quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Os Caçadores de Cabeças Voltaram

Guerra suja contra o jornalismo que informa

Nos últimos dias, desde a vitória de Mauricio Macri, o jornal argentino Página/12 tem sido vítima de ataques cibernéticos contra sua edição eletrônica.

Página/12
reprodução
Nos últimos dias, desde a vitória de Mauricio Macri, o jornal argentino Página/12 tem sido vítima de ataques cibernéticos contra sua edição eletrônica.

É ingênuo supor que estes ataques estão desvinculados ao clima de revanche estimulado pela ultradireita argentina.

Desde a sua fundação, em 1987, o Página/12 manteve como linha editorial a defesa dos direitos humanos e, junto com ela, os juízos contra os genocidas que atuaram durante a ditadura que deixou 30 mil mortos e desaparecidos. Entre os redatores do nosso diário estão os jornalistas investigativos que revelaram a trama do genocídio do Estado, cujos culpados foram processados e presos na última década.

Pouco tempo depois da eleição de Macri começamos a observar os sinais da vingança: houve grafites contra os defensores dos direitos humanos e o diário La Nación, primo-irmão do brasileiro Estado de São Paulo e conhecido pela sua linha conservadora, publicou um editorial exigindo a libertação dos genocidas. Um texto que mereceu o repúdio dos próprios jornalistas desse matutino, num fato sem precedentes na história argentina.

Fonte: CARTA MAIOR
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O Brasil está na mira de Wall Street


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Ao comentar a situação político-econômica do Brasil, Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira afirma que “Wall Street está por trás da crise brasileira”, numa referência ao ambiente-sede das grandes corporações financeiras dos Estados Unidos.

Moniz Bandeira sobre o impeachment: O Brasil está na mira de Wall Street

De acordo com o cientista político Moniz Bandeira, professor aposentado da Universidade de Brasília e que há mais de 20 anos vive em Heidelberg, na Alemanha, “o objetivo das ações externas contra o Brasil é quebrar a economia e comprar as empresas estatais a preço de banana”.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Moniz Bandeira fala das ameaças imperialistas e também das questões de ordem política relacionadas à possível instauração de um processo de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff. Para ele, está em curso um golpe no Brasil “que deve ser contido para não produzir graves consequências para a História do país”.
“É difícil precisar quais são os interesses”, diz o cientista político de Heidelberg. “Mas são interesses estrangeiros, eu creio, em grande parte, de Wall Street e através de outras entidades como The National Endowment for Democracy, USAID e outros que estão incentivando esse golpe no Brasil, aliados às forças internas da direita.”

Sputnik: O objetivo seria quebrar a economia e comprar as empresas brasileiras a preço de banana?
Moniz Bandeira: Exatamente, isso é verdade. Eles querem quebrar a economia brasileira – e é aí que eu vejo mais a ação de Wall Street – e comprar as empresas, como estão fazendo, a preço de nada, com o real desvalorizado a esse ponto.

S: Nós podemos acreditar, então, que o Brasil está na mira de Wall Street?
MB: Está na mira, claro, porque a questão não é só o Brasil, é internacional, é a luta contra a Rússia e a China, mas eles não podem muito contra a China. E querem derrubar a Rússia através da Síria e da Ucrânia. São duas frentes que os Estados Unidos abriram, porque a luta na Síria não é tanto por democracia, isso é bobagem, os EUA não estão se importando com isso. Eles querem mudar o regime para tirar a Base Naval de Tartus e também um ponto em Latakia, ambos da Rússia.

S: Voltando ao Brasil. O senhor entende que o país voltará a sofrer assaltos especulativos?
MB: É muito complicada a situação aí. Eu não estou certo de nada a respeito do Brasil, é muito difícil. Porque é muito difícil também dar um golpe – um golpe civil como eles querem. As Forças Armadas estão contra o golpe. Elas são um fator de resistência nacionalista no Brasil, assim como o Itamaraty.

S: O senhor disse que há órgãos no exterior financiando a grande mídia no Brasil. A mídia, ao pregar o golpe, facilita a entrada das grandes corporações internacionais em prejuízo das empresas brasileiras?
MB: Claro, sobretudo no setor de construção, que tem sido alvo principal desse inquérito, que, aliás, é inconstitucional, é tudo ilegal. O objetivo é destruir as grandes empresas brasileiras, as construtoras que são fatores de expansão mundial do Brasil, e permitir que entrem no mercado brasileiro as multinacionais americanas.

S: O senhor entende que as agências de inteligência dos EUA continuam a espionar a Presidenta Dilma Rousseff e as grandes empresas estatais do país?
MB: Claro, nunca deixaram de espionar. Espionam no Brasil e em todos os países. Se você ler meu livro “Formação do Império Americano”, publicado há dez anos, você verá como eu mostro isso documentado. Já no tempo de Clinton faziam isso. Não há novidade nenhuma na atuação dos EUA. Eu estudo essa questão dos EUA há muitos anos. Acompanhei de perto toda a problemática de Cuba. Estou com 80 anos, desde os meus 20 anos eu assisto a isso que eles fazem na América Latina.

