quarta-feira, 15 de julho de 2015

Os estercos, as latrinas e os babacas

Antes de zerar morte por tráfico, Uruguai proibiu programas policiais

Mujica vetou a exibição de atrações similares ao 'Cidade Alerta' das 6h até 22h, justificando que tais programas promovem atitudes violentas.

Igor Carvalho - CUT


reprodução
Incrédulo, o Brasil assistiu, ao vivo, um policial disparar quatro tiros contra dois jovens que já estavam rendidos após longa perseguição de moto. As imagens foram transmitidas, ao mesmo tempo, pelos programas “Cidade Alerta” e “Brasil Urgente”, apresentados por Marcelo Rezende e José Luis Datena, respectivamente.

Imediatamente, os dois apresentadores saíram em defesa do policial. “Se ele atirou é porque o bandido estava armado. E ele fez muito bem”, disse Rezende. “Não sei se os caras apontaram o revólver para o policial, não vi. Provavelmente, sim”, afirmou Datena.

A postura de Datena e Rezende dá o tom dos programas, que são reconhecidos por fazer apologia à violência policial, lançando mão do discurso de que “bandido bom é bandido morto”. Ambos narram com entusiasmo as perseguições e as ações da PM pelas periferias paulistas.

Em junho de 2012, quando o Uruguai sofria com o avanço de 70% no número de homicídios, o presidente José Mujica anunciou um pacote de medidas para conter a criminalidade no País. Estudos e pesquisas conduzidos pela equipe do presidente concluíram que era preciso um conjunto de ações que atacasse o tráfico de drogas.

O documento “Estratégia pela vida e convivência”, que continha 15 medidas, foi anunciado e se tornou mundialmente conhecido porque nele o Uruguai anunciava que passaria a gerir a produção e distribuição de maconha no país. Dessa forma, o Estado assumia o posto de fornecedor da maconha aos uruguaios, era um golpe econômico nos narcotraficantes.

Na outra extremidade, preocupava a ação policial. Os superpoderes dos agentes nas ruas precisavam ser combatidos, assim como a sensação de impunidade. Por isso, entre as medidas tomadas pelo governo, estava a proibição da exibição de programas policiais [similares ao “Cidade Alerta” e “Brasil Urgente”] entre 6h e 22h. A alegação é que essas “atrações televisivas” promovem atitudes ou condutas violentas e discriminatórias.

Dois anos depois, em junho de 2014, o governo uruguaio anunciou que as mortes ligadas ao tráfico de drogas foram zeradas no país.

Nesta quarta-feira (24), a PM anunciou que o policial responsável pelos disparos nos jovens rendidos foi preso administrativamente. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que o policial cometeu uma "séria irregularidade".



Fonte: CARTA MAIOR
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Faustão, Marieta e o "monte de babaca"

Por Altamiro Borges

Talvez abalado com a insistente queda de audiência do seu "Domingão do Faustão", o apresentador global Fausto Silva anda meio irritadiço. No domingo retrasado (5), ele ficou com cara de nádega, ao vivo e a cores, ao ser rechaçado em seu pessimismo oposicionista pela atriz Marieta Severo. O vexame virou motivo de galhofa nas redes sociais. Já neste final de semana, Faustão explicitou que sentiu o golpe e que não gosta de ser questionado em seu pensamento único – que ainda faz a cabeça de um "monte de babaca" no Brasil. A cena hilária foi registrada pelo site UOL nesta segunda-feira (13):

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Fausto Silva desabafou na noite deste domingo (12) sobre a saia justa com Marieta Severo, ocorrida duas semanas atrás. O apresentador disse que não houve discussão entre ele e a atriz e chamou de 'um monte de babaca' aqueles que teriam distorcido o que realmente aconteceu.

“Outro dia, a Marieta Severo esteve aqui e respondeu uma pergunta, e ela respondeu uma pergunta do jeito que ela pode responder, do jeito que ela quis responder. Eu falei da questão do Brasil, que ela é mulher culta… Aí, um monte de babaca diz que ela discordou. Não, você discorda quando existe um debate. Um dá opinião e o outro dá a sua opinião. Aí, quando faz uma pergunta, a pessoa responde a pergunta. O problema é só entender”, desabafou Fausto.


