2015, quando as temperaturas subiram no Cazaquistão. Em temperaturas muito frias, as saigas também morrem

Fonte: BOL
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O mundo está entrando na temporada das epidemias, ou, quem sabe, já está vivenciando novas formas de doenças e ressurgimento de doenças que teriam desaparecido.

Diariamente os higiênicos telejornais da mídia privada não poupam tempo para abordar os casos de dengue, zika e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Muito sensacionalismo e pânico para pouca informação de qualidade.

Repetidamente, durante as últimas semanas, a velha mídia tem focado a prevenção no uso de substâncias repelentes, que como se sabe, devem estar fazendo a alegria dos laboratórios farmacêuticos.


Relatos de aquisição de caixas de repelentes por uma única pessoa são frequentes.

Com a chegada de casos de microcefalia em crianças associadas ao zika vírus , transmitido pelo mosquito da dengue, ainda se tem um caminho longo para compreender corretamente as novas epidemias.

Conforme o texto acima, do google, a proliferação de epidemias associadas ao aedes aegypti na África, teve a participação da ação humana, desmatando grandes áreas.

Ontem os telejornais enalteceram o fato de o Brasil ter alcançado uma safra recorde de grãos no ano, 209 milhões de toneladas, extraídas de desertos verdes.

Outro caso se refere a extinção de animais , como no caso da saiga, que está desaparecendo pois ao aumento da temperatura global despertou um micro- organismo inativo no sangue desses animais, tornando-o venenoso.

Um aumento de até 0,5° C na temperatura pode favorecer o surgimento de micro-organismos desconhecidos até então, assim como pode contribuir para mutações e desparecimento de outros micro -organismos.


E isso pode acontecer no meio ambiente e mesmo em animais, inclusive no Homem.

O mundo microbiano é extremamente sensível a pequenas alterações de temperatura, é aí reside o grande perigo da barbárie que se comete contra o meio ambiente, com desmatamentos, monoculturas, poluição ambiental e todo o repertório de agressões ao meio ambiente.

No entanto, esse não é o foco da imprensa, que prefere informar ,diariamente, os novos repelentes lançados no mercado.

Ainda sobre o caso do mosquito, vale a leitura , abaixo, do blá, blá ,blá do então presidente Fernando Henrique Cardoso, no ano de 1996, sobre estratégias de combate ao mosquito
.




Lição da guerra contra o aedes egypt

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A leitura do primeiro volume do Diário da Presidência, de Fernando Henrique Cardoso, contém lembranças reveladoras sobre a tragédia atual de nossa saúde pública, que em 2015 pode se transformar na mais grave de nossa história - as doenças transmitidas pelo aedes egypt, muito mais preocupantes e ameaçadoras do que a mais conhecida delas, a dengue.

Pelo Diário, descobre-se que em 1996, há exatamente 20 anos, já se falava sobre a importância de dar combate ao aedes egypt. Recordando um jantar em companhia do ministro da Saúde Adib Jatene, Fernando Henrique conta que a pauta da conversa envolveu a necessidade de se organizar "um forte combate ao mosquito da dengue. Pareceu-me uma coisa de vulto e que tem um sentido social, porque é saneamento."
No mesmo parágrafo, Fernando Henrique recorda compareceu a um encontro de jovens filiados ao PPB, o partido de Paulo Maluf que integrava a base aliada de seu governo. Ali, dedicou-se a " falar dessa campanha da dengue. Já comecei a fazer propaganda, como é do meu estilo, mostrar com clareza as coisas do pais."

O tudo e o nada que se viu nas décadas seguintes, quando FHC terminou o primeiro e o segundo mandato, depois foi substituído por Luiz Inácio Lula da Silva e, este, por Dilma Rousseff. O que se vê por estes dias ajuda a "mostrar com clareza as coisas do país."

Em 30 anos, o aedes egypt cresceu e se multiplicou várias vezes sem ser combatido de forma efetiva. Tornou-se um elemento constante da paisagem urbana brasileira, tão previsível que já não chamava a atenção das autoridades nem dos jornalistas. Até que, em anos recentes, comprovou-se que o aedes egypt é capaz de transmitir doenças como a febre chicungunya, que pode durar meses e provocar dores insuportáveis nas articulações. Também está associado à transmissão da síndrome Guillan-Barré, que provoca paralisias graves, inclusive do sistema respiratório.

Embora faltem dados conclusivos, a maioria dos pesquisadores envolvidos com uma epidemia de microcefalia em recém-nascidos -- mais de 3000 casos registrados no Brasil, coisa nunca vista em qualquer lugar do mundo, em qualquer época -- tem poucas dúvidas de que é possível associar o mosquito a uma doença que pode causar sequelas incuráveis em suas pequenas vítimas.

Entrevistado ontem à noite no programa Espaço Público, da TV Brasil, que em breve estará disponível no youtube, o professor Marcos Boulos, um dos principais infectologistas do país, fez diversas observações relevantes. A entrevista é uma aula ministrada a clareza de quem domina o assunto e não tem dificuldade de expor dúvidas e perplexidades.

Também há lugar para certezas. A principal neste caso é a seguinte. Para o professor, as epidemias só costumam ser enfrentadas e vencidas quando "há um interesse econômico."

Dedicado a moléstias tropicais e doenças infecciosas desde 1972, quando se diplomou, Boulos fez uma longa carreira acadêmica na Universidade de São Paulo e hoje coordena, na Secretaria de Saúde do Estado, os esforços para combater o aedes egypt e as doenças associadas. Seu argumento lembra velhas teses deterministas do século XIX . Podem parecer simplórias na visão de determinados observadores. Mas no caso brasileiro, a visão faz muito sentido e se demonstra pela experiência histórica.

Boulos recordou no programa que o país só erradicou a febre amarela - transmitida pelo mesmo aedes egypt - porque a doença chegou ao Rio de Janeiro, colocando em risco a sobrevivência de uma sociedade que dependia do plantio, compra e venda de café, em torno do qual se construía a maior fatia da riqueza do país e se organizavam as grandes fortunas. Naquele início do século XX, a doença saíra dos bairros pobres, dos cortiços e ambientes sem qualquer amparo, para chegar ao mundo dos ricos. Era economia e também sociologia, na verdade.

Numa demonstração do caráter radical atingido pela campanha de Oswaldo Cruz - e que refletia a necessidade da dar uma resposta a altura da situação - as autoridades não só combatiam o mosquito, mas invadiam casas e vacinavam cidadãos à força, gerando a célebre Revolta da Vacina, recorda o professor. O cuidado se compreende.

Nas grandes epidemias, ninguém está inteiramente a salvo, mesmo aqueles que, em tempos normais, têm direito a uma proteção mais segura e a um atendimento rápido e em geral eficaz, nos raros casos em que isso se faz necessário. Com a sabedoria que o longo convívio com moléstias graves ajuda a consolidar, Marcos Boulos deixou claro que a morte de uma filha, vítima de febre amarela, deu motivos até pessoais para Rodrigues Alves, presidente da República, a empenhar-se na guerra contra a doença.

Se esta visão está correta, pode-se imaginar - esta parte da análise é minha - que a anunciada mobilização contra o Aedes Egypt de vários escalões do Estado brasileiro, do governo federal às prefeituras, passando também pelos governos estaduais, ocorre com um atraso de anos, talvez décadas, mas tem boas chances de produzir bons resultados em 2015.