S: O senhor fala em golpe em curso no Brasil. Qual a sua impressão, esse golpe pode ir avante?
MB: Tanto pode como não pode. As possibilidades são muitas. Ontem mesmo o Supremo Tribunal Federal tomou uma medida constitucionalmente correta, que foi anular essa comissão constituída na Câmara por meio de manobras. O que existe é uma luta de ratos e ladrões, um bando, uma gangue, montada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, contra uma mulher honrada e honesta como a Presidenta Dilma Rousseff, com todos os erros que ela possa ter cometido. Não há motivo legal nem constitucional para o impeachment.

S: A Presidenta Dilma Rousseff conseguirá superar todas essas dificuldades políticas e concluir o seu mandato em 31 de dezembro de 2018?
MB: É muito difícil avaliar a evolução da situação, porque ela é ruim internacionalmente. A situação internacional é muito ruim. Eu disse, em 2009, quando recebi o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia, que uma potência é muito mais perigosa quando está em decadência do que quando conquista o seu império, e os EUA são uma potência em decadência. São muito mais perigosos do que antes.
Fonte: O CAFEZINHO
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Bastou uma vitória do conservadorismo na Argentina para que os jornais alternativos - aqueles de que fato informam e que também de fato fazem jornalismo - começassem a sofrer ataques , ameaças e outras coisas mais.

A "verdade implícita nos conteúdos "da mídia corporativa, no Brasil, na Argentina e no Ocidente, não pode ser contestada, a ponto de que se tal "ofensa " for feita, os contestadores poderão sofrer  duras  e fortes represálias.

O mundo deve ser aquilo que a imprensa oficial do neoliberalismo afirma, independente dos fatos , já que a imprensa corporativa não se resume a produção de notícias, mas sim como um protagonista , um cão de guarda dos interesses neoliberais e, a realidade deve ser aquilo que o neoliberalismo define como real.


Toda e qualquer notícia oriunda de mídias alternativas - as mídias que de fato informam - deve ser desacreditada e sempre que possível, e para a mídia corporativa sempre é possível, o conteúdo deve ser rotulado como ideológico ,ou como teorias de conspiração.

Logo, uma  notícia sobre a possibilidade de um golpe de estado no país , que esteja sendo arquitetado por interesses de Wall Street, conforme o texto acima, seria, para a mídia corporativa, coisa de comunista interessado em desestabilizar a ordem democrática do mundo civilizado e próspero.

A ofensiva do ultra conservadorismo na América do Sul, e mesmo no mundo, coloca em risco as alternativas de produção de conteúdos de jornalismo crítico, com todos os desdobramentos de perseguições e violências contra pessoas empenhadas em pensar, refletir e debater a realidade do mundo atual.

Cuidado, caro leitor, não fique aí pensando , parado, pois você pode ser preso e torturado.


Metrô Linha 743
Raul Seixas

Ele ia andando pela rua meio apressado
Ele sabia que tava sendo vigiado
Cheguei para ele e disse: Ei amigo, você pode me ceder um cigarro?
Ele disse: Eu dou, mas vá fumar lá do outro lado
Dois homens fumando juntos pode ser muito arriscado!
Disse: O prato mais caro do melhor banquete é
O que se come cabeça de gente que pensa
E os canibais de cabeça descobrem aqueles que pensam
Porque quem pensa, pensa melhor parado.
Desculpe minha pressa, fingindo atrasado
Trabalho em cartório mas sou escritor,
Perdi minha pena nem sei qual foi o mês
Metrô linha 743

O homem apressado me deixou e saiu voando
Aí eu me encostei num poste e fiquei fumando
Três outros chegaram com pistolas na mão,
Um gritou: Mão na cabeça malandro, se não quiser levar chumbo quente nos cornos
Eu disse: Claro, pois não, mas o que é que eu fiz?
Se é documento eu tenho aqui...
Outro disse: Não interessa, pouco importa, fique aí
Eu quero é saber o que você estava pensando
Eu avalio o preço me baseando no nível mental
Que você anda por aí usando
E aí eu lhe digo o preço que sua cabeça agora está custando
Minha cabeça caída, solta no chão
Eu vi meu corpo sem ela pela primeira e última vez
Metrô linha 743

Jogaram minha cabeça oca no lixo da cozinha
E eu era agora um cérebro, um cérebro vivo à vinagrete
Meu cérebro logo pensou: que seja, mas nunca fui tiete
Fui posto à mesa com mais dois
E eram três pratos raros, e foi o maitre que pôs
Senti horror ao ser comido com desejo por um senhor alinhado
Meu último pedaço, antes de ser engolido ainda pensou grilado:
Quem será este desgraçado dono desta zorra toda?
Já tá tudo armado, o jogo dos caçadores canibais
Mas o negócio aqui tá muito bandeira
Dá bandeira demais meu Deus
Cuidado brother, cuidado sábio senhor
É um conselho sério pra vocês
Eu morri e nem sei mesmo qual foi aquele mês

Ah! Metrô linha 743



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A Linguagem do Golpe pelo Golpe da Linguagem

Em julho de 2014 o PAPIRO publicou a postagem abaixo sobre o aeroporto de Cláudio,na época um assunto que a grande mídia , omitia, eclipsava, negava e ainda acusava os
"blogs sujos",com este PAPIRO, de publicar notícias falsas.
Hoje, maio de 2017,o aeroporto apareceu nas gravações que fisgaram o tucano em pleno voo,confirmando o trabalho
limpo dos "blogs sujos". A grande mídia, em pouso forçado,
foi obrigada a noticiar o aeroporto de seu amigo.
Cabe ainda lembrar que essa grande e podre mídia,como globo,perseguiu Lula pela compra de um barco a remo de alumínio no valor de 4 mil reais,e omitiu de forma criminosa os voos milionários do tucano amigo. Isso sim é indignação seletiva,colunista de O Globo.