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Faustão só evitou falar sobre o real motivo da "saia justa". Na entrevista com Marieta Severa, o astro global esbanjou o seu costumeiro pessimismo com o país e o seu oposicionismo militante. "Eu queria saber, com toda essa experiência, como você vê o Brasil de hoje? Aqui, na verdade, a única coisa que é estruturada é o crime. Falta estrutura para tudo, falta seriedade. Então, começa essa coisa do Brasil ser o ‘país da corrupção’, do ‘desemprego’, o ‘país da desesperança’. Qual a sua análise para isso tudo?", perguntou, já opinando, o enfadonho apresentador do Domingão.

Sem vacilar, a atriz retrucou o arrogante Faustão: "Eu sou sempre otimista. Eu não acho que somos o país da desesperança, não... Acho que o país caminhou muito nos últimos anos. Acho que temos uma crise, sim, mas, para mim, uma coisa muito importante que se chama ‘inclusão social’, a chamada luta contra a desigualdade. É claro que precisamos estar com uma economia equilibrada. Mas a gente teve muito isso nos últimos anos. É um ponto que fala de maneira muito determinante".

Faustão, com seu pensamento único emburrecedor e seu poderoso palanque na TV Globo, ainda acha que isto não é discordância. Para ele, só "um bando de babaca" viu na cena risível a demolição dos seus argumentos pessimistas, contrários ao Brasil, típicos dos que sofrem do complexo de vira-latas. Na Copa do Mundo de 2014, o apresentador já havia estrelado outra "saia justa". Num programa, ele afirmou que nada daria certo e o que o torneio seria um desastre – os aeroportos ficariam lotados, os aviões atrasariam, os estádios não ficariam prontos. Na sequência, como a sua urubologia não se confirmou, ele teve que engolir as besteiras catrastrofistas que havia dito. Haja babacas no Brasil.

Fonte: Blog do Miro
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É um horror.


Datena e Resende nos finais de tarde, por um lado, e a putaria entre adolescentes da novela Malhação, por outro lado.
A TV privada brasileira é o esterco do entretenimento e da informação.

Enquanto os apresentadores dos programas Cidade Alerta e Brasil Urgente defendem abertamente as atrocidades cometidas pela polícia, na novela da globo, para adolescentes, a emissora ensina aos jovens como ser bandido, trapaceiro e dissimulado.

Tudo isso acontece no final das tardes, hora do copo d'água, hora da Ave -Maria, que outras emissoras de TV e também de rádio, convidam os telespectadores e ouvintes para um momento de introspecção e reflexão.

Terminada a reflexão, a bala volta, o bandido é morto, a mulher perde a cabeça, e a faca - que no passado existia nos domingos no parque - corta a carne de gado , para o jantar, e de pessoas, para o celular.

No passado, os críticos diriam que se trata do mundo cão.

Atualmente dizem que é o mundo humano.

Os cães estão assustados e o humanos, talvez, anestesiados.

A democracia, assim como o gol de Parreira, é apenas um detalhe, que para aqueles que se arvoram como donos do mundo, um detalhe inibidor do avanço de uma nova ordem.

O esterco do entretenimento e da informação, a TV brasileira , elegeu e escolheu o povo brasileiro como seu lugar de acolhimento.

Telespectadores, ouvintes e leitores de veículos da velha mídia, são a latrina da pós modernidade decadente.

Por opção, ou por ignorância, assim cumprem esse papel.

Por vezes, algum esterco se manifesta indignado com as críticas ao modelo dominante, porém, não hegemônico.
Foi o caso de Fausto, o obeso, logo Faustão, que não suportou a repercussão na arena anárquica da internete, sobre o baile que levou recentemente em seu melancólico programa das melancólicas tardes dominicais.

Ainda bem, Fausto, que existem alguns "babacas".

Caso contrário, seríamos uma população de latrinas.

terça-feira, 14 de julho de 2015

É o Papa


Leandro Molina
Jamais perca sua fé revolucionária

A ambição desenfreada pelo dinheiro é o esterco do diabo 

De pernas para o ar

Lelê Teles: Os deuses devem estar loucos
 
 

    OS DEUSES DEVEM ESTAR LOUCOS

Por Lelê Teles, especial para o Maria Frô

14/07/2015
dizem que antes do fim do mundo, receberíamos alguns sinais. o mundo, antes de chegar ao fim, ficaria de pernas para o ar.
assim o vejo hoje. o fim deve estar próximo.

dizem que a maconha pode ser a cura para o câncer. mas o diabo é que Bob Marley morreu de câncer.

na Bolívia – tome nota leitor atento – um índio fez o país, finalmente, entrar para a civilização.