Isso porque pela primeira vez o mosquito chegou a São Paulo, Estado que pode ser definido como o Rio de Janeiro do século XXI. Concentra o verdadeiro poder econômico -- e grande parte do poder político real. É a maior economia, o centro financeiro e tecnológico, o principal mercado de tudo.

Em 2015 São Paulo também concentra mais da metade dos casos de dengue, que cresceram 160% entre 2014 e 2015. O número relativo de vítimas fatais é ainda maior, desproporcional: 70%. Embora ainda não tenha sido registrado um número significativo de casos de febre chicungunya nem de microcefalia, mais comuns em outras regiões, é razoável imaginar que cedo ou tarde eles irão ocorrer, num mundo de viagens intensas e frequentes.

Desde dezembro de 2007, quando o PSDB e o DEM recusaram quatro votos que poderiam permitir um reforço de até R$ 36 bilhões para a Saúde através da CPMF, criada pelo mesmo Adib Jatene do jantar de 1996 com Fernando Henrique, a elite de São Paulo se mostrou a principal peça de resistência a iniciativas dessa natureza.

Costuma promover campanhas permanentes contra toda iniciativa capaz de representar um reforço a medidas destinadas a proteger o bem-estar da população, a começar pelo projeto de restabelecer a própria CPMF. Outro cuidado é impedir uma reforma tributária que eleve a contribuição dos mais ricos e poupe a classe média. Através de publicidade nos jornais, tenta-se estigmatizar parlamentares que lutam por propostas progressivas.

É como se o Estado mais rico pudesse ser autossuficiente e isolar-se em si mesmo. O quadro atual mostra uma situação com problemas agravados, mais difíceis de serem enfrentados em função de decisões erradas e, quando certas, tomadas com atraso. Desfalcada de verbas, a saúde pública não oferece sequer o "interesse econômico" capaz de motivar investimentos na proteção da população. Sem um "mercado consumidor", como produzir pelo menos repelentes eficazes, em quantidade necessária?

O aedes egypt e toda as tragédias que ele produz mostra a ilusão dessa visão. Cabe lamentar a dor e sofrimento que essa situação provoca, com perdas irreparáveis. Mas é possível reconhecer que ela pode trazer um aprendizado útil a todos.

Fonte: Blog do Miro

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Esse dique já rachou


Dique golpista começa a rachar


Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O povo não é bobo. Ou não é tão bobo quanto a mídia pensa.

Comentário que pesquei no site do Globo, abaixo da matéria sobre Jaques Wagner, novo alvo da pistolagem política:



Quando entrei na notícia, era o comentário mais recente, aparecendo, portanto, em destaque.

Esse tipo de reação tem crescido. Sabe-se que a grande mídia, em especial o grupo Abril, contratam empresas especializadas em produzir comentários para os portais.

Os blogs da Veja e mesmo o Antagonista são usuários mais conhecidos dessas técnicas de iludir o leitor e o anunciante, para dar a impressão de uma audiência que não existe.

No caso dos blogs da Veja, os serviços são inclusive de péssima qualidade, e muitos comentários são produzidos quiçá eletrônicamente, por robôs, como se pode constatar pela quantidade bizarra de comentários assinados com nicknames, seguidos de textos repetitivos e redundantes, além da recusa destes mesmos serviços de instalar sistemas de comentários via Facebook, que dificultam o controle e a censura.

Quando aparecem comentários críticos às conspirações midiático-judiciais, é porque o sistema de controle rachou.

O dique da manipulação está começando a se romper.

A grande imprensa iniciou a semana com a nota apocalíptica de sempre, o que ajuda a criar um clima de pessimismo, que o mercado reflete no boletim Focus, o qual por sua vez abastece a mídia, num sistema de retroalimentação desgraceiro e doentio.

A grande imprensa continua a demitir em massa, criando nas redações um clima de terrorismo que resulta numa obediência cega do profissional aos ditames editoriais.

Os jornalistas passam a ter medo até mesmo de pensar diferente. De olho na sobrevivência, os profissionais não apenas vendem sua força de trabalho. Vendem também suas ideias, seus sonhos. Isso é o que o sistema atual pode fazer de mais cruel com a juventude disposta a trabalhar nas redações.

Com o recesso parlamentar, o sistema de pistolagem política depende da Lava Jato para vender conteúdo aos jornalões. De posse de um conjunto gigantesco de informações, um punhado de bandidos travestido de autoridades vende seletivamente vazamentos para uma imprensa interessada especialmente num determinado tipo de informação.

Os vazamentos da delação de Cerveró sobre o governo FHC servem para legitimar uma farsa. E digo farsa não porque desacredite da existência de atos de corrupção, tanto no governo FHC quanto nos governos posteriores. Refiro-me ao método de investigação, baseado em delações, de um lado, e num jogo calculado de vazamentos.

Daí que a agenda política nacional continua estreita. Os brasileiros não conhecem o Brasil. A quantas anda a economia brasileira real?

Por que a imprensa esconde que o Brasil tem o monopólio absoluto da produção mundial de nióbio, minério estratégico e essencial na produção de armas, satélites e produtos tecnológicos? Será porque não interessa à família Itaú, detentora deste monopólio?

Por que a imprensa parou de divulgar amplas reportagens-denúncia (se é que fez alguma vez) sobre a tragédia de Mariana?

A quantas anda a questão fundiária no país?

A nossa imprensa vive presa a uma agenda política incrivelmente curta, e repetitiva. Todos os jornais e revistas só falam de dois ou três assuntos, sob a mesma ótica.

A sociedade brasileira tornou-se muito mais complexa do que seu noticiário. Evidentemente, o monopólio cria essas distorções.

A ameaça de um novo delator de oferecer cem nomes de pessoas, envolvidas em algum esquema, transforma a Lava Jato numa grande pantomina. A delação premiada, definitivamente, vulgarizou-se.

Os réus entenderam que podem falar qualquer coisa, e serão premiados. Se não houver provas, não tem importância: a PF se encarregará de inventá-las, através de suposições as mais esdrúxulas possíveis. Os relatórios da PF tornaram-se peças de ficção, em que o policial, de posse de um conjunto volumoso de vazamentos, constrói uma teoria qualquer, a qual, desde que dentro da linha da mídia, será chancelada e defendida por esta custe o que custar.

As previsões econômicas para este ano ainda são bastante ruins: o boletim Focus, que colhe previsões da iniciativa privada, estimou que o PIB deve cair 3% este ano. Para o ano que vem, contudo, espera-se crescimento. Todos os fundamentos sinalizam que o ciclo negativo se esgota este ano. Aliás, já no segundo semestre deste ano, as luzes devem começar a surgir ao fim do túnel.

Politicamente, inclusive, este ano pode ser bem melhor, em virtude da realização das Olimpíadas e das eleições municipais. Melhor no sentido de possuir uma agenda política um pouco mais abrangente. O golpismo tende a se encolher, constrangido, diante do espetáculo de novas eleições livres e democráticas.

As Olimpíadas servem para erguer o astral, além de atrair, para o país, a atenção global, abrindo excelentes oportunidades para trocas culturais, políticas e comerciais.