205 milhões de brasileiros nas mãos de um criminoso, um psicopata.

205 milhões de brasileiros  nas mãos  de uma imprensa corporativa que em nada difere do psicopata que preside a câmara dos Deputados.

205 milhões de brasileiros , perplexos, indignados, assistindo um grupo de parlamentares lutando por interesses pessoais , ao ponto de colocar em risco  as instituições do país.

205 milhões de brasileiros que perguntam se os culpados pela tragédia ambiental de Marina que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil já foram punidos, ou melhor, quem são eles, já que a mídia corporativa  apenas tangencia o assunto.

205 milhões de brasileiros, informados diariamente por uma imprensa hegemônica e partidarizada, que podem já estar apresentando sintomas sérios ,graves  e preocupantes de dissonância cognitiva.

205 milhões de brasileiros sofrendo, atualmente, em função de uma cavalgada golpista e anti democrática , uma campanha midiática que visa incutir nas pessoas o desânimo, o medo, a falta de esperança no presente e na política.

205 milhões de pessoas que desconhecem  a verdade dos fatos apresentados diariamente na mídia corporativa.

205 milhões de brasileiros expostos , diariamente, a um processo midiático de imbecilização, infantilização e idiotização.

205 milhões de brasileiros que são induzidos a mentir, não porque assim desejam, mas, porque desconhecem, já que não existe informação fidedigna produzida pela mídia corporativa.

205 milhões de brasileiros  que são induzidos a acreditar que o Ocidente - EUA e Europa - está empenhado no combate ao terrorismo.

205 milhões de brasileiros que desconhecem os avanços sociais, principalmente,  que o país obteve nos governos de Lula e Dilma.

205 milhões de pessoas que são induzidas a acreditar  que o aeroporto de Cláudio, cidade das Minas Gerais, é uma ficção e que nunca recebeu pouso e decolagem de aeronaves.

205 milhões de brasileiros que são bombardeados diariamente com a "informação" produzida pela mídia corporativa, de que a corrupção  surgiu e existe somente nos governos do Partido dos Trabalhadores.

205 milhões de brasileiros que são conduzidos a acreditar e aceitar , que o comportamento de determinados juízes e de parcela do Judiciário, como no caso do julgamento do mensalão e da operação lava jato, são comportamentos  dignos de um estado democrático e que tais magistrados, assim como suas práticas, devem servir de exemplo para ações futuras.

205 milhões de brasileiros que se perguntam, ou na pior das hipóteses revelam estranheza, pelo motivo, ou motivos, pelos quais um criminoso confesso e flagrado pela justiça, comanda um processo que tem por objetivo retirar a presidenta da república de seu posto, algo obtido em eleições livres e democráticas onde a maioria decidiu.

205 milhões de brasileiros que se perguntam porque os políticos de oposição são preservados pela mídia corporativa, mesmo flagrados em atos ilícitos.

205 milhões de brasileiros , certamente motivados pelas informações subliminares que recebem da mídia corporativa, acreditam que as mudanças climáticas não são um assunto prioritário que mereça uma abordagem urgente, ou seja, uma compreensão sobre o assunto que vem incutindo  nas pessoas algo como, isso aconteceu com o outro e não comigo.

205 milhões de brasileiros que estranham, ou desconheçam, o motivo pelo qual a mídia corporativa não faz uma campanha intensa, diária, por educação, saúde, segurança e transporte, públicos e gratuitos, de qualidade e para todos.

205 milhões de brasileiros, que diariamente são levados a acreditar que somente um modelo econômico é possível.

205 milhões de brasileiros  que se perguntam como é possível que praticamente 10 %  dos congressistas,  do Congresso Nacional, tenham concessão de emissoras de rádio e de televisão.

205 milhões de brasileiros que se perguntam, ou revelam estranheza, pelo fato de que os concessionários de emissoras de televisão,  e de também de rádio, claramente definidas na legislação como concessões públicas que devem zelar pelo interesse público, acumulam fortunas e aparecem na lista dos maiores bilionários do país.

205 milhões de brasileiros que se perguntam como, até hoje, passados 27 anos da promulgação da constituição cidadã de 1988, os dispositivos referentes as normas de funcionamento  e democratização dos meios de comunicação ainda não foram regulamentados e, sempre que o assunto é abordado, as empresas que dominam a comunicação no país, de tudo fazem para inviabilizar a regulamentação.

205 milhões de brasileiros se perguntam até quando irão aguentar a gritaria do Galvão Bueno.
O aeroporto de Aécio

Choque de indigestão


Aécio presenteou a família com um aeroporto; a conta, R$ 14 milhões, foi espetada no lombo do contribuinte

"Os equívocos em relação à Petrobras foram muitos. E taí. Hoje a empresa frequenta mais as páginas policiais [...] do que as páginas de economia." As palavras são do candidato tucano Aécio Neves em sabatina realizada na quarta (16), ao criticar o governo Dilma Rousseff.