já nos Esteites, o primeiro presidente negro da história daquela nação, vê o seus irmãos de cor serem humilhados pelos seus comandados. parece que botaram um preto na casa branca só para meterem porrada nos pretos sem remorsos.

hoje, nos Esteites, há mais negros encarcerados do que haviam nas fazendas de algodão. os libertaram para prendê-los.

os roqueiros, isso nem um profeta previu, se mostraram uns burguezóides reacionários e o papa – veja se não é um sinal – caminha pelo mundo pregando o comunismo: terra, trabalho e teto.

no Brasil, terra do jabuti e da jabuticaba, o nosso parlamento, que era uma feira livre, gourmetizou-se, e agora vai virar um shopping. não sem antes se transformar em um templo evangélico.

vivemos em um presidencialismo parlamentarista, seja lá o que diabo isso queira significar.

o PT, veja que curioso, fez o maior petêco com a sua história. o partido que antes abrigara Chico Mendes, hoje não briga mais com Kátia Abreu, a rainha da motosserra.

Joaquim Levy, empedernido conservador, é a nova estrela do governo popular. o mesmo governo que, talvez por sua incapacidade de se auto destruir, paga uma grana altíssima para que a mídia o faça.

um político do PSC, o reacionário partido dos peixinhos, toma o microfone na tribuna e faz o mais brilhante discurso do ano, de esquerda, em favor – veja aí o rabo de seta do capeta – da democracia, do direito das minorias, contra os partidos de direita e em defesa do PT.

madames invadem suas cozinhas, atrás de panelas, e vão às varandas para chorar de barriga cheia.

no futebol, os brasileiros comemoram a data da derrota para a Alemanha e os alemães, não.

com mil diabos.o chefe de jornalismo da Rede Globo escreveu um livro afirmando que nós, brasileiros, não somos racistas. pois não é que o seu jornal teve que defender uma jornalista vítima do mais abjeto racismo?

e a presidenta da Associação Nacional dos Jornais, afirmou, na cara dura, que a mídia velha é o verdadeiro partido de oposição no Brasil. em seguida, aécio (grafemos em minúscula), o nosso napoleão de hospício, afirmou fazer oposição ao Brasil.

um juiz justiceiro fez o que quis a mídia e foi chamado de batman; o partido de Judith Brito o lançou como candidato à presidência. agora, um outro juiz justiceiro, que igualmente atendeu à demanda de dona Judith, é também lançado como candidato.

talvez montarão um partido da liga da justiça, e os dois juízes justiceiros, batman e robin, formarão a dupla dinâmica de 2018.

sinto cheiro de enxofre. o efeito estufa aquece a terra. no apocalipse diz que o mundo terminará em brasa.

farei um churrasco na boca de um vulcão, enquanto assisto ao grotesco e último espetáculo de irmão matando irmão, pai matando filho, cadeirante espancando muletado, amigos virando inimigos.

enquanto isso, em uma remota ilha do Atlântico Sul, focas estupram pinguins. e INRI Cristo, o filho do homem, anda de patins elétrico.
barbárie
Palavra da salvação.
 Fonte: MARIA FRÔ
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Complementando as loucuras do mundo, uma foto de uma palestra recente de Bonner, sobre o objetivo do Jornal Nacional :      


 Será que alguém acreditou no Bonner ?

Incesto e roubalheira. Bem amigos

Nem Tancredo, nem FHC: quem faz a cabeça de Aécio é Lobão. Por Kiko Nogueira

Eles
Eles

Nem FHC e nem tampouco o avô Tancredo. Quem faz a cabeça de Aécio Neves, hoje, é o ex-cantor Lobão.

Em sua cavalgada rumo ao pôr do sol do impechment, Aécio tem se comportado com a mesma desenvoltura do antigo roqueiro, adotando, inclusive e especialmente, seu estilo maníaco.

Desde a derrota na campanha presidencial, o ex-senador se destacou não pela originalidade ou contundência das opiniões, mas pelo golpismo tresloucado que lhe confere ares francamente napoleônicos (no sentido clínico).

Organizou uma viagem de fancaria à Venezuela com os colegas, uma farsa desde o primeiro momento com a suposta proibição da comitiva. Bateu boca com Renan Calheiros.

Na semana passada, referiu-se a si próprio em entrevistas como “presidente da República” e declarou que o PSDB era o “maior partido de oposição ao Brasil”.

Como Lobão, ele se julga acima do bem e do mal, alguém que não deve desculpas jamais.