Fonte: Blog do Miro
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O governo deveria tratar a imprensa como um partido de oposição?
Postado em 12 jan 2016

por : Paulo Nogueira


Muito dinheiro público nisso aí

Mino Carta escreveu, em seu editorial na última edição da Carta Capital, que o governo deveria tratar a mídia como um partido de oposição.

O mesmo ponto fora defendido, dias antes, pelo escritor Emir Sader.

Não sei exatamente o que isto significaria na vida prática. Um corte substancial no bilionário Mensalão da publicidade oficial posta nas grandes empresas jornalísticas, provavelmente.

Um olhar mais rigoroso para empréstimos a juros maternos do BNDES para essas mesmas companhias, também.

Considere.

Em 2011, o BNDES liberou um empréstimo de pouco menos de 30 milhões de reais para que a Abril reformasse sua TI no departamento de Assinaturas.

Faz sentido?

Quando se lê, hoje, que os Civitas despejaram 450 milhões de reais na Abril para mantê-la de pé fica claro que não.

A família tinha e tem recursos para não recorrer ao dinheiro público de um banco mantido pelos contribuintes.

Isso foi no governo Dilma.

Na era FHC, o BNDES financiou a nova – e pateticamente inútil – gráfica da Globo. (A Globo não enxergou a internet.)

De novo: fazia sentido?

Veja a riqueza pessoal dos Marinhos para chegar a uma rápida resposta. Não, não e ainda não.

Um parêntese. Em editoriais vigorosos, jornais e revistas reclamam sempre cortes de gastos do governo. Alguém já viu um único editorial condenando as despesas bilionárias com propaganda?

O mesmo vale para o BNDES. São denunciados com frequência brutal empréstimos que teriam propósitos mais políticos do que qualquer outra coisa.

Mas e os empréstimos para empresas de jornalísticos cujos donos estão entre as pessoas mais ricas do país? Por que eles não investem seu próprio dinheiro em novos empreendimentos?

Isto é capitalismo: arriscar. A Globo apostou obtusamente no aumento das circulações quando a internet já se avizinhava. Mas quem pagou o preço do erro não foi a empresa. Fomos nós, o povo.

É coisa do Brasil.

Cerca de 25 anos atrás, Murdoch enxergou uma oportunidade da tevê por satélite. Era um investimento altíssimo, e ele teve que recorrer a empréstimos – mas de bancos particulares.

Quase quebrou, porque foi uma aposta fora de hora. Para que sua companhia não entrasse em colapso, Murdoch foi obrigado, sob pressão dos credores, a se associar a um rival na tevê por satélites. Só há pouco tempo, muitos anos depois, ele teve recursos suficientes para comprar a parte que teve que vender.

A isso se dá o nome de capitalismo. De verdade. Não o capitalismo de araque que existe no Brasil e do qual desfrutam, esplendidamente, as empresas de jornalismo.

Eu acrescentaria o seguinte: rever a publicidade oficial e os empréstimos (doações) de bancos públicos deveria ter sido prioridade no governo PT. Em nome da decência, da transparência e, por que não, até de um capitalismo moderno.

Meu ponto é: o governo não precisa tratar a imprensa como um partido de oposição, embora ela se comporte como tal.

Basta tratá-la sem os privilégios vergonhosos, sem as mamatas abjetas que parece impossível derrubar.


Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Em delação, ex-deputado Pedro Corrêa cita FHC em compra de reeleição

Jornal do Brasil
Condenado a 20 anos de prisão na operação Lava Jato, o ex-deputado e ex-presidente do PP Pedro Corrêa acertou os termos de sua delação premiada. Segundo informações da coluna de Ancelmo Góis desta terça-feira (12), no jornal "O Globo", as revelações envolvem o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a compra da reeleição, aprovada pelo Congresso Nacional no governo do tucano.
De acordo com o colunista, Corrêa "diz ter contado tudo de podre que sabe desde que foi eleito deputado pela primeira vez, em 1978, pela Arena" e que as histórias que serão relatadas passam "pela distribuição (concessão) de rádios na época de Sarney e pela reeleição de FH".
Nome de ex-presidente tucano aparece relacionado à compra de reeleição, em delação de ex-deputado
Nome de ex-presidente tucano aparece relacionado à compra de reeleição, em delação de ex-deputado
Este é o segundo dia consecutivo que Fernando Henrique Cardoso é alvo de denúncias. Nesta segunda-feira (11), veio à tona a delação do ex-diretor da Petrobras, no qual garante que a que a compra do conglomerado de energia argentino Pérez Companc (PeCom) pela estatal brasileira em julho de 2002, por US$ 1,02 bilhão, "envolveu uma propina ao governo FHC de US$ 100 milhões". Cerveró atribuiu as informações a diretores da Perez Companc e a Oscar Vicente, executivo argentino que presidia a empresa.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Já vem de longa data, mais de uma década, que o jornalismo da grande mídia se resume as notícias sobre as Instituições.

O foco sempre nos Poderes da República.

Neste início de ano, com o Congresso Nacional e o STF em férias, os principais jornalistas locutores de telejornais também entram em férias.

De alguma forma, eles, os jornalistas, também fazem parte do Poder, das Instituições.

Assim sendo, como bem descrito no artigo acima, o Brasil se resume as notícias dos Poderes.

No entanto, um apêndice poderoso e desestabilizador continua operando, produzindo vazamentos seletivos para que a chama se mantenha acessa.

Neste universo da fatos irreais, um processo de abertura de impedimento da presidenta da república, fica parado, em stand by, por conta das férias.

Conclui-se, ou pelo menos inclina-se um observador atento a concluir, que tal processo é apenas uma peça do processo de desestabilização e golpe que tais grupos desejam para o país, pois, como se sabe, um processo de impedimento de um presidente da república é algo que envolve fatos gravíssimos que não podem ficar a espera do momento adequado para sejam apurados.

Como no processo atual de impedimento os fatos para tal processo ainda estão sendo procurados de maneira a justificar o próprio processo - o que já caracteriza um golpe pois os fatos é que devem justificar a abertura do processo - pode-se , assim , esperar um período de descanso para, então, voltar no momento adequado com notícias "quentes" sobre a situação política e econômica do país.


Esse dique já rachou.

Gordos envelhecidos

Boninho passa por cirurgia bariátrica, diz jornal

Diretor de TV teria recebido incentivos de André Marques e Ana Furtado
Boninho passa por cirurgia bariátrica, segundo jornalMarcello Sá Barretto/AgNews

Boninho, o diretor do Big Brother Brasil, teria passado por uma cirurgia bariátrica no último fim de semana, em uma clínica, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações do jornal Extra, desta terça-feira (12), ele está em casa se recuperando.
Segundo a publicação, Boninho pediu conselhos para André Marques, que também já se submeteu ao procedimento cirúrgico. 
O diretor de TV recebeu incentivo da mulher, a apresentadora Ana Furtado, e da filha, Isabel.

Que fase, Boninho! Por que 2015 não está sendo o melhor ano para o diretor?

Um dos principais diretores da Globo não emplacou atrações

Fonte: R7
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Quem sabe se depois da operação para perder algumas dezenas de quilogramas, o gordo Boninho também consiga recuperar alguma inteligência, já que como diretor não consegue emplacar nenhuma de suas criações, que aliás, são sempre cópias de programas de TV de outros países.