Nada como um dia depois do outro. Graças ao repórter Lucas Ferraz, ficamos sabendo neste domingo (20) que, antes de deixar o cargo de governador, nosso impoluto Aécio presenteou a própria família com um aeroporto no interior de Minas Gerais, na cidade de Cláudio. Deu de presente é modo de dizer. A conta, R$ 14 milhões, foi espetada novamente no lombo do contribuinte. Tudo dinheiro público.

O Brasil conhece à exaustão obras e estradas construídas perto de propriedades de políticos, sempre sob o argumento de pretensos interesses rodoviários e sociais. Cinismo à parte, para não dar muito na vista, ao menos se permite a circulação de anônimos pelas rodovias.

No caso do aeroporto de Cláudio dispensaram-se maiores escrúpulos. "Choque de gestão" na veia. A pista é de uso praticamente privado da família Neves e seus apaniguados. Um diálogo esclarecedor: perguntado pelo repórter se alguém poderia usar o aeroporto, o chefe de gabinete da prefeitura local foi direto. "O aeroporto é do Estado, mas fica no terreno dele. É Múcio que tem a chave." O dele e o Múcio citados referem-se a Múcio Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito do município. Pela reportagem, descobre-se ainda que Aécio é figura frequente no lugar --a cidade abriga um de seus refúgios favoritos.

Pego no escândalo, o candidato embaraçou-se todo. Alega que a área do aeródromo particular foi desapropriada. O que, vamos e venhamos, já é discutível: no mínimo não pega bem um governador indenizar sua própria família para uma obra de utilidade social mais do que duvidosa.

Mas a coisa só piora: o processo de desapropriação está em litígio, ou seja, a propriedade permanece sob controle do clã Neves & Cia. Talvez uma ou outra aeronave de conhecidos, ou algum Perrella da vida, tenha acesso à pista. Fora isso, ignoram-se benefícios econômicos gerados pela empreitada ao povo mineiro. Questionado pela reportagem sobre quantas vezes esteve no estacionamento aéreo familiar e o motivo pelo qual uma obra custeada com dinheiro público tem uso privado, Aécio não respondeu. Ou melhor: o silêncio equivale a uma resposta. E a campanha mal começou.


Um comentário:

Henrique Dias disse...
O cara está cheio de boas intenções.
Com este aeroporto ele vai incrementar o comercio com a Bolívia, Paraguai e Colômbia.
É a integração Sul Americana tucana. Uai!
Fonte: SQN
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Perguntas, se quiserem fazer jornalismo sobre o “Aecioporto”