A responsabilidade pelas bobagens é sempre exteriorizada.

Ambos se tornaram auto paródias.

Lobão acha normal interpretar versões adulteradas porcamente das próprias canções em shows com meia casa, se tanto, para agradar gente que não está interessada em ouvir música.

Sua turnê, diz ele, “é um sucesso”.

Os dois ficaram reféns de um público canalha.

Falam para os revoltados on line e off line de sempre, que esperam deles um comportamento à altura — que eles entregam de bom grado.

“Golpista é esse governo”, diz Aécio.

Lobão, por sua vez, afirma que “é um espanto” afirmar que ele faz um espetáculo “panfletário”.

Antes, sua apresentação é “engraçada”.

“Não falo o tempo todo sobre o PT, Dilma Rousseff e o caralho a quatro”, garante.

É tudo fofoca.

“Eu sou um artista e exijo respeito por parte da imprensa”.

Quanto mais eles falam, quanto mais eles aparecem falando, seja na TV ou na internet, mais fazem outros paranóicos parecerem razoáveis por comparação.

Há quem veja método nessa loucura.

Método onde?

Se Aécio fugiu de Lobão num protesto, o encontro das águas dos dois se deu agora esplendorosamente, numa mesma esfera mental.

 Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Aécio e o rombo na saúde em MG

Por Rafaella Dotta, no jornal Brasil de Fato-MG:

Aécio Neves, presidente do PSDB, senador e ex-governador de Minas Gerais, volta a ter o nome envolvido em um dos maiores casos de desvio de verba do Brasil. A investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal (MPF), em 25 de junho, e envolve R$ 14 bilhões desviados do SUS de Minas Gerais. Além do extravio de recurso, questiona-se para onde o dinheiro foi.

A fraude aconteceu nas planilhas de gastos dos mandatos de Aécio no governo de Minas e de seu sucessor, Antonio Anastasia, também do PSDB. A ação mostra que os exgovernadores não cumpriram a Emenda Constitucional 29, que obriga o investimento no SUS de pelo menos 12% do PIB estadual. Para não serem descobertos, as contas estariam sendo “maquiadas”.

De 2003 a 2011, foram incluídos nas planilhas de saúde inúmeros gastos não relacionados ao SUS. Em 2004, por exemplo, aparecem R$ 530 mil em locação de veículos e R$ 1 milhão em serviços de fiscalização ambiental, segundo relatório da Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária do Estado (CAEO). Ao todo, foram desvia dos R$ 14 bilhões do serviço de saúde pública de Mi nas Gerais, apura a investigação. Em alguns anos o valor investido na área não chegou à metade do obrigatório.

Esse dinheiro foi repassado, em sua maioria, a serviços de saneamento básico da Copasa, para fundos de aposentado rias, pensões e institutos de clientela fechada.

PSDB responde

A nota do partido, divulgada no mesmo dia da ação, sustenta que o tema é assunto “amplamente divulgado e esclarecido” e que os governos Aécio Neves e Anastasia realizaram o mesmo procedimento em outros estados. Afirma ainda que os investimentos feitos entre 2003 e 2010 foram aprovados pelo Tribu nal de Contas do Estado e pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Processo pede reparações

Os autores da ação do MPF, os procuradores Edmundo Antônio Dias, Helder Magno da Silva e Silmara Cristina Goulart, pedem que o governo estadual invista os R$ 14 bilhões na saúde, ainda que seja através de parcelamentos. Caso isso não aconteça, sugerem que o governo federal retenha os repasses para Minas Gerais. Os procuradores também corroboram outra investigação, elaborada em 2010, em que se afirma improbidade administrativa por parte de Aécio Neves. A ação aguarda agora a intimação das partes pela Justiça federal

Ação já alertava para “sumiço” de 3,5 bilhões

O caso de desvio mais importante é o da Companhia de Abastecimento. Consta que o governo estadual fazia repasses para o serviço de saneamento básico da empresa. Porém, este é um ser- viço tarifado, pago pelos consumidores, e a Copasa estaria recebendo duplamente: do governo e dos consumidores. A incoerência apareceu pela primeira vez em ação feita pela promotora do Ministério Público Estadual, Josely Ramos Pontes, em 2010.

A prestação de contas do estado mostrava um repasse de R$ 3,5 bilhões para a Copasa, mas a empresa nega- va ter recebido qualquer quantia. “Recebi as contestações do estado e da Copasa dizendo que nunca o estado transferiu re- curso para a empresa”, declarou a promotora.