É extensa a lista de funcionários de globo, todos gordos, claro, que fizeram operação para perder peso.

Assim como os funcionários , a emissora dos Marinhos vem perdendo peso na audiência que despenca a cada dia.

Com atrações envelhecidas, caretas e ultrapassadas, globo tem se tornado o reino da pelanca.

Democracia participativa e direta

Sem rebeldia não há saída


Na democracia imperfeita em que vivemos, as formas de repressão se tornaram tão naturais quanto invisíveis.
11/01/2016
Por João Paulo Cunha*

Em uma das cenas do filme “As sufragistas”, uma personagem afirma que é melhor ser rebelde que escrava. Pode parecer uma frase banal – afinal, quem não escolheria a rebeldia à servidão? –, mas que parece nomear opções com as quais nos deparamos todos os dias. Na democracia imperfeita em que vivemos, as formas de repressão se tornaram tão naturais quanto invisíveis.
Criminaliza-se o aborto, jovens negros e pobres são perseguidos como bandidos e índios são mortos de forma covarde. O machismo se firma como gramática de relacionamento em todos os setores, os homossexuais são discriminados, revogam-se políticas humanistas de saúde mental em nome de interesses de mercado. O que era história se torna sintoma. Na sociedade higiênica, a norma é penalizar a diferença. O que é violência extrema se realiza como destino. Sem rebeldia, sobra a escravidão voluntária.
O filme da diretora Sarah Gavron tem como sua maior força política a percepção de que as palavras habituais não bastam quando se trata do combate às injustiças. Enclausurado na via da convenção, a fala é sempre mais fraca que as ações. O empenho da rebeldia é exatamente esse: criar instrumentos para fortalecer as palavras necessárias e canalizar a ação quando o discurso estanca. E é aí que reside a contemporaneidade da história da luta pelo voto feminino mostrada no filme. Mais que uma conquista institucional, trata-se da coragem de olhar adiante da lei, de inaugurar novos contextos de liberdade.
Essa, talvez, seja a melhor inspiração para o ano que começa. Não podemos ficar presos aos limites que estão sendo impostos pelo jogo político tradicional. O cenário montado pelos golpistas é, em sua essência, legalista no sentido mais conservador da palavra. Aceitar o debate nesses termos paralisou, de uma só vez, os dois lados da aliança em torno da defesa conquistas democráticas. O governo ficou refém do discurso jurídico e presa fácil de alianças menores. Os movimentos populares, por sua vez, colocaram bandeiras históricas entre parênteses para fortalecer a resistência ao golpe.
Nesse cenário de recuos táticos, ficaram em segundo plano os temas relacionados aos direitos humanos e mesmo à construção de alternativas ao capitalismo financeiro. Para ecoar um discurso democrático quase regimental, a perspectiva da transformação social foi rendida pelo realismo garantista. A direita, com a esperteza habitual, convocou suas vanguardas do atraso e pautou a discussão política em termos da reação durante boa parte do ano. É este terreno que precisa ser recuperado com urgência.
Durante todo o ano, a presidenta Dilma Rousseff preferiu valorizar a interlocução com a opinião pública por meio da imprensa familiar. Foi uma escolha infeliz. Além de ficar condicionada pelos termos postos pela mídia e, por isso, assumir quase sempre uma atitude reativa, perdeu duas possibilidades fundamentais de diálogo com a sociedade. A primeira, pela dificuldade em apostar em canais mais desimpedidos e baratos, o que a fez refém dos interesses representados pela imprensa hegemônica. A segunda, pela escolha enviesada de seu público prioritário, deixando de lado os setores populares em nome da pretensa opinião pública representada pela mídia comercial. Errou na técnica e na política.
Os movimentos populares, depois de preteridos pela lógica publicista dos meios de comunicação, precisam agora defender o aprofundamento de sua identidade. Eles fizeram sua parte e devem partir para a reafirmação de seus princípios.
O governo deve ter aprendido que não pode contar com os inimigos da democracia, nem mesmo pagando caro, embora ainda se enfraqueça ao mandar seus primeiros sinais de ano-novo via páginas de jornalões. O caminho da recuperação da governabilidade e da economia, que será lento, passará necessariamente pela coragem de falar olho no olho, com os interlocutores certos, nas horas certas.
No momento em que a oposição já não esconde mais sua única estratégia – melar o jogo a qualquer custo –, a conjuntura só pode avançar com palavras e ações de gente grande. O governo precisa crescer para merecer a sociedade organizada disposta a mudar o jogo, desde que seja pra valer.
Este será um ano de rebeldia. É o melhor que os movimentos sociais têm a oferecer ao país.
*João Paulo Cunha é jornalista e colunista do Brasil de Fato MG.
Fonte: BRASIL DE FATO
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O modelo que fundamenta a social-democracia se esvaiu”, diz historiadora portuguesa


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Diante da crise na Europa, a historiadora portuguesa só vê saída na democracia direta