21 de julho de 2014 | 14:11 Autor: Fernando Brito
JAYJAY
Na minha infinita disposição de colaborar com a imprensa de meu país, sugiro algumas perguntas simples a serem feitas à Agência Nacional de Aviação Civil, ao Governo de Minas  e a Aécio Neves sobre o aeroporto de Cláudio.
1) É legal a operação de aeronaves naquela pista antes da homologação?
2) Quais foram os planos de vôo registrados nos aeroportos oficiais com este destino? Quais foram as aeronaves? Quem eram seus passageiros? Recordo que na matéria da Folha, o primo de Aécio, antes de saber que falava com jornalista, disse que chegava ali pelo menos “um vôo por semana”. Os vôos registrados para Divinópolis batem com as anotações de pouco e decolagem daquele aeroporto?
3) O senador poderia ser indagado se já usou o Aeroporto de Cláudio em suas idas à sua fazenda?
4) Quem autorizava e supervisionava as atividades de aeromodelismo na pista, como comprovado aqui?  Se o Estado não responder, basta perguntar aos aeromodelistas que, se estavam lá, estavam porque alguém autorizou e disse que podiam usar o espaço. E isso não foi uma ou duas vezes, apenas.
5) Os moradores de Cláudio podem informar sobre a operação de segurança que fecha a estrada que dá acesso à fazenda de Aécio Neves quando este a visitava?
6) A obra previa ou não a construção de uma (inexistente) estação de passageiros, tal como anunciava o comunicado oficial do Governo do Estado? E os “equipamentos para operação 24 horas” (Deus meu, num microaeroporto para aviões privados, com outro aeroporto com essa capacidade a 50 km, de carro)?
tabelaaero
7) o que justificava, se já havia uma pista de pouso no local – e, portanto, quase nada de obras de terraplenagem e nivelamento – que a obra de Cláudio tivesse um custo maior do que todas as demais, em cidades todas elas de população maior – quatro vezes maior, no caso de Passos e três vezes maior, no caso de Lavras?
Se estiver difícil, podem perguntar aos funcionários do Motel Dommus, que fica defronte ao “aecioporto” como era o movimento por ali, porque não podem deixar de ter visto os aviões e a movimentação dos carros que levaram ou buscaram os passageiros que vinham ou iam neles.
Ah, e uma pergunta final: existirá mesmo Ministério Público em Minas Gerais, para investigar?
Fonte: TIJOLAÇO
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Aécio Neves, Aeroporto, helicóptero, caso Lunus e o tal do jornalismo
folha aecio aeroporto
Capa da Folha de ontem: é de estranhar que a o jornal tenha reservado a manchete de domingo para uma história tão bombástica cuja apuração parece incompleta (Foto: Reprodução)
A denúncia da Folha de S. Paulo de ontem que aponta o favorecimento do tio de Aécio na construção de um aeroporto, numa cidade de 25 mil habitantes por 14 milhões pagos pelo governo do estado, pode significar uma pá de cal nas pretensões do mineiro na disputa presidencial. Mais pelo que ainda pode ser investigado do que pelo que já foi publicado. A matéria da Folha, mesmo bombástica, tem várias brechas. Algo muito estranho para um texto que atinge uma candidatura presidencial de um partido ao qual o jornal é simpático.
Na matéria, por exemplo, os personagens citados não são apresentados de maneira mais completa. O prefeito, o tio de Aécio e mesmo as disputas políticas locais e a própria cidade não têm suas histórias apresentadas. Toda a denúncia é fundamentada no flagrante do repórter que ligou pra prefeitura e ouviu do prefeito que a chave do portão fica com o tio de Aécio.
A Maria Frô acaba de postar no seu blogue a história do primo de Aécio, filho do dono do terreno onde está o aeroporto, que foi condenado por vender habeas corpus como desembargador.
Ou seja, a história pode ser um pouco mais cabeluda do que essa reportagem inicial.
Até o momento não há nenhuma relação ou evidência de que o caso do helicóptero apreendido com 600 quilos de cocaína e que era da família Perrela possa ter alguma conexão com a construção de um ou mais aeroportos em Minas de maneira pouco convencional. E cuja gestão não esteja sendo controlada pela Anac ou pelo governo, mas fique a cargo de uma pessoa que libera o uso porque tem as chaves da entrada da propriedade. Reforço, não existe nenhuma relação até o momento de um caso com outro, mas é evidente que passa a ser uma linha de investigação. Helicópteros de contrabandistas e traficantes precisam de aeroportos clandestinos ou pouco utilizados comercialmente para operar.
O caso Lunus acabou com a candidatura de Roseana Sarney e favoreceu José Serra na disputa de 2002. Também não há nada ainda que possa levar a crer que essa denúncia contra Aécio seja fogo amigo. Mas é de estranhar que a o jornal tenha reservado a manchete de domingo para uma história tão bombástica cuja apuração parece incompleta.
Aécio pode ter sido atingido em pleno início do voo e de forma mortal. Os próximos dias serão decisivos para a sua candidatura. E o que se pode e deve fazer neste caso é jornalismo e investigação. Ilações e conexões sem provas não levam a nada. Mas há aí uma boa história para ser apurada.

Fonte: BLOG do ROVAI
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Eita trem bão, esse aeroporto !
Já está sendo chamado de Claudão
Até uma versão para o Samba de Orly, agora Samba de Claudão, já pintou nas redes sociais:

" vai meu tiozão pega esse avião
  você tem razão , de roubar assim dos mineiros  mas beija, 
  minha Minas sertaneja, antes que um aventureiro lance mão,
  pede perdão  pela roubalheira bem escancarada, 
  mas não diga nada que me viu cheirando, 
  e para os da pesada diz que estou voando
  vê com é que anda aquela turma  a toa
  e se puder me manda uma branquinha boa"

Esse pessoal da internete não é mole não.
Coitado do rapaz do aeroporto, tão limpo.
E lembar que durante o governo Lula, o mesmo Lula adquiriu um avião novo para servir a presidência da república, independente do presidente em exercício. 
Por causa disso  a velha imprensa , saiu por aí chamando o avião de aero lula, como se o avião fosse de propriedade de Lula.
Agora, com esse caso escandaloso do aeroporto do tucano, a velha mídia não fala nada.
Só falta aparecer um Jabosta da vida dizendo que o aeroporto fazia parte de obras para a copa.
Pode ?

A escolha de Temer

Wanderley Guilherme dos Santos: Ou o vice-presidente renuncia ou será despejado pelas ruas