Investigação interrompida

Em 2013, os réus Aécio Neves e Maria da Conceição Barros, ex-coordenadora-geral do estado, pediram anulação da ação de Josely.

Em resposta, os desembargadores do Tribunal de Justiça de MG decidiram unanimemente pela manutenção do processo.

Em fevereiro de 2014, porém, o juiz Adriano de Mesquita Carneiro arquivou o processo, sem julgá-lo. Afirmou que apenas o procurador-geral de Justiça, Carlos Bittencourt, indicado por Anastasia, poderia abrir investigação contra um ex-governador. Hoje, a verba possivelmente desviada para a Copasa soma R$ 8,5 bilhões, em valores reajustados, segundo análise do Ministério Público Federal

Fonte: Blog do Miro

A massa que a TV globo organiza, não passa pelos projetos de futuro que as massas do mundo desejam.

A quem serve a volta dos “blackblocs”?

13 de julho de 2015 | 22:57 Autor: Fernando Brito
blackbloc
Eles foram trazidos no limbo onde submergiram desde o “não vai ter Copa”, há dois anos.
Não existiam mais, mas reapareceram na pacífica – até suas provocações se iniciarem – passeata contra a redução da maioridade penal, hoje, na Avenida Paulista.
Viraram uma cabine da PM e fizeram algumas depredações.
Será que desta vez ainda vão iludir aos tolos que podem ver algo de libertário em quem entra nos movimentos para produzir contra eles antipatia e rejeição pelos atos de agressão que promovem?
Movimentos “espontâneos”, uma ova.
Ou vamos esquecer que essa turma despertou a onda de selvageria que marca a política brasileira hoje?
Quem se enfraqueceu, depois deles, a direita que dizem odiar ou a esquerda que lhes foi tolerante e os tratou com uma ingênua e estúpida simpatia ou tolerância?
Muita gente bem intencionada, àquela época, deixou esta turma se criar, quando deveriam ter sido postos a correr como agentes provocadores que são.
“Esquerda” sem base social e de porrete na mão para tomar a frente de movimentos políticos legítimos dá nisso, no que deu de prejuízo às causas legítimas o desempenho desta gente.
Aquela “voz das ruas” só deu eco aos piores tipos de fascistas provocadores que pululam hoje na política brasileira.
Os Batman viraram cabos eleitorais dos Bolsonaros, é bom lembrar.
Tomara que, desta vez, menos gente se iluda e seja condescendente com esta turma.
A volta dos “blackblocs” não veio do nada.
Veio para servir aos interesses de quem quer conflito e quebra da ordem democrática.
Fonte: TIJOLAÇO
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Respondendo a pergunta do texto acima de TIJOLAÇO, diria que os blackblocs servem à direita, servem à esquerda e , também, à nenhum dos dois lados.

Em um mundo atual, onde a opressão vem se tronando uma regra através de uma ditadura econômica, as primeiras vozes de descontentamento vem dos jovens.

Foi assim no referendo recente  da Grécia, onde o NÃO venceu basicamente pelo apoio dos jovens daquele país, que, corretamente, não enxergam um futuro tranquilo e próspero no modelo  de mundo atual.

A democracia atual não existe, já que os mercados e corporações ditam as regras e sequestram países, como desejam fazer agora com o acordo da Grécia com a União Européia.

Nessa ditadura mundial, onde a democracia é apenas um verniz, o voto pouco altera as regras gerais e o os Poderes são submissos ao capital, muitos, pelo mundo, entenderam que outras formas de protagonismo político são necessárias para para salvar o futuro.

A ação black bloc é um desses protagonismos e pode ser interessante se bem organizada.

No caso do Brasil, a ação black bloc  foi sequestrada pela direita, que manipula os atos do grupo como sendo manifestações únicas contra o governo federal.

Nos anos da década de 1960 e 1970, muitas pessoas lutaram contra um regime opressor instalado no Brasil, e não foi uma luta usando o voto e a cordialidade.

O regime opressor atual, talvez até pior do que aquele dos anos citados acima, não pode ser combatido apenas com o voto ou com passeatas.

Assim sendo, reproduzo, abaixo, postagem do PAPIRO, do ano de 2013, por ocasião das manifestações de rua.


Hoje, domingo 23.06.13, o jornal o globo destaca em  manchete de primeira página o seguinte:
" Juventude Desiludida"

De fato, globo acertou na manchete.