por Allison Avila, na Carta Capital
A historiadora portuguesa Raquel Varela ocupou o centro das polêmicas em seu país após lançar no primeiro semestre um libelo contra a austeridade e a forma tradicional de se fazer política denominado Para Onde Vai Portugal. No livro e na entrevista a seguir, Varela descreve uma realidade que atravessa fronteiras: a destruição do Estado de Bem-Estar Social na Europa e o aumento brutal da desigualdade, uma marca do início do século XXI.
“A diferença entre um rico e um pobre europeus em 1945 era de 1 para 12. Hoje é de 1 para 530.” O grande desafio, afirma, é reconectar os trabalhadores com a política e isso só seria possível por meio da adoção de uma democracia direta. “O modelo de eleições a cada quatro anos não é mais suficiente. Os cidadãos precisam ter poder de fato.”
CartaCapital: Um dos aspectos interessantes de seu livro é a análise de que os atuais governos liberais, ou voltados ao mercado, na União Europeia mantêm um Estado mais inchado do que nunca. Poderia explicar?
Raquel Varela: O Estado controla a economia por meio da dívida pública. Vivemos um modelo no qual os trabalhadores pagam ao Estado, que por sua vez entrega o dinheiro ao setor privado por meio, entre outros, das Parcerias Público-Privadas. Por conta da intervenção da Troika, Portugal teve a sua maior no setor bancário, além de gerar uma desregulamentação do trabalho pela flexibilização da mão de obra. Tudo isso é articulado pelo Estado, sem ter como objetivo a manutenção do pacto social do pós-Guerra. O modelo que fundamenta a social-democracia se esvaiu. A tendência em Portugal e na Europa é de alta concentração da riqueza. Em 1945, a diferença entre um rico e um pobre, ou um trabalhador manual qualificado na Europa, era de 1 para 12. Em 1980, subiu de 1 para 82. E hoje é de 1 para 530. A União Europeia é uma corporação de acumulação de capitais. E a acumulação é incompatível com a manutenção de serviços públicos de qualidade, por causa da queda tendencial da taxa de lucro. Esse foco tem como consequência a destruição do Estado de Bem-Estar Social. O que vemos em Portugal em particular e em outros países é na verdade a ascensão de uma assistência social, com a educação e a saúde públicas focadas cada vez mais nos pobres e desempregados e não em toda a sociedade.
CC: Os partidos na Europa ou em Portugal têm oferecido caminhos concretos de mudança para salvar o Estado de Bem-Estar Social gradualmente sucateado?
RV: Em Portugal, não. Nem mesmo à esquerda, ao menos no que diz respeito aos partidos com maior representação. Dizem ser preciso acabar com a austeridade, mas não dizem como. Isso acontece porque os indivíduos, e os partidos, associam a melhora das condições de vida a partir dos anos 1990 à União Europeia, quando na verdade ela deveu-se, sobretudo, à redução dos preços dos bens de consumo a partir da entrada da China no mercado mundial. Essa facilitação do consumo abriu espaço para grandes endividamentos e a disparada dos preços dos imóveis. O projeto da União Europeia teve muito mais a ver com a “financeirização” do consumo dos trabalhadores do que com uma dádiva que nos foi dada. Isso não é posto em causa por nenhum partido com alguma influência de massas. 
CC: Quem ou quais seriam os potenciais agentes ou instituições viabilizadoras ou promotoras dessa mudança?
RV: É importante lembrar que a sociedade não é dirigida por quem sabe e deve, e sim por quem se organiza politicamente. Mas com os partidos que temos não vamos a lado nenhum. Ou melhor, vamos: rumo ao declínio. Talvez seja preciso uma nova geração, diferente dessa que nasceu sob o pacto social europeu, para voltarmos a ter dirigentes que mereçam o nosso respeito e confiança. Os atuais olham para o pacto social do pós-Guerra, diretamente associado a uma social-democracia sem nada de novo a oferecer, como uma viúva vítima de violência doméstica no funeral do marido: ela chora, nem sabe por quê.
CC: Seu livro ressalta a importância da criatividade, da cidadania e da organização coletiva. Como isso se aplicaria ao Brasil?
RV: Os partidos políticos são fundamentais para um diálogo estratégico e um pensamento teórico. As classes dominantes estão muito mais bem organizadas do que os trabalhadores e temos de dar respostas a esses, mais fragmentados do que nunca, por meio da política. No caso do Brasil, o problema é outro. Os partidos com uma militância engajada, despojada, dedicada aos trabalhadores, são muito minoritários. E o PT transformou-se em um partido de gestão do Estado, do seu aparelho. Há uma fragilização e o grande desafio da política como um todo é buscar os desiludidos, os desmoralizado. Como os partidos vão fazer para as ideias emancipatórias voltarem a ter força social? É um desafio imenso, até porque é preciso construir pontes com os trabalhadores organizados.
CC: E no caso da Europa?
RV: O problema aqui não é falta de consciência da situação, mas falta de organização. Quem vive do trabalho está profundamente atomizado, disperso. A retomada dessa consciência se dará por meio da democracia direta, e não representativa. Não é só decidir quem vai decidir. É decidir de fato. Os cidadãos têm de encontrar mecanismos de decisão nos seus locais de trabalho, hospitais e escolas que frequentam. O modelo de eleições a cada quatro anos, ou delegados sindicais a cada dois anos, não é mais suficiente. O desafio do século XXI é fazer da democracia representativa uma democracia direta, na qual os indivíduos têm o poder real e não de forma meramente ilustrativa.
*Entrevista publicada originalmente na edição 879 de CartaCapital, com o título Todo poder, real, aos cidadãos

Fonte: O CAFEZINHO
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Power To The People
John Lennon

Power To The People

Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Say you want a revolution
We better get on right away
Well you get on your feet
And out on the street

Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on

A million workers working for nothing
You better give 'em what they really own
We got to put you down
When we come into town

Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on

I gotta ask you comrades and brothers
How do you treat you own woman back home
She got to be herself
So she can free herself

Singing power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on
Now, now, now, now

Oh well, power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on

Yeah, power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on

Power to the people
Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on

 Tradução:
Poder Às Pessoas

Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora
Diga que você quer uma revolução
É melhor começarmos bem agora
Bem você segue seus pés
E lá fora na rua

Cantando poder a às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora

Um milhão de trabalhadores que trabalham para nada
É melhor que você os dê o que eles realmente possuem
Nós temos que te derrubar
Quando nós entrarmos na cidade

Cantando poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora

Eu tenho que lhes perguntar, camaradas e irmãos
Como você trata sua própria mulher em casa
Ela tem que ser ela mesma,
Para que ela pode ser livre

Cantando poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas agora
Agora, agora, agora, agora

Oh bem, poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora

Sim, poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora

Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas
Poder às pessoas, agora

sábado, 9 de janeiro de 2016

Ladrões e Bancos

Para superar o capitalismo, sistema de morte (I)

Por Mauro Lopes– on 31/12/2015




Novos ensaios em “Outras Palavras”: informado pela Teologia da Libertação e pensamento do papa Francisco, colunista escreve sobre grandes impasses contemporâneos. No primeiro texto, o papel dos bancos e da aristocracia financeira

Por Mauro Lopes | Imagem: Emil Nolde, Máscaras (1911)

Escrevo hoje e nos próximos dias uma breve série de meditações sobre o capitalismo a partir do ensinamento da Igreja e do Papa Francisco, que no II Encontro dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), em julho de 2015, qualificou o sistema de “ditadura sutil”. Para o Papa, o capitalismo “é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos…” Antes, em abril, um dos líderes da reforma da Igreja, o cardeal de Tegucigalpa, Óscar Andrés Rodriguez Maradiaga, ex-presidente da Cáritas mundial e coordenador do grupo encarregado da reforma da Cúria romana, havia afirmado que o capitalismo é “um sistema econômico que mata”. Não são ensaios nem artigos, apenas breves meditações que buscam colocar-se a serviço da Igreja, que busca retomar o caminho original dos ensinamentos de Jesus.

I – Os bancos

Minha nova atividade profissional fez-me frequentar um ambiente no qual não pisava há quase vinte anos: as filas de agências bancárias. O que tenho testemunhado é um verdadeiro massacre. Toda vez que alguém chega para fazer um pagamento ou retirar dinheiro ou qualquer outra operação nos caixas dos grandes bancos e seu cartão é inserido nas maquininhas, abre-se uma tela para o funcionário do banco com as informações necessárias para espoliar a pessoa. Os velhos e velhas aposentados são as vítimas preferenciais. Os bancos tentam arrancar seu dinheiro sem dó nem piedade, aproveitando-se do fato de estes aposentados terem uma renda mensal garantida. Nos caixas, jovens bem falantes, articulados e obrigados à “venda”, sob o risco de não “atingirem as metas” e, no limite, serem demitidos por isso. É um sistema infernal. Outro dia minha mulher testemunhou um velhinho quase aceitando um crédito de 40 mil reais diante da insistência do caixa: “O senhor não está precisando trocar de carro? Tem aqui 40 mil, podemos fazer já. O senhor usa e paga um pouquinho por mês”. Ela quase se meteu para impedir o assalto, mas a ultima hora o senhor recusou.