publicado em 09 de dezembro de 2015 às 10:41
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 A democracia na cadeia 
Quando as instituições falham, o caráter prevalece. Há quem nunca fraudou a lei por falta de oportunidade e há os que resistiram apesar dos convites das circunstâncias. Em crise, o caráter de cada um é desnudado. De vários políticos já conhecemos o material de que são feitos, uns de primeira, outros de segunda qualidade. Não há coletividade humana que escape ao vírus da safadeza. A esperança é que não se propague.
Para mim, o pedido de impedimento apresentado por conspiradores paulistas é absurdo.
Prova-o a discussão dos beneficiários e associados: qual a melhor data para dar andamento? as ruas acompanharão os conjurados? Como reagirão os deputados do PMDB a uma defecção do vice-presidente? Qual o melhor acordo entre os pré-candidatos tucanos e os conspiradores do PMDB?
Não há apresentação de evidências de que a presidente Dilma Rousseff tenha cometido crime de responsabilidade, única base constitucional legítima para impedi-la. Com todas as letras, dizem não ser necessário.
Se não é necessária a comprovação de crime, convém à oposição irresponsável preparar-se para o que acontecer fora do Congresso.
Antes de ter início o processo, por exemplo, ou o Vice-presidente Michel Temer declara peremptoriamente que não vê razões substantivas para o impedimento ou não ficará como Vice-Presidente para assistir o final e se beneficiar dele. O destino do País não depende somente de tratativas em palacetes paulistanos, entre as quais figuraram com certeza os termos da missiva bombástica selando o acordo paulista contra a democracia.
A carta de rompimento que o Vice enviou a Dilma Rousseff, repudiando antecipadamente qualquer resposta amistosa da destinatária, é uma justificativa para o oportunismo de manter-se à margem, pronto para “reunificar o País”. Duvido. O que há de reunificar o País é o respeito de boa fé a suas leis fundamentais. E estas são ofendidas quando o signatário prefere se declarar, preferencialmente, Presidente do PMDB.  Ou o Vice renuncia ao mandato ou será despejado pelas ruas, que fariam bem acampando nos portões de sua residência. Pacificamente, mas com justificada razão para impedi-lo de governar, a saber: por quebra do compromisso constitucional de cumprir o mandato de acordo com as leis. E as leis condenam conspiradores.
Ninguém deve obediência a governos ilegítimos a não ser por coação explícita. Precisa ficar claro aos conspiradores que não bastará uma vitória no Congresso; vão ser obrigados a encarcerar muita gente. A promessa é de um espetáculo de confissão de caráter: quem se candidata a carcereiro e quem se dispõe a ser encarcerado.  Estou para ver quem se apresenta como condutor da democracia à cadeia.
Fonte: VIOMUNDO
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Uma mega manifestação contra o golpe paulista está sendo organizada para acontecer no dia 16 de dezembro em todo o país.
O Fora Cunha já está nas ruas , becos e fachadas de edifícios, como no edifício da foto abaixo em Copacabana, no Rio de Janeiro.
foto O Globo

Inevitavelmente, depois da carta, o Fora Temer  se fará presente nas ruas do país.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Joelma, a vice de Temer

Carta do vice-presidente à Dilma é avaliada por blogueiros como ato “vaidoso” e “pró-golpe”




Assunto em destaque na mídia é analisado como uma postura pró-golpe por parte do peemdebista Michel Temer.
08/12/2015
Da Redação
Temer e Dilma na posse presidencial | Foto: Marcelo Camargo/ABr
Em carta direcionada à presidenta Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) apresenta críticas ao governo e afirma: “Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas”. O vice disse ainda que sempre foi de seu conhecimento a “absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB”.
O texto foi escrito por Temer após a presidenta informar, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã da segunda-feira (7), que o procuraria para conversar, conforme informou a assessoria da Vice-Presidência. O encontro entre ambos ainda não aconteceu.
No Twitter, a assessoria do vice disse que a carta era em “caráter pessoal” e que a sua divulgação surpreendeu Temer. Após o caso, Dilma afirmou que não vê motivos para desconfiar do vice nem “um milímetro”
A situação foi analisada por alguns blogueiros como uma atitude “vaidosa” e “magoada” por parte do vice. Renato Rovai, da Revista Fórum, afirma que esta “é uma peça para a história e revela o nível de mesquinharia a que estamos submetidos". O blogueiro ainda sentencia que “esta carta destrói Temer politicamente. Sua biografia está marcada daqui para diante como a de um político vaidoso, egoísta e de certa forma sem limites. Dilma pode cair, mas Temer não sairá maior deste processo. Ele caiu hoje.”
No blog Viomundo, de Luiz Carlos Azenha, a carta é publicada sob o título: “Temer adere por escrito ao golpe; explicado movimento de Cunha na indicação da comissão de impeachment; programa econômico entrega pré-sal para financiar transição”.
Fernando Brito, do Tijolaço, diz que “é bom o vice-presidente Michel Temer pensar bem antes de entrar na onda de um impeachment com base em acusações sem provas. Porque ele estaria admitindo que se depusesse uma governante que não tem contra si, sequer, alguma acusação de desvio de dinheiro público. E ele, por experiência própria, deveria saber o quanto é grave ser acusado. E, sobretudo, quando a pessoa pode se dizer inocente. Afinal, já experimentou isso, e não faz muito tempo".
No texto em seu blog, Brito traz uma matéria da Folha de S. Paulo de 2011 em que foi publicado que “”o vice-presidente Michel Temer é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal sob a suspeita de participar de um esquema de cobrança de propina de empresas detentoras de contratos no porto de Santos (SP)".


Fonte: BRASIL DE FATO
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A DEMOCRACIA NA CADEIA

8 de dezembro de 2015Segunda Opiniãoredacao

Quando as instituições falham, o caráter prevalece. Há quem nunca fraudou a lei por falta de oportunidade e há os que resistiram apesar dos convites das circunstâncias. Em crise, o caráter de cada um é desnudado. De vários políticos já conhecemos o material de que são feitos, uns de primeira, outros de segunda qualidade. Não há coletividade humana que escape ao vírus da safadeza. A esperança é que não se propague.