A juventude  em todo o mundo está desiludida e essa onda chegou aqui no Brasil.

Na Europa, nos EUA, nos países árabes, a juventude nas ruas demonstrou sua insatisfação.
Insatisfação com o que, especificamente ?

Em comum , independente se no Brasil, nos EUA, na Europa, na África e até mesmo na estação espacial em órbita da terra, todos os jovens estão desiludidos com a maneira de fazer política dos políticos atuais, com a destruição da natureza, com a falta de perspectiva no futuro, com a privatização de todos os serviços que transformam a vida em uma mercadoria, com o modelo político econômico hegemônico mundial, com o poder econômico representado pelas grandes corporações que orbitam  os governos e até mesmo dirigem os países  e em  essência são a  fonte da roubalheira e da corrupção em todos os cantos, com a democracia representativa que poucas possibilidades oferece para a participação direta do cidadão nas questões de interesse coletivo, etc..

Todas essas insatisfações, em maior ou menor grau dependendo do país ou região do planeta, estão presentes em todas as grandes manifestações pelo mundo.

O maio de 68 pós- moderno, como se refere o globo hoje em um de seus artigos, começou com o colapso do sistema mundo atual com a grave crise financeira de 2008 que continua nos dias atuais ceifando vidas em todos os continentes.

Os jovens nas ruas em todos os países mandam uma mensagem bem clara de rejeição ao mundo atual, claro, com as especificidades de cada país.

O jornal o globo, assim como toda a velha e ultrapassada mídia brasileira e mundial ,é defensor incondicional do sistema mundo atual, com seu modelo político corrupto ( que favorece grandes corporações com as de mídia, por exemplo) .

Assim sendo, o globo finge estar ao lado dos manifestantes com a intenção clara de redirecionar as manifestações.

Ao fazê-lo, o globo e toda a  velha mídia brasileira e mundial desejam o  oposto daquilo que os manifestantes reivindicam.

Para as grandes e ultrapassadas corporações de mídia o avanço da democracia, como desejam os manifestantes, é intolerável.

A mudança do modelo político econômico só é desejável para essas corporações se esse modelo aprofundar o ideário ortodoxo do neoliberalismo, ou seja, produzir mais e mais privatizações de todo o patrimônio do povo , como desejam com os recursos do pré-sal, com a saúde pública e com a educação.

A corrupção e a roubalheira, tão alardeada pela velha mídia como problemas graves do país, é fonte de enriquecimento e maior acumulação por parte das grandes corporações e de políticos em uma simbiose com  um fazer político eclipsado do povo.

A corrupção existe porque existem corruptores e corruptos, em uma ambiente onde a prática possa acontecer livremente.

Cabe lembrar que os grande ladrões corruptos  são protegidos pela velha mídia e enaltecidos como grandes inteligências , e ainda , quando acusados de seus crimes, são favorecidos com habeas corpus velozes produzidos por membros da suprema corte, o que nos leva a crer que o judiciário não é imaculado como se apresenta diante das generosas câmeras de tv  quando por ocasião de espetáculos jurídicos.

Possíveis salvadores da pátria togados se alimentam ,  e muito da corrupção, apesar das aparências.

O Poder hegemônico mundial, tanto o  econômico como o político, atua para conter todo e qualquer avanço da democracia e das liberdades e direitos do cidadão .

Isso pode ser visto, provado e comprovado nos países que buscam caminhos alternativos na política, na economia e na liberdade dos povos.
 
Falo dos países da América  Latina, laboratório progressista e de vanguarda do mundo decadente atual.

Assim sendo é de suma importância não se deixar confundir com as manifestações legítimas do povo ( que a velha mídia não apoia)  com as manifestações  que visam conter os avanços na América Latina, apesar das aparências.

A massa que a tv globo organiza, não passa pelo futuro que as massas do mundo desejam.
Os jovens do Brasil  estão desiludidos e assim como os jovens de todo o mundo gritam que desejam um outro mundo.




sábado, 11 de julho de 2015

Curta PAPIRO - 11.07.2015

 
 Curtas



1 - O Guerreiro do Povo
Guerreiro do povo





2 -  Francisco Critica Pedro Alvarez Marinho




3 - Jornal Falha de SP 'Cubriu' Bem





4 - A Dança dos Vampiros

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5 - O Amor é Lindo  II.  Casados e Felizes                                                                                      
   




6 - Os  Golpistas de Ontem e Nunca Mais

golpe-midiatico


                                            