Outro dia vi uma cena semelhante, com uma senhora que visivelmente não estava entendendo a oferta criminosa da caixa do banco. Ao ver que eu estava ao lado olhando, a funcionária do banco recuou e desconversou. Imagine quantas milhares de vezes ao dia a cena se repete. E quantas vezes o assalto é bem sucedido. Agora, os bancos inventaram um jeito de poderem praticar o crime de maneira mais discreta, reduzindo o risco da indignação pública nas filas. Meteram umas divisórias de vidro que impedem aqueles que estão na fila vejam ou escutem o que acontece na boca dos caixas. A desculpa chega a ser ridícula. Dizem os gerentes de duas agências em que perguntei a razão da medida que é “para segurança dos clientes” – teoricamente para evitar assaltos à saída das agências. Conversa fiada. É para facilitar o assalto que acontece dentro das agências, para garantir privacidade à ação criminosa dos caixas. Não, em sua imensa maioria eles não são criminosos, são igualmente vítimas da engrenagem. Em minha família há duas pessoas que são funcionários de grandes bancos e estão gravemente adoentadas emocionalmente por isso.

É claro que os lucros dos grandes bancos não são feitos exclusivamente sobre o roubo aos velhos aposentados. Mas eles funcionam como os assaltantes de farol: evitam os mais fortes, preferem os mais frágeis — é mais fácil e seguro.

As fontes de lucros dos bancos são diversas e todas elas assentadas sobre práticas comparáveis aos saques feitos nas guerras.

Há um artigo memorável e atualíssimo do professor Ladislau Dowbor publicado no site Outras Palavras em outubro de 2014, “Bancos: o peso morto da economia brasileira”. Leia, é de fato imperdível. Nele, Dowbor detalha as fontes dos lucros do sistema financeiro no Brasil. Os números são referentes a 2014, mas são ainda mais escorchantes em 2015.

1. Juros dos crediários: há uma “pegadinha” malandra dos bancos, que é a de apresentar as taxas apenas referentes ao período mensal e esconder o número anualizado. Facilita engambelar as vítimas. Com base em números oficiais da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) – dados de junho 2014 –, Dowbor informa que os juros praticados no mercado para a compra de uma TV eram de 6,87% ao mês, um juro real ao ano de 122% – “literalmente, um assalto”, escreveu o professor.

2. Juros para pessoa física: “Tomando os dados de junho 2014, constatamos que os intermediários financeiros cobram juros de 238,67% no cartão de crédito, 159,76% no cheque especial, 234,58% na compra de automóveis. Os empréstimos pessoais custam na média 50,23% nos bancos e 134,22% nas financeiras. Estamos deixando aqui de lado a agiotagem de rua, que ultrapassa os 300%.” Dowbor não escreveu, mas a agiotagem de rua é, em boa medida, controlada pelos grandes bancos. Mas esclareceu que os números para o cartão de crédito – juros de 238%, segundo a Anefac – eram estimados em 280% pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs)! Achou pouco? Em setembro de2015 o Banco Central informou que os juros do cartão de crédito haviam ultrapassado 400% ao ano – muito mais que a “agiotagem de rua” de 2014.

3. Juros para empresas: Escreveu Dowbor que “as taxas de juros para pessoa jurídica não ficam atrás. O estudo da Anefac apresenta uma taxa praticada média de 50,06% ao ano, sendo 24,16% para capital de giro, 34,80% para desconto de duplicatas, e 100,76% para conta garantida. Ninguém em sã consciência consegue desenvolver atividades produtivas, criar uma empresa, enfrentar o tempo de entrada no mercado e de equilíbrio de contas, pagando este tipo de juros. Aqui, é o investimento privado que é diretamente atingido.”

4. Juros sobre a dívida pública: Os bancos são os maiores detentores de títulos da divida pública. Ganham uma fortuna. Mais uma vez, o texto do professor Ladislau: “Quando gastamos 5% do PIB para pagar os juros da dívida pública, significa que estamos transferindo, essencialmente para os bancos donos da dívida e um pequeno grupo de afortunados, cerca de 250 bilhões de reais ao ano, que deveriam financiar investimentos públicos, políticas sociais e semelhantes. Para os bancos, é muito cômodo, pois em vez de terem de identificar bons empresários e fomentar investimentos, tendo de avaliar os projetos – enfim, fazer a lição de casa – aplicam em títulos públicos, com rentabilidade elevada, liquidez total, segurança absoluta. É dinheiro em caixa, por assim dizer, e rendendo muito.”

“Nesse caso, além do efeito macroeconômico, há outro: a chantagem política e a ameaça constante contra o governo. Este é um processo não apenas brasileiro, mas global, como bem tem anotado o Papa. Outro professor, François Morin, da Universidade de Toulouse e membro do conselho do Banco Central francês, lanço em maio o livro “L’Hydre Mondial [A Hidra mundial], sobre os 28 bancos que dominam a economia mundial. Numa entrevista em setembro de 2015, também publicada no Outras Palavras, ele adverte sobre a situação-limite das dívidas públicas e de como os Estados estão nas mãos dos bancos: ”Todas as condições estão maduras para um novo terremoto financeiro ocorrer, quando os Estados estão exangues. Ele será ainda mais grave do que o precedente. Ninguém pode desejá-lo, porque seus efeitos econômicos e financeiros serão desastrosos e suas consequências políticas e sociais podem ser dramáticas. Podemos vê-los na Grécia. Urgência democrática e lucidez política tornaram-se indispensáveis e urgentes”.

2015 foi um ano duro, a crise foi forte no Brasil não foi? Pessoas perderam empregos, empresas fecharam ou tiveram prejuízos, o setor público entrou em crise em todas as esferas, nacional, estadual e municipal. Mas para os bancos o céu continuou de brigadeiro.

Parece inacreditável, mas é verdadeiro. A cada trimestre, este ano, assistimos – alguns abismados — os bancos continuarem a bater recordes em seus lucros. Recordes sobre 2015, 2014, 2013, 2012. Recordes sobre anos difíceis para a economia e anos de crescimento acelerado. Para os bancos, só boas notícias.

O ano nem acabou mas os números são maravilhosos – para os banqueiros, é claro. Até agora, sabemos o que os bancos lucraram até o fim de setembro. Não trema. Fiquemos apenas no “trio de ferro”, os três grandes bancos de rede do país.

O Itaú lucrou até setembro R$ 17,6 bilhões; o Bradesco, R$ 12,7 bilhões; o Santander, R$ 6,6 bilhões. Não trema. Até setembro de 2015 os três bancos arrancaram de aposentados, de pessoas e empresas que precisaram de créditos, de incautos (nós todos) que pagamos tarifas e do Estado dinheiro suficiente para terem um lucro de $ 36,9 bilhões. Não é que eles arrancaram isso da sociedade. Não. Eles arrancaram muito mais. Isso é apenas o lucro. Mantido o desempenho dos trimestres anteriores, Itaú, Bradesco e Santander terão um lucro de ao redor de R$ 50 bilhões em 2015!

Apenas três instituições financeiras terão drenado da sociedade para seus cofres, em ações que numa sociedade marcada pelo respeito ao próximo seriam criminalizadas, R$ 50 bilhões em um ano! Para os mortais comuns, um número como este é tão estapafúrdio que perdemos o senso de grandeza. São números macroeconômicos. A direita brasileira quer o golpe contra Dilma por causa das tais “pedaladas fiscais”. Segundo os números do Tribunal de Contas da União (TCU) e outros disponíveis na imprensa, elas estariam entre R$ 40 bilhões e R$ 57 bilhões. Os roubos mensurados na Petrobrás até agora alcançam R$ 19 bilhões. Mas veja que os números referentes às tais pedaladas e à corrupção na Petrobrás são a soma total de anos a fio: no caso dos bancos, é o butim de apenas um ano!