Para mim, o pedido de impedimento apresentado por conspiradores paulistas é absurdo. Prova-o a discussão dos beneficiários e associados: qual a melhor data para dar andamento? as ruas acompanharão os conjurados? Como reagirão os deputados do PMDB a uma defecção do vice-presidente? Qual o melhor acordo entre os pré-candidatos tucanos e os conspiradores do PMDB? Não há apresentação de evidências de que a presidente Dilma Rousseff tenha cometido crime de responsabilidade, única base constitucional legítima para impedi-la. Com todas as letras, dizem não ser necessário.

Se não é necessária a comprovação de crime, convém à oposição irresponsável preparar-se para o que acontecer fora do Congresso. Antes de ter início o processo, por exemplo, ou o Vice-presidente Michel Temer declara peremptoriamente que não vê razões substantivas para o impedimento ou não ficará como Vice-Presidente para assistir o final e se beneficiar dele. O destino do País não depende somente de tratativas em palacetes paulistanos, entre as quais figuraram com certeza os termos da missiva bombástica selando o acordo paulista contra a democracia. A carta de rompimento que o Vice enviou a Dilma Rousseff, repudiando antecipadamente qualquer resposta amistosa da destinatária, é uma justificativa para o oportunismo de manter-se à margem, pronto para “reunificar o País”. Duvido. O que há de reunificar o País é o respeito de boa fé a suas leis fundamentais. E estas são ofendidas quando o signatário prefere se declarar, preferencialmente, Presidente do PMDB. Ou o Vice renuncia ao mandato ou será despejado pelas ruas, que fariam bem acampando nos portões de sua residência. Pacificamente, mas com justificada razão para impedi-lo de governar, a saber: por quebra do compromisso constitucional de cumprir o mandato de acordo com as leis. E as leis condenam conspiradores.

Ninguém deve obediência a governos ilegítimos a não ser por coação explícita. Precisa ficar claro aos conspiradores que não bastará uma vitória no Congresso; vãoser obrigados a encarcerar muita gente. A promessa é de um espetáculo de confissão de caráter: quem se candidata a carcereiro e quem se dispõe a ser encarcerado. Estou para ver quem se apresenta como condutor da democracia à cadeia.


Fonte: SEGUNDA OPINIÃO
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De Leonel Brizola para Temer: “a política ama a traição e abomina o traidor





O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional

Mais, uma unanimidade nacional.

Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.

A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.

E foi-lhe impiedosa.

Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.

Todo golpe é um crime contra a democracia.

O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.

É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.

É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.

Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.

Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.

Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.


Fonte: TIJOLAÇO

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Depois da carta, Temer deixou de ser vice: é primeiro no trending topics

Bernardo Felsenfeld
 
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Se o impeachment for derrotado, como deve acontecer, uma chapa já vai ganhando força para as eleições presidenciais de 2018.

Temer e Joelma, a traída por Chimbinha.

A carta de Temer se transformou no assunto da internete.

Por  um lado, tola e infantil, por outro, oportunista e incendiária.

O tempo definirá o que foi aquilo.

A vaidade é a motivação principal da maioria das pessoas que  pleiteiam cargos públicos, Temer é apenas mais um vaidoso.

Temer, hoje, é o nome da internete, em nome de todos os tolos.

In omnium ore stultorum nomine .

Imagine

Código de mineração foi escrito por computador de escritório de advocacia que defende Vale e BHP

 
Dados criptografados apontam que texto relatado por Leonardo Quintão (PMDB-MG) na Câmara foi editado em um laptop do escritório Pinheiro Neto.
07/12/2015
Da Redação


Crédito: Guilherme Waimann

Documento oficial do PL 5807/13, conhecido como Código da Mineração, que deve ser votado ainda nesta quarta-feira (9), foi alterado por um computador do escritório de advocacia Pinheiro Neto, que representa a Vale e a BHP, donas da Samarco, responsável pelo rompimento da barragem em Mariana (MG).

De acordo com matéria da BBC Brasil, dados criptografados mostram que as mudanças ocorreram no laptop do advogado Carlos Vilhena e vão desde tópicos socioambientais até valores no caso de infrações ambientais das empresas. O valor da “multa administrativa simples”, por exemplo, foi alterado três vazes: de R$ 1 milhão passou a R$ 5 bilhões e terminou fixada em R$ 100 milhões.


Ao contrário dos represetantes dos interesses das empresas, Maurício Guetta, que é advogado do Instituto Socioambiental (ISA) apontou para a reportagem que “as organizações da sociedade civil de defesa do meio ambiente e das comunidades atingidas não foram convidadas a discutir o novo código da mineração”.

Vilhena, procurado pela reportagem da BBC, disse que fez o trabalho de forma voluntária e que é “militante da área mineral há mais de 25 anos”. O escritório, por sua vez, afirmou que Vilhena não atuou como funcionário do Pinheiro Neto. Advogados e funcionários da Câmara apontam que é “praxe” escritórios de advocacia ligados a empresas participarem da redação de projetos de lei.
 
Fonte: BRASIL DE FATO
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É o que se tem notícia, no caso de códigos, normas regulamentos .

Naturalmente , todos somos inclinados a pensar que não apenas na
mineração tais práticas existem.

Um fato, uma notícia que expõe aspecto de uma cultura mundial
onde as corporações ditam as regras.

Se assim acontece nas atividades de mineração, é bem provável que
aconteça em outras áreas.