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A foice, o martelo e o teclado. O triângulo equilátero do ecossocialismo

Papa elogia governo de Evo Morales e ganha uma “cruz comunista” de presente

Foto: Lusa
Em seu discurso, Franscisco criticou o consumismo e a degradação ambiental, além de destacar a violência doméstica, o alcoolismo e o machismo como ameaças à família; Morales saudou o papa e disse que ele representa “esperança”, presenteando-o com uma cruz formada por uma foice e um martelo








Morales dá a Francisco um Cristo crucificado sobre foice e martelo


  • 09/07/2015

  • Da Fórum

  • O papa Francisco chegou ontem (8) à Bolívia e foi recebido pelo presidente do país, Evo Morales. Os dois trocaram presentes no Palácio do Governo, em La Paz. O pontífice elogiou a gestão do líder indígena, recebeu uma cruz formada com um martelo e uma foice, e também o “Livro do Mar”. Morales ainda deu a Francisco a medalha Condor dos Andes, condecoração máxima da Bolívia, e a distinção Luis Espinal, que foi criada para reconhecer quem possua uma fé religiosa e se destaque por defender os pobres, marginalizados e doentes.
Em seu discurso, o presidente saudou a melhoria nas relações com a Igreja, após um passado turbulento. “Em muitos momentos históricos, a Igreja foi utilizada para a dominação, subjugação e opressão. Agora, o povo boliviano te recebe com alegria e esperança”, disse Morales. “Nós te recebemos como o principal representante da Igreja Católica que vem apoiar a libertação de nosso povo boliviano.”
Na Catedral de La Paz, o religioso falou sobre a “especulação financeira” e o consumismo dos dias atuais. “Se a política se deixa dominar pela especulação financeira, ou a economia se deixa reger apenas pelo paradigma tecnocrático e utilitarista da produção máxima, não poderão sequer compreender – e muito menos resolver – os grandes problemas que afetam a humanidade”, afirmou.
Em sua fala, ele abordou ainda temas como a degradação ambiental, além de destacar a violência doméstica, o alcoolismo e o machismo como ameaças à família. Ele pediu uma “particular atenção à justiça distributiva” e uma aposta na cultura e na educação “ética e moral”, que cultive “atitudes de solidariedade e corresponsabilidade entre as pessoas”.
Ao final do encontro, o papa seguiu para o aeroporto de El Alto para o segundo voo do dia, rumo a Santa Cruz de la Sierra, evitando assim os efeitos de altitude da capital. Para evitar problemas, Francisco bebeu uma infusão de folhas de coca, camomila e anis.
Fonte: BRASIL DE FATO
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E tudo começou no final da década de 1990.
Os protestos anti-globalização pelo mundo, e na América do Sul a eleição de Hugo Chávez , na Venezuela.
A partir de então, o continente sul americano foi tomado, pouco a pouco, de novos governos progressistas de esquerda.
Com quase duas décadas desse processo, que muitos diziam que seria breve, as vozes do fim do mundo , hoje, se fazem ouvir  do Vaticano, na Europa,  na emblemática figura do Papa Francisco, argentino, sul americano.
Não por acaso, já que nada em política é por acaso, uma violenta ofensiva conservadora , retrógrada e nazifascista com objetivos claros de golpes de estado tenta se impor no continente sul americano, de Chávez, Maduro, Lula, Dilma, Morales, Correa, Bachelet, Mujica, Vásquez,  Lugo, Kirchners e Francisco, justamente após a  escolha de Jorge Mario Bergoglio como Papa. 
Ao receber como presente de Morales uma cruz com uma foice e um martelo, os povos da América do Sul saúdam Francisco nas três pontas do triângulo, a foice, o martelo e o teclado. O campo, a fábrica e a escola. Os alimentos, os bens manufaturados e o conhecimento. Tudo integrado em um triângulo equilátero, com a mãe Terra ao centro. O ecossocialismo,  que talvez melhor simbolize o socialismo do  século XXI idealizado pela revolução Bolivariana , pela revolução Zapatista e pelo Bem Viver dos povos indígenas da America Latina.
Na economia do descarte, tão criticada corretamente por Francisco, o que hoje corre o sério risco de ser descartado é o próprio capitalismo em sua versão selvagem e desregulada.
Todas as formas e expressões de violência, criticadas por Francisco, tem origem na expressão atual do capitalismo no mundo.


