Jorge Furtado: a Casa Grande não aceita a ideia de que cada brasileiro vale um voto
Fonte: CARTA MAIOR
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Não vai haver golpe, e aqui estão as razões. Por Paulo Nogueira
Postado em 06 jul 2015
Cansei do clima de derrota, de desolação, de paranoia que se alastrou pelos círculos progressistas nas redes sociais.
É como se o golpe fosse uma coisa inevitável.
Não poderia haver coisa mais errada.
Não vai haver golpe. Repito. NÃO vai haver golpe. Lamento as maiúsculas, mas são necessárias neste caso.
2015 não é 1954 e não é 1964.
As circunstâncias são diferentes, completamente diversas – exceto pela vontade da direita de subverter o resultado das urnas e a democracia.
Alguns pontos:
- Não vivemos numa Guerra Fria. Os Estados Unidos, consequentemente, não têm marines prontos para despachar para o Brasil para defender os golpistas de direita;
- Não existe, no Brasil, um exército mobilizado para colocar os tanques nas ruas. Foi tão funesta a experiência dos militares no poder – 21 anos de poder e uma desastrosa obra em todos os campos, da política à economia, para não falar da questão social – que não existe a mais remota chance de uma segunda aventura dos generais por séculos.
- Nem Jango e nem Getúlio tiveram a internet como contrapartida para o massacre da mídia.
- Mesmo com o desgaste dos anos e de alianças bisonhas, o PT tem uma base social que ninguém pode subestimar. O Brasil entraria numa convulsão, e a direita sabe disso. Toda a raiva acumulada pela campanha de ódio da direita se traduziria em ódio na mesma medida da esquerda, e o país poderia virtualmente entrar numa guerra civil.
Por tudo isso, e por outras coisas que tornariam este artigo interminável, não vai haver golpe.
O que a direita quer, com sua gritaria histérica e alucinada, com suas ameaças tonitruantes e vazias, é manter os progressistas acoelhados, imobilizados até 2018.
E está conseguindo.
Espinha ereta: é isto que está faltando para os progressistas.
Coragem.
E discernimento.
Nestes dias, amigos no Facebook compartilharam, amedrontados, uma nota do Painel da Folha em que estava, segundo eles, o “roteiro do golpe”.
O Painel é feito pela mulher de um assessor de Aécio, e ex-editor da Veja.
Levar a sério?
Faz meses, anos, que a Veja afirma que o governo petista vai cair. Foi assim com Lula, é assim com Dilma.
É a vontade da Veja, porque um presidente amigo prolongaria com dinheiro público a vida da Abril, agonizante.
Só que entre a vontade da Veja e a realidade vai uma distância enorme.
Mas os progressistas parecem desconsiderar, e entram em pânico.
O medo imobiliza, e este é o principal problema para os progressistas.
Você sente desânimo para dar a melhor resposta para a gritaria conservadora: sair às ruas.
É nas ruas que a batalha vai ser ganha ou perdida. E não estou falando em golpe, mas em 2018.
Termino com Montaigne.
Num de seus melhores ensaios, ele afirmou: “Meu maior medo é ter medo.”
Os progressistas estão com medo – e a hora é para adultos, não para meninos assustados.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Altamiro Borges: 74% condenam financiamento empresarial de campanha
publicado em 07 de julho de 2015 às 13:19
E então, Gilmar?
Maioria rejeita doação empresarial
Por Altamiro Borges, em seu blog
As pesquisas de opinião pública, realizadas por lucrativos institutos privados, não são neutras. Elas servem a interesses políticos e econômicos. Antes da votação da redução da maioridade penal, várias sondagens foram publicadas reforçando a ideia de que a maioria da sociedade é a favor desta medida.
Este foi um dos argumentos usados por Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, para dar a sua segunda “pedalada regimental” e para garantir sua aprovação. Já nesta segunda-feira (6), o Datafolha divulgou uma pesquisa que comprova que a maioria dos brasileiros é contra as doações empresariais para as campanhas eleitorais.
Por que ela não foi feita antes da primeira “pedalada” do lobista da Congresso, que garantiu a manutenção deste expediente que corrompe a democracia brasileira?
Segundo a pesquisa, 74% dos entrevistados são contrários ao financiamento empresarial de partidos e políticos. Apenas 16% são favoráveis a esses repasses, enquanto 10% não opinaram.
O Datafolha ouviu 2.125 entrevistados, entre os dias 9 e 13 de junho, em 135 municípios de todas as regiões do país. “Entre os pesquisados, 79% avaliou que a corrupção é estimulada por doações de empresários para o financiamento de campanhas – sendo que 12% não apontam relação, 3% acreditam que ele combate a corrupção e 6% não tem opinião formada a respeito”, relata a reportagem da Folha.
A sondagem foi encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que é contra as doações privadas e já ingressou com processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pela rejeição da “pedalada” de Eduardo Cunha.
Para o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coelho, a pesquisa revela que os brasileiros desejam o fim do financiamento privado. “As suspeitas sobre a origem do dinheiro que abasteceu campanhas, conforme as delações premiadas da Lava Jato, reforçam a necessidade de mudanças no sistema eleitoral brasileiro. O atual sistema contém brechas que permitem a eventual ‘legalização’ de recursos ilícitos através de doações formais a campanhas eleitorais”.
“O mais adequado para limpar o Brasil, além da devida punição de eventuais culpados, respeitada a Constituição e o amplo direito de defesa, é acabar com o investimento empresarial em eleições e tornar crime a utilização do dinheiro não contabilizado, o chamado caixa dois”, conclui o dirigente da OAB.
A entidade é autora de uma ação no STF que pede a inconstitucionalidade de doações privadas para abastecer campanhas. Mas o julgamento da ação foi suspenso há mais de um ano pelo ministro Gilmar Mendes. Caso a pesquisa tivesse sido realizada antes, a manobra do lobista Eduardo Cunha seria mais difícil e as protelações de Gilmar Mendes seriam desmascaradas.
Mas, como já foi dito, não há pesquisas neutras!
Fonte: Blog do Miro
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Se cair uma chuva a cidade não tem como suportar o caos;
Não vai ter copa;
PT e Lula estão mortos ( O Globo em dezembro de 2005 ),
Com as obras atrasadas a olimpíada do Rio não acontece.
Tudo isso, e muito mais de terrorismo , tem surgido na velha mídia ao longo dos governos do PT.
Terrorismo, com o intuito de incutir o medo e paralisar as pessoas.
O texto do DCM foi direto ao ponto.
É o que estávamos esperando.
A hora é para a adultos, e partir pra cima dos conservadores da oposição é o caminho natural.
A agenda está repleta:
projeto de Serra para entregar o pré-sal, autoritarismo de Eduardo Cunha, delírios da magistratura por Moro, terrorismo midiático, apenas para citar os mais evidentes.
E o local para se ganhar essas disputas não é nas redes sociais, e sim nas ruas das cidades chamando a atenção da sociedade.
Sem violência, claro, mas se vierem com violência a gente devolve com paus e pedras.
A vontade das oposições em derrubar o governo é fato.
Essa vontade tem sido expressa em forma de factóides, matérias mentirosas ou de meias verdades e muita, muita repetição de um possível impedimento da presidenta, até mesmo com o governo ostentando um rótulo com data de validade.
Tudo não passa de terrorismo, e parece que algumas pessoas se deixam levar por esse clima.