Mas não há uma linha sobre este assalto ao povo brasileiro nos jornais, revistas, TVs. A velha mídia cala. Há uma operação complexa e torpe na sociedade. Alguns dos elementos desta operação de legitimação do assalto ao país são:

1. A velha mídia tem parte expressiva de suas receitas oriunda das verbas publicitárias dos grandes bancos. Só em 2015, o Itaú entregou R$ 225 milhões para o patrocínio do futebol na Globo! Lembre o que o lucro do ano do Itaú não embute este valor. O banco terá lucrado algo como R$ 24 bilhões já descontada a grana para o futebol da Globo (só para o futebol, sem contar o resto). O quadro repete-se em relação aos outros dois bancos do “trio de ferro” e em relação a todos os veículos da velha mídia, em suas diversas expressões. Dá pra imaginar a Globo ou a Folha ou a Veja dando manchetes ou entrando em campanha contra os lucros obscenos dos bancos?

2. Os chamados “jornalistas econômicos” buscam suas informações sobre os bancos… nos próprios bancos ou nas entidades patrocinadas por eles!

3. Os bancos agem mais ou menos como os traficantes nas favelas. Tentam comprar a opinião da sociedade com obras de alto valor percebido pelas comunidades ou sociedade. Os traficantes de drogas bancam campinhos de futebol, piscinas, transportes para as comunidades. Assim, o Itaú tornou-se algo como um mecenas da pós-modernidade. Itaú Cultural, MAM e tantos outros investimentos culturais. Você acha que é o Itaú que paga. Mas é você! É do dinheiro arrancado dos aposentados, do governo, das pessoas e empresas endividadas que eles “fazem bonito”. Mais uma vez: o lucro dos bancos exclui o que investem nestas ações.

Esta ação perversa dos bancos, pois travestem de bondade e consciência o que é cortina de fumaça para legitimar os lucros arrancados com o suor do país todo, estende-se evidentemente ao cenário político. Os bancos, direta ou indiretamente, financiam partidos e candidatos e, se o vento sopra pra esquerda, lá vão eles para a esquerda; se sopram para a direita, lá vão eles. Acabamos de ter um ministro da Fazenda que era funcionário do Bradesco até chegar ao cargo – o que foi revelador dos descaminhos do segundo governo Dilma logo ao seu início! Dá pra imaginar o ex-funcionário de um dos três bancos do “trio de ferro” defendendo o país da ação nefasta das instituições financeiras?

Como diz o Papa, a ditadura do capitalismo é “sutil”. Os grandes bancos são um dos principais protagonistas da construção deste sistema ditatorial. É sutil, mas, como acrescentou o Papa, é crescentemente insuportável: “não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos…”.

Encerro esta primeira meditação com o fim da entrevista de François Morin: “A hidra bancária nasceu há cerca de dez anos, e já tomou conta de todo o planeta. O confronto de poderes, entre bancos avassaladores e poderes políticos enfraquecidos, parece agora inevitável. Um resultado positivo desta luta – a priori desigual – só pode ocorrer por meio mobilização de cidadãos que estejam plenamente conscientes do que está em jogo.”



Fonte: OUTRAS PALAVRAS
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Certa ocasião, recentemente, um banqueiro querendo aumentar os lucros do banco saiu com essa:

"para que tenhamos mais lucros se faz necessário tirar o dinheiro dos pobres. 

Somente os pobres andam com dinheiro vivo no bolso.
Os ricos usam cartões. "


Os ladrões e assaltantes nas cidades, de alguma forma, também pensam da mesma maneira que o banqueiro.

O transporte público e o partido do chá


Protesto contra reajuste nos preços de ônibus termina com confronto e detidos


A confusão começou no fim da tarde e a entrada da Central chegou a ser fechada por alguns minutos. Por volta das 21h, o cenário do lado de fora da estação era de guerra, com objetos queimados e novo confronto entre a cavalaria da PM e manifestantes. Alguns participantes do protesto foram detidos.
O tumulto teria começado quando bombas caseiras foram atiradas por manifestantes na Avenida Presidente Vargas. Eles também jogaram pedras nas instalações da Guarda Municipal e nos guardas que estavam no interior do prédio, que fica em frente à estação de trens. A polícia, então, teria respondido com bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Passageiros e manifestantes correram para a central de trens para fugir da fumaça.
Um dos manifestantes apanhou e levou choque dos policiais militares. O Batalhão de Operações Especiais e policiais de Operações Táticas, com cães, chegaram por volta das 21h.
Um ônibus chegou a ser depredado e lixeiras e cones foram queimados. Pessoas que saiam do trabalho tiveram problemas para voltar para casa, pois os ônibus deixaram de circular.  "Moro em Duque de Caxias e não sei o que fazer, porque o ônibus que eu pego não está passando", disse Maria da Graça Sousa.

Protesto pacífico
A manifestação começou pacífica, com milhares de pessoas reunidas por volta das 18h na Cinelândia. A multidão seguiu até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e de lá foi para a Central do Brasil.

Manifestação começou pacífica
Manifestação começou pacífica

O gestor ambiental Carlos de Oliveira, 34 anos, foi para o protesto de bicicleta. “Uso a bicicleta para trabalhar, mas infelizmente tenho que pagar passagem, porque moro em Niterói e preciso das barcas. E a passagem vai subir para R$ 5,90. É um absurdo. Não vou ter como vir", disse.

O estudante Gabriel Gomes,18 anos, chegou cedo com um grupo de amigos. "Vim aqui para lutar pelos nossos direitos, porque aumentar a passagem é uma violação do bolso do trabalhador, porque a população fica à deriva, não vê as melhorias".
O ajuste tarifário das passagens não foi o único tema abordado no protesto. A defesa do direito de manifestação, os gastos públicos com a Olimpíada e a violência policial também foram assuntos de cartazes, músicas e palavras de ordem.
Prestes a completar 90 anos na semana que vem, o fotógrafo aposentado José Galhassi de Oliveira se juntou ao grupo para protestar contra a corrupção. "A corrupção atinge os três poderes. A única solução para o Brasil é uma revolução, porque votar em qualquer deputado hoje é ser cúmplice do roubo que ele cometerá", defendeu ele, que já foi preso e torturado durante a ditadura militar por ser contra o regime.