Disse provável, porém com grande probabilidade de ser verdadeiro.

Imagine, caro leitor, claro, se assim o desejar, um mundo onde as
leis, códigos, normas , regulamentos, referentes as múltiplas
atividades econômicas e produtivas, sendo elaborados por pessoas
de corporações diretamente ligadas as atividades alvo das leis.

Imaginou? Não ?

Então pense , imagine, crie imagens com cores vivas de executivos
de empresas do ramo alimentício , por exemplo, reunidos e
elaborando normas ,códigos e regulamentos sobre o percentual de
substâncias tóxicas, nocivas ao organismo humano, permitidas em
alimentos industrializados.

Imaginou ? Visualizou a reunião ?

Caso a imagem que você visualizou seja desagradável para você, e
imagino que assim de fato seja, imagine que você está sentado em
uma cadeira em uma sala de cinema, assistindo um filme onde os executivos da indústria do caso acima estão reunidos elaborando as normas e códigos.
Esse distanciamento nas imagens imaginadas irá reduzir o possível desconforto com a cena principal, que é a reunião dos executivos.

Então, agora, visualize um grupo de empresários do meio de transporte coletivo, reunidos, para definir o preço da tarifa de
transporte urbano, na sua cidade, por exemplo.

Depois dessas reuniões você acredita que essa turma irá legislar a seu favor ou irá defender os interesses das empresas ?

Toda e qualquer elaboração de normas , códigos , regulamentos e
leis, deve ter a participação , equilibrada de produtores,
consumidores e neutros.

Produtor, no caso um segmento industrial, consumidores ,e, neutro
entendido com institutos de pesquisa e de tecnologia.

Na prática, nada disso funciona e as corporações elaboram, na
maioria das vezes , elas mesmas as normas e códigos que regulamentem suas atividades.

É o Estado sequestrado pelos interesses das corporações.

Quando isso acontece, como acontece agora no mundo, a
democracia deixa de existir e prevalece apenas o interesse pelo lucro e pela acumulação, interesses pessoais,  em detrimento da vida da maioria das pessoas.

Não é por acaso, pois, que as tragédias climáticas, ambientais
e sociais se agravam, cada vez mais, a cada ano, a cada mês, a
cada dia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Átimo Reacionário

Na França, extrema direita vence na urna; Macri faz o mesmo na Argentina e a oposição na Venezuela. 
No Brasil eles não querem esperar.

Fonte: CARTA MAIOR
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Quanto pior a crise mundial, a direita, e mesmo a extrema direita ganham espaço.

A  história confirma, o nazismo surgiu dessa forma.

De uma maneira geral as pessoas em toda parte do mundo acreditam que a contenção da democracia , de forma consciente ou não, é a solução para os problemas.

Nos próximos anos, com a continuação da crise mundial que esfacela o mundo, iremos constatar o avanço, cada vez mais, de governos de extrema direita, assim como o repertório de valores e práticas associadas aos regimes que ignoram a democracia.

Como consequência atos de terrorismo, o racismo, a xenofobia, todas as formas de violência e criminalidade e outras práticas deploráveis  terão mais e mais espaço nas sociedades.

O que se vê atualmente na França com a vitória da extrema direita, é o voto contaminado pelo medo. Sociedades em choque, seja pelo terrorismo, seja pela crise civilizatória. 

De certa forma, o terrorismo e a crise mundial são úteis para barrar o avanço da esquerda e mesma da social democracia plena.

O capitalismo, em sua expressão neoliberal, não é compatível com democracia plena, direitos humanos e políticas sociais. 

Algo como se as pessoas  não mais a acreditassem nos governos e regimes democráticos como resposta aos problemas que se enfrenta.

Um erro de avaliação, claro, que no entanto tem sido  defendido e incentivado , em todo o mundo, pelos grandes meios de comunicação.

No Brasil e na América Latina, que por quase duas décadas vivenciam governos que certa forma se descolaram do neoliberalismo. a crise mundial tem sido perfeita para que as direitas ganhem espaço e até mesmo cheguem ao governo.

Quanto pior melhor, principalmente no Brasil, penúltimo país a abolir a escravidão e , ao que se revela diante de nossos olhos, um país de elites imaturas para acatar o resultado das urnas. 

Nada é por acaso, essas ditas elites tem história.

O senso comum, por outro lado, diante do bombardeio diário  e incessante contra o governo, verdadeiro ou não, acaba por se contaminar e passa a aderir teses anti-democráticas e mesmo golpistas.

O futuro próximo é sombrio, e até mesmo com nuances aterradoras quanto ao retrocesso na evolução civilizacional.

Por outro lado, esse movimento mundial pela direita, extrema direita e mesmo reacionarismo, em um determinado momento, também em um futuro próximo, pode vir a ser o final de um modelo, um lapso momentâneo de saúde para um doente em estado terminal.

O processo evolutivo e civilizacional  não passa pela consolidação de regimes que ignoram as liberdades individuais, a justiça social, a democracia plena e a justiça ambiental.

Uma grande rebelião, no momento, abre as portas do presídio mundial facilitando a fuga de um grande número de delinquentes.

No entanto, logo, logo, todos serão detidos e voltarão para o lugar de onde não deveriam ter saído.