Desnorteada com o discurso do Papa na Bolívia, mídia foca em crucifixo e ignora História; veja o discurso de Francisco

publicado em 10 de julho de 2015 às 00:13
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As fotos escolhidas pelos editores para ilustrar a entrega do crucifixo, ao contrário da que aparece acima, buscam mostrar o papa Francisco supostamente contrariado (Foto Agência Boliviana de Informação)
Por Luiz Carlos Azenha
O Papa Francisco fez um discurso anticapitalista ontem na Bolívia, referindo-se ao sistema econômico como “ditadura sutil”.
Foi no Segundo Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra.
“A distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral”, afirmou.
Também disse que a concentração da mídia é instrumento de “colonialismo ideológico”, pois “a concentração monopólica dos meios de comunicação social pretende impor pautas alienantes de consumo e certa uniformidade cultural”.
O papa pregou “mudança de estruturas” e disse que mesmo entre a elite econômica que se beneficia do sistema “muitos esperam uma mudança que os libere dessa tristeza individualista que os escraviza”.
Para João Pedro Stélide, líder do Movimento dos Sem Terra, que estava presente, o discurso do papa foi “irretocável”, ao atacar a busca do lucro sem considerações sociais e ecológicas como um dos grandes problemas da atualidade.
O colunismo brasileiro preferiu focar no presente inusitado que o presidente da Bolívia, Evo Morales, deu a Francisco: um Cristo crucificado em foice e martelo.
Na Folha, Igor Gielow chamou de “aberração” sem explicar a origem do presente.
É a reprodução de uma escultura do sacerdote espanhol Luis Espinal, que tinha ligação com movimentos sociais bolivianos e foi assassinado por paramilitares em 1980.
Fez parte da programação do papa em solo boliviano uma homenagem a Espinal, que era jesuíta como o atual pontífice.
A “aberração” a que se referiu o colunista da Folha demonstra o quanto ele desconhece a História dos jesuítas no período colonial.
Na introdução de A República Guarani, de Clovis Lugon, Antônio Cechin descreve:
Na América Latina, entre o século 16 e o século 18, a expansão da Companhia de Jesus (jesuítas), exerceu um papel de contrapartida humanista e espiritual da conquista militar e da dominação política. A metodologia de ação dos padres consistiu em reagrupar os índios em cidades-paróquias autônomas, propícias ao ensino e à evangelização. Surgiram assim 33 “Reduções” da Província Jesuíta do Paraguai, edificadas e habitadas pelos Guarani. Graças às disposições metafísicas desses Índios, a suas afinidades espirituais e culturais com os Jesuítas, à ação ao mesmo tempo prudente e audaciosa desses últimos, aquilo que se chamou “República Comunista Cristã dos Guarani” iria ser, durante 150 anos (1610 a 1768), o teatro de uma experiência humana e religiosa única, portanto sem similar na história, permitindo aos índios aceder ao estatuto de cidadãos livres, em tudo semelhantes aos espanhóis e, em muitos aspectos, culturalmente superiores a esses.
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Foto arquivo pessoal
No bairro que fica bem atrás do Palácio Miraflores, em Caracas, o 23 de Enero, um dos bastiões do chavismo, eu vi pessoalmente numa parede a imagem de Che Guevara retratado como Cristo, de metralhadora na mão.
Hugo Chávez era ao mesmo tempo socialista e católico fervoroso. Bebia na fonte de Enrique Dussel, o filósofo argentino radicado no México autor dentre muitos outros de Filosofia da Libertação,Teologia da Libertação e Ética da Libertação, nascidos de reflexão sobre a história da Igreja Católica durante a colonização das Américas.
Nosso ponto é que o espanhol Luis Espinal não é maluco por ter juntado numa escultura Cristo, a foice e o martelo, que acima de tudo são símbolos de camponeses e operários.
Independentemente de você concordar ou não com isso, existe uma longa tradição de cristianismo “de esquerda” ou de socialismo “cristão” na América Latina.
Obviamente, o jornalismo “ligeiro” desconhece isso.
O governo boliviano desmentiu oficialmente boatos disseminados pelas redes sociais segundo os quais o Papa teria manifestado desconforto ao receber o presente.
Francisco, segundo difundido por parte da mídia boliviana, teria dito “não se faz isso” ao receber o presente, quando o áudio deixa claro que ele afirma “não sabia disso” ao ouvir a explicação de Evo Morales sobre a escultura.
Em outras palavras, a direita midiática boliviana pirou com o progressismo de Francisco e, por extensão, a brasileira.
Fonte: VIOMUNDO