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Pesquisador estuda o cérebro de revoltados que foram xingar o neto de Dilma no hospital. Por Kiko Nogueira

Postado em 09 jan 2016

neto de dilma
O segundo neto de Dilma, Guilherme, nasceu nesta semana em Porto Alegre. Ela foi à maternidade visitar a criança e a mãe.
Ao deixar o hospital, o comboio que a levava passou por um protesto de três pessoas — se é que, tecnicamente, três fulanos segurando cartolinas podem ser definidos como protesto.
Eles empunhavam cartazes dizendo que o menino deveria ter nascido no SUS. Estavam enrolados em bandeiras do Brasil, no figurino básico dessa galera.
No Facebook, onde um grupo de interventores militares postou a foto em sua página, uma senhora chamou o menino de “mais um comunistinha”, seguida por outras pessoas com xingamentos mais pesados.
Que tipo de gente faz esse tipo de manifestação em porta de hospital? Chamar um recém nascido de comunistinha é normal? Não. E o problema vai além da burrice e do fanatismo político.
Cientistas estão tentando procurando uma cura para a deterioração do cérebro dos extremistas revoltados on line kataguiris e quejandos.
Uma resposta veio dos EUA. Um psiquiatra chamado Steven Schlozman, da Universidade de Harvard, chegou a uma série de conclusões curiosas sobre as mentes coxas em seu livro “As Autópsias Zumbis” (sem lançamento previsto no país, infelizmente).
O vírus zumbi rói o cérebro a partir da amídala. Os lobos frontais, responsáveis pela resolução de problemas, são destruídos, de modo que zumbis não podem tomar decisões complexas.
Uma deficiência no cerebelo explica por que eles não conseguem andar direito. “Basicamente, eles são como crocodilos bêbados, pois não são inteligentes, não sabem quem você é ou o que você é”, diz o professor.
O vírus tem vários componentes que destroem o tecido  cerebral, um dos quais é o “prion”, uma proteína como a que causa a doença da vaca louca.
O matemático da Universidade de Ottawa Robert Smith? (que usa o ponto de interrogação para se distinguir do homônimo da banda The Cure) calculou que, se um zumbi for introduzido numa cidade de 500 mil pessoas, depois de cerca de sete dias todos os seres humanos seriam infectados.
“Os zumbis representam uma espécie de comentário sobre a modernidade”, diz Schlozman.
O trio que hostilizar um bebê, sua mãe e sua avó é uma evidência cabal de que o apocalipse zumbi começou no Brasil e você não pode ficar aí parado

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Mais uma vez, como em outras ocasiões, os protestos contra o aumento das passagens do transporte público acabam em violência, pancadaria e quebra-quebra.

Pagar para poder se movimentar de um lugar ao outro, seja para trabalhar, seja para se divertir.

E se paga muito usando os transportes públicos.

Pode-se não utilizar os transportes pagos e fazer o percurso desejado caminhando ou pedalando .

Neste caso, o tempo das cidades, o tempo da vida não permitem que os deslocamento das pessoas aconteçam no ritmo do caminhar.

A bicicleta, então, passa a ser uma boa opção, quando não chove.

No entanto, se deslocar de bicicleta pela cidade, seja para o trabalho ou por diversão, tem sido apontado como um ato subversivo, desafiador, coisa de comunista, gente diferenciada que afronta os valores capitalistas.

Como desdobramento, os ciclistas , que já são pouco respeitados por condutores de veículos automotores na selva urbana, passam a ser vistos como subversivos e, consequentemente ,o risco de serem alvejados no trânsito aumenta significativamente.

Recentemente, na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad deu início a construção de ciclovias e de pinturas de ciclofaixas, destinadas, principalmente, como meio de locomoção das pessoas para o trabalho.

Um senhora paulistana, ao ver que diante da porta de sua casa passaria uma ciclovia ficou indignada, pois não mais poderia dispor do lugar que seus amigos estacionavam carros quando visitavam sua casa.

Alheia a questão da mobilidade das pessoas, e até mesmo ao ganho no conjunto da economia que a facilidade da locomoção viabiliza, a senhora paulistana quatrocentona focou, apenas, na dificuldade que suas amigas teriam para estacionar os carros para participar das rodas de chá e conversas.

Alienada, como a totalidade dos brasileiros que se informam através da grande mídia, desconhece o fato de que qualquer intervenção, por menor que seja, no meio urbano causa um impacto, mas a relação custo-benefício para o conjunto da sociedade é o que prevalece na tomada de decisões.

As amigas perderam a facilidade do estacionamento na porta da casa da Senhora do chá, porém muitas pessoas se beneficiaram com a ciclovia.

Cabe lembrar que até mesmo a instalação de uma luminária causa um impacto, podendo alterar a iluminação de residências próximas a luminária, deixando residências com maior luminosidade, o que para alguns é problema e para outros é solução

Apesar do chá, as pessoas tem que se locomover, já que as cidades não foram planejadas para que se possa viver perto do locais de trabalho.

No mundo inteiro a bicicleta é uma alternativa, de transporte ecológico e de saúde.

Assim sendo não é de se estranhar que em um mundo em que tudo é mercadoria, a indústria automotiva, e a indústria da "saúde" não vejam com bons olhos a facilidade , saudável, que a locomoção por bicicleta viabiliza aos seus usuários.

Urge demonizá-los, persegui-los e mesmo ameaça-los, caso insistam em suas práticas subversivas que afrontam o livre comércio e a livre concorrência.

Uma grande parcela da sociedade paulistana encontra-se na vanguarda da irracionalidade, quando o assunto é mobilidade urbana e uso de bicicletas.

Por outro lado, estando os governos do PT incentivando o uso de bicicletas, fica caracterizado, para a "vanguarda paulistana " o avanço do comunismo no Brasil.

E é assim que pensam os setores de direita no país, incitando o ódio e a ignorância, principalmente através da grande mídia, por jornais, revistas, programas de TV, programas de rádio e pelas redes sociais na internete.

Em meio a esse caldo, um movimento social , o Movimento pelo passe Livre, prega a bandeira em defesa de um transporte público, gratuito e de qualidade para todas as pessoas.

Alguns dirão que trata-se de uma utopia, mas, que na realidade o transporte público, assim como a saúde pública e a educação pública devem ser serviços gratuitos e de qualidade para todas as pessoas.

Em uma sociedade onde a população seja bem educada, saudável, bem atendida em casos de saúde, e com facilidade de mobilidade, certamente a economia vai responder bem, a roda vai girar melhor e até mesmo os encontros para o chá acontecerão em grande quantidade.

Assim sendo a proposta de transporte público gratuito e de qualidade tem o apoio do PAPIRO, no entanto, sempre que o assunto toma as ruas das cidades outros interesses aparecem, transformando e mutilando as manifestações por algo legítimo em campos de batalha, fazendo com que a grande mídia noticie a violência nas ruas em detrimento de um debate sobre a necessidade da locomoção das pessoas.

Ou seja, em lugar de uma discussão sobre o transporte, fotos e textos sobre brigas , prisões, feridos e quebra-quebra.

Quem perde com tudo isso são os que usam o transporte público e quem luta por transporte gratuito e de qualidade, ou seja, a maioria da população.

Naturalmente, os empresários do setor de transportes e a grande mídia agradecem à todos aqueles que promovem atos de violência.

Na era da irracionalidade e da alienação, manipular as massas nunca foi tão fácil.

Considere , ainda, que esses setores que desejam que o povo morra, trabalham diuturnamente pelo fracasso e pelo caos no país, e ainda no ano em que acontecem as olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro.

Quando um grupo de pessoas se reúne na porta de um hospital para agredir, com faixas e cartazes, o nascimento de uma criança, essas mesmas pessoas tem muito em comum com os oficiais da Alemanha nazista que usavam recém nascidos para fazer experiências supostamente científicas.